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HENRY ULIANO QUARESMA

O FATOR

CHINA
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O Fator China
Percepção
Pesquisa
Premissas
Constatação
Visão
China:
Primeira civilização com evidências
históricas
Grande salto na História
Dinastias – Potência Global
Shang: 1800 a 1000 A.C.
Foi a única dinastia a deixar registros históricos
originais de sua trajetória.
Confúcio (Kung Fu Tzu): 551 a 479 A. C.
Valorizava a ponderação e o respeito às
convenções como modo de harmonizar o
convívio social. Importante para relações
Governo-Povo
O Ser Humano é essencialmente bom e a
maldade vem da falência dos sistemas sociais.

Dinastia Quin (221 A.C.-206 A.C.): Legalismo
como contraponto do Confucionismo
Invenções:
Fundição do Ferro e Bronze (Séc.IV A.C.)
Fundição do Aço (Séc. II A.C.)
Sismógrafo (Séc. II A.C.)
Paraquedas e Balão (Séc. II A.C.)

Sistema Decimal ( Séc. XIV A.C.)
Álgebra e Geometria (Séc.III)
Cerveja(Séc. XII A.C.)

Guarda-Chuva e o Fósforo (Séc. IV)
Jogo de Xadrez( Séc. VI)
Relógio (Séc. VIII)
Grande Salto Adiante
Mao: Liu Shaoqui, Zhou Enlai e Deng
Xiaoping
Deng: Modernização
(Agricultura, Indústria, Ciência e
Tecnologia, Defesa Nacional)
A FORÇA DO DRAGÃO
Indicadores
socioeconômicos da China

2010 (1)

Observações

População (bilhões de habitantes) (1)

1,31

País mais populoso do mundo.

PIB Nominal (US$ trilhões)

5,88

Segundo maior PIB mundial.

Crescimento real do PIB (%)

10,3%

Maior taxa de crescimento do mundo,
mantida nesses níveis há 30 anos.

Inflação (preços ao consumidor)

4,6%

Mantida sob controle com mão de ferro
pelo governo

Exportações (US$ trilhões)

1,57

A China é o maior exportador mundial.

Importações (US$ trilhões)

1,39

Reservas internacionais (US$ trilhões)

2,87

Dívida Externa Total (US$ bilhões) (2)

428,4

Câmbio (Rmb / US$) (2)

6,62

Segundo maior importador do mundo,
atrás dos EUA.
As reservas cambiais cresceram 268% em
quatro anos.
A dívida aumentou somente 32% em
quatro anos
A taxa de câmbio se aprecia muito
lentamente, mantendo a
competitividade da indústria chinesa.

Fonte: MRE/DPR/DIC - Divisão de Informação Comercial, com base em dados do EIU –
Economist Intelligence Unit, Country Report May 2011.
(1) Estimativa EIU.
(2) 2009 e 2010: estimativa EIU.
Sistema Político: Socialista
Divisão de Poderes:

Poder Executivo
Conselho de Estado
Presidente (Chefe de Estado):
Presidente: Xi Jinping
Vice-Presidente: Li Yuanchao

Premiê (Chefe de Governo):
Premiê: Li Keqiang
Banco Popular (Central) da China

Governos Regionais:
22 Governos Provinciais
(subdivididos em municipalidades)
4 Municipalidades
sob administração direta do governo central
Beijing (Pequim) | Xangai | Tianjin |Chongqing

5 Regiões Autônomas
Xinjiang (Etnia Uyghur)
Tibete
Mongólia Interior
Guangxi (Etnia Zhuang)
Ningxia (Etnia Hui)

Poder Legislativo
Poder Judiciário
Regiões Administrativas Especiais (RAEs):
Hong Kong e Macau
CHINA PUXA OS EMERGENTES
Participação no PIB global (US$ correntes) – regiões e China (em %)

Região/país
Países
desenvolvidos

1980
76,4

1990
79,7

2000
79,9

2005
76,2

2010*
66,5

Países em
desenvolvimento

23,6

20,3

20,1

23,8

33,5

Ásia

6,2

5,1

7,3

8,9

14,7

China

1,9

1,8

3,7

5,0

9,3

Países em
desenvolvimento
(exceto China)

21,7

18,5

16,4

18,8

24,2

Fonte: IPEA (Elaboração própria a partir dos dados do International Monetary Fund: World Economic Outlook)
Database, Outubro 2010.
(*) Estimativa.
COMÉRCIO EXTERIOR DA CHINA
Ano

Exportações
(US$ bilhões)

% mundial

Importações
(US$ bilhões)

% mundial

Anos 80 (média anual)

31

1,4

35

1,6

Anos 90 (média anual)

129

2,9

114

2,6

2000

249

3,9

225

3,4

2005

762

7,3

660

6,1

2009

1.202

9,7

1.004

7,9

2010

1.577,9

10,4 (*)

1.394,8

9 (*)

Fonte: FMI/IPEA e USCBC, (*) três primeiros trimestres
Produto

O
APETITE
DO DRAGÃO
Fonte: China Trade Center, 2010
(tabela extraída de apresentação
na Fiesc em 07/2010)

Parcela do consumo
mundial (%)

Carne de porco

51%

Cimento

40%

Motocicletas
Algodão

40%
33%

Televisores

32%

Minério de ferro

32%

Ar condicionado

31%

Lavadoras

24%

Couro

23%

Calçados

23%

Bicicletas

22%

Cobre

20%

Celulares

20%

Carne de Frango

20%

Geladeiras

16%

Petróleo

9%
CHINA – TAXA ANUAL DE INFLAÇÃO
2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010*

0,4

0,7

-0,8

1,2

3,9

1,8

1,5

4,8

5,9

-0,7

5,0

Fonte: National bureau of statistic of China, CIA

Produção de carros
de passeio

Produção de
automóveis:

(milhões de unidades)

taxa de crescimento

2000

2005

2006

2007

EUA

5,5

4,3

4,3

3,9

EUA

49%

Brasil

1,3

2

2

2,3

Brasil

209%

China

0,6

3

5,2

6,3

China

2301%

Total mundial

41,2

46,8

49,9

53,2

Total

141%

Fonte: OICA (Organização Internacional de Construtores
de Automóveis)

2000- 2010
Vendas no varejo (na China, em trilhões de yuan)
2005

2006

2007

2008

2009*

2010

67,2

76,4

89,2

108,5

125,3

154,5

* 2009 (total acumulado até nov.)
Fonte: National Bureau of statistic, China.

Setor

1980

1990

2000

2009

Primário

30,2

27,1

15,1

10,3

Secundário

48,2

41,3

45,9

46,3

- Indústria

43,9

36,7

40,4

39,7

- Construção

4,3

4,6

5,6

6,6

21,6

31,6

39,3

43,4

Terciário

Fonte: National Bureau of Statistic of China
Produção mundial de aço bruto (milhões de toneladas)
2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

Europa

339,8

333,8

355,1

364,5

342,2

265,5

314,9

EU(27)

202,5

195,6

207,0

209,7

198,0

138,8

172,9

EU (15)

169,1

165,1

173,2

175,2

167,6

117,3

147,2

Estados
Unidos

99,7

94,9

98,6

98,1

91,4

58,2

80,6

China

282,9

353,2

419,1

489,3

500,3

573,6

626,7

Japão

112,7

112,5

116,2

120,2

118,7

87,5

109,6

Mundo

1071,5

1144,1

1247.2

1346,1

1327,2

1229,4

1413,6

Fonte: World Steel Association
RESERVAS CAMBIAIS (US$ bilhões)
2000

2001

2002

2003

2004

2005

165,6

212,2

286,4

403,3

609,9

818,9

Fonte: State Administration of Foreign Exchange, People's Republic of China.

2006

2007

2008

2009

2010*

1.066,3 1.528,2 1.946,0 2.399,2 2.847,3
Principais
exportadores de bens
manufaturados

Principais
exportadores de
serviços

(% do total mundial, 2009)

(% do total mundial, 2009)

China

10%

EUA

14%

Alemanha

9%

Reino Unido

7%

EUA

8%

Alemanha

6%

Japão

5%

França

4%

França

4%

Japão

4%

Países Baixos

4%

Espanha

4%

Bégica

3%

China

4%

Coréia do Sul

3%

Itália

3%

Itália

3%

Irlanda

3%

Outros

51%

Outros

51%

Fonte: Cepal
Exportações chinesas (2010)
Produto

US$ bilhões

% sobre 2009

Máquinas e equipamentos elétricos

388,8

29,1

Equipamentos para geração de energia

309,8

31,4

Vestuário

121,1

20,5

Ferro e aço

68,1

44,1

Equipamentos óticos e médicos

52,1

34

Móveis

50,6

30,0

Produtos químicos

43,2

34,9

Equipamentos náuticos

40,3

42,1

Veículos

38,4

37,5

Calçados

35,6

27,1

1.577,9

31,3

Total
Fonte:USCBC
Os parceiros da China (2010)
Posição

% do total

1

Destino das
exportações
Estados Unidos

% do total

17,9

Origem das
importações
Japão

2

Hong Kong

13,8

Coréia do Sul

9,9

3

Japão

7,7

Taiwan

8,3

4

Coréia do Sul

4,4

Estados Unidos

7,3

5

Alemanha

4,3

Alemanha

5,4

6

Holanda

3,1

Austrália

4,4

7

Índia

2,6

Malásia

3,6

8

Reino Unido

2,4

Brasil

2,7

9

Singapura

2,0

Tailândia

2,4

10

Itália

1,9

Arábia Saudita

2,3

Fonte: elaboração própria, com dados da PRC General Administration of Customs, China's Customs Statistics

12,7
Crescimento comercial da China nas regiões
(taxa médias anuais, em %)
Exportações
Regiões

1990-1995

1995-2000

2000-2005

2005-2009(1)

América Latina e Caribe

32.2

17.8

26.8

26.1

Ásia e regiões Pacíficas

26.5

9.3

20.3

11.6

Estados Unidos

36.7

16.1

25.6

10.2

União Européia

26.3

15.0

28.8

14.9

Resto do Mundo

8.6

7.1

26.6

14.3

Mundo

19.1

10.9

25.0

13.4

Importações
América Latina e Caribe

14.5

12.7

37.6

22.8

Ásia e regiões do Pacífico

32.4

12.2

23.9

7.1

Estados Unidos

19.7

6.8

16.8

10.2

União Européia

18.2

7.6

18.8

14.4

Resto do Mundo

11.2

13.4

26.8

14.5

Mundo

19.9

11.3

24.0

11.7

Fonte: Cepal (2010)
Ano

Fonte: Secex/MDIC

Participação nas importações
brasileiras (%)

1991

0,7

0,6

1992

1,3

0,7

1994

1,9

1,4

1995

2,6

2,1

1996

2,3

2,1

1997

2,0

1,9

1998

1,8

1,8

1999

1,5

1,8

2000

2,0

2,2

2001

Evolução
da China
no comercio
exterior
do Brasil

Participação nas exportações
brasileiras (%)

3,3

2,4

2002

4,2

3,4

2003

6,2

4,4

2004

5,6

5,9

2005

5,8

7,23

2006

6,1

8,7

2007

6,7

10,5

2008

8,3

11,6

2009

13,2

12,5

2010

15,2

14,1
Comércio Brasil-China
Ano

Exportações para a China

Importações da China

Saldo do Brasil
(US$ milhões)

US$ milhões

Var. (%)

US$ milhões

Var. (%)

2000

1.085,3

60,5

1.222.1

41,2

-136,8

2001

1.902,1

75,3

1.328,4

8,7

573,7

2002

2.521,0

32,5

1.554,0

16,9

967,0

2003

4.533,3

79,8

2.147,8

38,2

2.385,5

2004

5.441,4

20,0

3.710,5

72,7

1.730,9

2005

6.835,0

25,6

5.354,5

44,3

1.480,5

2006

8.402,4

22,9

7.990,4

49,2

411,9

2007

10.748,8

27,9

12.621,3

57,9

-1.872,4

2008

16.522,6

53,7

20.044,5

58,8

-3.521,8

2009

21.003,9

27,1

15.911,1

-20,6

5.092,7

2010

30.785,9

46,6

25.594,9

60,9

5.191,0

Fonte: Secex/MDIC
Participação do Brasil no mercado chinês
(Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009)
Participação nas importações da China
(%)
Descrição

Taxa de cresc. anual (%)
2003-2009 (3)

2003

2009

Produtos brasileiros (total)

1,4

2,8

15,9

Fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados

28,4

46,4

18,2

Açúcares e produtos de confeitaria

0,2

13,7

14,1

Sementes e frutos oleaginosos, grãos, etc.

29,7

35,00

24,4

Pastas de madeira ou matérias fibrosas celulósicas, etc.

7,3

12,2

18,2

Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros

4,7

8,4

2,9

Aeronaves e outros aparelhos aéreos, etc. e suas partes

0,1

3,6

15,7

Carnes e miudezas, comestíveis

1,1

2,7

14,4

Alumínio e suas obras

0,3

1,9

16,9

Combustíveis minerais, óleos minerais, etc.cêras
minerais
Cobre e suas obras

0,07

1,3

27,0

0,2

1,4

26,6

CONTINUA >
Participação do Brasil no mercado chinês
(Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009)
Participação nas importações da China
(%)
Descrição

Taxa de cresc. anual (%)
2003-2009 (3)

2003

2009

Ferro fundido, ferro e aço

3,4

4,3

3,8

Algodão

0,26

1,2

4,9

Plásticos e suas obras

0,36

0,7

14,9

Minérios, escórias e cinzas

19,1

19,2

45,7

Borracha e suas obras

0,38

0,35

18,7

Máquinas, aparelhos e material elétricos, suas partes,
etc
Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecânicos

0,07

0,03

15,2

0,24

0,13

9,6

Produtos químicos orgânicos

0,46

0,32

14,5

Produtos químicos inorgânicos, etc.

0,62

0,31

14,8

Papel e cartão, obras de pasta de celulose, de papel, etc.

1,6

0,82

-2,0

Madeira, carvão vegetal e obras de madeira

2,5

0,99

7,7

CONTINUA >
Participação do Brasil no mercado chinês
(Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009)
Participação nas importações da China
(%)
Descrição

Taxa de cresc. anual (%)
2003-2009 (3)

2003

2009

Sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento

6,6

4,7

13,4

Veículos automoveis, tratores, etc. suas
partes/acessórios
Níquel e suas obras

1,9

0,07

15,6

4,2

0,81

33,0

Gorduras, óleos e cêras animais ou vegetais, etc.

9,1

5,3

17,6

Preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc.

29,3

21,4

16,3

Fonte: Elaborado a partir das informações do World Trade Atlas/WTA (observatório Brasil -China, março 2011). Notas: (1) - A
variação em pontos percentuais da participação de mercado é obtida a partir da diferença entre: Part. Mercado 2009 - Part.
Mercado 2003; (2) - Participação considerando os valores de importação da China do mundo e do Brasil acumulado nos últimos
12 meses; (3) - Taxa média anual obtida a partir da aplicação da média geométrica na taxa de variação 2003-2009.
Produtos brasileiros exportados
(para a China e para o mundo, e participação da China no total das exportações)
Produtos (Descrição NCM)

Exportações em 2009
(US$ milhões FOB)
Para a China

Total BR

Exportações em 1999
% China 2009 (US$ milhões FOB)
Para a China
Total BR

% China 1999

Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados

6.354,1

10.582,2

60,0

165,1

1.726,0

9,6

Outros grãos de soja, mesmo triturados

6.342,9

11.413,0

55,6

111,3

1.569,9

7,1

Óleos brutos de petróleo
Pasta química madeira de n/conif. a soda/sulfato,
semi/branq.

1.338,3

9.350,9

14,3

0

1.525,1

0

891,9

3.073,1

29,0

52.648,6

1.178,2

4,5

Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados

656,6

2.664,7

24,6

76,1

1.020,0

7,4

Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado

399,0

1.040,9

38,3

45,4

564,2

8,0

367,7

2.386,4

15,4

33,0

629,6

5,2

348,6

3.107,9

11,2

0

114,6

0

346,4

1.060,2

32,6

8,8

234,0

3,7

342,0

1.089,6

31,4

0

321,9

0

Catodos de cobre refinado/seus elementos, em forma
bruta.

280,4

417,7

67,1

0

30,8

0

Pasta química de madeira, para dissolução

204,9

235,7

86,9

0

50,4

0

Produtos semimanuf. ferro/aço, c<0.25%, séc.transv.ret

200,0

1.186,5

16,8

0

805,0

0

Polipropileno sem carga, em forma primaria.

137,3

318,5

43,1

1,36

47,5

2,9

Minérios de manganês

121,2

182,3

66,5

4,94

19,0

26,0

Fumo n/ manufaturado total parc. destal. fls.
secas, etc.Virginia

Outros aviões/veículos aéreos, peso. 15000 kg,
vazios
Ferroniobio
Ferro fundido bruto não ligado, c/peso<=0.5% de
fósforo

Fonte: Elaboração própria, com dados do MDIC/SECEX
Possíveis Cenários para a Economia Chinesa até 2020
Diferenças
Trabalhadores saindo da
agricultura em direção a outros
setores:
Incremento na utilização de
insumos intermediários e de alta
tecnologia:

Base

Pessimista

Otimista

1,21% ao ano

0,91% ao ano

1,36% ao ano

Aumenta, elevando a
participação de produtos
de maior valor agregado.
Até 2010 é 1% maior e
após 2010 é 0,5% maior
que a do Cenário Base

Mantém-se nos níveis
atuais

Diminui

Entre 2,0 e 2,5%, os
mesmos níveis médios
dos últimos 25 anos

Menor que nos últimos 25
anos (entre 1,5 e 2,0%)

Outras diferenças:

N/A

Taxa de poupança da
A eficiência na utilização de
população é menor e a de
energia é entre 0,2 e 0,5%
gastos do governo maior que
maior que no Cenário Base
no Cenário Base

Projeções 2006 - 2020
Crescimento médio

Base

Pessimista

Otimista

8,1%

7,1%

8,6%

Fontes de crescimento

Força de Trabalho: 0,2%
Capital: 5,9%

Força de Trabalho: 0,2%
Capital: 5,3%

Força de Trabalho: 0,2%
Capital: 5,9%

do PIB

Produtividade Total: 2%

Produt. Total: 1,5%

Produt. Total: 2,5%

Participação média do acúmulo
de capital no total do PIB

72,6%

75,3%

68,8%

Produtividade total dos fatores
de produção:

do PIB

Fonte: HE, LI, POLASKI, 2007
Competitividade
dos BRICs

País

Posição no ranking geral
(2010-2011)

Score (de 0 a 7)

China

27

4,84

Índia

51

4,33

Brasil

58

4,28

Rússia

63

4,24

Fonte: WEF, 2011
Desempenho da China - competitividade
Posição no ranking global

a) Itens Básicos

49

4,37

50

4,44

4

6,11

37

6,16

30

Instituições
Infraestrutura
Macroeconomia
Saúde e educação primária
Conjunto de “itens básicos”

5,27

Posição no ranking global

b) Promotores
de eficiência

Sofisticação dos negócios
Inovação
Conjunto de “sofisticação e inovação”
Fonte: WEF, 2011

Score

60

4,24

43

4,40

38

4,70

57

4,28

78

3,44

2

6,71

29

Ensino médio e treinamento
Eficiência do mercado de bens
Eficiência do mercado de trabalho
Desenvolvimento do mercado financeiro
Preparo tecnológico
Tamanho do mercado
Conjunto de “promotores da eficiência”

4,63

Posição

c) Sofisticação
e inovação

Score

Score
41

4,34

26

3,92

31

4,13
Vivendo para o trabalho
Proposição

% dos trabalhadores
chineses urbanos que
concordam

Eu sei o que é esperado de mim no trabalho

34

Eu tenho os materiais e equipamentos para fazer meu trabalho corretamente

32

No trabalho, eu tenho diariamente a oportunidade de fazer o que faço melhor

26

Nos últimos 7 dias eu recebi reconhecimento por fazer um bom trabalho

12

Meu supervisor ou alguém no trabalho parece se importar comigo como pessoa

26

Alguém no trabalho encoraja o meu desenvolvimento

23

No trabalho, minhas visões parecem valer

20

A missão ou propósito da minha empresa faz meu trabalho importante

30

Meus colegas estão comprometidos em fazer um trabalho de qualidade

27

Eu tenho um melhor amigo no trabalho

43

Nos últimos seis meses alguém no trabalho falou comigo sobre o meu progresso

19

No último ano eu tive oportunidade no trabalho de aprender e crescer

23

Fonte: Gallup Poll
Os fatores mais problemáticos para os negócios
a) Brasil
Regulamento fiscal
Impostos

Suprimento inadequado de
infrastrutura
Normas trabalhistas restritivas
Burocracia governamental ineficiente
Corrupção
Acesso a financiamento
Força de trabalho inadequada
Crimes e roubos
Regulamento sobre moeda estrangeira
Instabilidade política

Sistema de Saúde pública ineficiente
Inflação
Falta de ética na força de trabalho
nacional
Instabilidade governamental

b) China
19,3
17,7
13,8

Acesso a financiamento

13,2

Instabilidade política

10,1

12,9
11,3

Burocracia governamental ineficiente

Corrupção

9,5
9,0

1,7
0,8

9,0

Regulamento fiscal

8,4

Suprimento inadequado de
infrastrutura

8,0

Força de trabalho inadequada

7,4

Impostos

7,1

Falta de ética na força de trabalho

6,9
5,6
5,1
2,2
1,7

Inflação

5,7

Normas trabalhistas restritivas

3,9

Regulamento sobre moeda estrangeira
0,5
0,5

Instabilidade governamental

0,2

Crimes e roubos

Sistema de Saúde pública ineficiente

3,9
2,0
1,8
1,1
Análise SWOT
O Fator China
As conclusões da análise SWOT
adaptada são as seguintes:
S - Pontos fortes em
comparação com o Brasil
›
›
›
›
›
›
›
›

Mão-de-obra mais barata
Melhores incentivos às empresas exportadoras
Alta taxa de poupança
Câmbio depreciado
Taxas de juros muito menores que as brasileiras
Menores encargos tributários e trabalhistas
Maior taxa de investimento em relação ao total do PIB
Maior investimento em educação, pesquisa e
desenvolvimento
› Melhor distribuição de renda que a brasileira (apesar de má
distribuída, se comparada com a de países desenvolvidos);
› Dirigismo estatal com metas bem definidas para o curto e
longo prazo.
Pontos fortes da China:
› Escala dos mercados internos
› Taxas de poupança e de investimento muito altas
› Excelente acesso ao conhecimento global, por meio de investimento
direto estrangeiro e da diáspora chinesa
› Base da manufatura mundial
› Oferta muito grande de excedente de mão de obra, propiciando
vantagem de baixos salários
› Ascensão rápida na cadeia de valor, passando de exportações de mão
de obra intensivas a um maior conteúdo tecnológico
› Logística de exportação eficiente
› Massa crítica em P&D sendo reorganizada para aumentar
competitividade
› Fortes investimentos em educação e treinamento
› Governo voltado a atingir os objetivos nacionais
Lições da China para o Brasil
› Integração à economia mundial como motor do
crescimento
› Acumulação de capital humano como passo
fundamental para a transição
› Importância do Estado para: desenvolvimento de
uma estratégia de longo prazo para o país;
manutenção de quadro macroeconômico estável;
transição para a economia de mercado em bases
realistas; provisão de meios institucionais para o
crescimento.
W - Pontos Fracos em comparação com o Brasil
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›
›

Economia ainda muito dependente do setor estatal
Falta de mão-de-obra nas principais cidades industriais
Acesso cada vez mais difícil a matérias-primas
Descaso ambiental
Descaso com direitos trabalhistas
Baixa produtividade e menor qualificação dos trabalhadores
Falta de mão-de-obra qualificada em setores de alta tecnologia, gestão e outros
Maior intervenção do governo na economia, sendo a maioria das estatais
ineficientes e deficitárias, necessitando de subsídios governamentais
Menor segurança jurídica e respeito a patentes e marcas
Má imagem ainda associada aos produtos “made in china” no exterior;
Pouca produção própria de tecnologia
Baixo índice de nacionalização
Mercado de massa crescente, mas imaturo;
Cadeias de suprimento ineficientes;
Pressão demográfica (risco de instabilidade social caso o país não consiga manter
os níveis elevados de crescimento e aumento da renda);
Burocracia e corrupção governamentais iguais ou piores que as brasileiras.
O - Oportunidades para o Brasil
›
›

›

›

›

O ingresso da China na OMC, em 2001, criou um ambiente jurídico mais favorável para que contratos sejam
cumpridos no país, tornando o comércio Brasil-China gradativamente mais previsível e seguro.
Como um dos grandes fornecedores mundiais de matéria-prima, alimentos e insumos, o Brasil deve
visualizar a China como parceiro de suma importância em sua atual matriz de exportações, que é
dependente de tais produtos, ao menos para o curto e médio prazos.
As empresas chinesas estão buscando a internacionalização através do apoio direto do governo central
chinês, o que pode gerar ainda investimentos diretos e indiretos no Brasil, principalmente na área de
energia limpa, como energia solar e eólica, que o Brasil está com escassez de investidores. Também há
interesse em investir na produção de alimentos, na mineração e na infraestrutura. Em 2010 a China foi o
país que mais realizou investimentos no Brasil: US$ 17,2 bilhões, segundo o Banco Central.
O mercado consumidor chinês, apesar de muito distinto de outros mercados e ainda em formação,
apresenta o maior potencial de crescimento da atualidade. Nesse contexto, abre-se uma vasta gama de
oportunidades para as empresas brasileiras que desejam exportar para o país ou até mesmo criarem
operações de produção na China, aproveitando seu mercado e abrindo portas para o resto do mercado
asiático. Empresas como a Embraer e as catarinenses Weg e Embraco já possuem investimentos produtivos
na China, obtendo parcela significativa do mercado e utilizando os acordos bilaterais do país com seus
vizinhos para ingressarem com seus produtos com tarifas muito menores do que se o fizessem diretamente
do Brasil.
O mercado de consumo ainda é imaturo e está no processo de estabelecimento de marcas. Empresas
brasileiras que têm dificuldade em concorrer com marcas bem conceituadas e estabelecidas nos países mais
desenvolvidos poderão desenvolver mercado na China por meio de investimentos em marketing para a
formação de imagem positiva de seus produtos. Isso ajudaria inclusive na criação de uma marca global.
Como diz o ditado, “quem consegue ter sucesso na China, terá sucesso em qualquer lugar do mundo”.
O - Oportunidades para o Brasil
›

›

›

›

Acostumadas a problemas de infraestrutura e de falta de maturidade do mercado tão desafiadores quanto
os que ocorrem na China, as empresas brasileiras já possuem estratégias para lidar com tais desafios no
Brasil. Essas estratégias podem ser implementadas (com algumas adequações) nas operações na China.
Logo, o problema pode na verdade ser uma vantagem competitiva em relação às concorrentes de países
desenvolvidos, onde os mercados funcionam de maneira mais otimizada.
Outra oportunidade para as empresas brasileiras, superiores em tecnologia e processos de produção em
relação à maioria das chinesas, é exportar conhecimento, como já fazem diversas multinacionais de países
desenvolvidos;
Para os consumidores brasileiros, os produtos chineses que invadem as lojas do país podem ser
considerados uma oportunidade, pois somente as empresas nacionais que investirem em qualidade, preço
e diferenciação conseguirão competir com os produtos made in China. Produtos tão baratos também
aumentam o acesso a bens de consumo nas classes mais baixas, além de diminuírem a pressão
inflacionária, segurando os preços dos produtos nacionais. Uma inflação moderada é fundamental para a
diminuição da taxa de juros, uma das grandes fraquezas do Brasil se comparado à China. Logo, as
importações podem baratear o financiamento produtivo da própria indústria nacional – setor mais
descontente com a escalada de importações chinesas – pois barateia seus custos de produção. Em muitos
setores as empresas ineficientes serão prejudicadas, o que não é de todo o mal e já ocorreu após a abertura
econômica brasileira do início dos anos 90. Já as empresas competitivas, além de vencerem a disputa com
as concorrentes chinesas, podem extrair lições e ficar ainda mais fortes e melhor preparadas na disputa
pelo competitivo mercado global.
Do ponto de vista geopolítico, um bom relacionamento com a China (leia-se uma maior importância do país
na política externa e balança comercial brasileira, em detrimento de países desenvolvidos) poderá
pressionar atores como Estados Unidos e União Européia a ceder às reivindicações brasileiras em foros de
negociação internacional, como a OMC, em troca de acesso a um mercado nacional cada vez mais assediado
pelas empresas chinesas.
T – Ameaças (Para o Brasil):
O superávit comercial com a China vem declinando, e provavelmente será
substituído por crescentes déficits na balança comercial brasileira nos
próximos anos. A situação se agravará caso a moeda brasileira continue a sua
valorização e a chinesa permaneça artificialmente desvalorizada por meio do
controle cambial de seu governo.
Os investimentos muito superiores em educação, pesquisa e desenvolvimento
da China farão com que os trabalhadores chineses em breve, além de
ganharem muito menos, alcancem os brasileiros em qualificação e
produtividade, tornando a indústria brasileira ainda menos competitiva se
comparada à chinesa.

Produtos chineses que até então eram vistos como de baixa qualidade estão
dando saltos qualitativos, principalmente pela entrada de novas tecnologias de
produção introduzidas por multinacionais com operações na China.
T – Ameaças (Para o Brasil):
“(...) a antiga história que permite que a expressão made in China seja sinônimo de mercadoria inferior passa
por uma reviravolta. ‘Acontece com a China o mesmo filme que vimos com o Japão na década de 1960, só que
em velocidade mais acelerada. Os japoneses começaram vendendo radinhos de pilha e hoje são exportadores
de tecnologia de ponta’, explica o consultor Eugênio Foganholo” (A Notícia, 04/03/2007).

No âmbito geopolítico, a ameaça diz respeito a uma possível perda de influência regional e
internacional do Brasil, dificultando uma maior integração econômica no Mercosul, por exemplo.
Muitos investimentos estrangeiros, tão necessários para o desenvolvimento do setor produtivo
brasileiro, trocaram nosso país pela China devido às melhores condições de custeio da produção
e acesso aos mercados com os quais a China vêm conseguindo integração comercial. Enquanto o
dragão esconde as garras e alcança excelentes resultados diplomáticos através de seu “poder
suave”, a diplomacia brasileira faz demagogia no já debilitado Mercosul e em foros multilaterais
de negociação internacional, o que angaria alguns aplausos mas nenhum resultado prático ou
econômico para o país.
A ameaça principal, que embute todos os fatores anteriormente citados, é a perda de
competitividade e participação das empresas brasileiras no mercado interno e internacional.
Dentre outras conseqüências, nossa economia e exportações se tornariam ainda mais focadas
em produtos primários e de baixo valor agregado, gerando a desindustrialização, perda de postos
de trabalho qualificados, concentração de renda e níveis ainda menores de desenvolvimento
econômico.
SWOT
Empresas no
Mercado Chinês
Segundo o sítio ChinaSolved.com,
especializado em gestão empresarial na
China e criado por Andrew Hupert,
experiente consultor em treinamento de
vendas que atua em Xangai, algumas
questões da realidade chinesa são
fundamentais em qualquer análise SWOT
de empresas que queiram estar presentes
no mercado chinês:
S-W - Pontos Fortes e Fracos
Apesar de ser um assunto interno e que difere em
cada organização, a análise SWOT de qualquer
empresa no mercado chinês deve
necessariamente conter (como seus pontos fortes
ou fracos):

›
›
›
›
›

Recursos Humanos
Vendas
Marca
Qualidade
Potencial de Crescimento
O-T Oportunidades e Ameaças
Como são fatores externos, ou seja, fora do
controle das empresas, eles incidem sobre
todas de maneira mais uniforme e similar.
Segundo Hupert, cinco fatores nunca devem
ficar de fora, sejam oportunidades ou ameaças
para a empresa, na análise SWOT:
›
›
›
›
›

Legislação
Competição
Economia
Mercado e Tendências
Tecnologia
Os 4 motores do
crescimento
chinês
Fonte: Adaptado de
china-bay.org
Diferenças entre negociadores brasileiros e chineses
Comportamento negocial e suas definições
Brasil
Promessa. Uma frase em o interlocutor oferece ao receptor uma conseqüência
3
que ele(a) antecipa que o receptor a receberá como positiva

China
6

Taiwan
9

Japão
7

EUA
8

Alemanha
7

Inglaterra México
11
7

Ameaça. Ao contrário da promessa, espera que as conseqüências sejam vistas
como desagradáveis, nocivas ou punitivas

2

1

2

4

4

3

3

1

Recomendação. Frase em que o interlocutor prevê que uma conseqüência
ambiental agradável irá ocorrer no receptor. Porém, a ocorrência desta está
fora do controle do interlocutor

5

2

5

7

4

5

6

8

Advertência. Igual à recomendação, mas o interlocutor espera que as
conseqüências serão vistas como desagradáveis.

1

1

3

2

1

1

1

2

Recompensa. Uma frase do interlocutor com a intenção de criar conseqüências
positivas para o receptor
Punição. O mesmo que recompensa, mas as conseqüências têm a intenção de
serem vistas como negativas pelo receptor
Apelo Normativo Positivo. Uma frase em que o interlocutor indica que o
comportamento no passado, presente ou futuro do receptor estava, está ou
estará em conformidade com as normas sociais

2

1

2

1

2

4

5

1

3

0

1

1

3

2

0

0

0

1

0

1

1

0

0

0

Apelo Normativo Negativo. O contrário do anterior, já que o interlocutor indica
que o comportamento do receptor viola regras sociais.

1

0

1

3

1

1

1

1

Comprometimento. Uma frase em que o interlocutor afirma que suas
propostas no futuro não ficarão acima ou abaixo de um certo nível

8

10

9

15

13

9

13

9

Compartilhamento de informações. Uma frase em que o interlocutor revela
informações sobre si próprio
Questionamento. Uma frase em que o interlocutor pede ao receptor para que
revel informações sobre si próprio
Comando. Uma frase em que o interlocutor sugere ao receptor que se porte de
uma maneira específica

39

36

42

34

36

47

39

38

22

34

14

20

20

11

15

27

14

7

11

8

6

12

9

7

Obs: amostra de 6 negociadores por grupo; China refere-se à região norte do país (Tianjin e arredores). Traduzido de Hodgson, Sano e Graham, 2000
Fonte: International Marketing, 12 ed., Catheora e Graham.
Os Dez Mandamentos para Ocidentais na China
1) “Saiba que você não sabe. Para muitos Ocidentais, este é de longe o desafio mais
difícil. Quaisquer similaridades entre a China e ‘de onde você veio’ são puramente
acidentais. Essa é uma cultura completamente diferente. Não se deixe enganar por
similaridades superficiais ou por pessoas que ‘parecem entender do assunto’. Fontes
de informação confiáveis são o seu recurso mais importante e estratégico.

2) A China é um país socialista – e a chance disso mudar no futuro próximo é zero.
3) ‘Você tem que comparecer se quiser vencer’. Deve-se estar presente fisicamente e
alocar tempo para conversas face a face. Não existe ‘piloto automático’ na China. Se
você acha que é muito ocupado para aprender sobre a China, então você é muito
ocupado para obter sucesso por lá.
4) Se tudo funcionasse perfeitamente na China, então haveria muito menos
oportunidades para Ocidentais por lá. Tente não ficar muito frustrado com as
dificuldades que você vai encontrar.

5) Tempo não é dinheiro por lá. Os homens e mulheres de negócios da China não
acreditam em ‘custo de oportunidade’. Até negociações simples podem se arrastar
por um longo período. Evite ser engolido por ciclos intermináveis de negociações que
não levam a lugar algum.
Os Dez Mandamentos para Ocidentais na China
6)

Verdade, honestidade, boas intenções e benefícios em longo prazo são conceitos que dependem
de cada cultura. Não espere que seus padrões Ocidentais funcionem por lá. Relações ‘GanhaGanha’ não são o procedimento operacional padrão na China. Não se iluda achando que uma
relação em longo prazo com um parceiro chinês signifique muita coisa.

7)

Você não entregaria todo o dinheiro, as patentes ou a marca da sua empresa para uma pessoa
completamente estranha no Brasil, Estados Unidos ou Inglaterra achando que iria dar certo. Não
faça isso na China também. As pessoas que se oferecem para ‘abrir portas’ são as mesmas que
podem lhe deixar trancado do lado de fora. Tome cuidado com pessoas que falam sobre seus
‘amigos poderosos e boas conexões (guanxi)’. Eles podem utilizá-las para lhe ajudar assim como
para lhe causar prejuízo.

8)

Uma cuidadosa análise prévia se torna mais, e não menos importante quando a língua e o modo
de agir são tão diferentes. Não se contente com o parceiro ou negócio ‘menos pior’. Parceiros não
se tornam mais honestos e relações não melhoram posteriormente quando o montante de
dinheiro envolvido aumenta.

9)

A China ainda estará aqui ano que vem, e daqui a cinco anos. Não ceda à pressão para assinar
um contrato ou fechar um negócio somente porque você está com medo de ‘perder o barco’. O
‘barco’ já está aqui há mais de 4 mil anos.

10) Ter um bom senso de humor ajuda. E um Plano B ainda mais”.

Fonte: Andrew Hupert, Chinasolved.com
OBRIGADO

HENRY ULIANO QUARESMA

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  • 2.
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 12. China: Primeira civilização com evidências históricas Grande salto na História Dinastias – Potência Global Shang: 1800 a 1000 A.C. Foi a única dinastia a deixar registros históricos originais de sua trajetória.
  • 13. Confúcio (Kung Fu Tzu): 551 a 479 A. C. Valorizava a ponderação e o respeito às convenções como modo de harmonizar o convívio social. Importante para relações Governo-Povo O Ser Humano é essencialmente bom e a maldade vem da falência dos sistemas sociais. Dinastia Quin (221 A.C.-206 A.C.): Legalismo como contraponto do Confucionismo
  • 14. Invenções: Fundição do Ferro e Bronze (Séc.IV A.C.) Fundição do Aço (Séc. II A.C.) Sismógrafo (Séc. II A.C.) Paraquedas e Balão (Séc. II A.C.) Sistema Decimal ( Séc. XIV A.C.) Álgebra e Geometria (Séc.III) Cerveja(Séc. XII A.C.) Guarda-Chuva e o Fósforo (Séc. IV) Jogo de Xadrez( Séc. VI) Relógio (Séc. VIII)
  • 15. Grande Salto Adiante Mao: Liu Shaoqui, Zhou Enlai e Deng Xiaoping Deng: Modernização (Agricultura, Indústria, Ciência e Tecnologia, Defesa Nacional)
  • 16. A FORÇA DO DRAGÃO Indicadores socioeconômicos da China 2010 (1) Observações População (bilhões de habitantes) (1) 1,31 País mais populoso do mundo. PIB Nominal (US$ trilhões) 5,88 Segundo maior PIB mundial. Crescimento real do PIB (%) 10,3% Maior taxa de crescimento do mundo, mantida nesses níveis há 30 anos. Inflação (preços ao consumidor) 4,6% Mantida sob controle com mão de ferro pelo governo Exportações (US$ trilhões) 1,57 A China é o maior exportador mundial. Importações (US$ trilhões) 1,39 Reservas internacionais (US$ trilhões) 2,87 Dívida Externa Total (US$ bilhões) (2) 428,4 Câmbio (Rmb / US$) (2) 6,62 Segundo maior importador do mundo, atrás dos EUA. As reservas cambiais cresceram 268% em quatro anos. A dívida aumentou somente 32% em quatro anos A taxa de câmbio se aprecia muito lentamente, mantendo a competitividade da indústria chinesa. Fonte: MRE/DPR/DIC - Divisão de Informação Comercial, com base em dados do EIU – Economist Intelligence Unit, Country Report May 2011. (1) Estimativa EIU. (2) 2009 e 2010: estimativa EIU.
  • 17. Sistema Político: Socialista Divisão de Poderes: Poder Executivo Conselho de Estado Presidente (Chefe de Estado): Presidente: Xi Jinping Vice-Presidente: Li Yuanchao Premiê (Chefe de Governo): Premiê: Li Keqiang Banco Popular (Central) da China Governos Regionais: 22 Governos Provinciais (subdivididos em municipalidades) 4 Municipalidades sob administração direta do governo central Beijing (Pequim) | Xangai | Tianjin |Chongqing 5 Regiões Autônomas Xinjiang (Etnia Uyghur) Tibete Mongólia Interior Guangxi (Etnia Zhuang) Ningxia (Etnia Hui) Poder Legislativo Poder Judiciário Regiões Administrativas Especiais (RAEs): Hong Kong e Macau
  • 18. CHINA PUXA OS EMERGENTES Participação no PIB global (US$ correntes) – regiões e China (em %) Região/país Países desenvolvidos 1980 76,4 1990 79,7 2000 79,9 2005 76,2 2010* 66,5 Países em desenvolvimento 23,6 20,3 20,1 23,8 33,5 Ásia 6,2 5,1 7,3 8,9 14,7 China 1,9 1,8 3,7 5,0 9,3 Países em desenvolvimento (exceto China) 21,7 18,5 16,4 18,8 24,2 Fonte: IPEA (Elaboração própria a partir dos dados do International Monetary Fund: World Economic Outlook) Database, Outubro 2010. (*) Estimativa.
  • 19. COMÉRCIO EXTERIOR DA CHINA Ano Exportações (US$ bilhões) % mundial Importações (US$ bilhões) % mundial Anos 80 (média anual) 31 1,4 35 1,6 Anos 90 (média anual) 129 2,9 114 2,6 2000 249 3,9 225 3,4 2005 762 7,3 660 6,1 2009 1.202 9,7 1.004 7,9 2010 1.577,9 10,4 (*) 1.394,8 9 (*) Fonte: FMI/IPEA e USCBC, (*) três primeiros trimestres
  • 20. Produto O APETITE DO DRAGÃO Fonte: China Trade Center, 2010 (tabela extraída de apresentação na Fiesc em 07/2010) Parcela do consumo mundial (%) Carne de porco 51% Cimento 40% Motocicletas Algodão 40% 33% Televisores 32% Minério de ferro 32% Ar condicionado 31% Lavadoras 24% Couro 23% Calçados 23% Bicicletas 22% Cobre 20% Celulares 20% Carne de Frango 20% Geladeiras 16% Petróleo 9%
  • 21. CHINA – TAXA ANUAL DE INFLAÇÃO 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010* 0,4 0,7 -0,8 1,2 3,9 1,8 1,5 4,8 5,9 -0,7 5,0 Fonte: National bureau of statistic of China, CIA Produção de carros de passeio Produção de automóveis: (milhões de unidades) taxa de crescimento 2000 2005 2006 2007 EUA 5,5 4,3 4,3 3,9 EUA 49% Brasil 1,3 2 2 2,3 Brasil 209% China 0,6 3 5,2 6,3 China 2301% Total mundial 41,2 46,8 49,9 53,2 Total 141% Fonte: OICA (Organização Internacional de Construtores de Automóveis) 2000- 2010
  • 22. Vendas no varejo (na China, em trilhões de yuan) 2005 2006 2007 2008 2009* 2010 67,2 76,4 89,2 108,5 125,3 154,5 * 2009 (total acumulado até nov.) Fonte: National Bureau of statistic, China. Setor 1980 1990 2000 2009 Primário 30,2 27,1 15,1 10,3 Secundário 48,2 41,3 45,9 46,3 - Indústria 43,9 36,7 40,4 39,7 - Construção 4,3 4,6 5,6 6,6 21,6 31,6 39,3 43,4 Terciário Fonte: National Bureau of Statistic of China
  • 23. Produção mundial de aço bruto (milhões de toneladas) 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Europa 339,8 333,8 355,1 364,5 342,2 265,5 314,9 EU(27) 202,5 195,6 207,0 209,7 198,0 138,8 172,9 EU (15) 169,1 165,1 173,2 175,2 167,6 117,3 147,2 Estados Unidos 99,7 94,9 98,6 98,1 91,4 58,2 80,6 China 282,9 353,2 419,1 489,3 500,3 573,6 626,7 Japão 112,7 112,5 116,2 120,2 118,7 87,5 109,6 Mundo 1071,5 1144,1 1247.2 1346,1 1327,2 1229,4 1413,6 Fonte: World Steel Association
  • 24. RESERVAS CAMBIAIS (US$ bilhões) 2000 2001 2002 2003 2004 2005 165,6 212,2 286,4 403,3 609,9 818,9 Fonte: State Administration of Foreign Exchange, People's Republic of China. 2006 2007 2008 2009 2010* 1.066,3 1.528,2 1.946,0 2.399,2 2.847,3
  • 25. Principais exportadores de bens manufaturados Principais exportadores de serviços (% do total mundial, 2009) (% do total mundial, 2009) China 10% EUA 14% Alemanha 9% Reino Unido 7% EUA 8% Alemanha 6% Japão 5% França 4% França 4% Japão 4% Países Baixos 4% Espanha 4% Bégica 3% China 4% Coréia do Sul 3% Itália 3% Itália 3% Irlanda 3% Outros 51% Outros 51% Fonte: Cepal
  • 26. Exportações chinesas (2010) Produto US$ bilhões % sobre 2009 Máquinas e equipamentos elétricos 388,8 29,1 Equipamentos para geração de energia 309,8 31,4 Vestuário 121,1 20,5 Ferro e aço 68,1 44,1 Equipamentos óticos e médicos 52,1 34 Móveis 50,6 30,0 Produtos químicos 43,2 34,9 Equipamentos náuticos 40,3 42,1 Veículos 38,4 37,5 Calçados 35,6 27,1 1.577,9 31,3 Total Fonte:USCBC
  • 27. Os parceiros da China (2010) Posição % do total 1 Destino das exportações Estados Unidos % do total 17,9 Origem das importações Japão 2 Hong Kong 13,8 Coréia do Sul 9,9 3 Japão 7,7 Taiwan 8,3 4 Coréia do Sul 4,4 Estados Unidos 7,3 5 Alemanha 4,3 Alemanha 5,4 6 Holanda 3,1 Austrália 4,4 7 Índia 2,6 Malásia 3,6 8 Reino Unido 2,4 Brasil 2,7 9 Singapura 2,0 Tailândia 2,4 10 Itália 1,9 Arábia Saudita 2,3 Fonte: elaboração própria, com dados da PRC General Administration of Customs, China's Customs Statistics 12,7
  • 28. Crescimento comercial da China nas regiões (taxa médias anuais, em %) Exportações Regiões 1990-1995 1995-2000 2000-2005 2005-2009(1) América Latina e Caribe 32.2 17.8 26.8 26.1 Ásia e regiões Pacíficas 26.5 9.3 20.3 11.6 Estados Unidos 36.7 16.1 25.6 10.2 União Européia 26.3 15.0 28.8 14.9 Resto do Mundo 8.6 7.1 26.6 14.3 Mundo 19.1 10.9 25.0 13.4 Importações América Latina e Caribe 14.5 12.7 37.6 22.8 Ásia e regiões do Pacífico 32.4 12.2 23.9 7.1 Estados Unidos 19.7 6.8 16.8 10.2 União Européia 18.2 7.6 18.8 14.4 Resto do Mundo 11.2 13.4 26.8 14.5 Mundo 19.9 11.3 24.0 11.7 Fonte: Cepal (2010)
  • 29. Ano Fonte: Secex/MDIC Participação nas importações brasileiras (%) 1991 0,7 0,6 1992 1,3 0,7 1994 1,9 1,4 1995 2,6 2,1 1996 2,3 2,1 1997 2,0 1,9 1998 1,8 1,8 1999 1,5 1,8 2000 2,0 2,2 2001 Evolução da China no comercio exterior do Brasil Participação nas exportações brasileiras (%) 3,3 2,4 2002 4,2 3,4 2003 6,2 4,4 2004 5,6 5,9 2005 5,8 7,23 2006 6,1 8,7 2007 6,7 10,5 2008 8,3 11,6 2009 13,2 12,5 2010 15,2 14,1
  • 30. Comércio Brasil-China Ano Exportações para a China Importações da China Saldo do Brasil (US$ milhões) US$ milhões Var. (%) US$ milhões Var. (%) 2000 1.085,3 60,5 1.222.1 41,2 -136,8 2001 1.902,1 75,3 1.328,4 8,7 573,7 2002 2.521,0 32,5 1.554,0 16,9 967,0 2003 4.533,3 79,8 2.147,8 38,2 2.385,5 2004 5.441,4 20,0 3.710,5 72,7 1.730,9 2005 6.835,0 25,6 5.354,5 44,3 1.480,5 2006 8.402,4 22,9 7.990,4 49,2 411,9 2007 10.748,8 27,9 12.621,3 57,9 -1.872,4 2008 16.522,6 53,7 20.044,5 58,8 -3.521,8 2009 21.003,9 27,1 15.911,1 -20,6 5.092,7 2010 30.785,9 46,6 25.594,9 60,9 5.191,0 Fonte: Secex/MDIC
  • 31. Participação do Brasil no mercado chinês (Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009) Participação nas importações da China (%) Descrição Taxa de cresc. anual (%) 2003-2009 (3) 2003 2009 Produtos brasileiros (total) 1,4 2,8 15,9 Fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados 28,4 46,4 18,2 Açúcares e produtos de confeitaria 0,2 13,7 14,1 Sementes e frutos oleaginosos, grãos, etc. 29,7 35,00 24,4 Pastas de madeira ou matérias fibrosas celulósicas, etc. 7,3 12,2 18,2 Peles, exceto a peleteria (peles com pêlo), e couros 4,7 8,4 2,9 Aeronaves e outros aparelhos aéreos, etc. e suas partes 0,1 3,6 15,7 Carnes e miudezas, comestíveis 1,1 2,7 14,4 Alumínio e suas obras 0,3 1,9 16,9 Combustíveis minerais, óleos minerais, etc.cêras minerais Cobre e suas obras 0,07 1,3 27,0 0,2 1,4 26,6 CONTINUA >
  • 32. Participação do Brasil no mercado chinês (Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009) Participação nas importações da China (%) Descrição Taxa de cresc. anual (%) 2003-2009 (3) 2003 2009 Ferro fundido, ferro e aço 3,4 4,3 3,8 Algodão 0,26 1,2 4,9 Plásticos e suas obras 0,36 0,7 14,9 Minérios, escórias e cinzas 19,1 19,2 45,7 Borracha e suas obras 0,38 0,35 18,7 Máquinas, aparelhos e material elétricos, suas partes, etc Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, etc., mecânicos 0,07 0,03 15,2 0,24 0,13 9,6 Produtos químicos orgânicos 0,46 0,32 14,5 Produtos químicos inorgânicos, etc. 0,62 0,31 14,8 Papel e cartão, obras de pasta de celulose, de papel, etc. 1,6 0,82 -2,0 Madeira, carvão vegetal e obras de madeira 2,5 0,99 7,7 CONTINUA >
  • 33. Participação do Brasil no mercado chinês (Principais capítulos exportados, ordenados segundo diferença em pontos percentuais entre 2003-2009) Participação nas importações da China (%) Descrição Taxa de cresc. anual (%) 2003-2009 (3) 2003 2009 Sal, enxofre, terras e pedras, gesso, cal e cimento 6,6 4,7 13,4 Veículos automoveis, tratores, etc. suas partes/acessórios Níquel e suas obras 1,9 0,07 15,6 4,2 0,81 33,0 Gorduras, óleos e cêras animais ou vegetais, etc. 9,1 5,3 17,6 Preparações de produtos hortícolas, de frutas, etc. 29,3 21,4 16,3 Fonte: Elaborado a partir das informações do World Trade Atlas/WTA (observatório Brasil -China, março 2011). Notas: (1) - A variação em pontos percentuais da participação de mercado é obtida a partir da diferença entre: Part. Mercado 2009 - Part. Mercado 2003; (2) - Participação considerando os valores de importação da China do mundo e do Brasil acumulado nos últimos 12 meses; (3) - Taxa média anual obtida a partir da aplicação da média geométrica na taxa de variação 2003-2009.
  • 34. Produtos brasileiros exportados (para a China e para o mundo, e participação da China no total das exportações) Produtos (Descrição NCM) Exportações em 2009 (US$ milhões FOB) Para a China Total BR Exportações em 1999 % China 2009 (US$ milhões FOB) Para a China Total BR % China 1999 Minérios de ferro não aglomerados e seus concentrados 6.354,1 10.582,2 60,0 165,1 1.726,0 9,6 Outros grãos de soja, mesmo triturados 6.342,9 11.413,0 55,6 111,3 1.569,9 7,1 Óleos brutos de petróleo Pasta química madeira de n/conif. a soda/sulfato, semi/branq. 1.338,3 9.350,9 14,3 0 1.525,1 0 891,9 3.073,1 29,0 52.648,6 1.178,2 4,5 Minérios de ferro aglomerados e seus concentrados 656,6 2.664,7 24,6 76,1 1.020,0 7,4 Óleo de soja, em bruto, mesmo degomado 399,0 1.040,9 38,3 45,4 564,2 8,0 367,7 2.386,4 15,4 33,0 629,6 5,2 348,6 3.107,9 11,2 0 114,6 0 346,4 1.060,2 32,6 8,8 234,0 3,7 342,0 1.089,6 31,4 0 321,9 0 Catodos de cobre refinado/seus elementos, em forma bruta. 280,4 417,7 67,1 0 30,8 0 Pasta química de madeira, para dissolução 204,9 235,7 86,9 0 50,4 0 Produtos semimanuf. ferro/aço, c<0.25%, séc.transv.ret 200,0 1.186,5 16,8 0 805,0 0 Polipropileno sem carga, em forma primaria. 137,3 318,5 43,1 1,36 47,5 2,9 Minérios de manganês 121,2 182,3 66,5 4,94 19,0 26,0 Fumo n/ manufaturado total parc. destal. fls. secas, etc.Virginia Outros aviões/veículos aéreos, peso. 15000 kg, vazios Ferroniobio Ferro fundido bruto não ligado, c/peso<=0.5% de fósforo Fonte: Elaboração própria, com dados do MDIC/SECEX
  • 35. Possíveis Cenários para a Economia Chinesa até 2020 Diferenças Trabalhadores saindo da agricultura em direção a outros setores: Incremento na utilização de insumos intermediários e de alta tecnologia: Base Pessimista Otimista 1,21% ao ano 0,91% ao ano 1,36% ao ano Aumenta, elevando a participação de produtos de maior valor agregado. Até 2010 é 1% maior e após 2010 é 0,5% maior que a do Cenário Base Mantém-se nos níveis atuais Diminui Entre 2,0 e 2,5%, os mesmos níveis médios dos últimos 25 anos Menor que nos últimos 25 anos (entre 1,5 e 2,0%) Outras diferenças: N/A Taxa de poupança da A eficiência na utilização de população é menor e a de energia é entre 0,2 e 0,5% gastos do governo maior que maior que no Cenário Base no Cenário Base Projeções 2006 - 2020 Crescimento médio Base Pessimista Otimista 8,1% 7,1% 8,6% Fontes de crescimento Força de Trabalho: 0,2% Capital: 5,9% Força de Trabalho: 0,2% Capital: 5,3% Força de Trabalho: 0,2% Capital: 5,9% do PIB Produtividade Total: 2% Produt. Total: 1,5% Produt. Total: 2,5% Participação média do acúmulo de capital no total do PIB 72,6% 75,3% 68,8% Produtividade total dos fatores de produção: do PIB Fonte: HE, LI, POLASKI, 2007
  • 36. Competitividade dos BRICs País Posição no ranking geral (2010-2011) Score (de 0 a 7) China 27 4,84 Índia 51 4,33 Brasil 58 4,28 Rússia 63 4,24 Fonte: WEF, 2011
  • 37. Desempenho da China - competitividade Posição no ranking global a) Itens Básicos 49 4,37 50 4,44 4 6,11 37 6,16 30 Instituições Infraestrutura Macroeconomia Saúde e educação primária Conjunto de “itens básicos” 5,27 Posição no ranking global b) Promotores de eficiência Sofisticação dos negócios Inovação Conjunto de “sofisticação e inovação” Fonte: WEF, 2011 Score 60 4,24 43 4,40 38 4,70 57 4,28 78 3,44 2 6,71 29 Ensino médio e treinamento Eficiência do mercado de bens Eficiência do mercado de trabalho Desenvolvimento do mercado financeiro Preparo tecnológico Tamanho do mercado Conjunto de “promotores da eficiência” 4,63 Posição c) Sofisticação e inovação Score Score 41 4,34 26 3,92 31 4,13
  • 38. Vivendo para o trabalho Proposição % dos trabalhadores chineses urbanos que concordam Eu sei o que é esperado de mim no trabalho 34 Eu tenho os materiais e equipamentos para fazer meu trabalho corretamente 32 No trabalho, eu tenho diariamente a oportunidade de fazer o que faço melhor 26 Nos últimos 7 dias eu recebi reconhecimento por fazer um bom trabalho 12 Meu supervisor ou alguém no trabalho parece se importar comigo como pessoa 26 Alguém no trabalho encoraja o meu desenvolvimento 23 No trabalho, minhas visões parecem valer 20 A missão ou propósito da minha empresa faz meu trabalho importante 30 Meus colegas estão comprometidos em fazer um trabalho de qualidade 27 Eu tenho um melhor amigo no trabalho 43 Nos últimos seis meses alguém no trabalho falou comigo sobre o meu progresso 19 No último ano eu tive oportunidade no trabalho de aprender e crescer 23 Fonte: Gallup Poll
  • 39. Os fatores mais problemáticos para os negócios a) Brasil Regulamento fiscal Impostos Suprimento inadequado de infrastrutura Normas trabalhistas restritivas Burocracia governamental ineficiente Corrupção Acesso a financiamento Força de trabalho inadequada Crimes e roubos Regulamento sobre moeda estrangeira Instabilidade política Sistema de Saúde pública ineficiente Inflação Falta de ética na força de trabalho nacional Instabilidade governamental b) China 19,3 17,7 13,8 Acesso a financiamento 13,2 Instabilidade política 10,1 12,9 11,3 Burocracia governamental ineficiente Corrupção 9,5 9,0 1,7 0,8 9,0 Regulamento fiscal 8,4 Suprimento inadequado de infrastrutura 8,0 Força de trabalho inadequada 7,4 Impostos 7,1 Falta de ética na força de trabalho 6,9 5,6 5,1 2,2 1,7 Inflação 5,7 Normas trabalhistas restritivas 3,9 Regulamento sobre moeda estrangeira 0,5 0,5 Instabilidade governamental 0,2 Crimes e roubos Sistema de Saúde pública ineficiente 3,9 2,0 1,8 1,1
  • 40. Análise SWOT O Fator China As conclusões da análise SWOT adaptada são as seguintes:
  • 41. S - Pontos fortes em comparação com o Brasil › › › › › › › › Mão-de-obra mais barata Melhores incentivos às empresas exportadoras Alta taxa de poupança Câmbio depreciado Taxas de juros muito menores que as brasileiras Menores encargos tributários e trabalhistas Maior taxa de investimento em relação ao total do PIB Maior investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento › Melhor distribuição de renda que a brasileira (apesar de má distribuída, se comparada com a de países desenvolvidos); › Dirigismo estatal com metas bem definidas para o curto e longo prazo.
  • 42. Pontos fortes da China: › Escala dos mercados internos › Taxas de poupança e de investimento muito altas › Excelente acesso ao conhecimento global, por meio de investimento direto estrangeiro e da diáspora chinesa › Base da manufatura mundial › Oferta muito grande de excedente de mão de obra, propiciando vantagem de baixos salários › Ascensão rápida na cadeia de valor, passando de exportações de mão de obra intensivas a um maior conteúdo tecnológico › Logística de exportação eficiente › Massa crítica em P&D sendo reorganizada para aumentar competitividade › Fortes investimentos em educação e treinamento › Governo voltado a atingir os objetivos nacionais
  • 43. Lições da China para o Brasil › Integração à economia mundial como motor do crescimento › Acumulação de capital humano como passo fundamental para a transição › Importância do Estado para: desenvolvimento de uma estratégia de longo prazo para o país; manutenção de quadro macroeconômico estável; transição para a economia de mercado em bases realistas; provisão de meios institucionais para o crescimento.
  • 44. W - Pontos Fracos em comparação com o Brasil › › › › › › › › › › › › › › › › Economia ainda muito dependente do setor estatal Falta de mão-de-obra nas principais cidades industriais Acesso cada vez mais difícil a matérias-primas Descaso ambiental Descaso com direitos trabalhistas Baixa produtividade e menor qualificação dos trabalhadores Falta de mão-de-obra qualificada em setores de alta tecnologia, gestão e outros Maior intervenção do governo na economia, sendo a maioria das estatais ineficientes e deficitárias, necessitando de subsídios governamentais Menor segurança jurídica e respeito a patentes e marcas Má imagem ainda associada aos produtos “made in china” no exterior; Pouca produção própria de tecnologia Baixo índice de nacionalização Mercado de massa crescente, mas imaturo; Cadeias de suprimento ineficientes; Pressão demográfica (risco de instabilidade social caso o país não consiga manter os níveis elevados de crescimento e aumento da renda); Burocracia e corrupção governamentais iguais ou piores que as brasileiras.
  • 45. O - Oportunidades para o Brasil › › › › › O ingresso da China na OMC, em 2001, criou um ambiente jurídico mais favorável para que contratos sejam cumpridos no país, tornando o comércio Brasil-China gradativamente mais previsível e seguro. Como um dos grandes fornecedores mundiais de matéria-prima, alimentos e insumos, o Brasil deve visualizar a China como parceiro de suma importância em sua atual matriz de exportações, que é dependente de tais produtos, ao menos para o curto e médio prazos. As empresas chinesas estão buscando a internacionalização através do apoio direto do governo central chinês, o que pode gerar ainda investimentos diretos e indiretos no Brasil, principalmente na área de energia limpa, como energia solar e eólica, que o Brasil está com escassez de investidores. Também há interesse em investir na produção de alimentos, na mineração e na infraestrutura. Em 2010 a China foi o país que mais realizou investimentos no Brasil: US$ 17,2 bilhões, segundo o Banco Central. O mercado consumidor chinês, apesar de muito distinto de outros mercados e ainda em formação, apresenta o maior potencial de crescimento da atualidade. Nesse contexto, abre-se uma vasta gama de oportunidades para as empresas brasileiras que desejam exportar para o país ou até mesmo criarem operações de produção na China, aproveitando seu mercado e abrindo portas para o resto do mercado asiático. Empresas como a Embraer e as catarinenses Weg e Embraco já possuem investimentos produtivos na China, obtendo parcela significativa do mercado e utilizando os acordos bilaterais do país com seus vizinhos para ingressarem com seus produtos com tarifas muito menores do que se o fizessem diretamente do Brasil. O mercado de consumo ainda é imaturo e está no processo de estabelecimento de marcas. Empresas brasileiras que têm dificuldade em concorrer com marcas bem conceituadas e estabelecidas nos países mais desenvolvidos poderão desenvolver mercado na China por meio de investimentos em marketing para a formação de imagem positiva de seus produtos. Isso ajudaria inclusive na criação de uma marca global. Como diz o ditado, “quem consegue ter sucesso na China, terá sucesso em qualquer lugar do mundo”.
  • 46. O - Oportunidades para o Brasil › › › › Acostumadas a problemas de infraestrutura e de falta de maturidade do mercado tão desafiadores quanto os que ocorrem na China, as empresas brasileiras já possuem estratégias para lidar com tais desafios no Brasil. Essas estratégias podem ser implementadas (com algumas adequações) nas operações na China. Logo, o problema pode na verdade ser uma vantagem competitiva em relação às concorrentes de países desenvolvidos, onde os mercados funcionam de maneira mais otimizada. Outra oportunidade para as empresas brasileiras, superiores em tecnologia e processos de produção em relação à maioria das chinesas, é exportar conhecimento, como já fazem diversas multinacionais de países desenvolvidos; Para os consumidores brasileiros, os produtos chineses que invadem as lojas do país podem ser considerados uma oportunidade, pois somente as empresas nacionais que investirem em qualidade, preço e diferenciação conseguirão competir com os produtos made in China. Produtos tão baratos também aumentam o acesso a bens de consumo nas classes mais baixas, além de diminuírem a pressão inflacionária, segurando os preços dos produtos nacionais. Uma inflação moderada é fundamental para a diminuição da taxa de juros, uma das grandes fraquezas do Brasil se comparado à China. Logo, as importações podem baratear o financiamento produtivo da própria indústria nacional – setor mais descontente com a escalada de importações chinesas – pois barateia seus custos de produção. Em muitos setores as empresas ineficientes serão prejudicadas, o que não é de todo o mal e já ocorreu após a abertura econômica brasileira do início dos anos 90. Já as empresas competitivas, além de vencerem a disputa com as concorrentes chinesas, podem extrair lições e ficar ainda mais fortes e melhor preparadas na disputa pelo competitivo mercado global. Do ponto de vista geopolítico, um bom relacionamento com a China (leia-se uma maior importância do país na política externa e balança comercial brasileira, em detrimento de países desenvolvidos) poderá pressionar atores como Estados Unidos e União Européia a ceder às reivindicações brasileiras em foros de negociação internacional, como a OMC, em troca de acesso a um mercado nacional cada vez mais assediado pelas empresas chinesas.
  • 47. T – Ameaças (Para o Brasil): O superávit comercial com a China vem declinando, e provavelmente será substituído por crescentes déficits na balança comercial brasileira nos próximos anos. A situação se agravará caso a moeda brasileira continue a sua valorização e a chinesa permaneça artificialmente desvalorizada por meio do controle cambial de seu governo. Os investimentos muito superiores em educação, pesquisa e desenvolvimento da China farão com que os trabalhadores chineses em breve, além de ganharem muito menos, alcancem os brasileiros em qualificação e produtividade, tornando a indústria brasileira ainda menos competitiva se comparada à chinesa. Produtos chineses que até então eram vistos como de baixa qualidade estão dando saltos qualitativos, principalmente pela entrada de novas tecnologias de produção introduzidas por multinacionais com operações na China.
  • 48. T – Ameaças (Para o Brasil): “(...) a antiga história que permite que a expressão made in China seja sinônimo de mercadoria inferior passa por uma reviravolta. ‘Acontece com a China o mesmo filme que vimos com o Japão na década de 1960, só que em velocidade mais acelerada. Os japoneses começaram vendendo radinhos de pilha e hoje são exportadores de tecnologia de ponta’, explica o consultor Eugênio Foganholo” (A Notícia, 04/03/2007). No âmbito geopolítico, a ameaça diz respeito a uma possível perda de influência regional e internacional do Brasil, dificultando uma maior integração econômica no Mercosul, por exemplo. Muitos investimentos estrangeiros, tão necessários para o desenvolvimento do setor produtivo brasileiro, trocaram nosso país pela China devido às melhores condições de custeio da produção e acesso aos mercados com os quais a China vêm conseguindo integração comercial. Enquanto o dragão esconde as garras e alcança excelentes resultados diplomáticos através de seu “poder suave”, a diplomacia brasileira faz demagogia no já debilitado Mercosul e em foros multilaterais de negociação internacional, o que angaria alguns aplausos mas nenhum resultado prático ou econômico para o país. A ameaça principal, que embute todos os fatores anteriormente citados, é a perda de competitividade e participação das empresas brasileiras no mercado interno e internacional. Dentre outras conseqüências, nossa economia e exportações se tornariam ainda mais focadas em produtos primários e de baixo valor agregado, gerando a desindustrialização, perda de postos de trabalho qualificados, concentração de renda e níveis ainda menores de desenvolvimento econômico.
  • 49. SWOT Empresas no Mercado Chinês Segundo o sítio ChinaSolved.com, especializado em gestão empresarial na China e criado por Andrew Hupert, experiente consultor em treinamento de vendas que atua em Xangai, algumas questões da realidade chinesa são fundamentais em qualquer análise SWOT de empresas que queiram estar presentes no mercado chinês:
  • 50. S-W - Pontos Fortes e Fracos Apesar de ser um assunto interno e que difere em cada organização, a análise SWOT de qualquer empresa no mercado chinês deve necessariamente conter (como seus pontos fortes ou fracos): › › › › › Recursos Humanos Vendas Marca Qualidade Potencial de Crescimento
  • 51. O-T Oportunidades e Ameaças Como são fatores externos, ou seja, fora do controle das empresas, eles incidem sobre todas de maneira mais uniforme e similar. Segundo Hupert, cinco fatores nunca devem ficar de fora, sejam oportunidades ou ameaças para a empresa, na análise SWOT: › › › › › Legislação Competição Economia Mercado e Tendências Tecnologia
  • 52. Os 4 motores do crescimento chinês Fonte: Adaptado de china-bay.org
  • 53. Diferenças entre negociadores brasileiros e chineses Comportamento negocial e suas definições Brasil Promessa. Uma frase em o interlocutor oferece ao receptor uma conseqüência 3 que ele(a) antecipa que o receptor a receberá como positiva China 6 Taiwan 9 Japão 7 EUA 8 Alemanha 7 Inglaterra México 11 7 Ameaça. Ao contrário da promessa, espera que as conseqüências sejam vistas como desagradáveis, nocivas ou punitivas 2 1 2 4 4 3 3 1 Recomendação. Frase em que o interlocutor prevê que uma conseqüência ambiental agradável irá ocorrer no receptor. Porém, a ocorrência desta está fora do controle do interlocutor 5 2 5 7 4 5 6 8 Advertência. Igual à recomendação, mas o interlocutor espera que as conseqüências serão vistas como desagradáveis. 1 1 3 2 1 1 1 2 Recompensa. Uma frase do interlocutor com a intenção de criar conseqüências positivas para o receptor Punição. O mesmo que recompensa, mas as conseqüências têm a intenção de serem vistas como negativas pelo receptor Apelo Normativo Positivo. Uma frase em que o interlocutor indica que o comportamento no passado, presente ou futuro do receptor estava, está ou estará em conformidade com as normas sociais 2 1 2 1 2 4 5 1 3 0 1 1 3 2 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 Apelo Normativo Negativo. O contrário do anterior, já que o interlocutor indica que o comportamento do receptor viola regras sociais. 1 0 1 3 1 1 1 1 Comprometimento. Uma frase em que o interlocutor afirma que suas propostas no futuro não ficarão acima ou abaixo de um certo nível 8 10 9 15 13 9 13 9 Compartilhamento de informações. Uma frase em que o interlocutor revela informações sobre si próprio Questionamento. Uma frase em que o interlocutor pede ao receptor para que revel informações sobre si próprio Comando. Uma frase em que o interlocutor sugere ao receptor que se porte de uma maneira específica 39 36 42 34 36 47 39 38 22 34 14 20 20 11 15 27 14 7 11 8 6 12 9 7 Obs: amostra de 6 negociadores por grupo; China refere-se à região norte do país (Tianjin e arredores). Traduzido de Hodgson, Sano e Graham, 2000 Fonte: International Marketing, 12 ed., Catheora e Graham.
  • 54. Os Dez Mandamentos para Ocidentais na China 1) “Saiba que você não sabe. Para muitos Ocidentais, este é de longe o desafio mais difícil. Quaisquer similaridades entre a China e ‘de onde você veio’ são puramente acidentais. Essa é uma cultura completamente diferente. Não se deixe enganar por similaridades superficiais ou por pessoas que ‘parecem entender do assunto’. Fontes de informação confiáveis são o seu recurso mais importante e estratégico. 2) A China é um país socialista – e a chance disso mudar no futuro próximo é zero. 3) ‘Você tem que comparecer se quiser vencer’. Deve-se estar presente fisicamente e alocar tempo para conversas face a face. Não existe ‘piloto automático’ na China. Se você acha que é muito ocupado para aprender sobre a China, então você é muito ocupado para obter sucesso por lá. 4) Se tudo funcionasse perfeitamente na China, então haveria muito menos oportunidades para Ocidentais por lá. Tente não ficar muito frustrado com as dificuldades que você vai encontrar. 5) Tempo não é dinheiro por lá. Os homens e mulheres de negócios da China não acreditam em ‘custo de oportunidade’. Até negociações simples podem se arrastar por um longo período. Evite ser engolido por ciclos intermináveis de negociações que não levam a lugar algum.
  • 55. Os Dez Mandamentos para Ocidentais na China 6) Verdade, honestidade, boas intenções e benefícios em longo prazo são conceitos que dependem de cada cultura. Não espere que seus padrões Ocidentais funcionem por lá. Relações ‘GanhaGanha’ não são o procedimento operacional padrão na China. Não se iluda achando que uma relação em longo prazo com um parceiro chinês signifique muita coisa. 7) Você não entregaria todo o dinheiro, as patentes ou a marca da sua empresa para uma pessoa completamente estranha no Brasil, Estados Unidos ou Inglaterra achando que iria dar certo. Não faça isso na China também. As pessoas que se oferecem para ‘abrir portas’ são as mesmas que podem lhe deixar trancado do lado de fora. Tome cuidado com pessoas que falam sobre seus ‘amigos poderosos e boas conexões (guanxi)’. Eles podem utilizá-las para lhe ajudar assim como para lhe causar prejuízo. 8) Uma cuidadosa análise prévia se torna mais, e não menos importante quando a língua e o modo de agir são tão diferentes. Não se contente com o parceiro ou negócio ‘menos pior’. Parceiros não se tornam mais honestos e relações não melhoram posteriormente quando o montante de dinheiro envolvido aumenta. 9) A China ainda estará aqui ano que vem, e daqui a cinco anos. Não ceda à pressão para assinar um contrato ou fechar um negócio somente porque você está com medo de ‘perder o barco’. O ‘barco’ já está aqui há mais de 4 mil anos. 10) Ter um bom senso de humor ajuda. E um Plano B ainda mais”. Fonte: Andrew Hupert, Chinasolved.com