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Tendências na Pesquisa
Educacional na Europa e America
do Norte
Dra Marina-Stefania Giannakaki
(Athens Institute for Education and Research, Grécia)
Crise de Confiança
Durante os últimos 15 anos, a pesquisa educacional tem
sido influenciada por uma ‘crise de confiança’ - uma perda
de fé no seu impacto na política e prática – e por uma
preocupação com o ritmo lento e (às vezes) o fracasso da
reforma educacional (Kerns, 2004).
Origem da Crise
Distância entre atividade na educação superior e a
prática na escola, que não encorajava
comunicações entre acadêmicos e profissionais da
educação.
Pesquisa e prática eram consideradas atividades
distintas e separadas.
Tradicionalmente, os professores escolares raramente
usavam a pesquisa para sustentar suas práticas. O
conhecimento usado tinha as seguintes características
(Wise 2005; Hiebert et al., 2002):
• profundamente pessoal, baseado em reflexões do
professor sobre as práticas pedagógicas do dia-a-dia.
• relacionado a um contexto especifico e não generalizável.
• isolado e disperso.
´Conhecimento tácito’ dos professores.
Questão:
Como reforçar a interface entre pesquisa,
política e prática - isto é, uma mudança para
‘políticas e práticas baseadas em
evidências’?
Recursos são investidos em projetos
colaborativos entre professores
universitários, professores escolares e
outros atores, levando à:
Pesquisa Participatória
Aplicação de pesquisa em política e prática
(Modelo Linear)
Interesses políticos
(politics)
Formulação Implementação Avaliação através
de políticas em prática de pesquisa
Pesquisa
(OECD, 2002 em Edwards, 2004)
Aplicação de pesquisa em política e prática
(Modelo Interativo)
Pesquisa
Prática Política
(Edwards, 2004)
Pesquisa Participatória
• Participação ativa dos seus sujeitos (e de outros
beneficiários) como co-pesquisadores em uma ou mais
etapas do processo da pesquisa.
• A participação e influência destes grupos devem ser
iguais às dos especialistas.
• Participação de grupos ‘vulneráveis’, como minorias
étnicas ou crianças com necessidades especiais - e.g.
‘pesquisa com crianças’ ao invés de ‘pesquisa sobre ou
em crianças’.
A pesquisa participatória requer a contribuição tanto
dos pesquisadores quanto de profissionais e usuários
de serviços educacionais.
Pesquisadores: conhecimento de pesquisas conduzidas no
passado, dos métodos da pesquisa educacional e de
conceitos científicos relevantes ao tema da pesquisa.
Profissionais e usuários: conhecimento das particularidades
do contexto da pesquisa e de mudanças/alterações
introduzidas neste contexto.
Porque?
- ‘Grupos de Trabalho’ (Steering Groups) responsáveis por
decisões em várias etapas da pesquisa, compostos de
acadêmicos, professores, empregadores, funcionários do
governo, alunos, pais, etc.
Formas usadas para tornar a
pesquisa mais participativa
- Treinamento de membros dos grupos mencionados
acima para contribuir na execução da pesquisa, como
co-pesquisadores.
Pesquisa-Ação Participatória
• Considerada sub-categoria da pesquisa participatória.
• Pertence ao paradigma da pesquisa qualitativa.
• É radical no sentido que dá ênfase no lado político da
produção do conhecimento.
• Os sujeitos de pesquisa têm papel dominante. Os
especialistas-pesquisadores têm papel facilitário.
– e.g. o trabalho de crianças em vários países indica
‘exploração/perda da infância’ ou ‘vontade conscientede
ajudar as famílias’? (Nieuwenhuys, 2004)
• O objetivo é dar poder aos sujeitos para produzir conhecimento
útil a eles, interpretar os resultados usando os seus próprios
valores/pontos de vista e participar de decisões políticas que
transformam o seu ambiente.
Questões relacionadas à pesquisa
participatória
• Relações de poder entre membros do grupo de pesquisa.
• Não-acadêmicos podem faltar conhecimento técnico para
engajar-se na pesquisa no mesmo nível de especialistas.
• A pesquisa participatória tem sido criticada por ser aplicada
de modo simbólico (tokenistic).
• A pesquisa participatória tem sido associada à falta de rigor
e confiabilidade.
• No caso de crianças: riscos de segurança e restrições legais
(e.g. viagens para coleta de dados requerem aprovação dos
pais).
(a)Pesquisa do Professor/Profissional
(Teacher/Practitioner Research) (Lüdke, 2001)
(b) Pesquisa-Ação
(Action Research)
Pesquisa do Professor/Profissional
• Conduzida por professores (ou outros profissionais) com o
objetivo de explorar uma situação e melhorar a prática
pedagógica.
• É mais individual do que colaborativa.
• Pode ter (ou não) contribuição de especialistas
pesquisadores.
• Usa-se, também, como método de treinamento de
professores.
• Ausência de dialogo entre profissionais.
Críticas da pesquisa do
professor/profissional
• Falta de contribuição de pesquisadores-especialistas
• Restrito uso de metodologias.
• Interpretação e aplicação de evidências de modo simplístico.
• Aplicação da teoria na prática sem elaboração crítica.
• Caráter apolítico, faltando objetivos (e poder) transformativos
em relação ao status quo.
• Dominância dos profissionais e silêncio (ignorância) dos
alunos e outros usuários de serviços educacionais.
Pesquisa-Ação
Em relação à ‘pesquisa do professor’, tem as seguintes
diferenças:
• Mais colaborativa do que individual.
• O foco da pesquisa é a organização (e.g. escola) e suas
práticas ao invés do professor.
Críticas:
- Ênfase nos interesses da organização (escola) ao
invés dos interesses dos alunos.
- Relativamente conservativa: Não desafia de modo
radical as práticas estabelecidas nas escolas.
Divulgação ao longo da pesquisa
Divulgação a partir do início de um projeto de pesquisa
• Dar feedback crítico sobre as questões e os métodos da
pesquisa (retroalimentação crítica).
• Refletir criticamente nos dados gerados através da pesquisa.
• Contribuir na interpretação dos resultados.
• Oferecer idéias sobre modos de aplicar o conhecimento
produzido.
• Oferecer feedback sobre os resultados destas aplicações
(e.g. como a prática se transformou?).
• Identificar novas questões para futuras pesquisas.
• Começar a refletir em suas práticas usando os instrumentos
intelectuais da pesquisa.
Profissionais e usuários da educação tem a
oportunidade de:
Múltiplos modos de divulgação
• Relatórios de pesquisa, artigos em revistas, manuais para
estudantes, online resumos, etc.
• British Educational Research Association (BERA): produção
de resumos de pesquisa para profissionais da educação.
• Profissionais servindo de ´leitores críticos´ antes da
publicação de resumos.
• Uso da TIC – e.g. conferências online, chatrooms para
receber feedback.
• Profissionais ou usuários servindo de ´difusores´ dos
resultados.
‘Divulgação’ não significa a distribuição de uma lista de dicas
no final da pesquisa que são uniformemente aplicadas em
todos os contextos.
Porque?
O conhecimento produzido através da pesquisa é
transformado pelos usuários e aplicado de modos diferentes.
Exemplo: Alarme de mão para pacientes hospitalizados
(Hyysalo, 2002 em Edwards, 2004).
(a) Foi usado em modos não antecipados pelos designers.
(b) O feeback dos usuários possibilitou aos designers adaptar
o alarme para servir, de modo melhor, estes usos não
antecipados.
Integrando conhecimentos
- Pesquisa internacional
- Pesquisa interdisciplinar
Ênfase em colaborações internacionais
• Seventh Research Framework Programme (FP7)
– Pesquisa entre países europeus ou entre Europa e países fora da
Europa (ênfase em grandes países como Brasil, China, Índia e
Estados Unidos).
– Mínimo requisito: três diferentes países.
(http://cordis.europa.eu/fp7/home_en.html)
• European Social Fund (A2), Forward Looks (Olhar para a frente)
- Workshops entre países europeus ao longo de 4 anos para definir
futuras agendas e prioridades em pesquisa. (www.esf.org)
• Bolsas Schuman-Fulbright
- Bolsas para pesquisa no outro lado do Atlântico em áreas relacionadas
às relações entre Europa e Estados Unidos.
(http://ec.europa.eu//education/programmes/eu-usa/index_en.html)
Interdisciplinaridade
+
Centros de pesquisa dedicados em áreas
estratégicas
Exemplos na Inglaterra
• Centre for Research on the Wider Benefits of Learning,
Universidade de Londres (www.learningbenefits.net)
- Área: os benefícios da aprendizagem ao longo da vida
- Disciplinas: medicina, psicologia, economia, etc
• Research Centre on the Economics of Education, Universidade de
Londres (www.cee.lse.ac.uk)
- Área: economia da educação
- Disciplinas: economia, estudos fiscais, sociologia, etc.
Pesquisa e Desenvolvimento
Pesquisa Avaliativa
Ênfase em programas de desenvolvimento
(development programmes)
• Programas interventivos (programas-pilotos) baseados em
pesquisa.
• Pesquisa avaliativa: avaliação de programas interventivos ou
de reformas educacionais de grande escala.
Exemplo
• National Research and Development Centre for Adult Literacy
and Numeracy (Universidade de Londres, RU)
(http://www.nrdc.org.uk/)
- Pesquisa avaliativa em ‘literacia e numeracia dos adultos’.
- Sub-contrata, também, instituições de ‘educação adicional’ para
executar pesquisa-ação liderada por professores/profissionais.
A pesquisa avaliativa financiada pelo governo tem
sofrido o controle (a censura) dos resultados por
representantes do governo que participam destes
projetos.
Questão da influência dos financiadores na
agenda da pesquisa educacional.
Ênfase em Ética
Ética na pesquisa educacional
(BERA, 2004)
– Eliminar possíveis danos aos participantes
(durante e depois da pesquisa).
– Consentimento informado.
Questões:
*Crianças pequenas
*Minorias étnicas
*Consentimento em caso de entrevista e de observação
*Exigências éticas vistas como empecilho para uma boa
pesquisa.
– Interpretar e publicar os resultados sem
necessidade de ser aprovados por financiadores,
supervisores, etc.
– Evitar influência excessiva pelos financiadores.
– Comunicar o resultados amplamente e em formatos
acessíveis.
(Maniam et al., 2004)
– Adaptar os métodos da pesquisa para evitar a exclusão
de sub-grupos na população-alvo.
e.g. tradução de questionários
uso de desenhos em caso de crianças pequenas.
Questões:
*Testes usados para avaliar o desempenho de alunos favorecem
a classe média. e.g. ´matemática da rua´ e ´matemática da sala
de aula´.
*Preconceitos racistas influenciam a interpretação de dados
quantitativos. e.g. como interpretar o maior número de atos violentes
por alunos negros?
Métodos Mistos
Os métodos mistos podem contribuir na
interpretação imparcial dos resultados.
Métodos Mistos
• Métodos de pesquisa que incluem dados quantitativos
e qualitativos para o melhor entendimento da prática
educacional.
• Aumento da popularidade do paradigma ‘pragmático’
ao invés do uso absoluto dos paradigmas positivista
ou interpretativo.
• Paradigma pragmático: A melhor metodologia é
aquela que funciona nas circunstâncias.
Métodos Mistos – Exemplos
1. Desenho exploratório seqüencial (Creswell, 2003)
QUAL QUAN Interpretação
Coleta/análise de dados Coleta/análise de dados de toda análise
Objetivos:
• Construção de instrumentos para coleta de dados quantitativos.
• Uso de dados quantitativos para:
(a) interpretar ou generalizar os resultados qualitativos,
(b) explorar a distribuição de um fenômeno na população -alvo,
(c) examinar empiricamente uma teoria baseada nos dados
qualitativos.
2. Desenho concomitante (simultâneo) de triangulação
QUAN + QUAN
Coleta/analise de dados Coleta/analise de dados
Comparação dos resultados
Objetivo:
Uso paralelo de diferentes métodos para examinar um
fenômeno e comparar os resultados com o objetivo de confirmar
a sua validade e confiabilidade.
Sumario dos Pontos Principais
• Pesquisa participatória: Reforço da interface entre pesquisa-
política-prática.
promovendo:
• Reflexões críticas em política e prática educacional
• Transformações da política e prática educacional
Para que a pesquisa tenha impacto em prática, é necessário
criar escolas abertas para inovações e transformações das
suas práticas...
...ísto é, ´escolas em constante aprendizagem´ (learning
organisations).
Referências
• British Educational Research Association (2004) Revised Ethical Guidelines for
Educational Research. Slough: BERA. Disponível no site:
http://www.bera.ac.uk/publications/pdfs/ETHICA1.PDF
• Creswell, J. W. (2003) Research Design: Qualitative, Quantitative and Mixed
Methods Approaches (second edition). London: SAGE Publications.
• Edwards, A. (2004) Education, in Doing Research with Children and Young People
(pp. 255-269). London: SAGE Publications.
• Hiebert, J., Gallimore, R. & Stigler, J. W. (2002) A knowledge base for the teaching
profession: What would it look like and how can we get one? Educational
Researcher, 31(5), 3-15.
• Kerns, P. (2004) Education Research in the Knowledge Society: Key Trends in
Europe and North America. SA Adelaide: National Centre for Vocational Education
Research.
• Lüdke, M. (2001) O professor, seu saber e sua pesquisa. Educação e Sociedade,
22(74), 77-96.
• Maniam, M., Patel, V., Singh, S. & Robinson, C. (2004) Race and ethnicity, in Doing
Research with Children and Young People (pp. 222-236). London: SAGE
Publications.
• National Children’s Bureau (2006) Guidelines for Research. London: NCB .
Disponível no site: http://www.ncb.org.uk/dotpdf/open%20access%20-
%20phase%201%20only/research_guidelines_200604.pdf
• Nieuwenhuys, O. (2004) Participatory action research in the majority world, in Doing
Research with Children and Young People (pp. 206-221). London: SAGE
Publications.
• Wise,A. E. (2005) Establishing teaching as a profession: The essential role of
professional accreditation. Journal of Teacher Education, 56(4), 318-331.
Marina-Stefania Giannakaki
Email: smjg@atiner.gr

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Nov 2007 furb_brasil

  • 1. Tendências na Pesquisa Educacional na Europa e America do Norte Dra Marina-Stefania Giannakaki (Athens Institute for Education and Research, Grécia)
  • 2. Crise de Confiança Durante os últimos 15 anos, a pesquisa educacional tem sido influenciada por uma ‘crise de confiança’ - uma perda de fé no seu impacto na política e prática – e por uma preocupação com o ritmo lento e (às vezes) o fracasso da reforma educacional (Kerns, 2004).
  • 3. Origem da Crise Distância entre atividade na educação superior e a prática na escola, que não encorajava comunicações entre acadêmicos e profissionais da educação. Pesquisa e prática eram consideradas atividades distintas e separadas.
  • 4. Tradicionalmente, os professores escolares raramente usavam a pesquisa para sustentar suas práticas. O conhecimento usado tinha as seguintes características (Wise 2005; Hiebert et al., 2002): • profundamente pessoal, baseado em reflexões do professor sobre as práticas pedagógicas do dia-a-dia. • relacionado a um contexto especifico e não generalizável. • isolado e disperso. ´Conhecimento tácito’ dos professores.
  • 5. Questão: Como reforçar a interface entre pesquisa, política e prática - isto é, uma mudança para ‘políticas e práticas baseadas em evidências’?
  • 6. Recursos são investidos em projetos colaborativos entre professores universitários, professores escolares e outros atores, levando à: Pesquisa Participatória
  • 7. Aplicação de pesquisa em política e prática (Modelo Linear) Interesses políticos (politics) Formulação Implementação Avaliação através de políticas em prática de pesquisa Pesquisa (OECD, 2002 em Edwards, 2004)
  • 8. Aplicação de pesquisa em política e prática (Modelo Interativo) Pesquisa Prática Política (Edwards, 2004)
  • 9. Pesquisa Participatória • Participação ativa dos seus sujeitos (e de outros beneficiários) como co-pesquisadores em uma ou mais etapas do processo da pesquisa. • A participação e influência destes grupos devem ser iguais às dos especialistas. • Participação de grupos ‘vulneráveis’, como minorias étnicas ou crianças com necessidades especiais - e.g. ‘pesquisa com crianças’ ao invés de ‘pesquisa sobre ou em crianças’.
  • 10. A pesquisa participatória requer a contribuição tanto dos pesquisadores quanto de profissionais e usuários de serviços educacionais. Pesquisadores: conhecimento de pesquisas conduzidas no passado, dos métodos da pesquisa educacional e de conceitos científicos relevantes ao tema da pesquisa. Profissionais e usuários: conhecimento das particularidades do contexto da pesquisa e de mudanças/alterações introduzidas neste contexto. Porque?
  • 11. - ‘Grupos de Trabalho’ (Steering Groups) responsáveis por decisões em várias etapas da pesquisa, compostos de acadêmicos, professores, empregadores, funcionários do governo, alunos, pais, etc. Formas usadas para tornar a pesquisa mais participativa - Treinamento de membros dos grupos mencionados acima para contribuir na execução da pesquisa, como co-pesquisadores.
  • 12. Pesquisa-Ação Participatória • Considerada sub-categoria da pesquisa participatória. • Pertence ao paradigma da pesquisa qualitativa. • É radical no sentido que dá ênfase no lado político da produção do conhecimento. • Os sujeitos de pesquisa têm papel dominante. Os especialistas-pesquisadores têm papel facilitário. – e.g. o trabalho de crianças em vários países indica ‘exploração/perda da infância’ ou ‘vontade conscientede ajudar as famílias’? (Nieuwenhuys, 2004) • O objetivo é dar poder aos sujeitos para produzir conhecimento útil a eles, interpretar os resultados usando os seus próprios valores/pontos de vista e participar de decisões políticas que transformam o seu ambiente.
  • 13. Questões relacionadas à pesquisa participatória • Relações de poder entre membros do grupo de pesquisa. • Não-acadêmicos podem faltar conhecimento técnico para engajar-se na pesquisa no mesmo nível de especialistas. • A pesquisa participatória tem sido criticada por ser aplicada de modo simbólico (tokenistic). • A pesquisa participatória tem sido associada à falta de rigor e confiabilidade. • No caso de crianças: riscos de segurança e restrições legais (e.g. viagens para coleta de dados requerem aprovação dos pais).
  • 14. (a)Pesquisa do Professor/Profissional (Teacher/Practitioner Research) (Lüdke, 2001) (b) Pesquisa-Ação (Action Research)
  • 15. Pesquisa do Professor/Profissional • Conduzida por professores (ou outros profissionais) com o objetivo de explorar uma situação e melhorar a prática pedagógica. • É mais individual do que colaborativa. • Pode ter (ou não) contribuição de especialistas pesquisadores. • Usa-se, também, como método de treinamento de professores.
  • 16. • Ausência de dialogo entre profissionais. Críticas da pesquisa do professor/profissional • Falta de contribuição de pesquisadores-especialistas • Restrito uso de metodologias. • Interpretação e aplicação de evidências de modo simplístico. • Aplicação da teoria na prática sem elaboração crítica. • Caráter apolítico, faltando objetivos (e poder) transformativos em relação ao status quo. • Dominância dos profissionais e silêncio (ignorância) dos alunos e outros usuários de serviços educacionais.
  • 17. Pesquisa-Ação Em relação à ‘pesquisa do professor’, tem as seguintes diferenças: • Mais colaborativa do que individual. • O foco da pesquisa é a organização (e.g. escola) e suas práticas ao invés do professor. Críticas: - Ênfase nos interesses da organização (escola) ao invés dos interesses dos alunos. - Relativamente conservativa: Não desafia de modo radical as práticas estabelecidas nas escolas.
  • 18. Divulgação ao longo da pesquisa Divulgação a partir do início de um projeto de pesquisa
  • 19. • Dar feedback crítico sobre as questões e os métodos da pesquisa (retroalimentação crítica). • Refletir criticamente nos dados gerados através da pesquisa. • Contribuir na interpretação dos resultados. • Oferecer idéias sobre modos de aplicar o conhecimento produzido. • Oferecer feedback sobre os resultados destas aplicações (e.g. como a prática se transformou?). • Identificar novas questões para futuras pesquisas. • Começar a refletir em suas práticas usando os instrumentos intelectuais da pesquisa. Profissionais e usuários da educação tem a oportunidade de:
  • 20. Múltiplos modos de divulgação • Relatórios de pesquisa, artigos em revistas, manuais para estudantes, online resumos, etc. • British Educational Research Association (BERA): produção de resumos de pesquisa para profissionais da educação. • Profissionais servindo de ´leitores críticos´ antes da publicação de resumos. • Uso da TIC – e.g. conferências online, chatrooms para receber feedback. • Profissionais ou usuários servindo de ´difusores´ dos resultados.
  • 21. ‘Divulgação’ não significa a distribuição de uma lista de dicas no final da pesquisa que são uniformemente aplicadas em todos os contextos. Porque? O conhecimento produzido através da pesquisa é transformado pelos usuários e aplicado de modos diferentes. Exemplo: Alarme de mão para pacientes hospitalizados (Hyysalo, 2002 em Edwards, 2004). (a) Foi usado em modos não antecipados pelos designers. (b) O feeback dos usuários possibilitou aos designers adaptar o alarme para servir, de modo melhor, estes usos não antecipados.
  • 22. Integrando conhecimentos - Pesquisa internacional - Pesquisa interdisciplinar
  • 23. Ênfase em colaborações internacionais • Seventh Research Framework Programme (FP7) – Pesquisa entre países europeus ou entre Europa e países fora da Europa (ênfase em grandes países como Brasil, China, Índia e Estados Unidos). – Mínimo requisito: três diferentes países. (http://cordis.europa.eu/fp7/home_en.html) • European Social Fund (A2), Forward Looks (Olhar para a frente) - Workshops entre países europeus ao longo de 4 anos para definir futuras agendas e prioridades em pesquisa. (www.esf.org) • Bolsas Schuman-Fulbright - Bolsas para pesquisa no outro lado do Atlântico em áreas relacionadas às relações entre Europa e Estados Unidos. (http://ec.europa.eu//education/programmes/eu-usa/index_en.html)
  • 24. Interdisciplinaridade + Centros de pesquisa dedicados em áreas estratégicas Exemplos na Inglaterra • Centre for Research on the Wider Benefits of Learning, Universidade de Londres (www.learningbenefits.net) - Área: os benefícios da aprendizagem ao longo da vida - Disciplinas: medicina, psicologia, economia, etc • Research Centre on the Economics of Education, Universidade de Londres (www.cee.lse.ac.uk) - Área: economia da educação - Disciplinas: economia, estudos fiscais, sociologia, etc.
  • 26. Ênfase em programas de desenvolvimento (development programmes) • Programas interventivos (programas-pilotos) baseados em pesquisa. • Pesquisa avaliativa: avaliação de programas interventivos ou de reformas educacionais de grande escala. Exemplo • National Research and Development Centre for Adult Literacy and Numeracy (Universidade de Londres, RU) (http://www.nrdc.org.uk/) - Pesquisa avaliativa em ‘literacia e numeracia dos adultos’. - Sub-contrata, também, instituições de ‘educação adicional’ para executar pesquisa-ação liderada por professores/profissionais.
  • 27. A pesquisa avaliativa financiada pelo governo tem sofrido o controle (a censura) dos resultados por representantes do governo que participam destes projetos. Questão da influência dos financiadores na agenda da pesquisa educacional.
  • 29. Ética na pesquisa educacional (BERA, 2004) – Eliminar possíveis danos aos participantes (durante e depois da pesquisa). – Consentimento informado. Questões: *Crianças pequenas *Minorias étnicas *Consentimento em caso de entrevista e de observação *Exigências éticas vistas como empecilho para uma boa pesquisa.
  • 30. – Interpretar e publicar os resultados sem necessidade de ser aprovados por financiadores, supervisores, etc. – Evitar influência excessiva pelos financiadores. – Comunicar o resultados amplamente e em formatos acessíveis.
  • 31. (Maniam et al., 2004) – Adaptar os métodos da pesquisa para evitar a exclusão de sub-grupos na população-alvo. e.g. tradução de questionários uso de desenhos em caso de crianças pequenas. Questões: *Testes usados para avaliar o desempenho de alunos favorecem a classe média. e.g. ´matemática da rua´ e ´matemática da sala de aula´. *Preconceitos racistas influenciam a interpretação de dados quantitativos. e.g. como interpretar o maior número de atos violentes por alunos negros?
  • 32. Métodos Mistos Os métodos mistos podem contribuir na interpretação imparcial dos resultados.
  • 33. Métodos Mistos • Métodos de pesquisa que incluem dados quantitativos e qualitativos para o melhor entendimento da prática educacional. • Aumento da popularidade do paradigma ‘pragmático’ ao invés do uso absoluto dos paradigmas positivista ou interpretativo. • Paradigma pragmático: A melhor metodologia é aquela que funciona nas circunstâncias.
  • 34. Métodos Mistos – Exemplos 1. Desenho exploratório seqüencial (Creswell, 2003) QUAL QUAN Interpretação Coleta/análise de dados Coleta/análise de dados de toda análise Objetivos: • Construção de instrumentos para coleta de dados quantitativos. • Uso de dados quantitativos para: (a) interpretar ou generalizar os resultados qualitativos, (b) explorar a distribuição de um fenômeno na população -alvo, (c) examinar empiricamente uma teoria baseada nos dados qualitativos.
  • 35. 2. Desenho concomitante (simultâneo) de triangulação QUAN + QUAN Coleta/analise de dados Coleta/analise de dados Comparação dos resultados Objetivo: Uso paralelo de diferentes métodos para examinar um fenômeno e comparar os resultados com o objetivo de confirmar a sua validade e confiabilidade.
  • 36. Sumario dos Pontos Principais • Pesquisa participatória: Reforço da interface entre pesquisa- política-prática. promovendo: • Reflexões críticas em política e prática educacional • Transformações da política e prática educacional Para que a pesquisa tenha impacto em prática, é necessário criar escolas abertas para inovações e transformações das suas práticas... ...ísto é, ´escolas em constante aprendizagem´ (learning organisations).
  • 37. Referências • British Educational Research Association (2004) Revised Ethical Guidelines for Educational Research. Slough: BERA. Disponível no site: http://www.bera.ac.uk/publications/pdfs/ETHICA1.PDF • Creswell, J. W. (2003) Research Design: Qualitative, Quantitative and Mixed Methods Approaches (second edition). London: SAGE Publications. • Edwards, A. (2004) Education, in Doing Research with Children and Young People (pp. 255-269). London: SAGE Publications. • Hiebert, J., Gallimore, R. & Stigler, J. W. (2002) A knowledge base for the teaching profession: What would it look like and how can we get one? Educational Researcher, 31(5), 3-15. • Kerns, P. (2004) Education Research in the Knowledge Society: Key Trends in Europe and North America. SA Adelaide: National Centre for Vocational Education Research. • Lüdke, M. (2001) O professor, seu saber e sua pesquisa. Educação e Sociedade, 22(74), 77-96. • Maniam, M., Patel, V., Singh, S. & Robinson, C. (2004) Race and ethnicity, in Doing Research with Children and Young People (pp. 222-236). London: SAGE Publications. • National Children’s Bureau (2006) Guidelines for Research. London: NCB . Disponível no site: http://www.ncb.org.uk/dotpdf/open%20access%20- %20phase%201%20only/research_guidelines_200604.pdf • Nieuwenhuys, O. (2004) Participatory action research in the majority world, in Doing Research with Children and Young People (pp. 206-221). London: SAGE Publications. • Wise,A. E. (2005) Establishing teaching as a profession: The essential role of professional accreditation. Journal of Teacher Education, 56(4), 318-331.