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O Controlo das Estruturas de
Treino
Luís Daniel Pinho
Porto, 2007
Construção de uma aplicação informática em
EXCEL para descrever, analisar e monitorizar a
dinâmica das Estruturas de Treino de Jovens
Basquetebolistas
O Controlo das Estruturas de
Treino
Porto, 2007
Construção de uma aplicação informática em
EXCEL para descrever, analisar e monitorizar a
dinâmica das Estruturas de Treino de Jovens
Basquetebolistas
Monografia realizada no âmbito da disciplina de
Seminário do 5º ano da licenciatura em Desporto e
Educação Física, na Área de Desporto de
Rendimento – Basquetebol, da Faculdade de
Desporto da Universidade do Porto
Orientador: Mestre Dimas Pinto
Luís Daniel Pinho
II
Agradecimentos
Este trabalho é o culminar de um percurso académico e de vida, que não
seria possível realizar sem o apoio altruísta de uma série de pessoas que
directamente ou indirectamente sempre estiveram presentes nos momentos em
que mais precisei de incentivo. A todos eles o meu mais sincero OBRIGADO.
Ao Mestre Dimas Pinto, Orientador deste trabalho, o meu muito
obrigado, pelo apoio, incentivo, carinho, amizade e disponibilidade total
demonstrada ao longo deste trabalho.
Ao Doutor Amândio Graça pelo seu apoio, disponibilidade e
aconselhamento.
Ao Dr. António Paiva pela disponibilidade e esclarecimento de dúvidas
relativas à temática do trabalho.
À minha mulher, Maria Alzira, e à minha filha, Joana, pelo apoio,
paciência e encorajamentos fornecidos nos momentos mais difíceis.
À Dr. Rute Tavares Rijo, por me ter incentivado a tirar este curso e apoio
social num dos momentos mais difíceis da minha família.
À Dr. Rosa Ferreira, orientadora de estágio, pela solidariedade e
amizade com que me presenteou.
Ao Senhor Fernando Marinho da Reprografia da Faculdade de Desporto
do Porto, pela amizade e pelas “vibrações positivas” emanadas.
Ao Senhor Coimbra Pereira, vigilante da empresa “Prestibel” na
Faculdade, pela consideração e trato amável que teve sempre comigo.
A todo o pessoal docente e não docente, desta Faculdade, que de uma
forma voluntária e amistosa contribuíram para que chegasse a esta fase.
A todos os meus amigos que de uma forma ou outra, me auxiliaram a
superar as dificuldades e adversidades que a vida me colocou durante este
processo.
III
Índice Geral
Índice de Figuras.............................................................................................IV
Índice de Quadros ............................................................................................V
Resumo ............................................................................................................VI
1. Introdução..................................................................................................... 1
2. Revisão da Literatura................................................................................... 4
2.1. Planeamento do Treino............................................................................ 4
2.2. Periodização do Treino Desportivo........................................................ 10
2.3. Necessidade de controlar e monitorizar o planeamento........................ 15
2.3.1. A importância de registar e monitorizar........................................... 15
2.3.2. A importância das tecnologias de informação................................. 16
2.4. Estruturas de Treino .............................................................................. 19
2.4.1. Meios de Treino............................................................................... 19
2.4.2. Métodos de Treino .......................................................................... 22
2.4.3. Conteúdos de Treino....................................................................... 23
2.4.4. Cargas de Treino e Competição...................................................... 25
3. Objectivos................................................................................................... 27
3.1. Objectivo principal ................................................................................ 27
3.2. Objectivos específicos .......................................................................... 27
4. Metodologia ................................................................................................ 29
4.1. Fases da construção do instrumento..................................................... 29
4.1.1. 1ª Fase: Levantamento e selecção de categorias........................... 29
4.1.2. 2ª Fase: Definição das categorias................................................... 30
4.1.3. 3ª Fase: Programação das categorias e operações com as
categorias.................................................................................................. 34
4.1.4. 4ª Fase: Ensaio e teste de controlo; e redacção do estudo ............ 60
5. Conclusões................................................................................................. 75
6. Bibliografia.................................................................................................. 77
7. Anexos ........................................................................................................ 83
IV
Índice de Figuras
Figura 1 – Imagem da pasta com a base de dados no ambiente de trabalho do
Windows........................................................................................................... 62
Figura 2 – Ficheiros contidos na pasta “Base Dados Basquetebol” ................ 62
Figura 3 – Folha “Menú” do ficheiro “Menú (Registo do Planeamento
Plurianual)”....................................................................................................... 63
Figura 4 – Folha de “Registo Anual” (aspecto parcial) .................................... 64
Figura 5 – Tabelas da Folha de “Registo Anual” (aspecto parcial).................. 65
Figura 6 – Barra de separadores (aspecto parcial) ......................................... 65
Figura 7 – “Folha mensal” (visualização parcial) ............................................. 66
Figura 8 – Exemplo (parcial) da interligação entre as “Folhas mensais” e “Folha
de Registo Anual”............................................................................................. 67
Figura 9 – Exemplo da interligação de dados entre várias folhas relativamente
às cargas de treino e competição..................................................................... 68
Figura 10 – Representação das mensagens surgidas na folha de “Registo
Anual”............................................................................................................... 68
Figura 11 – Folha “Carga de Treino e Competição” (aspecto parcial)............. 69
Figura 12 – Folha “Métodos Treino” (aspecto parcial)..................................... 69
Figura 13 – Folha “Meios Treino” (aspecto parcial) ......................................... 70
Figura 14 – Folha “Conteúdos Treino” (aspecto parcial) ................................. 70
Figura 15 – Folha “Índice de quadros” (aspecto parcial) ................................. 71
Figura 16 – Folha “Índice de Gráficos” (aspecto parcial)................................. 71
Figura 17 – Exemplo de um dos quadros (tabelas) obtidos pela aplicação..... 72
Figura 18 – Exemplo de uma das representações gráficas obtidos pela
aplicação .......................................................................................................... 72
Figura 19 – Folha “Menu” (aspecto parcial) do ficheiro “Comparação entre
Épocas” ............................................................................................................ 73
Figura 20 – Folha de “Informações” do ficheiro “Comparação entre Épocas” . 73
Figura 21 – Comparação de variáveis entre épocas distintas por meio da
representação gráfica....................................................................................... 74
V
Índice de Quadros
Quadro 1 – Categorias dos meios de treino utilizadas no presente estudo..... 31
Quadro 2 – Designação das folhas principais e estrutura do treino a que
correspondem .................................................................................................. 38
Quadro 3 – Divisão das categorias dos conteúdos de treino .......................... 48
Quadro 4 – Número e temas dos ficheiros da base de dados do presente
estudo .............................................................................................................. 61
VI
Resumo
O planeamento é uma das funções mais importantes da actuação do
treinador. Esse planeamento deve estar registado e permitir a sua permanente
avaliação e monitorização.
O objectivo do nosso trabalho foi construir uma aplicação informática em
Excel, que facilitasse o registo das estruturas do treino utilizadas no processo
de planeamento e periodização do treino.
A metodologia utilizada recorreu à revisão bibliográfica dos estudos que
caracterizavam o planeamento de alguns treinadores procedendo-se ao
levantamento das categorias utilizadas, à selecção das categorias a considerar
e à sua definição. De seguida procedeu-se à programação e operacionalização
das categorias a tratar na aplicação em Excel. Por fim, procedeu-se ao ensaio
e teste de controlo da aplicação obtida e à redacção do respectivo manual do
utilizador.
Como conclusão podemos dizer que obtivemos uma aplicação
informática que ao registar as unidades de treino e as cargas efectivamente
utilizadas em minutos, em cada um dos conteúdos, vai permitir de imediato
obter dados relativos ao planeamento e periodização e tratar as seguintes
estruturas do treino: i) Meios de Treino; ii) Métodos de Treino; iii) Conteúdos de
Treino; e, iv) Cargas de Treino e Competição, gerando automaticamente
quadros e gráficos.
Palavras chave: BASQUETEBOL – PERIODIZAÇÃO – PLANEAMENTO –
ESTRUTURAS DE TREINO – INFORMÁTICA
Introdução
1
1. Introdução
O Desporto desde o século XX tomou uma dimensão que permite que
seja considerado como um dos traços caracterizadores da contemporaneidade,
já que é inegável o seu contributo social e cultural, sendo o seu valor
contributivo para a formação de crianças e jovens inigualável.
Para o desenvolvimento do Desporto e concretamente do Basquetebol
tem sido reconhecido o papel do treinador, ao qual é encetada a tarefa
primordial de planear e periodizar o processo de treino. Este tem de ser
competente e dominar várias competências já que nem todos os atletas são
iguais e não é indiferente se estão a trabalhar com adultos ou com crianças e
jovens.
No entanto e apesar da importância reconhecida do treinador no
processo de treino, a escassez de estudos não reflecte essa relevância.
Contudo, é de realçar a existência de alguns estudos monográficos realizados
por alunos da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, como os
casos de: Gonçalves (2001), Santos (2001), Furriel (2002), Costa (2003), Pedro
Esteves (2003), Nuno Esteves (2003), Paiva (2004) e Moreira (2006) que
visaram descrever e interpretar o planeamento de vários treinadores
debruçando-se ora sobre parâmetros anuais ou através da variação desses
parâmetros ao longo das épocas desportivas.
No entanto encontra-se ainda muito por fazer.
A inexistência de uma base teórica para o trabalho dos treinadores de
jovens leva a que este seja de certa forma empírico. O seu processo de treino
é, na maior parte das vezes, desconhecido pelos metodólogos do treino,
porque se existem documentos de treino, estes não estão disponíveis para
serem examinados (Marques, Maia, Oliveira e Prista, 2000).
Em nossa opinião um dos factores que tem prejudicado a falta de registo
por parte dos treinadores daquilo que efectivamente treinam, i.e. o “como”
treinam e o “que” treinam, é a dificuldade de aceder a ferramentas informáticas
Introdução
2
que permitam de uma forma simples recolher dados e realizar o seu
tratamento, embora já existam, no mercado nacional e internacional, um
conjunto variado de aplicações que já vão permitindo registar algum tipo de
trabalho.
Neste sentido surge a pertinência do nosso estudo que pretende
construir um instrumento de fácil manuseamento, de recolha e análise de
dados, em Excel, que permita registar, monitorizar e avaliar o planeamento do
treinador considerando a dinâmica das diferentes estruturas de treino (meios,
métodos, cargas e conteúdos).
Este trabalho está estruturado da seguinte forma: introdução, revisão da
literatura, objectivos, metodologia, conclusões, bibliografia e, por fim, pelos
anexos.
No capítulo da “Revisão da Literatura” procuramos expor alguns
conteúdos teóricos nomeadamente a nível dos conceitos “Planeamento”,
“Periodização”, “Meios de Treino”, “Métodos de Treino”, “Cargas de Treino e
Competição” e “Conteúdos de Treino” que permitem enquadrar a classificação
por nós seleccionada para o presente instrumento. Igualmente fizemos
referência à importância da recolha de dados e controlo do planeamento bem
como a utilização de software para auxílio desta tarefa.
No capítulo “Objectivos” descrevermos o objectivo principal e os
objectivos específicos pretendidos com o presente estudo.
No capítulo da “Metodologia” apresentamos as diversas fases da
construção do instrumento, que passamos a enumerar: 1ª Levantamento e
selecção das categorias; 2ª Definição das Categorias; 3ª Programação das
categorias e operações com as categorias e 4ª Ensaio e teste de controlo; e
redacção do estudo.
Seguir-se-á o capítulo “Conclusões” onde, de forma sucinta, referimos
as principais conclusões do nosso estudo.
O capítulo “Bibliografia” contém referências das obras consultadas e
antecede o capítulo “Anexos”, onde surge a ficha de registo de conteúdos,
Introdução
3
utilizada para a recolha de dados, bem, como o CD-ROM com a aplicação
informática.
Revisão da Literatura
4
2. Revisão da Literatura
2.1. Planeamento do Treino
Planear faz parte do quotidiano do ser humano, já que todos os dias, as
pessoas fazem planos para as mais diversas actividades. As pessoas
descobriram que realizar planos específicos torna as actividades mais fáceis e
melhores.
No contexto desportivo o valor e a utilidade de um planeamento cuidado
têm sido largamente reconhecidos pelos especialistas. Quando um atleta ou
uma equipa se esforçam para alcançar um pico de forma para a(s) mais
importante(s) competição(ões) do ano, a utilidade e necessidade de
planeamento torna-se mais evidente. Ter um plano para o sucesso é melhor do
que deixar que esse pico de forma aconteça à sorte ou apareça antes ou
depois da competição mais importante. Reconhecer este facto é de fulcral
importância para planear um programa de treino. O processo de treino deve ser
realizado antes do treino ter começado (Grosso, 2006).
Actualmente, os avanços verificados no planeamento do treino
converteram este sector estratégico do desporto num dos seus elementos mais
estudados (Campos Granell e Ramon Cervera, 2001). No entanto este facto é
parcialmente contradito por Grosso (2006) quando afirma que tem existido até
há pouco tempo uma menor atenção do que a merecida à importância do
planeamento, por parte de treinadores e atletas em muitos desportos.
De acordo com Araújo (1982) o treino desportivo é uma actividade que
assenta em bases científicas próprias sendo organizada e planificada nos seus
mais ínfimos pormenores com o objectivo de preparar os atletas para
alcançarem o maior rendimento possível.
Para que o desenvolvimento desportivo do atleta seja optimizado é
necessário organizar o processo de treino de uma forma sistemática, no
Revisão da Literatura
5
sentido de possibilitar ao atleta a vivência de situações de aprendizagem,
devidamente estruturadas concorrentes para a sua formação (Mesquita, 1997).
Conforme já referenciamos anteriormente, a importância do
planeamento parece ser consensual entre vários autores.
Para Moreno (1989), o planeamento é a base de toda a actividade e do
progresso desportivo, é um meio organizado, metodológico e científico que
permite orientar, programar e organizar as tarefas de treino para atingir
determinados objectivos, repetindo os elementos fundamentais do conteúdo de
treino e alterando as tarefas de acordo com as fases, os estádios e períodos do
processo de treino.
Da mesma forma, Comas (1991) considera que o planeamento é um
instrumento imprescindível para se que se possa alcançar os objectivos
delineados para a actividade física.
Para Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blázquez Castiñeira (2007) o
planeamento do treino é o primeiro passo para a consecução do rendimento
desportivo. Depois o treinador deverá levar a cabo o planeado e treinar, para
posteriormente aplicá-lo na competição.
Segundo Castelo (1998) um planeamento claro, consistente e coerente
de finalidades e objectivos, permite a eficácia da preparação dos praticantes e
das equipas para a competição.
Campos Granell e Ramon Cervera (2001) referem que os resultados
obtidos pelos desportistas são consequência directa da aplicação de
sofisticados sistemas e programas de treino meticulosamente ponderados.
A necessidade e a importância do planeamento são independentes do
escalão etário. Todos os treinadores devem ter estruturado o que querem fazer
e onde querem chegar com a equipa e com cada jogador. Não importa se é um
trabalho de curta, média ou longa duração. Planificação significa organização
de ideias e de objectivos pelo que o planeamento deve retirar tanto quanto
possível o espaço à improvisação do momento (Alderete e Osma, 1998).
Revisão da Literatura
6
Para Mesquita (1997) “planear consiste em delinear antecipadamente
aquilo que deve ser realizado, como deve ser feito e quem é que o deve
efectuar”. No entanto, esta autora salienta também a importância da análise
diagnóstica contínua como forma de ir ajustando o plano previamente traçado.
As alterações ao plano inicial são perfeitamente normais e não significam
falhas na concepção do mesmo.
Em concomitância, Curado (1982) atesta que o objectivo principal do
planeamento consiste em procurar conseguir que os elementos resultantes da
actividade cuidadosamente organizada se venham a sobrepor aos acidentais e
tendam a eliminar completamente estes últimos.
Para Cunha (1999), o planeamento reúne todo o conjunto de medidas
necessárias para a elaboração do treino. Coloca o treinador na presença de
todas as condições e elementos necessários para a optimização da actividade
em causa. Trata-se de organizar a estrutura, a realização, o controlo e a
avaliação do treino em sintonia com os objectivos pretendidos, quer sejam a
longo, médio ou curto prazo (M. López López, I. López López e Vélez Cardena,
2000).
Assim, e de acordo com Oliveira (1997), para uma melhor racionalização
dos esforços, o planeamento deve ser um processo conduzido por etapas –
paralelas ou não – a nível metodológico: avaliação diagnóstica; determinação
de objectivos; determinação dos conteúdos e dos meios da preparação; análise
do calendário; periodização do treino; e realização gráfica.
Mesquita (1997), por seu lado, propõe três tarefas sequenciais para que
o planeamento seja eficaz:
- Determinar o que quer fazer (com base na análise daquilo que se tem,
perspectivar onde pretende chegar);
- Escolher como o vai fazer (estabelecer a metodologia e os meios a
utilizar no processo; contemplar a possibilidade de ter que efectuar
ajustamentos);
- Realizar o plano (sistematização por escrito).
Revisão da Literatura
7
De acordo com Alderete e Osma (1998) e Matvéiev (1981), o
planeamento pode ser:
 Anual – diz respeito a toda a época desportiva;
 Mensal – permite observar as planificações anteriores e alterar o que
for preciso;
 Semanal – dias de treino, de jogo e de descanso;
 Diária – a estrutura fundamental da sessão de treino.
A planificação anual cobre um ano inteiro de treino desportivo e é
dividido em unidades mais pequenas, as quais têm uma designação e
propósito específico – são as estruturas de planificação. Estas unidades têm
dimensões temporais distintas e conforme vamos descendo desde as que tem
maior dimensão temporal para as de menor dimensão temporal, os objectivos
vão passando de mais gerais para mais específicos. Como tal a focalização e o
refinamento das actividades vão aumentando desde a estrutura mais global
para a mais específica.
Vários autores têm classificado as estruturas de planificação. No entanto
para contextualizar o presente trabalho, apenas vamos citar um autor, no caso
Bompa (1983, 1990 e 1994) que as dividiu as estruturas de planificação do
seguinte modo:
 Macrociclo – representa uma única época competitiva (pico
competitivo) e pode ser de qualquer duração, de modo a cobrir o
calendário anual inteiro, dependendo de como a época desportiva é
definida;
 Períodos de Treino – representa a divisão subsequente ao macrociclo.
Existem três períodos de treino dentro de um macrociclo. È a parte da
época usada para identificar os principais focos do programa de treino
que estão a ser seguidos (i.e. preparação, competição e transição);
 Fases de Treino – representa a divisão seguinte aos períodos de
treino. Cada período de treino é subdividido em um, dois ou três fases
de treino. As fases de treino incidem a sua atenção nos programas de
treino do mais geral para o mais específico;
Revisão da Literatura
8
 Mesociclo – cada fase de treino está dividida em um ou mais
mesociclos. Cada mesociclo deve ter um propósito (objectivo)
principal. No entanto também pode ter um ou mais objectivos
secundários;
 Microciclo – cada mesociclo é dividido em um ou mais microciclos. O
microciclo é a chave da construção de um plano de treino completo
desde que existe a combinação correcta de microciclos que
desenvolvem adequadamente o atleta. Cada microciclo deve ter
igualmente um objectivo principal;
 Sessões de Treino – qualquer microciclo é constituído por uma ou
mais sessões de treino. Cada sessão de treino deve ter planeado um
ou mais objectivos específicos em mente. As sessões de treino estão
divididas em uma ou mais unidades de treino. Cada actividade
separada numa sessão de treino é uma unidade de treino (e.g.,
aquecimento, intervalos na sessão, retorno à calma, etc.);
 Unidades de Treino – cada sessão de treino consiste numa ou mais
unidades de treino. As unidades de treino são a divisão menor de um
planeamento de treino. Cada unidade de treino é uma actividade
específica e deve ter um motivo específico a ser cumprido (i.e.
objectivo).
O planeamento para uma equipa de formação deve ser diferente do
planeamento de uma equipa sénior, já que este deve ser feito para várias
épocas, não devendo o calendário das competições ser determinante, já que a
competição é uma continuação do treino. Nesta conformidade, o planeamento
não deve ter como objectivo atingir um grande rendimento num determinado
momento, mas permitir um processo correcto de desenvolvimento do atleta
(Moreno, 1989).
O planeamento do processo de treino de crianças e jovens deve
perspectivar-se a longo prazo. Os jovens atletas não conseguem alcançar o
rendimento máximo em pouco tempo, como tal, o período de aprendizagem
tem que ser obrigatoriamente mais alargado (Año, 1997). Moreno (1989),
acrescenta que o planeamento dos mais jovens não deverá ter como objectivo
Revisão da Literatura
9
atingir um elevado rendimento num determinado momento, mas permitir o
desenvolvimento correcto (adequado) do atleta.
Em síntese, o planeamento é uma das tarefas de crucial importância
para o treinador, já que permite antever no tempo todas as acções necessárias
à concretização dos objectivos inicialmente propostos, permitindo uma
avaliação constante do processo de treino e rectificação ao mesmo.
Revisão da Literatura
10
2.2. Periodização do Treino Desportivo
Ao falarmos num processo de gestão, como o caso do planeamento,
estamos a dar origem à organização de um sistema (conjunto de elementos
ligados entre si e formando um todo). Planear as acções não é mais do que um
conjunto de condutas articuladas entre si em função de um objectivo. O
planeamento é portanto a forma como temporizamos as acções a desenvolver.
Sucintamente e citando Raposo (1989): “A periodização do treino não
pode ser vista como uma parte isolada do todo que é o planeamento do treino”.
Periodizar significa definir limites temporais precisos que permitam, aos
treinadores, estruturar de forma objectiva o treino em cada momento da
preparação desportiva. De que resulta, ser a periodização um instrumento
decisivo na organização do treino e da qual depende, em última análise, o
controlo do desenvolvimento da capacidade de prestação desportiva (Marques,
1993).
M. Silva (1998) afirma que periodizar significa dividir a época desportiva
em períodos, coincidentes com as fases de forma desportiva. Esta distribuição
não é arbitrária, depende do calendário de competições. Em função do início
das competições e de uma possível hierarquização das mesmas, o treinador
define o(s) momento(s) em que o atleta ou a equipa, deverá estar em forma
(período competitivo), após o que se marca o começo dos treinos (início do
período preparatório) e o seu términus (início do período transitório).
Dick (1993) concorda com M. Silva (1998), mas acrescenta que a divisão
organizada da época desportiva tem como intuito preparar os atletas para
atingirem o óptimo rendimento num determinado momento da época, ficando
assim preparados adequadamente para as principais competições.
Para Castelo (1998) e Peixoto (1999), os sistemas de periodização ou
macroestruturas de treino são classificadas em função do número de
competições importantes existentes dentro do calendário estabelecido. Para
estes autores a classificação é a seguinte:
Revisão da Literatura
11
 Periodização Simples – Esta periodização é utilizada apenas quando
existe uma competição importante, ou para grupos de formação,
ficando dividida num período preparatório, num período competitivo e
num período transitório. Estes períodos correspondem às fases de
criação, manutenção e redução da forma desportiva;
 Periodização Dupla – Esta periodização é utilizada quando existem na
mesma época desportiva dois momentos com competições
importantes;
 Periodização Tripla – Esta periodização é caracterizada pela existência
de três períodos competitivos. É usada em atletas de rendimento, e
normalmente num plano estratégico de 4 anos.
Conforme já foi referido anteriormente a periodizar significa dividir a
época em períodos. Nesta conformidade citaremos o Modelo proposto por
Matvéiev (citado por Castelo, 1998) no qual a periodização assenta
basicamente na divisão do processo anual em três períodos fundamentais:
- Preparatório: com uma duração entre os 3 e os 7 meses, tem por
objectivo a aquisição da forma desportiva, e é dividido em duas etapas:
- Preparação Física Geral: cujo conteúdo básico se traduz num alto
volume de treino, na razão inversa da intensidade, maior número de
exercícios de carácter geral em oposição aos específicos, e a não
participação em competições;
- Preparação Física Específica: cujo conteúdo se traduz num maior
treino de carácter específico, o volume tende a decrescer com um
incremento da intensidade, e um envolvimento em competições de
nível secundário;
- Competitivo: com uma duração entre 1 a 2 meses, tem por objectivo a
manutenção da forma desportiva adquirida durante o período anterior,
cujo conteúdo se consubstancia na continua melhoria das habilidades
motoras (consolidação da técnica), aperfeiçoamento das acções
tácticas e das suas combinações, das características psicológicas,
melhoria do nível de preparação teórica dos praticantes, e por último
no maior nível de preparação física geral;
Revisão da Literatura
12
- Transitório: com uma duração de um mês, cuja necessidade advém da
fadiga acumulada durante o período preparatório e competitivo. O
conteúdo deste período é formado por exercícios de carácter geral
realizados sob volumes e intensidades reduzidas. O autor propõe
inclusive de uma modalidade desportiva diferente. O objectivo
fundamental deste período é de fazer desaparecer a fadiga muscular e
o stress competitivo, e começar a próxima época desportiva num nível
superior de capacidade.
De acordo com F. Silva (1998), os fundamentos que justificam a
necessidade de se dividir a temporada em períodos e etapas específicas de
preparação residiram, inicialmente, na necessidade de resposta às variações
climáticas. Posteriormente, foram incorporadas necessidades impostas pelos
calendários de competição, pelas exigências fásicas de adaptação do
organismo e, finalmente, pelo reconhecimento de particularidades inerentes às
várias modalidades desportivas.
As primeiras noções sobre periodização foram elaboradas pelo russo
Kotov na segunda década deste século. Pela primeira vez, um autor
evidenciava preocupações com a organização das actividades de treino em
períodos com o intuito de melhorar o rendimento desportivo (Silva, F., 1998).
De acordo com o mesmo autor, seguiram-se novos trabalhos de
investigação neste campo, efectuados por Lauri Pihkala (1930), Grantyn
(1939), Dyson (1946), Ozolin (1949) e Letunov (1950) propondo leis
importantes que ainda vigoram na iniciação das periodizações. As mais
importantes referiam que:
- A carga deve diminuir progressivamente em volume e aumentar em
intensidade, assim como, o treino específico deve edificar-se sobre uma
ampla base geral e apresentar uma clara alternância entre o trabalho e
a recuperação;
- O ciclo anual deveria ser dividido em três etapas (etapa de preparação,
etapa principal e etapa de transição) com durações e objectivos
determinados pelas características das modalidades.
Revisão da Literatura
13
No entanto só na década de 60, concretamente em 1965, que surge a
denominada Teoria Clássica da Periodização, pelo professor Lev P. Matvéiev,
originário da ex-URSS. Este autor contribui de uma forma marcante para a
construção cientificada dos fundamentos que justificaram, não só a existência
da periodização, como também, explicaram com exactidão as condições de
adaptação biológica para as diferentes cargas de treino (Castelo, 1998).
F. Silva (1998) refere que, Matveíev marcou a tendência de uma época
ao nível da Teoria do Treino Desportivo. No entanto, ficaram patentes alguns
desfasamentos entre a sua teoria e as necessidades da prática desportiva.
Assim, as exigências do desporto de alto nível não deixavam tempo para uma
longa aplicação dos meios de preparação geral. O volume elevado a baixa
intensidade também não era benéfico para a estrutura motora do movimento.
Como consequência, a partir da década de setenta começaram a surgir
autores com novas orientações teórico-metodológicas.
De entre as novas tendências, F. Silva (1998) destaca os seguintes
modelos e respectivos autores:
 Treino Pendular (Arosjev, 1976);
 Treino Modular (Vorobjev, década de 70);
 Treino Estrutural / Altas cargas de treino (Peter Tschiene, final da
década de 70);
 Treino em Blocos (Yuri Verjoshanski, 1979);
 Treino Individualizado ou Integrador (Anatoly Bondarchuk, 1984);
 Estrutura para Modalidades com longos períodos de forma (Tudor
Bompa, 1994).
Apesar de toda esta evolução, a aplicação destas teorias aos Jogos
Desportivos Colectivos (na qual se inclui o Basquetebol) sempre se revestiu de
grande complexidade.
Uma das maiores problemáticas tem a ver com os “picos de forma”,
referidos na maioria dos modelos supra mencionados. A sua exequibilidade no
planeamento temporal nos Jogos Desportivos Colectivos tem sido bastante
discutida (Raposo, 1989).
Revisão da Literatura
14
Garganta (1993) define Forma Desportiva como a disponibilidade para
responder cabalmente às exigências de uma determinada actividade, num
determinado período de tempo.
Aplicando isto ao desporto, Raposo (1989) refere que são várias as
modalidades com períodos competitivos bastante longos (oito a nove meses)
que, obviamente, aumentam a necessidade de períodos de forma mais
alargados.
Oliveira (1999) refere, então, que a resolução destes problemas carece
da formulação de modelos teóricos específicos e consistentes que orientem a
prática da preparação desportiva no âmbito dos Jogos Desportivos Colectivos
de acordo com a realidade actual.
Assim, as teorias de Matveiév parecem estar desactualizadas em muitos
aspectos do desporto actual. Apesar de tudo, muitos dos pressupostos
enunciados por este autor continuam válidos em vários contextos (E. Ibánez
Godoy et al., 2004). Matveiév continua a ser um autor de referência obrigatória
na área da periodização do treino desportivo.
Relativamente à preparação desportiva de crianças e jovens, a
capacidade prestativa não deve se deve orientar apenas pelos princípios do
rendimento. Enquanto na alta competição a periodização visa uma gestão
precisa e optimizada da capacidade de rendimento, de modo a que esta surja
no momento e condição desejada, na formação esta preocupação não está
presente (Marques, 1993). No alto rendimento a periodização é baseada no
quadro competitivo, de modo a que o atleta ou a equipa atinge o pico de forma
em determinado momento. Segundo Hahn (1988) o mesmo não deverá
acontecer com o desporto dos mais jovens em que a periodização do treino
deve orientar-se mais segundo as necessidades escolares e formativas.
Revisão da Literatura
15
2.3. Necessidade de controlar e monitorizar o planeamento
2.3.1. A importância de registar e monitorizar
A recolha de dados e monitorização do processo de treino permite a
avaliação contínua deste, a fim de serem detectados os eventuais desvios na
direcção e profundidade do processo de adaptação, daí a sua grande
importância.
Numa perspectiva geral é importante o registo de dados e monitorização
do planeamento através das estruturas do treino, em pelo menos três níveis de
actuação: equipa, clube (secção) e federação.
Ao nível da equipa, o treinador realiza tarefas extremamente importantes
para um processo de ensino-aprendizagem eficaz, tais como:
 A avaliação diagnóstica do patamar em que se encontram os atletas
no início de uma época desportiva (quando temos os mesmos atletas
em duas épocas sucessivas);
 Verificar se os objectivos definidos no planeamento estão a ser
atingidos ao longo da Periodização da época (quer seja a nível de
microciclo, mesociclo ou macrociclo);
 Verificar as cargas de treino nas várias estruturas do mesmo: nos
meios, nos métodos e nos conteúdos utilizados e respectivas análises
quantitativas;
 Permitir a representação gráfica, possibilitando uma melhor
compreensão da evolução do processo de treino.
Ao nível do trabalho do clube (secção) permite entre outras situações:
 Conhecer qualitativamente e quantitativamente o que os diferentes
escalões estão a treinar e de que modo;
 Que o planeamento seja supervisionado, por um coordenador de
treinadores;
 Acompanhar o desenvolvimento dos atletas ao longo da sua formação
desportiva.
Ao nível da Federação, já que permite:
Revisão da Literatura
16
 Caracterizar o desenvolvimento do praticante desportivo no país.
M. Silva (1998) afirma que o treinador terá de seleccionar, recolher,
registar, tratar e interpretar toda a informação, para posteriormente poder
controlar o treino.
Em suma, só a recolha sistemática de dados e respectiva categorização,
permitirá saber o que os atletas treinam e como treinam de modo a podermos
analisar e comparar com algumas indicações sugeridas pelos peritos do Treino
Desportivo.
2.3.2. A importância das tecnologias de informação
O desenvolvimento tecnológico veio diversificar as possibilidades ao
alcance dos treinadores para realizarem o seu trabalho, bem como permitir
avaliar o processo de treino. Enfim, é uma consequência da natureza dinâmica
da sociedade que acaba por permitir novas metodologias de avaliação aos
especialistas do exercício, entre os quais se encontram os treinadores.
Para Friães (1991), a actividade do treinador, só poderá ver
incrementada a sua eficiência com o uso do computador. A compilação e
síntese de dados e resultados passa a constituir uma tarefa muito mais
sistematizada e, logo, de maior rapidez e facilidade de execução.
Cada treinador procura usar todos os seus recursos para alcançar da
melhor forma possível os objectivos pretendidos, valendo-se para o efeito da
sua formação inicial, experiências, ajudantes, recursos e meios materiais, etc.
(Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blásquez Castiñera, 2007). Dentro desses
recursos encontram-se os recursos informáticos que são reconhecidos pela
sua grande utilidade, bastante para o facto atender à diversidade de aplicações
informáticas e software que se encontram presentemente no mercado.
De acordo com, Baumgartner e Jackson (1995), os conhecimentos
informáticos na óptica do utilizador tornaram actualmente uma habilidade que
deve ser dominada pelos especialistas do exercício, afim de poderem utilizar
uma diversidade de aplicações informáticas ao seu dispor.
Revisão da Literatura
17
Esta diversidade vai desde as tradicionais estatísticas do jogo e dos
jogadores passando também pelo software para desenhar e animar estratégias
de ataque/defesa que o treinador pode utilizar para que os jogadores
compreendam melhor os passos a seguir. No entanto são escassas as
aplicações informáticas destinadas à planificação e controle do planeamento e
muito menos para o Basquetebol (Ibánez Godoy, Sánchez Figueroa e Blásquez
Castiñera, 2007).
No entanto já existem actualmente aplicações para o Basquetebol que
pretendem ajudar o treinador no processo de planificação do treino, como o
caso do PYC Basket – Planificación y Control del Entrenamiento em
Baloncesto (Ibáñez, Macias, Pérez e Feu 2001, Macías, Pérez, Feu, Ávila e
Ibáñez 2003, citado por Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blázquez
Castiñera, 2007).
Esta primeira versão apresentava funções tais como:
 Desenhar uma planificação de treino para os diversos períodos de
treino (macrociclos, mesociclos, microciclos e sessões de treino);
 Base de dados de situações de treino;
 Impressão em papel de sessões de trabalho com os distintos
exercícios planificados;
 Estatísticas de diversas variáveis de interesse registadas nos períodos
de treino;
 Correcção dos exercícios executados;
 Análise dos desvios existentes entre o planeado e as diversas
variáveis e períodos de treino e o executado pelo treinador.
Aproveitando a actual tendência da globalização e da Internet, surgiu
posteriormente uma versão mais elaborada da anterior – PYC Basket 2.0. Este
software tem como grande vantagem e novidade, a possibilidade de um
administrador (supervisor ou coordenador de treinadores) poder consultar
todos os dados dos utilizadores do sistema de modo a estudar suas
planificações, comportamentos e desvios dos treinos ao modelo inicialmente
planificado (Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blázquez Castiñera, 2007).
Revisão da Literatura
18
Hoje, quase todos os treinadores, têm acesso a computadores embora
alguns só se sirvam deles na óptica do utilizador. Este facto faz com que os
instrumentos ao seu dispor devam ser simples e de fácil manuseamento no seu
dia a dia.
Revisão da Literatura
19
2.4. Estruturas de Treino
2.4.1. Meios de Treino
Para atingirmos objectivos definidos pela especificidade de cada
modalidade é necessário utilizar vários meios e métodos de treino (Matvéiev,
1981).
Meios de treino são todos os exercícios utilizados na preparação
desportiva que levam ao desenvolvimento da capacidade de rendimento
(Garcia Manso, Valdivieso e Cabbalero, 1996) e que ajudam ao desenrolar de
processo de treino (Weineck, 1989).
Diversos são os autores que definem as categorias de exercícios
realizados no treino, sendo notória uma grande variedade quer relativamente à
terminologia, quer em relação aos critérios tidos em conta para as respectivas
classificações.
Platonov (1988) refere as seguintes categorias:
 Exercícios de preparação geral;
 Exercícios de preparação auxiliar;
 Exercícios de preparação específica;
 Exercícios de competição.
Manno (1987?) e Matvéiev (1991) consideraram a seguinte classificação
dos exercícios:
 Exercícios gerais – são os exercícios que visam a preparação
multilateral do atleta, para a criação de aptidões de suporte auxiliares
de rendimento e como meio de educação de capacidades e de
repouso activo;
 Exercícios especiais – são aqueles que visam a criação de pré-
requisitos do domínio da técnica, englobando elementos das acções
competitivas, suas variantes e acções semelhantes na forma e
capacidades solicitadas. Podem visar o domínio dos gestos técnicos
ou o desenvolvimento das capacidades físicas;
Revisão da Literatura
20
 Exercícios competitivos – são aqueles que envolvem acções
completas, isto é, acções combinadas e complexas, em condições de
simulação ou situação real de competição.
Oliveira (1993) realizou a seguinte classificação:
 Exercícios gerais – apresentam uma estrutura completamente
diferente da estrutura da competição que podem ser:
 orientados – do ponto de vista da estrutura interna, possuem
alguma semelhança com os gestos/acções da competição;
 não orientados – não possuem qualquer grau de semelhança aos
gestos/acções da competição;
 Exercícios especiais – contêm elementos dos exercícios de
competição mas representam apenas fracções da competição,
poderão ser divididos:
 de instrução – menos complexos, sem prejuízo do grau de
especificidade; reportam-se a elementos da competição realizados
em condições facilitadas;
 condicionantes – mais complexos que os exercícios de instrução;
incorporam um maior número de elementos da actividade da
competição e/ou se realizam com maior intensidade.
 Exercícios de competição – são os que possuem o mais elevado grau
de semelhança com a actividade da competição. Estes podem ser:
 propriamente ditos – reproduzem com fidelidade as conduções da
competição;
 variados – assumem algumas divergências relativas à estrutura
formal da competição.
Bompa (1994) considerou a seguinte nomenclatura:
 Exercícios de desenvolvimento físico geral, estes podem ser:
 Exercícios sem cargas adicionais;
 Exercícios baseados em jogos relacionados com a modalidade;
 Exercícios específicos de desenvolvimento de capacidades bimotoras
(exercícios de acção directa);
 Exercícios seleccionados de determinado desporto;
Revisão da Literatura
21
Para Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000), os exercícios podem
classificar-se em:
 Exercícios gerais – são aqueles que promovem o desenvolvimento
harmonioso da criança e do jovem; sendo utilizados no treino das
qualidades físicas;
 Exercícios gerais especificamente orientados – são as estruturas
motoras e de carga que, embora, não iguais às dos exercícios
competitivos, supõem que permitam uma transferência efectiva
(motora e de carga) para os requisitos competitivos exigidos pelo
desporto;
 Exercícios especiais – são aqueles que englobam elementos das
acções competitivas; sendo semelhantes à competição e têm a ver
com a modalidade;
 Exercícios competitivos – são aqueles executados em condições reais,
com as mesmas exigências da competição e estão de acordo com as
regras da modalidade.
Ao analisar as propostas dos diferentes autores, podemos afirmar que,
de uma forma generalizada, os exercícios se encontram agrupados em dois
grandes grupos: os exercícios que visam a preparação geral (exercícios gerais,
exercícios gerais especificamente orientados) e aqueles que visam uma
preparação específica (exercícios de competição e exercícios especiais).
No entanto a relação entre os meios gerais e específicos é um tópico
muito controverso entre os peritos do treino. Os peritos concordam que no
princípio do desenvolvimento desportivo dos atletas deve ser dada uma maior
relevância à preparação geral em oposição com a preparação específica
(Marques, 1989).
De acordo com Marques (1999) a rácio entre os meios de preparação
geral e especial devem ser determinados de acordo com os seguintes
aspectos:
 As necessidades específicas de cada desporto;
 As características dos diferentes estádios do processo ontogenético
dos atletas;
Revisão da Literatura
22
 As necessidades de compensar componentes particulares;
 O nível de treino.
2.4.2. Métodos de Treino
A selecção dos métodos de treino adequados é um dos factores que
contribuem para o sucesso do processo de treino desportivo. Igualmente a
utilização de métodos diversificados de acordo com a especificidade da
modalidade permitem ao treinador alcançar os objectivos definidos (Matvéiev,
1981).
Métodos de treino são arranjos sistemáticos dos conteúdos de treino que
visam alcançar os objectivos previamente fixados (Letzelter, 1990).
Weineck (1989) considera métodos de treino como os procedimentos
práticos, metodicamente desenvolvidos para atingir os objectivos fixados.
Sobre esta temática, foram vários os autores que enunciaram
classificações dos métodos de treino.
Matvéiev (1981), refere as seguintes categorias:
 Exercícios regulares;
 Exercícios com jogos;
 Exercícios competitivos.
Segundo Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000), as categorias dos
métodos de treino são:
 Métodos baseados no jogo
 Pequenos jogos sem bola;
 Pequenos jogos com bola;
 Jogos desportivos modificados (jogo com número reduzido de
jogadores e área mais reduzida);
 Jogos desportivos formais (jogo com regulamento codificado e
rigoroso);
 Outros jogos desportivos.
Revisão da Literatura
23
 Métodos não baseados no jogo (exercícios que não contém qualquer
forma de jogo).
De acordo com os pedagogos e treinadores, os métodos baseados no
jogo são considerados como sendo a estratégia mais importante para promover
o desenvolvimento dos atletas nos níveis de preparação inicial (Kurz 1988,
Marques 1995, Rost 1995 citados por Marques, Maia, Oliveira e Prista, 2000).
Na mesma linha de pensamento Dick (1993) e Filin (1996) afirmam que
o jogo deve ser a principal actividade do treino de crianças e jovens, devendo
ocupar metade do tempo total do treino.
Segundo a literatura, o tempo dedicado a cada um destes métodos de
treino varia consoante o escalão etário em que são utilizados.
2.4.3. Conteúdos de Treino
Seleccionar os conteúdos mais apropriados para cada momento da vida
de um desportista é fundamental para que não ocorra uma paragem brusca no
seu progresso (Costa, 2003). Esta é uma das tarefas mais importantes do
treinador, já que conjuga uma panóplia de conhecimentos que devem ser
considerados e devidamente articulados na altura de ensinar a modalidade
desportiva, tais como: conhecimentos da modalidade desportiva específica,
conhecimentos das características etárias dos atletas, conhecimentos das
fases de desenvolvimento dos atletas, etc.
Para Weineck (1989), os conteúdos do treino são os elementos que
permitem um alinhamento concreto do treino em relação ao objectivo previsto.
Para que este seja alcançado, os conteúdos de treino devem ser escolhidos
em função da sua relação com a preparação geral e específica, e ainda como e
quando os ensinar (Martin, 1999).
Bompa (1983) distingue os conteúdos de treino em: treino físico, treino
técnico, treino táctico e treino psicológico, sendo a preparação física de base
fundamental. Partilhando a mesma opinião Araújo (1982) considera que os
Revisão da Literatura
24
conteúdos de treino referem-se à preparação física, preparação técnica,
preparação táctica e preparação psicológica.
No entanto nem sempre o treinador contempla todos os conteúdos de
treino no seu planeamento. Segundo Adelino, Vieira e Coelho (1999) a
preparação psicológica embora faça parte das capacidades em que se baseia
o rendimento, raramente é incluída nos conteúdos do treino das crianças e
jovens.
Para Matvéiev (1991) a preparação física é vista como o
desenvolvimento das qualidades e capacidades necessárias à actividade
desportiva (coordenativas e condicionais), podendo dividir-se em geral
(desenvolvimento das capacidades físicas gerais) e especial (ligada à
actividade desportiva).
Já a preparação técnica pressupõem o uso de um sistema especializado
de acções motoras simultâneas e consequentes, orientadas para a cooperação
racional de forças internas e externas que participam no movimento, com o fim
de as utilizar de forma completa e efectiva para a obtenção de elevados
rendimentos desportivos (Djatschkow 1974, citado por Castelo, 1998).
Na mesma linha de pensamento, Manno (1987?) considera a técnica
desportiva um processo, ou um conjunto de processos, que se aprende através
do exercício, permitindo realizar de maneira mais eficiente, uma determinada
tarefa de movimento.
Em contrapartida, a preparação táctica pretende desenvolver um
repertório cognitivo e de comportamentos tácticos que permitam aos atletas
encontrarem as soluções mais convenientes para a resolução prática de
problemas postos pelas diversificadas situações competitivas. Neste sentido,
Mahlo (1980), define comportamento táctico desportivo como o processo
intelectual de solução de problemas competitivos, sendo uma componente
indissociável da actividade, devendo ser rápido e deliberado, visando o maior
grau de eficiência possível.
Revisão da Literatura
25
Para Teodorescu (1984) a preparação táctica é um meio através do qual
uma equipa tenta valorizar as particularidades dos jogadores, através de
acções individuais e colectivas, criando condições e situações de jogo
favoráveis.
Araújo (1992) considera que a técnica e a táctica constituem uma
unidade, em virtude de se condicionarem. Para realizar um bom trabalho
táctico é necessário uma boa base de técnica individual, devendo os
movimentos tácticos adaptar-se e aproveitar as características do atleta.
No entender de Santos (2001) a preparação psicológica é um processo
que visa desenvolver a motivação e aquisição de qualidades volitivas e deve-se
processar ao longo de toda a época.
2.4.4. Cargas de Treino e Competição
A carga de treino é a actividade adicional do organismo causada pela
execução de exercícios de treino. A natureza, a grandeza e a orientação das
cargas permitirão determinar o processo de adaptação (Platonov, 1988).
Para Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000) e Castelo (1998) as
componentes da carga são:
 Volume;
 Intensidade;
 Frequência;
 Densidade.
De acordo com Castelo (1998) podemos definir:
 Volume – duração total da carga incluindo naturalmente as pausas
entre exercícios;
 Intensidade – quantidade de trabalho realizado na unidade de tempo;
 Frequência – número de repetições de um exercício ou série de
exercícios;
 Densidade – relação temporal entre carga – exercício ou série de
exercícios realizados e o repouso na unidade de tempo.
Revisão da Literatura
26
Os programas de treino para crianças e jovens ainda não se encontram
bem delineados, estando ainda omisso um modelo teórico para a estruturação
das cargas de treino. No entanto é aceite como principal orientação que as
componentes da carga devem aumentar continuamente de acordo o princípio
do aumento sistemático da carga, i.e. princípio da progressão (Marques, Maia,
Oliveira e Prista, 2000).
De acordo com os mesmos autores, a carga de treino e competição
pode ser avaliada pela contabilização do número de treinos e de jogos, do
volume de treino e da proporção entre treinos e competições.
De acordo com vários autores as cargas de treino e competição podem
ser avaliadas pelos seguintes indicadores:
 Número de sessões de treino / semana;
 Número de horas / semana;
 Duração de cada sessão de treino;
 Número de horas de treino / ano;
 Número de competições / ano;
 Volume de treino (volume total e parcial em minutos e percentagem)
para cada conteúdo de treino;
 Número de competições (oficiais e não oficiais);
 Relação sessão de treino / número de competições.
Objectivos
27
3. Objectivos
Neste capítulo vamos definir os objectivos para este estudo.
3.1. Objectivo principal:
 Construir um instrumento de recolha e análise de dados, em Excel,
que permita registar, monitorizar e avaliar o planeamento do treinador
considerando a dinâmica das diferentes estruturas de treino (meios,
métodos, cargas e conteúdos).
3.2. Objectivos específicos:
 Seleccionar as categorias que permitam caracterizar a periodização de
uma época ou mais épocas desportivas;
 Identificar os indicadores a incluir no controlo das cargas de treino e
competição (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectivas
variações ao longo da temporada desportiva, por intermédio de
representação gráfica imediata;
 Conceber uma plataforma que permita obter dados dos meios de
treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao
longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores
e por intermédio de representação gráfica imediata;
 Conceber uma plataforma que permita obter dados dos métodos de
treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao
longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores
e por intermédio de representação gráfica imediata;
 Conceber uma plataforma que permita obter dados dos conteúdos de
treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao
longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores
e por intermédio de representação gráfica imediata;
 Conceber uma plataforma que permita obter dados das cargas de
treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao
Objectivos
28
longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores
e por intermédio de representação gráfica imediata;
 Obter representações gráficas que permitam a comparação entre duas
ou mais épocas de determinado conteúdo.
Metodologia
29
4. Metodologia
Neste capítulo vamos proceder à caracterização da metodologia
utilizada, explicando as várias fases que levaram à construção da aplicação em
Excel para tratar os dados referentes ao planeamento das épocas desportivas.
4.1. Fases da construção do instrumento
4.1.1. 1ª Fase: Levantamento e selecção de categorias
Num primeiro momento procedemos ao levantamento e selecção das
categorias a integrar na nossa aplicação Excel.
Para o efeito foram consultadas todas as monografias realizadas até ao
presente momento, no âmbito do 5º ano do curso de Desporto e Educação
Física, da opção complementar de Desporto de Rendimento – Basquetebol, da
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, que versavam a análise da
temática do planeamento, periodização e estruturas de treino e que já
recorriam a um tratamento de dados em ficheiro Excel.
Ao nível do planeamento e periodização as grandes categorias de
análise nos vários estudos visavam conhecer:
1 )quais os meios de treino mais utilizados;
2 )a que métodos de treino o treinador recorre com mais frequência; e
3 )saber como eram distribuídas as cargas de treino e competição nas
diferentes fases do planeamento considerando todos os conteúdos
referentes aos factores de rendimento no treino de Basquetebol.
Esta tarefa de consulta foi de crucial relevância visto que pretendíamos
definir as categorias a serem contempladas no instrumento de controlo e por
outro lado queríamos que fosse abrangente e que possibilitasse o seu uso nos
vários escalões a estudar.
Assim, foram utilizadas as seguintes classificações das estruturas de
treino:
Metodologia
30
 Meios de Treino – seguimos uma proposta de classificação de
Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000) e adaptada para o Basquetebol
por Costa (2003), tendo sido utilizada pela primeira vez no estudo de
Costa (2003);
 Métodos de Treino – utilizamos as categorias da classificação de
Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000), tendo sido utilizada pela
primeira vez no estudo de Santos (2001);
 Conteúdos de Treino – utilizamos uma classificação de Gonçalves
(2001) elaborada pelo autor em consonância com a literatura
(Tarkaniam 1983, Krause 1991, Adelino 1996, citado por Gonçalves,
2001) e Pinto, Gonçalves e Graça (2001) que posteriormente foi
adaptada/reajustada por Costa (2003), Esteves (2003) e Paiva (2004);
 Cargas de Treino e Competição – seguimos os indicadores
considerados na classificação de Marques, Maia, Oliveira e Prista
(2000), tendo sido considerados pela primeira vez no estudo de Santos
(2001).
A representação gráfica do planeamento anual, dos treinadores
estudados, apresenta uma lista de conteúdos referentes aos factores de
rendimento em Basquetebol. Assim, nos factores do rendimento (treino físico,
treino técnico, treino táctico e treino psicológico) no treino em Basquetebol
procedemos a ajustamentos na lista de conteúdos de forma a contemplar as
subcategorias relativas a cada factor e a responder às necessidades dos vários
escalões etários (de acordo com ficha nos “Anexos”).
4.1.2. 2ª Fase: Definição das categorias
Com o objectivo de procedermos ao lançamento e tratamento dos dados
convém ter presente a definição de cada uma das categorias de análise do
planeamento utilizadas nos vários estudos.
A) Meios de Treino
Os meios de treino que foram anteriormente seleccionados, presentes
no Quadro 1, e utilizados na base de dados em Excel
Metodologia
31
Quadro 1 – Categorias dos meios de treino utilizadas no presente estudo
Meios de Treino
Exercícios Gerais
Sem Bola
Com Bola
Exercícios Especiais
Sem Bola
Com Bola
Simples
Combinados
Complexos
Estruturas Tácticas Parciais
Estrutura Táctica Global
Jogo Reduzido
Exercícios Competitivos
Jogo Dirigido
Jogo Formal
são definidos da seguinte forma:
1. Exercícios Gerais – Exercícios completamente diferentes da estrutura
de competição, quer porque não incluem nenhum elemento específico
da estrutura externa da competição quer porque apenas inclui alguns
elementos da sua estrutura interna. Influenciam indirectamente o
desenvolvimento das capacidades e habilidades específicas do
Basquetebol.
Gerais sem bola – Têm por objectivo melhorar a condição física geral,
preparar o atleta para a actividade física e recuperar das cargas aplicadas. Ex.:
exercícios de força, flexibilidade.
Gerais com bola – Têm por objectivo desenvolver as habilidades de manejo
de bola, de forma facilitada, as aquisições específicas do Basquetebol. Ex.:
exercícios de manejo de bola, drible sentado.
2. Exercícios Especiais – Contém elementos dos exercícios de
competição, mas representam apenas fracções da competição.
Influencia directamente o desenvolvimento das capacidades e
habilidades do Basquetebol.
Exercícios Especiais sem bola – Têm por objectivo as aquisições das
técnicas de deslocamento. Ex.: exercícios de deslizamento defensivo.
Exercícios Especiais com bola – Têm por objectivo a aquisição das
habilidades técnico-tácticas específicas do Basquetebol. Dividem-se em:
 Simples – Reprodução de um gesto isolado (concentração na execução
técnica). Ex.: trabalho de pulso, passe frente a frente.
Metodologia
32
 Combinados – Encadeamento de gestos técnicos. A execução das
habilidades é antecedida ou precedida de um movimento ou
deslocamento, embora em condições controladas. Ex.: drible e
lançamento na passada, passe em progressão com finalização em
lançamento, circuito de elementos técnicos.
 Complexos – Situações de exercitação com oposição envolvendo
acções individuais ou a coordenação de acção de dois ou mais
jogadores com restrições de vários níveis (espaço, tempo e acção
condicionada). Ex.: 1x1 com um apoio, 1x1 num quarto de campo, 2x1
mais um defensor que recupera a posição.
 Exercícios de estruturas tácticas parciais – Exercícios referenciados a
fracções da estrutura global. Ex.: 2x2 em meio campo + contra-ataque.
 Exercícios de estrutura táctica global – Exercícios referenciados à
totalidade da estrutura táctica. Ex.: 5x0 em meio-campo.
 Jogo reduzido – Situação de jogo com um número reduzido de
jogadores. Ex.: 2x2, 3x3, 4x4.
3. Exercícios Competitivos – São os que possuem o mais elevado grau
de semelhança com a competição, nomeadamente ao nível do número
de jogadores.
Jogo Dirigido – Situação de jogo em que existem adaptações às regras ou a
elementos estruturais. Situação de jogo com tema. Ex.: Jogo sem drible, jogo
com obrigatoriedade de passe e corte.
Jogo Formal – situação de jogo com características da competição oficial.
Ex.: Jogos oficiais amigáveis, jogos de treino, 5x5 a campo inteiro sem
alteração de regras.
B) Métodos de Treino
Para a definição desta categoria e na construção da presente aplicação
foi utilizada uma classificação dividida em duas grandes categorias: Métodos
baseados no jogo e métodos não baseados no jogo que por sua vez são
definidos pelas subcategorias que enunciamos de seguida:
Metodologia
33
 Métodos baseados no jogo
 Pequenos jogos sem bola;
 Pequenos jogos com bola;
 Jogo formal.
 Métodos não baseados no jogo (exercícios que não contém qualquer
forma de jogo)
C) Conteúdos de Treino
Os conteúdos contemplados na presente aplicação informática foram
definidos tendo em conta as seguintes categorias e subcategorias.
1. Preparação Física – Capacidades coordenativas e condicionais;
2. Preparação Técnica – Técnica individual ofensiva com e sem bola e
técnica individual defensiva.
3. Preparação Táctica – Situações de 1x1, 2x2, 3x3, 4x4, 5x5 (ataque
posicional, defesa colectiva, ataque campo inteiro, defesa campo
inteiro e jogo campo inteiro), transição defesa–ataque e ataque–
defesa, contra-ataque e ataque rápido, situações de inferioridade
numérica e situações de reposição de bola em jogo;
4. Preparação Psicológica
5. Testes de Avaliação (Físicos, Médicos e Técnicos)
D) Cargas de Treino e Competição
Na estrutura de cargas de treino e competição a definição da estrutura
assenta nos seguintes indicadores:
1 )Número total de treinos realizados
2 )Frequência semanal de treino
3 )Número de meses de preparação
4 )Número de jogos oficiais e de treino
5 )Relação entre o número de treinos e o número de competições.
Metodologia
34
4.1.3. 3ª Fase: Programação das categorias e operações com as
categorias
Nesta fase procedemos ao planeamento da aplicação informática, que
passou pela construção de uma folha de cálculo que tivesse todos os
elementos necessários à análise das estruturas de treino. Esta folha será a
única onde se fazem os lançamentos dos dados, permite o registo diário do
treino, designámo-la por folha mensal e na aplicação aparece com a
denominação “nº Mês”. Como uma época desportiva tem no máximo doze
meses, criámos doze folhas, que aparecerão na aplicação com as designações
de “1º Mês” a “12º Mês”.
A partir desta folha e através de hiperligações criadas ou da barra de
separadores teremos acesso aos diferentes tratamentos de dados, visto que o
objectivo é a simplificação de procedimentos. As folhas a que passamos a
aceder e criadas a partir da folha mensal são: i) “Registo Anual”, ii) folhas
principais de cada uma das estruturas de treino, iii) folhas de índices, iv) folhas
de gráficos e v) folhas de quadros. Explicitaremos a função de cada folha
aquando da sua abordagem.
Folhas Mensais
Comecemos então pela elaboração das folhas mensais. Nestas folhas
construiremos tabelas com as seguintes estruturas do treino: conteúdos de
treino, métodos de treino e meios de treino. Os dados referentes às cargas de
treino e competição resultarão directamente de categorias definidas na
estrutura conteúdos de treino e integradas na referida tabela. Estas folhas
mensais serão elaboradas de modo a poderem receber os dados dos cinco
microciclos semanais, possíveis em cada mês, em vez da criação de folhas
separadas por cada microciclo. Nestas folhas os cinco microciclos aparecem
dispostos verticalmente.
Destacamos igualmente o facto de nos microciclos surgirem os dias da
semana de 2ª Feira a Domingo. Quando o mesociclo não utiliza os cinco
microciclos previstos, o microciclo não preenchido vai aparecer com o número
Metodologia
35
“0” na folha de registo anual para que só se contabilizem os microciclos
efectivamente realizados.
Nesta folha estão presentes 2 botões com a designação de “VOLTAR
AO REGISTO ANUAL” que permitem a hiperligação à folha “Registo Anual”,
visualizando-a na parte da tabela referente aos conteúdos de treino e cargas
de treino e competição. Um dos botões com forma quadrada e de cor vermelha
localiza-se no canto superior do lado direito da tabela do primeiro microciclo. Já
o segundo botão com a forma rectangular e cor vermelha encontra-se
localizado por debaixo dos dados totais referentes ao último microciclo.
Em síntese nestas folhas serão lançados, calculados e visualizados os
dados relativos a:
 Mês de referência;
 O número do microciclo;
 Período de intervenção ou incidência do microciclo;
 O número da unidade de treino;
 Número de treinos e dia da semana da sua realização;
 Número total de treinos por microciclo;
 Número de jogos oficiais e dia da semana da sua realização;
 Número total de jogos oficiais por microciclo;
 Número de jogos treino e dia da semana da sua realização;
 Número total de jogos treino por microciclo;
 Minutos utilizados por treino e microciclo em cada uma das categorias
dos conteúdos de treino, dos métodos de treino e dos meios de treino;
 Valor percentual por microciclo de cada subcategoria dos conteúdos de
treino.
Estas 12 folhas mensais acedem-se através da barra de separadores e
estão assinaladas a cor azul claro. O seu acesso é feito de duas maneiras: i) a
partir da folha mensal clicando na folha pretendida da barra de separadores, ou
ii) a partir da folha anual através de hiperligação, por clique na designação do
respectivo mês (situação apenas possível quando já existam lançamentos nas
folhas mensais correspondentes a esse mês).
Metodologia
36
Em suma, é nestas folhas que é centralizada a informação. As restantes
folhas da aplicação, acedidas através das hiperligações criadas e/ou da barra
de separadores, limitam-se a recorrer aos dados destas para os respectivos
tratamentos.
Folha de “Registo Anual”
Nesta 2ª folha da aplicação fica retratada a perspectiva macro do
planeamento através de 3 tabelas, dispostas verticalmente, representando
respectivamente:
 Tabela 1: Conteúdos de Treino e Cargas de Treino e Competição;
 Tabela 2: Métodos de Treino;
 Tabela 3: Meios de Treino.
Assim, nesta folha é permitido visualizar os valores em minutos de cada
conteúdo das categorias das estruturas de treino consideradas, por microciclo.
Resumidamente permite-nos visualizar num enquadramento anual:
Na 1ª Tabela:
 O número do microciclo;
 Período de intervenção ou incidência do microciclo;
 O nome do mês do agrupamento de microciclos;
 Número total de treinos por microciclo;
 Número total de jogos oficiais por microciclo;
 Número total de jogos de treino por microciclo;
 Minutos utilizados por microciclo em cada uma das categorias dos
conteúdos de treino.
Na 2ª Tabela:
 O número do microciclo;
 Minutos utilizados por microciclo em cada uma das categorias dos
métodos de treino.
Na 3ª Tabela:
 O número do microciclo;
Metodologia
37
 Minutos utilizados por microciclo em cada uma das categorias dos
meios de treino.
Permite-nos igualmente:
 através da mensagem, “CERTO” ou “ERRADO”, nas tabelas 2 e 3,
verificar a coerência dos valores registados, nas estruturas de treino,
métodos e meios, com os valores lançados nos conteúdos da folha
mensal;
 a hiperligação ao ficheiro “Menu (Registo do Planeamento Plurianual)”
é feita através de botão com a designação “MENÚ”, com forma
quadrada e de cor rosa, disposto no canto superior direito da folha, por
cima da Tabela 1;
 a hiperligação à folha principal denominada “Carga Treino e
Competição”, através de botão com a designação “Carga Treino e
Competição” de forma rectangular e de cor laranja, disposto debaixo e
do lado esquerdo dos conteúdos da Tabela 1;
 a hiperligação à folha principal denominada “Conteúdos de Treino”,
através de botão com a designação “Conteúdos” de forma rectangular
e de cor verde, disposto debaixo e do lado direito dos conteúdos da
Tabela 1;
 a hiperligação à folha principal denominada “Métodos Treino”, através
de botão com a designação “Métodos” de forma rectangular e de cor
amarela, disposto debaixo e do lado esquerdo dos conteúdos da
Tabela 2;
 a hiperligação à folha principal denominada “Meios Treino”, através de
botão com a designação “Meios” de forma rectangular e de cor azul-
turquesa, disposto debaixo e do lado esquerdo dos conteúdos da
Tabela 3;
 as transferências de dados para outras folhas, concretamente para as
folhas principais da cada estrutura de treino e para as folhas com
quadros.
Relativamente à característica da verificação da coerência dos valores
registados nas estruturas de treino, métodos de treino e meios, com os valores
Metodologia
38
lançados nos conteúdos da folha mensal, compete-nos informar que esta é
controlada por funções das categorias de lógica e de matemática que permitem
a visualização da palavra “CERTO” ou “ERRADO” na folha, de modo a que o
valor do somatório obtido em cada microciclo para os métodos de treino e para
os meios de treino seja igual ao valor do somatório por microciclo de todos os
conteúdos de treino retirados os valores relativos aos conteúdos de
“Preparação Psicológica” e “Testes de Avaliação”.
De salientar que apenas existe uma folha de “Registo Anual” e que esta
se encontra na barra de separadores, assinalada com a cor verde claro. O seu
acesso pode ser feito de duas maneiras: i) clicando nesta folha, na barra de
separadores, ou ii) através de hiperligação por clique nos botões de “VOLTAR
AO REGISTO ANUAL” que se encontram nas folhas principais.
Folhas Principais
Estas folhas com a designação de principais contemplam cada uma das
estruturas de treino e vão centralizar o tratamento da informação que
entretanto foi sendo calculada e visualizada nas folhas mensais e na folha de
“Registo Anual”. Na presente aplicação informática temos 4 folhas principais
relativas às quatro estruturas de treino que analisamos e que se correspondem
de acordo com o Quadro 2.
Quadro 2 – Designação das folhas principais e estrutura do treino a que correspondem
Designação das folhas principais Estruturas de Treino
Carga Treino e Competição Carga de Treino e Competição
Métodos Treino Métodos de Treino
Meios Treino Meios de Treino
Conteúdos de Treino Conteúdos de Treino
Folha de “Carga de Treino e Competição”
A folha de “Carga de Treino e Competição”, denominada na presente
aplicação de “Carga Treino e Competição” à qual acedemos a partir: i) da barra
Metodologia
39
de separadores e na cor laranja, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio
de botão de hiperligação.
A presente folha é constituída por duas tabelas dispostas verticalmente,
representando respectivamente:
 Tabela 1: Cargas de Treino e Competição por mesociclo e macrociclo;
 Tabela 2: Cargas de Treino e Competição por microciclo e macrociclo.
Esta folha permite:
Calcular e apresentar tabelas com dados por microciclo referentes a:
 Número total de unidades de treino;
 Total do volume de treino em minutos;
 Duração média em minutos de cada unidade de treino;
 Número total de competições oficiais (jogos oficiais);
 Relação do número de unidades de treino por jogo;
 Relação do volume de treino em minutos por jogo.
Calcular e apresentar tabelas com dados por mesociclo referentes a:
 Número total de microciclos;
 Número total de unidades de treino;
 Total do volume de treino em minutos;
 Duração média em minutos de cada unidade de treino;
 Número total de competições oficiais (jogos oficiais);
 Relação do número de unidades de treino por jogo;
 Relação do volume de treino em minutos por jogo.
Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:
 Número total de microciclos;
 Número total de unidades de treino;
 Total do volume de treino em minutos;
 Duração média em minutos de cada unidade de treino;
 Número total de competições oficiais (jogos oficiais);
 Relação do número de unidades de treino por jogo;
Metodologia
40
 Relação do volume de treino em minutos por jogo;
 Número médio das unidades de treino por mesociclo;
 Duração média em minutos do volume de treino por mesociclo;
 Número médio de competições oficiais (jogos oficiais) por mesociclo;
 Número médio das unidades de treino por microciclo;
 Duração média em minutos do volume de treino por microciclo;
 Número médio de competições oficiais (jogos oficiais) por microciclo.
Visualizar as colunas dos microciclos que não foram utilizados.
Através de mensagem, “Ocultar a Linha” em estilo negrito e a cor
vermelha, chama-nos a atenção para os microciclos não preenchidos
que devemos ocultar para não prejudicar a elaboração de gráficos.
Hiperligação à folha “Registo Anual”.
Através de botão com forma rectangular e de cor vermelha que diz
“VOLTAR AO REGISTO ANUAL” disposto no lado direito, entre as duas
tabelas presentes, é possível voltar à folha de “Registo Anual”, na parte
relacionada com os conteúdos de treino.
Representação gráfica de dados.
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
laranja, podemos aceder aos seguintes gráficos:
 Gráf. CTC (1): Valores absolutos mensais do volume de treino em
unidades de treino (UT) e de competição (Jogos); Relação entre as
duas variáveis (UT/Jogo);
 Gráf. CTC (2): Relação mensal entre volume de treino (em minutos) e
volume de competição (jogos);
 Gráf. CTC (3): Valores por microciclo do número de unidades de treino
e de jogos oficiais efectuados;
 Gráf. CTC (4): Valores por microciclo da relação entre o número de
unidades de treino e de jogos oficiais e variação dos valores absolutos
dos jogos oficiais;
 Gráf. CTC (5): Valores absolutos mensais dos minutos de treino e
relação dos minutos de treino com os jogos.
Metodologia
41
Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados:
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
laranja e por hiperligações presentes na folha de “Índice de quadros”
podemos aceder aos dados referentes a:
 Quadro CTC (1): Carga de treino e competição mensal e anual:
microciclos abrangidos, número de unidades de treino (UT), total de
minutos de treino, média de minutos por unidade de treino, número de
jogos, número de unidades de treino por jogo, e minutos de treino por
cada jogo;
 Quadro CTC (2): Carga de treino e competição - (semanal): número do
microciclo; (anual): microciclos abrangidos, e média de minutos por
microciclo; (semanal e anual): número de unidades de treino (UT), total
de minutos de treino, média de minutos por unidade de treino, número
de jogos, número de unidades de treino por jogo, e minutos de treino
por cada jogo;
 Quadro CTC (3): Médias, desvios padrão (DP) e respectivos
coeficientes de dispersão (CD) mensal e por microciclo das cargas de
treino e de competição: minutos de treino, nº de unidades de treino e nº
de competições (jogos oficiais).
Folha de “Métodos de Treino”
A folha de “Métodos de Treino” denominada na presente aplicação de
“Métodos Treino” à qual acedemos a partir: i) da barra de separadores e na cor
amarela, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio de botão de
hiperligação, permite:
Calcular e apresentar tabelas com dados por microciclo e mesociclo
referentes a:
 Total de minutos por cada método de treino;
 Número total de minutos dos métodos de treino;
Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:
 Total de minutos por cada método de treino;
Metodologia
42
 Número total de minutos dos métodos de treino;
 Total de minutos por cada subcategoria dos métodos de treino
agrupados nas duas categorias (métodos não baseados no jogo e
métodos baseados no jogo)
 Número total de minutos dos métodos de treino agrupados em duas
categorias (métodos não baseados no jogo e métodos baseados no
jogo);
 Valor médio dos minutos utilizados em cada método de treino por
microciclo e mesociclo;
 Valor do desvio padrão em cada método de treino por microciclo e
mesociclo;
 Valor do coeficiente de dispersão em cada método de treino por
microciclo e mesociclo.
Visualizar as colunas dos microciclos e mesociclos que não foram
utilizados.
Através da mensagem, “X” em estilo negrito e a cor vermelha, surgida na
coluna correspondente, chama-nos a atenção para os microciclos e
mesociclos não preenchidos que devemos ocultar para não prejudicar a
elaboração de gráficos ou eliminar para não afectar os cálculos do
desvio-padrão representados nos quadros.
Hiperligação à folha “Registo Anual”.
Através de botão com forma quadrada e de cor vermelha que diz
“VOLTAR AO REGISTO ANUAL” disposto no canto inferior esquerdo da
folha é possível voltar à folha de “Registo Anual”, na parte relacionada
com os métodos de treino.
Representação gráfica com dados relativos aos microciclos.
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
amarela, podemos aceder ao seguinte gráfico:
 Gráf. Mét.T (1): Variações percentuais do volume de treino por cada
método de treino.
Representação gráfica com dados relativos aos mesociclos.
Metodologia
43
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
amarela, podemos aceder ao seguinte gráfico:
 Gráf. Mét. T (2): Variações percentuais do volume de treino por cada
método de treino.
Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados:
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
amarela e por hiperligações da folha de “Índice de quadros” podemos
aceder aos dados referentes a:
 Quadro Mét. T. (1): Valores anuais em minutos, em minutos por
unidade de treino (Min/UT) e em percentagem (%), para cada método
de treino e agrupado em duas categorias (métodos não baseados no
jogo e métodos baseados no jogo);
 Quadro Mét. T. (2): Valores mensais e anuais em minutos para cada
método de treino
 Quadro Mét. T. (3): Valores por microciclo e mesociclo das: médias,
desvios padrão (DP) e respectivos coeficientes de dispersão (CD) para
cada método de treino.
Folha de “Meios de Treino”
A folha de “Meios de Treino” denominada na presente aplicação de
“Meios Treino” à qual acedemos a partir: i) da barra de separadores e na cor
azul turquesa, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio de botão de
hiperligação, permite:
Calcular e apresentar tabelas com dados por microciclo e mesociclo
referentes a:
 Total de minutos por cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias
dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e
exercícios competitivos);
 Número total de minutos das 11 subcategorias das 3 categorias dos
meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios
competitivos);
Metodologia
44
 Total de minutos por cada uma das categorias dos meios de treino
classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de
preparação específica);
 Número total de minutos das categorias dos meios de treino
classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de
preparação específica);
Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:
 Total de minutos por cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias
dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e
exercícios competitivos);
 Número total de minutos das 11 subcategorias das 3 categorias dos
meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios
competitivos);
 Total de minutos por cada uma das categorias dos meios de treino
classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de
preparação específica);
 Número total de minutos das categorias dos meios de treino
classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de
preparação específica);
 Total de minutos de cada uma das 3 categorias dos meios de treino
(exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);
 Número total de minutos das 3 categorias dos meios de treino
(exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);
 Valor médio dos minutos utilizados em cada uma das 11 subcategorias
das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios
especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;
 Valor do desvio padrão em cada uma das 11 subcategorias das 3
categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais
e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;
 Valor do coeficiente de dispersão em cada uma das 11 subcategorias
das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios
especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;
Metodologia
45
 Valor médio dos minutos utilizados nas 11 subcategorias das 3
categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais
e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;
 Valor do desvio padrão das 11 subcategorias das 3 categorias dos
meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios
competitivos) por microciclo e mesociclo;
 Valor do coeficiente de dispersão das 11 subcategorias das 3
categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais
e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;
 Valor médio dos minutos utilizados em cada um dos meios de treino
classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de
preparação específica) por microciclo e mesociclo;
 Valor do desvio padrão em cada um dos meios de treino classificados
em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de preparação
específica) por microciclo e mesociclo;
 Valor do coeficiente de dispersão em cada um dos meios de treino
classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e específica)
por microciclo e mesociclo;
 Valor médio dos minutos utilizados nos meios de treino classificados
em 2 categorias (meios de preparação geral e específica) por
microciclo e mesociclo;
 Valor do desvio padrão dos meios de treino classificados em 2
categorias (meios de preparação geral e específica) por microciclo e
mesociclo;
 Valor do coeficiente de dispersão dos meios de treino classificados em
2 categorias (meios de preparação geral e específica por microciclo e
mesociclo);
Visualizar as colunas dos microciclos e mesociclos que não foram
utilizados.
Através da mensagem, “X” em estilo negrito e a cor vermelha, surgida na
coluna correspondente, chama-nos a atenção para os microciclos e
mesociclos não preenchidos que devemos ocultar para não prejudicar a
Metodologia
46
elaboração de gráficos ou eliminar para não afectar os cálculos do
desvio-padrão representados nos quadros.
Hiperligação à folha “Registo Anual”.
Através de botão com forma quadrada e de cor vermelha que diz
“VOLTAR AO REGISTO ANUAL” disposto no canto inferior esquerdo da
folha é possível voltar à folha de “Registo Anual”, na parte relacionada
com os meios de treino.
Representação gráfica com dados relativos aos microciclos.
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
azul turquesa, podemos aceder ao seguinte gráfico:
 Gráf. MT (1): Variações percentuais do volume de treino entre a
Preparação Geral e a Preparação Específica.
Representação gráfica com dados relativos aos mesociclos.
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
azul turquesa, podemos aceder aos seguintes gráficos:
 Gráf. MT (2): Variações percentuais do volume de treino entre a
Preparação Geral e a Preparação Específica;
 Gráf. MT (3): Variações percentuais do volume de treino em cada uma
das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios
gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);
 Gráf. MT (4): Variações do total de minutos em cada uma das 11
subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais,
exercícios especiais e exercícios competitivos).
Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados:
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
azul-turquesa e por hiperligações da folha de “Índice de quadros”
podemos aceder aos dados referentes a:
 Quadro MT (1): Valores anuais relativos aos meios de treino dos
indicadores: minutos totais (min); minutos por unidade de treino
(min/UT) e percentagem (%) dos minutos relativamente ao volume
total, de acordo com diversas categorias: i) 11 subcategorias das 3
Metodologia
47
categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais
e exercícios competitivos), ii) 3 categorias dos meios de treino
(exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos), e,
iii) 4 categorias de acordo com a classificação de Marques, Maia,
Oliveira e Prista (2000);
 Quadro MT (2): Valores absolutos anuais em minutos dos meios de
treino categorizados em meios de preparação geral e específica,
percentagens relativas entre estas duas categorias e do Rácio entre
Preparação Geral (PG) e Preparação Específica (PE);
 Quadro MT (3): Média, desvio padrão (DP) e coeficiente de dispersão
(CD) por microciclo e por mesociclo de cada um dos meios de treino
segundo as 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino
(exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) e 2
categorias (meios de preparação geral e específica).
Folha de “Conteúdos de Treino”
A folha de “Conteúdos de Treino”, denominada na presente aplicação de
“Conteúdos de Treino” à qual acedemos a partir: i) da barra de separadores e
na cor verde, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio de hiperligação.
A presente folha é constituída por 3 tabelas dispostas verticalmente,
representando respectivamente:
 Tabela 1: Totalidade dos indicadores de treino;
 Tabela 2: Categorias dos Conteúdos de Treino (Factores de
Rendimento) por mesociclo e microciclo;
 Tabela 3: Categorias dos Conteúdos de Treino baseada na divisão em
situações tácticas parcelares por mesociclo.
Nesta folha, os dados presentes referem-se às categorias da divisão dos
conteúdos de treino em 90 subsubcategorias que se agrupam em 21
subcategorias que por sua vez se agrupam em 4 categorias dos conteúdos de
treino (“Preparação Física”, “Preparação Técnica”, “Preparação Táctica” e
Metodologia
48
“Preparação Psicológica”). Não fazem parte desta folha os conteúdos relativos
aos “Testes de Avaliação”.
Para melhor compreensão da categorização dos conteúdos de treino e
evitar constante repetição da designação destas categorias ao longo do texto,
apresentamos o seguinte Quadro 3 de referência.
Quadro 3 – Divisão das categorias dos conteúdos de treino
Categorias Subcategorias Subsubcategorias
Preparação Física
Capacidades
Coordenativas
Coordenação
Orientação especial
Equilíbrio
Agilidade
Reacção
Capacidade Condicionais Todas as restantes
categorias podem ser
Preparação Técnica T.I.O. c/ bola
Metodologia
49
T.I.O. s/ bola consultadas na ficha de
volume semanal, apensa
nos “Anexos”.
T.I. Defensiva
Preparação Táctica
Situação de 1 x 1
Situação de 2 x 2
Situação de 3 x 3
Situação de 4 x 4
Transição Defesa-Ataque
Contra-Ataque
Ataque Rápido
Transição Ataque-Defesa
Situações inferioridade
numérica
Ataque posicional (5 x 5)
Defesa colectiva (5 x 5)
Ataque (campo inteiro)
Defesa (campo inteiro)
Jogo campo inteiro
Situações de reposições
bola em jogo
Preparação Psicológica Trabalho psicológico
Total de categorias: 4 Total categorias: 21 Total categorias: 90
Em seguida vamos passar à abordagem de cada uma destas tabelas, na
perspectiva das operações por estas permitidas.
A Tabela 1 permite:
Calcular e apresentar tabelas com dados por mesociclo referentes a:
 Total de minutos por cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade
dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos
conteúdos de treino;
 Número total de minutos das 90 subsubcategorias (totalidade dos
indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos
conteúdos de treino;
 Total de minutos por cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias
dos conteúdos de treino;
Metodologia
50
 Número total de minutos das 21 subcategorias das 4 categorias dos
conteúdos de treino.
Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:
 Total de minutos por cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade
dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos
conteúdos de treino;
 Número total de minutos das 90 subsubcategorias (totalidade dos
indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos
conteúdos de treino;
 Total de minutos por cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias
dos conteúdos de treino;
 Número total de minutos das 21 subcategorias das 4 categorias dos
conteúdos de treino;
 Valor percentual por cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade
dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos
conteúdos de treino;
 Valor percentual por cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias
dos conteúdos de treino;
 Valor médio dos minutos utilizados em cada uma das 90
subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21
subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;
 Valor do desvio padrão em cada uma das 90 subsubcategorias
(totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4
categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;
 Valor do coeficiente de dispersão em cada uma das 90
subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21
subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;
 Valor médio dos minutos utilizados em cada uma das 21 subcategorias
das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;
 Valor do desvio padrão em cada uma das 21 subcategorias das 4
categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;
Metodologia
51
 Valor do coeficiente de dispersão em cada uma das 21 subcategorias
das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;
Visualizar as colunas dos mesociclos que não foram utilizados.
Através da mensagem, “X” em estilo negrito e a cor vermelha, surgida na
coluna correspondente, chama-nos a atenção para os mesociclos não
preenchidos que devemos ocultar para não prejudicar a elaboração de
gráficos ou eliminar para não afectar os cálculos do desvio-padrão
representados nos quadros.
Representação gráfica com dados relativos aos mesociclos.
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
verde, podemos aceder aos seguintes gráficos:
 Gráf. Conteúdos (5): Variação do volume de treino em minutos de cada
uma das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades
condicionais” da categoria “Preparação Física” por mesociclo;
 Gráf. Conteúdos (6): Variação do volume de treino em minutos de cada
uma das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades
coordenativas” da categoria “Preparação Física” por mesociclo;
 Gráf. Conteúdos (7): Variação do volume de treino em minutos de cada
uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual
Ofensiva com bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;
 Gráf. Conteúdos (8): Variação do volume de treino em minutos de cada
uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual
Ofensiva sem bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;
 Gráf. Conteúdos (9): Variação do volume de treino em minutos de cada
uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual
Defensiva” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;
 Gráf. Conteúdos (11): Variação do volume de treino em minutos de
cada uma das subsubcategorias das subcategorias “Ataque Posicional”
e “Defesa Colectiva” da categoria “Preparação Táctica” por mesociclo;
 Gráf. Conteúdos (12): Variação do volume de treino em minutos de
cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Transição Defesa-
Ataque” da categoria “Preparação Táctica” e da subcategoria
Metodologia
52
“Situações de reposição de bola em jogo” da categoria “Preparação
Táctica” por mesociclo;
 Gráf. Conteúdos (13): Variação do volume de treino em minutos de
cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Contra-Ataque
(situações de superioridade numérica)” da categoria “Preparação
Táctica” e da subcategoria “Ataque Rápido” da categoria “Preparação
Táctica” por mesociclo;
Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados:
Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor
verde e por hiperligações da folha de “Índice de quadros” podemos
aceder aos dados referentes a:
 Quadro Cont. (2): Valores em minutos e percentuais (frequência
relativa) da subcategoria “Capacidades Condicionais” da categoria
“Preparação Física” e de cada um das subsubcategorias da
subcategoria “Capacidades Condicionais” da categoria “Preparação
Física” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e
coeficiente de dispersão da subcategoria “Capacidades Condicionais”
da categoria “Preparação Física” e de cada uma das subsubcategorias
da subcategoria “Capacidades Condicionais” da categoria “Preparação
Física” por mesociclo;
 Quadro Cont. (3): Valores em minutos e percentuais (frequência
relativa) da subcategoria “Capacidades Coordenativas” da categoria
“Preparação Física” e de cada uma das subsubcategorias da
subcategoria “Capacidades Coordenativas” da categoria “Preparação
Física” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e
coeficiente de dispersão da subcategoria “Capacidades Coordenativas”
da categoria “Preparação Física” e de cada uma das subsubcategorias
da subcategoria “Capacidades Coordenativas” da categoria
“Preparação Física” por mesociclo;
 Quadro Cont. (4): Valores em minutos e percentuais (frequência
relativa) da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva sem bola” da
categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das subsubcategorias
da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva sem bola” da categoria
Metodologia
53
“Preparação Técnica” por macrociclo; e, valores da média, desvio
padrão e coeficiente de dispersão da subcategoria “Técnica Individual
Ofensiva sem bola” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma
das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva
sem bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;
 Quadro Cont. (5): Valores em minutos e percentuais (frequência
relativa) da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva com bola” da
categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das subsubcategorias
da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva com bola” da categoria
“Preparação Técnica” por macrociclo; e, valores da média, desvio
padrão e coeficiente de dispersão da subcategoria “Técnica Individual
Ofensiva com bola” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma
das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva
com bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;
 Quadro Cont. (6): Valores em minutos e percentuais (frequência
relativa) das subcategorias “Situação de 1x1”, “Situação 2x2”,
“Situação 3x3” e “Situação 4x4” da categoria “Preparação Táctica” e de
cada uma das subsubcategorias das subcategorias “Situação de 1x1”,
“Situação 2x2”, “Situação 3x3” e “Situação 4x4” da categoria
“Preparação Táctica” por macrociclo; e, valores da média, desvio
padrão e coeficiente de dispersão das subcategorias “Situação de
1x1”, “Situação 2x2”, “Situação 3x3” e “Situação 4x4” da categoria
“Preparação Táctica” e de cada uma das subsubcategorias das
subcategorias “Situação de 1x1”, “Situação 2x2”, “Situação 3x3” e
“Situação 4x4” da categoria “Preparação Táctica” por mesociclo;
 Quadro Cont. (7): Valores em minutos e percentuais (frequência
relativa) da subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da categoria
“Preparação Técnica” e de cada um das subsubcategorias da
subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da categoria “Preparação
Técnica” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e
coeficiente de dispersão da subcategoria “Técnica Individual
Defensiva” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das
subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da
categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;
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  • 1. O Controlo das Estruturas de Treino Luís Daniel Pinho Porto, 2007 Construção de uma aplicação informática em EXCEL para descrever, analisar e monitorizar a dinâmica das Estruturas de Treino de Jovens Basquetebolistas
  • 2. O Controlo das Estruturas de Treino Porto, 2007 Construção de uma aplicação informática em EXCEL para descrever, analisar e monitorizar a dinâmica das Estruturas de Treino de Jovens Basquetebolistas Monografia realizada no âmbito da disciplina de Seminário do 5º ano da licenciatura em Desporto e Educação Física, na Área de Desporto de Rendimento – Basquetebol, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Orientador: Mestre Dimas Pinto Luís Daniel Pinho
  • 3. II Agradecimentos Este trabalho é o culminar de um percurso académico e de vida, que não seria possível realizar sem o apoio altruísta de uma série de pessoas que directamente ou indirectamente sempre estiveram presentes nos momentos em que mais precisei de incentivo. A todos eles o meu mais sincero OBRIGADO. Ao Mestre Dimas Pinto, Orientador deste trabalho, o meu muito obrigado, pelo apoio, incentivo, carinho, amizade e disponibilidade total demonstrada ao longo deste trabalho. Ao Doutor Amândio Graça pelo seu apoio, disponibilidade e aconselhamento. Ao Dr. António Paiva pela disponibilidade e esclarecimento de dúvidas relativas à temática do trabalho. À minha mulher, Maria Alzira, e à minha filha, Joana, pelo apoio, paciência e encorajamentos fornecidos nos momentos mais difíceis. À Dr. Rute Tavares Rijo, por me ter incentivado a tirar este curso e apoio social num dos momentos mais difíceis da minha família. À Dr. Rosa Ferreira, orientadora de estágio, pela solidariedade e amizade com que me presenteou. Ao Senhor Fernando Marinho da Reprografia da Faculdade de Desporto do Porto, pela amizade e pelas “vibrações positivas” emanadas. Ao Senhor Coimbra Pereira, vigilante da empresa “Prestibel” na Faculdade, pela consideração e trato amável que teve sempre comigo. A todo o pessoal docente e não docente, desta Faculdade, que de uma forma voluntária e amistosa contribuíram para que chegasse a esta fase. A todos os meus amigos que de uma forma ou outra, me auxiliaram a superar as dificuldades e adversidades que a vida me colocou durante este processo.
  • 4. III Índice Geral Índice de Figuras.............................................................................................IV Índice de Quadros ............................................................................................V Resumo ............................................................................................................VI 1. Introdução..................................................................................................... 1 2. Revisão da Literatura................................................................................... 4 2.1. Planeamento do Treino............................................................................ 4 2.2. Periodização do Treino Desportivo........................................................ 10 2.3. Necessidade de controlar e monitorizar o planeamento........................ 15 2.3.1. A importância de registar e monitorizar........................................... 15 2.3.2. A importância das tecnologias de informação................................. 16 2.4. Estruturas de Treino .............................................................................. 19 2.4.1. Meios de Treino............................................................................... 19 2.4.2. Métodos de Treino .......................................................................... 22 2.4.3. Conteúdos de Treino....................................................................... 23 2.4.4. Cargas de Treino e Competição...................................................... 25 3. Objectivos................................................................................................... 27 3.1. Objectivo principal ................................................................................ 27 3.2. Objectivos específicos .......................................................................... 27 4. Metodologia ................................................................................................ 29 4.1. Fases da construção do instrumento..................................................... 29 4.1.1. 1ª Fase: Levantamento e selecção de categorias........................... 29 4.1.2. 2ª Fase: Definição das categorias................................................... 30 4.1.3. 3ª Fase: Programação das categorias e operações com as categorias.................................................................................................. 34 4.1.4. 4ª Fase: Ensaio e teste de controlo; e redacção do estudo ............ 60 5. Conclusões................................................................................................. 75 6. Bibliografia.................................................................................................. 77 7. Anexos ........................................................................................................ 83
  • 5. IV Índice de Figuras Figura 1 – Imagem da pasta com a base de dados no ambiente de trabalho do Windows........................................................................................................... 62 Figura 2 – Ficheiros contidos na pasta “Base Dados Basquetebol” ................ 62 Figura 3 – Folha “Menú” do ficheiro “Menú (Registo do Planeamento Plurianual)”....................................................................................................... 63 Figura 4 – Folha de “Registo Anual” (aspecto parcial) .................................... 64 Figura 5 – Tabelas da Folha de “Registo Anual” (aspecto parcial).................. 65 Figura 6 – Barra de separadores (aspecto parcial) ......................................... 65 Figura 7 – “Folha mensal” (visualização parcial) ............................................. 66 Figura 8 – Exemplo (parcial) da interligação entre as “Folhas mensais” e “Folha de Registo Anual”............................................................................................. 67 Figura 9 – Exemplo da interligação de dados entre várias folhas relativamente às cargas de treino e competição..................................................................... 68 Figura 10 – Representação das mensagens surgidas na folha de “Registo Anual”............................................................................................................... 68 Figura 11 – Folha “Carga de Treino e Competição” (aspecto parcial)............. 69 Figura 12 – Folha “Métodos Treino” (aspecto parcial)..................................... 69 Figura 13 – Folha “Meios Treino” (aspecto parcial) ......................................... 70 Figura 14 – Folha “Conteúdos Treino” (aspecto parcial) ................................. 70 Figura 15 – Folha “Índice de quadros” (aspecto parcial) ................................. 71 Figura 16 – Folha “Índice de Gráficos” (aspecto parcial)................................. 71 Figura 17 – Exemplo de um dos quadros (tabelas) obtidos pela aplicação..... 72 Figura 18 – Exemplo de uma das representações gráficas obtidos pela aplicação .......................................................................................................... 72 Figura 19 – Folha “Menu” (aspecto parcial) do ficheiro “Comparação entre Épocas” ............................................................................................................ 73 Figura 20 – Folha de “Informações” do ficheiro “Comparação entre Épocas” . 73 Figura 21 – Comparação de variáveis entre épocas distintas por meio da representação gráfica....................................................................................... 74
  • 6. V Índice de Quadros Quadro 1 – Categorias dos meios de treino utilizadas no presente estudo..... 31 Quadro 2 – Designação das folhas principais e estrutura do treino a que correspondem .................................................................................................. 38 Quadro 3 – Divisão das categorias dos conteúdos de treino .......................... 48 Quadro 4 – Número e temas dos ficheiros da base de dados do presente estudo .............................................................................................................. 61
  • 7. VI Resumo O planeamento é uma das funções mais importantes da actuação do treinador. Esse planeamento deve estar registado e permitir a sua permanente avaliação e monitorização. O objectivo do nosso trabalho foi construir uma aplicação informática em Excel, que facilitasse o registo das estruturas do treino utilizadas no processo de planeamento e periodização do treino. A metodologia utilizada recorreu à revisão bibliográfica dos estudos que caracterizavam o planeamento de alguns treinadores procedendo-se ao levantamento das categorias utilizadas, à selecção das categorias a considerar e à sua definição. De seguida procedeu-se à programação e operacionalização das categorias a tratar na aplicação em Excel. Por fim, procedeu-se ao ensaio e teste de controlo da aplicação obtida e à redacção do respectivo manual do utilizador. Como conclusão podemos dizer que obtivemos uma aplicação informática que ao registar as unidades de treino e as cargas efectivamente utilizadas em minutos, em cada um dos conteúdos, vai permitir de imediato obter dados relativos ao planeamento e periodização e tratar as seguintes estruturas do treino: i) Meios de Treino; ii) Métodos de Treino; iii) Conteúdos de Treino; e, iv) Cargas de Treino e Competição, gerando automaticamente quadros e gráficos. Palavras chave: BASQUETEBOL – PERIODIZAÇÃO – PLANEAMENTO – ESTRUTURAS DE TREINO – INFORMÁTICA
  • 8. Introdução 1 1. Introdução O Desporto desde o século XX tomou uma dimensão que permite que seja considerado como um dos traços caracterizadores da contemporaneidade, já que é inegável o seu contributo social e cultural, sendo o seu valor contributivo para a formação de crianças e jovens inigualável. Para o desenvolvimento do Desporto e concretamente do Basquetebol tem sido reconhecido o papel do treinador, ao qual é encetada a tarefa primordial de planear e periodizar o processo de treino. Este tem de ser competente e dominar várias competências já que nem todos os atletas são iguais e não é indiferente se estão a trabalhar com adultos ou com crianças e jovens. No entanto e apesar da importância reconhecida do treinador no processo de treino, a escassez de estudos não reflecte essa relevância. Contudo, é de realçar a existência de alguns estudos monográficos realizados por alunos da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, como os casos de: Gonçalves (2001), Santos (2001), Furriel (2002), Costa (2003), Pedro Esteves (2003), Nuno Esteves (2003), Paiva (2004) e Moreira (2006) que visaram descrever e interpretar o planeamento de vários treinadores debruçando-se ora sobre parâmetros anuais ou através da variação desses parâmetros ao longo das épocas desportivas. No entanto encontra-se ainda muito por fazer. A inexistência de uma base teórica para o trabalho dos treinadores de jovens leva a que este seja de certa forma empírico. O seu processo de treino é, na maior parte das vezes, desconhecido pelos metodólogos do treino, porque se existem documentos de treino, estes não estão disponíveis para serem examinados (Marques, Maia, Oliveira e Prista, 2000). Em nossa opinião um dos factores que tem prejudicado a falta de registo por parte dos treinadores daquilo que efectivamente treinam, i.e. o “como” treinam e o “que” treinam, é a dificuldade de aceder a ferramentas informáticas
  • 9. Introdução 2 que permitam de uma forma simples recolher dados e realizar o seu tratamento, embora já existam, no mercado nacional e internacional, um conjunto variado de aplicações que já vão permitindo registar algum tipo de trabalho. Neste sentido surge a pertinência do nosso estudo que pretende construir um instrumento de fácil manuseamento, de recolha e análise de dados, em Excel, que permita registar, monitorizar e avaliar o planeamento do treinador considerando a dinâmica das diferentes estruturas de treino (meios, métodos, cargas e conteúdos). Este trabalho está estruturado da seguinte forma: introdução, revisão da literatura, objectivos, metodologia, conclusões, bibliografia e, por fim, pelos anexos. No capítulo da “Revisão da Literatura” procuramos expor alguns conteúdos teóricos nomeadamente a nível dos conceitos “Planeamento”, “Periodização”, “Meios de Treino”, “Métodos de Treino”, “Cargas de Treino e Competição” e “Conteúdos de Treino” que permitem enquadrar a classificação por nós seleccionada para o presente instrumento. Igualmente fizemos referência à importância da recolha de dados e controlo do planeamento bem como a utilização de software para auxílio desta tarefa. No capítulo “Objectivos” descrevermos o objectivo principal e os objectivos específicos pretendidos com o presente estudo. No capítulo da “Metodologia” apresentamos as diversas fases da construção do instrumento, que passamos a enumerar: 1ª Levantamento e selecção das categorias; 2ª Definição das Categorias; 3ª Programação das categorias e operações com as categorias e 4ª Ensaio e teste de controlo; e redacção do estudo. Seguir-se-á o capítulo “Conclusões” onde, de forma sucinta, referimos as principais conclusões do nosso estudo. O capítulo “Bibliografia” contém referências das obras consultadas e antecede o capítulo “Anexos”, onde surge a ficha de registo de conteúdos,
  • 10. Introdução 3 utilizada para a recolha de dados, bem, como o CD-ROM com a aplicação informática.
  • 11. Revisão da Literatura 4 2. Revisão da Literatura 2.1. Planeamento do Treino Planear faz parte do quotidiano do ser humano, já que todos os dias, as pessoas fazem planos para as mais diversas actividades. As pessoas descobriram que realizar planos específicos torna as actividades mais fáceis e melhores. No contexto desportivo o valor e a utilidade de um planeamento cuidado têm sido largamente reconhecidos pelos especialistas. Quando um atleta ou uma equipa se esforçam para alcançar um pico de forma para a(s) mais importante(s) competição(ões) do ano, a utilidade e necessidade de planeamento torna-se mais evidente. Ter um plano para o sucesso é melhor do que deixar que esse pico de forma aconteça à sorte ou apareça antes ou depois da competição mais importante. Reconhecer este facto é de fulcral importância para planear um programa de treino. O processo de treino deve ser realizado antes do treino ter começado (Grosso, 2006). Actualmente, os avanços verificados no planeamento do treino converteram este sector estratégico do desporto num dos seus elementos mais estudados (Campos Granell e Ramon Cervera, 2001). No entanto este facto é parcialmente contradito por Grosso (2006) quando afirma que tem existido até há pouco tempo uma menor atenção do que a merecida à importância do planeamento, por parte de treinadores e atletas em muitos desportos. De acordo com Araújo (1982) o treino desportivo é uma actividade que assenta em bases científicas próprias sendo organizada e planificada nos seus mais ínfimos pormenores com o objectivo de preparar os atletas para alcançarem o maior rendimento possível. Para que o desenvolvimento desportivo do atleta seja optimizado é necessário organizar o processo de treino de uma forma sistemática, no
  • 12. Revisão da Literatura 5 sentido de possibilitar ao atleta a vivência de situações de aprendizagem, devidamente estruturadas concorrentes para a sua formação (Mesquita, 1997). Conforme já referenciamos anteriormente, a importância do planeamento parece ser consensual entre vários autores. Para Moreno (1989), o planeamento é a base de toda a actividade e do progresso desportivo, é um meio organizado, metodológico e científico que permite orientar, programar e organizar as tarefas de treino para atingir determinados objectivos, repetindo os elementos fundamentais do conteúdo de treino e alterando as tarefas de acordo com as fases, os estádios e períodos do processo de treino. Da mesma forma, Comas (1991) considera que o planeamento é um instrumento imprescindível para se que se possa alcançar os objectivos delineados para a actividade física. Para Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blázquez Castiñeira (2007) o planeamento do treino é o primeiro passo para a consecução do rendimento desportivo. Depois o treinador deverá levar a cabo o planeado e treinar, para posteriormente aplicá-lo na competição. Segundo Castelo (1998) um planeamento claro, consistente e coerente de finalidades e objectivos, permite a eficácia da preparação dos praticantes e das equipas para a competição. Campos Granell e Ramon Cervera (2001) referem que os resultados obtidos pelos desportistas são consequência directa da aplicação de sofisticados sistemas e programas de treino meticulosamente ponderados. A necessidade e a importância do planeamento são independentes do escalão etário. Todos os treinadores devem ter estruturado o que querem fazer e onde querem chegar com a equipa e com cada jogador. Não importa se é um trabalho de curta, média ou longa duração. Planificação significa organização de ideias e de objectivos pelo que o planeamento deve retirar tanto quanto possível o espaço à improvisação do momento (Alderete e Osma, 1998).
  • 13. Revisão da Literatura 6 Para Mesquita (1997) “planear consiste em delinear antecipadamente aquilo que deve ser realizado, como deve ser feito e quem é que o deve efectuar”. No entanto, esta autora salienta também a importância da análise diagnóstica contínua como forma de ir ajustando o plano previamente traçado. As alterações ao plano inicial são perfeitamente normais e não significam falhas na concepção do mesmo. Em concomitância, Curado (1982) atesta que o objectivo principal do planeamento consiste em procurar conseguir que os elementos resultantes da actividade cuidadosamente organizada se venham a sobrepor aos acidentais e tendam a eliminar completamente estes últimos. Para Cunha (1999), o planeamento reúne todo o conjunto de medidas necessárias para a elaboração do treino. Coloca o treinador na presença de todas as condições e elementos necessários para a optimização da actividade em causa. Trata-se de organizar a estrutura, a realização, o controlo e a avaliação do treino em sintonia com os objectivos pretendidos, quer sejam a longo, médio ou curto prazo (M. López López, I. López López e Vélez Cardena, 2000). Assim, e de acordo com Oliveira (1997), para uma melhor racionalização dos esforços, o planeamento deve ser um processo conduzido por etapas – paralelas ou não – a nível metodológico: avaliação diagnóstica; determinação de objectivos; determinação dos conteúdos e dos meios da preparação; análise do calendário; periodização do treino; e realização gráfica. Mesquita (1997), por seu lado, propõe três tarefas sequenciais para que o planeamento seja eficaz: - Determinar o que quer fazer (com base na análise daquilo que se tem, perspectivar onde pretende chegar); - Escolher como o vai fazer (estabelecer a metodologia e os meios a utilizar no processo; contemplar a possibilidade de ter que efectuar ajustamentos); - Realizar o plano (sistematização por escrito).
  • 14. Revisão da Literatura 7 De acordo com Alderete e Osma (1998) e Matvéiev (1981), o planeamento pode ser:  Anual – diz respeito a toda a época desportiva;  Mensal – permite observar as planificações anteriores e alterar o que for preciso;  Semanal – dias de treino, de jogo e de descanso;  Diária – a estrutura fundamental da sessão de treino. A planificação anual cobre um ano inteiro de treino desportivo e é dividido em unidades mais pequenas, as quais têm uma designação e propósito específico – são as estruturas de planificação. Estas unidades têm dimensões temporais distintas e conforme vamos descendo desde as que tem maior dimensão temporal para as de menor dimensão temporal, os objectivos vão passando de mais gerais para mais específicos. Como tal a focalização e o refinamento das actividades vão aumentando desde a estrutura mais global para a mais específica. Vários autores têm classificado as estruturas de planificação. No entanto para contextualizar o presente trabalho, apenas vamos citar um autor, no caso Bompa (1983, 1990 e 1994) que as dividiu as estruturas de planificação do seguinte modo:  Macrociclo – representa uma única época competitiva (pico competitivo) e pode ser de qualquer duração, de modo a cobrir o calendário anual inteiro, dependendo de como a época desportiva é definida;  Períodos de Treino – representa a divisão subsequente ao macrociclo. Existem três períodos de treino dentro de um macrociclo. È a parte da época usada para identificar os principais focos do programa de treino que estão a ser seguidos (i.e. preparação, competição e transição);  Fases de Treino – representa a divisão seguinte aos períodos de treino. Cada período de treino é subdividido em um, dois ou três fases de treino. As fases de treino incidem a sua atenção nos programas de treino do mais geral para o mais específico;
  • 15. Revisão da Literatura 8  Mesociclo – cada fase de treino está dividida em um ou mais mesociclos. Cada mesociclo deve ter um propósito (objectivo) principal. No entanto também pode ter um ou mais objectivos secundários;  Microciclo – cada mesociclo é dividido em um ou mais microciclos. O microciclo é a chave da construção de um plano de treino completo desde que existe a combinação correcta de microciclos que desenvolvem adequadamente o atleta. Cada microciclo deve ter igualmente um objectivo principal;  Sessões de Treino – qualquer microciclo é constituído por uma ou mais sessões de treino. Cada sessão de treino deve ter planeado um ou mais objectivos específicos em mente. As sessões de treino estão divididas em uma ou mais unidades de treino. Cada actividade separada numa sessão de treino é uma unidade de treino (e.g., aquecimento, intervalos na sessão, retorno à calma, etc.);  Unidades de Treino – cada sessão de treino consiste numa ou mais unidades de treino. As unidades de treino são a divisão menor de um planeamento de treino. Cada unidade de treino é uma actividade específica e deve ter um motivo específico a ser cumprido (i.e. objectivo). O planeamento para uma equipa de formação deve ser diferente do planeamento de uma equipa sénior, já que este deve ser feito para várias épocas, não devendo o calendário das competições ser determinante, já que a competição é uma continuação do treino. Nesta conformidade, o planeamento não deve ter como objectivo atingir um grande rendimento num determinado momento, mas permitir um processo correcto de desenvolvimento do atleta (Moreno, 1989). O planeamento do processo de treino de crianças e jovens deve perspectivar-se a longo prazo. Os jovens atletas não conseguem alcançar o rendimento máximo em pouco tempo, como tal, o período de aprendizagem tem que ser obrigatoriamente mais alargado (Año, 1997). Moreno (1989), acrescenta que o planeamento dos mais jovens não deverá ter como objectivo
  • 16. Revisão da Literatura 9 atingir um elevado rendimento num determinado momento, mas permitir o desenvolvimento correcto (adequado) do atleta. Em síntese, o planeamento é uma das tarefas de crucial importância para o treinador, já que permite antever no tempo todas as acções necessárias à concretização dos objectivos inicialmente propostos, permitindo uma avaliação constante do processo de treino e rectificação ao mesmo.
  • 17. Revisão da Literatura 10 2.2. Periodização do Treino Desportivo Ao falarmos num processo de gestão, como o caso do planeamento, estamos a dar origem à organização de um sistema (conjunto de elementos ligados entre si e formando um todo). Planear as acções não é mais do que um conjunto de condutas articuladas entre si em função de um objectivo. O planeamento é portanto a forma como temporizamos as acções a desenvolver. Sucintamente e citando Raposo (1989): “A periodização do treino não pode ser vista como uma parte isolada do todo que é o planeamento do treino”. Periodizar significa definir limites temporais precisos que permitam, aos treinadores, estruturar de forma objectiva o treino em cada momento da preparação desportiva. De que resulta, ser a periodização um instrumento decisivo na organização do treino e da qual depende, em última análise, o controlo do desenvolvimento da capacidade de prestação desportiva (Marques, 1993). M. Silva (1998) afirma que periodizar significa dividir a época desportiva em períodos, coincidentes com as fases de forma desportiva. Esta distribuição não é arbitrária, depende do calendário de competições. Em função do início das competições e de uma possível hierarquização das mesmas, o treinador define o(s) momento(s) em que o atleta ou a equipa, deverá estar em forma (período competitivo), após o que se marca o começo dos treinos (início do período preparatório) e o seu términus (início do período transitório). Dick (1993) concorda com M. Silva (1998), mas acrescenta que a divisão organizada da época desportiva tem como intuito preparar os atletas para atingirem o óptimo rendimento num determinado momento da época, ficando assim preparados adequadamente para as principais competições. Para Castelo (1998) e Peixoto (1999), os sistemas de periodização ou macroestruturas de treino são classificadas em função do número de competições importantes existentes dentro do calendário estabelecido. Para estes autores a classificação é a seguinte:
  • 18. Revisão da Literatura 11  Periodização Simples – Esta periodização é utilizada apenas quando existe uma competição importante, ou para grupos de formação, ficando dividida num período preparatório, num período competitivo e num período transitório. Estes períodos correspondem às fases de criação, manutenção e redução da forma desportiva;  Periodização Dupla – Esta periodização é utilizada quando existem na mesma época desportiva dois momentos com competições importantes;  Periodização Tripla – Esta periodização é caracterizada pela existência de três períodos competitivos. É usada em atletas de rendimento, e normalmente num plano estratégico de 4 anos. Conforme já foi referido anteriormente a periodizar significa dividir a época em períodos. Nesta conformidade citaremos o Modelo proposto por Matvéiev (citado por Castelo, 1998) no qual a periodização assenta basicamente na divisão do processo anual em três períodos fundamentais: - Preparatório: com uma duração entre os 3 e os 7 meses, tem por objectivo a aquisição da forma desportiva, e é dividido em duas etapas: - Preparação Física Geral: cujo conteúdo básico se traduz num alto volume de treino, na razão inversa da intensidade, maior número de exercícios de carácter geral em oposição aos específicos, e a não participação em competições; - Preparação Física Específica: cujo conteúdo se traduz num maior treino de carácter específico, o volume tende a decrescer com um incremento da intensidade, e um envolvimento em competições de nível secundário; - Competitivo: com uma duração entre 1 a 2 meses, tem por objectivo a manutenção da forma desportiva adquirida durante o período anterior, cujo conteúdo se consubstancia na continua melhoria das habilidades motoras (consolidação da técnica), aperfeiçoamento das acções tácticas e das suas combinações, das características psicológicas, melhoria do nível de preparação teórica dos praticantes, e por último no maior nível de preparação física geral;
  • 19. Revisão da Literatura 12 - Transitório: com uma duração de um mês, cuja necessidade advém da fadiga acumulada durante o período preparatório e competitivo. O conteúdo deste período é formado por exercícios de carácter geral realizados sob volumes e intensidades reduzidas. O autor propõe inclusive de uma modalidade desportiva diferente. O objectivo fundamental deste período é de fazer desaparecer a fadiga muscular e o stress competitivo, e começar a próxima época desportiva num nível superior de capacidade. De acordo com F. Silva (1998), os fundamentos que justificam a necessidade de se dividir a temporada em períodos e etapas específicas de preparação residiram, inicialmente, na necessidade de resposta às variações climáticas. Posteriormente, foram incorporadas necessidades impostas pelos calendários de competição, pelas exigências fásicas de adaptação do organismo e, finalmente, pelo reconhecimento de particularidades inerentes às várias modalidades desportivas. As primeiras noções sobre periodização foram elaboradas pelo russo Kotov na segunda década deste século. Pela primeira vez, um autor evidenciava preocupações com a organização das actividades de treino em períodos com o intuito de melhorar o rendimento desportivo (Silva, F., 1998). De acordo com o mesmo autor, seguiram-se novos trabalhos de investigação neste campo, efectuados por Lauri Pihkala (1930), Grantyn (1939), Dyson (1946), Ozolin (1949) e Letunov (1950) propondo leis importantes que ainda vigoram na iniciação das periodizações. As mais importantes referiam que: - A carga deve diminuir progressivamente em volume e aumentar em intensidade, assim como, o treino específico deve edificar-se sobre uma ampla base geral e apresentar uma clara alternância entre o trabalho e a recuperação; - O ciclo anual deveria ser dividido em três etapas (etapa de preparação, etapa principal e etapa de transição) com durações e objectivos determinados pelas características das modalidades.
  • 20. Revisão da Literatura 13 No entanto só na década de 60, concretamente em 1965, que surge a denominada Teoria Clássica da Periodização, pelo professor Lev P. Matvéiev, originário da ex-URSS. Este autor contribui de uma forma marcante para a construção cientificada dos fundamentos que justificaram, não só a existência da periodização, como também, explicaram com exactidão as condições de adaptação biológica para as diferentes cargas de treino (Castelo, 1998). F. Silva (1998) refere que, Matveíev marcou a tendência de uma época ao nível da Teoria do Treino Desportivo. No entanto, ficaram patentes alguns desfasamentos entre a sua teoria e as necessidades da prática desportiva. Assim, as exigências do desporto de alto nível não deixavam tempo para uma longa aplicação dos meios de preparação geral. O volume elevado a baixa intensidade também não era benéfico para a estrutura motora do movimento. Como consequência, a partir da década de setenta começaram a surgir autores com novas orientações teórico-metodológicas. De entre as novas tendências, F. Silva (1998) destaca os seguintes modelos e respectivos autores:  Treino Pendular (Arosjev, 1976);  Treino Modular (Vorobjev, década de 70);  Treino Estrutural / Altas cargas de treino (Peter Tschiene, final da década de 70);  Treino em Blocos (Yuri Verjoshanski, 1979);  Treino Individualizado ou Integrador (Anatoly Bondarchuk, 1984);  Estrutura para Modalidades com longos períodos de forma (Tudor Bompa, 1994). Apesar de toda esta evolução, a aplicação destas teorias aos Jogos Desportivos Colectivos (na qual se inclui o Basquetebol) sempre se revestiu de grande complexidade. Uma das maiores problemáticas tem a ver com os “picos de forma”, referidos na maioria dos modelos supra mencionados. A sua exequibilidade no planeamento temporal nos Jogos Desportivos Colectivos tem sido bastante discutida (Raposo, 1989).
  • 21. Revisão da Literatura 14 Garganta (1993) define Forma Desportiva como a disponibilidade para responder cabalmente às exigências de uma determinada actividade, num determinado período de tempo. Aplicando isto ao desporto, Raposo (1989) refere que são várias as modalidades com períodos competitivos bastante longos (oito a nove meses) que, obviamente, aumentam a necessidade de períodos de forma mais alargados. Oliveira (1999) refere, então, que a resolução destes problemas carece da formulação de modelos teóricos específicos e consistentes que orientem a prática da preparação desportiva no âmbito dos Jogos Desportivos Colectivos de acordo com a realidade actual. Assim, as teorias de Matveiév parecem estar desactualizadas em muitos aspectos do desporto actual. Apesar de tudo, muitos dos pressupostos enunciados por este autor continuam válidos em vários contextos (E. Ibánez Godoy et al., 2004). Matveiév continua a ser um autor de referência obrigatória na área da periodização do treino desportivo. Relativamente à preparação desportiva de crianças e jovens, a capacidade prestativa não deve se deve orientar apenas pelos princípios do rendimento. Enquanto na alta competição a periodização visa uma gestão precisa e optimizada da capacidade de rendimento, de modo a que esta surja no momento e condição desejada, na formação esta preocupação não está presente (Marques, 1993). No alto rendimento a periodização é baseada no quadro competitivo, de modo a que o atleta ou a equipa atinge o pico de forma em determinado momento. Segundo Hahn (1988) o mesmo não deverá acontecer com o desporto dos mais jovens em que a periodização do treino deve orientar-se mais segundo as necessidades escolares e formativas.
  • 22. Revisão da Literatura 15 2.3. Necessidade de controlar e monitorizar o planeamento 2.3.1. A importância de registar e monitorizar A recolha de dados e monitorização do processo de treino permite a avaliação contínua deste, a fim de serem detectados os eventuais desvios na direcção e profundidade do processo de adaptação, daí a sua grande importância. Numa perspectiva geral é importante o registo de dados e monitorização do planeamento através das estruturas do treino, em pelo menos três níveis de actuação: equipa, clube (secção) e federação. Ao nível da equipa, o treinador realiza tarefas extremamente importantes para um processo de ensino-aprendizagem eficaz, tais como:  A avaliação diagnóstica do patamar em que se encontram os atletas no início de uma época desportiva (quando temos os mesmos atletas em duas épocas sucessivas);  Verificar se os objectivos definidos no planeamento estão a ser atingidos ao longo da Periodização da época (quer seja a nível de microciclo, mesociclo ou macrociclo);  Verificar as cargas de treino nas várias estruturas do mesmo: nos meios, nos métodos e nos conteúdos utilizados e respectivas análises quantitativas;  Permitir a representação gráfica, possibilitando uma melhor compreensão da evolução do processo de treino. Ao nível do trabalho do clube (secção) permite entre outras situações:  Conhecer qualitativamente e quantitativamente o que os diferentes escalões estão a treinar e de que modo;  Que o planeamento seja supervisionado, por um coordenador de treinadores;  Acompanhar o desenvolvimento dos atletas ao longo da sua formação desportiva. Ao nível da Federação, já que permite:
  • 23. Revisão da Literatura 16  Caracterizar o desenvolvimento do praticante desportivo no país. M. Silva (1998) afirma que o treinador terá de seleccionar, recolher, registar, tratar e interpretar toda a informação, para posteriormente poder controlar o treino. Em suma, só a recolha sistemática de dados e respectiva categorização, permitirá saber o que os atletas treinam e como treinam de modo a podermos analisar e comparar com algumas indicações sugeridas pelos peritos do Treino Desportivo. 2.3.2. A importância das tecnologias de informação O desenvolvimento tecnológico veio diversificar as possibilidades ao alcance dos treinadores para realizarem o seu trabalho, bem como permitir avaliar o processo de treino. Enfim, é uma consequência da natureza dinâmica da sociedade que acaba por permitir novas metodologias de avaliação aos especialistas do exercício, entre os quais se encontram os treinadores. Para Friães (1991), a actividade do treinador, só poderá ver incrementada a sua eficiência com o uso do computador. A compilação e síntese de dados e resultados passa a constituir uma tarefa muito mais sistematizada e, logo, de maior rapidez e facilidade de execução. Cada treinador procura usar todos os seus recursos para alcançar da melhor forma possível os objectivos pretendidos, valendo-se para o efeito da sua formação inicial, experiências, ajudantes, recursos e meios materiais, etc. (Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blásquez Castiñera, 2007). Dentro desses recursos encontram-se os recursos informáticos que são reconhecidos pela sua grande utilidade, bastante para o facto atender à diversidade de aplicações informáticas e software que se encontram presentemente no mercado. De acordo com, Baumgartner e Jackson (1995), os conhecimentos informáticos na óptica do utilizador tornaram actualmente uma habilidade que deve ser dominada pelos especialistas do exercício, afim de poderem utilizar uma diversidade de aplicações informáticas ao seu dispor.
  • 24. Revisão da Literatura 17 Esta diversidade vai desde as tradicionais estatísticas do jogo e dos jogadores passando também pelo software para desenhar e animar estratégias de ataque/defesa que o treinador pode utilizar para que os jogadores compreendam melhor os passos a seguir. No entanto são escassas as aplicações informáticas destinadas à planificação e controle do planeamento e muito menos para o Basquetebol (Ibánez Godoy, Sánchez Figueroa e Blásquez Castiñera, 2007). No entanto já existem actualmente aplicações para o Basquetebol que pretendem ajudar o treinador no processo de planificação do treino, como o caso do PYC Basket – Planificación y Control del Entrenamiento em Baloncesto (Ibáñez, Macias, Pérez e Feu 2001, Macías, Pérez, Feu, Ávila e Ibáñez 2003, citado por Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blázquez Castiñera, 2007). Esta primeira versão apresentava funções tais como:  Desenhar uma planificação de treino para os diversos períodos de treino (macrociclos, mesociclos, microciclos e sessões de treino);  Base de dados de situações de treino;  Impressão em papel de sessões de trabalho com os distintos exercícios planificados;  Estatísticas de diversas variáveis de interesse registadas nos períodos de treino;  Correcção dos exercícios executados;  Análise dos desvios existentes entre o planeado e as diversas variáveis e períodos de treino e o executado pelo treinador. Aproveitando a actual tendência da globalização e da Internet, surgiu posteriormente uma versão mais elaborada da anterior – PYC Basket 2.0. Este software tem como grande vantagem e novidade, a possibilidade de um administrador (supervisor ou coordenador de treinadores) poder consultar todos os dados dos utilizadores do sistema de modo a estudar suas planificações, comportamentos e desvios dos treinos ao modelo inicialmente planificado (Ibáñez Godoy, Sánchez Figueroa e Blázquez Castiñera, 2007).
  • 25. Revisão da Literatura 18 Hoje, quase todos os treinadores, têm acesso a computadores embora alguns só se sirvam deles na óptica do utilizador. Este facto faz com que os instrumentos ao seu dispor devam ser simples e de fácil manuseamento no seu dia a dia.
  • 26. Revisão da Literatura 19 2.4. Estruturas de Treino 2.4.1. Meios de Treino Para atingirmos objectivos definidos pela especificidade de cada modalidade é necessário utilizar vários meios e métodos de treino (Matvéiev, 1981). Meios de treino são todos os exercícios utilizados na preparação desportiva que levam ao desenvolvimento da capacidade de rendimento (Garcia Manso, Valdivieso e Cabbalero, 1996) e que ajudam ao desenrolar de processo de treino (Weineck, 1989). Diversos são os autores que definem as categorias de exercícios realizados no treino, sendo notória uma grande variedade quer relativamente à terminologia, quer em relação aos critérios tidos em conta para as respectivas classificações. Platonov (1988) refere as seguintes categorias:  Exercícios de preparação geral;  Exercícios de preparação auxiliar;  Exercícios de preparação específica;  Exercícios de competição. Manno (1987?) e Matvéiev (1991) consideraram a seguinte classificação dos exercícios:  Exercícios gerais – são os exercícios que visam a preparação multilateral do atleta, para a criação de aptidões de suporte auxiliares de rendimento e como meio de educação de capacidades e de repouso activo;  Exercícios especiais – são aqueles que visam a criação de pré- requisitos do domínio da técnica, englobando elementos das acções competitivas, suas variantes e acções semelhantes na forma e capacidades solicitadas. Podem visar o domínio dos gestos técnicos ou o desenvolvimento das capacidades físicas;
  • 27. Revisão da Literatura 20  Exercícios competitivos – são aqueles que envolvem acções completas, isto é, acções combinadas e complexas, em condições de simulação ou situação real de competição. Oliveira (1993) realizou a seguinte classificação:  Exercícios gerais – apresentam uma estrutura completamente diferente da estrutura da competição que podem ser:  orientados – do ponto de vista da estrutura interna, possuem alguma semelhança com os gestos/acções da competição;  não orientados – não possuem qualquer grau de semelhança aos gestos/acções da competição;  Exercícios especiais – contêm elementos dos exercícios de competição mas representam apenas fracções da competição, poderão ser divididos:  de instrução – menos complexos, sem prejuízo do grau de especificidade; reportam-se a elementos da competição realizados em condições facilitadas;  condicionantes – mais complexos que os exercícios de instrução; incorporam um maior número de elementos da actividade da competição e/ou se realizam com maior intensidade.  Exercícios de competição – são os que possuem o mais elevado grau de semelhança com a actividade da competição. Estes podem ser:  propriamente ditos – reproduzem com fidelidade as conduções da competição;  variados – assumem algumas divergências relativas à estrutura formal da competição. Bompa (1994) considerou a seguinte nomenclatura:  Exercícios de desenvolvimento físico geral, estes podem ser:  Exercícios sem cargas adicionais;  Exercícios baseados em jogos relacionados com a modalidade;  Exercícios específicos de desenvolvimento de capacidades bimotoras (exercícios de acção directa);  Exercícios seleccionados de determinado desporto;
  • 28. Revisão da Literatura 21 Para Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000), os exercícios podem classificar-se em:  Exercícios gerais – são aqueles que promovem o desenvolvimento harmonioso da criança e do jovem; sendo utilizados no treino das qualidades físicas;  Exercícios gerais especificamente orientados – são as estruturas motoras e de carga que, embora, não iguais às dos exercícios competitivos, supõem que permitam uma transferência efectiva (motora e de carga) para os requisitos competitivos exigidos pelo desporto;  Exercícios especiais – são aqueles que englobam elementos das acções competitivas; sendo semelhantes à competição e têm a ver com a modalidade;  Exercícios competitivos – são aqueles executados em condições reais, com as mesmas exigências da competição e estão de acordo com as regras da modalidade. Ao analisar as propostas dos diferentes autores, podemos afirmar que, de uma forma generalizada, os exercícios se encontram agrupados em dois grandes grupos: os exercícios que visam a preparação geral (exercícios gerais, exercícios gerais especificamente orientados) e aqueles que visam uma preparação específica (exercícios de competição e exercícios especiais). No entanto a relação entre os meios gerais e específicos é um tópico muito controverso entre os peritos do treino. Os peritos concordam que no princípio do desenvolvimento desportivo dos atletas deve ser dada uma maior relevância à preparação geral em oposição com a preparação específica (Marques, 1989). De acordo com Marques (1999) a rácio entre os meios de preparação geral e especial devem ser determinados de acordo com os seguintes aspectos:  As necessidades específicas de cada desporto;  As características dos diferentes estádios do processo ontogenético dos atletas;
  • 29. Revisão da Literatura 22  As necessidades de compensar componentes particulares;  O nível de treino. 2.4.2. Métodos de Treino A selecção dos métodos de treino adequados é um dos factores que contribuem para o sucesso do processo de treino desportivo. Igualmente a utilização de métodos diversificados de acordo com a especificidade da modalidade permitem ao treinador alcançar os objectivos definidos (Matvéiev, 1981). Métodos de treino são arranjos sistemáticos dos conteúdos de treino que visam alcançar os objectivos previamente fixados (Letzelter, 1990). Weineck (1989) considera métodos de treino como os procedimentos práticos, metodicamente desenvolvidos para atingir os objectivos fixados. Sobre esta temática, foram vários os autores que enunciaram classificações dos métodos de treino. Matvéiev (1981), refere as seguintes categorias:  Exercícios regulares;  Exercícios com jogos;  Exercícios competitivos. Segundo Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000), as categorias dos métodos de treino são:  Métodos baseados no jogo  Pequenos jogos sem bola;  Pequenos jogos com bola;  Jogos desportivos modificados (jogo com número reduzido de jogadores e área mais reduzida);  Jogos desportivos formais (jogo com regulamento codificado e rigoroso);  Outros jogos desportivos.
  • 30. Revisão da Literatura 23  Métodos não baseados no jogo (exercícios que não contém qualquer forma de jogo). De acordo com os pedagogos e treinadores, os métodos baseados no jogo são considerados como sendo a estratégia mais importante para promover o desenvolvimento dos atletas nos níveis de preparação inicial (Kurz 1988, Marques 1995, Rost 1995 citados por Marques, Maia, Oliveira e Prista, 2000). Na mesma linha de pensamento Dick (1993) e Filin (1996) afirmam que o jogo deve ser a principal actividade do treino de crianças e jovens, devendo ocupar metade do tempo total do treino. Segundo a literatura, o tempo dedicado a cada um destes métodos de treino varia consoante o escalão etário em que são utilizados. 2.4.3. Conteúdos de Treino Seleccionar os conteúdos mais apropriados para cada momento da vida de um desportista é fundamental para que não ocorra uma paragem brusca no seu progresso (Costa, 2003). Esta é uma das tarefas mais importantes do treinador, já que conjuga uma panóplia de conhecimentos que devem ser considerados e devidamente articulados na altura de ensinar a modalidade desportiva, tais como: conhecimentos da modalidade desportiva específica, conhecimentos das características etárias dos atletas, conhecimentos das fases de desenvolvimento dos atletas, etc. Para Weineck (1989), os conteúdos do treino são os elementos que permitem um alinhamento concreto do treino em relação ao objectivo previsto. Para que este seja alcançado, os conteúdos de treino devem ser escolhidos em função da sua relação com a preparação geral e específica, e ainda como e quando os ensinar (Martin, 1999). Bompa (1983) distingue os conteúdos de treino em: treino físico, treino técnico, treino táctico e treino psicológico, sendo a preparação física de base fundamental. Partilhando a mesma opinião Araújo (1982) considera que os
  • 31. Revisão da Literatura 24 conteúdos de treino referem-se à preparação física, preparação técnica, preparação táctica e preparação psicológica. No entanto nem sempre o treinador contempla todos os conteúdos de treino no seu planeamento. Segundo Adelino, Vieira e Coelho (1999) a preparação psicológica embora faça parte das capacidades em que se baseia o rendimento, raramente é incluída nos conteúdos do treino das crianças e jovens. Para Matvéiev (1991) a preparação física é vista como o desenvolvimento das qualidades e capacidades necessárias à actividade desportiva (coordenativas e condicionais), podendo dividir-se em geral (desenvolvimento das capacidades físicas gerais) e especial (ligada à actividade desportiva). Já a preparação técnica pressupõem o uso de um sistema especializado de acções motoras simultâneas e consequentes, orientadas para a cooperação racional de forças internas e externas que participam no movimento, com o fim de as utilizar de forma completa e efectiva para a obtenção de elevados rendimentos desportivos (Djatschkow 1974, citado por Castelo, 1998). Na mesma linha de pensamento, Manno (1987?) considera a técnica desportiva um processo, ou um conjunto de processos, que se aprende através do exercício, permitindo realizar de maneira mais eficiente, uma determinada tarefa de movimento. Em contrapartida, a preparação táctica pretende desenvolver um repertório cognitivo e de comportamentos tácticos que permitam aos atletas encontrarem as soluções mais convenientes para a resolução prática de problemas postos pelas diversificadas situações competitivas. Neste sentido, Mahlo (1980), define comportamento táctico desportivo como o processo intelectual de solução de problemas competitivos, sendo uma componente indissociável da actividade, devendo ser rápido e deliberado, visando o maior grau de eficiência possível.
  • 32. Revisão da Literatura 25 Para Teodorescu (1984) a preparação táctica é um meio através do qual uma equipa tenta valorizar as particularidades dos jogadores, através de acções individuais e colectivas, criando condições e situações de jogo favoráveis. Araújo (1992) considera que a técnica e a táctica constituem uma unidade, em virtude de se condicionarem. Para realizar um bom trabalho táctico é necessário uma boa base de técnica individual, devendo os movimentos tácticos adaptar-se e aproveitar as características do atleta. No entender de Santos (2001) a preparação psicológica é um processo que visa desenvolver a motivação e aquisição de qualidades volitivas e deve-se processar ao longo de toda a época. 2.4.4. Cargas de Treino e Competição A carga de treino é a actividade adicional do organismo causada pela execução de exercícios de treino. A natureza, a grandeza e a orientação das cargas permitirão determinar o processo de adaptação (Platonov, 1988). Para Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000) e Castelo (1998) as componentes da carga são:  Volume;  Intensidade;  Frequência;  Densidade. De acordo com Castelo (1998) podemos definir:  Volume – duração total da carga incluindo naturalmente as pausas entre exercícios;  Intensidade – quantidade de trabalho realizado na unidade de tempo;  Frequência – número de repetições de um exercício ou série de exercícios;  Densidade – relação temporal entre carga – exercício ou série de exercícios realizados e o repouso na unidade de tempo.
  • 33. Revisão da Literatura 26 Os programas de treino para crianças e jovens ainda não se encontram bem delineados, estando ainda omisso um modelo teórico para a estruturação das cargas de treino. No entanto é aceite como principal orientação que as componentes da carga devem aumentar continuamente de acordo o princípio do aumento sistemático da carga, i.e. princípio da progressão (Marques, Maia, Oliveira e Prista, 2000). De acordo com os mesmos autores, a carga de treino e competição pode ser avaliada pela contabilização do número de treinos e de jogos, do volume de treino e da proporção entre treinos e competições. De acordo com vários autores as cargas de treino e competição podem ser avaliadas pelos seguintes indicadores:  Número de sessões de treino / semana;  Número de horas / semana;  Duração de cada sessão de treino;  Número de horas de treino / ano;  Número de competições / ano;  Volume de treino (volume total e parcial em minutos e percentagem) para cada conteúdo de treino;  Número de competições (oficiais e não oficiais);  Relação sessão de treino / número de competições.
  • 34. Objectivos 27 3. Objectivos Neste capítulo vamos definir os objectivos para este estudo. 3.1. Objectivo principal:  Construir um instrumento de recolha e análise de dados, em Excel, que permita registar, monitorizar e avaliar o planeamento do treinador considerando a dinâmica das diferentes estruturas de treino (meios, métodos, cargas e conteúdos). 3.2. Objectivos específicos:  Seleccionar as categorias que permitam caracterizar a periodização de uma época ou mais épocas desportivas;  Identificar os indicadores a incluir no controlo das cargas de treino e competição (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectivas variações ao longo da temporada desportiva, por intermédio de representação gráfica imediata;  Conceber uma plataforma que permita obter dados dos meios de treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores e por intermédio de representação gráfica imediata;  Conceber uma plataforma que permita obter dados dos métodos de treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores e por intermédio de representação gráfica imediata;  Conceber uma plataforma que permita obter dados dos conteúdos de treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores e por intermédio de representação gráfica imediata;  Conceber uma plataforma que permita obter dados das cargas de treino (por microciclo, mesociclo e macrociclo) e respectiva variação ao
  • 35. Objectivos 28 longo da temporada desportiva, com quadros dos respectivos valores e por intermédio de representação gráfica imediata;  Obter representações gráficas que permitam a comparação entre duas ou mais épocas de determinado conteúdo.
  • 36. Metodologia 29 4. Metodologia Neste capítulo vamos proceder à caracterização da metodologia utilizada, explicando as várias fases que levaram à construção da aplicação em Excel para tratar os dados referentes ao planeamento das épocas desportivas. 4.1. Fases da construção do instrumento 4.1.1. 1ª Fase: Levantamento e selecção de categorias Num primeiro momento procedemos ao levantamento e selecção das categorias a integrar na nossa aplicação Excel. Para o efeito foram consultadas todas as monografias realizadas até ao presente momento, no âmbito do 5º ano do curso de Desporto e Educação Física, da opção complementar de Desporto de Rendimento – Basquetebol, da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, que versavam a análise da temática do planeamento, periodização e estruturas de treino e que já recorriam a um tratamento de dados em ficheiro Excel. Ao nível do planeamento e periodização as grandes categorias de análise nos vários estudos visavam conhecer: 1 )quais os meios de treino mais utilizados; 2 )a que métodos de treino o treinador recorre com mais frequência; e 3 )saber como eram distribuídas as cargas de treino e competição nas diferentes fases do planeamento considerando todos os conteúdos referentes aos factores de rendimento no treino de Basquetebol. Esta tarefa de consulta foi de crucial relevância visto que pretendíamos definir as categorias a serem contempladas no instrumento de controlo e por outro lado queríamos que fosse abrangente e que possibilitasse o seu uso nos vários escalões a estudar. Assim, foram utilizadas as seguintes classificações das estruturas de treino:
  • 37. Metodologia 30  Meios de Treino – seguimos uma proposta de classificação de Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000) e adaptada para o Basquetebol por Costa (2003), tendo sido utilizada pela primeira vez no estudo de Costa (2003);  Métodos de Treino – utilizamos as categorias da classificação de Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000), tendo sido utilizada pela primeira vez no estudo de Santos (2001);  Conteúdos de Treino – utilizamos uma classificação de Gonçalves (2001) elaborada pelo autor em consonância com a literatura (Tarkaniam 1983, Krause 1991, Adelino 1996, citado por Gonçalves, 2001) e Pinto, Gonçalves e Graça (2001) que posteriormente foi adaptada/reajustada por Costa (2003), Esteves (2003) e Paiva (2004);  Cargas de Treino e Competição – seguimos os indicadores considerados na classificação de Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000), tendo sido considerados pela primeira vez no estudo de Santos (2001). A representação gráfica do planeamento anual, dos treinadores estudados, apresenta uma lista de conteúdos referentes aos factores de rendimento em Basquetebol. Assim, nos factores do rendimento (treino físico, treino técnico, treino táctico e treino psicológico) no treino em Basquetebol procedemos a ajustamentos na lista de conteúdos de forma a contemplar as subcategorias relativas a cada factor e a responder às necessidades dos vários escalões etários (de acordo com ficha nos “Anexos”). 4.1.2. 2ª Fase: Definição das categorias Com o objectivo de procedermos ao lançamento e tratamento dos dados convém ter presente a definição de cada uma das categorias de análise do planeamento utilizadas nos vários estudos. A) Meios de Treino Os meios de treino que foram anteriormente seleccionados, presentes no Quadro 1, e utilizados na base de dados em Excel
  • 38. Metodologia 31 Quadro 1 – Categorias dos meios de treino utilizadas no presente estudo Meios de Treino Exercícios Gerais Sem Bola Com Bola Exercícios Especiais Sem Bola Com Bola Simples Combinados Complexos Estruturas Tácticas Parciais Estrutura Táctica Global Jogo Reduzido Exercícios Competitivos Jogo Dirigido Jogo Formal são definidos da seguinte forma: 1. Exercícios Gerais – Exercícios completamente diferentes da estrutura de competição, quer porque não incluem nenhum elemento específico da estrutura externa da competição quer porque apenas inclui alguns elementos da sua estrutura interna. Influenciam indirectamente o desenvolvimento das capacidades e habilidades específicas do Basquetebol. Gerais sem bola – Têm por objectivo melhorar a condição física geral, preparar o atleta para a actividade física e recuperar das cargas aplicadas. Ex.: exercícios de força, flexibilidade. Gerais com bola – Têm por objectivo desenvolver as habilidades de manejo de bola, de forma facilitada, as aquisições específicas do Basquetebol. Ex.: exercícios de manejo de bola, drible sentado. 2. Exercícios Especiais – Contém elementos dos exercícios de competição, mas representam apenas fracções da competição. Influencia directamente o desenvolvimento das capacidades e habilidades do Basquetebol. Exercícios Especiais sem bola – Têm por objectivo as aquisições das técnicas de deslocamento. Ex.: exercícios de deslizamento defensivo. Exercícios Especiais com bola – Têm por objectivo a aquisição das habilidades técnico-tácticas específicas do Basquetebol. Dividem-se em:  Simples – Reprodução de um gesto isolado (concentração na execução técnica). Ex.: trabalho de pulso, passe frente a frente.
  • 39. Metodologia 32  Combinados – Encadeamento de gestos técnicos. A execução das habilidades é antecedida ou precedida de um movimento ou deslocamento, embora em condições controladas. Ex.: drible e lançamento na passada, passe em progressão com finalização em lançamento, circuito de elementos técnicos.  Complexos – Situações de exercitação com oposição envolvendo acções individuais ou a coordenação de acção de dois ou mais jogadores com restrições de vários níveis (espaço, tempo e acção condicionada). Ex.: 1x1 com um apoio, 1x1 num quarto de campo, 2x1 mais um defensor que recupera a posição.  Exercícios de estruturas tácticas parciais – Exercícios referenciados a fracções da estrutura global. Ex.: 2x2 em meio campo + contra-ataque.  Exercícios de estrutura táctica global – Exercícios referenciados à totalidade da estrutura táctica. Ex.: 5x0 em meio-campo.  Jogo reduzido – Situação de jogo com um número reduzido de jogadores. Ex.: 2x2, 3x3, 4x4. 3. Exercícios Competitivos – São os que possuem o mais elevado grau de semelhança com a competição, nomeadamente ao nível do número de jogadores. Jogo Dirigido – Situação de jogo em que existem adaptações às regras ou a elementos estruturais. Situação de jogo com tema. Ex.: Jogo sem drible, jogo com obrigatoriedade de passe e corte. Jogo Formal – situação de jogo com características da competição oficial. Ex.: Jogos oficiais amigáveis, jogos de treino, 5x5 a campo inteiro sem alteração de regras. B) Métodos de Treino Para a definição desta categoria e na construção da presente aplicação foi utilizada uma classificação dividida em duas grandes categorias: Métodos baseados no jogo e métodos não baseados no jogo que por sua vez são definidos pelas subcategorias que enunciamos de seguida:
  • 40. Metodologia 33  Métodos baseados no jogo  Pequenos jogos sem bola;  Pequenos jogos com bola;  Jogo formal.  Métodos não baseados no jogo (exercícios que não contém qualquer forma de jogo) C) Conteúdos de Treino Os conteúdos contemplados na presente aplicação informática foram definidos tendo em conta as seguintes categorias e subcategorias. 1. Preparação Física – Capacidades coordenativas e condicionais; 2. Preparação Técnica – Técnica individual ofensiva com e sem bola e técnica individual defensiva. 3. Preparação Táctica – Situações de 1x1, 2x2, 3x3, 4x4, 5x5 (ataque posicional, defesa colectiva, ataque campo inteiro, defesa campo inteiro e jogo campo inteiro), transição defesa–ataque e ataque– defesa, contra-ataque e ataque rápido, situações de inferioridade numérica e situações de reposição de bola em jogo; 4. Preparação Psicológica 5. Testes de Avaliação (Físicos, Médicos e Técnicos) D) Cargas de Treino e Competição Na estrutura de cargas de treino e competição a definição da estrutura assenta nos seguintes indicadores: 1 )Número total de treinos realizados 2 )Frequência semanal de treino 3 )Número de meses de preparação 4 )Número de jogos oficiais e de treino 5 )Relação entre o número de treinos e o número de competições.
  • 41. Metodologia 34 4.1.3. 3ª Fase: Programação das categorias e operações com as categorias Nesta fase procedemos ao planeamento da aplicação informática, que passou pela construção de uma folha de cálculo que tivesse todos os elementos necessários à análise das estruturas de treino. Esta folha será a única onde se fazem os lançamentos dos dados, permite o registo diário do treino, designámo-la por folha mensal e na aplicação aparece com a denominação “nº Mês”. Como uma época desportiva tem no máximo doze meses, criámos doze folhas, que aparecerão na aplicação com as designações de “1º Mês” a “12º Mês”. A partir desta folha e através de hiperligações criadas ou da barra de separadores teremos acesso aos diferentes tratamentos de dados, visto que o objectivo é a simplificação de procedimentos. As folhas a que passamos a aceder e criadas a partir da folha mensal são: i) “Registo Anual”, ii) folhas principais de cada uma das estruturas de treino, iii) folhas de índices, iv) folhas de gráficos e v) folhas de quadros. Explicitaremos a função de cada folha aquando da sua abordagem. Folhas Mensais Comecemos então pela elaboração das folhas mensais. Nestas folhas construiremos tabelas com as seguintes estruturas do treino: conteúdos de treino, métodos de treino e meios de treino. Os dados referentes às cargas de treino e competição resultarão directamente de categorias definidas na estrutura conteúdos de treino e integradas na referida tabela. Estas folhas mensais serão elaboradas de modo a poderem receber os dados dos cinco microciclos semanais, possíveis em cada mês, em vez da criação de folhas separadas por cada microciclo. Nestas folhas os cinco microciclos aparecem dispostos verticalmente. Destacamos igualmente o facto de nos microciclos surgirem os dias da semana de 2ª Feira a Domingo. Quando o mesociclo não utiliza os cinco microciclos previstos, o microciclo não preenchido vai aparecer com o número
  • 42. Metodologia 35 “0” na folha de registo anual para que só se contabilizem os microciclos efectivamente realizados. Nesta folha estão presentes 2 botões com a designação de “VOLTAR AO REGISTO ANUAL” que permitem a hiperligação à folha “Registo Anual”, visualizando-a na parte da tabela referente aos conteúdos de treino e cargas de treino e competição. Um dos botões com forma quadrada e de cor vermelha localiza-se no canto superior do lado direito da tabela do primeiro microciclo. Já o segundo botão com a forma rectangular e cor vermelha encontra-se localizado por debaixo dos dados totais referentes ao último microciclo. Em síntese nestas folhas serão lançados, calculados e visualizados os dados relativos a:  Mês de referência;  O número do microciclo;  Período de intervenção ou incidência do microciclo;  O número da unidade de treino;  Número de treinos e dia da semana da sua realização;  Número total de treinos por microciclo;  Número de jogos oficiais e dia da semana da sua realização;  Número total de jogos oficiais por microciclo;  Número de jogos treino e dia da semana da sua realização;  Número total de jogos treino por microciclo;  Minutos utilizados por treino e microciclo em cada uma das categorias dos conteúdos de treino, dos métodos de treino e dos meios de treino;  Valor percentual por microciclo de cada subcategoria dos conteúdos de treino. Estas 12 folhas mensais acedem-se através da barra de separadores e estão assinaladas a cor azul claro. O seu acesso é feito de duas maneiras: i) a partir da folha mensal clicando na folha pretendida da barra de separadores, ou ii) a partir da folha anual através de hiperligação, por clique na designação do respectivo mês (situação apenas possível quando já existam lançamentos nas folhas mensais correspondentes a esse mês).
  • 43. Metodologia 36 Em suma, é nestas folhas que é centralizada a informação. As restantes folhas da aplicação, acedidas através das hiperligações criadas e/ou da barra de separadores, limitam-se a recorrer aos dados destas para os respectivos tratamentos. Folha de “Registo Anual” Nesta 2ª folha da aplicação fica retratada a perspectiva macro do planeamento através de 3 tabelas, dispostas verticalmente, representando respectivamente:  Tabela 1: Conteúdos de Treino e Cargas de Treino e Competição;  Tabela 2: Métodos de Treino;  Tabela 3: Meios de Treino. Assim, nesta folha é permitido visualizar os valores em minutos de cada conteúdo das categorias das estruturas de treino consideradas, por microciclo. Resumidamente permite-nos visualizar num enquadramento anual: Na 1ª Tabela:  O número do microciclo;  Período de intervenção ou incidência do microciclo;  O nome do mês do agrupamento de microciclos;  Número total de treinos por microciclo;  Número total de jogos oficiais por microciclo;  Número total de jogos de treino por microciclo;  Minutos utilizados por microciclo em cada uma das categorias dos conteúdos de treino. Na 2ª Tabela:  O número do microciclo;  Minutos utilizados por microciclo em cada uma das categorias dos métodos de treino. Na 3ª Tabela:  O número do microciclo;
  • 44. Metodologia 37  Minutos utilizados por microciclo em cada uma das categorias dos meios de treino. Permite-nos igualmente:  através da mensagem, “CERTO” ou “ERRADO”, nas tabelas 2 e 3, verificar a coerência dos valores registados, nas estruturas de treino, métodos e meios, com os valores lançados nos conteúdos da folha mensal;  a hiperligação ao ficheiro “Menu (Registo do Planeamento Plurianual)” é feita através de botão com a designação “MENÚ”, com forma quadrada e de cor rosa, disposto no canto superior direito da folha, por cima da Tabela 1;  a hiperligação à folha principal denominada “Carga Treino e Competição”, através de botão com a designação “Carga Treino e Competição” de forma rectangular e de cor laranja, disposto debaixo e do lado esquerdo dos conteúdos da Tabela 1;  a hiperligação à folha principal denominada “Conteúdos de Treino”, através de botão com a designação “Conteúdos” de forma rectangular e de cor verde, disposto debaixo e do lado direito dos conteúdos da Tabela 1;  a hiperligação à folha principal denominada “Métodos Treino”, através de botão com a designação “Métodos” de forma rectangular e de cor amarela, disposto debaixo e do lado esquerdo dos conteúdos da Tabela 2;  a hiperligação à folha principal denominada “Meios Treino”, através de botão com a designação “Meios” de forma rectangular e de cor azul- turquesa, disposto debaixo e do lado esquerdo dos conteúdos da Tabela 3;  as transferências de dados para outras folhas, concretamente para as folhas principais da cada estrutura de treino e para as folhas com quadros. Relativamente à característica da verificação da coerência dos valores registados nas estruturas de treino, métodos de treino e meios, com os valores
  • 45. Metodologia 38 lançados nos conteúdos da folha mensal, compete-nos informar que esta é controlada por funções das categorias de lógica e de matemática que permitem a visualização da palavra “CERTO” ou “ERRADO” na folha, de modo a que o valor do somatório obtido em cada microciclo para os métodos de treino e para os meios de treino seja igual ao valor do somatório por microciclo de todos os conteúdos de treino retirados os valores relativos aos conteúdos de “Preparação Psicológica” e “Testes de Avaliação”. De salientar que apenas existe uma folha de “Registo Anual” e que esta se encontra na barra de separadores, assinalada com a cor verde claro. O seu acesso pode ser feito de duas maneiras: i) clicando nesta folha, na barra de separadores, ou ii) através de hiperligação por clique nos botões de “VOLTAR AO REGISTO ANUAL” que se encontram nas folhas principais. Folhas Principais Estas folhas com a designação de principais contemplam cada uma das estruturas de treino e vão centralizar o tratamento da informação que entretanto foi sendo calculada e visualizada nas folhas mensais e na folha de “Registo Anual”. Na presente aplicação informática temos 4 folhas principais relativas às quatro estruturas de treino que analisamos e que se correspondem de acordo com o Quadro 2. Quadro 2 – Designação das folhas principais e estrutura do treino a que correspondem Designação das folhas principais Estruturas de Treino Carga Treino e Competição Carga de Treino e Competição Métodos Treino Métodos de Treino Meios Treino Meios de Treino Conteúdos de Treino Conteúdos de Treino Folha de “Carga de Treino e Competição” A folha de “Carga de Treino e Competição”, denominada na presente aplicação de “Carga Treino e Competição” à qual acedemos a partir: i) da barra
  • 46. Metodologia 39 de separadores e na cor laranja, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio de botão de hiperligação. A presente folha é constituída por duas tabelas dispostas verticalmente, representando respectivamente:  Tabela 1: Cargas de Treino e Competição por mesociclo e macrociclo;  Tabela 2: Cargas de Treino e Competição por microciclo e macrociclo. Esta folha permite: Calcular e apresentar tabelas com dados por microciclo referentes a:  Número total de unidades de treino;  Total do volume de treino em minutos;  Duração média em minutos de cada unidade de treino;  Número total de competições oficiais (jogos oficiais);  Relação do número de unidades de treino por jogo;  Relação do volume de treino em minutos por jogo. Calcular e apresentar tabelas com dados por mesociclo referentes a:  Número total de microciclos;  Número total de unidades de treino;  Total do volume de treino em minutos;  Duração média em minutos de cada unidade de treino;  Número total de competições oficiais (jogos oficiais);  Relação do número de unidades de treino por jogo;  Relação do volume de treino em minutos por jogo. Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:  Número total de microciclos;  Número total de unidades de treino;  Total do volume de treino em minutos;  Duração média em minutos de cada unidade de treino;  Número total de competições oficiais (jogos oficiais);  Relação do número de unidades de treino por jogo;
  • 47. Metodologia 40  Relação do volume de treino em minutos por jogo;  Número médio das unidades de treino por mesociclo;  Duração média em minutos do volume de treino por mesociclo;  Número médio de competições oficiais (jogos oficiais) por mesociclo;  Número médio das unidades de treino por microciclo;  Duração média em minutos do volume de treino por microciclo;  Número médio de competições oficiais (jogos oficiais) por microciclo. Visualizar as colunas dos microciclos que não foram utilizados. Através de mensagem, “Ocultar a Linha” em estilo negrito e a cor vermelha, chama-nos a atenção para os microciclos não preenchidos que devemos ocultar para não prejudicar a elaboração de gráficos. Hiperligação à folha “Registo Anual”. Através de botão com forma rectangular e de cor vermelha que diz “VOLTAR AO REGISTO ANUAL” disposto no lado direito, entre as duas tabelas presentes, é possível voltar à folha de “Registo Anual”, na parte relacionada com os conteúdos de treino. Representação gráfica de dados. Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor laranja, podemos aceder aos seguintes gráficos:  Gráf. CTC (1): Valores absolutos mensais do volume de treino em unidades de treino (UT) e de competição (Jogos); Relação entre as duas variáveis (UT/Jogo);  Gráf. CTC (2): Relação mensal entre volume de treino (em minutos) e volume de competição (jogos);  Gráf. CTC (3): Valores por microciclo do número de unidades de treino e de jogos oficiais efectuados;  Gráf. CTC (4): Valores por microciclo da relação entre o número de unidades de treino e de jogos oficiais e variação dos valores absolutos dos jogos oficiais;  Gráf. CTC (5): Valores absolutos mensais dos minutos de treino e relação dos minutos de treino com os jogos.
  • 48. Metodologia 41 Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados: Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor laranja e por hiperligações presentes na folha de “Índice de quadros” podemos aceder aos dados referentes a:  Quadro CTC (1): Carga de treino e competição mensal e anual: microciclos abrangidos, número de unidades de treino (UT), total de minutos de treino, média de minutos por unidade de treino, número de jogos, número de unidades de treino por jogo, e minutos de treino por cada jogo;  Quadro CTC (2): Carga de treino e competição - (semanal): número do microciclo; (anual): microciclos abrangidos, e média de minutos por microciclo; (semanal e anual): número de unidades de treino (UT), total de minutos de treino, média de minutos por unidade de treino, número de jogos, número de unidades de treino por jogo, e minutos de treino por cada jogo;  Quadro CTC (3): Médias, desvios padrão (DP) e respectivos coeficientes de dispersão (CD) mensal e por microciclo das cargas de treino e de competição: minutos de treino, nº de unidades de treino e nº de competições (jogos oficiais). Folha de “Métodos de Treino” A folha de “Métodos de Treino” denominada na presente aplicação de “Métodos Treino” à qual acedemos a partir: i) da barra de separadores e na cor amarela, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio de botão de hiperligação, permite: Calcular e apresentar tabelas com dados por microciclo e mesociclo referentes a:  Total de minutos por cada método de treino;  Número total de minutos dos métodos de treino; Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:  Total de minutos por cada método de treino;
  • 49. Metodologia 42  Número total de minutos dos métodos de treino;  Total de minutos por cada subcategoria dos métodos de treino agrupados nas duas categorias (métodos não baseados no jogo e métodos baseados no jogo)  Número total de minutos dos métodos de treino agrupados em duas categorias (métodos não baseados no jogo e métodos baseados no jogo);  Valor médio dos minutos utilizados em cada método de treino por microciclo e mesociclo;  Valor do desvio padrão em cada método de treino por microciclo e mesociclo;  Valor do coeficiente de dispersão em cada método de treino por microciclo e mesociclo. Visualizar as colunas dos microciclos e mesociclos que não foram utilizados. Através da mensagem, “X” em estilo negrito e a cor vermelha, surgida na coluna correspondente, chama-nos a atenção para os microciclos e mesociclos não preenchidos que devemos ocultar para não prejudicar a elaboração de gráficos ou eliminar para não afectar os cálculos do desvio-padrão representados nos quadros. Hiperligação à folha “Registo Anual”. Através de botão com forma quadrada e de cor vermelha que diz “VOLTAR AO REGISTO ANUAL” disposto no canto inferior esquerdo da folha é possível voltar à folha de “Registo Anual”, na parte relacionada com os métodos de treino. Representação gráfica com dados relativos aos microciclos. Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor amarela, podemos aceder ao seguinte gráfico:  Gráf. Mét.T (1): Variações percentuais do volume de treino por cada método de treino. Representação gráfica com dados relativos aos mesociclos.
  • 50. Metodologia 43 Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor amarela, podemos aceder ao seguinte gráfico:  Gráf. Mét. T (2): Variações percentuais do volume de treino por cada método de treino. Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados: Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor amarela e por hiperligações da folha de “Índice de quadros” podemos aceder aos dados referentes a:  Quadro Mét. T. (1): Valores anuais em minutos, em minutos por unidade de treino (Min/UT) e em percentagem (%), para cada método de treino e agrupado em duas categorias (métodos não baseados no jogo e métodos baseados no jogo);  Quadro Mét. T. (2): Valores mensais e anuais em minutos para cada método de treino  Quadro Mét. T. (3): Valores por microciclo e mesociclo das: médias, desvios padrão (DP) e respectivos coeficientes de dispersão (CD) para cada método de treino. Folha de “Meios de Treino” A folha de “Meios de Treino” denominada na presente aplicação de “Meios Treino” à qual acedemos a partir: i) da barra de separadores e na cor azul turquesa, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio de botão de hiperligação, permite: Calcular e apresentar tabelas com dados por microciclo e mesociclo referentes a:  Total de minutos por cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);  Número total de minutos das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);
  • 51. Metodologia 44  Total de minutos por cada uma das categorias dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de preparação específica);  Número total de minutos das categorias dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de preparação específica); Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:  Total de minutos por cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);  Número total de minutos das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);  Total de minutos por cada uma das categorias dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de preparação específica);  Número total de minutos das categorias dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de preparação específica);  Total de minutos de cada uma das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);  Número total de minutos das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);  Valor médio dos minutos utilizados em cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;  Valor do desvio padrão em cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;  Valor do coeficiente de dispersão em cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;
  • 52. Metodologia 45  Valor médio dos minutos utilizados nas 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;  Valor do desvio padrão das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;  Valor do coeficiente de dispersão das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) por microciclo e mesociclo;  Valor médio dos minutos utilizados em cada um dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de preparação específica) por microciclo e mesociclo;  Valor do desvio padrão em cada um dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e meios de preparação específica) por microciclo e mesociclo;  Valor do coeficiente de dispersão em cada um dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e específica) por microciclo e mesociclo;  Valor médio dos minutos utilizados nos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e específica) por microciclo e mesociclo;  Valor do desvio padrão dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e específica) por microciclo e mesociclo;  Valor do coeficiente de dispersão dos meios de treino classificados em 2 categorias (meios de preparação geral e específica por microciclo e mesociclo); Visualizar as colunas dos microciclos e mesociclos que não foram utilizados. Através da mensagem, “X” em estilo negrito e a cor vermelha, surgida na coluna correspondente, chama-nos a atenção para os microciclos e mesociclos não preenchidos que devemos ocultar para não prejudicar a
  • 53. Metodologia 46 elaboração de gráficos ou eliminar para não afectar os cálculos do desvio-padrão representados nos quadros. Hiperligação à folha “Registo Anual”. Através de botão com forma quadrada e de cor vermelha que diz “VOLTAR AO REGISTO ANUAL” disposto no canto inferior esquerdo da folha é possível voltar à folha de “Registo Anual”, na parte relacionada com os meios de treino. Representação gráfica com dados relativos aos microciclos. Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor azul turquesa, podemos aceder ao seguinte gráfico:  Gráf. MT (1): Variações percentuais do volume de treino entre a Preparação Geral e a Preparação Específica. Representação gráfica com dados relativos aos mesociclos. Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor azul turquesa, podemos aceder aos seguintes gráficos:  Gráf. MT (2): Variações percentuais do volume de treino entre a Preparação Geral e a Preparação Específica;  Gráf. MT (3): Variações percentuais do volume de treino em cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos);  Gráf. MT (4): Variações do total de minutos em cada uma das 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos). Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados: Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor azul-turquesa e por hiperligações da folha de “Índice de quadros” podemos aceder aos dados referentes a:  Quadro MT (1): Valores anuais relativos aos meios de treino dos indicadores: minutos totais (min); minutos por unidade de treino (min/UT) e percentagem (%) dos minutos relativamente ao volume total, de acordo com diversas categorias: i) 11 subcategorias das 3
  • 54. Metodologia 47 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos), ii) 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos), e, iii) 4 categorias de acordo com a classificação de Marques, Maia, Oliveira e Prista (2000);  Quadro MT (2): Valores absolutos anuais em minutos dos meios de treino categorizados em meios de preparação geral e específica, percentagens relativas entre estas duas categorias e do Rácio entre Preparação Geral (PG) e Preparação Específica (PE);  Quadro MT (3): Média, desvio padrão (DP) e coeficiente de dispersão (CD) por microciclo e por mesociclo de cada um dos meios de treino segundo as 11 subcategorias das 3 categorias dos meios de treino (exercícios gerais, exercícios especiais e exercícios competitivos) e 2 categorias (meios de preparação geral e específica). Folha de “Conteúdos de Treino” A folha de “Conteúdos de Treino”, denominada na presente aplicação de “Conteúdos de Treino” à qual acedemos a partir: i) da barra de separadores e na cor verde, e ii) da folha de “Registo Anual” por intermédio de hiperligação. A presente folha é constituída por 3 tabelas dispostas verticalmente, representando respectivamente:  Tabela 1: Totalidade dos indicadores de treino;  Tabela 2: Categorias dos Conteúdos de Treino (Factores de Rendimento) por mesociclo e microciclo;  Tabela 3: Categorias dos Conteúdos de Treino baseada na divisão em situações tácticas parcelares por mesociclo. Nesta folha, os dados presentes referem-se às categorias da divisão dos conteúdos de treino em 90 subsubcategorias que se agrupam em 21 subcategorias que por sua vez se agrupam em 4 categorias dos conteúdos de treino (“Preparação Física”, “Preparação Técnica”, “Preparação Táctica” e
  • 55. Metodologia 48 “Preparação Psicológica”). Não fazem parte desta folha os conteúdos relativos aos “Testes de Avaliação”. Para melhor compreensão da categorização dos conteúdos de treino e evitar constante repetição da designação destas categorias ao longo do texto, apresentamos o seguinte Quadro 3 de referência. Quadro 3 – Divisão das categorias dos conteúdos de treino Categorias Subcategorias Subsubcategorias Preparação Física Capacidades Coordenativas Coordenação Orientação especial Equilíbrio Agilidade Reacção Capacidade Condicionais Todas as restantes categorias podem ser Preparação Técnica T.I.O. c/ bola
  • 56. Metodologia 49 T.I.O. s/ bola consultadas na ficha de volume semanal, apensa nos “Anexos”. T.I. Defensiva Preparação Táctica Situação de 1 x 1 Situação de 2 x 2 Situação de 3 x 3 Situação de 4 x 4 Transição Defesa-Ataque Contra-Ataque Ataque Rápido Transição Ataque-Defesa Situações inferioridade numérica Ataque posicional (5 x 5) Defesa colectiva (5 x 5) Ataque (campo inteiro) Defesa (campo inteiro) Jogo campo inteiro Situações de reposições bola em jogo Preparação Psicológica Trabalho psicológico Total de categorias: 4 Total categorias: 21 Total categorias: 90 Em seguida vamos passar à abordagem de cada uma destas tabelas, na perspectiva das operações por estas permitidas. A Tabela 1 permite: Calcular e apresentar tabelas com dados por mesociclo referentes a:  Total de minutos por cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Número total de minutos das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Total de minutos por cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;
  • 57. Metodologia 50  Número total de minutos das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino. Calcular e apresentar tabelas com dados por macrociclo referentes a:  Total de minutos por cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Número total de minutos das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Total de minutos por cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Número total de minutos das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Valor percentual por cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Valor percentual por cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino;  Valor médio dos minutos utilizados em cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;  Valor do desvio padrão em cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;  Valor do coeficiente de dispersão em cada uma das 90 subsubcategorias (totalidade dos indicadores de treino) das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;  Valor médio dos minutos utilizados em cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;  Valor do desvio padrão em cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo;
  • 58. Metodologia 51  Valor do coeficiente de dispersão em cada uma das 21 subcategorias das 4 categorias dos conteúdos de treino por mesociclo; Visualizar as colunas dos mesociclos que não foram utilizados. Através da mensagem, “X” em estilo negrito e a cor vermelha, surgida na coluna correspondente, chama-nos a atenção para os mesociclos não preenchidos que devemos ocultar para não prejudicar a elaboração de gráficos ou eliminar para não afectar os cálculos do desvio-padrão representados nos quadros. Representação gráfica com dados relativos aos mesociclos. Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor verde, podemos aceder aos seguintes gráficos:  Gráf. Conteúdos (5): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades condicionais” da categoria “Preparação Física” por mesociclo;  Gráf. Conteúdos (6): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades coordenativas” da categoria “Preparação Física” por mesociclo;  Gráf. Conteúdos (7): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva com bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;  Gráf. Conteúdos (8): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva sem bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;  Gráf. Conteúdos (9): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;  Gráf. Conteúdos (11): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias das subcategorias “Ataque Posicional” e “Defesa Colectiva” da categoria “Preparação Táctica” por mesociclo;  Gráf. Conteúdos (12): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Transição Defesa- Ataque” da categoria “Preparação Táctica” e da subcategoria
  • 59. Metodologia 52 “Situações de reposição de bola em jogo” da categoria “Preparação Táctica” por mesociclo;  Gráf. Conteúdos (13): Variação do volume de treino em minutos de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Contra-Ataque (situações de superioridade numérica)” da categoria “Preparação Táctica” e da subcategoria “Ataque Rápido” da categoria “Preparação Táctica” por mesociclo; Calcular e apresentar em quadros (tabelas) os dados: Através da barra de separadores por intermédio dos separadores de cor verde e por hiperligações da folha de “Índice de quadros” podemos aceder aos dados referentes a:  Quadro Cont. (2): Valores em minutos e percentuais (frequência relativa) da subcategoria “Capacidades Condicionais” da categoria “Preparação Física” e de cada um das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades Condicionais” da categoria “Preparação Física” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e coeficiente de dispersão da subcategoria “Capacidades Condicionais” da categoria “Preparação Física” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades Condicionais” da categoria “Preparação Física” por mesociclo;  Quadro Cont. (3): Valores em minutos e percentuais (frequência relativa) da subcategoria “Capacidades Coordenativas” da categoria “Preparação Física” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades Coordenativas” da categoria “Preparação Física” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e coeficiente de dispersão da subcategoria “Capacidades Coordenativas” da categoria “Preparação Física” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Capacidades Coordenativas” da categoria “Preparação Física” por mesociclo;  Quadro Cont. (4): Valores em minutos e percentuais (frequência relativa) da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva sem bola” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva sem bola” da categoria
  • 60. Metodologia 53 “Preparação Técnica” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e coeficiente de dispersão da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva sem bola” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva sem bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;  Quadro Cont. (5): Valores em minutos e percentuais (frequência relativa) da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva com bola” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva com bola” da categoria “Preparação Técnica” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e coeficiente de dispersão da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva com bola” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Ofensiva com bola” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;  Quadro Cont. (6): Valores em minutos e percentuais (frequência relativa) das subcategorias “Situação de 1x1”, “Situação 2x2”, “Situação 3x3” e “Situação 4x4” da categoria “Preparação Táctica” e de cada uma das subsubcategorias das subcategorias “Situação de 1x1”, “Situação 2x2”, “Situação 3x3” e “Situação 4x4” da categoria “Preparação Táctica” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e coeficiente de dispersão das subcategorias “Situação de 1x1”, “Situação 2x2”, “Situação 3x3” e “Situação 4x4” da categoria “Preparação Táctica” e de cada uma das subsubcategorias das subcategorias “Situação de 1x1”, “Situação 2x2”, “Situação 3x3” e “Situação 4x4” da categoria “Preparação Táctica” por mesociclo;  Quadro Cont. (7): Valores em minutos e percentuais (frequência relativa) da subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da categoria “Preparação Técnica” e de cada um das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da categoria “Preparação Técnica” por macrociclo; e, valores da média, desvio padrão e coeficiente de dispersão da subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da categoria “Preparação Técnica” e de cada uma das subsubcategorias da subcategoria “Técnica Individual Defensiva” da categoria “Preparação Técnica” por mesociclo;