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O Egito Antigo


   Economia:
Localização:
• A economia egípcia era baseada
  principalmente na agricultura que era
  realizada, principalmente, nas margens férteis
  do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o
  comércio de mercadorias e o artesanato. Os
  trabalhadores rurais eram constantemente
  convocados pelo faraó para prestarem algum
  tipo de trabalho em obras públicas (canais de
  irrigação, pirâmides, templos, diques).
• Com o tempo, a produção agrícola tornou-se
  variada, sendo cultivados algodão, linho
  (utilizados na fabricação de roupas), trigo,
  cevada, gergelim, legumes, frutas e,
  principalmente, oliveiras. Às margens do rio
  os camponeses faziam pomares e hortas,
  produzindo favas, lentilhas, grão–de–bico e
  pepinos. Cultivavam ainda uva, utilizada na
  fabricação do vinho.
Lentilhas:
Grão de Bico:
Gergelim:
Trigo:
Cevada:
Fava:
• Perto de suas casas, eles criavam porcos e
  carneiros. O trabalho no campo era realizado
  com o auxílio de um arado de madeira puxado
  por bois.
• Os camponeses que moravam nos pântanos e
  nos lagos costeiros, organizados em equipes,
  criavam em tanques numerosas variedades de
  peixes. O peixe, seco e conservado, era
  consumido muitas vezes com pão e cerveja, e
  constituía parte importante da alimentação
  dos egípcios. Contando com um intenso
  artesanato, o comércio também foi outra
  importante atividade econômica no Egito
  Antigo.
O Papiro:
• No Egito Antigo, o papiro era encontrado nas
  margens do rio Nilo. Foi muito utilizado pelos
  egípcios para diversos propósitos. As folhas eram
  sobrepostas e trabalhadas para serem
  transformadas numa espécie de papel, conhecido
  pelo mesmo nome da planta. Este papel (papiro)
  era utilizado pelos escribas egípcios para
  escreverem textos e registrarem as contas do
  império. Vários rolos de papiro, contando a vida
  dos faraós, foram encontrados pelos arqueólogos
  nas pirâmides egípcias.
• O papiro tinha outras funções no Egito Antigo.
  Os artesãos utilizavam a planta para a
  fabricação de cestos, redes e até mesmo
  pequenas embarcações (através da formação
  de feixes). Era também utilizado como
  alimento pelas pessoas mais pobres e também
  para alimentar o gado.
Barco de papiro:
• O papel dos egípcios era preparado da seguinte
  maneira: o caule da planta era cortado em
  pedaços de tamanho variável de até 48
  centímetros. Neles eram feitas incisões para
  retirar a casca verde e permitir a separação das
  películas, em quantidade variável entre 10 e 12.
  Essas lâminas finíssimas, manuseadas com
  cuidado para não se romperem, eram estendidas
  em uma tábua inclinada sobre as águas, com a
  finalidade de serem molhadas constantemente.
Fabricação do Papiro:
• Sobre uma primeira camada de tiras, dispostas
  na horizontal, era colocada uma segunda camada
  de tiras, dispostas no sentido perpendicular. A
  própria água do Nilo, ao molhar as películas,
  aliada ao fato de que o material era martelado,
  ativava a goma natural da planta que, então, unia
  as tiras. As duas camadas de papiro depois de
  comprimidas, batidas e polidas com pedra pome,
  atingiam a maciez necessária para receber a
  escrita. Ainda que tênues e delicadas, as
  películas, unidas entre si e sobrepostas,
  ofereciam bastante resistência.
• A face melhor do material era aquela que tinha
  as fibras na direção horizontal. As folhas prontas,
  que nunca excediam cerca de 48 centímetros de
  comprimento por, aproximadamente, 43
  centímetros de largura, eram coladas umas às
  outras para formar longas tiras que eram
  enroladas com a face de fibras horizontais
  voltadas para dentro. Uma vareta de madeira ou
  marfim era presa em cada extremidade do rolo
  de papiro, formando um volume.
• O papiro mais largo encontrado até hoje pelos
  arqueólogos é um Livro dos Mortos,
  conhecido como Papiro Greenfield, e mede
  49,5 centímetros de largura. O mais extenso,
  o assim chamado Grande Papiro Harris, mede
  41 metros de comprimento. O papiro em rolo
  era um dos principais produtos de exportação
  do Egito antigo e foi, sem sombra de dúvida,
  um dos maiores legados da época faraônica à
  civilização.
A medicina egípcia:
• Não se pode falar em ciência no Antigo Egito (e
  em geral na Antiguidade) tendo como referência
  o conceito atual. O conhecimento entre os
  antigos Egípcios estava associado aos escribas, às
  classes sacerdotais e aos templos. Numa parte
  dos templos encontravam-se as "Casas de Vida"
  (Per Ankh), nome dado a uma área do templo
  que funcionava como biblioteca e arquivo, onde
  também se ministravam conhecimentos e se
  copiavam os textos de caráter médico,
  astronômico e matemático.
• A medicina foi a disciplina que mais se
  desenvolveu entre os egípcios, sendo famosa
  na Antiguidade, em particular entre os
  Gregos. classe médica dividia-se entre
  médicos do povo e médicos reais; alguns
  médicos trabalhavam como clínicos gerais,
  enquanto que outros eram especialistas em
  determinada área.
• Eram desenvolvidas diversas atividades de
  tipo cirúrgico, tais como a circuncisão
  (obrigatória por motivos higiénicos), a
  castração, a cesariana e, muito
  provavelmente, a excisão de cataratas
  oculares e próteses dentárias.
• Os remédios eram compostos por vários
  elementos, na maioria oriundos do reino
  vegetal, mas recorria-se também a elementos
  que do ponto de vista contemporâneo
  parecem estranhos, como os excrementos dos
  animais, o sangue de lagarto, dente de porco
  ou pó de natrão. Eram aplicados sob a forma
  de poção, pílula ou em cataplasma.
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O egito antigo economia

  • 1. O Egito Antigo Economia:
  • 3.
  • 4.
  • 5.
  • 6. • A economia egípcia era baseada principalmente na agricultura que era realizada, principalmente, nas margens férteis do rio Nilo. Os egípcios também praticavam o comércio de mercadorias e o artesanato. Os trabalhadores rurais eram constantemente convocados pelo faraó para prestarem algum tipo de trabalho em obras públicas (canais de irrigação, pirâmides, templos, diques).
  • 7.
  • 8.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. • Com o tempo, a produção agrícola tornou-se variada, sendo cultivados algodão, linho (utilizados na fabricação de roupas), trigo, cevada, gergelim, legumes, frutas e, principalmente, oliveiras. Às margens do rio os camponeses faziam pomares e hortas, produzindo favas, lentilhas, grão–de–bico e pepinos. Cultivavam ainda uva, utilizada na fabricação do vinho.
  • 19. Fava:
  • 20. • Perto de suas casas, eles criavam porcos e carneiros. O trabalho no campo era realizado com o auxílio de um arado de madeira puxado por bois.
  • 21.
  • 22. • Os camponeses que moravam nos pântanos e nos lagos costeiros, organizados em equipes, criavam em tanques numerosas variedades de peixes. O peixe, seco e conservado, era consumido muitas vezes com pão e cerveja, e constituía parte importante da alimentação dos egípcios. Contando com um intenso artesanato, o comércio também foi outra importante atividade econômica no Egito Antigo.
  • 23. O Papiro: • No Egito Antigo, o papiro era encontrado nas margens do rio Nilo. Foi muito utilizado pelos egípcios para diversos propósitos. As folhas eram sobrepostas e trabalhadas para serem transformadas numa espécie de papel, conhecido pelo mesmo nome da planta. Este papel (papiro) era utilizado pelos escribas egípcios para escreverem textos e registrarem as contas do império. Vários rolos de papiro, contando a vida dos faraós, foram encontrados pelos arqueólogos nas pirâmides egípcias.
  • 24.
  • 25.
  • 26. • O papiro tinha outras funções no Egito Antigo. Os artesãos utilizavam a planta para a fabricação de cestos, redes e até mesmo pequenas embarcações (através da formação de feixes). Era também utilizado como alimento pelas pessoas mais pobres e também para alimentar o gado.
  • 27.
  • 29. • O papel dos egípcios era preparado da seguinte maneira: o caule da planta era cortado em pedaços de tamanho variável de até 48 centímetros. Neles eram feitas incisões para retirar a casca verde e permitir a separação das películas, em quantidade variável entre 10 e 12. Essas lâminas finíssimas, manuseadas com cuidado para não se romperem, eram estendidas em uma tábua inclinada sobre as águas, com a finalidade de serem molhadas constantemente.
  • 31. • Sobre uma primeira camada de tiras, dispostas na horizontal, era colocada uma segunda camada de tiras, dispostas no sentido perpendicular. A própria água do Nilo, ao molhar as películas, aliada ao fato de que o material era martelado, ativava a goma natural da planta que, então, unia as tiras. As duas camadas de papiro depois de comprimidas, batidas e polidas com pedra pome, atingiam a maciez necessária para receber a escrita. Ainda que tênues e delicadas, as películas, unidas entre si e sobrepostas, ofereciam bastante resistência.
  • 32.
  • 33. • A face melhor do material era aquela que tinha as fibras na direção horizontal. As folhas prontas, que nunca excediam cerca de 48 centímetros de comprimento por, aproximadamente, 43 centímetros de largura, eram coladas umas às outras para formar longas tiras que eram enroladas com a face de fibras horizontais voltadas para dentro. Uma vareta de madeira ou marfim era presa em cada extremidade do rolo de papiro, formando um volume.
  • 34.
  • 35. • O papiro mais largo encontrado até hoje pelos arqueólogos é um Livro dos Mortos, conhecido como Papiro Greenfield, e mede 49,5 centímetros de largura. O mais extenso, o assim chamado Grande Papiro Harris, mede 41 metros de comprimento. O papiro em rolo era um dos principais produtos de exportação do Egito antigo e foi, sem sombra de dúvida, um dos maiores legados da época faraônica à civilização.
  • 36.
  • 37.
  • 38. A medicina egípcia: • Não se pode falar em ciência no Antigo Egito (e em geral na Antiguidade) tendo como referência o conceito atual. O conhecimento entre os antigos Egípcios estava associado aos escribas, às classes sacerdotais e aos templos. Numa parte dos templos encontravam-se as "Casas de Vida" (Per Ankh), nome dado a uma área do templo que funcionava como biblioteca e arquivo, onde também se ministravam conhecimentos e se copiavam os textos de caráter médico, astronômico e matemático.
  • 39. • A medicina foi a disciplina que mais se desenvolveu entre os egípcios, sendo famosa na Antiguidade, em particular entre os Gregos. classe médica dividia-se entre médicos do povo e médicos reais; alguns médicos trabalhavam como clínicos gerais, enquanto que outros eram especialistas em determinada área.
  • 40.
  • 41. • Eram desenvolvidas diversas atividades de tipo cirúrgico, tais como a circuncisão (obrigatória por motivos higiénicos), a castração, a cesariana e, muito provavelmente, a excisão de cataratas oculares e próteses dentárias.
  • 42.
  • 43.
  • 44. • Os remédios eram compostos por vários elementos, na maioria oriundos do reino vegetal, mas recorria-se também a elementos que do ponto de vista contemporâneo parecem estranhos, como os excrementos dos animais, o sangue de lagarto, dente de porco ou pó de natrão. Eram aplicados sob a forma de poção, pílula ou em cataplasma.