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Você não precisa desse livro... lê-lo, apenas trará
certezas de coisas as quais sabia. Em alguns momentos terá
a sensação de que deveria tê-lo escrito, mas não o fez.
“Em uma de minhas conversas com Deus, ouvi
algo que soou muito estranho aos meus ouvidos: “A
torre de babel ao contrário”.
Questionei e novamente ouvi: A torre de Babel ao
contrário.
Fiquei um pouco instigado, pois ficou muito forte
em mim e, em meu espírito, sabia que era uma
mensagem.
Pesquisei então para conseguir trazer à luz o
conhecimento que havia sido trazido ao meu espírito.”
Pendrives são utilizados para guardar muitas
informações. Há vários tipos de pendrives e vários tamanhos.
Vários livros podem estar dentro de um deles; filmes
completos; memórias e canções que guardamos com
carinho. Conforme a velocidade do computador, os dados
são passados para o periférico. Em segundos, instantes, ou
milésimos de segundo, são passadas informações que
levaram horas, dias, meses ou anos para serem produzidas.
Para lermos essas informações, precisamos conectar
esse pendrive em um computador, abrir o programa
adequado, para que possamos explorar o conteúdo do
pendrive. Pode ser um texto de uma, duas, mil ou milhares
de páginas que, em instantes, passaram de uma máquina
para outra através desse equipamento chamado PENDRIVE.
Da mesma forma, os insights acontecem no espírito.
Recebemos a informação que vem completa, como em um
pen drive, mas quando o espírito comunica à mente
frequentemente há um colapso mental.
Fechamos os olhos sem o conhecimento e o abrimos
com a solução completa. Nossa mente, condicionada aos
cinco limitados sentidos, bloqueia a informação e o fluxo que
vem ao nosso espírito fazendo com que tudo que está nele
seja passado a conta-gotas para nossa vida. Muitas dessas
informações são vitais e, depois de muito tempo, nos
arrependemos por não termos seguido nosso ‘instinto’, que
na realidade não é apenas instinto, mas sim, conexão direta
com o Criador.
Ele não comunica à nossa mente, e sim ao nosso
espírito. Pensar faz bem, mas nossos pensamentos estão
recheados, contaminados e abarrotados de lixo e entulhos
que ocupam espaços lindos e preciosos para o verdadeiro
conhecimento.
Crianças tem muita facilidade para exteriorizar
conhecimentos e praticar vida.
A vida deve ser praticada e vivida.
Deixamos muita vida se perder por aí.
Capítulo 1
A torre de Babel ao contrário.
Como um download em uma máquina com internet
muito veloz, recebi o insight dessa informação. Minha mente
religiosa e cheia de conceitos e pressuposições logo armou-
se e bloqueou o conteúdo baixado, pensando que era um
vírus. Mas a intensidade e o brilho foi tão forte dessa
informação que senti como que um segundo download
acontecendo: “A torre de Babel ao contrário (2)”; o mesmo
arquivo duplicado na memória.
Posso afirmar que isso começou a me intrigar, pois foi
claro demais para mim.
Resolvi então consultar o texto que falava sobre a Torre
de Babel original. Encontrei no livro de Gênesis o relato que
conta o que aconteceu com a Torre de Babel.
Os homens reuniram-se e resolveram fazer uma torre
muito alta, cujo cume tocasse o céu. O desejo deles era o
reconhecimento e poderio mundiais. Todos estavam com a
mesma intenção e propósito. Havia unidade perfeita entre os
mesmos. Não haveria limites para o que pudessem fazer por
uma simples razão: unidade de pensamentos.
O texto fala que a atitude deles chamou a atenção de
Deus, mas ao mesmo tempo o incomodou, pois os homens
estavam obstinados com a ideia de independência total da
presença do criador. Achavam-se autossuficientes. O relato
bíblico mostra que Deus olhou, e desceu até lá para
confundir a língua deles. Todos passaram a falar uma língua
diferente uns dos outros.
Houve um pandemônio nas comunicações entre os
construtores da Torre de Babel e seu intento foi frustrado.
Deixando de lato os motivos que levaram Deus a
acabar com o intento deles, eu queria entender o porquê de
eu ouvir no meu espírito, direto do Espírito de Deus, de que,
algo como a Torre de Babel ao contrário ocorrerá.
O que me saltou aos olhos foi o texto que diz: "Vamos
construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus.
Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados
pela face da terra". Gênesis 11:4.
O desejo no coração dos homens era ter um nome
famoso e reconhecido por toda a humanidade pelo seu
grande feito. Mas, ainda ficava a pergunta: Por que “A torre
de Babel ao contrário”? Nessa hora, permiti-me ser ensinado
de dentro para fora, sem interferências externas; sem
qualquer preconceito ou pseudoconhecimento
convencionado; deixei-me apenas ser ensinado pelo meu
próprio espírito que houvera instantes antes recebido um
conhecimento diferente de tudo o que havia entendido com
minha mente secularizada.
A torre de Babel ao contrário já está sendo edificada há
tempos e a base dela chama-se Jesus Cristo. Ele, como
sábio construtor, começou a construção de uma torre invisível
no interior de cada homem.
Através do conhecimento de Cristo, ou do Cristo, ou do
Espírito de Cristo, os homens tornam-se diferentes na sua
alma e no seu interior. O desejo egocêntrico de
reconhecimento começa a perder as forças; o desejo de ter
um nome acima de todos os homens ou nomes, é dissipado;
o desejo de ser melhor e mais poderoso do que os outros,
começa a perder as forças.
O amor ao próximo é a linguagem trazida quando a
Torre de Babel é construída ao contrário, e, assim como a
antiga torre de Babel começou a ser construída, com o
intento de levantar o nome dos homens ao céu e torná-los
conhecidos lá, um outro nome será levantado e será
conhecido em toda a face da terra. O nome do homem que
nasceu da virgem Maria tornar-se-á o nome mais conhecido
da face da Terra. Esse nome será levantado, glorificado e
exaltado acima de todos os nomes. Deus novamente vai unir
a linguagem da humanidade. Todos, sem exceção, falarão a
mesma língua e nessa língua dirão: Bendito é o Cordeiro que
vem em nome do Senhor. O nome de Jesus, na torre de
babel ao contrário, será o nome acima de todos os nomes.
Outro elemento que deve ser observado aqui, é que, a
tentativa de chegar ao céu, ou a Deus pela força e estrutura
mental e humana, é inútil. Deus não é alcançado, tocado, ou
movido pelos nossos sacrifícios.
Ele não aceita nada que ele mesmo não tenha
colocado em nossos corações para ser feito.
Se isso não for assim, teremos motivos para nos
vangloriar e bater no peito dizendo que somos melhores e
que conquistamos algo pela nossa própria capacidade.
Ninrode, que era o Rei daquela cidade, foi levado por
um espírito que atua até os dias de hoje em todo o planeta.
Ele está nas ruas, nas escolas, nas igrejas, nos
templos, nos filmes, nas novelas e nos púlpitos construindo
seus altares e torres enganando os homens para que eles
fiquem em um esforço diário de sacrifício e mérito.
Querem provar uns aos outros que são melhores e que
suas construções são mais bonitas e marcantes. Constroem
suas torres e acumulam para si discípulos e procuram
agregar seguidores, admiradores e fãs. Ao contrário de
Jesus, o Cristo, que, ao invés de agregar seguidores,
convidava as pessoas a deixarem de segui-lo.
Hoje, a Torre de Babel ao contrário, faz todo o sentido
para mim e sei que o que eu ouvi, não veio de ninguém
menos do que o Espírito de Cristo que começou a me instruir
e me mostrar o caminho para chegar até a fonte criadora de
todas as coisas. A fonte da luz imarcescível. A essência de
toda a vida.
A edificação da Torre de Babel ao contrário é
fundamental para todos nós que desfrutamos da árvore da
vida.
Capítulo 2
Uma música Senhor?
Outro dia, eram umas duas horas da manhã mais ou
menos e conversava com um amigo no MSN que me enviou
uma canção.
Quando comecei a ouvir, parei tudo, pois naquele
momento, foi claro: Deus estava falando comigo.
Vou explicar aqui com detalhes o que aconteceu
enquanto eu ouvia a música e o que ocorreu no dia seguinte.
É diferente, mas real.
A musica começava assim:
“Para pra pensar, porque eu já me toquei
Eu te escolhi, você me escolheu eu sei ...”
Instantaneamente lágrimas desceram em meu rosto e
muitos medos foram embora.
Paradigmas
Estamos acostumados e ensinados e convencionados
e abarrotados de informações que nos dizem que as igrejas
são lugares santos e que as músicas “do mundo”
desagradam os ouvidos de Deus. Entretanto, no momento
em que ouvi as frases dessa canção, minha mente entrou
em parafuso. Sabia quem falava comigo e tocava meu
coração e ao mesmo eu ouvia uma canção comum, do
mundo; porém a afirmação, “Eu te escolhi”, caiu como uma
bomba no em cima de mim.
Não me lembro, em minha vida, de um momento que
senti-me tão amado e desejado. Senti braços me
envolverem. Um calor imenso invadiu meu corpo. Era claro
para mim de onde vinha aquele calor. Era o calor da matriz
de luz de todo o Universo. Aquilo me completou naquela hora
e eu sabia que nada poderia roubar-me aquela sensação.
Soube naquele instante o que era o amor incondicional.
Muito mais que pai para filho, namorados, amantes.
Não havia nada de erótico e/ou sensual. Era apenas
um calor e um abraço envolventes que me fizeram sentir-me
como uma criança nos braços do pai.
Já se sentiu amado assim?
Somente quando essa sensação nos invade é que
podemos ter a noção do que é um amor sem medida.
Teorias podem tentar explicar e definir o verbo Amar.
Mas esse sentimento apenas o Verbo Vivo pode gerar em
alguém.
Posso afirmar que naquele momento vivenciei o amor
em sua essência mais pura. Mas creio que há níveis mais
altos.
Reciprocidade
A música continuou e a segunda afirmação, “Você me
escolheu eu sei” comoveu-me mais ainda, pois, quem falou
que me escolhera, disse que sabia que eu o havia escolhido
também. Ou seja, somente alguém que conhecia meu
coração melhor do que eu mesmo, trouxe à luz em meu
espírito algo que já havia visto dentro de mim. Algo que eu
mesmo ainda não havia entendido e tampouco afirmado. A
escolha por Ele era algo real. Não pude questionar sua
onisciência.
Em segundos ruíram cadeias, bloqueios e grades que
com o tempo foram construídas dentro de um coração. Meu
coração era prisioneiro, limitado e massacrado e vítima de
um cativeiro sem muros, porém, muito mais violento, que
agia ao nível de alma, onde mesmo livres, os homens podem
ser mais infelizes do que carcerários.
Segurança
Está sendo descrito aqui, um evento que auxiliou a
mudança da história de uma vida. Um momento ímpar e
único que pode ocorrer na vida de qualquer pessoa. Quando
há uma atuação sobrenatural, o mais duro dos corações
derrrete-se e não suporta toque do Pai, da origem, do Amor,
da Verdade e da Vida. Sobrenatural, aqui, diante dos fatos,
torna-se a coisa mais natural possível.
Enquanto nos comunicávamos sem palavras tudo saiu
do meu controle e ao mesmo tempo estava tudo no lugar
mais assustadoramente seguro em que um homem poderia
estar. Plena e perfeita paz são palavras que podem ser
usadas para, de alguma forma, delinear a sensação. Se
fosse fazer uma analogia da situação, seria como lançar-se
de cima de um penhasco acima das nuvens com a certeza de
que a única sensação que sentiria seria o prazer de estar
flutuando em total segurança.
Fiquei totalmente sem chão, completamente livre para
uma queda realmente livre.
Aoooow Paixão
O momento em que estamos com a pessoa a qual estamos
apaixonados é sublimado através das sensações corpóreas e é impossível
de ser descrito com palavras.
A música continuava e as sensações apenas
aumentavam e fluíam dentro de mim.
A frase: “Tá escancarando vai negar pro coração, que você
tá com sintomas de paixão” enriqueceram aquele instante, em
que os sintomas de paixão estavam vívidos nas minhas
emoções.
Os versos que seguiam fizeram disparar memórias
arquivadas nos armários de meu inconsciente.
Quando ouvi “é quando os olhos se caçam em meio à
multidão; quando a gente se esbarra andando em qualquer direção”,
fiquei extasiado com tamanha verdade que estava
apreendendo naquele espaço tempo de minha existência.
Lembrei-me de quantas vezes nas ruas, nas estradas, nos
ônibus, em meio à pessoas, assistindo algum filme, lendo
livros, revistas, a Bíblia, orando, conversando com alguém,
ocioso, trabalhando, compondo, meditando e em qualquer
“indo”,” endo” ou “ando” eu houvera sido sutilmente envolvido
pelos braços do Pai. Sua presença, sua voz se fez notar nas
horas em que menos esperava. Tão real e tão sublime que
tangia ao abstrato conceitual, todavia concreto como o
cimento e mais coerente do que qualquer teoria, filosofia,
sofisma ou pensamentos que se possam elaborar.
Ele está aqui
“Sua presença é real”, era a única coisa que eu podia
pensar e Ele sabia que eu sabia que tudo o que me mostrava
era um grande segredo, até aquele momento só nosso;
nosso ainda hoje mas compartilhado com alguns e vivido por
poucos, cujos anseios são sinceros e vão espalhar para
muitos.
Confrontando a “razão”
“Quando indiscretamente a gente vai perdendo o chão;
vai ficando bobo.”
Perder o chão. Que afirmação desconexa e coerente
tem aqui. A segurança se vai; os limites estabelecidos
procuram sentido para continuarem sendo, e a razão,
obsoleta, inexistente conflitante em seu fundamento, se
esvai.
A razão desconhece coisas que deveria saber e/ou
aprende outras de maneira equivocada. Quando exposta à
verdade, opõe-se, por conhecer outra faceta daquilo que
considerava absoluto. O conhecimento dos dentes a faz
temer o afago de um abraço.
“Vai ficando bobo”.
Precisa dizer mais?
O choque dessa afirmação que segue é algo que
também pode desestruturar convenções não apenas
religiosas, mas também físicas e abraçar-se com Einstein
relativo sem ainda, concordar plenamente com o menino que
começou a falar aos quatro anos e elaborando, talvez, outra
ideia conceitual para o tempo e suas definições dentro de
uma nova realidade espacial que se torna conhecida e
dissecada nessa parte do livro.
Passa o tempo sem fazer esperar
“O amor não espera, só deixa o tempo passar”. Paradoxal
no mínimo. Como não esperar enquanto o tempo passa?
Para entendermos a sentença, é necessário
compreender a natureza da fonte inspiradora da mesma.
Uma vez Einstein afirmou que seu maior desejo era
conhecer a mente de Deus. E talvez seja essa a pergunta de
muitos.
A questão ‘tempo’ nessa canção é primordial para
conseguirmos absorver uma microscópica fração desse amor
que não espera, mas divergentemente deixa o tempo passar.
Somos hoje, o passado do que esperamos. Nossa
esperança está no futuro, distinto do nosso presente, logo,
como temos a esperança no futuro, o presente é
fatidicamente desligado do esperado.
A concepção filosófica temporal dessa composição
remete-nos à ideia de que o amor que não espera, é um
amor não condicionado àquilo que entendemos como antes e
depois.
O amor, ali citado, não se limita às coisas que
passaram e tampouco às coisas que virão. Esse amor é
completo em si, afastado de toda a imperfeição e
intimamente ligado àquilo que Ele É. Simplesmente isso. Ele
é apenas, ou, apenas É. Não precisa de nenhuma mudança
para que possa acontecer. Sua consolidação se dá apenas
pela sua própria essência, que, por sua vez, é imutável. “Ser
ou não ser, eis a questão”. Ser. Eis a resposta.
O tempo real
Deus identificou-se apenas como o EU SOU para
Moisés. Não precisava mais nada. Ele apenas É o que É. O
tempo não fez com que sua natureza mudasse.
O tempo não existe na dimensão do amor perfeito em
sua plenitude. Esse fator simplesmente não soma.
Dentro do reino celestial, ou o reino que não podemos
ver, mas que muda toda a realidade tangente, o tempo é um
elemento ignorado. Talvez, por essa razão Jesus disse que
devemos ser iguais crianças para receber o reino dos céus.
Elas são puras e despreocupadas com o ontem e o amanhã.
Hoje é o que importa.
Quando o fator TEMPO começa a fazer diferença na
vida de alguém, é por que o fator morte começa a agir. Não
apenas a morte física, mas tantas ‘mortes’ que podemos ver
vivenciadas dia após dia: o desgaste o carro, a despensa
vazia, o fim do mês, o divórcio, o casamento, o filho, a filha, o
fim de semana e o começo dele, o fim de ano e as
promessas para o próximo, que geralmente são as mesmas;
o desejo de sermos melhores e por aí vai. Baseamos tudo
em fins e começos quando na realidade é o acontecimento
em si que conta.
Há pessoas que vivem em função de começar coisas e
não concluir, outras, não conseguem começar nada. Não há
fluxo de vida. Para esses, o amor fica estagnado apenas
esperando o tempo passar. Quando entendemos que não
precisamos mudar para viver o amor, então o amor começa a
estruturar nossa emoção nos fazendo entender a “hora de se
entregar” e apenas respirar e viver esse amor. Quando isso
acontece, podemos dizer: Aí já era.
Flutuando
A sensação de aceitação tomou conta de mim e não me
abandonou por toda a noite.
Aquela noite não dormi. Flutuei.
Ao acordar, fiz o desjejum e fui trabalhar. Enquanto
caminhava me deliciava com aquela presença que ainda me
envolvia como um cobertor, um abraço, uma energia muito
poderosa que me fazia completo.
Mas, mesmo tendo plena convicção de um contato tâo
íntimo, não pude me conter e fiz uma pergunta ao Espírito,
em minha mente falei, com uma certeza profunda de que
estávamos tendo um momento muito íntimo:
−Senhor, uma música?
Ao que prontamente me respondeu:
−Você se declara para mim de tantas maneiras e agora
quer controlar a maneira com que me declaro a você?
Acha que falei mais alguma coisa?
Capítulo 3
Você tem que sentir a minha pulsação
Na praia
Eu e Deus chegamos à conclusão de que o melhor lugar para
conversarmos é na praia. É o lugar onde as muitas águas abafam o som
do mundo artificial que contamina nossa percepção da realidade. Ao som
das catadupas é possível ouvir a sabedoria e apreender conhecimento. O
som da Verdade precisa que sejamos surdos, cegos e mudos para tudo
que nos rodeia. Estar separado do artificial é fundamental para
absorvermos, fruirmos e entender a Vida.
Já havia se passado um período, para essa dimensão,
de mais ou menos duas horas de comunhão e resolvi então
fazer uma pergunta:
- Deus, o que tenho de fazer para te agradar? Diga
para mim. Mostra-me o que tenho de fazer para ser
agradável aos seus olhos?
A pergunta
O mar bramia e eu apenas ouvia e desfrutava do
aconchego da presença dos braços do Pai. Ali, sozinhos, eu
e ele e o mar. Novamente fiz a pergunta: Como te agradar,
Senhor?
Um silêncio tomou conta, creio que proposital da parte
do Espírito da Luz. Também calei por mais alguns instantes e
subitamente veio a resposta ao meu espírito:
−Impossível!
E eu falei:
−O quê?
Novamente veio suave dentro do meu espírito:
−Impossível me agradar.
Não consegui entender a princípio, mas conhecia a voz
de quem falava comigo. Respondi-lhe com outra indagação:
−Impossível te agradar? Mas como então? Como não
fazer algo pra te agradar? Tudo perde o sentido, falei.
Conceitos, preconceitos e confusão
Aquela afirmação “impossível me agradar” deixou-me
desorientado, pois vivi a vida inteira dentro de um
cristianismo que me ensinava que devia fazer as coisas para
“agradar ao Senhor”. Se eu não fizesse isso, Deus não faria
aquilo; se eu não fizesse aquilo, Deus iria deixar de fazer
isso; se eu cometesse tal ato, Deus iria me castigar; se eu, se
eu, se eu, definitivamente, tudo girava em torno de minhas
atitudes e meus atos, num efeito de causa que se resumia
em: faça coisas boas, Deus vai te abençoar, faça coisas ruins
e Deus vai te castigar.
Meus e seus pais, professores, tios, tias, avós e a
grande maioria dos que tem crianças aos seus cuidados
dizem frases do tipo:
- Não faz isso por que papai do céu não gosta de
criança que faz esse tipo de coisa. Papai do céu vai te
castigar, viu! Crianças que fazem isso não vão para o céu.
Condicionam o amor de Deus ás atitudes de crianças
inocentes, colocando em suas pequenas mentes em
formação a imagem de um Deus cruel e carrasco que as
vigia o tempo todo pronto com o chicote na mão para lhes
dar na bunda, caso façam coisas que o desagrade,
Tais atitudes e afirmações nos ensinam a viver tentando
atingir o inatingível; alcançar o inalcançável.
Vivemos frustrados com uma sensação de impotência e
decepção que, sem raras exceções, tornam a vida cristã
monótona, cansativa e conformista com um padrão miserável
de vida com Deus.
Ir à igreja torna-se uma rotina; adorar a Deus uma
obrigação e compartilhar a Cristo, uma vergonha e privilégio
de alguns poucos superheróis da fé que pagaram um preço
caríssimo para receberem a unção, que pode ser tirada deles
a qualquer momento caso pisem na bola, pois papai do céu
não vê a hora de castigar alguém ou tomar os seus
presentes de volta. Temos de nos comportar.
Que vida lastimável!
Frequência divina
Dá pra ter ideia da surpresa que tive quando ouvi Deus
me falando que era impossível agradá-lo? Ele colocou em
cheque paradigmasi
que norteiam a vida cristã de maneira
geral.
De tudo o que havia acontecido, o mais intrigante foi a
segunda afirmação:
−“Você tem que ouvir as batidas do meu coração.” Na hora
pensei: “O quê?” e, assim como a primeira sentença, a
segunda tomou forma mais forte no meu espírito:
−“Você tem que ouvir as batidas do meu coração. Tem que entrar
na minha frequência. Quando você estiver na minha frequência, no
meu ritmo, sentirá as batidas do meu coração, a minha pulsação.
Como os instrumentos em perfeita harmonia. Então, olhará com os
meus olhos, ouvirá com os meus ouvidos e sentirá com os meus
sentimentos. Haverá comunhão e não precisará “tentar” me agradar,
pois, o seu prazer será em fazer a minha vontade e, me agradar,
será natural para você.”
Entrar na frequência de Deus. Como isso pode ser
possível?
Capítulo 4
Você viu o filme?
“Ouça. Consegue ouvir?
A música?
Eu consigo ouvi-la em qualquer lugar.
No vento; no ar; na luz.
Está ao nosso redor.
A gente precisa se abrir.
A gente só precisa ouvir.”
Após ter tido essa experiência fantástica com o Autor
da Vida, fui para casa muito pensativo no que acabara de
ouvir guardando tudo no meu coração.
Na tarde do dia seguinte, dirigi-me à casa de um aluno
de violão, mas com aquela frase ainda retumbando em meu
espírito. “Você tem que ouvir as batidas do meu coração.” Ao chegar,
compartilhei o ocorrido com a mãe de meu aluno. Ela ficou
muito feliz e perguntou:
−Você viu o filme?
−Que filme? - indaguei.
−O filme que lhe emprestei esses dias.
Recordei então que já fazia mais de um mês que eu
estava com um fiilme dela em casa. Fiquei um pouco
envergonhado, pois nem lembrava que o filme estava
comigo.
Comprometi-me a assistir e entregar o quanto
antes.
O filme se tratava da história de um menino que fra
deixado em um orfanato ao nascer. Acredidata-se que seus
pais estavam mortos.
O garoto ouvia coisas , regia orquestras no mato e dizia
que a música está em todos os lugares.
Havia uma certeza dentro dele que dizia que seus pais
estavam vivos. Segundo um impulso muito forte dentro dele,
bastava por para fora a música que estava dentro dele para
assim, ser encontrado por seus pais. A música era um tipo de
chamado para seus pais, onde quer que estivessem.
Para as outras crianças, ele não passava de um
anormal e por isso o agrediam.
Por causa das agressões e da necessidade de tornar-
se um músico ele foge e dá início à trama cheia de
aventuras, impasses e contratempos que, assim como a
grande maioria dos filmes, acabam sempre somando para o
bem de todos.
O paralelo que gostaria de estabelecer aqui é a
maneira com que o menino era impelido a tocar um
instrumento, aprender música para atrair seus pais. Ele não
precisava fazer nada mais do que aquilo para o que havia
sido criado. Dentro dele pulsava um desejo que dizia que ele
tinha todas as ferramentas necessárias para ser exatamente
quem ele havia nascido para ser.
A única maneira de ele atingir todo o seu potencial, era
ouvindo a voz que falava dentro de seu coração.
A vida com Deus não é diferente. Deus sempre
comunicará ao nosso espírito e nos mostrará o caminho que
devemos seguir.
Os Evangelhos do Reino & Eterno
Há uma grande diferença entre esses dois temas que é
desconhecida da maioria das pessoas que professam o
cristianismo.
Vamos falar um pouco sobre isso agora.
Existe, no livro de apocalipse, o relato de um anjo que
sobrevoa a terra com o Evangelho Eternoii
. Esse evangelho
pede que temamos e adoremos ao criador dos céus, da terra,
do mar e das fontes de água. Esse mesmo anjo fala da
queda da Babilônia. Assunto interessante, que será falado
em outro capítulo.
O Evangelho Eterno, diferente do Evangelho do Reino,
não é um evangelho limitado à tempos ou eras, mas é o
evangelho que perpetuará para todo o sempre.
A palavra “Evangelho” quer dizer Boas Novas, ou seja,
uma nova notícia ou uma BOA nova notícia.
Quantos de nós não queremos boas notícias? Estamos
cansados de velhas e más notícias. Entretanto somos
ansiosos por novidades constantemente.
Depois de duas vezes, a montanha russa não tem mais
graça.
A liturgia das igrejas está se tornando tão cansativa que
algumas pessoas não conseguem mais permanecer em um
lugar onde a rotina tomou conta.
Isso não é mais ‘boa nova’, é uma velha chata na
maioria das vezes. Ninguém gosta de velhas chatas que
acham que sabem tudo.
Lembre-se que o tempo não existe na dimensão
celestial, logo, nessa dimensão não existe nada velho.
Quando se fala em ‘fim das eras’ fala-se dessa
dimensão que estamos agora.
É difícil entender por que nossas mentes estão
abarrotadas de entulhos, mas fique em paz. Até o final desse
livro, conseguirá livrar-se de muitos deles e ser livre para
pensar com a mente superior: a mente de Cristo.
Há um fato que muitos ignoram ou não entendem.
Quando o evangelho DO REINOiii
for pregado a todas as
nações, então virá o fim. Esse fim a que se refere o texto, é o
fim dessa dimensão que vemos, então, após encerrar o
tempo do Evangelho do Reino, continuará o evangelho
ETERNO, com novidades eternas.
O Evangelho do Reino
O evangelho do Reino é o que Cristo Jesus veio trazer
à terra. Reinserindo o homem ao seu lugar de direito como
cooperador de Deus na administração do planeta terra.
Todo ser humano tem seus direitos no planeta.
Ninguém é senhor de ninguém, mas ao mesmo tempo, todos
somos servos de todos.
Quando o homem foi criado ele recebeu o sopro de
Deus em suas narinas e absorveu a natureza de Deus. Uma
centelha da divindade está em cada um de nós.
Não há quem não a tenha.
Essa centelha da divindade que está em nós é a parte
de nós que se comunica com o eterno e o divino e o santo.
A parte ligada à terra, ao pó e às coisas daqui, não tem
esse acesso, mas tem acesso á centelha divina DENTRO de
nós que por sua vez tem acesso a Deus, que é a fonte de
todas as coisas.
Quando a centelha divina dentro de nós começa a
atuar, a agir e a comunicar-se com seu criador, sua fonte, seu
Abba, seu pai, o EU SOU, então ela começa a estimular a
nossa natureza humana a prostrar-se ao EU SOU, o divino.
Todo homem saiu dele, por vontade dele e querer dele
com um propósito perfeito em vista.
A comunicação com o EU SOU através da centelha
divina em nós, começa a nos fazer questionar a bagunça à
nossa volta. Esse questionamento nos leva a dois caminhos:
ou seguimos o que o nosso espírito, a centelha divina, nos
diz, ou nos rebelamos e começamos a azedar nossa vida.
Não conseguimos aceitar que temos o poder de criação e
transformação dentro de nós e, como o primeiro Adão,
começamos a culpar pessoas pelos nossos fracassos e
desejos frustrados.
A culpa começa a aparecer.
Afirmações negativas e incrédulas criam corpo e nos
sentimos cada vez piores.
Não é para ser assim.
Se começarmos a entender o que temos em nós
mesmos, na nossa natureza celestial, então começaremos a
transformar o mundo à nossa volta.
Puxaremos do céu para a terra coisas que jamais
vieram ao coração ou à nossa mente.
Quando somos reconectados ao Pai, ou à Fonte, a
nossa realidade muda, pois temos acesso à outra dimensão
que é muito mais real do que essa que vivemos agora.
É a dimensão eterna.
Gosto de olhar o arco-íris. É algo muito próximo da
outra dimensão. O vemos, mas não tocamos, sabemos que
está ali, mas não o sentimos, apenas UM de nossos sentidos
o contempla.
É lampejo do divino na nossa dimensão. A maneira de
Deus dizer: Tem mais coisas por aí.
A frequência de Deus é sentida apenas na centelha
divina em nós. O nosso espírito.
Para conseguirmos fazer com que nosso corpo também
vibre nessa frequência, temos de aprender a parar e a ouvir.
O que não é fácil mesmo.
Desacelerar é o caminho.
Ficar só.
Deus se intromete às vezes.
Em um momento de muita tristeza em minha vida eu só
via filmes e ia para a escola. Enquanto escrevo percebo que
já gostei mais de filmes.
Uma locadora tinha uma promoção para títulos velhos e
eu locava pelo menos sete toda semana e em uma dessas
locações aconteceu algo especial.
A cena em que cantam “OH Happy Day” no filme
Mudança de hábito II me marcou muito. Para o padrão cristão
atual, eu estava em uma situação deplorável e totalmente
afastado de Deus. Em pecado. Mas no momento em que
ouvi essa canção e a parte em que diz: “que dia feliz quando
Jesus lavou os pecados da minha alma.”. Chorei largado,
como dizem por aí. Uma alegria invadiu minha alma e senti
muita paz, mas muita paz mesmo. Senti-me totalmente
absolvido de tudo o que me jogava ao chão e me fazia sentir
afastado de Deus. Tenho quase certeza que senti mais
alegria que o compositor. Talvez ele não saiba e, nessa
dimensão nunca fique sabendo, mas pode ter salvado uma
alma em apenas 10 segundos.
Sempre fiquei em dúvida quanto às maneiras que Deus
devia ou deve falar e confesso que ainda fico. Foi muita
sujeira e muita ferida que foi feita nessa minha mente. Aos
poucos estou sendo limpo, sarado e transformado. Em breve
estarei como devo estar ou, como já sou, mas impedido por
instantes, por esse monte de pó que me dá direitos nesse
espaço-tempo físico.
“A gente só precisa ... ouvir.”
Capítulo 5
Babilônia
Se formos estudar sobre Babilônia, a cidade, vamos encontrar
muitos fatos, eventos e argumentos para falar muitas coisas e defender
muitos pontos de vista, mas em um único ponto, dificilmente, será possível
discordar: Babilônia refere-se a comércio e movimentação de dinheiro.
Quando se fala em Babilônia temos muito assunto para
falar, porém não quero me ater em tudo o que se possa falar
sobre, entretanto quero falar tudo que será necessário nesta
publicação.
Temos pessoas que cultuam a Babilônia e fazem dela
um ideal. Ao passo que há pessoas que dizem que a
Babilônia é um mal. O que dizer?
Para termos um argumento convincente, é necessário
entender o que leva uns a desejarem estar na Babilônia e o
que leva outros a querer abandonar a Babilônia. Todavia, no
meio desse fogo cruzado, mesmo os que querem abandonar
a BabiLonia, estão amarrados a ela de tal maneira, que não
sabem como se desvencilhar de suas garras.
Se formos estudar sobre Babilônia, a cidade, vamos
encontrar muitos fatos, eventos e argumentos para falar
muitas coisas e defender muitos pontos de vista, mas em um
único ponto, dificilmente, será possível discordar: Babilônia
refere-se a comércio e movimentação de dinheiro.
A Babilônia dos tempos antigos pode ser comparada às
grandes metrópoles de hoje com toda riqueza e fluxo de
pessoas indo de lá para cá sem se ver e sem se falar. Todos
caminham, muitas vezes sem destino, a não ser com a
motivação de conquistar mais recursos, para ter mais formas
de comprar. Buscam dinheiro de um lado, para comprarem do
outro lado em um fluxo contínuo de compra e venda doentio.
Muito do que se compra e vende nas grandes cidades
são coisas desnecessárias, mas que movimentam grandes
quantias de dinheiro e estimulam o desejo, a vontade e a
ânsia por possuir, comprar, ter e ostentar.
A Babilônia está em todos os lugares; nas praças, nas
ruas, nos shoppings, nos programas de TV, nas
propagandas; não há lugar em que ela não se apresente.
Crianças também são vítimas da Babilônia e vivem
nela. Já entendem que serão valorizadas e medidas de
acordo com o peso da marca que estão vestindo.
Como um câncer sem cura, a Babilônia causa toda a
desgraça no planeta. Quer saber por quê?
Existem três coisas no mundo que fazem girar a roda
da economia: o erotismo; o desejo de possuir coisas; e a
vontade de ser melhor do que os outros.
Não se deixe enganar, a maioria das conquistas não
ocorrem por satisfação pessoal; ocorrem para provar para
alguém alguma capacidade.
Filhos conquistam para provar para os pais que
poderiam; irmãos conquistam pra mostrar que são melhores;
países conquistam para demonstrar poder para outros.
A religião é fruto do capitalismo; seu desejo de comprar
coisas, merecer coisas e barganhar por tudo faz com que se
tenha a estúpida sensação de ser melhor do que alguém
porque usa uma roupa diferente, faz algo diferente ou
oferece algum tipo e sacrifício a Deus ou a qualquer
divindade.
Você vomita o favor não merecido de Deus por causa
desse desejo profano e mundano que está incrustado no
coração de quem quer ser mais importante do que os seus
iguais.
Idiotice e hipocrisia.
Igualar-se aos sacerdotes que, julgando-se donos de
Deus, crucificaram o salvador.
O Espírito de Cristo causa sempre esse ódio na religião
e nos seus seguidores que tem o coração e consciência
cauterizados.
"Malditos os fariseus, pois são como um cão que dorme
na manjedoura do gado, pois nem come nem [deixa] o gado
comer"
Tabulando, limitando, distinguindo e julgando pessoas é
como está a religião dos dias de hoje. As portas das igrejas
estão cheias de porteiros que medem o homem, criado à
imagem e semelhança de Deus, pelo que está em seu
exterior; seja pela pobreza, pela riqueza; medem as pessoas
segundo seu padrão de santidade, como se Deus estivesse
preocupado com a forma que acham certo vestir ou deixar de
vestir.
Alguns, se fossem colocados no éden, com sua visão
humana e carnal, com certeza chamariam Adão e Eva de
promíscuos, caso os vissem antes da queda e, ironicamente,
depois da queda, poderiam dizer: Hum, agora estão trajando
roupas com o padrão de um cristão.
O padrão de Deus vai muito além de qualquer padrão
estabelecido por nós. O nível de santidade exigido é
inutilmente falsificado em muitos lugares.
Temos um problema com pensamentos construídos ao
longo dos anos, décadas, séculos e milênios. Foi incutido na
mente humana o padrão de custo para tudo. Não
conseguimos aceitar favores e tampouco fazer favores sem
esperar algo em troca. Temos a tendência de querer pagar e
ser pagos por tudo. O que sai dessa ordem, na nossa mente,
compromete nosso conceito de certo e errado. Não pagamos,
não temos direito; não nos pagaram, não tem direito.
Vi, certa vez, a notícia de que uma mulher deixou de
herança para um cachorro. Uma fortuna que poderia ajudar a
muitas pessoas. Uma notícia muito triste mesmo.
Jesus, certa vez, chocou uma mulher quando lhe disse
que não iria lhe abençoar pois, não podia deitar o pão dos
filhos aos cachorros, e esta mulher disse que até mesmo os
cães comiam das migalhas que caíam da mesa de seu
senhor. Jesus comoveu-se com isso e essa mulher recebeu a
graça que procurava.
O que isso quer dizer?
Cristo foi estúpido e grosseiro com a mulher?
De fato, não entendemos as coisas que Deus faz, mas
ele faz sempre o melhor para nós.
No fundo de nossas almas, no mais íntimo do nosso
ser, sabemos realmente quem somos e o nível de falsidade e
falcatruas que existem no íntimo do nosso eu.
Muitas vezes é necessário um susto, um chacoalhão,
um choque de realidade para vermos quem realmente somos
para que possamos receber o que é divino em nós.
A graça é o dom gratuito de Deus. Qualquer coisa que
façamos para tentar pagar o dom de Deus, está burlando a
própria essência de Deus que é uma essência doadora,
criadora e perfeita
Quando aceitamos o amor, a graça e o DOM não
merecido do Salvador, nossa realidade muda completamente.
Certa feita uma mulher beijava, regava com lágrimas e
secava com seus cabelos os pés de Jesus quando alguns
fariseus, que vou chamar de religiosos aqui, apenas
observavam e julgavam entre si a atitude de Jesus e
questionavam o seu poder de distinguir pessoas. Ledo
engano. Julgavam de uma maneira e Cristo Jesus tinha um
padrão muito mais pobre de julgamento: o padrão da
simplicidade.
Jesus era menos exigente e muito mais complacente.
Talvez, se fôssemos definir, Jesus era muito mais paz e amor
do que regras e dogmas.
O que ele conseguia fazer que os outros não, era olhar
o interior das pessoas ao passo que aqueles apenas viam o
exterior.
Não havia conformação da parte dos religiosos de que
Jesus poderia perdoar o pior dos pecadores na hora.
Instantaneamente toda mancha poderia ser apagada.
As mentes dos sacerdotes era abarrotada de regras,
leis e costumes que deviam ser seguidos á risca, pois, caso
contrário, ninguém era digno de falar com Deus.
Temos outro exemplo também de duas pessoas que
foram ao templo orar. Um deles foi à frente e disse: Obrigado
Deus, porque jejuo duas vezes na semana, dou dízimos e
faço tudo que está na lei, enquanto um outro batia no peito e
dizia: Oh! Deus. Tem misericórdia de mim que sou pecador.
Jesus foi enfático ao dizer que a oração do segundo é que foi
ouvida devido à sua humildade e não confiança na sua
própria justiça.
João, o apostolo que vivia mais próximo de Jesus,
disse em uma de suas cartas que se o nosso coração nos
condena, maior é Deus do que o nosso coração.
Devemos entender que o nosso padrão de santidade
não é o mesmo que o padrão de santidade de Deus.
Devemos entender que os pensamentos dele são
diferentes dos nossos.
Devemos compreender que para atingir o padrão de
Deus, somente através da força dele em nós.
É impossível você ser santo e também impossível medir
a santidade de outra pessoa.
Os nossos olhos devem estar focados nele. Quando
focamos os olhos em outras pessoas, no pecado delas,
estamos caminhando em lugares escuros e desérticos; mas
quando colocamos os nossos olhos em Deus, e no que ELE
mesmo proporcionou para nos salvar, entregando cem por
cento de nossa fé em sua capacidade de perdoar, de vivificar
e de transformar as vidas, então teremos uma paz que vai
além da compreensão humana, pois, ela nos trará a certeza
do abraço do pai.
O espírito da Babilônia está inserido nas igrejas de uma
maneira pegajosa, pecaminosa e purulenta. É um câncer na
alma.
As pessoas fazem coisas para agradar outras pessoas.
Homens se vendem para políticos para ter status na
cidade.
Homens se vendem ao luxo da hipocrisia para agradar
os dízimos gordos.
Religiosos aceitam dogmas e doutrinas que os levam a
viver uma vida promíscua, por não poderem casar, para
seguir ritos que agradam aos olhos mas são ineficazes.
Há instituições que não permitem o casamento,
forçando o celibato a quem não é celibatário e isso os leva a
cometer e praticar atos condenados pela sociedade. Todos
sabem e todos fazem vista grossa, aumentando sobre si
mesmos uma hipocrisia que deveria causar ânsia de vômito
em todos.
Não há liberdade de fato. E o que Cristo disse: Eu vim
para libertar os cativos? Onde fica essa afirmação nas
igrejas?
Como funciona essa liberdade?
A Babilônia não nos deixa ser livres.
A Babilônia sempre nos dá a sensação de DÍVIDA e
COBRANÇA.
Quando o anjo que fala do Evangelho Eterno diz: “Caiu
a Babilônia, morada de demônios,” é a isso também que ele
se refere: ao espírito de comércio dentro da igreja. Não estou
falando de dízimos e ofertas, apesar de que isso virou
palhaçada em algumas instituições, mas refiro-me à graça de
Deus mesmo.
Há sentimentos de compra e venda em você? Tenta
comprar o favor de Deus? Tenta ‘merecer’ o que é gratuito?
Tenta controlar a ação de Deus?
Vai ter com Deus e veja se realmente ele se agrade de
suas atitudes condenatórias e insatisfatórias no que tange à
salvação.
A salvação pertence a Ele e tão somente Ele pode nos
julgar e condenar.
Dois pesos, duas medidas.
O pior, nisso tudo, são os pesos e medidas que temos.
A mãe que acha seu filhinho o mais santinho. As donas
Florindas da vida. Mulheres injustas e que se fazem de cegas
criando marginais.
Os pais injustos que não reconhecem nada nas suas
crianças. As tratam apenas cobrando e não dão um abraço e
um beijo revelando o amor de um pai e o afago que é devido.
Sim, muitos pais são tão rudes com seus filhos, que jamais
suas atitudes são satisfatórias e a criança cresce com a
sensação de dívida o tempo todo. Querem ‘provar’ sempre
para alguém.
Salomão uma vez disse: Ensina a criança no caminho
que deve andar e quando crescer, JAMAIS se desviará dele.
Tem noção o que é isso?
A marca da rejeição fará parte da realidade dessa
criança o tempo todo.
A marca da injustiça e do egocentrismo será a tônica
que regerá a vida de muitos.
Sua vida não é assim?
O que vê de seus pais em você?
Quanto você deve a eles? E eles? Quanto devem a
você?
Essa dívida existe?
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham com
ABUNDÂNCIA.” Palavras de Jesus.
Se a sua vida ainda não é abundante, é porque não
conseguiu perdoar a si mesmo e tenta pagar por algo que já
lhe pertence.
Pague pelo ar que respira.
Pague pela terra em que pisa.
Pague pelo sol que brilha e faz as plantas crescerem.
Não, você nunca pagará por isso, assim como com a
salvação. Nunca terá condições de pagar, sabe por quê? Por
que ela não tem preço. É de graça.
Uma vez, em um desenho bem antigo, da liga da
justiça, havia dois super-homens, o normal, que é conhecido
de todos e um de outro mundo: o mundo “bizarro”. Nesse
outro mundo, um menino vendia jornais e, como todo
vendedor ambulante de jornal, ele gritava: “Extra! Extra!” . O
super-homem, do mundo bizarro, perguntou: “Quanto custa?
E o menino disse: “Custa nada, não. É de graça.” E o super-
homem respondeu: “Não quero. MUITO CARO.” Esse
desenho ficou marcado na minha cabeça, e eu tinha uns
nove anos apenas e ria muito do super-homem bizarro. Ele
era realmente muito bizarro. Se você viu esse desenho,
entende o que estou dizendo.
Tem pessoas que acham, como o super-homem
bizarro, a graça algo muito caro e não conseguem viver nela.
E o pior de tudo, não deixam NINGUÉM vive-la. Vou citar
novamente o texto do Evangelho de Tomé, que achei bem
propício para essa situação: "Malditos os fariseus, pois são
como um cão que dorme na manjedoura do gado, pois nem
come nem [deixa] o gado comer.
É de graça.
CAIA A BABILÔNIA que faz pensar que tudo tem preço.
Nada tem preço.
É de graça.
De graça recebestes, de graça daí.
Amigos, fui salvo pela graça em Cristo Jesus, meu
Senhor e Salvador. Se havia algo a ser pago, já foi feito por
ele na Cruz do Calvário.
Não é a religião, mas o ato em si do Messias.
Há muitos profetas, guias, mestres e gurus, mas
apenas um Rei e, com ele, sou também rei, pois ele é Rei
dos reis e Senhor dos Senhores.
Flavio Josefo, o maior historiador falou do Cristo Jesus.
Não estou procurando provas e tampouco argumentos para
lhe convencer de que a salvação está em Jesus. Falo apenas
do que recebi no meu espírito.
É como a respiração: Inspirei a graça e estou expirando
ela para você.
Se alguém quiser lhe vender a graça e dizer-lhe que
não é digno das portas celestes e do Reino dos Céus, olhe
para Jesus e instantaneamente será digno da salvação.
Se a Babilônia quiser lhe cobrar algo, lembre-se de que
a nota fiscal da sua vida, já está nas mãos de Jesus. A
caneta foram os pregos que o traspassaram. A tinta foi o
sangue vertido. E o preço foi a morte de um por todos.
Olharam para ele e foram iluminados. Seus rostos não
serão confundidos.
Seja livre e aprenderá o que é a liberdade.
Capítulo 6
O filho pródigo ou o filho esbanjador
A saída de casa
Tem certas vezes que dá vontade abandonar tudo. Sair
de casa. Chutar o pau da barraca e dar as costas para a
vida.
Olhamos para os lados, para as janelas, fora do nosso
espaço pessoal, familiar, e vemos tantas coisas
aparentemente boas e melhores do que aquelas que temos
em casa.
Corremos atrás de tudo; das folhas, do vento e de tudo
que, de alguma forma, nos chama a atenção.
O que era importante, hoje não é mais. O jantar em
família, o banho em casa e o beijo de boa noite. O cheirinho
de café pela manhã. Essas coisas perdem o sentido, quando
se cansa de casa.
Ainda que não seja tão importante e tão cativante um
texto que fala de si mesmo, infância e coisas do tipo, deixe-
me compartilhar um pouquinho de mim, da minha história
entre meus três e sete ou oito anos.
Infância
Quando essa casa em que habito (meu corpo) estava
com uns três anos, morei em uma casa no bairro de Caiobá,
em uma bela praia chamada Praia Mansa.
Pense num paraíso! Sim, é lá.
Período muito difícil para minha família, que se resumia
a minha mãe, minha irmã e eu.
Nessa época, eu não sabia, e pior, na minha
adolescência nunca dei importância, a um fato tristemente
amargo em nossas vidas.
Minha mãe, que já tinha eu e minha irmã, ficou grávida
de meu irmão mais novo e, pouco antes de estarmos nessa
casa, ela morava na casa de seus patrões.
Quando ela foi para o hospital, para ganhar o bebê, o
patrão dela disse-lhe que, se aparecesse com a criança em
casa, ela poderia nos pegar, e procurar outro lugar para
morar.
Ali, ela trabalhava pela casa e pela comida
praticamente. O dinheiro que ganhava, mal dava para
comprar sua carteira de cigarros diária.
Sem ter escolha, ela deu meu irmãozinho para uma
família cuidar.
Essa família trocou o nome do menino e foi embora
para outra cidade.
E, nesse interím, imagine como estaria a cabeça de
uma mulher, com seus trinta anos, duas crianças, e dois
filhos perdidos. Sim, houve mais um filho que fora roubado.
É inacreditável quando ouço algumas coisas, por
exemplo: quando minha mãe, ao trabalhar em Guaratuba,
cidade vizinha, deixou um filho aos cuidados de uma babá.
Quando ela foi buscar o filho, alguns dias depois, a mulher
disse que o menino morrera e levou minha mãe até o túmulo.
Como? Não sei. Inexplicável. Mas essa é a única
versão que temos de toda essa parte da história de minha
mãe. Resumindo, naquele período, eu, minha mãe e minha
irmã éramos tudo que tinhamos. Apenas uns aos outros.
Era comum comermos arroz puro com um pouco de
café para molhar a garganta e descer mais fácil. Às vezes
minha mãe trazia uns pés de galinha para cozinhar.
Era um banquete!
Até hoje lembro do sabor do arroz puro com café preto.
Eu achava muito gostoso.
Compreendendo o mundo de acordo com cada
perspectiva.
Nesse período de formação de meus conceitos, tudo
que minha mãe dizia era verdade.
Os medos, temores, crenças e descrenças dos pais ou
daqueles que criam as crianças tornam-se parte da vida
delas, querendo elas, ou não. Mas, como explicar âquela
criança que é totalmente diferente? Que tem muita coragem,
enquanto que a mãe ou o pai são medrosos?
Há algumas marcas e características que nascem com
as pessoas que nada no mundo consegue tirar, pois faz parte
da essência do ser.
Uma cena que me marcou muito foi a construção de um
edifício chamado Torre Alta, vizinho à casa em que
morávamos Era necessário explodir pedaços de rocha no pé
do morro, ao lado da casa onde eu morava, pois as pedras
impediam de fazer a estrutura do prédio. Sempre que iam
implodir o lugar batiam palmas na frente de casa e saíamos
minha mãe e eu em seu colo. Ela ficava apavorada com as
explosões. Voavam detritos por tudo e ouvíamos o barulho
dos estilhaços caindo no telhado de casa. Somente depois
de alguns minutos voltávamos. Quando finalmente
estávamos novamente em segurança, segundo os
engenheiros.
Fazer parte dahistória de um lugar é gratificante.
Depois dessa construção, o Serviço de Proteção
Ambiental mudou muitas leis em nossa região.
Eu, os animaizinhos e ...
Um bicho mau
Em Matinhos temos muitos gambás e certa feita tive o
privilégio de deparar com uma ninhada perdida deles.
Minha mãe dizia que gambá era um bicho, mau, sujo e
nojento. E, como tudo que minha mãe dizia era lei, para mim,
aqueles bichos eram tudo aquilo e mais um pouco.
Por causa das explosões, certamente, uma mãe de
gambás morreu e os filhotes caíram do marsupial bem no
pátio de casa.
Precisávamos de um herói.
Era necessário acabar com a ameaça.
Alguns pregos e um martelo resolveram.
Todos foram traspassados pelos olhos.
Uma sensação desagradável de poder invadiu meu ser.
Acabei com uma geração.
Tinha uma maldade em mim, mas essa maldade me
causou tristeza.
Constatação científica
Outra vez, aos seis anos, ganhei um gatinho. Alguém
me disse que gatos sempre caem em pé.
Minha mente de cientista precisava constatar
empiricamente. Joguei várias vezes um filhote para o alto
para ver sua queda. Afinal, era um gato. Sangrou um pouco,
pois machucou bastante o focinho, mas ele caiu quase em
pé.
Salva-vidas
Outra vítima de minhas experiências foi um ratinho
branco. Um balde foi o palco do afogamento para testar sua
resistência embaixo d’água. Afoguei-o várias vezes até o
momento em que ele não se mexia mais. Desesperado fiz
reanimação massageando o peito do bichinho com meus
dedos. Minha única experiência como salva-vidas, pelo
menos até o momento em que escrevia esse capítulo. Ele
praticamente ressuscitou.
Alívio é a sensação que pode descrever quando vi sua
respiração acontecer novamente.
Isso descreve um certo grau de psicopatia, não? Sim?
Não sei. Mas sei que alguma construção mental me fazia agir
assim.
Psicólogo de fundo de quintal (não sou psicólogo, não
exerço fraudulentamente a função, o subtítulo é apenas um subtítulo)
A criança desde os primeiros contatos com a sociedade
em que vivemos tem estímulos de todas as maneiras. Sejam
bons estímulos ou maus estímulos.
Com certeza, essas pequenas experiências causaram
certa aversão, mas enquanto as relembrava para o registro,
veio à minha mente um momento da história em que Deus,
conversando com Noé, contou-lhe que a imaginação do
homem é má desde a sua meninice. Realmente, no meu
caso, isso foi fato. Contudo, havia e há sempre no ser
humano, uma desculpa para cometer atrocidades. Por isso
mesmo existem os advogados de defesa, que sempre
mostram argumentos que procuram, ou inocentar ou pelo
menos diminuir a pena.
Um advogado tem poder de defender o homem de uma
condenação, mas não tem o poder de livrar o homem da
condenação pessoal.
Pessoas vivem com culpas e angústias que as afligem
tanto, que o prazer de viver é roubado pela não permissão da
pessoa mesmo de se dar ao prazer de viver. Para compensar
a culpa, muitos se afundam em trabalho, outros em drogas,
outros em bebidas e outros, ainda, não se afundam, mas
desenvolvem doenças que, muitas vezes, levam à morte
prematura ou à invalidez antes do tempo. O estado lastimável
da alma é materializado no corpo.
Essas sensações, esses julgamentos, autopunições e
sufoco das emoções acontece por causa de tudo o que o
homem aprende e apreende durante toda sua vida.
Aprender é algo que adquirimos como conhecimento e
apreender é algo que se torna parte da gente.
A culpa é algo que foi desenvolvido na alma humana e
se tornou parte do senso comum de todos.
Existe algo chamado ‘compensação’ que criamos para
cada ato que consideramos errado na jornada. Para cada
maldade, procuramos equilibrar com uma bondade. Tentamos
encobrir o erro, ou falta, ou pecado com alguma ‘boa’ atitude
ou obra.
Vivemos em um círculo vicioso de correr atrás do
prejuízo.
Deixe-me dizer algo: existem contas que são
impossíveis de pagar. Percebemos isso quando vemos que
os juros e taxas são altas demais.
Os valores sobem, criam peso e se tornam inacessíveis
e impagáveis em pouquíssimo tempo. Somos então levados
a abandonar o desejo de compensar e deixamos a vida
seguir, contudo, a nossa ‘consciência’ sempre está lá,
fazendo o papel dela que é nos torturar com lembranças
amargas.
O peso é grande demais e muitos sucumbem.
Talvez tenha sido essa a sensação que envolveu o filho
pródigo que é citado nos relatos das testemunhas oculares
dos discursos de Jesus.
Um garoto estressado
Os evangelistas narram a história de um jovem que
pediu a parte dele na herança, pois queria viver sua vida e
tentar a sorte longe dos olhos do pai.
Queria distância.
Talvez ele, assim como muitos nos dias de hoje,
queiram fugir de casa e ir para um lugar onde ninguém os
conheça. Liberdade é o que clama a alma do homem.
O jovem pegou o dinheiro, suas roupas e saiu
gastando. Comprou tudo o que precisava e ainda sobrou
dinheiro. Sobrou dinheiro para festas, amigos que o ajudaram
a gastar o dinheiro, mulheres e tudo o que seus olhos
desejaram e o que o dinheiro pode lhe proporcionar, ele
alcançou.
O desejo da carne foi satisfeito; a cobiça dos olhos não
foi deixada para trás e a fama pelo poder foi algo muito
natural na vida desse jovem enquanto tinha a força que
movia o motor das suas paixões: o dinheiro.
O final dessa história não é novidade, mas vamos a
alguns detalhes interessantes.
O filho pródigo, quando lá fora não tinha mais recursos
começou a lembrar-se da fartura que tinha na casa do seu
pai. Evidentemente, aos primeiros sinais de que as coisas
não estavam indo bem, já veio à sua mente o desejo de
voltar, mas ele não o fez. Deve ter ficado enrolando e
procurando uma saída. Não queria dar esse gostinho para
seu pai e seu irmão.
Não podia admitir que precisava do pai para viver.
Começou a compensar.
Sua vida, que antes eram regalias, começou a ser
privações. Certamente, antes de zerar, ele deve ter tentado
economizar, controlar e administrar o seu dinheiro, mas não
foi possível.
Aprendeu, lá fora, a servidão; aprendeu, lá fora, a
maldade; aprendeu, longe do pai, o julgamento.
Agora, além de longe do pai, com fome, frio e
padecendo necessidades, tinha mais uma série de ‘conceitos’
que não existiam em sua mente antes de sair da casa do pai.
Quando ele caiu em si, sabia que tinha feito besteira de
sair da casa do pai, mas a lei da compensação em sua
mente, começou a protelar sua volta e forjar um equilíbrio
entre sua relação com o pai.
Ele queria voltar, mas não queria que nada fosse de
graça.
Ele queria pagar pela sua estadia na casa do próprio
pai. Isso certamente era uma ofensa pior do que sair de
casa. Entretanto, mesmo assim, ele achou que suas
desculpas esfarrapadas e seu ‘trabalho’ na casa do pai,
poderiam trazer-lhe a paz que perdera.
“Voltarei para casa do meu pai e lhe direi: Pai, pequei
contra os céus e contra ti, não sou digno de ser chamado teu
filho, faze-me como um dos teus jornaleiros.”
Depois de muito lutar consigo mesmo, fez o trajeto de
volta. Fez uma conversão. Mudou o caminho que seguia para
o caminho de volta à sua origem.
Quando chegou perto da casa e seu pai o viu ao longe,
não suportando de saudades, o pai correu, abraçou-o e o
beijou. O filho, mesmo sendo recebido com todo o amor pelo
pai, teve a coragem de respirar fundo, estufar o peito e, com
aparente humildade, mas não era humildade, pois queria
pagar pelo direito de filho, disse ao seu pai toda a ladainha
que viera treinando no caminho.
Ele queria pagar pelos seus direitos de filho, o que não
é possível, pois direitos de filho, são direitos adquiridos. Por
mais que queiram comprar, nunca o farão.
A única pessoa que pode dar direito de filho a alguém,
é o pai. Ou ele gera, ou ele adota. Simples assim.
E o interessante do texto é que, quando o filho termina
de falar suas desculpas, o pai faz diferente do blá blá blá do
filho. Providencia vestes novas, um anel no dedo e sandálias
para os pés.
Ele veste o filho, devolve a autoridade de filho e
protege os seus pés do contato com a terra.
Para o pai, a parte da herança que o filho levou, era
insignificante, pois ele certamente havia produzido muito
mais.
A alegria do pai não foi em o filho aprender tudo aquilo
lá fora, mas sim, na sua volta para casa.
O pai não esperava que ele tivesse condições de
trabalhar ou não, de pagar ou não. O pai queria apenas que
ele voltasse para casa.
A alegria de um pai é a alegria de seus filhos.
Hoje, infelizmente, muitos pais não sabem ser pais,
pois entregaram essa linda função a qualquer um, menos
para eles mesmos.
Pais não beijam mais seus filhos.
Beijem seus filhos.
Façam isso. Abracem, façam cócegas.
Eles vão amar.
O pai, quando o filho pródigo voltou, sabia que ele viria
com muitos pensamentos doentios e depressivos, mas
mesmo assim, sabia que o filho seria restaurado em casa.
A convivência com o pai traz saúde, sempre.
Aquela culpa que os advogados não conseguem tirar,
somente um abraço do pai é capaz de arrancar pela raiz.
Com o tempo, o filho pródigo percebeu que jamais
poderia pagar sua dívida com o pai, mas o mais interessante
de tudo é que o pai não estava levando em conta a dívida
mais. Havia apagado dos registros.
O pai tinha saúde emocional perfeita e sabia viver
apenas o momento presente com seu filho. Sua ausência
seria a maior perda, pois tudo que o filho levou, o pai tinha o
poder de recriar e produzir novamente.
Toda a alegria que se esvaíram do filho longe da casa
do pai, começou a brotar novamente de seu interior.
O prazer de viver aos poucos foi retornando e as cores
novamente começaram a colorir os horizontes do filho, que
não era mais pródigo, pois, para ser pródigo, deve esbanjar
algo de uma fonte esgotável, mas, na casa do pai, era tudo
inesgotável.
Alguns pregam esse texto para pessoas que se
afastaram da instituição “igreja”, mas vamos um pouquinho
mais longe, essa parábola, ou analogia, é referente a toda a
humanidade.
Todos se afastaram de Deus.
Quando nascemos, temos a essência de Deus em nós,
pois o sopro de vida faz o corpo viver, mas, durante a
caminhada, como toda a humanidade está abarrotada de
falsos conhecimentos, esses falsos conhecimentos são
repassados paulatinamente para cada criança.
Lembra de Noé? A imaginação do homem é má desde
a sua meninice, e não desde o nascimento, por isso Jesus
disse que o reino dos céus é das crianças, pois, elas ainda
não tem o conhecimento das falsidades e mundo negociável
á sua volta.
Os conceitos de compra e venda são inexistentes na
mente das crianças e aceitam o amor do pai, confiam nas
pessoas e vivem suas vidas de maneira graciosa sem se
preocupar se estão sendo custosas ou não. Não tem essa
vaidade de valorização das coisas. Digo vaidade por que
coisas mais caras são aparentemente mais importantes que
as mais baratas.
O amor e aceitação do pai são inegociáveis. Não se
compra o favor de Deus, nem mesmo com lágrimas. Ele
simplesmente é o que é e jamais mudará.
A proximidade dele e a vivência com ele, nos fará
absorver sua personalidade de valores eternos.
A alegria dentro da presença e do Reino do Céu é
simplesmente perfeita e indescritível, mas há algo que tenta
sempre impedir as pessoas de voltarem à sua fonte.
Saudade
Um dia, andando pela rua, o Senhor me perguntou:
- Você sabe por que as pessoas choram quando
“aceitam a Jesus como seu Salvador?” Perguntei:
- Por quê?
- Por que elas sentem saudade.
- Saudade?
- Sim, saudade.
- Mas como, se elas nunca frequentaram um grupo,
uma igreja ou algo assim.
- Elas já estavam comigo antes de nascerem.
- hã?
- Sim, então, quando têm um encontro comigo, se
emocionam tanto, que não conseguem expor em palavras o
tamanho da alegria. Lembra do que eu falei através de
Salomão? O pó volta a terra de onde era e o espírito volta a
Deus, que o deu?
Pode parecer loucura, mas esse diálogo aconteceu
dentro de mim.
As pessoas choram, porque seu espírito está
novamente respirando e bebendo direto da fonte.
O pai, que estava olhando ao longe, vem e abraça seu
filho de maneira gostosa. O choro é incontido. A saudade era
muito grande. É uma paz que vai muito além da
compreensão mental e humana. Nossas mentes são
limitadas para isso.
Há muitas construções filosóficas e cadeias
sistematicamente produzidas, para que não aceitemos essa
verdade simples. Ou nos achamos indignos demais, ou não
acreditamos, mas o fato é que, quando somos expostos à
verdade em nosso espírito e corremos de volta à Fonte, o
abraço do pai é inevitável e a alegria também.
Se já teve essa experiência, saberá o que estou
falando, mas se nunca teve, questione, sem reservas alguém
que já a teve. É como se algo que todo o vazio que havia no
interior fosse preenchido e como se achasse algo precioso
que se havia perdido.
Isso não é religião.
Religião são dogmas e isso não é um dogma.
A religião complica e a fé simplifica.
Contaminação com o sistema
O filho pródigo, quando esteve fora, foi contaminado
com muitas coisas. Lá ele aprendeu que tudo tem um preço e
hierarquizou sua relação com os bens do pai e transformou o
amor do pai em uma mercadoria, achando que o amor do pai
é como o amor de uma meretriz.
Quantas prostitutas que disseram que o amavam?
Quantos amigos o cercavam e diziam: É isso ai
“parcero”.
Quantos, quando bêbados, disseram: “Cara, eu te amo
brother. “
A amizade fora da fonte tem preço.
O amor fora da fonte, também tem preço.
A aceitação fora da fonte, tem preço evidentemente.
Quantos de nós já nos sentimos assim? Uma
mercadoria ou uma fonte ambulante de dinheiro?
Quando o filho pródigo chegou para o pai tentou pagar
por sua aceitação. Mesmo depois do abraço e aceitação
incondicional.
Somos assim. Temos dificuldade em aceitar que
alguém nos ama simplesmente pelo que nós somos.
Para muitos, é difícil, ou quase impossível aceitar o
amor incondicional de Deus.
É de graça.
Amar, no reino de Deus, é natural. Não há bajulação.
Não há trocas. Não há perdas e não há ganhos. Há apenas
aceitação e completude.
Não importa onde o filho pródigo está ou esteve. O pai
o aguarda ansioso.
O espírito do homem também quer voltar para o seio do
pai, mas está calado no interior de cada ser humano
aguardando que, de alguma forma, o homem caia em si e
perceba que, sem o amor e cuidados do pai, tudo vai acabar.
Nada satisfaz espírito do homem, no homem interior,
como a presença de Deus e o abraço carinhoso do pai o
aceitando e lhe preparando um banquete.
Deixe de lado seus dogmas, sua religiosidade e sua fé
e suas crenças, até mesmo na ciência. Afinal, a ciência, em
muitos casos, não tem que ser aceita por fé? Ou você já viu o
átomo?.
O pai o espera.
i
Sinônimos: cânon modelo regra costu
me arquétipo espécime exemplo padrão paradigma
árbitro cânone documento escarmento escola esteir
a figurino lição norma transunto treita trilha trilho
amostra bitola cânonoucânone chavão exemplar for
ma fórmula molde
ii
Apocalipse 14:6 Então vi outro anjo, que voava pelo
céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que
habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo.
Ele disse em alta voz: "Temam a Deus e glorifiquem-no, pois
chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a
terra, o mar e as fontes das águas".
Apocalipse 14:6-7
iii
E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo
como testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
Mateus 24:14
Capítulo 6 – O filho pródigo ou o filho
esbanjador
A saída de casa
Tem certas vezes que dá vontade
abandonar tudo. Sair de casa. Chutar o pau da
barraca e dar as costas para a vida.
Olhamos para os lados e vemos tantas
coisas aparentemente boas e melhores do que
aquelas que temos em casa.
Corremos atrás de tudo; das folhas, do
vento e de tudo que, de alguma forma, nos
chama a atenção.
O que era importante, hoje não é mais. O
jantar em família, o banho em casa e o beijo de
boa noite. O cheirinho de café pela manhã.
Morei em uma casa no bairro de Caiobá, na
chamada Praia Mansa, quando tinha uns cinco
anos. Período muito difícil para minha família, se
formos olhar nos padrões sociais que temos.
Era comum comermos arroz puro com café
para descer mais fácil. Às vezes a mãe trazia uns
pés de galinha para cozinhar. Era um banquete.
Até hoje lembro do sabor do arroz puro com café
preto.
Nesse período de formação de meus
conceitos de certo e errado, tudo que minha mãe
dizia era verdade.
Os medos, temores, crenças e descrenças
dos pais ou daqueles que criam as crianças
tornam-se parte da vida delas, querendo elas, ou
não. Mas, como explicar aquela criança que é
totalmente diferente? Que tem muita coragem,
enquanto que a mãe ou o pai são medrosos?
Há algumas marcas e características que
nascem com as pessoas que nada no mundo
consegue tirar, pois faz parte da essência do ser.
Uma cena que me marcou muito foi a
construção do Edifício Torre Alta. Era necessário
explodir pedaços de rocha no pé do morro, pois
impediam de fazer a estrutura do prédio.
Eventualmente batiam palma na frente de casa e
saíamos minha mãe e eu em seu colo. Ela ficava
apavorada com as explosões. Voavam detritos
por tudo e ouvíamos o barulho dos estilhaços
caindo no telhado da casa. Somente depois de
alguns minutos voltávamos. Quando finalmente
estávamos novamente em segurança segundo
os engenheiros.
Eu, os animaizinhos e ...
Um bicho mau
Em Matinhos temos muitos gambás e tive o
privilégio de deparar com uma ninhada perdida
deles. Alguém disse que eles eram maus.. Os
filhotes caíram do marsupial quando a mãe
morreu. Era necessário acabar com a ameaça.
Alguns pregos e um martelo resolveram. Todos
foram traspassados pelos olhos. Uma sensação
desagradável de poder invadiu meu ser.
Tinha uma maldade em mim, mas essa
maldade me causou tristeza.
Constatação científica
Outra vez, aos seis anos, ganhei um
gatinho. Alguém me disse que gatos sempre
caem em pé. Minha mente de cientista precisava
constatar empiricamente. Joguei várias vezes um
filhote para o alto para ver sua queda. Afinal, era
um gato. Sangrou um pouco, pois machucou
bastante o focinho, mas ele caiu quase em pé.
Salva-vidas
Outra vítima de minhas experiências foi um
ratinho branco. Um balde foi o palco do
afogamento para testar sua resistência embaixo
d’água. Afoguei-o várias vezes até o momento
em que ele não se mexia mais. Desesperado fiz
reanimação massageando o peito do bichinho
com meus dedos. Minha única experiência como
salva-vidas, pelo menos até o momento em que
escrevia esse capítulo. Ele praticamente
ressuscitou. Alívio é a sensação que pode
descrever quando vi sua respiração acontecer
novamente.
Isso descreve um certo grau de psicopatia,
não? Sim? Não sei. Mas sei que alguma
construção mental me fazia agir assim.
A criança desde os primeiros contatos com
a sociedade em que vivemos tem estímulos de
todas as maneiras. Sejam bons estímulos ou
maus estímulos.
Com certeza, essas pequenas experiências
causaram certa aversão, mas enquanto as
relembrava para o registro, veio à minha mente
um momento da história em que Deus
conversando com Noé, contou-lhe que a
imaginação do homem é má desde a sua
meninice. Realmente, no meu caso, isso foi fato.
Contudo, havia e há sempre no ser humano, uma
desculpa para cometer atrocidades. Por isso
mesmo existem os advogados de defesa, que
sempre mostrarão argumentos que procurarão,
ou inocentar ou pelo menos diminuir a pena.
Um advogado tem poder de defender o
homem de uma condenação, mas não tem o
poder de livrar o homem da condenação pessoal.
Pessoas vivem com culpas e angústias que as
afligem tanto, que o prazer de viver é roubado
pela não permissão da pessoa mesmo, de se dar
ao prazer de viver. Para compensar a culpa,
muitos se afundam em trabalho, outros em
drogas, outros em bebidas e outros, ainda, não
se afundam, mas desenvolvem doenças que,
muitas vezes, levam à morte prematura ou à
invalidez antes do tempo. O estado lastimável da
alma é materializado no corpo.
Essas sensações, esses julgamentos,
autopunições e sufoco das emoções acontece
por causa de tudo o que o homem aprende e
apreende durante toda sua vida. Aprender é algo
que adquirimos como conhecimento e apreender
é algo que se torna parte da gente. A culpa é algo
que foi desenvolvido na alma humana e se
tornou parte do senso comum de toda a
humanidade. Existe algo chamado
‘compensação’ que criamos para cada ato que
consideramos errado na jornada. Para cada
maldade, procuramos equilibrar com uma
bondade. Tentamos encobrir o erro, ou falta, ou
pecado com alguma ‘boa’ atitude ou obra.
Vivemos em um círculo vicioso de correr atrás do
prejuízo, mas não entendemos que essa conta é
impossível de pagar. Percebemos isso quando
vemos que os juros e taxas são altas demais. Os
valores sobem, criam peso e se tornam
inacessíveis e impagáveis em pouquíssimo
tempo. Somos então levados a abandonar o
desejo de compensar e deixamos a vida seguir,
contudo, a nossa ‘consciência’ sempre está lá,
fazendo o papel dela que é nos torturar com
lembranças amargas.
O peso é grande demais e muitos
sucumbem.
Talvez tenha sido essa a sensação que
envolveu o filho pródigo que é citado nos relatos
das testemunhas oculares dos discursos de
Jesus. Os evangelistas narram a história de um
jovem que pediu a parte dele na herança, pois
queria viver sua vida e tentar a sorte longe dos
olhos do pai. Queria distância. Talvez ele, assim
como muitos nos dias de hoje, queiram fugir de
casa e ir para um lugar onde ninguém os
conheça. Liberdade é o que clama a alma do ser
humano.
O jovem pegou o dinheiro, suas roupas e
saiu gastando. Comprou tudo o que precisava e
ainda sobrou dinheiro. Sobrou dinheiro para
festas, amigos que o ajudaram a gastar o
dinheiro, mulheres e tudo o que seus olhos
desejaram e o dinheiro Poe lhe proporcionar ele
alcançou.
O desejo da carne foi satisfeito; a cobiça
dos olhos não foi deixada para trás e a fama pelo
poder foi algo muito natural na vida desse jovem
enquanto tinha a força que movia o motor das
suas paixões: o dinheiro.
O final dessa história não é novidade, mas
algumas coisas e detalhes nela são bem
interessantes.
O filho pródigo, quando lá fora não tinha
mais recursos começou a lembrar-se da fartura
que tinha na casa do seu pai. Evidentemente,
nos primeiros sinais de que as coisas não
estavam indo bem, já veio à sua mente o desejo
de voltar, mas ele não o fez. Deve ter ficado
enrolando e procurando uma saída. Não queria
dar esse gostinho para seu pai e seu irmão. Não
podia admitir que precisava do pai para viver.
Começou a compensar.
Sua vida, que antes eram regalias,
começou a ser privações. Certamente, antes de
zerar, ele deve ter tentado economizar, controlar
e administrar o seu dinheiro, mas não foi
possível.
Aprendeu, lá fora, a servidão; aprendeu, lá
fora, a maldade; aprendeu, longe do pai, o
julgamento.
Agora, além de longe do pai, com fome, frio
e padecendo necessidades, tinha mais uma série
de ‘conceitos’ que não existiam em sua mente
antes de sair da casa do pai.
Quando ele caiu em si, sabia que tinha feito
besteira de sair da casa do pai, mas a lei da
compensação em sua mente, começou a protelar
sua volta e forjar um equilíbrio entre sua relação
com o pai.
Ele queria voltar, mas não queria que nada
fosse de graça.
Ele queria pagar pela sua estadia na casa
do próprio pai.
Isso certamente era uma ofensa pior do
que sair de casa.
Entretanto, mesmo assim, ele achou que
suas desculpas esfarrapadas e seu ‘trabalho’ na
casa do pai, poderiam trazer-lhe a paz que
perdera.
“Voltarei para casa do meu pai e lhe direi:
Pai, pequei contra os céus e contra ti, não sou
digno de ser chamado teu filho, faze-me como
um dos teus jornaleiros.”
Depois de muito lutar consigo mesmo, fez o
trajeto de volta. Fez uma conversão. Mudou o
caminho que seguia para o caminho de volta à
origem.
Quando chegou perto da casa e seu pai o
viu ao longe. Não suportando de saudades,
correu, abraçou-o e o beijou. O filho, mesmo
sendo recebido com todo o amor pelo pai, teve a
coragem de respirar fundo, estufar o peito e, com
aparente humildade, mas não era humildade,
pois queria pagar pelo direito de filho, o que é
impossível. Direitos de filho, são direitos
adquiridos. Por mais que queiram comprar,
nunca o farão.
Disse ao seu pai toda a ladainha que viera
treinando no caminho. E o interessante do texto é
que, quando o filho termina de falar suas
desculpas, o pai providencia vestes novas, um
anel no dedo e sandálias para os pés.
Ele veste o filho, devolve a autoridade de
filho e protege os seus pés do contato com a
terra.
Para o pai, a parte da herança que o filho
levou, era insignificante, pois ele certamente
havia produzido muito mais.
A alegria do pai não foi em o filho aprender
tudo aquilo lá fora, mas sim, em ele voltar para
casa.
O pai não esperava que ele tivesse
condições de trabalhar ou não, de pagar ou não.
O pai queria apenas que ele voltasse para casa.
A alegria de um pai é a alegria de seus
filhos.
Hoje os pais não sabem ser pais, pois
entregaram essa linda função a qualquer um,
menos para eles mesmos.
Pais não beijam mais seus filhos. Façam
isso. Abracem, façam cócegas.
Eles vão amar.
O pai, quando o filho pródigo voltou, sabia
que ele viria com muitos pensamentos doentios e
depressivos, mas mesmo assim, sabia que o
filho seria restaurado em casa. A convivência
com o pai traz saúde, sempre.
Aquela culpa que os advogados não
conseguem tirar, somente um abraço do pai é
capaz de arrancar pela raiz.
Com o tempo, o filho pródigo percebeu que
jamais poderia pagar sua dívida com o pai, mas o
mais interessante de tudo é que o pai não estava
levando em conta a dívida mais. Havia apagado
dos registros.
O pai tinha saúde emocional perfeita e
sabia viver apenas o momento presente com seu
filho. Sua ausência seria a maior perda, pois tudo
que o filho levou, o pai tinha o poder de recriar e
produzir novamente.
Toda a alegria que se esvaíram do filho
longe da casa do pai, começou a brotar
novamente de seu interior.
O prazer de viver aos poucos foi retornando
e as cores novamente começaram a colorir os
horizontes do filho, que não era mais pródigo,
pois, para ser pródigo, deve esbanjar algo de
uma fonte esgotável, mas, na casa do pai, era
tudo inesgotável.
Essa parábola, ou analogia, é referente ao
Criador e a humanidade.
Todos se afastaram de Deus. Quando
nascemos, temos a essência de Deus em nós,
pois o sopro de vida faz o corpo viver, mas,
durante a caminhada, como toda a humanidade
está abarrotada de falsos conhecimentos, esses
falsos conhecimentos são repassados
paulatinamente para cada criança.
Por isso Jesus disse que o reino dos céus é
das crianças, pois, elas ainda não tem o
conhecimento das falsidades e mundo
negociável á sua volta.
Os conceitos de compra e venda são
inexistentes na mente das crianças e aceitam o
amor do pai, confiam nas pessoas e vivem suas
vidas de maneira graciosa sem se preocupar se
estão sendo custosas ou não. Não tem essa
vaidade de valorização das coisas. Digo vaidade
por que coisas mais caras são aparentemente
mais importantes que as mais baratas.
O amor e aceitação do pai são
inegociáveis. Não se compra o favor de Deus,
nem mesmo com lágrimas. Ele simplesmente é o
que é e jamais mudará.
A proximidade dele e a vivência com ele,
nos fará absorver sua personalidade de valores
eternos.
A alegria dentro da presença e do Reino do
Céu é simplesmente perfeita e indescritível, mas
há algo que tenta sempre impedir as pessoas de
voltarem à sua fonte. Lembra no início? Aba,
Fonte, Pai?
Saudade
Certa feita, eu comecei a pensar no que
leva pessoas a chorarem quando optam por
abraçar a fé e passam a ter consciência da
eternidade. Um fato curioso para muitos, há
quem chame de ‘fantasia da religião’ ao passo
que outros chamam de fanatismo. Guardo para
mim o que ouvi no meu espírito quando eu
meditava em um texto de Salomão, em
Eclesiastes 12, em que ele retrata a vida e morte
do homem, descrevendo passo a passo o que
ocorre. O final do texto fala que, quando o corpo
volta à terra, o espírito volta a Deus, que o deu.
Ou seja, o espírito volta para o lugar de sua
origem. Contudo, quando as pessoas tem um
contato com o divino aqui na terra, nessa
dimensão, é como se o afastamento da Fonte
tivesse causado essa sensação de saudade, ou
retorno para o lar.
As pessoas choram, porque seu espírito
está novamente respirando e bebendo direto da
fonte. O pai, que estava olhando ao longe, vem e
abraça seu filho de maneira gostosa. O choro é
incontido. A saudade era muito grande. É uma
paz que vai muito além da compreensão mental
e humana. Nossas mentes são limitadas para
isso. Há muitas construções filosóficas e cadeias
sistematicamente produzidas, para que não
aceitemos essa verdade simples. Ou nos
achamos indignos demais, ou não acreditamos,
mas o fato é que, quando somos expostos à
verdade em nosso espírito e corremos de volta à
fonte, o abraço do pai é inevitável e a alegria
também.
Se já teve essa experiência, saberá o que
estou falando, mas se nunca teve, questione,
sem reservas alguém que já a teve. É como se
algo que todo o vazio que havia no interior fosse
preenchido e como se achasse algo precioso que
se havia perdido.
Isso não é religião.
Religião são dogmas e isso não é um
dogma.
A religião complica e a fé simplifica.
Contaminação com o sistema
O filho pródigo, quando esteve fora, foi
contaminado com muitas coisas. Lá ele aprendeu
que tudo tem um preço e hierarquizou sua
relação com os bens do pai e transformou o amor
do pai em uma mercadoria, achando que o amor
do pai é como o amor de uma meretriz.
Quantas prostitutas que disseram que o
amavam?
Quantos amigos o cercavam e diziam: É
isso ai “parcero”.
Quantos, quando bêbados, disseram: Cara,
eu te amo brother.
A amizade fora da fonte tem preço.
O amor fora da fonte, também tem preço.
A aceitação fora da fonte, tem preço
evidentemente.
Quantos de nós já nos sentimos assim?
Uma mercadoria ou uma fonte ambulante de
dinheiro?
Quando o filho pródigo chegou para o pai
tentou pagar por sua aceitação. Mesmo depois
do abraço e aceitação incondicional.
Somos assim. Temos dificuldade em
aceitar que alguém nos ama simplesmente pelo
que nós somos.
Para muitos, é difícil, ou quase impossível
aceitar o amor incondicional de Deus.
É de graça.
Amar, no reino de Deus, é natural. Não há
bajulação. Não há trocas. Não há perdas e não
há ganhos. Há apenas aceitação e completude.
Não importa onde o filho pródigo está ou
esteve. O pai o aguarda ansioso.
O espírito do homem também quer voltar
para o seio do pai, mas está calado no interior de
cada ser humano aguardando que, de alguma
forma, o homem caia em si e perceba que, sem o
amor e cuidados do pai, tudo vai acabar.
Nada satisfaz espírito do homem, no
homem interior, como a presença de Deus e o
abraço carinhoso do pai o aceitando e lhe
preparando um banquete.
Deixe de lado seus dogmas, sua
religiosidade e sua fé e suas crenças, até mesmo
na ciência. Afinal, a ciência, em muitos casos,
não tem que ser aceita por fé? Ou você já viu o
átomo?.
O pai o espera.
Capítulo 7 – Jesus
Um grande mistério para muitos é a pessoa
de Jesus.
Para alguns, um profeta; para outros, um
rei; para outros, um louco; para outros um
perturbador; para outros um homem iluminado.
Quem de fato foi Jesus?
Não espero dar um compêndio sobre ele,
mas trarei o que recebi de Deus no meu espírito.
A história de Jesus é a mais intrigantes
história da humanidade. Temos relatos de sua
presença desde a mais tenra idade e, não
apenas no nascimento, mas aos doze anos já
começou a fascinar os doutores com sua
perspicácia e sabedoria. Seu conhecimento não
se limitava à letra com a qul os fariseus e
sacerdotes estavam acostumados. A aplicação
prática da verdade algo que marcou sua
peregrinação nessa terra, ou nessa dimensão
que conseguimos ver.
Hoje, algumas entidades se auto
denominam donas de Jesus, como se ele fosse
um produto e sua fórmula de uso fosse
padronizada nos conceitos e moldes mesquinhos
e pobres dessas instituições.
Ele foi claro e taxativo quando disse que
não havia como limitar, condensar, compactar,
dogmatizar, doutrinar, estabelecer conceitos e
controlar a manifestação dele mesmo nessa
terra.
Seus passos foram marcados pela
verdade, liberdade plena, desapego de tudo e de
todos e riqueza e abundancia de vida.
Ao seu lado as pessoas não passavam
fome, eram plenamente sadias, eram aceitas,
eram amadas, eram libertas. Por mais de uma
vez ele convidou muitos a deixaram de seguirem-
no. Não fazia questão de seguidores. Não fazia
questão da multidão.
Entre os ricos, os desprezava; deleitava-se
com as lágrimas de uma prostituta beijando seus
pés, encharcando-o com suas lágrimas e
secando com seus cabelos.
Confundia a todos, pois chamava para si
aqueles que as leis e os padrões condenavam.
Não há registros de sua adolescência e
juventude. Os evangelistas dizem que ele não
tinha pecado.
Certa feita ele falou que pecado era não
crer nele e disse que quando subisse ao céu
estaria enviando o Espírito Santo para que o
Espírito Santo mostrasse isso ás pessoas.
Ele também nos conta que está com o Pai
agora e que o príncipe deste mundo já está
julgado.
Enquanto andava nessa terra mostrou que
não dependia absolutamente de nada do que fora
transformado pelo homem e também não
precisava de dinheiro, comércio, ou qualquer
outra coisa relacionada à espécie de trabalhos
feitos por todos.
Na pescaria dos seus discípulos auxiliou
dizendo o lado que deveria ser jogada a rede e,
em apenas alguns minutos, os peixes pegos
oram mais do que a noite toda.
Confundindo a todos, utilizou o lanche de
um garotinho para alimentar uma multidão e fez
sobrar ainda doze cestos cheios, que, certamente
devem ter sido levados pelos apóstolos. Não sei,
não há registro.
O que fascina na vida de Jesus, o Cristo, é
a sua displicêbncia com o que os responsáveis
pelos cultos da época pensavam dele. Ele fazia
tudo para provocá-los.
Não se engane. Certamente você e seu
pastor estariam entre aqueles que procuravam
maneiras de confundir o mestre. Suas palavras
eram boas demais para ser verdade. Satanás, o
príncipe deste século, armou uma cadeia de
pensamentos tão ardilosa, que quando penetra a
luz por algumas frestas dessa teia armada,
desconfiamos, pois estamos acostumados
demais com as trevas e ao cheiro de mofo da
religião.
Bijuteria é tudo que se faz imitando coias de valor.
Não é porque está pendurado na árvore, que faz parte
dela.
Os ramos verdadeiros recebem a seiva direto da
fonte.
41 3058 9050
rafael
Capítulo 7 – Jesus
Um grande mistério para muitos é a pessoa de Jesus.
Para alguns, um profeta; para outros, um rei; para
outros, um louco; para outros um perturbador; para outros um
homem iluminado. Quem de fato foi Jesus?
Não espero dar um compêndio sobre ele, mas trarei o
que recebi de Deus no meu espírito.
A história de Jesus é a mais intrigantes história da
humanidade. Temos relatos de sua presença desde a mais
tenra idade e, não apenas no nascimento, mas aos doze
anos já começou a fascinar os doutores com sua perspicácia
e sabedoria. Seu conhecimento não se limitava à letra com a
qul os fariseus e sacerdotes estavam acostumados. A
aplicação prática da verdade algo que marcou sua
peregrinação nessa terra, ou nessa dimensão que
conseguimos ver.
Hoje, algumas entidades se auto denominam donas
de Jesus, como se ele fosse um produto e sua fórmula de
uso fosse padronizada nos conceitos e moldes mesquinhos e
pobres dessas instituições.
Ele foi claro e taxativo quando disse que não havia
como limitar, condensar, compactar, dogmatizar, doutrinar,
estabelecer conceitos e controlar a manifestação dele mesmo
nessa terra.
Seus passos foram marcados pela verdade, liberdade
plena, desapego de tudo e de todos e riqueza e abundancia
de vida.
Ao seu lado as pessoas não passavam fome, eram
plenamente sadias, eram aceitas, eram amadas, eram
libertas. Por mais de uma vez ele convidou muitos a deixaram
de seguirem-no. Não fazia questão de seguidores. Não fazia
questão da multidão.
Entre os ricos, os desprezava; deleitava-se com as
lágrimas de uma prostituta beijando seus pés, encharcando-o
com suas lágrimas e secando com seus cabelos.
Confundia a todos, pois chamava para si aqueles que
as leis e os padrões condenavam.
Não há registros de sua adolescência e juventude.
Os evangelistas dizem que ele não tinha pecado.
Certa feita ele falou que pecado era não crer nele e
disse que quando subisse ao céu estaria enviando o Espírito
Santo para que o Espírito Santo mostrasse isso ás pessoas.
Ele também nos conta que está com o Pai agora e
que o príncipe deste mundo já está julgado.
Enquanto andava nessa terra mostrou que não
dependia absolutamente de nada do que fora transformado
pelo homem e também não precisava de dinheiro, comércio,
ou qualquer outra coisa relacionada à espécie de trabalhos
feitos por todos.
Na pescaria dos seus discípulos auxiliou dizendo o
lado que deveria ser jogada a rede e, em apenas alguns
minutos, os peixes pegos oram mais do que a noite toda.
Confundindo a todos, utilizou o lanche de um
garotinho para alimentar uma multidão e fez sobrar ainda
doze cestos cheios, que, certamente devem ter sido levados
pelos apóstolos. Não sei, não há registro.
O que fascina na vida de Jesus, o Cristo, é a sua
displicência com o que os responsáveis pelos cultos da
época pensavam dele. Ele fazia tudo para provocá-los.
Não se engane. Certamente você e seu pastor
estariam entre aqueles que procuravam maneiras de
confundir o mestre. Suas palavras eram boas demais para
ser verdade. Satanás, o príncipe deste século, armou uma
cadeia de pensamentos tão ardilosa, que quando penetra a
luz por algumas frestas dessa teia armada, desconfiamos,
pois estamos acostumados demais com as trevas e ao
cheiro de mofo da religião.

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O herege que falou com deus

  • 1. Você não precisa desse livro... lê-lo, apenas trará certezas de coisas as quais sabia. Em alguns momentos terá a sensação de que deveria tê-lo escrito, mas não o fez.
  • 2. “Em uma de minhas conversas com Deus, ouvi algo que soou muito estranho aos meus ouvidos: “A torre de babel ao contrário”. Questionei e novamente ouvi: A torre de Babel ao contrário. Fiquei um pouco instigado, pois ficou muito forte em mim e, em meu espírito, sabia que era uma mensagem. Pesquisei então para conseguir trazer à luz o conhecimento que havia sido trazido ao meu espírito.” Pendrives são utilizados para guardar muitas
  • 3. informações. Há vários tipos de pendrives e vários tamanhos. Vários livros podem estar dentro de um deles; filmes completos; memórias e canções que guardamos com carinho. Conforme a velocidade do computador, os dados são passados para o periférico. Em segundos, instantes, ou milésimos de segundo, são passadas informações que levaram horas, dias, meses ou anos para serem produzidas. Para lermos essas informações, precisamos conectar esse pendrive em um computador, abrir o programa adequado, para que possamos explorar o conteúdo do pendrive. Pode ser um texto de uma, duas, mil ou milhares de páginas que, em instantes, passaram de uma máquina para outra através desse equipamento chamado PENDRIVE. Da mesma forma, os insights acontecem no espírito. Recebemos a informação que vem completa, como em um pen drive, mas quando o espírito comunica à mente frequentemente há um colapso mental. Fechamos os olhos sem o conhecimento e o abrimos com a solução completa. Nossa mente, condicionada aos cinco limitados sentidos, bloqueia a informação e o fluxo que vem ao nosso espírito fazendo com que tudo que está nele seja passado a conta-gotas para nossa vida. Muitas dessas informações são vitais e, depois de muito tempo, nos arrependemos por não termos seguido nosso ‘instinto’, que na realidade não é apenas instinto, mas sim, conexão direta com o Criador.
  • 4. Ele não comunica à nossa mente, e sim ao nosso espírito. Pensar faz bem, mas nossos pensamentos estão recheados, contaminados e abarrotados de lixo e entulhos que ocupam espaços lindos e preciosos para o verdadeiro conhecimento. Crianças tem muita facilidade para exteriorizar conhecimentos e praticar vida. A vida deve ser praticada e vivida. Deixamos muita vida se perder por aí. Capítulo 1 A torre de Babel ao contrário.
  • 5. Como um download em uma máquina com internet muito veloz, recebi o insight dessa informação. Minha mente religiosa e cheia de conceitos e pressuposições logo armou- se e bloqueou o conteúdo baixado, pensando que era um vírus. Mas a intensidade e o brilho foi tão forte dessa informação que senti como que um segundo download acontecendo: “A torre de Babel ao contrário (2)”; o mesmo arquivo duplicado na memória. Posso afirmar que isso começou a me intrigar, pois foi claro demais para mim. Resolvi então consultar o texto que falava sobre a Torre de Babel original. Encontrei no livro de Gênesis o relato que conta o que aconteceu com a Torre de Babel. Os homens reuniram-se e resolveram fazer uma torre muito alta, cujo cume tocasse o céu. O desejo deles era o reconhecimento e poderio mundiais. Todos estavam com a mesma intenção e propósito. Havia unidade perfeita entre os mesmos. Não haveria limites para o que pudessem fazer por uma simples razão: unidade de pensamentos. O texto fala que a atitude deles chamou a atenção de Deus, mas ao mesmo tempo o incomodou, pois os homens estavam obstinados com a ideia de independência total da presença do criador. Achavam-se autossuficientes. O relato bíblico mostra que Deus olhou, e desceu até lá para confundir a língua deles. Todos passaram a falar uma língua
  • 6. diferente uns dos outros. Houve um pandemônio nas comunicações entre os construtores da Torre de Babel e seu intento foi frustrado. Deixando de lato os motivos que levaram Deus a acabar com o intento deles, eu queria entender o porquê de eu ouvir no meu espírito, direto do Espírito de Deus, de que, algo como a Torre de Babel ao contrário ocorrerá. O que me saltou aos olhos foi o texto que diz: "Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra". Gênesis 11:4. O desejo no coração dos homens era ter um nome famoso e reconhecido por toda a humanidade pelo seu grande feito. Mas, ainda ficava a pergunta: Por que “A torre de Babel ao contrário”? Nessa hora, permiti-me ser ensinado de dentro para fora, sem interferências externas; sem qualquer preconceito ou pseudoconhecimento convencionado; deixei-me apenas ser ensinado pelo meu próprio espírito que houvera instantes antes recebido um conhecimento diferente de tudo o que havia entendido com minha mente secularizada. A torre de Babel ao contrário já está sendo edificada há tempos e a base dela chama-se Jesus Cristo. Ele, como sábio construtor, começou a construção de uma torre invisível no interior de cada homem. Através do conhecimento de Cristo, ou do Cristo, ou do
  • 7. Espírito de Cristo, os homens tornam-se diferentes na sua alma e no seu interior. O desejo egocêntrico de reconhecimento começa a perder as forças; o desejo de ter um nome acima de todos os homens ou nomes, é dissipado; o desejo de ser melhor e mais poderoso do que os outros, começa a perder as forças. O amor ao próximo é a linguagem trazida quando a Torre de Babel é construída ao contrário, e, assim como a antiga torre de Babel começou a ser construída, com o intento de levantar o nome dos homens ao céu e torná-los conhecidos lá, um outro nome será levantado e será conhecido em toda a face da terra. O nome do homem que nasceu da virgem Maria tornar-se-á o nome mais conhecido da face da Terra. Esse nome será levantado, glorificado e exaltado acima de todos os nomes. Deus novamente vai unir a linguagem da humanidade. Todos, sem exceção, falarão a mesma língua e nessa língua dirão: Bendito é o Cordeiro que vem em nome do Senhor. O nome de Jesus, na torre de babel ao contrário, será o nome acima de todos os nomes. Outro elemento que deve ser observado aqui, é que, a tentativa de chegar ao céu, ou a Deus pela força e estrutura mental e humana, é inútil. Deus não é alcançado, tocado, ou movido pelos nossos sacrifícios. Ele não aceita nada que ele mesmo não tenha colocado em nossos corações para ser feito. Se isso não for assim, teremos motivos para nos
  • 8. vangloriar e bater no peito dizendo que somos melhores e que conquistamos algo pela nossa própria capacidade. Ninrode, que era o Rei daquela cidade, foi levado por um espírito que atua até os dias de hoje em todo o planeta. Ele está nas ruas, nas escolas, nas igrejas, nos templos, nos filmes, nas novelas e nos púlpitos construindo seus altares e torres enganando os homens para que eles fiquem em um esforço diário de sacrifício e mérito. Querem provar uns aos outros que são melhores e que suas construções são mais bonitas e marcantes. Constroem suas torres e acumulam para si discípulos e procuram agregar seguidores, admiradores e fãs. Ao contrário de Jesus, o Cristo, que, ao invés de agregar seguidores, convidava as pessoas a deixarem de segui-lo. Hoje, a Torre de Babel ao contrário, faz todo o sentido para mim e sei que o que eu ouvi, não veio de ninguém menos do que o Espírito de Cristo que começou a me instruir e me mostrar o caminho para chegar até a fonte criadora de todas as coisas. A fonte da luz imarcescível. A essência de toda a vida. A edificação da Torre de Babel ao contrário é fundamental para todos nós que desfrutamos da árvore da vida.
  • 9. Capítulo 2 Uma música Senhor? Outro dia, eram umas duas horas da manhã mais ou menos e conversava com um amigo no MSN que me enviou uma canção. Quando comecei a ouvir, parei tudo, pois naquele momento, foi claro: Deus estava falando comigo.
  • 10. Vou explicar aqui com detalhes o que aconteceu enquanto eu ouvia a música e o que ocorreu no dia seguinte. É diferente, mas real. A musica começava assim: “Para pra pensar, porque eu já me toquei Eu te escolhi, você me escolheu eu sei ...” Instantaneamente lágrimas desceram em meu rosto e muitos medos foram embora. Paradigmas Estamos acostumados e ensinados e convencionados e abarrotados de informações que nos dizem que as igrejas são lugares santos e que as músicas “do mundo” desagradam os ouvidos de Deus. Entretanto, no momento em que ouvi as frases dessa canção, minha mente entrou em parafuso. Sabia quem falava comigo e tocava meu coração e ao mesmo eu ouvia uma canção comum, do mundo; porém a afirmação, “Eu te escolhi”, caiu como uma bomba no em cima de mim. Não me lembro, em minha vida, de um momento que senti-me tão amado e desejado. Senti braços me envolverem. Um calor imenso invadiu meu corpo. Era claro para mim de onde vinha aquele calor. Era o calor da matriz de luz de todo o Universo. Aquilo me completou naquela hora e eu sabia que nada poderia roubar-me aquela sensação.
  • 11. Soube naquele instante o que era o amor incondicional. Muito mais que pai para filho, namorados, amantes. Não havia nada de erótico e/ou sensual. Era apenas um calor e um abraço envolventes que me fizeram sentir-me como uma criança nos braços do pai. Já se sentiu amado assim? Somente quando essa sensação nos invade é que podemos ter a noção do que é um amor sem medida. Teorias podem tentar explicar e definir o verbo Amar. Mas esse sentimento apenas o Verbo Vivo pode gerar em alguém. Posso afirmar que naquele momento vivenciei o amor em sua essência mais pura. Mas creio que há níveis mais altos. Reciprocidade A música continuou e a segunda afirmação, “Você me escolheu eu sei” comoveu-me mais ainda, pois, quem falou que me escolhera, disse que sabia que eu o havia escolhido também. Ou seja, somente alguém que conhecia meu coração melhor do que eu mesmo, trouxe à luz em meu espírito algo que já havia visto dentro de mim. Algo que eu mesmo ainda não havia entendido e tampouco afirmado. A escolha por Ele era algo real. Não pude questionar sua onisciência. Em segundos ruíram cadeias, bloqueios e grades que
  • 12. com o tempo foram construídas dentro de um coração. Meu coração era prisioneiro, limitado e massacrado e vítima de um cativeiro sem muros, porém, muito mais violento, que agia ao nível de alma, onde mesmo livres, os homens podem ser mais infelizes do que carcerários. Segurança Está sendo descrito aqui, um evento que auxiliou a mudança da história de uma vida. Um momento ímpar e único que pode ocorrer na vida de qualquer pessoa. Quando há uma atuação sobrenatural, o mais duro dos corações derrrete-se e não suporta toque do Pai, da origem, do Amor, da Verdade e da Vida. Sobrenatural, aqui, diante dos fatos, torna-se a coisa mais natural possível. Enquanto nos comunicávamos sem palavras tudo saiu do meu controle e ao mesmo tempo estava tudo no lugar mais assustadoramente seguro em que um homem poderia estar. Plena e perfeita paz são palavras que podem ser usadas para, de alguma forma, delinear a sensação. Se fosse fazer uma analogia da situação, seria como lançar-se de cima de um penhasco acima das nuvens com a certeza de que a única sensação que sentiria seria o prazer de estar flutuando em total segurança. Fiquei totalmente sem chão, completamente livre para uma queda realmente livre.
  • 13. Aoooow Paixão O momento em que estamos com a pessoa a qual estamos apaixonados é sublimado através das sensações corpóreas e é impossível de ser descrito com palavras. A música continuava e as sensações apenas aumentavam e fluíam dentro de mim. A frase: “Tá escancarando vai negar pro coração, que você tá com sintomas de paixão” enriqueceram aquele instante, em que os sintomas de paixão estavam vívidos nas minhas emoções. Os versos que seguiam fizeram disparar memórias arquivadas nos armários de meu inconsciente. Quando ouvi “é quando os olhos se caçam em meio à multidão; quando a gente se esbarra andando em qualquer direção”, fiquei extasiado com tamanha verdade que estava apreendendo naquele espaço tempo de minha existência. Lembrei-me de quantas vezes nas ruas, nas estradas, nos ônibus, em meio à pessoas, assistindo algum filme, lendo livros, revistas, a Bíblia, orando, conversando com alguém, ocioso, trabalhando, compondo, meditando e em qualquer
  • 14. “indo”,” endo” ou “ando” eu houvera sido sutilmente envolvido pelos braços do Pai. Sua presença, sua voz se fez notar nas horas em que menos esperava. Tão real e tão sublime que tangia ao abstrato conceitual, todavia concreto como o cimento e mais coerente do que qualquer teoria, filosofia, sofisma ou pensamentos que se possam elaborar. Ele está aqui “Sua presença é real”, era a única coisa que eu podia pensar e Ele sabia que eu sabia que tudo o que me mostrava era um grande segredo, até aquele momento só nosso; nosso ainda hoje mas compartilhado com alguns e vivido por poucos, cujos anseios são sinceros e vão espalhar para muitos. Confrontando a “razão” “Quando indiscretamente a gente vai perdendo o chão; vai ficando bobo.” Perder o chão. Que afirmação desconexa e coerente tem aqui. A segurança se vai; os limites estabelecidos procuram sentido para continuarem sendo, e a razão, obsoleta, inexistente conflitante em seu fundamento, se esvai.
  • 15. A razão desconhece coisas que deveria saber e/ou aprende outras de maneira equivocada. Quando exposta à verdade, opõe-se, por conhecer outra faceta daquilo que considerava absoluto. O conhecimento dos dentes a faz temer o afago de um abraço. “Vai ficando bobo”. Precisa dizer mais? O choque dessa afirmação que segue é algo que também pode desestruturar convenções não apenas religiosas, mas também físicas e abraçar-se com Einstein relativo sem ainda, concordar plenamente com o menino que começou a falar aos quatro anos e elaborando, talvez, outra ideia conceitual para o tempo e suas definições dentro de uma nova realidade espacial que se torna conhecida e dissecada nessa parte do livro. Passa o tempo sem fazer esperar “O amor não espera, só deixa o tempo passar”. Paradoxal no mínimo. Como não esperar enquanto o tempo passa? Para entendermos a sentença, é necessário compreender a natureza da fonte inspiradora da mesma. Uma vez Einstein afirmou que seu maior desejo era conhecer a mente de Deus. E talvez seja essa a pergunta de muitos. A questão ‘tempo’ nessa canção é primordial para
  • 16. conseguirmos absorver uma microscópica fração desse amor que não espera, mas divergentemente deixa o tempo passar. Somos hoje, o passado do que esperamos. Nossa esperança está no futuro, distinto do nosso presente, logo, como temos a esperança no futuro, o presente é fatidicamente desligado do esperado. A concepção filosófica temporal dessa composição remete-nos à ideia de que o amor que não espera, é um amor não condicionado àquilo que entendemos como antes e depois. O amor, ali citado, não se limita às coisas que passaram e tampouco às coisas que virão. Esse amor é completo em si, afastado de toda a imperfeição e intimamente ligado àquilo que Ele É. Simplesmente isso. Ele é apenas, ou, apenas É. Não precisa de nenhuma mudança para que possa acontecer. Sua consolidação se dá apenas pela sua própria essência, que, por sua vez, é imutável. “Ser ou não ser, eis a questão”. Ser. Eis a resposta. O tempo real Deus identificou-se apenas como o EU SOU para Moisés. Não precisava mais nada. Ele apenas É o que É. O tempo não fez com que sua natureza mudasse. O tempo não existe na dimensão do amor perfeito em sua plenitude. Esse fator simplesmente não soma. Dentro do reino celestial, ou o reino que não podemos
  • 17. ver, mas que muda toda a realidade tangente, o tempo é um elemento ignorado. Talvez, por essa razão Jesus disse que devemos ser iguais crianças para receber o reino dos céus. Elas são puras e despreocupadas com o ontem e o amanhã. Hoje é o que importa. Quando o fator TEMPO começa a fazer diferença na vida de alguém, é por que o fator morte começa a agir. Não apenas a morte física, mas tantas ‘mortes’ que podemos ver vivenciadas dia após dia: o desgaste o carro, a despensa vazia, o fim do mês, o divórcio, o casamento, o filho, a filha, o fim de semana e o começo dele, o fim de ano e as promessas para o próximo, que geralmente são as mesmas; o desejo de sermos melhores e por aí vai. Baseamos tudo em fins e começos quando na realidade é o acontecimento em si que conta. Há pessoas que vivem em função de começar coisas e não concluir, outras, não conseguem começar nada. Não há fluxo de vida. Para esses, o amor fica estagnado apenas esperando o tempo passar. Quando entendemos que não precisamos mudar para viver o amor, então o amor começa a estruturar nossa emoção nos fazendo entender a “hora de se entregar” e apenas respirar e viver esse amor. Quando isso acontece, podemos dizer: Aí já era. Flutuando A sensação de aceitação tomou conta de mim e não me
  • 18. abandonou por toda a noite. Aquela noite não dormi. Flutuei. Ao acordar, fiz o desjejum e fui trabalhar. Enquanto caminhava me deliciava com aquela presença que ainda me envolvia como um cobertor, um abraço, uma energia muito poderosa que me fazia completo. Mas, mesmo tendo plena convicção de um contato tâo íntimo, não pude me conter e fiz uma pergunta ao Espírito, em minha mente falei, com uma certeza profunda de que estávamos tendo um momento muito íntimo: −Senhor, uma música? Ao que prontamente me respondeu: −Você se declara para mim de tantas maneiras e agora quer controlar a maneira com que me declaro a você? Acha que falei mais alguma coisa?
  • 19. Capítulo 3 Você tem que sentir a minha pulsação Na praia Eu e Deus chegamos à conclusão de que o melhor lugar para conversarmos é na praia. É o lugar onde as muitas águas abafam o som do mundo artificial que contamina nossa percepção da realidade. Ao som das catadupas é possível ouvir a sabedoria e apreender conhecimento. O som da Verdade precisa que sejamos surdos, cegos e mudos para tudo que nos rodeia. Estar separado do artificial é fundamental para absorvermos, fruirmos e entender a Vida. Já havia se passado um período, para essa dimensão, de mais ou menos duas horas de comunhão e resolvi então fazer uma pergunta: - Deus, o que tenho de fazer para te agradar? Diga para mim. Mostra-me o que tenho de fazer para ser
  • 20. agradável aos seus olhos? A pergunta O mar bramia e eu apenas ouvia e desfrutava do aconchego da presença dos braços do Pai. Ali, sozinhos, eu e ele e o mar. Novamente fiz a pergunta: Como te agradar, Senhor? Um silêncio tomou conta, creio que proposital da parte do Espírito da Luz. Também calei por mais alguns instantes e subitamente veio a resposta ao meu espírito: −Impossível! E eu falei: −O quê? Novamente veio suave dentro do meu espírito: −Impossível me agradar. Não consegui entender a princípio, mas conhecia a voz de quem falava comigo. Respondi-lhe com outra indagação: −Impossível te agradar? Mas como então? Como não fazer algo pra te agradar? Tudo perde o sentido, falei. Conceitos, preconceitos e confusão Aquela afirmação “impossível me agradar” deixou-me desorientado, pois vivi a vida inteira dentro de um cristianismo que me ensinava que devia fazer as coisas para “agradar ao Senhor”. Se eu não fizesse isso, Deus não faria
  • 21. aquilo; se eu não fizesse aquilo, Deus iria deixar de fazer isso; se eu cometesse tal ato, Deus iria me castigar; se eu, se eu, se eu, definitivamente, tudo girava em torno de minhas atitudes e meus atos, num efeito de causa que se resumia em: faça coisas boas, Deus vai te abençoar, faça coisas ruins e Deus vai te castigar. Meus e seus pais, professores, tios, tias, avós e a grande maioria dos que tem crianças aos seus cuidados dizem frases do tipo: - Não faz isso por que papai do céu não gosta de criança que faz esse tipo de coisa. Papai do céu vai te castigar, viu! Crianças que fazem isso não vão para o céu. Condicionam o amor de Deus ás atitudes de crianças inocentes, colocando em suas pequenas mentes em formação a imagem de um Deus cruel e carrasco que as vigia o tempo todo pronto com o chicote na mão para lhes dar na bunda, caso façam coisas que o desagrade, Tais atitudes e afirmações nos ensinam a viver tentando atingir o inatingível; alcançar o inalcançável. Vivemos frustrados com uma sensação de impotência e decepção que, sem raras exceções, tornam a vida cristã monótona, cansativa e conformista com um padrão miserável de vida com Deus. Ir à igreja torna-se uma rotina; adorar a Deus uma obrigação e compartilhar a Cristo, uma vergonha e privilégio de alguns poucos superheróis da fé que pagaram um preço
  • 22. caríssimo para receberem a unção, que pode ser tirada deles a qualquer momento caso pisem na bola, pois papai do céu não vê a hora de castigar alguém ou tomar os seus presentes de volta. Temos de nos comportar. Que vida lastimável! Frequência divina Dá pra ter ideia da surpresa que tive quando ouvi Deus me falando que era impossível agradá-lo? Ele colocou em cheque paradigmasi que norteiam a vida cristã de maneira geral. De tudo o que havia acontecido, o mais intrigante foi a segunda afirmação: −“Você tem que ouvir as batidas do meu coração.” Na hora pensei: “O quê?” e, assim como a primeira sentença, a segunda tomou forma mais forte no meu espírito: −“Você tem que ouvir as batidas do meu coração. Tem que entrar na minha frequência. Quando você estiver na minha frequência, no meu ritmo, sentirá as batidas do meu coração, a minha pulsação. Como os instrumentos em perfeita harmonia. Então, olhará com os meus olhos, ouvirá com os meus ouvidos e sentirá com os meus sentimentos. Haverá comunhão e não precisará “tentar” me agradar, pois, o seu prazer será em fazer a minha vontade e, me agradar, será natural para você.” Entrar na frequência de Deus. Como isso pode ser possível?
  • 23. Capítulo 4 Você viu o filme? “Ouça. Consegue ouvir? A música? Eu consigo ouvi-la em qualquer lugar. No vento; no ar; na luz. Está ao nosso redor. A gente precisa se abrir. A gente só precisa ouvir.” Após ter tido essa experiência fantástica com o Autor da Vida, fui para casa muito pensativo no que acabara de ouvir guardando tudo no meu coração. Na tarde do dia seguinte, dirigi-me à casa de um aluno de violão, mas com aquela frase ainda retumbando em meu espírito. “Você tem que ouvir as batidas do meu coração.” Ao chegar, compartilhei o ocorrido com a mãe de meu aluno. Ela ficou muito feliz e perguntou: −Você viu o filme? −Que filme? - indaguei. −O filme que lhe emprestei esses dias. Recordei então que já fazia mais de um mês que eu estava com um fiilme dela em casa. Fiquei um pouco envergonhado, pois nem lembrava que o filme estava
  • 24. comigo. Comprometi-me a assistir e entregar o quanto antes. O filme se tratava da história de um menino que fra deixado em um orfanato ao nascer. Acredidata-se que seus pais estavam mortos. O garoto ouvia coisas , regia orquestras no mato e dizia que a música está em todos os lugares. Havia uma certeza dentro dele que dizia que seus pais estavam vivos. Segundo um impulso muito forte dentro dele, bastava por para fora a música que estava dentro dele para assim, ser encontrado por seus pais. A música era um tipo de chamado para seus pais, onde quer que estivessem. Para as outras crianças, ele não passava de um anormal e por isso o agrediam. Por causa das agressões e da necessidade de tornar- se um músico ele foge e dá início à trama cheia de aventuras, impasses e contratempos que, assim como a grande maioria dos filmes, acabam sempre somando para o bem de todos. O paralelo que gostaria de estabelecer aqui é a maneira com que o menino era impelido a tocar um instrumento, aprender música para atrair seus pais. Ele não precisava fazer nada mais do que aquilo para o que havia sido criado. Dentro dele pulsava um desejo que dizia que ele tinha todas as ferramentas necessárias para ser exatamente
  • 25. quem ele havia nascido para ser. A única maneira de ele atingir todo o seu potencial, era ouvindo a voz que falava dentro de seu coração. A vida com Deus não é diferente. Deus sempre comunicará ao nosso espírito e nos mostrará o caminho que devemos seguir. Os Evangelhos do Reino & Eterno Há uma grande diferença entre esses dois temas que é desconhecida da maioria das pessoas que professam o cristianismo. Vamos falar um pouco sobre isso agora. Existe, no livro de apocalipse, o relato de um anjo que sobrevoa a terra com o Evangelho Eternoii . Esse evangelho pede que temamos e adoremos ao criador dos céus, da terra, do mar e das fontes de água. Esse mesmo anjo fala da queda da Babilônia. Assunto interessante, que será falado em outro capítulo. O Evangelho Eterno, diferente do Evangelho do Reino, não é um evangelho limitado à tempos ou eras, mas é o evangelho que perpetuará para todo o sempre. A palavra “Evangelho” quer dizer Boas Novas, ou seja, uma nova notícia ou uma BOA nova notícia. Quantos de nós não queremos boas notícias? Estamos cansados de velhas e más notícias. Entretanto somos
  • 26. ansiosos por novidades constantemente. Depois de duas vezes, a montanha russa não tem mais graça. A liturgia das igrejas está se tornando tão cansativa que algumas pessoas não conseguem mais permanecer em um lugar onde a rotina tomou conta. Isso não é mais ‘boa nova’, é uma velha chata na maioria das vezes. Ninguém gosta de velhas chatas que acham que sabem tudo. Lembre-se que o tempo não existe na dimensão celestial, logo, nessa dimensão não existe nada velho. Quando se fala em ‘fim das eras’ fala-se dessa dimensão que estamos agora. É difícil entender por que nossas mentes estão abarrotadas de entulhos, mas fique em paz. Até o final desse livro, conseguirá livrar-se de muitos deles e ser livre para pensar com a mente superior: a mente de Cristo. Há um fato que muitos ignoram ou não entendem. Quando o evangelho DO REINOiii for pregado a todas as nações, então virá o fim. Esse fim a que se refere o texto, é o fim dessa dimensão que vemos, então, após encerrar o tempo do Evangelho do Reino, continuará o evangelho ETERNO, com novidades eternas. O Evangelho do Reino
  • 27. O evangelho do Reino é o que Cristo Jesus veio trazer à terra. Reinserindo o homem ao seu lugar de direito como cooperador de Deus na administração do planeta terra. Todo ser humano tem seus direitos no planeta. Ninguém é senhor de ninguém, mas ao mesmo tempo, todos somos servos de todos. Quando o homem foi criado ele recebeu o sopro de Deus em suas narinas e absorveu a natureza de Deus. Uma centelha da divindade está em cada um de nós. Não há quem não a tenha. Essa centelha da divindade que está em nós é a parte de nós que se comunica com o eterno e o divino e o santo. A parte ligada à terra, ao pó e às coisas daqui, não tem esse acesso, mas tem acesso á centelha divina DENTRO de nós que por sua vez tem acesso a Deus, que é a fonte de todas as coisas. Quando a centelha divina dentro de nós começa a atuar, a agir e a comunicar-se com seu criador, sua fonte, seu Abba, seu pai, o EU SOU, então ela começa a estimular a nossa natureza humana a prostrar-se ao EU SOU, o divino. Todo homem saiu dele, por vontade dele e querer dele com um propósito perfeito em vista. A comunicação com o EU SOU através da centelha divina em nós, começa a nos fazer questionar a bagunça à nossa volta. Esse questionamento nos leva a dois caminhos: ou seguimos o que o nosso espírito, a centelha divina, nos
  • 28. diz, ou nos rebelamos e começamos a azedar nossa vida. Não conseguimos aceitar que temos o poder de criação e transformação dentro de nós e, como o primeiro Adão, começamos a culpar pessoas pelos nossos fracassos e desejos frustrados. A culpa começa a aparecer. Afirmações negativas e incrédulas criam corpo e nos sentimos cada vez piores. Não é para ser assim. Se começarmos a entender o que temos em nós mesmos, na nossa natureza celestial, então começaremos a transformar o mundo à nossa volta. Puxaremos do céu para a terra coisas que jamais vieram ao coração ou à nossa mente. Quando somos reconectados ao Pai, ou à Fonte, a nossa realidade muda, pois temos acesso à outra dimensão que é muito mais real do que essa que vivemos agora. É a dimensão eterna. Gosto de olhar o arco-íris. É algo muito próximo da outra dimensão. O vemos, mas não tocamos, sabemos que está ali, mas não o sentimos, apenas UM de nossos sentidos o contempla. É lampejo do divino na nossa dimensão. A maneira de Deus dizer: Tem mais coisas por aí. A frequência de Deus é sentida apenas na centelha divina em nós. O nosso espírito.
  • 29. Para conseguirmos fazer com que nosso corpo também vibre nessa frequência, temos de aprender a parar e a ouvir. O que não é fácil mesmo. Desacelerar é o caminho. Ficar só. Deus se intromete às vezes. Em um momento de muita tristeza em minha vida eu só via filmes e ia para a escola. Enquanto escrevo percebo que já gostei mais de filmes. Uma locadora tinha uma promoção para títulos velhos e eu locava pelo menos sete toda semana e em uma dessas locações aconteceu algo especial. A cena em que cantam “OH Happy Day” no filme Mudança de hábito II me marcou muito. Para o padrão cristão atual, eu estava em uma situação deplorável e totalmente afastado de Deus. Em pecado. Mas no momento em que ouvi essa canção e a parte em que diz: “que dia feliz quando Jesus lavou os pecados da minha alma.”. Chorei largado, como dizem por aí. Uma alegria invadiu minha alma e senti muita paz, mas muita paz mesmo. Senti-me totalmente absolvido de tudo o que me jogava ao chão e me fazia sentir afastado de Deus. Tenho quase certeza que senti mais alegria que o compositor. Talvez ele não saiba e, nessa dimensão nunca fique sabendo, mas pode ter salvado uma
  • 30. alma em apenas 10 segundos. Sempre fiquei em dúvida quanto às maneiras que Deus devia ou deve falar e confesso que ainda fico. Foi muita sujeira e muita ferida que foi feita nessa minha mente. Aos poucos estou sendo limpo, sarado e transformado. Em breve estarei como devo estar ou, como já sou, mas impedido por instantes, por esse monte de pó que me dá direitos nesse espaço-tempo físico. “A gente só precisa ... ouvir.”
  • 31. Capítulo 5 Babilônia Se formos estudar sobre Babilônia, a cidade, vamos encontrar muitos fatos, eventos e argumentos para falar muitas coisas e defender muitos pontos de vista, mas em um único ponto, dificilmente, será possível discordar: Babilônia refere-se a comércio e movimentação de dinheiro. Quando se fala em Babilônia temos muito assunto para falar, porém não quero me ater em tudo o que se possa falar sobre, entretanto quero falar tudo que será necessário nesta publicação. Temos pessoas que cultuam a Babilônia e fazem dela um ideal. Ao passo que há pessoas que dizem que a Babilônia é um mal. O que dizer? Para termos um argumento convincente, é necessário entender o que leva uns a desejarem estar na Babilônia e o que leva outros a querer abandonar a Babilônia. Todavia, no meio desse fogo cruzado, mesmo os que querem abandonar a BabiLonia, estão amarrados a ela de tal maneira, que não sabem como se desvencilhar de suas garras. Se formos estudar sobre Babilônia, a cidade, vamos encontrar muitos fatos, eventos e argumentos para falar muitas coisas e defender muitos pontos de vista, mas em um único ponto, dificilmente, será possível discordar: Babilônia refere-se a comércio e movimentação de dinheiro. A Babilônia dos tempos antigos pode ser comparada às
  • 32. grandes metrópoles de hoje com toda riqueza e fluxo de pessoas indo de lá para cá sem se ver e sem se falar. Todos caminham, muitas vezes sem destino, a não ser com a motivação de conquistar mais recursos, para ter mais formas de comprar. Buscam dinheiro de um lado, para comprarem do outro lado em um fluxo contínuo de compra e venda doentio. Muito do que se compra e vende nas grandes cidades são coisas desnecessárias, mas que movimentam grandes quantias de dinheiro e estimulam o desejo, a vontade e a ânsia por possuir, comprar, ter e ostentar. A Babilônia está em todos os lugares; nas praças, nas ruas, nos shoppings, nos programas de TV, nas propagandas; não há lugar em que ela não se apresente. Crianças também são vítimas da Babilônia e vivem nela. Já entendem que serão valorizadas e medidas de acordo com o peso da marca que estão vestindo. Como um câncer sem cura, a Babilônia causa toda a desgraça no planeta. Quer saber por quê? Existem três coisas no mundo que fazem girar a roda da economia: o erotismo; o desejo de possuir coisas; e a vontade de ser melhor do que os outros. Não se deixe enganar, a maioria das conquistas não ocorrem por satisfação pessoal; ocorrem para provar para alguém alguma capacidade. Filhos conquistam para provar para os pais que poderiam; irmãos conquistam pra mostrar que são melhores;
  • 33. países conquistam para demonstrar poder para outros. A religião é fruto do capitalismo; seu desejo de comprar coisas, merecer coisas e barganhar por tudo faz com que se tenha a estúpida sensação de ser melhor do que alguém porque usa uma roupa diferente, faz algo diferente ou oferece algum tipo e sacrifício a Deus ou a qualquer divindade. Você vomita o favor não merecido de Deus por causa desse desejo profano e mundano que está incrustado no coração de quem quer ser mais importante do que os seus iguais. Idiotice e hipocrisia. Igualar-se aos sacerdotes que, julgando-se donos de Deus, crucificaram o salvador. O Espírito de Cristo causa sempre esse ódio na religião e nos seus seguidores que tem o coração e consciência cauterizados. "Malditos os fariseus, pois são como um cão que dorme na manjedoura do gado, pois nem come nem [deixa] o gado comer" Tabulando, limitando, distinguindo e julgando pessoas é como está a religião dos dias de hoje. As portas das igrejas estão cheias de porteiros que medem o homem, criado à imagem e semelhança de Deus, pelo que está em seu exterior; seja pela pobreza, pela riqueza; medem as pessoas segundo seu padrão de santidade, como se Deus estivesse
  • 34. preocupado com a forma que acham certo vestir ou deixar de vestir. Alguns, se fossem colocados no éden, com sua visão humana e carnal, com certeza chamariam Adão e Eva de promíscuos, caso os vissem antes da queda e, ironicamente, depois da queda, poderiam dizer: Hum, agora estão trajando roupas com o padrão de um cristão. O padrão de Deus vai muito além de qualquer padrão estabelecido por nós. O nível de santidade exigido é inutilmente falsificado em muitos lugares. Temos um problema com pensamentos construídos ao longo dos anos, décadas, séculos e milênios. Foi incutido na mente humana o padrão de custo para tudo. Não conseguimos aceitar favores e tampouco fazer favores sem esperar algo em troca. Temos a tendência de querer pagar e ser pagos por tudo. O que sai dessa ordem, na nossa mente, compromete nosso conceito de certo e errado. Não pagamos, não temos direito; não nos pagaram, não tem direito. Vi, certa vez, a notícia de que uma mulher deixou de herança para um cachorro. Uma fortuna que poderia ajudar a muitas pessoas. Uma notícia muito triste mesmo. Jesus, certa vez, chocou uma mulher quando lhe disse que não iria lhe abençoar pois, não podia deitar o pão dos filhos aos cachorros, e esta mulher disse que até mesmo os cães comiam das migalhas que caíam da mesa de seu senhor. Jesus comoveu-se com isso e essa mulher recebeu a
  • 35. graça que procurava. O que isso quer dizer? Cristo foi estúpido e grosseiro com a mulher? De fato, não entendemos as coisas que Deus faz, mas ele faz sempre o melhor para nós. No fundo de nossas almas, no mais íntimo do nosso ser, sabemos realmente quem somos e o nível de falsidade e falcatruas que existem no íntimo do nosso eu. Muitas vezes é necessário um susto, um chacoalhão, um choque de realidade para vermos quem realmente somos para que possamos receber o que é divino em nós. A graça é o dom gratuito de Deus. Qualquer coisa que façamos para tentar pagar o dom de Deus, está burlando a própria essência de Deus que é uma essência doadora, criadora e perfeita Quando aceitamos o amor, a graça e o DOM não merecido do Salvador, nossa realidade muda completamente. Certa feita uma mulher beijava, regava com lágrimas e secava com seus cabelos os pés de Jesus quando alguns fariseus, que vou chamar de religiosos aqui, apenas observavam e julgavam entre si a atitude de Jesus e questionavam o seu poder de distinguir pessoas. Ledo engano. Julgavam de uma maneira e Cristo Jesus tinha um padrão muito mais pobre de julgamento: o padrão da simplicidade. Jesus era menos exigente e muito mais complacente.
  • 36. Talvez, se fôssemos definir, Jesus era muito mais paz e amor do que regras e dogmas. O que ele conseguia fazer que os outros não, era olhar o interior das pessoas ao passo que aqueles apenas viam o exterior. Não havia conformação da parte dos religiosos de que Jesus poderia perdoar o pior dos pecadores na hora. Instantaneamente toda mancha poderia ser apagada. As mentes dos sacerdotes era abarrotada de regras, leis e costumes que deviam ser seguidos á risca, pois, caso contrário, ninguém era digno de falar com Deus. Temos outro exemplo também de duas pessoas que foram ao templo orar. Um deles foi à frente e disse: Obrigado Deus, porque jejuo duas vezes na semana, dou dízimos e faço tudo que está na lei, enquanto um outro batia no peito e dizia: Oh! Deus. Tem misericórdia de mim que sou pecador. Jesus foi enfático ao dizer que a oração do segundo é que foi ouvida devido à sua humildade e não confiança na sua própria justiça. João, o apostolo que vivia mais próximo de Jesus, disse em uma de suas cartas que se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração. Devemos entender que o nosso padrão de santidade não é o mesmo que o padrão de santidade de Deus. Devemos entender que os pensamentos dele são diferentes dos nossos.
  • 37. Devemos compreender que para atingir o padrão de Deus, somente através da força dele em nós. É impossível você ser santo e também impossível medir a santidade de outra pessoa. Os nossos olhos devem estar focados nele. Quando focamos os olhos em outras pessoas, no pecado delas, estamos caminhando em lugares escuros e desérticos; mas quando colocamos os nossos olhos em Deus, e no que ELE mesmo proporcionou para nos salvar, entregando cem por cento de nossa fé em sua capacidade de perdoar, de vivificar e de transformar as vidas, então teremos uma paz que vai além da compreensão humana, pois, ela nos trará a certeza do abraço do pai. O espírito da Babilônia está inserido nas igrejas de uma maneira pegajosa, pecaminosa e purulenta. É um câncer na alma. As pessoas fazem coisas para agradar outras pessoas. Homens se vendem para políticos para ter status na cidade. Homens se vendem ao luxo da hipocrisia para agradar os dízimos gordos. Religiosos aceitam dogmas e doutrinas que os levam a viver uma vida promíscua, por não poderem casar, para seguir ritos que agradam aos olhos mas são ineficazes. Há instituições que não permitem o casamento, forçando o celibato a quem não é celibatário e isso os leva a
  • 38. cometer e praticar atos condenados pela sociedade. Todos sabem e todos fazem vista grossa, aumentando sobre si mesmos uma hipocrisia que deveria causar ânsia de vômito em todos. Não há liberdade de fato. E o que Cristo disse: Eu vim para libertar os cativos? Onde fica essa afirmação nas igrejas? Como funciona essa liberdade? A Babilônia não nos deixa ser livres. A Babilônia sempre nos dá a sensação de DÍVIDA e COBRANÇA. Quando o anjo que fala do Evangelho Eterno diz: “Caiu a Babilônia, morada de demônios,” é a isso também que ele se refere: ao espírito de comércio dentro da igreja. Não estou falando de dízimos e ofertas, apesar de que isso virou palhaçada em algumas instituições, mas refiro-me à graça de Deus mesmo. Há sentimentos de compra e venda em você? Tenta comprar o favor de Deus? Tenta ‘merecer’ o que é gratuito? Tenta controlar a ação de Deus? Vai ter com Deus e veja se realmente ele se agrade de suas atitudes condenatórias e insatisfatórias no que tange à salvação. A salvação pertence a Ele e tão somente Ele pode nos julgar e condenar.
  • 39. Dois pesos, duas medidas. O pior, nisso tudo, são os pesos e medidas que temos. A mãe que acha seu filhinho o mais santinho. As donas Florindas da vida. Mulheres injustas e que se fazem de cegas criando marginais. Os pais injustos que não reconhecem nada nas suas crianças. As tratam apenas cobrando e não dão um abraço e um beijo revelando o amor de um pai e o afago que é devido. Sim, muitos pais são tão rudes com seus filhos, que jamais suas atitudes são satisfatórias e a criança cresce com a sensação de dívida o tempo todo. Querem ‘provar’ sempre para alguém. Salomão uma vez disse: Ensina a criança no caminho que deve andar e quando crescer, JAMAIS se desviará dele. Tem noção o que é isso? A marca da rejeição fará parte da realidade dessa criança o tempo todo. A marca da injustiça e do egocentrismo será a tônica que regerá a vida de muitos. Sua vida não é assim? O que vê de seus pais em você? Quanto você deve a eles? E eles? Quanto devem a você? Essa dívida existe?
  • 40. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com ABUNDÂNCIA.” Palavras de Jesus. Se a sua vida ainda não é abundante, é porque não conseguiu perdoar a si mesmo e tenta pagar por algo que já lhe pertence. Pague pelo ar que respira. Pague pela terra em que pisa. Pague pelo sol que brilha e faz as plantas crescerem. Não, você nunca pagará por isso, assim como com a salvação. Nunca terá condições de pagar, sabe por quê? Por que ela não tem preço. É de graça. Uma vez, em um desenho bem antigo, da liga da justiça, havia dois super-homens, o normal, que é conhecido de todos e um de outro mundo: o mundo “bizarro”. Nesse outro mundo, um menino vendia jornais e, como todo vendedor ambulante de jornal, ele gritava: “Extra! Extra!” . O super-homem, do mundo bizarro, perguntou: “Quanto custa? E o menino disse: “Custa nada, não. É de graça.” E o super- homem respondeu: “Não quero. MUITO CARO.” Esse desenho ficou marcado na minha cabeça, e eu tinha uns nove anos apenas e ria muito do super-homem bizarro. Ele era realmente muito bizarro. Se você viu esse desenho, entende o que estou dizendo. Tem pessoas que acham, como o super-homem bizarro, a graça algo muito caro e não conseguem viver nela.
  • 41. E o pior de tudo, não deixam NINGUÉM vive-la. Vou citar novamente o texto do Evangelho de Tomé, que achei bem propício para essa situação: "Malditos os fariseus, pois são como um cão que dorme na manjedoura do gado, pois nem come nem [deixa] o gado comer. É de graça. CAIA A BABILÔNIA que faz pensar que tudo tem preço. Nada tem preço. É de graça. De graça recebestes, de graça daí. Amigos, fui salvo pela graça em Cristo Jesus, meu Senhor e Salvador. Se havia algo a ser pago, já foi feito por ele na Cruz do Calvário. Não é a religião, mas o ato em si do Messias. Há muitos profetas, guias, mestres e gurus, mas apenas um Rei e, com ele, sou também rei, pois ele é Rei dos reis e Senhor dos Senhores. Flavio Josefo, o maior historiador falou do Cristo Jesus. Não estou procurando provas e tampouco argumentos para lhe convencer de que a salvação está em Jesus. Falo apenas do que recebi no meu espírito. É como a respiração: Inspirei a graça e estou expirando ela para você. Se alguém quiser lhe vender a graça e dizer-lhe que não é digno das portas celestes e do Reino dos Céus, olhe para Jesus e instantaneamente será digno da salvação.
  • 42. Se a Babilônia quiser lhe cobrar algo, lembre-se de que a nota fiscal da sua vida, já está nas mãos de Jesus. A caneta foram os pregos que o traspassaram. A tinta foi o sangue vertido. E o preço foi a morte de um por todos. Olharam para ele e foram iluminados. Seus rostos não serão confundidos. Seja livre e aprenderá o que é a liberdade.
  • 43. Capítulo 6 O filho pródigo ou o filho esbanjador A saída de casa Tem certas vezes que dá vontade abandonar tudo. Sair de casa. Chutar o pau da barraca e dar as costas para a vida. Olhamos para os lados, para as janelas, fora do nosso espaço pessoal, familiar, e vemos tantas coisas aparentemente boas e melhores do que aquelas que temos em casa. Corremos atrás de tudo; das folhas, do vento e de tudo que, de alguma forma, nos chama a atenção. O que era importante, hoje não é mais. O jantar em família, o banho em casa e o beijo de boa noite. O cheirinho de café pela manhã. Essas coisas perdem o sentido, quando se cansa de casa. Ainda que não seja tão importante e tão cativante um texto que fala de si mesmo, infância e coisas do tipo, deixe- me compartilhar um pouquinho de mim, da minha história entre meus três e sete ou oito anos. Infância Quando essa casa em que habito (meu corpo) estava com uns três anos, morei em uma casa no bairro de Caiobá, em uma bela praia chamada Praia Mansa.
  • 44. Pense num paraíso! Sim, é lá. Período muito difícil para minha família, que se resumia a minha mãe, minha irmã e eu. Nessa época, eu não sabia, e pior, na minha adolescência nunca dei importância, a um fato tristemente amargo em nossas vidas. Minha mãe, que já tinha eu e minha irmã, ficou grávida de meu irmão mais novo e, pouco antes de estarmos nessa casa, ela morava na casa de seus patrões. Quando ela foi para o hospital, para ganhar o bebê, o patrão dela disse-lhe que, se aparecesse com a criança em casa, ela poderia nos pegar, e procurar outro lugar para morar. Ali, ela trabalhava pela casa e pela comida praticamente. O dinheiro que ganhava, mal dava para comprar sua carteira de cigarros diária. Sem ter escolha, ela deu meu irmãozinho para uma família cuidar. Essa família trocou o nome do menino e foi embora para outra cidade. E, nesse interím, imagine como estaria a cabeça de uma mulher, com seus trinta anos, duas crianças, e dois filhos perdidos. Sim, houve mais um filho que fora roubado. É inacreditável quando ouço algumas coisas, por exemplo: quando minha mãe, ao trabalhar em Guaratuba, cidade vizinha, deixou um filho aos cuidados de uma babá.
  • 45. Quando ela foi buscar o filho, alguns dias depois, a mulher disse que o menino morrera e levou minha mãe até o túmulo. Como? Não sei. Inexplicável. Mas essa é a única versão que temos de toda essa parte da história de minha mãe. Resumindo, naquele período, eu, minha mãe e minha irmã éramos tudo que tinhamos. Apenas uns aos outros. Era comum comermos arroz puro com um pouco de café para molhar a garganta e descer mais fácil. Às vezes minha mãe trazia uns pés de galinha para cozinhar. Era um banquete! Até hoje lembro do sabor do arroz puro com café preto. Eu achava muito gostoso. Compreendendo o mundo de acordo com cada perspectiva. Nesse período de formação de meus conceitos, tudo que minha mãe dizia era verdade. Os medos, temores, crenças e descrenças dos pais ou daqueles que criam as crianças tornam-se parte da vida delas, querendo elas, ou não. Mas, como explicar âquela criança que é totalmente diferente? Que tem muita coragem, enquanto que a mãe ou o pai são medrosos? Há algumas marcas e características que nascem com as pessoas que nada no mundo consegue tirar, pois faz parte da essência do ser. Uma cena que me marcou muito foi a construção de um
  • 46. edifício chamado Torre Alta, vizinho à casa em que morávamos Era necessário explodir pedaços de rocha no pé do morro, ao lado da casa onde eu morava, pois as pedras impediam de fazer a estrutura do prédio. Sempre que iam implodir o lugar batiam palmas na frente de casa e saíamos minha mãe e eu em seu colo. Ela ficava apavorada com as explosões. Voavam detritos por tudo e ouvíamos o barulho dos estilhaços caindo no telhado de casa. Somente depois de alguns minutos voltávamos. Quando finalmente estávamos novamente em segurança, segundo os engenheiros. Fazer parte dahistória de um lugar é gratificante. Depois dessa construção, o Serviço de Proteção Ambiental mudou muitas leis em nossa região. Eu, os animaizinhos e ... Um bicho mau Em Matinhos temos muitos gambás e certa feita tive o privilégio de deparar com uma ninhada perdida deles. Minha mãe dizia que gambá era um bicho, mau, sujo e nojento. E, como tudo que minha mãe dizia era lei, para mim, aqueles bichos eram tudo aquilo e mais um pouco. Por causa das explosões, certamente, uma mãe de gambás morreu e os filhotes caíram do marsupial bem no pátio de casa. Precisávamos de um herói.
  • 47. Era necessário acabar com a ameaça. Alguns pregos e um martelo resolveram. Todos foram traspassados pelos olhos. Uma sensação desagradável de poder invadiu meu ser. Acabei com uma geração. Tinha uma maldade em mim, mas essa maldade me causou tristeza. Constatação científica Outra vez, aos seis anos, ganhei um gatinho. Alguém me disse que gatos sempre caem em pé. Minha mente de cientista precisava constatar empiricamente. Joguei várias vezes um filhote para o alto para ver sua queda. Afinal, era um gato. Sangrou um pouco, pois machucou bastante o focinho, mas ele caiu quase em pé. Salva-vidas Outra vítima de minhas experiências foi um ratinho branco. Um balde foi o palco do afogamento para testar sua resistência embaixo d’água. Afoguei-o várias vezes até o momento em que ele não se mexia mais. Desesperado fiz reanimação massageando o peito do bichinho com meus dedos. Minha única experiência como salva-vidas, pelo menos até o momento em que escrevia esse capítulo. Ele praticamente ressuscitou.
  • 48. Alívio é a sensação que pode descrever quando vi sua respiração acontecer novamente. Isso descreve um certo grau de psicopatia, não? Sim? Não sei. Mas sei que alguma construção mental me fazia agir assim. Psicólogo de fundo de quintal (não sou psicólogo, não exerço fraudulentamente a função, o subtítulo é apenas um subtítulo) A criança desde os primeiros contatos com a sociedade em que vivemos tem estímulos de todas as maneiras. Sejam bons estímulos ou maus estímulos. Com certeza, essas pequenas experiências causaram certa aversão, mas enquanto as relembrava para o registro, veio à minha mente um momento da história em que Deus, conversando com Noé, contou-lhe que a imaginação do homem é má desde a sua meninice. Realmente, no meu caso, isso foi fato. Contudo, havia e há sempre no ser humano, uma desculpa para cometer atrocidades. Por isso mesmo existem os advogados de defesa, que sempre mostram argumentos que procuram, ou inocentar ou pelo menos diminuir a pena. Um advogado tem poder de defender o homem de uma condenação, mas não tem o poder de livrar o homem da condenação pessoal. Pessoas vivem com culpas e angústias que as afligem tanto, que o prazer de viver é roubado pela não permissão da pessoa mesmo de se dar ao prazer de viver. Para compensar
  • 49. a culpa, muitos se afundam em trabalho, outros em drogas, outros em bebidas e outros, ainda, não se afundam, mas desenvolvem doenças que, muitas vezes, levam à morte prematura ou à invalidez antes do tempo. O estado lastimável da alma é materializado no corpo. Essas sensações, esses julgamentos, autopunições e sufoco das emoções acontece por causa de tudo o que o homem aprende e apreende durante toda sua vida. Aprender é algo que adquirimos como conhecimento e apreender é algo que se torna parte da gente. A culpa é algo que foi desenvolvido na alma humana e se tornou parte do senso comum de todos. Existe algo chamado ‘compensação’ que criamos para cada ato que consideramos errado na jornada. Para cada maldade, procuramos equilibrar com uma bondade. Tentamos encobrir o erro, ou falta, ou pecado com alguma ‘boa’ atitude ou obra. Vivemos em um círculo vicioso de correr atrás do prejuízo. Deixe-me dizer algo: existem contas que são impossíveis de pagar. Percebemos isso quando vemos que os juros e taxas são altas demais. Os valores sobem, criam peso e se tornam inacessíveis e impagáveis em pouquíssimo tempo. Somos então levados a abandonar o desejo de compensar e deixamos a vida seguir, contudo, a nossa ‘consciência’ sempre está lá,
  • 50. fazendo o papel dela que é nos torturar com lembranças amargas. O peso é grande demais e muitos sucumbem. Talvez tenha sido essa a sensação que envolveu o filho pródigo que é citado nos relatos das testemunhas oculares dos discursos de Jesus. Um garoto estressado Os evangelistas narram a história de um jovem que pediu a parte dele na herança, pois queria viver sua vida e tentar a sorte longe dos olhos do pai. Queria distância. Talvez ele, assim como muitos nos dias de hoje, queiram fugir de casa e ir para um lugar onde ninguém os conheça. Liberdade é o que clama a alma do homem. O jovem pegou o dinheiro, suas roupas e saiu gastando. Comprou tudo o que precisava e ainda sobrou dinheiro. Sobrou dinheiro para festas, amigos que o ajudaram a gastar o dinheiro, mulheres e tudo o que seus olhos desejaram e o que o dinheiro pode lhe proporcionar, ele alcançou. O desejo da carne foi satisfeito; a cobiça dos olhos não foi deixada para trás e a fama pelo poder foi algo muito natural na vida desse jovem enquanto tinha a força que movia o motor das suas paixões: o dinheiro. O final dessa história não é novidade, mas vamos a
  • 51. alguns detalhes interessantes. O filho pródigo, quando lá fora não tinha mais recursos começou a lembrar-se da fartura que tinha na casa do seu pai. Evidentemente, aos primeiros sinais de que as coisas não estavam indo bem, já veio à sua mente o desejo de voltar, mas ele não o fez. Deve ter ficado enrolando e procurando uma saída. Não queria dar esse gostinho para seu pai e seu irmão. Não podia admitir que precisava do pai para viver. Começou a compensar. Sua vida, que antes eram regalias, começou a ser privações. Certamente, antes de zerar, ele deve ter tentado economizar, controlar e administrar o seu dinheiro, mas não foi possível. Aprendeu, lá fora, a servidão; aprendeu, lá fora, a maldade; aprendeu, longe do pai, o julgamento. Agora, além de longe do pai, com fome, frio e padecendo necessidades, tinha mais uma série de ‘conceitos’ que não existiam em sua mente antes de sair da casa do pai. Quando ele caiu em si, sabia que tinha feito besteira de sair da casa do pai, mas a lei da compensação em sua mente, começou a protelar sua volta e forjar um equilíbrio entre sua relação com o pai. Ele queria voltar, mas não queria que nada fosse de graça. Ele queria pagar pela sua estadia na casa do próprio
  • 52. pai. Isso certamente era uma ofensa pior do que sair de casa. Entretanto, mesmo assim, ele achou que suas desculpas esfarrapadas e seu ‘trabalho’ na casa do pai, poderiam trazer-lhe a paz que perdera. “Voltarei para casa do meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra os céus e contra ti, não sou digno de ser chamado teu filho, faze-me como um dos teus jornaleiros.” Depois de muito lutar consigo mesmo, fez o trajeto de volta. Fez uma conversão. Mudou o caminho que seguia para o caminho de volta à sua origem. Quando chegou perto da casa e seu pai o viu ao longe, não suportando de saudades, o pai correu, abraçou-o e o beijou. O filho, mesmo sendo recebido com todo o amor pelo pai, teve a coragem de respirar fundo, estufar o peito e, com aparente humildade, mas não era humildade, pois queria pagar pelo direito de filho, disse ao seu pai toda a ladainha que viera treinando no caminho. Ele queria pagar pelos seus direitos de filho, o que não é possível, pois direitos de filho, são direitos adquiridos. Por mais que queiram comprar, nunca o farão. A única pessoa que pode dar direito de filho a alguém, é o pai. Ou ele gera, ou ele adota. Simples assim. E o interessante do texto é que, quando o filho termina de falar suas desculpas, o pai faz diferente do blá blá blá do filho. Providencia vestes novas, um anel no dedo e sandálias para os pés.
  • 53. Ele veste o filho, devolve a autoridade de filho e protege os seus pés do contato com a terra. Para o pai, a parte da herança que o filho levou, era insignificante, pois ele certamente havia produzido muito mais. A alegria do pai não foi em o filho aprender tudo aquilo lá fora, mas sim, na sua volta para casa. O pai não esperava que ele tivesse condições de trabalhar ou não, de pagar ou não. O pai queria apenas que ele voltasse para casa. A alegria de um pai é a alegria de seus filhos. Hoje, infelizmente, muitos pais não sabem ser pais, pois entregaram essa linda função a qualquer um, menos para eles mesmos. Pais não beijam mais seus filhos. Beijem seus filhos. Façam isso. Abracem, façam cócegas. Eles vão amar. O pai, quando o filho pródigo voltou, sabia que ele viria com muitos pensamentos doentios e depressivos, mas mesmo assim, sabia que o filho seria restaurado em casa. A convivência com o pai traz saúde, sempre. Aquela culpa que os advogados não conseguem tirar, somente um abraço do pai é capaz de arrancar pela raiz. Com o tempo, o filho pródigo percebeu que jamais poderia pagar sua dívida com o pai, mas o mais interessante
  • 54. de tudo é que o pai não estava levando em conta a dívida mais. Havia apagado dos registros. O pai tinha saúde emocional perfeita e sabia viver apenas o momento presente com seu filho. Sua ausência seria a maior perda, pois tudo que o filho levou, o pai tinha o poder de recriar e produzir novamente. Toda a alegria que se esvaíram do filho longe da casa do pai, começou a brotar novamente de seu interior. O prazer de viver aos poucos foi retornando e as cores novamente começaram a colorir os horizontes do filho, que não era mais pródigo, pois, para ser pródigo, deve esbanjar algo de uma fonte esgotável, mas, na casa do pai, era tudo inesgotável. Alguns pregam esse texto para pessoas que se afastaram da instituição “igreja”, mas vamos um pouquinho mais longe, essa parábola, ou analogia, é referente a toda a humanidade. Todos se afastaram de Deus. Quando nascemos, temos a essência de Deus em nós, pois o sopro de vida faz o corpo viver, mas, durante a caminhada, como toda a humanidade está abarrotada de falsos conhecimentos, esses falsos conhecimentos são repassados paulatinamente para cada criança. Lembra de Noé? A imaginação do homem é má desde a sua meninice, e não desde o nascimento, por isso Jesus disse que o reino dos céus é das crianças, pois, elas ainda
  • 55. não tem o conhecimento das falsidades e mundo negociável á sua volta. Os conceitos de compra e venda são inexistentes na mente das crianças e aceitam o amor do pai, confiam nas pessoas e vivem suas vidas de maneira graciosa sem se preocupar se estão sendo custosas ou não. Não tem essa vaidade de valorização das coisas. Digo vaidade por que coisas mais caras são aparentemente mais importantes que as mais baratas. O amor e aceitação do pai são inegociáveis. Não se compra o favor de Deus, nem mesmo com lágrimas. Ele simplesmente é o que é e jamais mudará. A proximidade dele e a vivência com ele, nos fará absorver sua personalidade de valores eternos. A alegria dentro da presença e do Reino do Céu é simplesmente perfeita e indescritível, mas há algo que tenta sempre impedir as pessoas de voltarem à sua fonte. Saudade Um dia, andando pela rua, o Senhor me perguntou: - Você sabe por que as pessoas choram quando “aceitam a Jesus como seu Salvador?” Perguntei: - Por quê? - Por que elas sentem saudade. - Saudade? - Sim, saudade.
  • 56. - Mas como, se elas nunca frequentaram um grupo, uma igreja ou algo assim. - Elas já estavam comigo antes de nascerem. - hã? - Sim, então, quando têm um encontro comigo, se emocionam tanto, que não conseguem expor em palavras o tamanho da alegria. Lembra do que eu falei através de Salomão? O pó volta a terra de onde era e o espírito volta a Deus, que o deu? Pode parecer loucura, mas esse diálogo aconteceu dentro de mim. As pessoas choram, porque seu espírito está novamente respirando e bebendo direto da fonte. O pai, que estava olhando ao longe, vem e abraça seu filho de maneira gostosa. O choro é incontido. A saudade era muito grande. É uma paz que vai muito além da compreensão mental e humana. Nossas mentes são limitadas para isso. Há muitas construções filosóficas e cadeias sistematicamente produzidas, para que não aceitemos essa verdade simples. Ou nos achamos indignos demais, ou não acreditamos, mas o fato é que, quando somos expostos à verdade em nosso espírito e corremos de volta à Fonte, o abraço do pai é inevitável e a alegria também. Se já teve essa experiência, saberá o que estou falando, mas se nunca teve, questione, sem reservas alguém
  • 57. que já a teve. É como se algo que todo o vazio que havia no interior fosse preenchido e como se achasse algo precioso que se havia perdido. Isso não é religião. Religião são dogmas e isso não é um dogma. A religião complica e a fé simplifica. Contaminação com o sistema O filho pródigo, quando esteve fora, foi contaminado com muitas coisas. Lá ele aprendeu que tudo tem um preço e hierarquizou sua relação com os bens do pai e transformou o amor do pai em uma mercadoria, achando que o amor do pai é como o amor de uma meretriz. Quantas prostitutas que disseram que o amavam? Quantos amigos o cercavam e diziam: É isso ai “parcero”. Quantos, quando bêbados, disseram: “Cara, eu te amo brother. “ A amizade fora da fonte tem preço. O amor fora da fonte, também tem preço. A aceitação fora da fonte, tem preço evidentemente. Quantos de nós já nos sentimos assim? Uma mercadoria ou uma fonte ambulante de dinheiro? Quando o filho pródigo chegou para o pai tentou pagar por sua aceitação. Mesmo depois do abraço e aceitação incondicional.
  • 58. Somos assim. Temos dificuldade em aceitar que alguém nos ama simplesmente pelo que nós somos. Para muitos, é difícil, ou quase impossível aceitar o amor incondicional de Deus. É de graça. Amar, no reino de Deus, é natural. Não há bajulação. Não há trocas. Não há perdas e não há ganhos. Há apenas aceitação e completude. Não importa onde o filho pródigo está ou esteve. O pai o aguarda ansioso. O espírito do homem também quer voltar para o seio do pai, mas está calado no interior de cada ser humano aguardando que, de alguma forma, o homem caia em si e perceba que, sem o amor e cuidados do pai, tudo vai acabar. Nada satisfaz espírito do homem, no homem interior, como a presença de Deus e o abraço carinhoso do pai o aceitando e lhe preparando um banquete. Deixe de lado seus dogmas, sua religiosidade e sua fé e suas crenças, até mesmo na ciência. Afinal, a ciência, em muitos casos, não tem que ser aceita por fé? Ou você já viu o átomo?. O pai o espera.
  • 59. i Sinônimos: cânon modelo regra costu me arquétipo espécime exemplo padrão paradigma árbitro cânone documento escarmento escola esteir a figurino lição norma transunto treita trilha trilho amostra bitola cânonoucânone chavão exemplar for ma fórmula molde ii Apocalipse 14:6 Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo. Ele disse em alta voz: "Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas". Apocalipse 14:6-7 iii E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo como testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Mateus 24:14 Capítulo 6 – O filho pródigo ou o filho esbanjador
  • 60. A saída de casa Tem certas vezes que dá vontade abandonar tudo. Sair de casa. Chutar o pau da barraca e dar as costas para a vida. Olhamos para os lados e vemos tantas coisas aparentemente boas e melhores do que aquelas que temos em casa. Corremos atrás de tudo; das folhas, do vento e de tudo que, de alguma forma, nos chama a atenção. O que era importante, hoje não é mais. O jantar em família, o banho em casa e o beijo de boa noite. O cheirinho de café pela manhã. Morei em uma casa no bairro de Caiobá, na chamada Praia Mansa, quando tinha uns cinco anos. Período muito difícil para minha família, se formos olhar nos padrões sociais que temos. Era comum comermos arroz puro com café para descer mais fácil. Às vezes a mãe trazia uns pés de galinha para cozinhar. Era um banquete. Até hoje lembro do sabor do arroz puro com café
  • 61. preto. Nesse período de formação de meus conceitos de certo e errado, tudo que minha mãe dizia era verdade. Os medos, temores, crenças e descrenças dos pais ou daqueles que criam as crianças tornam-se parte da vida delas, querendo elas, ou não. Mas, como explicar aquela criança que é totalmente diferente? Que tem muita coragem, enquanto que a mãe ou o pai são medrosos? Há algumas marcas e características que nascem com as pessoas que nada no mundo consegue tirar, pois faz parte da essência do ser. Uma cena que me marcou muito foi a construção do Edifício Torre Alta. Era necessário explodir pedaços de rocha no pé do morro, pois impediam de fazer a estrutura do prédio. Eventualmente batiam palma na frente de casa e saíamos minha mãe e eu em seu colo. Ela ficava apavorada com as explosões. Voavam detritos por tudo e ouvíamos o barulho dos estilhaços
  • 62. caindo no telhado da casa. Somente depois de alguns minutos voltávamos. Quando finalmente estávamos novamente em segurança segundo os engenheiros. Eu, os animaizinhos e ... Um bicho mau Em Matinhos temos muitos gambás e tive o privilégio de deparar com uma ninhada perdida deles. Alguém disse que eles eram maus.. Os filhotes caíram do marsupial quando a mãe morreu. Era necessário acabar com a ameaça. Alguns pregos e um martelo resolveram. Todos foram traspassados pelos olhos. Uma sensação desagradável de poder invadiu meu ser. Tinha uma maldade em mim, mas essa maldade me causou tristeza. Constatação científica Outra vez, aos seis anos, ganhei um gatinho. Alguém me disse que gatos sempre caem em pé. Minha mente de cientista precisava
  • 63. constatar empiricamente. Joguei várias vezes um filhote para o alto para ver sua queda. Afinal, era um gato. Sangrou um pouco, pois machucou bastante o focinho, mas ele caiu quase em pé. Salva-vidas Outra vítima de minhas experiências foi um ratinho branco. Um balde foi o palco do afogamento para testar sua resistência embaixo d’água. Afoguei-o várias vezes até o momento em que ele não se mexia mais. Desesperado fiz reanimação massageando o peito do bichinho com meus dedos. Minha única experiência como salva-vidas, pelo menos até o momento em que escrevia esse capítulo. Ele praticamente ressuscitou. Alívio é a sensação que pode descrever quando vi sua respiração acontecer novamente. Isso descreve um certo grau de psicopatia, não? Sim? Não sei. Mas sei que alguma construção mental me fazia agir assim.
  • 64. A criança desde os primeiros contatos com a sociedade em que vivemos tem estímulos de todas as maneiras. Sejam bons estímulos ou maus estímulos. Com certeza, essas pequenas experiências causaram certa aversão, mas enquanto as relembrava para o registro, veio à minha mente um momento da história em que Deus conversando com Noé, contou-lhe que a imaginação do homem é má desde a sua meninice. Realmente, no meu caso, isso foi fato. Contudo, havia e há sempre no ser humano, uma desculpa para cometer atrocidades. Por isso mesmo existem os advogados de defesa, que sempre mostrarão argumentos que procurarão, ou inocentar ou pelo menos diminuir a pena. Um advogado tem poder de defender o homem de uma condenação, mas não tem o poder de livrar o homem da condenação pessoal. Pessoas vivem com culpas e angústias que as afligem tanto, que o prazer de viver é roubado
  • 65. pela não permissão da pessoa mesmo, de se dar ao prazer de viver. Para compensar a culpa, muitos se afundam em trabalho, outros em drogas, outros em bebidas e outros, ainda, não se afundam, mas desenvolvem doenças que, muitas vezes, levam à morte prematura ou à invalidez antes do tempo. O estado lastimável da alma é materializado no corpo. Essas sensações, esses julgamentos, autopunições e sufoco das emoções acontece por causa de tudo o que o homem aprende e apreende durante toda sua vida. Aprender é algo que adquirimos como conhecimento e apreender é algo que se torna parte da gente. A culpa é algo que foi desenvolvido na alma humana e se tornou parte do senso comum de toda a humanidade. Existe algo chamado ‘compensação’ que criamos para cada ato que consideramos errado na jornada. Para cada maldade, procuramos equilibrar com uma bondade. Tentamos encobrir o erro, ou falta, ou
  • 66. pecado com alguma ‘boa’ atitude ou obra. Vivemos em um círculo vicioso de correr atrás do prejuízo, mas não entendemos que essa conta é impossível de pagar. Percebemos isso quando vemos que os juros e taxas são altas demais. Os valores sobem, criam peso e se tornam inacessíveis e impagáveis em pouquíssimo tempo. Somos então levados a abandonar o desejo de compensar e deixamos a vida seguir, contudo, a nossa ‘consciência’ sempre está lá, fazendo o papel dela que é nos torturar com lembranças amargas. O peso é grande demais e muitos sucumbem. Talvez tenha sido essa a sensação que envolveu o filho pródigo que é citado nos relatos das testemunhas oculares dos discursos de Jesus. Os evangelistas narram a história de um jovem que pediu a parte dele na herança, pois queria viver sua vida e tentar a sorte longe dos olhos do pai. Queria distância. Talvez ele, assim
  • 67. como muitos nos dias de hoje, queiram fugir de casa e ir para um lugar onde ninguém os conheça. Liberdade é o que clama a alma do ser humano. O jovem pegou o dinheiro, suas roupas e saiu gastando. Comprou tudo o que precisava e ainda sobrou dinheiro. Sobrou dinheiro para festas, amigos que o ajudaram a gastar o dinheiro, mulheres e tudo o que seus olhos desejaram e o dinheiro Poe lhe proporcionar ele alcançou. O desejo da carne foi satisfeito; a cobiça dos olhos não foi deixada para trás e a fama pelo poder foi algo muito natural na vida desse jovem enquanto tinha a força que movia o motor das suas paixões: o dinheiro. O final dessa história não é novidade, mas algumas coisas e detalhes nela são bem interessantes. O filho pródigo, quando lá fora não tinha mais recursos começou a lembrar-se da fartura
  • 68. que tinha na casa do seu pai. Evidentemente, nos primeiros sinais de que as coisas não estavam indo bem, já veio à sua mente o desejo de voltar, mas ele não o fez. Deve ter ficado enrolando e procurando uma saída. Não queria dar esse gostinho para seu pai e seu irmão. Não podia admitir que precisava do pai para viver. Começou a compensar. Sua vida, que antes eram regalias, começou a ser privações. Certamente, antes de zerar, ele deve ter tentado economizar, controlar e administrar o seu dinheiro, mas não foi possível. Aprendeu, lá fora, a servidão; aprendeu, lá fora, a maldade; aprendeu, longe do pai, o julgamento. Agora, além de longe do pai, com fome, frio e padecendo necessidades, tinha mais uma série de ‘conceitos’ que não existiam em sua mente antes de sair da casa do pai. Quando ele caiu em si, sabia que tinha feito
  • 69. besteira de sair da casa do pai, mas a lei da compensação em sua mente, começou a protelar sua volta e forjar um equilíbrio entre sua relação com o pai. Ele queria voltar, mas não queria que nada fosse de graça. Ele queria pagar pela sua estadia na casa do próprio pai. Isso certamente era uma ofensa pior do que sair de casa. Entretanto, mesmo assim, ele achou que suas desculpas esfarrapadas e seu ‘trabalho’ na casa do pai, poderiam trazer-lhe a paz que perdera. “Voltarei para casa do meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra os céus e contra ti, não sou digno de ser chamado teu filho, faze-me como um dos teus jornaleiros.” Depois de muito lutar consigo mesmo, fez o trajeto de volta. Fez uma conversão. Mudou o caminho que seguia para o caminho de volta à
  • 70. origem. Quando chegou perto da casa e seu pai o viu ao longe. Não suportando de saudades, correu, abraçou-o e o beijou. O filho, mesmo sendo recebido com todo o amor pelo pai, teve a coragem de respirar fundo, estufar o peito e, com aparente humildade, mas não era humildade, pois queria pagar pelo direito de filho, o que é impossível. Direitos de filho, são direitos adquiridos. Por mais que queiram comprar, nunca o farão. Disse ao seu pai toda a ladainha que viera treinando no caminho. E o interessante do texto é que, quando o filho termina de falar suas desculpas, o pai providencia vestes novas, um anel no dedo e sandálias para os pés. Ele veste o filho, devolve a autoridade de filho e protege os seus pés do contato com a terra. Para o pai, a parte da herança que o filho levou, era insignificante, pois ele certamente
  • 71. havia produzido muito mais. A alegria do pai não foi em o filho aprender tudo aquilo lá fora, mas sim, em ele voltar para casa. O pai não esperava que ele tivesse condições de trabalhar ou não, de pagar ou não. O pai queria apenas que ele voltasse para casa. A alegria de um pai é a alegria de seus filhos. Hoje os pais não sabem ser pais, pois entregaram essa linda função a qualquer um, menos para eles mesmos. Pais não beijam mais seus filhos. Façam isso. Abracem, façam cócegas. Eles vão amar. O pai, quando o filho pródigo voltou, sabia que ele viria com muitos pensamentos doentios e depressivos, mas mesmo assim, sabia que o filho seria restaurado em casa. A convivência com o pai traz saúde, sempre. Aquela culpa que os advogados não
  • 72. conseguem tirar, somente um abraço do pai é capaz de arrancar pela raiz. Com o tempo, o filho pródigo percebeu que jamais poderia pagar sua dívida com o pai, mas o mais interessante de tudo é que o pai não estava levando em conta a dívida mais. Havia apagado dos registros. O pai tinha saúde emocional perfeita e sabia viver apenas o momento presente com seu filho. Sua ausência seria a maior perda, pois tudo que o filho levou, o pai tinha o poder de recriar e produzir novamente. Toda a alegria que se esvaíram do filho longe da casa do pai, começou a brotar novamente de seu interior. O prazer de viver aos poucos foi retornando e as cores novamente começaram a colorir os horizontes do filho, que não era mais pródigo, pois, para ser pródigo, deve esbanjar algo de uma fonte esgotável, mas, na casa do pai, era tudo inesgotável.
  • 73. Essa parábola, ou analogia, é referente ao Criador e a humanidade. Todos se afastaram de Deus. Quando nascemos, temos a essência de Deus em nós, pois o sopro de vida faz o corpo viver, mas, durante a caminhada, como toda a humanidade está abarrotada de falsos conhecimentos, esses falsos conhecimentos são repassados paulatinamente para cada criança. Por isso Jesus disse que o reino dos céus é das crianças, pois, elas ainda não tem o conhecimento das falsidades e mundo negociável á sua volta. Os conceitos de compra e venda são inexistentes na mente das crianças e aceitam o amor do pai, confiam nas pessoas e vivem suas vidas de maneira graciosa sem se preocupar se estão sendo custosas ou não. Não tem essa vaidade de valorização das coisas. Digo vaidade por que coisas mais caras são aparentemente mais importantes que as mais baratas.
  • 74. O amor e aceitação do pai são inegociáveis. Não se compra o favor de Deus, nem mesmo com lágrimas. Ele simplesmente é o que é e jamais mudará. A proximidade dele e a vivência com ele, nos fará absorver sua personalidade de valores eternos. A alegria dentro da presença e do Reino do Céu é simplesmente perfeita e indescritível, mas há algo que tenta sempre impedir as pessoas de voltarem à sua fonte. Lembra no início? Aba, Fonte, Pai? Saudade Certa feita, eu comecei a pensar no que leva pessoas a chorarem quando optam por abraçar a fé e passam a ter consciência da eternidade. Um fato curioso para muitos, há quem chame de ‘fantasia da religião’ ao passo que outros chamam de fanatismo. Guardo para mim o que ouvi no meu espírito quando eu meditava em um texto de Salomão, em
  • 75. Eclesiastes 12, em que ele retrata a vida e morte do homem, descrevendo passo a passo o que ocorre. O final do texto fala que, quando o corpo volta à terra, o espírito volta a Deus, que o deu. Ou seja, o espírito volta para o lugar de sua origem. Contudo, quando as pessoas tem um contato com o divino aqui na terra, nessa dimensão, é como se o afastamento da Fonte tivesse causado essa sensação de saudade, ou retorno para o lar. As pessoas choram, porque seu espírito está novamente respirando e bebendo direto da fonte. O pai, que estava olhando ao longe, vem e abraça seu filho de maneira gostosa. O choro é incontido. A saudade era muito grande. É uma paz que vai muito além da compreensão mental e humana. Nossas mentes são limitadas para isso. Há muitas construções filosóficas e cadeias sistematicamente produzidas, para que não aceitemos essa verdade simples. Ou nos achamos indignos demais, ou não acreditamos,
  • 76. mas o fato é que, quando somos expostos à verdade em nosso espírito e corremos de volta à fonte, o abraço do pai é inevitável e a alegria também. Se já teve essa experiência, saberá o que estou falando, mas se nunca teve, questione, sem reservas alguém que já a teve. É como se algo que todo o vazio que havia no interior fosse preenchido e como se achasse algo precioso que se havia perdido. Isso não é religião. Religião são dogmas e isso não é um dogma. A religião complica e a fé simplifica. Contaminação com o sistema O filho pródigo, quando esteve fora, foi contaminado com muitas coisas. Lá ele aprendeu que tudo tem um preço e hierarquizou sua relação com os bens do pai e transformou o amor do pai em uma mercadoria, achando que o amor do pai é como o amor de uma meretriz.
  • 77. Quantas prostitutas que disseram que o amavam? Quantos amigos o cercavam e diziam: É isso ai “parcero”. Quantos, quando bêbados, disseram: Cara, eu te amo brother. A amizade fora da fonte tem preço. O amor fora da fonte, também tem preço. A aceitação fora da fonte, tem preço evidentemente. Quantos de nós já nos sentimos assim? Uma mercadoria ou uma fonte ambulante de dinheiro? Quando o filho pródigo chegou para o pai tentou pagar por sua aceitação. Mesmo depois do abraço e aceitação incondicional. Somos assim. Temos dificuldade em aceitar que alguém nos ama simplesmente pelo que nós somos. Para muitos, é difícil, ou quase impossível aceitar o amor incondicional de Deus.
  • 78. É de graça. Amar, no reino de Deus, é natural. Não há bajulação. Não há trocas. Não há perdas e não há ganhos. Há apenas aceitação e completude. Não importa onde o filho pródigo está ou esteve. O pai o aguarda ansioso. O espírito do homem também quer voltar para o seio do pai, mas está calado no interior de cada ser humano aguardando que, de alguma forma, o homem caia em si e perceba que, sem o amor e cuidados do pai, tudo vai acabar. Nada satisfaz espírito do homem, no homem interior, como a presença de Deus e o abraço carinhoso do pai o aceitando e lhe preparando um banquete. Deixe de lado seus dogmas, sua religiosidade e sua fé e suas crenças, até mesmo na ciência. Afinal, a ciência, em muitos casos, não tem que ser aceita por fé? Ou você já viu o átomo?. O pai o espera.
  • 79. Capítulo 7 – Jesus Um grande mistério para muitos é a pessoa de Jesus. Para alguns, um profeta; para outros, um rei; para outros, um louco; para outros um perturbador; para outros um homem iluminado. Quem de fato foi Jesus? Não espero dar um compêndio sobre ele, mas trarei o que recebi de Deus no meu espírito. A história de Jesus é a mais intrigantes história da humanidade. Temos relatos de sua presença desde a mais tenra idade e, não apenas no nascimento, mas aos doze anos já começou a fascinar os doutores com sua perspicácia e sabedoria. Seu conhecimento não se limitava à letra com a qul os fariseus e sacerdotes estavam acostumados. A aplicação prática da verdade algo que marcou sua peregrinação nessa terra, ou nessa dimensão que conseguimos ver. Hoje, algumas entidades se auto
  • 80. denominam donas de Jesus, como se ele fosse um produto e sua fórmula de uso fosse padronizada nos conceitos e moldes mesquinhos e pobres dessas instituições. Ele foi claro e taxativo quando disse que não havia como limitar, condensar, compactar, dogmatizar, doutrinar, estabelecer conceitos e controlar a manifestação dele mesmo nessa terra. Seus passos foram marcados pela verdade, liberdade plena, desapego de tudo e de todos e riqueza e abundancia de vida. Ao seu lado as pessoas não passavam fome, eram plenamente sadias, eram aceitas, eram amadas, eram libertas. Por mais de uma vez ele convidou muitos a deixaram de seguirem- no. Não fazia questão de seguidores. Não fazia questão da multidão. Entre os ricos, os desprezava; deleitava-se com as lágrimas de uma prostituta beijando seus pés, encharcando-o com suas lágrimas e
  • 81. secando com seus cabelos. Confundia a todos, pois chamava para si aqueles que as leis e os padrões condenavam. Não há registros de sua adolescência e juventude. Os evangelistas dizem que ele não tinha pecado. Certa feita ele falou que pecado era não crer nele e disse que quando subisse ao céu estaria enviando o Espírito Santo para que o Espírito Santo mostrasse isso ás pessoas. Ele também nos conta que está com o Pai agora e que o príncipe deste mundo já está julgado. Enquanto andava nessa terra mostrou que não dependia absolutamente de nada do que fora transformado pelo homem e também não precisava de dinheiro, comércio, ou qualquer outra coisa relacionada à espécie de trabalhos feitos por todos. Na pescaria dos seus discípulos auxiliou dizendo o lado que deveria ser jogada a rede e,
  • 82. em apenas alguns minutos, os peixes pegos oram mais do que a noite toda. Confundindo a todos, utilizou o lanche de um garotinho para alimentar uma multidão e fez sobrar ainda doze cestos cheios, que, certamente devem ter sido levados pelos apóstolos. Não sei, não há registro. O que fascina na vida de Jesus, o Cristo, é a sua displicêbncia com o que os responsáveis pelos cultos da época pensavam dele. Ele fazia tudo para provocá-los. Não se engane. Certamente você e seu pastor estariam entre aqueles que procuravam maneiras de confundir o mestre. Suas palavras eram boas demais para ser verdade. Satanás, o príncipe deste século, armou uma cadeia de pensamentos tão ardilosa, que quando penetra a luz por algumas frestas dessa teia armada, desconfiamos, pois estamos acostumados demais com as trevas e ao cheiro de mofo da religião.
  • 83. Bijuteria é tudo que se faz imitando coias de valor. Não é porque está pendurado na árvore, que faz parte dela. Os ramos verdadeiros recebem a seiva direto da fonte. 41 3058 9050 rafael Capítulo 7 – Jesus Um grande mistério para muitos é a pessoa de Jesus. Para alguns, um profeta; para outros, um rei; para outros, um louco; para outros um perturbador; para outros um homem iluminado. Quem de fato foi Jesus? Não espero dar um compêndio sobre ele, mas trarei o que recebi de Deus no meu espírito. A história de Jesus é a mais intrigantes história da humanidade. Temos relatos de sua presença desde a mais tenra idade e, não apenas no nascimento, mas aos doze anos já começou a fascinar os doutores com sua perspicácia e sabedoria. Seu conhecimento não se limitava à letra com a qul os fariseus e sacerdotes estavam acostumados. A
  • 84. aplicação prática da verdade algo que marcou sua peregrinação nessa terra, ou nessa dimensão que conseguimos ver. Hoje, algumas entidades se auto denominam donas de Jesus, como se ele fosse um produto e sua fórmula de uso fosse padronizada nos conceitos e moldes mesquinhos e pobres dessas instituições. Ele foi claro e taxativo quando disse que não havia como limitar, condensar, compactar, dogmatizar, doutrinar, estabelecer conceitos e controlar a manifestação dele mesmo nessa terra. Seus passos foram marcados pela verdade, liberdade plena, desapego de tudo e de todos e riqueza e abundancia de vida. Ao seu lado as pessoas não passavam fome, eram plenamente sadias, eram aceitas, eram amadas, eram libertas. Por mais de uma vez ele convidou muitos a deixaram de seguirem-no. Não fazia questão de seguidores. Não fazia questão da multidão. Entre os ricos, os desprezava; deleitava-se com as lágrimas de uma prostituta beijando seus pés, encharcando-o com suas lágrimas e secando com seus cabelos. Confundia a todos, pois chamava para si aqueles que as leis e os padrões condenavam. Não há registros de sua adolescência e juventude. Os evangelistas dizem que ele não tinha pecado.
  • 85. Certa feita ele falou que pecado era não crer nele e disse que quando subisse ao céu estaria enviando o Espírito Santo para que o Espírito Santo mostrasse isso ás pessoas. Ele também nos conta que está com o Pai agora e que o príncipe deste mundo já está julgado. Enquanto andava nessa terra mostrou que não dependia absolutamente de nada do que fora transformado pelo homem e também não precisava de dinheiro, comércio, ou qualquer outra coisa relacionada à espécie de trabalhos feitos por todos. Na pescaria dos seus discípulos auxiliou dizendo o lado que deveria ser jogada a rede e, em apenas alguns minutos, os peixes pegos oram mais do que a noite toda. Confundindo a todos, utilizou o lanche de um garotinho para alimentar uma multidão e fez sobrar ainda doze cestos cheios, que, certamente devem ter sido levados pelos apóstolos. Não sei, não há registro. O que fascina na vida de Jesus, o Cristo, é a sua displicência com o que os responsáveis pelos cultos da época pensavam dele. Ele fazia tudo para provocá-los. Não se engane. Certamente você e seu pastor estariam entre aqueles que procuravam maneiras de confundir o mestre. Suas palavras eram boas demais para ser verdade. Satanás, o príncipe deste século, armou uma cadeia de pensamentos tão ardilosa, que quando penetra a luz por algumas frestas dessa teia armada, desconfiamos,
  • 86. pois estamos acostumados demais com as trevas e ao cheiro de mofo da religião.