O documento descreve os processos de fabricação de cimento em uma fábrica visitada por estudantes de engenharia, incluindo a mineração de calcário e argila, pré-britagem, pré-homogeneização, moagem de matérias-primas e uso de sistemas hidropneumáticos nesses processos.
1. No sábado, dia 05 de julho de 2014, foi realizada uma visita técnica com a turma de Sistemas
Hidropneumáticos do curso de Engenharia Mecânica da UFERSA à empresa de cimento Mizu
localizado na cidade de Baraúnas/RN, a fim de conhecer os sistemas hidropneumáticos envolvidos
no processo de fabricação de cimento da fábrica. Lá, foi ministrada uma palestra esclarecendo os
processos de fabricação da empresa, bem como os sistemas hidropneumáticos que há neles.
O primeiro processo envolvido na fabricação do cimento da empresa visitada é a Mineração,
a Mizu é instalada próxima às jazidas de calcário e argila com a finalidade de diminuir gastos com
transportes, consequentemente, maximizando o lucro. A extração desses materiais é realizada
através do uso de explosivos.
O segundo processo envolvido é o de Pré-Britagem cuja finalidade é diminuir o tamanho dos
minérios extraídos. Foi nos explicado que no geral, existem dois tipos de britadores: britador de
martelo e britador de mandíbula. Na fábrica utiliza-se o britador de martelo adaptado para a britagem
de calcário. A manutenção desse equipamento é um ponto crítico e é realizado através da abertura
dos eixos para inversão ou troca dos martelos que, com o tempo, ficam desapropriados para o uso
devido ao desgaste excessivo.
O britador de argila é um equipamento muito utilizado nas fábricas de cimento, entretanto ele
não é utilizado na Mizu. Esse maquinário é empregado em aplicações em locais mais úmidos, a
aplicação da hidráulica nesse tipo de equipamento se dá apenas para a manutenção.
O passo seguinte para a fabricação do cimento nessa empresa é a Pré-Homogeinização que
é realizada com o auxílio de uma empilhadeira. Esse processo consiste em colocar em camadas o
calcário e a argila e então homogeneizá-los. Essa etapa é extremamente importante, pois a qualidade
do produto e a estabilidade do processo de produção requerem materiais quimicamente
homogêneos, além disso, vale salientar que a quantidade desses materiais deve ser dosada de forma
a obter o tipo de cimento desejado. É utilizado também um equipamento chamado Chevron contínuo
circular, é um equipamento mais tecnológico e eficaz se comparado a outros existentes no mercado,
ele é capaz de misturar mais uniformemente os materiais. A hidráulica envolvida nesse dispositivo
localiza-se na lança que realiza os movimentos de levantamento e abaixamento.
A próxima etapa da fabricação é a Moagem de Cru, conhecido também como moagem de
matérias primas. Esse procedimento tem por finalidade diminuir o tamanho das partículas para uma
melhor homogeneização e o aumento da superfície exposta que intensifica reações químicas e troca
de calor entre as partículas e os gases no interior do forno. Isso é feito através da introdução do
material pré-homogeneizado em um moinho de rolos para que as partículas se misturem e atinjam
uma granulometria e umidade adequada, nesse processo, é utilizado o uso de gases quentes
proveniente do forno de clinterização para secagem. O produto resultante desse processo de
moagem é chamado de “farinha”.
Nessa etapa a hidráulica é utilizada no acionamento do comando de rolos para realizar os
movimentos de subida e descida, além de ser feito a operação do moinho através de bombas de
baixa pressão que operam com óleo. São empregadas quatro bombas para a elevação da mesa com
um filme de óleo para evitar travamentos. Os rolos acumuladores de Ni fazem parte do sistema
pneumático que tem a função de permitir a passagem de materiais mais duros, é montado em um
circuito fechado. A manutenção