1. O documento apresenta os fundamentos teóricos e metodológicos de uma pesquisa de mestrado sobre modelagem do crescimento urbano usando agentes.
2. O modelo híbrido proposto combina autômatos celulares e agentes para simular a interação entre classes socioeconômicas na ocupação do espaço urbano.
3. Experimentos com o município de Jaguarão testaram diferentes parâmetros e mostraram padrões emergentes de segregação espacial e conflito pelo uso do solo.
2. Artigo é produto de dissertação de mestrado;
Bases teóricas apresentadas no XVI ENANPUR;
Linha de pesquisa: Urbanismo Contemporâneo;
Orientador: Prof. Maurício Couto Polidori (UFRGS/PPGECO 2004);
Objetivo dissertação: integrar modelos de crescimento urbano ao
conflito entre classes socioeconômicas na ocupação do espaço.
APRESENTAÇÃO
Alexandre Pereira Santos
Graduação FAURB/UFRGS, 2008 | Mestrado PROGRAU/UFPel, 2015
Centro Universitário Univates | 3C Arquitetura e Urbanismo
4. EMPÍRICO:
BÓGUS, TASCHNER (1999) – especialização funcional;
JANOSHKA (2004) – modelo evolutivo Latino-Americano;
MÉTODO
ABRAMO (2007) – Convenção Urbana e relação com informalidade;
BARROS (2004) – periferização e “recontextualização” de áreas
informais;
TEORIA:
HARVEY (1978; 2006) – modo de produção capitalista da cidade.
ESTRUTURA TEÓRICA
5. a produção da urbanização é centrada na criação e destruição de
valor através da forma urbana;
o crescimento urbano ocorre em ciclos de rápida expansão e
consolidação mais lenta (dinâmicas centro-periferia);
desigualdade espacial e segregação social são interligadas,
atuando como motores da ocupação urbana.
periferias com hibridização de formas e contínuo de densidades;
interação entre as periferias e as áreas centrais:
DESENVOLVIMENTO
DESIGUAL
TXT: HARVEY, 1978; LOGAN; MOLOTCH, 1993 ABRAMO, 2007; BARROS, 2012;
6. 1. representação discreta do
espaço = células regulares
(afinidade com SIG);
2. ordem a partir de interação
local;
3. regras simples, repetidas,
geram padrões complexos.
AUTÔMATOS CELULARES
TXT: BATTY, 2005
SARAIVA, M. V. P.; POLIDORI, M. C.; PERES, O. M. CityCell v3.02. 2013. Pelotas: Laboratório
de Urbanismo (LABURB); Universidade Federal de Pelotas.
7. TXT HEPPENSTALL E OUTROS, 2012.
HUDSON-SMITH, A. http://www.digitalurban.org/2013/05/15000-
agents.html
1. Autonomia: capacidade de
processar e trocar informação
individualmente;
2. Heterogeneidade: indivíduos
autônomos, características
particulares;
3. Atividade: ação/reação
independente sobre outros
agentes e ambiente.
MODELOS BASEADOS
EM AGENTES
9. dados empíricos
alimentam descrição do
ambiente e
caracterização dos
agentes;
simulação de
crescimento urbano é
integrada a tomada de
decisão e alocação;
dinâmicas de interação
local.
MODELO CONCEITUAL
11. A partir de Arentze e outros (1994) e Krafta (1999), se aproxima
de dissonância cognitiva de Portugali (1997) e Benenson e Omer
(2001);
Significa ponderação dos atributos do ambiente para cada perfil
socioeconômico;
Matriz de Oportunidade (Agent 𝑖. 𝑂𝑃𝑅𝐸𝐿): é a combinação dos
Parâmetros de Oportunidade para cada Agente com os Atributos
do ambiente;
Compõe uma topografia de oportunidades no sistema.
CONCEITO DE
OPORTUNIDADE
12. A partir de Campos-Castillo e Hitlin (2013);
Parâmetro de Copresença (Agent 𝑖. 𝑐 𝑝): indica a tolerância à
diferença entre os Agentes do modelo – baseada nas populações
de duas classes de Agentes de uma célula;
O Teste de Copresença inicia processo de competição entre os
agentes que ocupam uma mesma célula;
Parâmetro de Poder (Agent 𝑖. 𝑠 𝑝 ): implica na capacidade de
exercício de poder do Agente em processos de competição.
CONCEITO DE
COPRESENÇA
13. SUBMODELOS E
ENCADEAMENTO
AMBIENTE DE MODELAGEM
GERAÇÃO DOS AGENTES
INTERAÇÃO LOCAL: ACESSIBILIDADE
ALOCAÇÃO DE TAXA FIXA
COMPARAÇÃO POPULAÇÕES X FATOR DE
COPRESENÇA
OPORTUNIDADES X DISSONÂNCIA
JOGO PROBABILÍSTICO
CÉLULAS OPORT. ACIMA DA MÉDIA
ATRIBUTOS AGENTES ALOCADOS
17. 4 EXPERIMENTOS
1. cenário de controle;
2. cenário de continuidade às tendências observadas;
3. cenário exploratório 1: acessibilidade;
1. variante com poder igual;
2. variante com poder desigual;
4. cenário exploratório 2: vetores de crescimento atual e
ocupação diferenciada entre as classes socioeconômicas.
EXPERIMENTOS COM JAGUARÃO
DELINEAMENTO
25. 4 vetores de expansão:
A. entorno da UNIPAMPA;
B. Cerco das Irmandades;
C. entre as estradas;
D. AEIS.
3.2 EXPLORATÓRIO 2: VE-
TORES DE CRESCIMENTO
PARÂMETROS
32. escala e métodos de desagregação se provaram como passos mais difíceis
no desenvolvimento do modelo;
limitações apontam diversas possibilidades de desenvolvimento futuro:
memória e aprendizado para os agentes;
novas fontes de dados: pesquisas empíricas, entrevistas, levantamentos, etc;
ampliação da relação agente-ambiente;
mecanismos de cooperação agente-agente;
complementação dos métodos de parametrização;
formulação de cenários e métodos de calibração e validação (descrição+predição).
CONSIDERAÇÕES:
LIMITAÇÕES E
POSSIBILIDADES
33. vinculação de perfis sociais a atributos verificada parcialmente;
padrão emergente de disputa nas cidades capitalistas;
conflito pode ser descrito como forma de interação social:
patamar de mediação do controle do espaço;
conflito é relacionado com a expropriação e com a criação
destrutiva de valor do modo capitalista de produção;
segregação é alternativa (ou paliativo) ao conflito;
parametrização deve ser melhorada .
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS,
METODOLÓGICAS E
EMPÍRICAS
34. válvulas de compensação na expansão das cidades:
amortecem as tensões;
absorvem impactos ambientais e custos de infraestrutura
(expropriação);
mantém abertas as oportunidades de “inovação” da forma urbana:
múltiplos agentes da periferia: especuladores locais, grandes
proprietários de ter, famílias em busca de complementação de
sua renda, migrantes e indivíduos visando melhor colocação
socioeconômica.
BUSCA PELO PAPEL DAS
ÁREAS POBRES E PERIFERIAS
TXT: ABRAMO, 2007; BARROS, 2004.
IMG: BRASIL, MINHA CASA MINHA VIDA , 2014.
36. ABRAMO, P. A Cidade Com-Fusa: a mão inoxidável do mercado e a produção da
estrutura urbana nas grandes metrópoles latino-americanas. Revista Brasileira
de Estudos Urbanos e Regionais, v. 9, n. 02, p. 25–53, 2007.
BARROS, J. X. Urban Growth in Latin American Cities Exploring urban dynamics
through agent-based simulation. London: University College London, 2004.
BÓGUS, L. M. M.; TASCHNER, S. P. São Paulo: velhas desigualdades, novas
configurações espaciais. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v.
1, p. 153–174, 1999. Rio de Janeiro.
CALDEIRA, T. P. DO R. Enclaves Fortificados: a nova segregação urbana. Novos
Estudos Cebrap, p. 155–176, 1997.
REFERÊNCIAS
37. FEITOSA, F. F.; LEE, Q. B.; VLEK, P. L. G.; et al. Countering Urban Segregation in
Brazilian Cities: policy-oriented explorations using agent-based simulation.
Environment and Planning B: Planning and Design , London, v. 39, n. 6, p. 1131–1150,
2012.
HARVEY, D. The urban process under capitalism: a framework for analysis. International
Journal of Urban and Regional Research, London, v. 2, n. 1-4, p. 101–131, 1978.
HARVEY, D. Spaces of Global Capitalism. London: Verso, 2006.
HEPPENSTALL, A. J. et al. Agent-based models of geographical systems . Dordrecht,
Heidelberg, London, New York: Springer, 2012.
UN-HABITAT. The Challenge of Slums: global report on human settlements. London:
United Nations Human Settlements Programme, 2003.
REFERÊNCIAS