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MANUAL BÁSICO DE
INDICADORES DE
PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
VOLUME 1
• ESTRUTURA DE CONCRETO
ARMADO CONVENCIONAL
• ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES
DE CONCRETO MOLDADAS COM
USO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO
MANUAL BÁSICO DE
INDICADORES DE
PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
VOLUME 1
• ESTRUTURA DE CONCRETO
ARMADO CONVENCIONAL
• ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES
DE CONCRETO MOLDADAS COM
USO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO
correalização realização
FICHA TÉCNICA
Realização
Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC
José Carlos Rodrigues Martins
Presidente
Coordenação
Roberto Sérgio Oliveira Ferreira
Presidente da Comissão de Políticas e Relações
Trabalhistas-CPRT
Líder do Projeto
João Batista Cavalcante deVasconcelos
Sinduscon-BA
Gestão do Projeto
Gilmara Dezan
Assessora da Comissão de Políticas e Relações
Trabalhistas-CPRT
Consultoria Especializada
Ubiraci Espinelli Lemes de Souza
Consultor, Engenheiro e Professor da Escola
Politécnica da USP
Felipe Germano Morasco
Guilherme Nicacio Brito Ribeiro
Comunicação Social
Doca de Oliveira
Coordenadora de Comunicação
Correalização
Serviço Social da Indústria-SESI-DN
Edição
Gadioli Branding
Projeto Gráfico
Samuel Harami
Diagramação e finalização
Cristiane Sampaio
Revisão
Iza Antunes Araújo
Ficha catalográfica (catalogação-na-publicação)
MANUAL BÁSICO DE INDICADORES DE
PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
VOLUME 1
Brasília-DF, maio de 2017
Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC
SBN - Quadra 01 - Bloco I
Ed Armando Monteiro Neto, 3º e 4º andar
CEP: 70040-913
Telefone: (61) 3327-1013
www.cbic.org.br - www.facebook.com/cbicbrasil
S719m Souza, Ubiraci Espinelli Lemes de.
Manual básico de indicadores de produtividade na construção civil /
Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, Felipe Germano Morasco,
Guilherme Nicacio Brito Ribeiro.—Brasília, DF: CBIC, 2017.
92 p. : il.
Conteúdo: v. 1 – Estrutura de concreto armado convencional;
Estrutura em paredes e lajes de concreto moldadas com uso de
formas de alumínio.
ISBN: 978-85-00000-00-0
1. Construção civil – Manual. 2. Concreto, estruturas de. 3. Concreto
armado. 4. Concreto, indústria de. 5. Mão de obra – Produtividade. I.
Morasco, Felipe Germano. II. Ribeiro, Guilherme Nicacio Brito. III.
Câmara Brasileira da Indústria da Construção.
CDU: 693.5
• ESTRUTURA DE CONCRETO
ARMADO CONVENCIONAL
• ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES
DE CONCRETO MOLDADAS COM
USO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO
MANUAL BÁSICO DE
INDICADORES DE
PRODUTIVIDADE NA
CONSTRUÇÃO CIVIL
VOLUME 1
correalização realização
ACBIC
7
A CBIC é a entidade
máxima representante
do mercado imobiliário
e da indústria da
construção no Brasil
e no exterior.
A Câmara Brasileira da Indústria da Cons-
trução – CBIC foi fundada em 1957, no
estado do Rio de Janeiro. Sediada em Bra-
sília, reúne 85 sindicatos e associações pa-
tronais do setor da construção, das 27 uni-
dades da Federação.
A CBIC representa politicamente o setor e
promove a integração da cadeia produtiva
da construção, contribuindo para o desen-
volvimento econômico e social do país.
Dirigida por um Conselho de Administra-
ção eleito pelos associados, a CBIC atua por
meio das suas cinco comissões técnicas,
duas delas voltadas para as atividades-fim:
Obras Públicas, Privatizações e Concessões
(COP) e Indústria Imobiliária (CII). Outras
três comissões estão voltadas para as ati-
vidades-meio: Comissão de Políticas e Re-
lações Trabalhistas (CPRT), Comissão de
Materiais, Equipamentos, Serviços, Tecno-
logia, Qualidade e Produtividade (COMAT)
e Comissão de Meio Ambiente (CMA). A
entidade conta ainda com três fóruns vol-
tados para atividades específicas: Conselho
Jurídico da CBIC, Fórum de Ação Social e Ci-
A CÂMARA BRASILEIRA DA
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
dadania (FASC) e Fórum dos Seconcis. Além
do Banco de Dados.
A CBIC representa nacional e internacional-
mente a indústria brasileira da construção.
Também integra a Federação Interamerica-
na da Indústria da Construção (FIIC), filiada
à Confederação Internacional das Associa-
ções de Construção (CICA). A FIIC, repre-
sentante do setor da construção em toda a
América Latina.
Para fins de capacitação e treinamento dos
profissionais da construção, a CBIC realiza
diversos eventos que contam com pales-
trantes especializados, construção de am-
pla rede de relacionamento e oportunidade
de aprendizado.
O SETOR DA CONSTRUÇÃO
REPRESENTA POR VOLTA DE
É RESPONSÁVEL POR
DO INVESTIMENTO
EXECUTADO NO BRASIL
10%
52%
DE TRABALHADORES COM
CARTEIRA ASSINADA.
2,6milhões
A CBIC
REPRESENTA
ISSO CORRESPONDE
A MAIS DE
ENTIDADES NAS
EMPRESAS.
UNIDADES DA
FEREDARÇÃO.
85 10mil
27
DO PIB BRASILEIRO,
E EMPREGA CERCA DE
A recuperação da economia brasileira e, con-
sequentemente, da atividade do setor pro-
dutivo passa pelos atributos da confiança e
da produtividade. A busca por mais compe-
titividade pauta o esforço dos empresários,
especialmente na construção civil, um dos
setores com maior capacidade para gerar
resultados que levem ao reaquecimento da
economia brasileira. Atenta a esse contexto,
a Câmara Brasileira da Indústria da Constru-
ção (CBIC) avança mais um passo na produ-
ção de conhecimento técnico qualificado e
coloca à disposição do setor o primeiro volu-
me do Manual Básico de Indicadores de Pro-
dutividade na Construção Civil – Estrutura
de Concreto Armado Convencional e Estru-
tura em Paredes e Lajes de Concreto Molda-
das com Uso de Fôrma de Alumínio.
Projeto conduzido pela Comissão de Políticas
e Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, em
correalizaçãocomoSESI-DN,essemanualtem
foco na estrutura de concreto armado con-
vencional e na estrutura em paredes e lajes
de concreto moldadas com uso de fôrma de
alumínio. Essas estruturas de concreto foram
escolhidas como primeiro subsistema a ser
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA CBIC
tratado em função de sua importância para o
produto final (custo e qualidade do edifício)
mas também por ser uma parte da construção
que demanda muita mão-de-obra e materiais,
está no caminho crítico do prazo da obra e
interage com todas as outras atividades. Uma
execução organizada da estrutura de concreto
certamente influenciará o esforço na organi-
zação de toda a produção, promovendo tanto
uma melhoria da eficiência quanto uma maior
segurança dos operários.
Aqui discutimos conceitos básicos de pro-
dutividade na implantação de estruturas em
concreto armado e apresentamos um mode-
lo para a programação mais adequada das
diversas atividades associadas à execução de
um empreendimento: voltado ao gestor de
obras, tem como principal objetivo melhorar
a produtividade na construção civil, apresen-
tando as melhores práticas nesse campo.
Com esse Manual, esperamos contribuir de-
cisivamente para a melhoria da produtivi-
dade na construção civil e, assim, fomentar
melhor desempenho das empresas do setor.
Boa leitura!
José Carlos Rodrigues Martins
Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção
MENSAGEMDOPRESIDENTEDACBIC
9
SUMÁRIO
1 Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2 Produtividade na execução de estruturas de concreto armado ---------------------------------
2.1 Produtividade -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
2.2 Medindo a produtividade da mão-de-obra e avaliando sua variação ------------------
2.3 Medindo a produtividade no uso dos materiais e avaliando sua variação ----------
2.4 Fontes para a previsão da produtividade para uma nova obra ------------------------------
3 Método para auxiliar a programação do trabalho
de execução de estruturas de concreto armado ---------------------------------------------------------------
4 Estudo de Caso 1 – Edifício com estrutura de concreto armado convencional -----
4.1 Informações sobre o produto ------------------------------------------------------------------------------------------
4.2 Informações sobre o processo -----------------------------------------------------------------------------------------
4.3 Visão analítica do produto ------------------------------------------------------------------------------------------------
4.4 Definição do plano de ataque ------------------------------------------------------------------------------------------
4.5 Quantidade e fatores por parte ---------------------------------------------------------------------------------------
4.6 Escolha de RUP e CUM e cálculo da demanda por mão de obra e materiais ------
4.7 Dimensionamento das equipes --------------------------------------------------------------------------------------
4.8 Plano de premiação ------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4.9 Custos Diretos da execução da estrutura --------------------------------------------------------------------------
4.10 Resultados --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4.11 Utilização dos indicadores do estudo de caso ----------------------------------------------------------
4.11.1 Quanto vou gastar? --------------------------------------------------------------------------------------------
4.11.2 Quantos m² de serviço de fôrmas eu terei de executar? --------------------------
4.11.3 Quantos m² de chapa de compensado terei de comprar? -----------------------
4.11.4 Qual o número médio de operários que necessitarei
para executar o serviço de estruturas desta obra? ------------------------------------
4.11.5 Seria justo dar uma premiação à equipe de
fôrmas que executou o pavimento tipo? -----------------------------------------------------
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SUMÁRIO
10
SUMÁRIO
11
5 Estudo de Caso 2 – Edifício com estrutura em paredes e lajes de concreto,
moldadas in loco com o uso de fôrmas manuseáveis de alumínio ----------------------------
5.1 Informações sobre o produto ------------------------------------------------------------------------------------------
5.2 Informações sobre o processo -----------------------------------------------------------------------------------------
5.3 Visão analítica do produto ------------------------------------------------------------------------------------------------
5.4 Definição do plano de ataque -----------------------------------------------------------------------------------------
5.5 Quantidade e fatores por parte ---------------------------------------------------------------------------------------
5.6 Escolha de RUP e CUM e cálculo da demanda por mão de obra e materiais ------
5.7 Dimensionamento das equipes --------------------------------------------------------------------------------------
5.8 Plano de premiação ------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5.9 Custos Diretos da execução da estrutura ---------------------------------------------------------------------
5.10 Resultados --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
5.11 Utilização dos indicadores do estudo de caso ----------------------------------------------------------
5.11.1 Quanto vou gastar? --------------------------------------------------------------------------------------------
5.11.2 Quantos m² de serviço de fôrmas eu terei de executar? --------------------------
5.11.3 Quantos m² de painéis devo disponibilizar? -----------------------------------------------
5.11.4 Qual o número médio de operários que necessitarei
para executar o serviço de estruturas desta obra? ------------------------------------
5.11.5 Seria justo dar uma premiação à equipe
que executou o pavimento tipo? -------------------------------------------------------------------
6 Utilização das informações contidas neste manual --------------------------------------------------------
7 Bibliografia consultada --------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Anexo -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
A1 Edifício com estrutura de concreto armado convencional ----------------------------------------
A2 Edifício com estrutura em paredes e lajes de concreto, moldadas
in loco com o uso de fôrmas manuseáveis de alumínio ---------------------------------------------
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1. INTRODUÇÃO
Programar a execução
de uma atividade de
construção demanda
conhecimento prático
do dia a dia de uma obra.
Programar a execução de uma atividade de
construção demanda conhecimento práti-
co do dia a dia de uma obra. Um gestor de
obras toma decisões, muitas vezes, com base
na intuição pessoal, aperfeiçoada pela vivên-
cia do mesmo problema muitas vezes em
obras anteriores.
Por que, então, discutir um modelo para a
programação das atividades?
Algumas justificativas podem ser dadas, tais
como: seria bom poder criar modelos para
compartilhar a experiência dos gestores
mais experientes com aqueles mais inician-
1. INTRODUÇÃO
PROGRAMAÇÃO
DA EXECUÇÃO
OTIMIZADA
Figura 1. O uso de um modelo para auxiliar na melhoria da eficiência na execução
tes; a necessidade de fazer o país crescer
demanda aumento da eficiência em todas
as áreas, incluindo a da Construção; diversos
estudos demonstram que a produtividade
da Construção pode e deve ser melhorada e,
portanto, mesmo gestores mais experientes
devem aprimorar sua forma de atuação.
Assim, o que se pretende aqui é apresentar
um modelo para auxiliar a organização do
trabalho que possa criar uma referência para
a discussão sobre a execução de estruturas
de concreto armado (Figura 1) e, com isso,
favorecer a eficiência na sua execução.
CAPÍTULO1
14
Disponibilizados os recursos
certos, na hora e locais adequados,
pode-se ter um ambiente mais
organizado e, portanto, com
menor custo e maior segurança.
CAPÍTULO1
15
Tal modelo considera que a produtividade va-
ria de uma obra para outra, mas que ela pode
ser prevista pelo gestor. Uma vez conhecida,
ela pode balizar a discussão sobre a deman-
da por recursos necessários para se fazer a
estrutura. Disponibilizados os recursos certos,
na hora e locais adequados, pode-se ter um
ambiente mais organizado e, portanto, com
menor custo e maior segurança.
A Figura 2 mostra exemplos de questões a se-
rem respondidas pelos gestores para tomar as
decisões que os levem a conceber a progra-
mação do trabalho. O modelo a ser descrito
procura facilitar as respostas a tais perguntas.
Quanto de
material?
A resposta é
PRODUTIVIDADE
Quantos
operários?
Quanto
vai custar?
Como
premiar os
operários?
Figura 2. Perguntas usuais a serem respondidas pelo gestor
Neste manual se discutem, inicialmente, al-
guns conceitos sobre produtividade na exe-
cução de estruturas de concreto armado. Em
seguida, descreve-se o modelo proposto para
apoiarastomadasdedecisãonaprogramação
do trabalho de execução dessas estruturas.
Dois estudos de caso são, então, apresenta-
dos: um para um edifício com estrutura con-
vencional de concreto armado; e outro para
uma obra onde se faz uso de fôrmas manuseá-
veisdealumínio,paraexecutaraestruturama-
ciça de paredes e lajes, em edifício de peque-
na altura. Finalmente, reúnem-se indicadores
(gerados nos estudos de caso) que podem ser
úteis para tomadas rápidas de decisões em fu-
turas obras semelhantes às apresentadas aqui.
2. PRODUTIVIDADE
NA EXECUÇÃO DE
ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO
Produtividade é a eficiência em transformar
recursos em produtos. Tem-se uma melhor
produtividade sempre que se demanda me-
2. PRODUTIVIDADE NA EXECUÇÃO DE
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
2.1 PRODUTIVIDADE
nos esforço para se obter um determinado
resultado (Figura 3).
CAPÍTULO2
18
Grande esforço
Aquiles
Aquiles
Resultado ruim
Pequeno esforço Resultado significativo
Figura 3. Descobrir o“calcanhar de Aquiles”pode facilitar sua tarefa. Fonte: SOUZA, 2006, p. 21
CAPÍTULO2
19
Um indicador de produtividade é a rela-
ção entre a quantidade de recursos de-
mandados e a quantidade de produtos
realizados (Figura 4). Pode-se falar em
produtividade no uso da mão de obra e
no uso dos materiais.
PRODUTIVIDADE
EFICIÊNCIA
RECURSOS PRODUTOS
Indicador de produtividade:
Recurso ou esforço
Produto ou resultado
IP =
Figura 4. Definindo produtividade e exemplificando indicadores para sua medição
Um indicador de
produtividade é a relação
entre a quantidade de
recursos demandados
e a quantidade de
produtos realizados.
Comentário | Gestor da Obra 1 Comentário | Gestor da Obra 2
“... no 1º pavimento, o IP de armação foi de 90
Hh/ton; mas, agora, no 5º pavimento, alcan-
çamos a marca de 50 Hh/ton”(notar que IP
menor é sinônimo de melhor produtividade).
“... na minha obra anterior, tivemos proble-
mas de desbitolamento das armaduras, o
que acabou gerando uma compra maior de
aço do que esperávamos; compramos 55
toneladas, quando o projeto previa 50 tone-
ladas. Portanto, o IP de materiais foi de 1,1
ton de aço por tonelada de armadura pre-
vista no projeto”(notar que quanto maior o
IP de materiais, pior a produtividade).
No caso da mão de obra, adotamos um in-
dicador denominado RUP (razão unitária
de produção), como definido na Figura 5, o
2.2 MEDINDO A PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA E
AVALIANDO SUA VARIAÇÃO
qual pode ser apresentado na forma de RUP
cumulativa ou de RUP potencial (Figura 6).
CAPÍTULO2
20
RUP = , onde:
Hh
QS
Hh = Homens-hora;
QS = quantidade de serviço realizado.
Figura 5. Indicador de produtividade de mão de obra (RUP)
A RUP cumulativa representa o esforço to-
tal acumulado (juntando momentos bons e
ruins da obra) em relação ao total de serviço
executado; trata-se de uma RUP útil para a
execução de orçamentos, já que diz respeito
ao desempenho global do serviço. A RUP po-
tencial é aquela que se associa aos ciclos, de
execução do serviço, em que nada atrapa-
lhou a execução; seria aquela produtividade
que gostaríamos que acontecesse sempre;
essa RUP costuma ser usada para definir o
tamanho de equipes, já que devemos pen-
sar na equipe que dê conta de fazer o serviço
com boa produtividade.
RUP por pav.
(H.h /m2
)
RUP cumulativa:
0,9 (H.h /m2
)
RUP potencial:
0,7 (H.h /m2
)
0,7 5º pav. (ciclo 5)
4º pav. (ciclo 4)
3º pav. (ciclo 3)
2º pav. (ciclo 2)
1º pav. (ciclo 1)
0,7
1,2
0,7
1,4
Comentário | Gestor da Obra
“Na obra mostrada na figura acima, o 1º pavimento teve uma RUP de 1,4 Hh/m2
, que foi a
pior (RUP alta é ruim!) de todos os pavimentos, mas algumas vezes (2º, 4º e 5º pavimentos)
a produtividade foi bem melhor (RUP de 0,7 Hh/m2
). Juntando o desempenho de todos os
pavimentos, tivemos uma produtividade de fôrmas de 0,9 Hh/m2
(RUP cumulativa). Mas
a observação dos desempenhos, pavimento a pavimento, permitem dizer que um valor
desafiador para uma obra desse tipo seria de 0,7 Hh/m2
(RUP potencial)”.
Figura 6. Exemplo de RUP cumulativa e de RUP potencial para a execução da estrutura de um edifício
CAPÍTULO2
21
A RUP varia muito? A resposta é sim. As Fi-
guras 7 e 8 mostram faixas de variação da
produtividade, respectivamente para os ser-
viços de concretagem de viga e laje e de fôr-
mas de pilar, constando nelas razões para a
ocorrência de tais variações.
Produtividade na execução de concretagens
Principais fatores:
1,13 3,79 25,21 Hh/m3
Concretagem com uso de bomba
Área média de laje > 20m2
Área de seção média
de pilar > 0,25m2
Concretagem de laje pré-moldadaConcretagem de lajes
maciças ou nervuradas
Concretagem com uso de elevador
Área média de laje ≤ 20m2
Área de seção média
de pilar ≤ 0,25m2
Figura 7. Variação da produtividade no serviço de concretagem
CAPÍTULO2
22
Produtividade na execução de fôrmas
Principais fatores:
0,36 1,14 4,44 Hh/m3
Compensado plastificado
Área média de laje > 20m2
Área de seção média de pilar > 0,25m2
Pé direito duploPé direito simples
Uso de madeira serrada
Área média de laje ≤ 20m2
Área de seção média de pilar ≤ 0,25m2
Escoramento com pontalete de madeira
Menos utilizações de fôrma
Escoramento com garfo de madeira
Mais utilizações de fôrma
Figura 8. Variação da produtividade no serviço de fôrmas
Portanto, não existe uma RUP única por serviço;
ela deve ser prevista para cada obra a ser feita
(devido a mudanças do produto, do processo e
da eficiência da condução do trabalho).
CAPÍTULO2
23
No caso dos materiais, utilizamos o indicador
CUM (consumo unitário de materiais), que é a
2.3 MEDINDO A PRODUTIVIDADE NO USO DOS
MATERIAIS E AVALIANDO SUA VARIAÇÃO
razão entre a quantidade de materiais adquiri-
dos e a quantidade de serviço feito (Figura 9).
CUM = , onde:
Qmat
Qserviço
Qmat = quantidade de material
Qserviço = quantidade de serviço
Exemplo
A seguinte frase foi extraída de um comentá-
rio do encarregado de estruturas de uma obra:
“Acho que a fôrma‘abriu’um pouco e, para
fazer os 40 m3
‘cubados‘ no projeto, tivemos
de comprar 44 m3
de concreto”.
Para o caso citado, teríamos:
CUM = 44/40 = 1,1 m3
de concreto por m3
de estrutura
Figura 9. Definição de consumo unitário de materiais
Pode-se, ainda, expressar a CUM como a
conjugação de um consumo unitário teó-
rico (CUM teórico) com as perdas de mate-
riais (Figura 10).
CUM = CUMteórico X , onde:
Perdas%
100
CUMteórico = consumo unitário teórico de material
Perdas = percentual de perdas de materiais( (1 +
Exemplo
No caso mostrado na Figura 9, o CUM teórico seria de 1m3
de concreto para fazer 1 m3
de
estrutura; houve, no entanto, uma perda de 10% de concreto (4 m3
a mais em um total de
40 m3
necessários).
Usando a fórmula geral de CUM, temos:
CUM = 1 × (1+10/100) = 1,1 m3
de concreto por m3
de estrutura
Figura 10. Cálculo do CUM usando o conceito de CUM teórico e perdas
Na Figura 11, em seu caso “a”, ao se fazer
um edifício de dois pavimentos semelhan-
tes, e comprando fôrmas em quantidade
suficiente para fazer o 1º pavimento, teori-
camente o consumo unitário de materiais
seria de 0,5 m² de fôrma por m² de super-
fície de contato com a estrutura (conside-
rando que a fôrma seria usada para o 2º
pavimento também). Já no caso “b”, rela-
tivo a um edifício de quatro pavimentos
CAPÍTULO2
24
em que se decidiu comprar um jogo de
fôrmas para apenas ½ pavimento e usá-lo
oito vezes, o CUM teórico seria de 0,125 m²
de fôrma por m² de superfície de contato
com a estrutura. Percebe-se, claramente,
que um plano de ataque adequado pode
aumentar a possibilidade de reutilizações
da fôrma, reduzindo o CUM teórico e, por-
tanto, melhorando a produtividade no uso
dos materiais.
a)
Edifício 1: 2 andares / 2 trechos Edifício 2: 4 andares / 8 trechos
b)
CUMteórico = 1
2
= 0,5 CUMteórico = 1
8
= 0,125
Trecho 1
Trecho 2
Trecho 1
Trecho 3
Trecho 5
Trecho 7
Trecho 2
Trecho 4
Trecho 6
Trecho 8
Figura 11. Variação do CUM teórico, no serviço de fôrmas, em função do número
de repetições possíveis no uso do jogo de fôrmas: a) 2 usos; b) 8 usos
Como já comentado, para se chegar ao CUM
real, é preciso somar as “perdas” (material
adicional em relação ao teoricamente neces-
sário) ao CUM teórico. As perdas podem ter
as seguintes naturezas (Figura 12): a) entulho
(exemplo: ao se quebrar um painel de fôr-
mas, tenho de comprar material a mais para
substituir os pedaços inutilizados de painel);
b) incorporada (exemplo: um pilar pode ter
“embarrigado”devido à falta de tirantes para
cimbrar o painel de fôrmas intermediaria-
mente, incorporando mais concreto que o
teoricamente necessário); c) furtos/roubos
(exemplo: num canteiro sem a devida preo-
cupação com a segurança patrimonial, um
estoque de aço pode ser passível de roubo
de barras por estranhos à obra, demandan-
do a compra de material adicional).
CAPÍTULO2
25
IncorporadaEntulho
Roubo
Figura 12. Natureza das perdas
Os valores de CUM podem variar bastante.
A Figura 13 ilustra faixas de variação para o
consumo de compensado e de armadura na
execução de estruturas.
Consumo unitário de material para fôrmas (m2
/m2
)
Consumo unitário de material para armação (kg/kg)
0,067 0,15 1,02 m2
/m2
1,07 1,11 1,14 kg/kg
Figura 13. Variação do CUM para os painéis de fôrmas e armadura
CAPÍTULO2
26
Tendo-se mostrado que a produtividade
pode variar muito, é necessário saber prever
a produtividade para uma próxima obra. Dois
caminhos podem ser utilizados: a) fazer uso
de indicadores levantados pela própria em-
presa, ou de conhecimento pessoal do gestor,
em função de avaliações feitas em casos ante-
riores; b) utilizar indicadores disponibilizados
no mercado e que sejam confiáveis.
2.4 FONTES PARA A PREVISÃO DA PRODUTIVIDADE
PARA UMA NOVA OBRA
ATabela 1 registra um apontamento feito por
uma empresa que resolveu apurar e guardar
um banco de dados de produtividade global
do serviço de execução de estruturas de con-
creto. Neste exemplo, a obra 2 teve uma RUP
de 25 Hh/m³ de estrutura executada, muito
melhor que a da obra 1.
Tabela 1. Dados de produtividade global do serviço de estrutura de concreto (2 obras)
Obra
Homens na
equipe (H)
Horas trabalhadas
no ciclo (h)
Estrutura de concreto armado
executada no ciclo (m³)
RUP
(H.h/m³)
1 8 200 45 35
2 10 100 40 25
Além de “guardar” os valores de RUPs e
CUMs, devem-se apurar as causas de valores
melhores ou piores, isto é, entender os fato-
res que fariam nossa previsão de produtivi-
dade ser mais ou menos otimista.
No caso de fontes confiáveis de informação
(existem várias delas; desde os tradicionais
manuais de orçamentação até artigos, teses
e livros que discutem o tema), vamos utilizar,
neste trabalho, o banco de dados do SINAPI1
.
1 - O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) estabelece regras e critérios para elaboração do
orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União, para
obtenção de referência de custo. Definição obtida em http://www.caixa.gov.br/poder-publico/apoio-poder-publico/sinapi/Paginas/
default.aspx (acessado em 7/04/2017).
Além de composições unitárias para os servi-
ços de fôrmas, armação e concretagem, o SI-
NAPI disponibiliza também preços unitários
dos insumos, para diferentes capitais e que
são atualizados mensalmente.
As composições unitárias (ver exemplo na
Tabela 2 para fôrmas) fornecem as RUPs e
CUMS associadas a diferentes “fatores” que
caracterizam o produto e o processo a que
se associam.
Além de composições
unitárias para os serviços
de fôrmas, armação e
concretagem, o SINAPI
disponibiliza também preços
unitários dos insumos, para
diferentes capitais e que são
atualizados mensalmente.
CAPÍTULO2
27
Tabela 2. Exemplo de Composição Unitária para o serviço de fôrmas
Classe/Tipo Códigos Descrição Unidade Coeficiente
FUES 92422
MONTAGEM E DESMONTA-
GEM DE FÔRMA DE PILARES
RETANGULARES E ESTRUTU-
RAS SIMILARES COM ÁREA
MÉDIA DAS SEÇÕES MENOR
OU IGUAL A 0,25 M², PÉ-DI-
REITO SIMPLES, EM CHAPA
DE MADEIRA COMPENSADA
RESINADA, 6 UTILIZAÇÕES.
AF_12/2015
M2
COMPOSIÇÃO 88239
AJUDANTE DE CARPINTEIRO
COM ENCARGOS COMPLE-
MENTARES
H 0,181
COMPOSIÇÃO 88262
CARPINTEIRO DE FORMAS
COM ENCARGOS COMPLE-
MENTARES
H 0,987
COMPOSIÇÃO 92263
FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA
PILARES E ESTRUTURAS SIMI-
LARES, EM CHAPA DE MADEI-
RA COMPENSADA RESINADA,
E = 17 MM. AF_12/2015
M2 0,188
INSUMO 2692
DESMOLDANTE PROTETOR
PARA FÔRMAS DE MADEIRA,
DE BASE OLEOSA EMULSIO-
NADA EM ÁGUA
L 0,01
INSUMO 40271
APRUMADOR METÁLICO DE
PILAR, COM ALTURA E ÂNGU-
LO REGULÁVEIS, EXTENSÃO DE
*1,50* A *2,80* M (LOCAÇÃO)
MÊS 0,196
INSUMO 40275
VIGA SANDUÍCHE METÁLICA
VAZADA PARA TRAVAMENTO
DE PILARES, DIMENSÕES:
ALTURA DE *8* CM, LARGURA
DE *6* CM E EXTENSÃO DE 2
M (LOCAÇÃO)
MÊS 0,393
INSUMO 40287
BARRA DE ANCORAGEM DE
0,80 M DE EXTENSÃO, COM
ROSCA DE 5/8”, INCLUINDO
PORCA E FLANGE (LOCAÇÃO)
MÊS 0,785
INSUMO 40304
PREGO DE AÇO POLIDO COM
CABEÇA DUPLA 17 X 27
(2 1/2 X 11)
KG 0,019
FATORES
RUP
CUM
Assim, conhecendo os fatores que carac-
terizam uma obra, o gestor pode escolher
a composição que mais se associe a tais
características e, olhando tal composição,
extrair os valores de RUP e CUM para ser-
virem como previsão para a produtividade
de sua nova obra. No anexo deste manual,
tem-se um conjunto de composições ex-
CAPÍTULO2
28
Qual composição devo adotar para
fôrma de pilar na minha obra?
Chapa plastificada!
10 vezes!
Simples!
É menor que 0,25m2
!
O molde é compensado, plastificado
ou de madeira serrada?
A área de seção média dos pilares é
maior ou menor que 0,25m2
?
Segundo a tabela de composições do
Anexo você deve usar a composição 23!
Quantas vezes vai usar a fôrma?
Pé-direito é simples ou duplo?
Figura 14. Escolhendo a composição adequada no banco de composições do Anexo.
traídas do SINAPI, numeradas sequen-
cialmente, as quais sugerimos que sejam
usadas no método que será descrito. A
Figura 14 ilustra o processo para busca da
composição mais adequada para uma de-
terminada situação.
Conhecendo os fatores que
caracterizam uma obra, o gestor
pode escolher a composição que
mais se associe a tais características
e, olhando tal composição, extrair
os valores de RUP e CUM para
servirem como previsão para a
produtividade de sua nova obra.
CAPÍTULO2
29
3. MÉTODO PARA AUXILIAR
A PROGRAMAÇÃO DO
TRABALHO DE EXECUÇÃO
DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO
CAPÍTULO3
32
OfluxogramadaFigura15ilustraasdiversasetapasaseremtrilhadasparasefazeraprogramação.
3. MÉTODO PARA AUXILIAR A
PROGRAMAÇÃO DO TRABALHO
DE EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO
Perguntas:
R$?
H?
Qmat?
Prêmio?
Informações
sobre o produto
/processo
Definição do
plano de ataque
Fatores /
parte
QS / parte Preços
Saídas
Atividades
Entradas
SINAPI
Composições
Referência para
eficiência e custos
RUP ; CUM
Hh / parte
Qmat /
parte
Plano de
premiação
Custos
diretos
Indicadores
de
referência
Dimensio-
namento
das equipes
Visão analítica
do produto
Legenda:
Figura 15. Etapas do método
CAPÍTULO3
33
Faz-se, a seguir, uma breve descrição de cada
uma dessas etapas:
• Informações sobre o produto/processo:
levantamento de dados do produto (proje-
tos) e do processo (políticas de fornecimen-
to e processamento de material da obra).
• Visão analítica do produto: “quebra”
do edifício em “partes” com característi-
cas similares.
• Definição do plano de ataque: sequen-
ciamento executivo das“partes”do edifício
buscando otimizar o uso de materiais, re-
duzir custo e prazo, e garantir fluxo unifor-
me da mão de obra ao longo da execução.
• Quantidade de serviço por parte (QS/
parte): levantamento da quantidade de
serviço (fôrma, armação e concretagem)
de cada uma das“partes”do edifício.
• Fatoresporparte: identificação dos fato-
res que caracterizam o produto e processo
em cada umas das“partes”da estrutura.
•EscolhadeCUMeRUP:eleiçãodosCUMs
(consumosunitáriosdematerial)edasRUPs
(razões unitárias de produção) adequados
para cada uma das “partes” do edifício, uti-
lizando as composições do anexo.
• Cálculo de H.h /parte e Qmat/parte:
obtenção das demandas por mão de
obra (medidas em Homem.hora) e quan-
tidade de material (considerando even-
tuais reutilizações e perdas), a partir das
“quantidades de serviço” e das “RUPs e
CUMs” escolhidas. Os valores são dividi-
dos por parte e serviço da obra.
• Dimensionamento da equipe: cálculo
do número de funcionários – a partir do
prazo definido no planejamento – neces-
sários para execução de cada uma das
“partes”da estrutura.
• Plano de premiação: o cálculo da bo-
nificação das equipes será resultado da
comparação de um desempenho de refe-
rência (demanda por mão de obra estima-
da) e do desempenho aferido em obra.
• Custos diretos: A partir da quantidade
de serviço obtida e dos preços dos insu-
mos é possível obter os custos diretos es-
perados para cada“parte”da estrutura.
• Indicadores de referência: A partir das
demandas, consumos e custos, calculados
em todos os passos anteriores, é possível
definir indicadores que podem servir de
subsídios para tomada de decisões pelos
gestores, em novos casos de obras, tanto
na fase de projeto como na fase de obra.
Nos itens 4 e 5 serão apresentados dois
exemplos de aplicação de tal método, em
que o entendimento de cada etapa prova-
velmente ficará ainda mais claro.
O cálculo da bonificação
das equipes será resultado
da comparação de um
desempenho de referência
(demanda por mão de obra
estimada) e do desempenho
aferido em obra.
4. ESTUDO DE CASO 1
EDIFÍCIO COM ESTRUTURA
DE CONCRETO ARMADO
CONVENCIONAL
CAPÍTULO4
36
Escolheu-se um edifício com estrutura de
concreto armado para a aplicação com-
pleta do método. Indicam-se, a seguir,
todos os passos de aplicação do método
a esse caso. A descrição feita aqui terá
Com os projetos de arquitetura e estrutura (Figura 16), é possível caracterizar o produto
sendo analisado.
4. ESTUDO DE CASO 1 – EDIFÍCIO COM
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO
CONVENCIONAL
4.1 INFORMAÇÕES SOBRE O PRODUTO
algumas simplificações ou poderá ser, al-
gumas vezes, parcial; no relatório dispo-
nibilizado no site da CBIC2
, o leitor poderá
encontrar todos os detalhes do processa-
mento feito.
2 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt
Figura 16. Os projetos do produto
Com os projetos de
arquitetura e estrutura
é possível caracterizar o
produto sendo analisado.
CAPÍTULO4
37
Quanto ao processo construtivo a ser adota-
do, o gestor tomará decisões sobre o cami-
nho que será adotado na obra. A Figura 17
A Figura 18 mostra, esquematicamente,
a percepção de que este edifício é com-
posto por uma torre e uma periferia. Na
torre, podem-se ainda distinguir os pavi-
4.2 INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO
4.3 VISÃO ANALÍTICA DO PRODUTO
mostra as questões e respostas relativas à ca-
racterização do processo a ser adotado neste
estudo de caso.
mentos pré-tipo (subsolos 1 e 2 e térreo),
os andares tipo e os pavimentos pós-tipo.
A periferia, por sua vez, pode ser dividida
em partes.
• Sistema de transporte de concreto ► com bomba
• Tipologia do cimbramento ► escoramento em garfo para vigas e metálico para lajes
• Fornecimento de aço ► em barras
• Especificações do molde da fôrma ► resinado / plastificado
• Nível de pré-fabricação ► fabricação das peças em fôrma / corte e dobra de aço na obra
Figura 17. Decisões sobre o processo construtivo a ser adotado.
Pós-tipo
Tipo
Periferia
Obra
Torre
Pré-tipo
Térreo
Subsolos
sob projeção
da torre
Cobertura
Tipos
Pós-tipo
Parte 1
Parte 2
Parte n
Periferia
Pré-tipo
Figura 18. Divisão da estrutura do edifício em“partes”
CAPÍTULO4
38
A Figura 19 mostra duas possibilidades de
“atacar” a execução da estrutura. Na 1ª al-
ternativa (caso 1), um gestor poderia ter
decidido executar inicialmente todo o 2º
subsolo e, em seguida, usando o mesmo
jogo de fôrmas, produzir o 1º subsolo. Um
novo jogo de fôrmas seria usado para fa-
4.4 DEFINIÇÃO DO PLANO DE ATAQUE
zer o andar térreo. Os andares tipo seriam
todos produzidos com um único jogo de
fôrmas. E, finalmente, os andares pós-tipo
teriam um último jogo de fôrmas para sua
execução. Tal postura, comum de ser detec-
tada em orçamentos de obras, leva a uma
demanda elevada por fôrmas.
Caso 1 | 4 jogos de fôrma
a) 1.600m2
fô. subsolos (2 usos)
b) 800m2
fô. térreo (1 uso)
c) 800m2
fô. tipo (8 usos)
d) 200m2
fô. cobert. (2 usos)
Total = 3.400 m2
comprados
Caso 2 | 2 jogos de fôrma
a) 800m2
fô. subsolos/térreo
(2 usos)
b) 800m2
fô. tipo/cobertura
(10 usos)
Total = 1.600 m2
comprados
D1
D2
C1
C1
C3
C4
C5
C6
C7
C8
B1
A2
A1
B9
B10
B1
B1
B3
B4
B5
B6
B7
B8
A3
A2
A1
A5
A4
A7
A6
Figura 19. Influência do plano de ataque na demanda por fôrmas
Na postura que será adotada neste estudo
de caso (apresentada no caso 2 da Figura 19),
vai-se utilizar um jogo de fôrmas comprado
inicialmente para fazer a parte do 2º subsolo
sob a torre (pré-tipo), que também será usada
para fazer o 1º subsolo sob a torre e ainda o
andar térreo. Esse mesmo jogo será adaptado
para se executarem as quatro partes em que
foi subdivida a periferia (lado esquerdo no ní-
vel do 2º subsolo + lado esquerdo no nível do
1º subsolo + lado direito no nível do 2º subso-
lo + lado direito no nível do 1º subsolo).
Um outro jogo de fôrmas, pensado para o 1º
andar tipo, será utilizado para todos os anda-
res tipo e, ao final destes, será adaptado para
se fazerem os pavimentos pós-tipo.
CAPÍTULO4
39
Uma vez definida a quebra e o plano de
ataque, cada parcela a ser executada pode
ser avaliada em termos da quantidade de
serviço demandada (área de fôrmas, massa
de armadura e volume de concreto), bem
como quanto às características de tais par-
tes que influenciam a produtividade.
Neste manual, ilustra-se o cálculo da quan-
tidade de material e de mão de obra para
a montagem da fôrma do pavimento tipo.
Para os demais serviços e partes da estrutu-
ra, o processo é semelhante.
4.5 QUANTIDADE E FATORES POR PARTE
A partir dos projetos de fôrma do pavimen-
to tipo podem ser feitas a quantificação
da fôrma e a obtenção dos fatores. Para a
quantificação, deve ser calculado o m² de
fôrma correspondente a todas as superfí-
cies do pavimento (pilares, vigas e lajes). As
características que influenciam na produti-
vidade da “montagem de fôrma” são a mé-
dia das áreas de seção dos pilares e a média
das áreas de laje. Seguem, na Tabela 3, os
resultados separados por componente (pi-
lar, viga ou laje) da estrutura.
Tabela 3. Resultados do levantamento para pilares, vigas e lajes para um andar tipo
Parte da
estrutura
Componente
Área de fôrma levan-
tada por andar (m²)
Média das
áreas de seção
dos pilares (m²)
Média das áreas
das lajes (m²)
Tipo
Pilar 231,6 0,22
Viga 191,9
Laje 337,8 16,89
Total 761,3
Neste manual, ilustra-se
o cálculo da quantidade
de material e de mão de
obra para a montagem da
fôrma do pavimento tipo.
Para os demais serviços
e partes da estrutura, o
processo é semelhante.
CAPÍTULO4
40
Com base nos fatores geométricos mostrados
no item 4.5 e nas características do processo
discutidas no item 4.2, podem-se escolher as
composições adequadas para o caso de mon-
tagem de um pavimento tipo no anexo deste
4.6 ESCOLHA DE RUP E CUM E CÁLCULO DA DEMANDA
POR MÃO DE OBRA E MATERIAIS
documento e, a partir delas, podem-se definir
os valores de RUP e CUM a serem adotados
para cada parcela da estrutura.
ATabela 4 mostra as composições escolhidas.
Tabela 4. Fatores e composições adotados
Partedaestrutura
Componente
Fatores por parte SINAPI
Chapado
molde
Seçõespilares
eáreaslajes
Tipodepé
direito
Utilizações
dafôrma
Escoramento
deviga
Tipodelaje
Composição
montagem3
Tipo
Pilar
Plastificada
< 0,25 m²
Simples 10
23
Viga Garfo 60
Laje < 20 m² Maciça 153
3 - Os valores indicados referem-se ao número das composições indicadas nas tabelas do anexo.
Os valores de RUP e CUM são extraídos, en-
tão, de tais composições.
A quantidade de esforço de mão-de-obra
demandada, expresso em Hh, é obtida pela
multiplicação da RUP pela quantidade de
serviço. A Tabela 5 reúne tanto as RUPs ado-
tadas quanto os Hh calculados para a par-
cela referente a cada tipo de componente
da estrutura.
Tabela 5. RUPs e H.h calculados para pavimento tipo
Parte da
estrutura
Compo-
nente
QS/parcela
(m²)
RUP (H.h/m²) H.h calculado
Carpinteiro Ajudante Carpinteiro Ajudante
Tipo
Pilar 231,6 0,87 0,16 201,0 36,9
Viga 191,9 0,82 0,15 156,9 28,8
Laje 337,8 0,45 0,08 152,2 27,9
Total 761,3 510,1 93,6
CAPÍTULO4
41
A quantidade de material necessária é
deter­minada pela multiplicação do CUM,
adotado para uma determinada parcela da
estrutura, pela quan­tidade de serviço a ser
executado nela.
As Tabelas 6 e 7 registram, respectivamente,
os CUMs e a quantidade de material para
cada parcela da estrutura.
Tabela 6. CUMs adotados por parcela
Componente
QS/parcela(m²)
CUMs para montagem de fôrma em um pavimento tipo
FabricaçãoFôrma
Prego
Tábua
Desmoldante
Aprumador
VigaSanduíche
Barradeancoragem
Escorasmetálicas
VigaH20
m²/m² kg/m² m/m² L/m² mês/m² mês/m² mês/m² m/m² m/m²
Pilar 231,6 0,11 0,02 0,0035 0,2 0,39 0,79
Viga 191,9 0,17 0,05 0,33 0,0035
Laje 337,8 0,14 0,0035 0,4 0,03
Tabela 7. Quantidades de material para a parcela
Componente
QS/parcela(m²)
Quantidade de material para montagem de fôrma em um pavimento tipo
FabricaçãoFôrma
Prego
Tábua
Desmoldante
Aprumador
VigaSanduíche
Barradeancoragem
Escorasmetálicas
VigaH20
m² kg m L mês mês mês m m
Pilar 231,6 24,3 4,5 0,8 45,5 91 181,9
Viga 191,9 31,8 9,5 63 0,7
Laje 337,8 46,1 1,2 134 10,2
Para se chegar ao consumo de material total para os andares tipo é necessário multiplicar os valores calculados pelo número de usos
previstos na composição do SINAPI (no estudo de caso seriam 10 usos).
CAPÍTULO4
42
Para o dimensionamento das equipes, é
necessário “ajustar” a demanda por mão de
obra calculada, retirando desta a perda de
eficiência decorrente de imprevistos. Assim,
é necessário descontar um fator “delta” da
RUP cumulativa adotada, obtendo-se o valor
de RUP potencial, adequado para o dimen-
sionamento da mão de obra.
4.7 DIMENSIONAMENTO DAS EQUIPES
Neste estudo será adotado “delta” = 30%
para o serviço de fôrmas, mas se recomenda
que cada gestor realize estudos para identifi-
car valores mais bem contextualizados à rea-
lidade de sua obra. Na Tabela 8 são apresen-
tados os H.h cumulativos e potenciais para o
estudo de caso.
Tabela 8. Cálculo do H.h“potencial”para montagem de fôrmas no pavimento tipo
Parte da estrutura Região
H.h cumulativo Delta
(%)
H.h potencial
Carpinteiro Ajudante Carpinteiro Ajudante
Tipo
Pilar 201,0 36,9
30%
140,7 25,9
Viga 156,9 28,8 109,8 20,2
Laje 152,2 27,9 106,5 19,5
Total 510,1 93,6 357,1 65,5
Tendo-se o Hh potencial para cada parte da
estrutura e sabendo-se o tempo disponível
para sua execução, pode-se calcular o núme-
ro de operários necessários para o serviço.
Para exemplificar como implementar esse ra-
ciocínio, veja-se o caso do serviço de fôrmas
do andar tipo. Essa atividade demanda (vide
Tabela 8) 357,1 Hh de carpinteiro. Supondo-
-se que cada dia tenha em média 8,8 horas,
em 1 mês de trabalho de 22 dias, isso signifi-
caria a disponibilidade de 193,6 horas. A divi-
são dos Hh demandados pelas horas dispo-
níveis leva à definição da equipe necessária.
Na Tabela 9, mostram-se as equipes necessá-
rias para três diferentes prazos (ou velocida-
des) de execução por pavimento.
Tabela 9. Tamanho de equipes de carpinteiros sugeridas para a execução das fôrmas dos andares tipo
Ciclo referencial
Pavimento tipo (A)
Demanda por car-
pinteiro para mon-
tagem de fôrma (B)
H.h total
mensal
(C=A x B)
Horas de tra-
balho de um
funcionário
por mês (D)
Carpinteiros
na equipe
(H = C/D)
2 pavimentos por mês
357,1
714,2
193,6
4
3 pavimentos por mês 1.071,2 6
4 pavimentos por mês 1.428,3 8
CAPÍTULO4
43
Dentre os diversos caminhos para motivar os
operários, a premiação por um desempenho
“elogiável”, que permita que a maior eficiên-
cia no serviço, além de lucros para o empre-
sário, possa trazer também uma remuneração
adicional para o funcionário, é muitas vezes
sugerida. Dentro desse contexto, para se ter
justiça nas premiações, há que se ter clareza
sobre o que são uma boa e uma má eficiência.
Propõe-se aqui o uso da RUPcum como
referência para um desempenho normal,
4.8 PLANO DE PREMIAÇÃO
na medida em que esta reúne períodos
tanto de boas quanto de más eficiências.
E o ganho de eficiência (a ser atribuído
aos operários) seria calculado através da
comparação do Hh referencial (calculado
pela multiplicação da RUP cumulativa pela
quantidade de serviço a ser realizada) com
o Hh realizado (que seria a medição do Hh
realmente gasto).
Os operários compartilhariam o Hh economi-
zado, calculado conforme mostra a Figura 20.
H.hEconomizado = H.hreferencial – H.hrealizado (desde que H.hEconomizado ≥ 0)
Figura 20. Cálculo do H.h economizado
A seguir, na Tabela 10, será apresentado
exemplo de cálculo do Hh economizado
para o serviço de fôrmas em um pavimento
tipo do estudo de caso.
O Hh referencial foi buscado na Tabela 5
(onde foi calculado multiplicando-se a RUP-
cum pela quantidade de serviço). O Hh rea-
lizado foi determinado considerando-se a
equipe e o prazo realmente ocorridos (consi-
derou-se que seis homens trabalharam oito
dias para fazer o serviço em análise, traba-
lhando uma média de 8,8 horas por dia). A
Tabela 10 reúne os valores analisados, mos-
trando a existência de razão para a premia-
ção (existência de Hh economizado positi-
vo), sendo que 87,7 horas seriam distribuídas
para a equipe de carpinteiros.
Tabela 10. Cálculo Horas Prêmio
Fôrma (montagem)
Equipe contratada (A) 6
Dias trabalhados no pavimento (B) 8
Horas trabalhadas por dia (C) 8,8
H.h realizado (D = A x B x C) 422,4
H.h referencial adotado (E) 510,1
Hh economizado (F=E-D) 87,7
Resultado (se F>0 há prêmio; se F<=0 não há prêmio) Há prêmio
CAPÍTULO4
44
De posse das quantidades de material e de
Hh para a execução de cada serviço (ou da es-
trutura como um todo), podem-se calcular os
4.9 CUSTOS DIRETOS DA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA
custos diretos, multiplicando-se as quantida-
des físicas pelos preços unitários dos recursos
(insumos materiais ou horas de trabalho).
R$gasto com mão de obra = R$
H.h
X H.h
R$gasto com material = R$
Qmaterial
X Qmaterial
Figura 21. Conta genérica para cálculo do custo direto
Uma vez que as demandas por materiais e
mão de obra já foram estimadas nos itens
anteriores, é necessário apenas o valor
pago pelos insumos para se efetuarem os
cálculos supracitados. Tais preços unitá-
rios podem ser levantados pelas empre-
sas a qualquer momento. Como referên-
cia para este estudo, adotaram-se valores
também presentes no sistema do SINAPI,
que fornece, com atualização mensal, va-
lores para as 27 capitais brasileiras. A Ta-
bela 11 reúne alguns exemplos de valores
para dezembro de 2016 para a cidade de
Brasília. Tais valores foram utilizados para
definição de custos que aparecerão nos
resultados finais.
Tabela 11. Exemplo de composições e insumos - valores para Distrito Federal em dez/16
Tipo
Código
Sinapi
Item detalhado Un. Custo
Composição 88262
Carpinteiro de fôrmas com encargos com-
plementares;
h R$ 17,26
Composição 88309 Pedreiro com encargos complementares h R$ 17,36
Composição 88316 Servente com encargos complementares h R$ 12,80
Insumo 90586
Vibrador de imersão, diâmetro de ponteira
45 mm, motor elétrico trifásico potência de
2 cv - CHP diurno
CHP R$ 1,89
Insumo 90587
Vibrador de imersão, diâmetro de ponteira
45 mm, motor elétrico trifásico potência de
2 cv - CHI diurno
CHP R$ 1,23
Insumo 39849
Concreto usinado bombeável, classe de
resistência C20, com brita 0 e 1, slump =
190 +/- 20 mm, inclui serviço de bombea-
mento (NBR 8953)
m³ R$ 268,56
Insumo 34493
Concreto usinado bombeável, classe de
resistência C25, com brita 0 e 1, slump =
100 +/- 20 mm, exclui serviço de bombea-
mento (NBR 8953)
m³ R$ 227,71
CAPÍTULO4
45
As Tabelas 12 a 15 reúnem alguns indi-
cadores (demandas por unidade exe-
cutada) que foram calculados para este
estudo de caso. Tais indicadores, como
4.10 RESULTADOS
será mostrado no próximo item, podem
ser boas referências para estimativas rá-
pidas utilizáveis na gestão da produção
de novas obras.
Tabela 12. Indicadores de quantidade de serviço
Região
Serviço por m² construído Serviço por m³ de estrutura
Concretagem
(m³)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Pré-tipo 0,22 2,02 27,74 9,39 128,81
Tipo 0,19 1,92 15,15 9,9 78,25
Pós-tipo 0,51 6,46 97,68 12,6 190,42
Periferia 0,17 1,78 15,31 10,4 89,56
Obra 0,20 2,06 20,66 10,1 101,16
Tabela 13. Indicadores de consumo de material (com consideração de perdas e reutilizações)
Região
Material por m² construído Material por m³ de estrutura
Concretagem
(m³)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Pré-tipo 0,24 0,6 30,67 2,80 142,39
Tipo 0,21 0,31 16,38 1,59 84,61
Pós-tipo 0,57 1,26 105,73 2,45 206,10
Periferia 0,19 0,56 16,95 3,26 99,14
Obra 0,23 0,46 22,57 2,24 110,51
Tabela 14. Indicadores de demanda por mão de obra
Região
Mão de obra por m² construído Mão de obra por m³ de estrutura
Concre-
tagem
Fôrma
Arma-
ção
Total
Concre-
tagem
Fôrma
Arma-
ção
Total
(Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh)
Pré-tipo 0,3 2,5 2,8 5,6 1,3 11,4 13,1 25,8
Tipo 0,3 1,8 2,5 4,5 1,4 9,1 12,8 23,3
Pós-tipo 0,7 7,1 17,2 25 1,3 13,9 33,6 48,8
Periferia 0,2 2,1 1,9 4,2 1,3 12,4 11,1 24,8
Obra 0,3 2,2 2,9 5,4 1,3 10,6 14,4 26,3
CAPÍTULO4
46
Tabela 15. Indicadores de custo (R$) direto
Região
R$/m² construído R$/m³ de estrutura
Mão de obra Material Total Mão de obra Material Total
Pré-tipo 92,8 215,4 308,3 431,1 1000,3 1431,3
Tipo 75,4 143,5 218,9 389,4 741,3 1130,7
Pós-tipo 419,7 685,4 1105,2 818,2 1336,2 2154,4
Periferia 70,9 142,8 213,7 415,0 835,6 1250,6
Obra 89,9 177,0 266,9 440,0 866,9 1307,0
Apresentam-se,aseguir,comoformadeexem-
plificação do uso dos indicadores mostrados
no item 4.10, respostas às possíveis questões
citadas no início deste manual (item 1).
4.11 UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DO ESTUDO DE CASO
O caso a ser analisado seria o de uma nova
obra com produto, área construída e prazos
conforme indicado na Figura 22.
Área total
construída
de 5.000 m2
Prazo total da obra:
Pós-tipo:
• 2 pavimentos
• 2 semanas/pav.
Tipo:
• 10 pavimentos
• 1 semana/pav.
Térreo:
• 1 pavimento
• 2 semanas/pav.
Subsolos:
• 2 pavimentos
• 3 semanas/pav.
22 semanas
× 44 horas/semana
= 968 horas
Figura 22. Nova obra a ser analisada para conceber a organização do trabalho
CAPÍTULO4
47
A Figura 23 mostra o uso de indicadores do
estudo de caso (Tabela 15) para o cálculo do
R$ de custo direto envolvido na execução da
estrutura de tal obra.
5.000 m2
construídos da obra
MATERIAIS MÃO DE OBRA
177,0 R$/m2
de material
89,9 R$/m2
de mão de obra
R$ 885.000,00 R$ 449.500,00
R$ 1.334.500,00
(custo direto ECA)
Figura 23. Cálculo do custo direto da estrutura da obra
4.11.1 QUANTO VOU GASTAR?
4.11.2 QUANTOS M2
DE SERVIÇO DE FÔRMAS EU TEREI
DE EXECUTAR?
A multiplicação do indicador relativo à
quantidade de serviço por m² construído
(Tabela 12) pela área total construída leva
à resposta da questão formulada, conforme
apresentado na Figura 24.
2.06 m2
/m2
Indicador
teóricox 5.000 m2
10.300 m2
Figura 24. Estimativa da quantidade de serviço de fôrmas a ser executada
CAPÍTULO4
48
0,46 m2
/m2
Indicador
com perdas e
reutilizações
x 5.000 m2
2.300 m2
Figura 25. Estimativa da quantidade de fôrma a ser comprada para a obra
4.11.4 QUAL O NÚMERO MÉDIO DE OPERÁRIOS DE
QUE NECESSITAREI PARA EXECUTAR O SERVIÇO DE
ESTRUTURAS DESSA OBRA?
A multiplicação do indicador relativo à
demanda por mão de obra por m² cons-
truído pela área total de construção leva à
demanda total por mão de obra da obra.
Dividindo-se esse valor por 968 h (horas
trabalhadas no prazo da obra adotado),
chega-se à equipe “cumulativa” para a
obra. Para se definir o valor potencial da
equipe, é necessário reduzir o valor cumu-
lativo pela subtração do “delta” cabível ao
serviço. Os cálculos feitos estão mostrados
na Figura 26.
5,4 Hh/m2
Indicador de
mão de obra
28 H Valor cumulativo
(descontar Delta RUP)
20 H
Menos 30% (delta)
Equipe a adotar
(potencial)
× 5.000 m2
27.000 H h
Prazo da estrutura:
22 semanas
× 44 h/semana
968h
÷ 968 h
27,22 H
Figura 26. Estimativa do número médio de operários para execução da estrutura
4.11.3 QUANTOS M2
DE CHAPA DE COMPENSADO
TEREI DE COMPRAR?
Amultiplicaçãodoindicadorrelativoaoconsu-
mo de materiais por m² construí­do (Tabela 13)
pela área total construída responde à questão,
conforme mostrado na Figura 25.
CAPÍTULO4
49
4.11.5 SERIA JUSTO DAR UMA PREMIAÇÃO À EQUIPE DE
FÔRMAS QUE EXECUTOU O PAVIMENTO TIPO?
A avaliação do desempenho da equipe se
dará a partir da comparação da demanda
por mão de obra referencial (calculada pela
multiplicação do indicador de consumo de
mão de obra do pavimento tipo pela sua
área construída) com o desempenho afe-
rido em obra (no caso, considerou-se uma
equipe de 12 homens trabalhando 44 horas
no ciclo). Os resultados são apresentados
na Figura 27.
× 350 m2
630 H h
Referencial
Realizado
H.h economizado
H.heconomizado = 630H.h – 528Hh = 102Hh
Horas na semana
Área pavimento tipo
5,4 Hh2
/m2
Indicador de consumo de
mão de obra do pavimento
tipo (Tabela 14)
Equipe real
12 H × 44h = 528 Hh
Figura 27. Avaliação de prêmio para pavimento tipo
Como o Hh realizado foi maior que o Hh re-
ferencial, há prêmio; neste caso, seriam divi-
didas 102 horas de pagamento pela equipe
de fôrmas.
Para se definir o valor
potencial da equipe,
é necessário reduzir o
valor cumulativo pela
subtração do “delta”
cabível ao serviço.
5. ESTUDO DE CASO 2
EDIFÍCIO COM ESTRUTURA
EM PAREDES E LAJES DE
CONCRETO, MOLDADAS IN
LOCO COM O USO DE FÔRMAS
MANUSEÁVEIS DE ALUMÍNIO
CAPÍTULO5
52
Neste estudo de caso, escolheu-se um edifício
com estrutura em paredes e lajes de concre-
to, moldadas in loco (com uso de fôrmas ma-
nuseáveis de alumínio), para a aplicação do
método. Indicam-se, a seguir, todos os passos
5. ESTUDO DE CASO 2 – EDIFÍCIO COM
ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES DE
CONCRETO, MOLDADAS IN LOCO COM O USO
DE FÔRMAS MANUSEÁVEIS DE ALUMÍNIO
de aplicação a este caso. Como no estudo de
caso anterior, neste manual básico algumas
simplificações serão feitas na descrição, mas
a discussão completa poderá ser vista no rela-
tório disponibilizado no site da CBIC4
.
4 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt
Com os projetos de arquitetura e estrutura (Figura 28), é possível caracterizar o produto sen-
do analisado.
Quanto ao processo construtivo a ser adota-
do, o gestor tomará decisões sobre o cami-
nho que será adotado na obra. A Figura 29
5.1 INFORMAÇÕES SOBRE O PRODUTO
5.2 INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO
Figura 28. Os projetos do produto
mostra as questões e respostas relativas à ca-
racterização do processo a ser adotado neste
estudo de caso.
CAPÍTULO5
53
A Figura 30 mostra, esquematicamente, a
percepção de que este edifício é composto
pelo corpo do edifício (5 pavimentos de es-
As Figuras 31 e 32 mostram três possibilidades
de “ataque” para a execução da estrutura, as
quais levam a variação na quantidade de fôr-
ma a ser comprada: um pavimento completo
(a); ½ pavimento (b); ou ¼ de pavimento (c).
5.3 VISÃO ANALÍTICA DO PRODUTO
5.4 DEFINIÇÃO DO PLANO DE ATAQUE
trutura similar = térreo + 4 pavimentos tipo)
e pela platibanda. Portanto, neste estudo
será considerada a“quebra”em duas regiões.
Para a definição dos prazos, foi considerado
ciclo de um dia por“parte”, conforme mostra-
do na Figura 32.
• Sistema de transporte de concreto ► com bomba
• Fornecimento de aço ► em telas (em geral, para paredes e lajes) e barras (reforços)
• Especificações do molde da fôrma ► fôrmas manuseáveis de alumínio
Figura 29. Decisões sobre o processo construtivo a ser adotado
Platibanda
4 Tipos
Pavimentos
da torre
Térreo
Figura 30. Divisão da estrutura do edifício em“partes”
a) Fôrma para 1 pavimento b) Fôrma para ½ pavimento c) Fôrma para ¼ pavimento
Figura 31. Divisão da estrutura do pavimento tipo em“partes”
CAPÍTULO5
54
Prazo total: 5 dias úteis Prazo total: 10 dias úteis Prazo total: 15 dias úteis
Figura 32. Cortes esquemáticos com o momento de execução de cada trecho (ciclo de 1 dia)
Na alternativa“a”, um gestor poderia ter deci-
dido comprar o jogo completo de fôrmas de
um andar, totalizando cinco repetições em
todos os pavimentos. Tal postura pode levar
a uma demanda mais elevada por fôrmas
para o empreendimento.
Nas alternativas “b” e “c”, há uma otimização
no uso da fôrma, mas um proporcional au-
mento de prazo por torre, utilizando-se o
mesmo jogo de fôrma para cada uma das
“partes”da estrutura.
Cabe ao gestor avaliar a viabilidade de cada
solução, considerando as características
do produto (simetrias entre as paredes dos
apartamentos) e do processo (disponibili-
dade de mão de obra e microplanejamento
da estrutura adotado). Neste estudo de caso,
será adotada a postura da alternativa“b”, que
tem sido considerada por muitos gestores.
Uma vez definidos a quebra e o plano de ata-
que, cada parcela a ser executada pode ser
avaliada em termos da quantidade de ser-
viço demandada (área de fôrmas, massa de
armadura e volume de concreto), bem como
quanto às características de tais partes que
influenciam a produtividade.
Neste manual se propõe o cálculo da quan-
tidade de material e de mão de obra para a
montagem da fôrma de um pavimento tipo.
Para os demais serviços e partes da estrutu-
ra, o processo é semelhante.
A partir dos projetos de fôrma do pavi-
mento tipo podem ser realizadas a quanti-
5.5 QUANTIDADE E FATORES POR PARTE
ficação da fôrma e a obtenção dos fatores.
Para a quantificação, deve ser calculado
o m² de fôrma correspondente a todas as
superfícies do pavimento (paredes e lajes).
As características que influenciam na pro-
dutividade da “montagem de fôrma” são
o tipo de edifício (térreo ou de múltiplos
pavimentos) e a posição do componente
de fôrma, que pode ser de parede (plati-
banda, interna, fachada com vãos, fachada
sem vãos ou fachada com varanda) ou de
laje. Seguem, na Tabela 16, os resultados
da quantificação separados por compo-
nente (parede ou laje) e a posição deste.
A partir dos projetos de fôrma
do pavimento tipo podem ser
realizadas a quantificação da
fôrma e a obtenção dos fatores.
CAPÍTULO5
55
Com base nos fatores geométricos mostrados
no item 5.5 e nas características do processo
discutidas no item 5.2, podem-se escolher as
composições adequadas para o caso de mon-
tagem de fôrma de um pavimento tipo no
5.6 ESCOLHA DE RUP E CUM E CÁLCULO DA DEMANDA
POR MÃO DE OBRA E MATERIAIS
anexo deste documento e, a partir delas, po-
dem-se definir os valores de RUP e CUM a se-
rem adotados para cada parcela da estrutura.
ATabela 17 mostra as composições escolhidas.
Tabela 16. Resultados do levantamento de quantidades para paredes e lajes para um andar tipo
“Parte”da estrutura Componente Posição
Área de fôrma levantada
por andar (m²)
Tipo
Parede
Parede interna 658,8 m²
Pano de fachada
com vãos
157,6 m²
Pano de fachada
sem vãos
31,2 m²
Pano de fachada
com varanda
0,0 m²
Laje Qualquer 174,7 m²
Total 1022,3 m²
Tabela 17. Fatores e composições adotados
Parte da
estrutura
Componente
Fatores Anexo
Posição
Tipo de
edifício
Composição
adotada
Tipo
Parede
Parede interna
Múltiplos
pavimentos
2
Panos de fachada com vãos 4
Panos de fachada sem vãos 5
Panos de fachada com varanda 6
Laje Qualquer 3
Os valores de RUP e CUM são extraídos, en-
tão, de tais composições.
A quantidade de esforço de mão de obra
demandada, expresso em Hh, é obtida pela
multiplicação da RUP pela quantidade de
serviço. ATabela 18 reúne tanto as RUPs ado-
tadas quanto os Hh calculados para a parcela
referente a cada tipo de componente (e sua
posição) da estrutura.
CAPÍTULO5
56
Tabela 18. RUPs e H.h calculados para pavimento tipo
Parte da
estrutura
Componente Posição
QS(m²)/
parcela
RUP (H.h/m²) H.h calculado
Carpinteiro
Ajudante
Carpinteiro
Ajudante
Tipo
Parede
Parede interna 658,8 0,40 0,28 260,5 184,5
Panos de fachada
com vãos
157,6 0,35 0,25 55,2 39,4
Panos de fachada
sem vãos
31,2 0,31 0,23 9,7 7,2
Panos de fachada
com varanda
0,0 0,39 0,28 0,0 0,0
Laje Qualquer 174,7 0,51 0,36 89,1 62,9
Totais 414,5 298,5
A quantidade de material necessária é
deter­minada pela multiplicação do CUM,
adotado para uma determinada parcela da
estrutura, pela quan­tidade de serviço a ser
executado nela.
ATabela 19 registra os CUMs e as quantidades
de material para cada parcela da estrutura.
Tabela 19. CUMs e QMs adotados para a parcela
Parte da
estrutura
Região Característica
QS(m²)/
parcela
Consumos
unitários de
material
Quantidade
de material
Des-
mol-
dante
Fôrma
Des-
mol-
dante
Fôrma5
L/m² m²/m² L m²
Tipo
Parede
Parede interna 658,8 0,03 0,0028 19,8 1,8
Panos de facha-
da com vãos
157,6 0,03 0,0028 4,7 0,4
Panos de facha-
da sem vãos
31,2 0,03 0,0028 0,9 0,1
Panos de facha-
da com varanda
0,0 0,03 0,0028 0,0 0,00
Laje Qualquer 174,7 0,03 0,0028 5,2 0,5
Total 30,6 2,8
5 - Note-se que a quantidade de material de fôrma indicada leva em conta um número de utilizações bastante elevado das fôrmas
(da ordem de 400 utilizações), não se referindo à quantidade a ser adquirida (já tratada no item 5.4), mas sim a um consumo“equi-
valente”do material, dada a situação de uma empresa que usará continuamente o sistema de fôrmas.
CAPÍTULO5
57
Para o dimensionamento das equipes, é
necessário “ajustar” a demanda por mão de
obra calculada, retirando desta a perda de
eficiência decorrente de imprevistos. Assim,
é necessário descontar um fator “delta” da
RUP cumulativa adotada, obtendo-se o valor
de RUP potencial, adequado para o dimen-
sionamento da mão de obra.
5.7 DIMENSIONAMENTO DAS EQUIPES
Nesse estudo será adotado “delta” = 30%
para o serviço de fôrmas, mas se recomen-
da que cada gestor realize estudos para
identificar valores mais bem contextualiza-
dos à realidade de sua obra. Na Tabela 20
são apresentados os H.h cumulativos e po-
tenciais para o estudo de caso.
Tabela 20. Cálculo do H.h“potencial”para montagem de fôrmas no pavimento tipo
Parte da
estrutura
Região Característica
H.h cumulativo
Delta
(%)
H.h potencial
Carpinteiro
Ajudante
Carpinteiro
Ajudante
Tipo
Parede
Parede interna 260,5 187,6
30%
182,4 131,3
Panos de facha-
da com vãos
55,7 40,1 39,0 28,1
Panos de facha-
da sem vãos
9,8 7,1 6,8 4,9
Panos de facha-
da com varanda
0,0 0,0 0,0 0,0
Laje Qualquer 88,5 63,7 62,0 44,6
Total 414,5 298,5 290,1 208,9
Tendo-se o H.h potencial para cada parcela da
estrutura, e sabendo-se o tempo disponível
para sua execução, pode-se calcular o núme-
ro de operários necessários para o serviço.
Para exemplificar como implementar esse ra-
ciocínio, veja-se o caso do serviço de fôrmas
do andar tipo, cuja atividade demanda (vide
Tabela 20) 290,1 H.h de carpinteiro.
Supondo-se que cada dia tenha em média 8,8
horas, na Tabela 21, mostram-se as equipes
necessárias para três diferentes prazos (ou ve-
locidades) de execução por pavimento.
Tabela 21. Tamanho de equipes de carpinteiros sugerido para a execução das fôrmas dos andares tipo
Ciclo referencial
Pavimento tipo (A)
(pavimento por dia)
Demanda por car-
pinteiro para mon-
tagem de fôrma de
1 pavimento (B)
Horas de tra-
balho de um
funcionário
por dia (C)
h disponível
no ciclo
(D = 1/A x C)
Carpinteiros
na equipe
(H = B/D)
⅟₄
290,1 8,8
35,2 8
⅟₂ 17,6 16
1 8,8 32
CAPÍTULO5
58
Dentre os diversos caminhos para motivar os
operários, a premiação por um desempenho
“elogiável”, que permita uma maior eficiência
no serviço, além de lucros para o empresário,
e que possa trazer também uma remunera-
ção adicional para o mesmo, é muitas vezes
sugerida. Dentro desse contexto, para se ter
justiça nas premiações, há que se ter clareza
sobre o que são uma boa e uma má eficiência.
Propõe-se aqui o uso da RUPcum como re-
ferência para um desempenho normal, na
5.8 PLANO DE PREMIAÇÃO
medida em que esta reúne períodos de boas
e de más eficiências. E o ganho de eficiência
(a ser atribuído aos operários) seria calcula-
do através da comparação do Hh referencial
(calculado pela multiplicação da RUP cumu-
lativa pela quantidade de serviço a ser reali-
zada) com o Hh realizado (que seria a medi-
ção do Hh realmente gasto).
Os operários compartilhariam os Hh eco-
nomizados, calculados conforme mostra a
Figura 33.
H.hEconomizado = H.hreferencial – H.hrealizado (sempre H.hEconomizado ≥ 0)
Figura 33. Cálculo do Hh economizado
A seguir, na Tabela 22, será apresentado
exemplo de cálculo do Hh economizado para
o serviço de fôrmas em um pavimento tipo
do estudo de caso.
O Hh referencial foi buscado naTabela 18 (em
que foi calculado através da multiplicação da
RUPcum pela quantidade de serviço). O Hh
realizado foi determinado considerando-se a
equipe e o prazo realmente ocorridos (con-
siderou-se que 16 homens trabalharam dois
dias úteis para fazer a fôrma de um pavimento
completo, trabalhando uma média de 8,8 ho-
ras por dia). A Tabela 22 reúne os valores ana-
lisados, mostrando a existência de razão para
a premiação (existência de Hh economizado
positivo), sendo que 132,9 horas seriam distri-
buídas para a equipe de carpinteiros.
Tabela 22. Cálculo Horas Prêmio
Fôrma (montagem)
Equipe contratada (A) 16
Dias trabalhados no pavimento (B) 2
Horas trabalhadas por dia (C) 8,8
H.h realizado (D = A x B x C) 281,6
H.h referencial adotado (E) 414,5
Horas economizadas (F=E-D) 132,9
Resultado (se F>0 há prêmio; se F<=0 não há prêmio) Há prêmio
CAPÍTULO5
59
De posse das quantidades de material e
de Hh para a execução de cada serviço
(ou da estrutura como um todo), podem-
-se calcular os custos diretos multiplican-
As Tabelas 23 a 25 reúnem alguns indi-
cadores (demandas por unidade exe-
cutada) que foram calculados para este
estudo de caso. Tais indicadores, como
5.9 CUSTOS DIRETOS DA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA
5.10 RESULTADOS
do-se as quantidades físicas pelos preços
unitários dos recursos (insumos materiais
ou horas de trabalho), conforme mostra-
do na Figura 34.
será mostrado no próximo item, podem
ser boas referências para estimativas rá-
pidas utilizáveis na gestão da produção
de novas obras.
R$gasto com mão de obra = R$
H.h
X H.h
R$gasto com material = R$
Qmaterial
X Qmaterial
Figura 34. Conta genérica para cálculo do custo direto
Uma vez que as demandas por materiais e
mão de obra já foram estimadas nos itens
anteriores, é necessário apenas o valor pago
pelos insumos para se efetuarem os cálculos
supracitados. Tais preços unitários podem
ser levantados pelas empresas a qualquer
momento; como referência para este estudo,
adotaram-se valores também presentes no
sistema do SINAPI, que fornece, com atuali-
zação mensal, tais valores para as 27 capitais
brasileiras. A Tabela 11, mostrada anterior-
mente no capítulo 4, reúne alguns exemplos
de valores para dezembro de 2016 para a ci-
dade de Brasília. Tais valores foram utilizados
para definição de custos que aparecerão nos
resultados finais.
Tabela 23. Indicadores de quantidade de serviço teórico
Região
Serviço por m² construído Serviço por m³ de estrutura
Concretagem
(m³)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Obra 0,33 5,45 6,78 16,52 20,53
Tabela 24. Indicadores de consumo de material (com consideração de perdas e reutilizações)
Região
Material por m² construído Material por m³ de estrutura
Concreta-
gem (m³)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Concreta-
gem (m³)
Fôrma
(m²)
Armação
(kg)
Obra 0,36 0,02 9,39 1,09 0,046 28,43
CAPÍTULO5
60
Tabela 25. Indicadores de demanda por mão de obra
Região
Mão de obra (Hh)
Por m² construído Por m³ de estrutura
Fôrma 3,8 11,4
Armação 0,6 1,8
Concreto 0,5 1,6
Geral 4,9 14,9
Tabela 26. Indicadores de custo (R$) direto
Serviço
R$/m² construído R$/m³ de estrutura
Mão de obra Material Total Mão de obra Material Total
Fôrma 58,1 20,5 78,6 176,1 62,1 238,2
Armação 9,8 41,7 51,5 29,6 126,3 156,0
Concreto 8,1 96,8 104,9 24,6 293,2 317,8
Geral 76,0 159,0 235,0 230,3 481,6 711,9
Apresentam-se,aseguir,comoformadeexem-
plificação do uso dos indicadores mostrados
no item 5.10, respostas às possíveis questões
citadas no início deste manual (item 1).
5.11 UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DO ESTUDO DE CASO
O caso a ser analisado seria o de uma nova
obra com produto, área construída e prazos
conforme indicado na Figura 35.
Platibanda
Prazo: 1 dia
4 Tipos
Pavimentos da torre
Prazo: 1 dia por parcela
(2 parcelas por andar)
Térreo
Área total
construída
de 1.000 m2
Prazo total:
11 semanas
× 8,8 horas/dia
= 96,8 horas
Figura 35. Nova obra a ser analisada para conceber a organização do trabalho
CAPÍTULO5
61
5.11.1 QUANTO VOU GASTAR?
5.11.2 QUANTOSM2
DESERVIÇODEFÔRMASEUTEREIDEEXECUTAR?
A Figura 36 mostra o uso de indicadores do estudo de caso para o cálculo dos R$ de custo direto
envolvidos em tal obra.
A multiplicação do indicador relativo à
quantidade de serviço por m² construído
(Tabela 23) pela área total construída leva
1.000 m2
construídos da obra
MATERIAIS MÃO DE OBRA
159,0 R$/m2
de material
76,0 R$/m2
de mão de obra
R$ 159.000,00 R$ 76.000,00
R$ 235.000,00
(custo direto ECA)
Figura 36. Cálculo do custo direto da estrutura da obra
à resposta da questão formulada, conforme
mostrado na Figura 37.
5.45 m2
/m2
Indicador
teóricox 1.000 m2
5.450 m2
Figura 37. Estimativa da quantidade de serviço de fôrmas a ser executado
CAPÍTULO5
62
5.11.4 QUAL O NÚMERO MÉDIO DE OPERÁRIOS DE QUE
NECESSITAREI PARA EXECUTAR O SERVIÇO DE ESTRUTURAS
DESTA OBRA?
A multiplicação do indicador relativo à deman-
da por mão de obra por m² construído pela
área total de construção leva à demanda total
pormãodeobradaobra.Dividindo-seesseva-
lor por 96,8 h (horas trabalhadas no prazo da
obra adotado), chega-se à equipe“cumulativa”
para a obra. Para se definir o valor potencial da
equipe, é necessário reduzir o valor anterior
pela subtração do“delta”cabível ao serviço. Os
cálculos feitos estão mostrados na Figura 39.
4,9 Hh/m2
Indicador de mão
de obra (Tabela 25)
51 H Valor cumulativo
(descontar Delta RUP)
35 H
Menos 30%
Equipe a adotar
(potencial)
× 1.000 m2
4.900 H h
Prazo da estrutura:
11 dias
× 8,8 h/dia
96,8h
÷ 96.8 h
50,6 H
Figura 39. Estimativa do número médio de operários para estrutura
5.11.3 QUANTOS M2
DE PAINÉIS DEVO DISPONIBILIZAR?
Em função da discussão feita no item 5.4, no
exemplo citado se iriam disponibilizar pai-
néis em quantidade equivalente a ½ pavi-
mento, conforme cálculo da Figura 38.
1022,3 m2
fôrma pavimento
511,1 m2
painéis a serem disponibilizados
pavimento comprado×
1
2
Figura 38. Estimativa da quantidade de fôrma a ser comprada para cada frente de trabalho na obra
CAPÍTULO5
63
5.11.5 SERIA JUSTO DAR UMA PREMIAÇÃO À EQUIPE QUE
EXECUTOU O PAVIMENTO TIPO?
A avaliação do desempenho da equipe se
dará a partir da comparação da demanda
por mão de obra referencial (calculada pela
multiplicação do indicador de consumo de
mão de obra do pavimento tipo pela sua
área construída) com o desempenho aferido
em obra (no caso, considerou-se uma equipe
de 45 homens trabalhando dois dias ou 17,6
horas no ciclo). Os resultados são apresenta-
dos na Figura 40.
× 200 m2
980 Hh
Referencial
Realizado
H.h economizado
H.heconomizado = 980H.h – 792Hh = 188Hh
Horas na semana
Área pavimento tipo
4,9 Hh2
/m2
Indicador de consumo
de mão de obra do
pavimento tipo
Equipe
45 H × 17,6h = 792 Hh
Figura 40. Avaliação de prêmio para pavimento tipo
Como o Hh realizado foi maior que o Hh referencial, há prêmio. A equipe da estrutura dividiria
horas de pagamento.
A avaliação do
desempenho da
equipe se dará a
partir da comparação
da demanda por mão
de obra referencial
com o desempenho
aferido em obra.
6. UTILIZAÇÃO DAS
INFORMAÇÕES
CONTIDAS NESTE
MANUAL
CAPÍTULO6
66
O manual apresenta um método para aju-
dar o gestor da execução de estruturas de
concreto armado a responder a questões
relativas a: custos, demanda por materiais
(exemplo: quantidade de compensado, de
concreto etc.), demanda por mão de obra
(estimativa de Hh), dimensionamento de
equipes de trabalho, premiação dos ope-
rários por desempenho, duração dos ser-
viços etc.
6. UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
CONTIDAS NESTE MANUAL
Para cada um desses“temas”, a execução da es-
trutura de concreto pode ser abordada global
ou parcialmente. E as visões parciais/específi-
cas podem dizer respeito aos diferentes: ser-
viços (fôrmas, armação e concretagem), partes
(torre ou periferia; tipo ou pós-tipo; etc.), ou re-
cursos (mão de obra, materiais, ou reais).
A Figura 41 indica o escopo e a abrangência
possíveis de serem discutidos com o méto-
do proposto.
Que tamanho deve
ter a equipe?
De fôrma ou
de armação?
• Escopo
• Abrangência
Global
Por serviço Armação
Fôrmas
Concretagem
Por parte
Por recurso
Parcial
Q mão de obra
Equipe
Equipe
Q material
R$
Q serviço
Prêmio
Tipo
Pré-tipo
Pós-tipo
Torre
Periferia
Material
R$
Mão de obra
Figura 41. Diferentes escopos e abrangências para a aplicação do método
O método pode ser usado de maneira
completa (trilhando-se o passo a passo
mostrado) ou podem-se utilizar direta-
mente os indicadores disponibilizados
para os dois tipos de estrutura estuda-
dos: convencional ou com paredes e la-
jes de concreto moldadas com uso de
fôrmas manuseáveis.
CAPÍTULO6
67
No caso do uso dos indicadores disponibi-
lizados, deve-se observar que eles podem
e devem ser adaptados à obra que vai ser
analisada. Assim, se o caso em estudo se pa-
rece mais com o subsolo do estudo de caso
1, seria conveniente usar os indicadores
mais cabíveis a tal parte; se um novo estudo
diz respeito a um andar tipo com presen-
ça de menos pilares, com seção maior que
a do estudo de caso 1, poder-se-iam, por
exemplo, adotar RUPs de fôrma e de con-
cretagem menores (isto é, melhores) que as
indicadas no texto, e assim por diante (ver
Figura 42).
Minha obra possui uma
estrutura “mais plana” que
a do estudo de caso 1:
Que indicadores adotar?
Você pode usar valores
de RUP e CUM menores que
os propostos para o caso 1
que sejam mais adequados
para a sua obra!
Figura 42. Adaptação dos indicadores apresentados aos casos reais a serem planejados
Enfim, a melhor maneira de utilizar este ma-
nual é considerar que ele seja uma referência
e um incentivo para que, cada vez mais, sua
empresa faça programação e controle de exe-
cução de estruturas de concreto armado com
base numa paralela gestão da produtividade.
Dentro desse contexto, o que se espera
mesmo é que se tenha uma melhoria con-
tínua da eficiência na produção das estru-
turas. E, para isso, recomenda-se a adoção
permanente de uma postura do tipo PDCA
(ver Figura 43).
O método pode ser usado de
maneira completa ou podem-se
utilizar diretamente os indicadores
disponibilizados para os dois tipos
de estrutura estudados.
CAPÍTULO6
68
Programar
Novas ações
Implementar
Controlar
CA
DP
Vou já organizar
nossos operários!Vamos adotar
a equipe definida
pelo médoto.
A RUP está boa,
mas eu gostaria
de melhorar
Vamos dar um prêmio
para os operários?
Vamos aprimorar o
escoramento das vigas?
Que RUP
adotar?
Veja o manual!
Figura 43. Implementação de um PDCA suportado pela avaliação contínua da produtividade
Um relatório mais extenso (com mais deta-
lhes) sobre o trabalho está disponibilizado
no site da CBIC6
e, portanto, disponível para
os gestores que quiserem se aprofundar no
assunto para aprimorar a aplicação do mé-
todo na gestão da produção de estruturas
de concreto.
6 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt
Melhorar a eficiência na produção pode sig-
nificar mais qualidade e segurança no traba-
lho, além de proporcionar mais satisfação e
remuneração para as pessoas que trabalham
com estruturas de concreto. Nesse contexto,
balizar suas decisões no conhecimento da
produtividade pode fazer muita diferença.
Ciclo RUP
Pav. 1
Pav. 2
...
CAPÍTULO6
69
7. BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
BIBLIOGRAFIACONSULTADA
72
PROF. DR. UBIRACI ESPINELLI LEMES DE SOUZA:
• SOUZA, Ubiraci E. Lemes de. Como Aumentar a Eficiência da Mão-de-obra. 1ª Edição. Pini,
2006. 100p.
• SOUZA, Ubiraci E. Lemes de. Como Reduzir Perdas nos Canteiros. Pini, 2005. 128p.
SINAPI:
• SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos
técnicos de composições para Armação de Estruturas de Concreto Armado. Lote 1. Versão
002. Vigência 12/2015. Última atualização: 10/2016. 201p.
• SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos
técnicos de composições para Concretagem para Estruturas de Concreto Armado. Lote 1. Ver-
são 001. Vigência 12/2015. Última atualização: 12/2015. 100p.
• SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos
técnicos de composições para Fôrmas para Estruturas de Concreto Armado. Lote 1. Versão
005. Vigência 12/2015. Última atualização: 09/2016. 479p.
• SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos
técnicos de composições para Paredes e Lajes de Concreto – Armação, concretagem, estuca-
mento e fôrmas. Lote 1. Versão 002. Vigência 06/2015. Última atualização: 01/2016. 116p.
• SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Metodolo-
gias e conceitos. Caixa, 2015. 122p.
7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BIBLIOGRAFIACONSULTADA
73
ANEXO
ANEXO
76
Os indicadores de produtividade deveriam,
idealmente, ser coletados pelas empresas e
profissionais do mercado. Não se dispondo
de tais indicadores, sugerimos usar os dados
disponíveis no Sistema Nacional de Pesqui-
sas de Custos e Índices da Construção Civil
(SINAPI), que apresenta diversas composi-
ções de serviços para a execução de fôrmas,
armação e concretagem em estruturas con-
ANEXO
vencionais de concreto armado e estruturas
com paredes e lajes maciças de concreto.
Na Figura A1 são indicadas as principais
combinações e destacadas (em negrito) as
composições que serão apresentadas neste
anexo. No relatório, disponibilizado no site
da CBIC7
, o leitor poderá encontrar o conjun-
to completo de composições selecionadas
para este estudo.
7 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt
Figura A1. Fluxograma indicativo das subdivisões das composições do SINAPI
Composições
apresentadas
considerando
10 usos para o
pavimento tipo.
ECA
Fôrma
Montagem
Pilar
Viga
Laje
Panos de fachada
Parede interna
Laje
Escoramento
Laje
Outros elementos
Pilar ou viga
Laje
Diversos
Platibanda
Parede
Laje
Platibanda
Montagem
Fabricação
Corte e dobra
Montagem
Pilar
Vigas e lajes
Montagem
Parede
Laje
Platibanda
Fôrma
Armação
Armação
Concretagem
Concretagem
Parede
ANEXO
77
A1 - EDIFÍCIO COM ESTRUTURA DE
CONCRETO ARMADO CONVENCIONAL
Nas Tabelas A1 a A3, serão apresentadas com-
posições do SINAPI para montagem de fôrmas
(pilares, vigas e lajes) apenas para alguns casos.
São mostradas apenas aquelas relativas a 10
usos de fôrmas; estas servem para exemplificar
o tipo de informação disponível no banco de
composições completo e permitem o entendi-
mento dos exemplos citados no manual.
Tabela A1. Tabela síntese das composições do SINAPI de montagem/desmontagem de fôrmas de pilar (10 utilizações)
Item Descrição
Coeficiente por item
Ajudante(A)
Carpint.(B)
Fôrma
Desmold.(D)
Aprumador(E)
Viga
Sanduíche(F)
Barrade
ancoragem(G)
Prego(H)
h/m² h/m² m²/m² L/m² mês/m² mês/m² mês/m² kg/m²
23
Montagem e desmontagem de
fôrma de pilares retangulares com
área média das seções menor que
0,25 m², pé-direito simples, em
chapa de madeira compensada
plastificada, 10 utilizações
0,159 0,868 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019
24
Montagem e desmontagem de
fôrma de pilares retangulares com
área média das seções maior que
0,25 m², pé-direito simples, em
chapa de madeira compensada
plastificada, 10 utilizações
0,121 0,661 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019
25
Montagem e desmontagem de
fôrma de pilares retangulares com
área média das seções menor
que 0,25 m², pé-direito duplo, em
chapa de madeira compensada
plastificada, 10 utilizações
0,237 1,295 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019
26
Montagem e desmontagem de
fôrma de pilares retangulares
com área média das seções maior
que 0,25 m², pé-direito duplo, em
chapa de madeira compensada
plastificada, 10 utilizações
0,199 1,088 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019
LEGENDA
A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares;
B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares;
C = Fabricação de fôrma para pilares, em madeira serrada, e=25 mm; ou fabricação de fôrma para
pilares, em chapa de madeira compensada resinada, e = 17 mm; ou fabricação de fôrma para
pilares, em chapa de madeira compensada plastificada, e = 18 mm;
D = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água;
E = Aprumador metálico de pilar, com altura e ângulo reguláveis, extensão de 1,50 a 2,80 m (locação);
F = Viga sanduiche metálica vazada para travamento de pilares, dimensões: altura de 8 cm, largura
de 6 cm e extensão de 2 m (locação);
G = Barra de ancoragem de 0,80 m de extensão, com rosca de 5/8”, incluindo porca e flange (locação);
H = Prego de aço polido com cabeça dupla 17 x 27 (2 1/2 x 11).
A2. Tabela síntese das composições do SINAPI de montagem/desmontagem de fôrmas de viga
ANEXO
78
Item Descrição
Coeficiente por item
Ajudante(A)
Carpint.(B)
Fôrma(C)
Esc.Mad.(D)
Pontalete(E)
Garfo(F)
Esc.Metál.(G)
Cruzeta(H)
T.Metálica(I)
Vig.Sandu.(J)
B.Ancoragem(K)
Desmold.(L)
Tábua(M)
Prego(N)
h/m²
h/m²
m²/m²
m/m²
m/m²
m/m²
m/m²
mês/m²
mês/m²
mês/m²
mês/m²
L/m²
m/m²
kg/m²
58
Montagem e
desmontagem de fôrma
de viga, escoramento
com garfo de madeira,
pé-direito duplo, em
chapa de madeira
plastificada, 10
utilizações. AF_12/2015
0,222
1,209
0,165
-
-
2,075
-
-
-
-
-
0,004
0,485
0,049
59
Montagem e
desmontagem de fôrma
de viga, escoramento
metálico, pé-direito
duplo, em chapa de
madeira plastificada, 10
utilizações. AF_12/2015
0,316
1,720
0,165
-
-
-
-
-
0,198
1,739
0,474
0,004
-
0,033
60
Montagem e
desmontagem de fôrma
de viga, escoramento
com garfo de madeira,
pé-direito simples,
em chapa de madeira
plastificada, 10
utilizações. AF_12/2015
0,150
0,817
0,165
-
-
1,038
-
-
-
-
-
0,004
0,328
0,049
61
Montagem e
desmontagem de fôrma
de viga, escoramento
metálico, pé-direito
simples, em chapa de
madeira plastificada, 10
utilizações. AF_12/2015
0,237
1,291
0,165
-
0,208
-
1,186
1,186
-
0,356
0,474
0,004
-
0,033
LEGENDA
A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares;
B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares;
C = Fabricação de fôrma para vigas, em madeira serrada, e=25 mm; ou fabricação de fôrma para vigas, em
chapa de madeira compensada resinada, e = 17 mm; ou fabricação de fôrma para vigas, em chapa de madeira
compensada plastificada, e = 18 mm;
D = Fabricação de escoras do tipo pontalete, em madeira;
E = Peça de madeira nativa/regional 7,5 x 7,5 cm (3 x 3) não aparelhada (p/fôrma);
F = Fabricação de escoras de viga do tipo garfo, em madeira
G = Escora metálica telescópica, com altura regulável de 1,80 a 3,20 m, com capacidade de carga de no
mínimo 1000 kgf (10 kN), incluindo tripé e forcado (locação);
H = Cruzeta para escora metálica (locação);
I = Torre metálica completa para uma carga de 8 tf (80 kN) e pé direito de 6 m, incluindo módulos, diagonais,
sapatas e forcados (locação) (coletado caixa);
J = Viga sanduiche metálica vazada para travamento de pilares, dimensões: altura de 8 cm, largura de 6 cm e
extensão de 2 m (locação);
K = Barra de ancoragem de 0,80 m de extensão, com rosca de 5/8”, incluindo porca e flange (locação);
L = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água;
M = Tábua madeira 2A qualidade 2,5 x 20 m (1 x 8”) não aparelhada;
N = Prego de aço polido com cabeça dupla 1½ 27 (2 1/2 x 11).
ANEXO
79
A3. Tabela síntese das composições do SINAPI de montagem/desmontagem de fôrmas de laje
Item Descrição
Coeficiente por item
Ajudante(A)
Carpint.(B)
Fôrma(C)
Esc.Mad.(D)
Esc.Metál.(E)
T.Metálica(G)
Vig.H20.(G)
Cubeta(H)
Desmold.(I)
Tábua(J)
Prego(K)
h/m²
h/m²
m²/m²
m/m²
mês/m²
mês/m²
m/m²
mês/m²
L/m²
m/m²
kg/m²
151
Montagem e desmontagem
de fôrma de laje maciça com
área média menor que 20 m²,
pé-direito duplo, em chapa de
madeira compensada plastificada,
10 utilizações
0,137
0,749
0,136
-
-
0,050
0,030
-
0,004
-
-
152
Montagem e desmontagem
de fôrma de laje maciça com
área média maior que 20 m²,
pé-direito duplo, em chapa de
madeira compensada plastificada,
10 utilizações
0,128
0,698
0,136
-
-
0,050
0,030
-
0,004
-
-
153
Montagem e desmontagem
de fôrma de laje maciça com
área média menor que 20 m²,
pé-direito simples, em chapa de
madeira compensada plastificada,
10 utilizações
0,083
0,451
0,136
-
0,397
-
0,030
-
0,004
-
-
154
Montagem e desmontagem
de fôrma de laje maciça com
área média maior que 20 m²,
pé-direito simples, em chapa de
madeira compensada plastificada,
10 utilizações
0,074
0,403
0,136
-
0,397
-
0,030
-
0,004
-
-
LEGENDA
A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares;
B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares;
C = Fabricação de fôrma para lajes, em madeira serrada, e=25 mm; ou fabricação de fôrma para lajes,
em chapa de madeira compensada resinada, e = 17 mm; ou fabricação de fôrma para lajes, em chapa
de madeira compensada plastificada, e = 18 mm;
D = Fabricação de escoras do tipo pontalete, em madeira;
E = Escora metálica telescópica, com altura regulável de 1,80 a 3,20 m, com capacidade de carga de no
mínimo 1000 kgf (10 kN), incluindo tripé e forcado (locação);
F = Torre metálica completa para uma carga de 8 tf (80 kN) e pé direito de 6 m, incluindo módulos,
diagonais, sapatas e forcados (locação) (coletado caixa);
G = Viga de escoramento H20, de madeira, peso de 5,00 a 5,20 kg/m, com extremidades plásticas
(coletado caixa).
H = Fôrma plástica para laje nervurada, dimensões *60* x *60* x *16* cm (locação);
I = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água;
J = Tábua madeira 2A qualidade 2,5 x 20,0 cm (1 x 8”) não aparelhada;
K = Prego de aço polido com cabeça dupla 17 x 27 (2 1/2 x 11).: altura de 8 cm, largura de 6 cm e
extensão de 2 m (locação);
K = Barra de ancoragem de 0,80 m de extensão, com rosca de 5/8”, incluindo porca e flange (locação);
L = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água;
M = Tábua madeira 2A qualidade 2,5 x 20 cm (1 x 8”) não aparelhada;
N = Prego de aço polido com cabeça dupla 1½ 27 (2 1/2 x 11).
ANEXO
80
A2 - EDIFÍCIO COM ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES
DE CONCRETO, MOLDADAS IN LOCO COM O USO
DE FÔRMAS MANUSEÁVEIS DE ALUMÍNIO
Na Tabela A4 serão apresentadas composi-
ções do SINAPI para montagem/desmonta-
gem de fôrmas manuseáveis (paredes, lajes
e platibanda).
Tabela A4. Tabela síntese das composições SINAPI de montagem/desmontagem
de fôrmas de parede e laje de concreto com fôrma de alumínio
Item
Descrição
Coeficiente por item
Carpinteiro(A)
Servente(B)
Desmoldante(C)
Fôrma(D)
H.h/m²
H.h/m²
L/m²
m²/m²
1
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de multiplos pavimento, em platibanda. AF_06/2015
0,2537 0,1828 0,0333 0,0028
2
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de multiplos pavimentos, em faces internas de paredes. AF_06/2015
0,3954 0,2848 0,0333 0,0028
3
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de multiplos pavimentos, em lajes. AF_06/2015
0,5066 0,3649 0,0333 0,0028
4
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de multiplos pavimentos, em panos de fachada com vãos. AF_06/2015
0,3533 0,2545 0,0333 0,0028
5
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de multiplos pavimentos, em panos de fachada sem vãos. AF_06/2015
0,3136 0,2259 0,0333 0,0028
6
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de multiplos pavimentos, em panos de fachada com varandas. AF_06/2015
0,3853 0,2776 0,0333 0,0028
7
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de pavimento único, em faces internas de paredes. AF_06/2015
0,2951 0,2126 0,0333 0,0028
8
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de pavimento único, em lajes. AF_06/2015
0,3781 0,2723 0,0333 0,0028
9
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de pavimento único, em panos de fachada com vãos. AF_06/2015
0,2636 0,1899 0,0333 0,0028
10
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de pavimento único, em panos de fachada sem vãos. AF_06/2015
0,2240 0,1614 0,0333 0,0028
11
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações
de pavimento único, em panos de fachada com varanda. AF_06/2015
0,2957 0,2130 0,0333 0,0028
LEGENDA
A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares;
B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares;
C = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água;
D = Sistema de fôrmas manuseáveis de alumínio, para edificação residencial unifamiliar com paredes de concreto
moldadas in loco, em conformidade com o orçamento referencial 9658: unidade habitacional térrea com 38 m², com
sala, circulação, dois quartos, banheiro, cozinha e tanque externo (sem cobertura) (coletado caixa).
ANEXO
81
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Disponível em português, inglês e espanhol.
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Ano: 2014
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Manual de Produtividade em Estruturas de Concreto

  • 1. MANUAL BÁSICO DE INDICADORES DE PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL VOLUME 1 • ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO CONVENCIONAL • ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES DE CONCRETO MOLDADAS COM USO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO
  • 2.
  • 3. MANUAL BÁSICO DE INDICADORES DE PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL VOLUME 1 • ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO CONVENCIONAL • ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES DE CONCRETO MOLDADAS COM USO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO correalização realização
  • 4. FICHA TÉCNICA Realização Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC José Carlos Rodrigues Martins Presidente Coordenação Roberto Sérgio Oliveira Ferreira Presidente da Comissão de Políticas e Relações Trabalhistas-CPRT Líder do Projeto João Batista Cavalcante deVasconcelos Sinduscon-BA Gestão do Projeto Gilmara Dezan Assessora da Comissão de Políticas e Relações Trabalhistas-CPRT Consultoria Especializada Ubiraci Espinelli Lemes de Souza Consultor, Engenheiro e Professor da Escola Politécnica da USP Felipe Germano Morasco Guilherme Nicacio Brito Ribeiro Comunicação Social Doca de Oliveira Coordenadora de Comunicação Correalização Serviço Social da Indústria-SESI-DN Edição Gadioli Branding Projeto Gráfico Samuel Harami Diagramação e finalização Cristiane Sampaio Revisão Iza Antunes Araújo Ficha catalográfica (catalogação-na-publicação) MANUAL BÁSICO DE INDICADORES DE PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL VOLUME 1 Brasília-DF, maio de 2017 Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC SBN - Quadra 01 - Bloco I Ed Armando Monteiro Neto, 3º e 4º andar CEP: 70040-913 Telefone: (61) 3327-1013 www.cbic.org.br - www.facebook.com/cbicbrasil S719m Souza, Ubiraci Espinelli Lemes de. Manual básico de indicadores de produtividade na construção civil / Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, Felipe Germano Morasco, Guilherme Nicacio Brito Ribeiro.—Brasília, DF: CBIC, 2017. 92 p. : il. Conteúdo: v. 1 – Estrutura de concreto armado convencional; Estrutura em paredes e lajes de concreto moldadas com uso de formas de alumínio. ISBN: 978-85-00000-00-0 1. Construção civil – Manual. 2. Concreto, estruturas de. 3. Concreto armado. 4. Concreto, indústria de. 5. Mão de obra – Produtividade. I. Morasco, Felipe Germano. II. Ribeiro, Guilherme Nicacio Brito. III. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. CDU: 693.5
  • 5. • ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO CONVENCIONAL • ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES DE CONCRETO MOLDADAS COM USO DE FÔRMA DE ALUMÍNIO MANUAL BÁSICO DE INDICADORES DE PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL VOLUME 1 correalização realização
  • 6.
  • 7. ACBIC 7 A CBIC é a entidade máxima representante do mercado imobiliário e da indústria da construção no Brasil e no exterior. A Câmara Brasileira da Indústria da Cons- trução – CBIC foi fundada em 1957, no estado do Rio de Janeiro. Sediada em Bra- sília, reúne 85 sindicatos e associações pa- tronais do setor da construção, das 27 uni- dades da Federação. A CBIC representa politicamente o setor e promove a integração da cadeia produtiva da construção, contribuindo para o desen- volvimento econômico e social do país. Dirigida por um Conselho de Administra- ção eleito pelos associados, a CBIC atua por meio das suas cinco comissões técnicas, duas delas voltadas para as atividades-fim: Obras Públicas, Privatizações e Concessões (COP) e Indústria Imobiliária (CII). Outras três comissões estão voltadas para as ati- vidades-meio: Comissão de Políticas e Re- lações Trabalhistas (CPRT), Comissão de Materiais, Equipamentos, Serviços, Tecno- logia, Qualidade e Produtividade (COMAT) e Comissão de Meio Ambiente (CMA). A entidade conta ainda com três fóruns vol- tados para atividades específicas: Conselho Jurídico da CBIC, Fórum de Ação Social e Ci- A CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO dadania (FASC) e Fórum dos Seconcis. Além do Banco de Dados. A CBIC representa nacional e internacional- mente a indústria brasileira da construção. Também integra a Federação Interamerica- na da Indústria da Construção (FIIC), filiada à Confederação Internacional das Associa- ções de Construção (CICA). A FIIC, repre- sentante do setor da construção em toda a América Latina. Para fins de capacitação e treinamento dos profissionais da construção, a CBIC realiza diversos eventos que contam com pales- trantes especializados, construção de am- pla rede de relacionamento e oportunidade de aprendizado. O SETOR DA CONSTRUÇÃO REPRESENTA POR VOLTA DE É RESPONSÁVEL POR DO INVESTIMENTO EXECUTADO NO BRASIL 10% 52% DE TRABALHADORES COM CARTEIRA ASSINADA. 2,6milhões A CBIC REPRESENTA ISSO CORRESPONDE A MAIS DE ENTIDADES NAS EMPRESAS. UNIDADES DA FEREDARÇÃO. 85 10mil 27 DO PIB BRASILEIRO, E EMPREGA CERCA DE
  • 8.
  • 9. A recuperação da economia brasileira e, con- sequentemente, da atividade do setor pro- dutivo passa pelos atributos da confiança e da produtividade. A busca por mais compe- titividade pauta o esforço dos empresários, especialmente na construção civil, um dos setores com maior capacidade para gerar resultados que levem ao reaquecimento da economia brasileira. Atenta a esse contexto, a Câmara Brasileira da Indústria da Constru- ção (CBIC) avança mais um passo na produ- ção de conhecimento técnico qualificado e coloca à disposição do setor o primeiro volu- me do Manual Básico de Indicadores de Pro- dutividade na Construção Civil – Estrutura de Concreto Armado Convencional e Estru- tura em Paredes e Lajes de Concreto Molda- das com Uso de Fôrma de Alumínio. Projeto conduzido pela Comissão de Políticas e Relações Trabalhistas (CPRT) da CBIC, em correalizaçãocomoSESI-DN,essemanualtem foco na estrutura de concreto armado con- vencional e na estrutura em paredes e lajes de concreto moldadas com uso de fôrma de alumínio. Essas estruturas de concreto foram escolhidas como primeiro subsistema a ser MENSAGEM DO PRESIDENTE DA CBIC tratado em função de sua importância para o produto final (custo e qualidade do edifício) mas também por ser uma parte da construção que demanda muita mão-de-obra e materiais, está no caminho crítico do prazo da obra e interage com todas as outras atividades. Uma execução organizada da estrutura de concreto certamente influenciará o esforço na organi- zação de toda a produção, promovendo tanto uma melhoria da eficiência quanto uma maior segurança dos operários. Aqui discutimos conceitos básicos de pro- dutividade na implantação de estruturas em concreto armado e apresentamos um mode- lo para a programação mais adequada das diversas atividades associadas à execução de um empreendimento: voltado ao gestor de obras, tem como principal objetivo melhorar a produtividade na construção civil, apresen- tando as melhores práticas nesse campo. Com esse Manual, esperamos contribuir de- cisivamente para a melhoria da produtivi- dade na construção civil e, assim, fomentar melhor desempenho das empresas do setor. Boa leitura! José Carlos Rodrigues Martins Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção MENSAGEMDOPRESIDENTEDACBIC 9
  • 10. SUMÁRIO 1 Introdução --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2 Produtividade na execução de estruturas de concreto armado --------------------------------- 2.1 Produtividade ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2.2 Medindo a produtividade da mão-de-obra e avaliando sua variação ------------------ 2.3 Medindo a produtividade no uso dos materiais e avaliando sua variação ---------- 2.4 Fontes para a previsão da produtividade para uma nova obra ------------------------------ 3 Método para auxiliar a programação do trabalho de execução de estruturas de concreto armado --------------------------------------------------------------- 4 Estudo de Caso 1 – Edifício com estrutura de concreto armado convencional ----- 4.1 Informações sobre o produto ------------------------------------------------------------------------------------------ 4.2 Informações sobre o processo ----------------------------------------------------------------------------------------- 4.3 Visão analítica do produto ------------------------------------------------------------------------------------------------ 4.4 Definição do plano de ataque ------------------------------------------------------------------------------------------ 4.5 Quantidade e fatores por parte --------------------------------------------------------------------------------------- 4.6 Escolha de RUP e CUM e cálculo da demanda por mão de obra e materiais ------ 4.7 Dimensionamento das equipes -------------------------------------------------------------------------------------- 4.8 Plano de premiação ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 4.9 Custos Diretos da execução da estrutura -------------------------------------------------------------------------- 4.10 Resultados -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4.11 Utilização dos indicadores do estudo de caso ---------------------------------------------------------- 4.11.1 Quanto vou gastar? -------------------------------------------------------------------------------------------- 4.11.2 Quantos m² de serviço de fôrmas eu terei de executar? -------------------------- 4.11.3 Quantos m² de chapa de compensado terei de comprar? ----------------------- 4.11.4 Qual o número médio de operários que necessitarei para executar o serviço de estruturas desta obra? ------------------------------------ 4.11.5 Seria justo dar uma premiação à equipe de fôrmas que executou o pavimento tipo? ----------------------------------------------------- 14 18 18 20 23 26 32 36 36 37 37 38 39 40 42 43 44 45 46 47 47 48 48 49 SUMÁRIO 10
  • 11. SUMÁRIO 11 5 Estudo de Caso 2 – Edifício com estrutura em paredes e lajes de concreto, moldadas in loco com o uso de fôrmas manuseáveis de alumínio ---------------------------- 5.1 Informações sobre o produto ------------------------------------------------------------------------------------------ 5.2 Informações sobre o processo ----------------------------------------------------------------------------------------- 5.3 Visão analítica do produto ------------------------------------------------------------------------------------------------ 5.4 Definição do plano de ataque ----------------------------------------------------------------------------------------- 5.5 Quantidade e fatores por parte --------------------------------------------------------------------------------------- 5.6 Escolha de RUP e CUM e cálculo da demanda por mão de obra e materiais ------ 5.7 Dimensionamento das equipes -------------------------------------------------------------------------------------- 5.8 Plano de premiação ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 5.9 Custos Diretos da execução da estrutura --------------------------------------------------------------------- 5.10 Resultados -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5.11 Utilização dos indicadores do estudo de caso ---------------------------------------------------------- 5.11.1 Quanto vou gastar? -------------------------------------------------------------------------------------------- 5.11.2 Quantos m² de serviço de fôrmas eu terei de executar? -------------------------- 5.11.3 Quantos m² de painéis devo disponibilizar? ----------------------------------------------- 5.11.4 Qual o número médio de operários que necessitarei para executar o serviço de estruturas desta obra? ------------------------------------ 5.11.5 Seria justo dar uma premiação à equipe que executou o pavimento tipo? ------------------------------------------------------------------- 6 Utilização das informações contidas neste manual -------------------------------------------------------- 7 Bibliografia consultada -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Anexo ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- A1 Edifício com estrutura de concreto armado convencional ---------------------------------------- A2 Edifício com estrutura em paredes e lajes de concreto, moldadas in loco com o uso de fôrmas manuseáveis de alumínio --------------------------------------------- 52 52 52 53 53 54 55 57 58 59 59 60 61 61 62 62 63 66 72 76 77 80
  • 12.
  • 14. Programar a execução de uma atividade de construção demanda conhecimento prático do dia a dia de uma obra. Programar a execução de uma atividade de construção demanda conhecimento práti- co do dia a dia de uma obra. Um gestor de obras toma decisões, muitas vezes, com base na intuição pessoal, aperfeiçoada pela vivên- cia do mesmo problema muitas vezes em obras anteriores. Por que, então, discutir um modelo para a programação das atividades? Algumas justificativas podem ser dadas, tais como: seria bom poder criar modelos para compartilhar a experiência dos gestores mais experientes com aqueles mais inician- 1. INTRODUÇÃO PROGRAMAÇÃO DA EXECUÇÃO OTIMIZADA Figura 1. O uso de um modelo para auxiliar na melhoria da eficiência na execução tes; a necessidade de fazer o país crescer demanda aumento da eficiência em todas as áreas, incluindo a da Construção; diversos estudos demonstram que a produtividade da Construção pode e deve ser melhorada e, portanto, mesmo gestores mais experientes devem aprimorar sua forma de atuação. Assim, o que se pretende aqui é apresentar um modelo para auxiliar a organização do trabalho que possa criar uma referência para a discussão sobre a execução de estruturas de concreto armado (Figura 1) e, com isso, favorecer a eficiência na sua execução. CAPÍTULO1 14
  • 15. Disponibilizados os recursos certos, na hora e locais adequados, pode-se ter um ambiente mais organizado e, portanto, com menor custo e maior segurança. CAPÍTULO1 15 Tal modelo considera que a produtividade va- ria de uma obra para outra, mas que ela pode ser prevista pelo gestor. Uma vez conhecida, ela pode balizar a discussão sobre a deman- da por recursos necessários para se fazer a estrutura. Disponibilizados os recursos certos, na hora e locais adequados, pode-se ter um ambiente mais organizado e, portanto, com menor custo e maior segurança. A Figura 2 mostra exemplos de questões a se- rem respondidas pelos gestores para tomar as decisões que os levem a conceber a progra- mação do trabalho. O modelo a ser descrito procura facilitar as respostas a tais perguntas. Quanto de material? A resposta é PRODUTIVIDADE Quantos operários? Quanto vai custar? Como premiar os operários? Figura 2. Perguntas usuais a serem respondidas pelo gestor Neste manual se discutem, inicialmente, al- guns conceitos sobre produtividade na exe- cução de estruturas de concreto armado. Em seguida, descreve-se o modelo proposto para apoiarastomadasdedecisãonaprogramação do trabalho de execução dessas estruturas. Dois estudos de caso são, então, apresenta- dos: um para um edifício com estrutura con- vencional de concreto armado; e outro para uma obra onde se faz uso de fôrmas manuseá- veisdealumínio,paraexecutaraestruturama- ciça de paredes e lajes, em edifício de peque- na altura. Finalmente, reúnem-se indicadores (gerados nos estudos de caso) que podem ser úteis para tomadas rápidas de decisões em fu- turas obras semelhantes às apresentadas aqui.
  • 16.
  • 17. 2. PRODUTIVIDADE NA EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
  • 18. Produtividade é a eficiência em transformar recursos em produtos. Tem-se uma melhor produtividade sempre que se demanda me- 2. PRODUTIVIDADE NA EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 2.1 PRODUTIVIDADE nos esforço para se obter um determinado resultado (Figura 3). CAPÍTULO2 18 Grande esforço Aquiles Aquiles Resultado ruim Pequeno esforço Resultado significativo Figura 3. Descobrir o“calcanhar de Aquiles”pode facilitar sua tarefa. Fonte: SOUZA, 2006, p. 21
  • 19. CAPÍTULO2 19 Um indicador de produtividade é a rela- ção entre a quantidade de recursos de- mandados e a quantidade de produtos realizados (Figura 4). Pode-se falar em produtividade no uso da mão de obra e no uso dos materiais. PRODUTIVIDADE EFICIÊNCIA RECURSOS PRODUTOS Indicador de produtividade: Recurso ou esforço Produto ou resultado IP = Figura 4. Definindo produtividade e exemplificando indicadores para sua medição Um indicador de produtividade é a relação entre a quantidade de recursos demandados e a quantidade de produtos realizados. Comentário | Gestor da Obra 1 Comentário | Gestor da Obra 2 “... no 1º pavimento, o IP de armação foi de 90 Hh/ton; mas, agora, no 5º pavimento, alcan- çamos a marca de 50 Hh/ton”(notar que IP menor é sinônimo de melhor produtividade). “... na minha obra anterior, tivemos proble- mas de desbitolamento das armaduras, o que acabou gerando uma compra maior de aço do que esperávamos; compramos 55 toneladas, quando o projeto previa 50 tone- ladas. Portanto, o IP de materiais foi de 1,1 ton de aço por tonelada de armadura pre- vista no projeto”(notar que quanto maior o IP de materiais, pior a produtividade).
  • 20. No caso da mão de obra, adotamos um in- dicador denominado RUP (razão unitária de produção), como definido na Figura 5, o 2.2 MEDINDO A PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA E AVALIANDO SUA VARIAÇÃO qual pode ser apresentado na forma de RUP cumulativa ou de RUP potencial (Figura 6). CAPÍTULO2 20 RUP = , onde: Hh QS Hh = Homens-hora; QS = quantidade de serviço realizado. Figura 5. Indicador de produtividade de mão de obra (RUP) A RUP cumulativa representa o esforço to- tal acumulado (juntando momentos bons e ruins da obra) em relação ao total de serviço executado; trata-se de uma RUP útil para a execução de orçamentos, já que diz respeito ao desempenho global do serviço. A RUP po- tencial é aquela que se associa aos ciclos, de execução do serviço, em que nada atrapa- lhou a execução; seria aquela produtividade que gostaríamos que acontecesse sempre; essa RUP costuma ser usada para definir o tamanho de equipes, já que devemos pen- sar na equipe que dê conta de fazer o serviço com boa produtividade. RUP por pav. (H.h /m2 ) RUP cumulativa: 0,9 (H.h /m2 ) RUP potencial: 0,7 (H.h /m2 ) 0,7 5º pav. (ciclo 5) 4º pav. (ciclo 4) 3º pav. (ciclo 3) 2º pav. (ciclo 2) 1º pav. (ciclo 1) 0,7 1,2 0,7 1,4 Comentário | Gestor da Obra “Na obra mostrada na figura acima, o 1º pavimento teve uma RUP de 1,4 Hh/m2 , que foi a pior (RUP alta é ruim!) de todos os pavimentos, mas algumas vezes (2º, 4º e 5º pavimentos) a produtividade foi bem melhor (RUP de 0,7 Hh/m2 ). Juntando o desempenho de todos os pavimentos, tivemos uma produtividade de fôrmas de 0,9 Hh/m2 (RUP cumulativa). Mas a observação dos desempenhos, pavimento a pavimento, permitem dizer que um valor desafiador para uma obra desse tipo seria de 0,7 Hh/m2 (RUP potencial)”. Figura 6. Exemplo de RUP cumulativa e de RUP potencial para a execução da estrutura de um edifício
  • 21. CAPÍTULO2 21 A RUP varia muito? A resposta é sim. As Fi- guras 7 e 8 mostram faixas de variação da produtividade, respectivamente para os ser- viços de concretagem de viga e laje e de fôr- mas de pilar, constando nelas razões para a ocorrência de tais variações. Produtividade na execução de concretagens Principais fatores: 1,13 3,79 25,21 Hh/m3 Concretagem com uso de bomba Área média de laje > 20m2 Área de seção média de pilar > 0,25m2 Concretagem de laje pré-moldadaConcretagem de lajes maciças ou nervuradas Concretagem com uso de elevador Área média de laje ≤ 20m2 Área de seção média de pilar ≤ 0,25m2 Figura 7. Variação da produtividade no serviço de concretagem
  • 22. CAPÍTULO2 22 Produtividade na execução de fôrmas Principais fatores: 0,36 1,14 4,44 Hh/m3 Compensado plastificado Área média de laje > 20m2 Área de seção média de pilar > 0,25m2 Pé direito duploPé direito simples Uso de madeira serrada Área média de laje ≤ 20m2 Área de seção média de pilar ≤ 0,25m2 Escoramento com pontalete de madeira Menos utilizações de fôrma Escoramento com garfo de madeira Mais utilizações de fôrma Figura 8. Variação da produtividade no serviço de fôrmas Portanto, não existe uma RUP única por serviço; ela deve ser prevista para cada obra a ser feita (devido a mudanças do produto, do processo e da eficiência da condução do trabalho).
  • 23. CAPÍTULO2 23 No caso dos materiais, utilizamos o indicador CUM (consumo unitário de materiais), que é a 2.3 MEDINDO A PRODUTIVIDADE NO USO DOS MATERIAIS E AVALIANDO SUA VARIAÇÃO razão entre a quantidade de materiais adquiri- dos e a quantidade de serviço feito (Figura 9). CUM = , onde: Qmat Qserviço Qmat = quantidade de material Qserviço = quantidade de serviço Exemplo A seguinte frase foi extraída de um comentá- rio do encarregado de estruturas de uma obra: “Acho que a fôrma‘abriu’um pouco e, para fazer os 40 m3 ‘cubados‘ no projeto, tivemos de comprar 44 m3 de concreto”. Para o caso citado, teríamos: CUM = 44/40 = 1,1 m3 de concreto por m3 de estrutura Figura 9. Definição de consumo unitário de materiais Pode-se, ainda, expressar a CUM como a conjugação de um consumo unitário teó- rico (CUM teórico) com as perdas de mate- riais (Figura 10). CUM = CUMteórico X , onde: Perdas% 100 CUMteórico = consumo unitário teórico de material Perdas = percentual de perdas de materiais( (1 + Exemplo No caso mostrado na Figura 9, o CUM teórico seria de 1m3 de concreto para fazer 1 m3 de estrutura; houve, no entanto, uma perda de 10% de concreto (4 m3 a mais em um total de 40 m3 necessários). Usando a fórmula geral de CUM, temos: CUM = 1 × (1+10/100) = 1,1 m3 de concreto por m3 de estrutura Figura 10. Cálculo do CUM usando o conceito de CUM teórico e perdas Na Figura 11, em seu caso “a”, ao se fazer um edifício de dois pavimentos semelhan- tes, e comprando fôrmas em quantidade suficiente para fazer o 1º pavimento, teori- camente o consumo unitário de materiais seria de 0,5 m² de fôrma por m² de super- fície de contato com a estrutura (conside- rando que a fôrma seria usada para o 2º pavimento também). Já no caso “b”, rela- tivo a um edifício de quatro pavimentos
  • 24. CAPÍTULO2 24 em que se decidiu comprar um jogo de fôrmas para apenas ½ pavimento e usá-lo oito vezes, o CUM teórico seria de 0,125 m² de fôrma por m² de superfície de contato com a estrutura. Percebe-se, claramente, que um plano de ataque adequado pode aumentar a possibilidade de reutilizações da fôrma, reduzindo o CUM teórico e, por- tanto, melhorando a produtividade no uso dos materiais. a) Edifício 1: 2 andares / 2 trechos Edifício 2: 4 andares / 8 trechos b) CUMteórico = 1 2 = 0,5 CUMteórico = 1 8 = 0,125 Trecho 1 Trecho 2 Trecho 1 Trecho 3 Trecho 5 Trecho 7 Trecho 2 Trecho 4 Trecho 6 Trecho 8 Figura 11. Variação do CUM teórico, no serviço de fôrmas, em função do número de repetições possíveis no uso do jogo de fôrmas: a) 2 usos; b) 8 usos Como já comentado, para se chegar ao CUM real, é preciso somar as “perdas” (material adicional em relação ao teoricamente neces- sário) ao CUM teórico. As perdas podem ter as seguintes naturezas (Figura 12): a) entulho (exemplo: ao se quebrar um painel de fôr- mas, tenho de comprar material a mais para substituir os pedaços inutilizados de painel); b) incorporada (exemplo: um pilar pode ter “embarrigado”devido à falta de tirantes para cimbrar o painel de fôrmas intermediaria- mente, incorporando mais concreto que o teoricamente necessário); c) furtos/roubos (exemplo: num canteiro sem a devida preo- cupação com a segurança patrimonial, um estoque de aço pode ser passível de roubo de barras por estranhos à obra, demandan- do a compra de material adicional).
  • 25. CAPÍTULO2 25 IncorporadaEntulho Roubo Figura 12. Natureza das perdas Os valores de CUM podem variar bastante. A Figura 13 ilustra faixas de variação para o consumo de compensado e de armadura na execução de estruturas. Consumo unitário de material para fôrmas (m2 /m2 ) Consumo unitário de material para armação (kg/kg) 0,067 0,15 1,02 m2 /m2 1,07 1,11 1,14 kg/kg Figura 13. Variação do CUM para os painéis de fôrmas e armadura
  • 26. CAPÍTULO2 26 Tendo-se mostrado que a produtividade pode variar muito, é necessário saber prever a produtividade para uma próxima obra. Dois caminhos podem ser utilizados: a) fazer uso de indicadores levantados pela própria em- presa, ou de conhecimento pessoal do gestor, em função de avaliações feitas em casos ante- riores; b) utilizar indicadores disponibilizados no mercado e que sejam confiáveis. 2.4 FONTES PARA A PREVISÃO DA PRODUTIVIDADE PARA UMA NOVA OBRA ATabela 1 registra um apontamento feito por uma empresa que resolveu apurar e guardar um banco de dados de produtividade global do serviço de execução de estruturas de con- creto. Neste exemplo, a obra 2 teve uma RUP de 25 Hh/m³ de estrutura executada, muito melhor que a da obra 1. Tabela 1. Dados de produtividade global do serviço de estrutura de concreto (2 obras) Obra Homens na equipe (H) Horas trabalhadas no ciclo (h) Estrutura de concreto armado executada no ciclo (m³) RUP (H.h/m³) 1 8 200 45 35 2 10 100 40 25 Além de “guardar” os valores de RUPs e CUMs, devem-se apurar as causas de valores melhores ou piores, isto é, entender os fato- res que fariam nossa previsão de produtivi- dade ser mais ou menos otimista. No caso de fontes confiáveis de informação (existem várias delas; desde os tradicionais manuais de orçamentação até artigos, teses e livros que discutem o tema), vamos utilizar, neste trabalho, o banco de dados do SINAPI1 . 1 - O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI) estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da União, para obtenção de referência de custo. Definição obtida em http://www.caixa.gov.br/poder-publico/apoio-poder-publico/sinapi/Paginas/ default.aspx (acessado em 7/04/2017). Além de composições unitárias para os servi- ços de fôrmas, armação e concretagem, o SI- NAPI disponibiliza também preços unitários dos insumos, para diferentes capitais e que são atualizados mensalmente. As composições unitárias (ver exemplo na Tabela 2 para fôrmas) fornecem as RUPs e CUMS associadas a diferentes “fatores” que caracterizam o produto e o processo a que se associam. Além de composições unitárias para os serviços de fôrmas, armação e concretagem, o SINAPI disponibiliza também preços unitários dos insumos, para diferentes capitais e que são atualizados mensalmente.
  • 27. CAPÍTULO2 27 Tabela 2. Exemplo de Composição Unitária para o serviço de fôrmas Classe/Tipo Códigos Descrição Unidade Coeficiente FUES 92422 MONTAGEM E DESMONTA- GEM DE FÔRMA DE PILARES RETANGULARES E ESTRUTU- RAS SIMILARES COM ÁREA MÉDIA DAS SEÇÕES MENOR OU IGUAL A 0,25 M², PÉ-DI- REITO SIMPLES, EM CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA RESINADA, 6 UTILIZAÇÕES. AF_12/2015 M2 COMPOSIÇÃO 88239 AJUDANTE DE CARPINTEIRO COM ENCARGOS COMPLE- MENTARES H 0,181 COMPOSIÇÃO 88262 CARPINTEIRO DE FORMAS COM ENCARGOS COMPLE- MENTARES H 0,987 COMPOSIÇÃO 92263 FABRICAÇÃO DE FÔRMA PARA PILARES E ESTRUTURAS SIMI- LARES, EM CHAPA DE MADEI- RA COMPENSADA RESINADA, E = 17 MM. AF_12/2015 M2 0,188 INSUMO 2692 DESMOLDANTE PROTETOR PARA FÔRMAS DE MADEIRA, DE BASE OLEOSA EMULSIO- NADA EM ÁGUA L 0,01 INSUMO 40271 APRUMADOR METÁLICO DE PILAR, COM ALTURA E ÂNGU- LO REGULÁVEIS, EXTENSÃO DE *1,50* A *2,80* M (LOCAÇÃO) MÊS 0,196 INSUMO 40275 VIGA SANDUÍCHE METÁLICA VAZADA PARA TRAVAMENTO DE PILARES, DIMENSÕES: ALTURA DE *8* CM, LARGURA DE *6* CM E EXTENSÃO DE 2 M (LOCAÇÃO) MÊS 0,393 INSUMO 40287 BARRA DE ANCORAGEM DE 0,80 M DE EXTENSÃO, COM ROSCA DE 5/8”, INCLUINDO PORCA E FLANGE (LOCAÇÃO) MÊS 0,785 INSUMO 40304 PREGO DE AÇO POLIDO COM CABEÇA DUPLA 17 X 27 (2 1/2 X 11) KG 0,019 FATORES RUP CUM Assim, conhecendo os fatores que carac- terizam uma obra, o gestor pode escolher a composição que mais se associe a tais características e, olhando tal composição, extrair os valores de RUP e CUM para ser- virem como previsão para a produtividade de sua nova obra. No anexo deste manual, tem-se um conjunto de composições ex-
  • 28. CAPÍTULO2 28 Qual composição devo adotar para fôrma de pilar na minha obra? Chapa plastificada! 10 vezes! Simples! É menor que 0,25m2 ! O molde é compensado, plastificado ou de madeira serrada? A área de seção média dos pilares é maior ou menor que 0,25m2 ? Segundo a tabela de composições do Anexo você deve usar a composição 23! Quantas vezes vai usar a fôrma? Pé-direito é simples ou duplo? Figura 14. Escolhendo a composição adequada no banco de composições do Anexo. traídas do SINAPI, numeradas sequen- cialmente, as quais sugerimos que sejam usadas no método que será descrito. A Figura 14 ilustra o processo para busca da composição mais adequada para uma de- terminada situação. Conhecendo os fatores que caracterizam uma obra, o gestor pode escolher a composição que mais se associe a tais características e, olhando tal composição, extrair os valores de RUP e CUM para servirem como previsão para a produtividade de sua nova obra.
  • 30.
  • 31. 3. MÉTODO PARA AUXILIAR A PROGRAMAÇÃO DO TRABALHO DE EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
  • 32. CAPÍTULO3 32 OfluxogramadaFigura15ilustraasdiversasetapasaseremtrilhadasparasefazeraprogramação. 3. MÉTODO PARA AUXILIAR A PROGRAMAÇÃO DO TRABALHO DE EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Perguntas: R$? H? Qmat? Prêmio? Informações sobre o produto /processo Definição do plano de ataque Fatores / parte QS / parte Preços Saídas Atividades Entradas SINAPI Composições Referência para eficiência e custos RUP ; CUM Hh / parte Qmat / parte Plano de premiação Custos diretos Indicadores de referência Dimensio- namento das equipes Visão analítica do produto Legenda: Figura 15. Etapas do método
  • 33. CAPÍTULO3 33 Faz-se, a seguir, uma breve descrição de cada uma dessas etapas: • Informações sobre o produto/processo: levantamento de dados do produto (proje- tos) e do processo (políticas de fornecimen- to e processamento de material da obra). • Visão analítica do produto: “quebra” do edifício em “partes” com característi- cas similares. • Definição do plano de ataque: sequen- ciamento executivo das“partes”do edifício buscando otimizar o uso de materiais, re- duzir custo e prazo, e garantir fluxo unifor- me da mão de obra ao longo da execução. • Quantidade de serviço por parte (QS/ parte): levantamento da quantidade de serviço (fôrma, armação e concretagem) de cada uma das“partes”do edifício. • Fatoresporparte: identificação dos fato- res que caracterizam o produto e processo em cada umas das“partes”da estrutura. •EscolhadeCUMeRUP:eleiçãodosCUMs (consumosunitáriosdematerial)edasRUPs (razões unitárias de produção) adequados para cada uma das “partes” do edifício, uti- lizando as composições do anexo. • Cálculo de H.h /parte e Qmat/parte: obtenção das demandas por mão de obra (medidas em Homem.hora) e quan- tidade de material (considerando even- tuais reutilizações e perdas), a partir das “quantidades de serviço” e das “RUPs e CUMs” escolhidas. Os valores são dividi- dos por parte e serviço da obra. • Dimensionamento da equipe: cálculo do número de funcionários – a partir do prazo definido no planejamento – neces- sários para execução de cada uma das “partes”da estrutura. • Plano de premiação: o cálculo da bo- nificação das equipes será resultado da comparação de um desempenho de refe- rência (demanda por mão de obra estima- da) e do desempenho aferido em obra. • Custos diretos: A partir da quantidade de serviço obtida e dos preços dos insu- mos é possível obter os custos diretos es- perados para cada“parte”da estrutura. • Indicadores de referência: A partir das demandas, consumos e custos, calculados em todos os passos anteriores, é possível definir indicadores que podem servir de subsídios para tomada de decisões pelos gestores, em novos casos de obras, tanto na fase de projeto como na fase de obra. Nos itens 4 e 5 serão apresentados dois exemplos de aplicação de tal método, em que o entendimento de cada etapa prova- velmente ficará ainda mais claro. O cálculo da bonificação das equipes será resultado da comparação de um desempenho de referência (demanda por mão de obra estimada) e do desempenho aferido em obra.
  • 34.
  • 35. 4. ESTUDO DE CASO 1 EDIFÍCIO COM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO CONVENCIONAL
  • 36. CAPÍTULO4 36 Escolheu-se um edifício com estrutura de concreto armado para a aplicação com- pleta do método. Indicam-se, a seguir, todos os passos de aplicação do método a esse caso. A descrição feita aqui terá Com os projetos de arquitetura e estrutura (Figura 16), é possível caracterizar o produto sendo analisado. 4. ESTUDO DE CASO 1 – EDIFÍCIO COM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO CONVENCIONAL 4.1 INFORMAÇÕES SOBRE O PRODUTO algumas simplificações ou poderá ser, al- gumas vezes, parcial; no relatório dispo- nibilizado no site da CBIC2 , o leitor poderá encontrar todos os detalhes do processa- mento feito. 2 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt Figura 16. Os projetos do produto Com os projetos de arquitetura e estrutura é possível caracterizar o produto sendo analisado.
  • 37. CAPÍTULO4 37 Quanto ao processo construtivo a ser adota- do, o gestor tomará decisões sobre o cami- nho que será adotado na obra. A Figura 17 A Figura 18 mostra, esquematicamente, a percepção de que este edifício é com- posto por uma torre e uma periferia. Na torre, podem-se ainda distinguir os pavi- 4.2 INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO 4.3 VISÃO ANALÍTICA DO PRODUTO mostra as questões e respostas relativas à ca- racterização do processo a ser adotado neste estudo de caso. mentos pré-tipo (subsolos 1 e 2 e térreo), os andares tipo e os pavimentos pós-tipo. A periferia, por sua vez, pode ser dividida em partes. • Sistema de transporte de concreto ► com bomba • Tipologia do cimbramento ► escoramento em garfo para vigas e metálico para lajes • Fornecimento de aço ► em barras • Especificações do molde da fôrma ► resinado / plastificado • Nível de pré-fabricação ► fabricação das peças em fôrma / corte e dobra de aço na obra Figura 17. Decisões sobre o processo construtivo a ser adotado. Pós-tipo Tipo Periferia Obra Torre Pré-tipo Térreo Subsolos sob projeção da torre Cobertura Tipos Pós-tipo Parte 1 Parte 2 Parte n Periferia Pré-tipo Figura 18. Divisão da estrutura do edifício em“partes”
  • 38. CAPÍTULO4 38 A Figura 19 mostra duas possibilidades de “atacar” a execução da estrutura. Na 1ª al- ternativa (caso 1), um gestor poderia ter decidido executar inicialmente todo o 2º subsolo e, em seguida, usando o mesmo jogo de fôrmas, produzir o 1º subsolo. Um novo jogo de fôrmas seria usado para fa- 4.4 DEFINIÇÃO DO PLANO DE ATAQUE zer o andar térreo. Os andares tipo seriam todos produzidos com um único jogo de fôrmas. E, finalmente, os andares pós-tipo teriam um último jogo de fôrmas para sua execução. Tal postura, comum de ser detec- tada em orçamentos de obras, leva a uma demanda elevada por fôrmas. Caso 1 | 4 jogos de fôrma a) 1.600m2 fô. subsolos (2 usos) b) 800m2 fô. térreo (1 uso) c) 800m2 fô. tipo (8 usos) d) 200m2 fô. cobert. (2 usos) Total = 3.400 m2 comprados Caso 2 | 2 jogos de fôrma a) 800m2 fô. subsolos/térreo (2 usos) b) 800m2 fô. tipo/cobertura (10 usos) Total = 1.600 m2 comprados D1 D2 C1 C1 C3 C4 C5 C6 C7 C8 B1 A2 A1 B9 B10 B1 B1 B3 B4 B5 B6 B7 B8 A3 A2 A1 A5 A4 A7 A6 Figura 19. Influência do plano de ataque na demanda por fôrmas Na postura que será adotada neste estudo de caso (apresentada no caso 2 da Figura 19), vai-se utilizar um jogo de fôrmas comprado inicialmente para fazer a parte do 2º subsolo sob a torre (pré-tipo), que também será usada para fazer o 1º subsolo sob a torre e ainda o andar térreo. Esse mesmo jogo será adaptado para se executarem as quatro partes em que foi subdivida a periferia (lado esquerdo no ní- vel do 2º subsolo + lado esquerdo no nível do 1º subsolo + lado direito no nível do 2º subso- lo + lado direito no nível do 1º subsolo). Um outro jogo de fôrmas, pensado para o 1º andar tipo, será utilizado para todos os anda- res tipo e, ao final destes, será adaptado para se fazerem os pavimentos pós-tipo.
  • 39. CAPÍTULO4 39 Uma vez definida a quebra e o plano de ataque, cada parcela a ser executada pode ser avaliada em termos da quantidade de serviço demandada (área de fôrmas, massa de armadura e volume de concreto), bem como quanto às características de tais par- tes que influenciam a produtividade. Neste manual, ilustra-se o cálculo da quan- tidade de material e de mão de obra para a montagem da fôrma do pavimento tipo. Para os demais serviços e partes da estrutu- ra, o processo é semelhante. 4.5 QUANTIDADE E FATORES POR PARTE A partir dos projetos de fôrma do pavimen- to tipo podem ser feitas a quantificação da fôrma e a obtenção dos fatores. Para a quantificação, deve ser calculado o m² de fôrma correspondente a todas as superfí- cies do pavimento (pilares, vigas e lajes). As características que influenciam na produti- vidade da “montagem de fôrma” são a mé- dia das áreas de seção dos pilares e a média das áreas de laje. Seguem, na Tabela 3, os resultados separados por componente (pi- lar, viga ou laje) da estrutura. Tabela 3. Resultados do levantamento para pilares, vigas e lajes para um andar tipo Parte da estrutura Componente Área de fôrma levan- tada por andar (m²) Média das áreas de seção dos pilares (m²) Média das áreas das lajes (m²) Tipo Pilar 231,6 0,22 Viga 191,9 Laje 337,8 16,89 Total 761,3 Neste manual, ilustra-se o cálculo da quantidade de material e de mão de obra para a montagem da fôrma do pavimento tipo. Para os demais serviços e partes da estrutura, o processo é semelhante.
  • 40. CAPÍTULO4 40 Com base nos fatores geométricos mostrados no item 4.5 e nas características do processo discutidas no item 4.2, podem-se escolher as composições adequadas para o caso de mon- tagem de um pavimento tipo no anexo deste 4.6 ESCOLHA DE RUP E CUM E CÁLCULO DA DEMANDA POR MÃO DE OBRA E MATERIAIS documento e, a partir delas, podem-se definir os valores de RUP e CUM a serem adotados para cada parcela da estrutura. ATabela 4 mostra as composições escolhidas. Tabela 4. Fatores e composições adotados Partedaestrutura Componente Fatores por parte SINAPI Chapado molde Seçõespilares eáreaslajes Tipodepé direito Utilizações dafôrma Escoramento deviga Tipodelaje Composição montagem3 Tipo Pilar Plastificada < 0,25 m² Simples 10 23 Viga Garfo 60 Laje < 20 m² Maciça 153 3 - Os valores indicados referem-se ao número das composições indicadas nas tabelas do anexo. Os valores de RUP e CUM são extraídos, en- tão, de tais composições. A quantidade de esforço de mão-de-obra demandada, expresso em Hh, é obtida pela multiplicação da RUP pela quantidade de serviço. A Tabela 5 reúne tanto as RUPs ado- tadas quanto os Hh calculados para a par- cela referente a cada tipo de componente da estrutura. Tabela 5. RUPs e H.h calculados para pavimento tipo Parte da estrutura Compo- nente QS/parcela (m²) RUP (H.h/m²) H.h calculado Carpinteiro Ajudante Carpinteiro Ajudante Tipo Pilar 231,6 0,87 0,16 201,0 36,9 Viga 191,9 0,82 0,15 156,9 28,8 Laje 337,8 0,45 0,08 152,2 27,9 Total 761,3 510,1 93,6
  • 41. CAPÍTULO4 41 A quantidade de material necessária é deter­minada pela multiplicação do CUM, adotado para uma determinada parcela da estrutura, pela quan­tidade de serviço a ser executado nela. As Tabelas 6 e 7 registram, respectivamente, os CUMs e a quantidade de material para cada parcela da estrutura. Tabela 6. CUMs adotados por parcela Componente QS/parcela(m²) CUMs para montagem de fôrma em um pavimento tipo FabricaçãoFôrma Prego Tábua Desmoldante Aprumador VigaSanduíche Barradeancoragem Escorasmetálicas VigaH20 m²/m² kg/m² m/m² L/m² mês/m² mês/m² mês/m² m/m² m/m² Pilar 231,6 0,11 0,02 0,0035 0,2 0,39 0,79 Viga 191,9 0,17 0,05 0,33 0,0035 Laje 337,8 0,14 0,0035 0,4 0,03 Tabela 7. Quantidades de material para a parcela Componente QS/parcela(m²) Quantidade de material para montagem de fôrma em um pavimento tipo FabricaçãoFôrma Prego Tábua Desmoldante Aprumador VigaSanduíche Barradeancoragem Escorasmetálicas VigaH20 m² kg m L mês mês mês m m Pilar 231,6 24,3 4,5 0,8 45,5 91 181,9 Viga 191,9 31,8 9,5 63 0,7 Laje 337,8 46,1 1,2 134 10,2 Para se chegar ao consumo de material total para os andares tipo é necessário multiplicar os valores calculados pelo número de usos previstos na composição do SINAPI (no estudo de caso seriam 10 usos).
  • 42. CAPÍTULO4 42 Para o dimensionamento das equipes, é necessário “ajustar” a demanda por mão de obra calculada, retirando desta a perda de eficiência decorrente de imprevistos. Assim, é necessário descontar um fator “delta” da RUP cumulativa adotada, obtendo-se o valor de RUP potencial, adequado para o dimen- sionamento da mão de obra. 4.7 DIMENSIONAMENTO DAS EQUIPES Neste estudo será adotado “delta” = 30% para o serviço de fôrmas, mas se recomenda que cada gestor realize estudos para identifi- car valores mais bem contextualizados à rea- lidade de sua obra. Na Tabela 8 são apresen- tados os H.h cumulativos e potenciais para o estudo de caso. Tabela 8. Cálculo do H.h“potencial”para montagem de fôrmas no pavimento tipo Parte da estrutura Região H.h cumulativo Delta (%) H.h potencial Carpinteiro Ajudante Carpinteiro Ajudante Tipo Pilar 201,0 36,9 30% 140,7 25,9 Viga 156,9 28,8 109,8 20,2 Laje 152,2 27,9 106,5 19,5 Total 510,1 93,6 357,1 65,5 Tendo-se o Hh potencial para cada parte da estrutura e sabendo-se o tempo disponível para sua execução, pode-se calcular o núme- ro de operários necessários para o serviço. Para exemplificar como implementar esse ra- ciocínio, veja-se o caso do serviço de fôrmas do andar tipo. Essa atividade demanda (vide Tabela 8) 357,1 Hh de carpinteiro. Supondo- -se que cada dia tenha em média 8,8 horas, em 1 mês de trabalho de 22 dias, isso signifi- caria a disponibilidade de 193,6 horas. A divi- são dos Hh demandados pelas horas dispo- níveis leva à definição da equipe necessária. Na Tabela 9, mostram-se as equipes necessá- rias para três diferentes prazos (ou velocida- des) de execução por pavimento. Tabela 9. Tamanho de equipes de carpinteiros sugeridas para a execução das fôrmas dos andares tipo Ciclo referencial Pavimento tipo (A) Demanda por car- pinteiro para mon- tagem de fôrma (B) H.h total mensal (C=A x B) Horas de tra- balho de um funcionário por mês (D) Carpinteiros na equipe (H = C/D) 2 pavimentos por mês 357,1 714,2 193,6 4 3 pavimentos por mês 1.071,2 6 4 pavimentos por mês 1.428,3 8
  • 43. CAPÍTULO4 43 Dentre os diversos caminhos para motivar os operários, a premiação por um desempenho “elogiável”, que permita que a maior eficiên- cia no serviço, além de lucros para o empre- sário, possa trazer também uma remuneração adicional para o funcionário, é muitas vezes sugerida. Dentro desse contexto, para se ter justiça nas premiações, há que se ter clareza sobre o que são uma boa e uma má eficiência. Propõe-se aqui o uso da RUPcum como referência para um desempenho normal, 4.8 PLANO DE PREMIAÇÃO na medida em que esta reúne períodos tanto de boas quanto de más eficiências. E o ganho de eficiência (a ser atribuído aos operários) seria calculado através da comparação do Hh referencial (calculado pela multiplicação da RUP cumulativa pela quantidade de serviço a ser realizada) com o Hh realizado (que seria a medição do Hh realmente gasto). Os operários compartilhariam o Hh economi- zado, calculado conforme mostra a Figura 20. H.hEconomizado = H.hreferencial – H.hrealizado (desde que H.hEconomizado ≥ 0) Figura 20. Cálculo do H.h economizado A seguir, na Tabela 10, será apresentado exemplo de cálculo do Hh economizado para o serviço de fôrmas em um pavimento tipo do estudo de caso. O Hh referencial foi buscado na Tabela 5 (onde foi calculado multiplicando-se a RUP- cum pela quantidade de serviço). O Hh rea- lizado foi determinado considerando-se a equipe e o prazo realmente ocorridos (consi- derou-se que seis homens trabalharam oito dias para fazer o serviço em análise, traba- lhando uma média de 8,8 horas por dia). A Tabela 10 reúne os valores analisados, mos- trando a existência de razão para a premia- ção (existência de Hh economizado positi- vo), sendo que 87,7 horas seriam distribuídas para a equipe de carpinteiros. Tabela 10. Cálculo Horas Prêmio Fôrma (montagem) Equipe contratada (A) 6 Dias trabalhados no pavimento (B) 8 Horas trabalhadas por dia (C) 8,8 H.h realizado (D = A x B x C) 422,4 H.h referencial adotado (E) 510,1 Hh economizado (F=E-D) 87,7 Resultado (se F>0 há prêmio; se F<=0 não há prêmio) Há prêmio
  • 44. CAPÍTULO4 44 De posse das quantidades de material e de Hh para a execução de cada serviço (ou da es- trutura como um todo), podem-se calcular os 4.9 CUSTOS DIRETOS DA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA custos diretos, multiplicando-se as quantida- des físicas pelos preços unitários dos recursos (insumos materiais ou horas de trabalho). R$gasto com mão de obra = R$ H.h X H.h R$gasto com material = R$ Qmaterial X Qmaterial Figura 21. Conta genérica para cálculo do custo direto Uma vez que as demandas por materiais e mão de obra já foram estimadas nos itens anteriores, é necessário apenas o valor pago pelos insumos para se efetuarem os cálculos supracitados. Tais preços unitá- rios podem ser levantados pelas empre- sas a qualquer momento. Como referên- cia para este estudo, adotaram-se valores também presentes no sistema do SINAPI, que fornece, com atualização mensal, va- lores para as 27 capitais brasileiras. A Ta- bela 11 reúne alguns exemplos de valores para dezembro de 2016 para a cidade de Brasília. Tais valores foram utilizados para definição de custos que aparecerão nos resultados finais. Tabela 11. Exemplo de composições e insumos - valores para Distrito Federal em dez/16 Tipo Código Sinapi Item detalhado Un. Custo Composição 88262 Carpinteiro de fôrmas com encargos com- plementares; h R$ 17,26 Composição 88309 Pedreiro com encargos complementares h R$ 17,36 Composição 88316 Servente com encargos complementares h R$ 12,80 Insumo 90586 Vibrador de imersão, diâmetro de ponteira 45 mm, motor elétrico trifásico potência de 2 cv - CHP diurno CHP R$ 1,89 Insumo 90587 Vibrador de imersão, diâmetro de ponteira 45 mm, motor elétrico trifásico potência de 2 cv - CHI diurno CHP R$ 1,23 Insumo 39849 Concreto usinado bombeável, classe de resistência C20, com brita 0 e 1, slump = 190 +/- 20 mm, inclui serviço de bombea- mento (NBR 8953) m³ R$ 268,56 Insumo 34493 Concreto usinado bombeável, classe de resistência C25, com brita 0 e 1, slump = 100 +/- 20 mm, exclui serviço de bombea- mento (NBR 8953) m³ R$ 227,71
  • 45. CAPÍTULO4 45 As Tabelas 12 a 15 reúnem alguns indi- cadores (demandas por unidade exe- cutada) que foram calculados para este estudo de caso. Tais indicadores, como 4.10 RESULTADOS será mostrado no próximo item, podem ser boas referências para estimativas rá- pidas utilizáveis na gestão da produção de novas obras. Tabela 12. Indicadores de quantidade de serviço Região Serviço por m² construído Serviço por m³ de estrutura Concretagem (m³) Fôrma (m²) Armação (kg) Fôrma (m²) Armação (kg) Pré-tipo 0,22 2,02 27,74 9,39 128,81 Tipo 0,19 1,92 15,15 9,9 78,25 Pós-tipo 0,51 6,46 97,68 12,6 190,42 Periferia 0,17 1,78 15,31 10,4 89,56 Obra 0,20 2,06 20,66 10,1 101,16 Tabela 13. Indicadores de consumo de material (com consideração de perdas e reutilizações) Região Material por m² construído Material por m³ de estrutura Concretagem (m³) Fôrma (m²) Armação (kg) Fôrma (m²) Armação (kg) Pré-tipo 0,24 0,6 30,67 2,80 142,39 Tipo 0,21 0,31 16,38 1,59 84,61 Pós-tipo 0,57 1,26 105,73 2,45 206,10 Periferia 0,19 0,56 16,95 3,26 99,14 Obra 0,23 0,46 22,57 2,24 110,51 Tabela 14. Indicadores de demanda por mão de obra Região Mão de obra por m² construído Mão de obra por m³ de estrutura Concre- tagem Fôrma Arma- ção Total Concre- tagem Fôrma Arma- ção Total (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) (Hh) Pré-tipo 0,3 2,5 2,8 5,6 1,3 11,4 13,1 25,8 Tipo 0,3 1,8 2,5 4,5 1,4 9,1 12,8 23,3 Pós-tipo 0,7 7,1 17,2 25 1,3 13,9 33,6 48,8 Periferia 0,2 2,1 1,9 4,2 1,3 12,4 11,1 24,8 Obra 0,3 2,2 2,9 5,4 1,3 10,6 14,4 26,3
  • 46. CAPÍTULO4 46 Tabela 15. Indicadores de custo (R$) direto Região R$/m² construído R$/m³ de estrutura Mão de obra Material Total Mão de obra Material Total Pré-tipo 92,8 215,4 308,3 431,1 1000,3 1431,3 Tipo 75,4 143,5 218,9 389,4 741,3 1130,7 Pós-tipo 419,7 685,4 1105,2 818,2 1336,2 2154,4 Periferia 70,9 142,8 213,7 415,0 835,6 1250,6 Obra 89,9 177,0 266,9 440,0 866,9 1307,0 Apresentam-se,aseguir,comoformadeexem- plificação do uso dos indicadores mostrados no item 4.10, respostas às possíveis questões citadas no início deste manual (item 1). 4.11 UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DO ESTUDO DE CASO O caso a ser analisado seria o de uma nova obra com produto, área construída e prazos conforme indicado na Figura 22. Área total construída de 5.000 m2 Prazo total da obra: Pós-tipo: • 2 pavimentos • 2 semanas/pav. Tipo: • 10 pavimentos • 1 semana/pav. Térreo: • 1 pavimento • 2 semanas/pav. Subsolos: • 2 pavimentos • 3 semanas/pav. 22 semanas × 44 horas/semana = 968 horas Figura 22. Nova obra a ser analisada para conceber a organização do trabalho
  • 47. CAPÍTULO4 47 A Figura 23 mostra o uso de indicadores do estudo de caso (Tabela 15) para o cálculo do R$ de custo direto envolvido na execução da estrutura de tal obra. 5.000 m2 construídos da obra MATERIAIS MÃO DE OBRA 177,0 R$/m2 de material 89,9 R$/m2 de mão de obra R$ 885.000,00 R$ 449.500,00 R$ 1.334.500,00 (custo direto ECA) Figura 23. Cálculo do custo direto da estrutura da obra 4.11.1 QUANTO VOU GASTAR? 4.11.2 QUANTOS M2 DE SERVIÇO DE FÔRMAS EU TEREI DE EXECUTAR? A multiplicação do indicador relativo à quantidade de serviço por m² construído (Tabela 12) pela área total construída leva à resposta da questão formulada, conforme apresentado na Figura 24. 2.06 m2 /m2 Indicador teóricox 5.000 m2 10.300 m2 Figura 24. Estimativa da quantidade de serviço de fôrmas a ser executada
  • 48. CAPÍTULO4 48 0,46 m2 /m2 Indicador com perdas e reutilizações x 5.000 m2 2.300 m2 Figura 25. Estimativa da quantidade de fôrma a ser comprada para a obra 4.11.4 QUAL O NÚMERO MÉDIO DE OPERÁRIOS DE QUE NECESSITAREI PARA EXECUTAR O SERVIÇO DE ESTRUTURAS DESSA OBRA? A multiplicação do indicador relativo à demanda por mão de obra por m² cons- truído pela área total de construção leva à demanda total por mão de obra da obra. Dividindo-se esse valor por 968 h (horas trabalhadas no prazo da obra adotado), chega-se à equipe “cumulativa” para a obra. Para se definir o valor potencial da equipe, é necessário reduzir o valor cumu- lativo pela subtração do “delta” cabível ao serviço. Os cálculos feitos estão mostrados na Figura 26. 5,4 Hh/m2 Indicador de mão de obra 28 H Valor cumulativo (descontar Delta RUP) 20 H Menos 30% (delta) Equipe a adotar (potencial) × 5.000 m2 27.000 H h Prazo da estrutura: 22 semanas × 44 h/semana 968h ÷ 968 h 27,22 H Figura 26. Estimativa do número médio de operários para execução da estrutura 4.11.3 QUANTOS M2 DE CHAPA DE COMPENSADO TEREI DE COMPRAR? Amultiplicaçãodoindicadorrelativoaoconsu- mo de materiais por m² construí­do (Tabela 13) pela área total construída responde à questão, conforme mostrado na Figura 25.
  • 49. CAPÍTULO4 49 4.11.5 SERIA JUSTO DAR UMA PREMIAÇÃO À EQUIPE DE FÔRMAS QUE EXECUTOU O PAVIMENTO TIPO? A avaliação do desempenho da equipe se dará a partir da comparação da demanda por mão de obra referencial (calculada pela multiplicação do indicador de consumo de mão de obra do pavimento tipo pela sua área construída) com o desempenho afe- rido em obra (no caso, considerou-se uma equipe de 12 homens trabalhando 44 horas no ciclo). Os resultados são apresentados na Figura 27. × 350 m2 630 H h Referencial Realizado H.h economizado H.heconomizado = 630H.h – 528Hh = 102Hh Horas na semana Área pavimento tipo 5,4 Hh2 /m2 Indicador de consumo de mão de obra do pavimento tipo (Tabela 14) Equipe real 12 H × 44h = 528 Hh Figura 27. Avaliação de prêmio para pavimento tipo Como o Hh realizado foi maior que o Hh re- ferencial, há prêmio; neste caso, seriam divi- didas 102 horas de pagamento pela equipe de fôrmas. Para se definir o valor potencial da equipe, é necessário reduzir o valor cumulativo pela subtração do “delta” cabível ao serviço.
  • 50.
  • 51. 5. ESTUDO DE CASO 2 EDIFÍCIO COM ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES DE CONCRETO, MOLDADAS IN LOCO COM O USO DE FÔRMAS MANUSEÁVEIS DE ALUMÍNIO
  • 52. CAPÍTULO5 52 Neste estudo de caso, escolheu-se um edifício com estrutura em paredes e lajes de concre- to, moldadas in loco (com uso de fôrmas ma- nuseáveis de alumínio), para a aplicação do método. Indicam-se, a seguir, todos os passos 5. ESTUDO DE CASO 2 – EDIFÍCIO COM ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES DE CONCRETO, MOLDADAS IN LOCO COM O USO DE FÔRMAS MANUSEÁVEIS DE ALUMÍNIO de aplicação a este caso. Como no estudo de caso anterior, neste manual básico algumas simplificações serão feitas na descrição, mas a discussão completa poderá ser vista no rela- tório disponibilizado no site da CBIC4 . 4 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt Com os projetos de arquitetura e estrutura (Figura 28), é possível caracterizar o produto sen- do analisado. Quanto ao processo construtivo a ser adota- do, o gestor tomará decisões sobre o cami- nho que será adotado na obra. A Figura 29 5.1 INFORMAÇÕES SOBRE O PRODUTO 5.2 INFORMAÇÕES SOBRE O PROCESSO Figura 28. Os projetos do produto mostra as questões e respostas relativas à ca- racterização do processo a ser adotado neste estudo de caso.
  • 53. CAPÍTULO5 53 A Figura 30 mostra, esquematicamente, a percepção de que este edifício é composto pelo corpo do edifício (5 pavimentos de es- As Figuras 31 e 32 mostram três possibilidades de “ataque” para a execução da estrutura, as quais levam a variação na quantidade de fôr- ma a ser comprada: um pavimento completo (a); ½ pavimento (b); ou ¼ de pavimento (c). 5.3 VISÃO ANALÍTICA DO PRODUTO 5.4 DEFINIÇÃO DO PLANO DE ATAQUE trutura similar = térreo + 4 pavimentos tipo) e pela platibanda. Portanto, neste estudo será considerada a“quebra”em duas regiões. Para a definição dos prazos, foi considerado ciclo de um dia por“parte”, conforme mostra- do na Figura 32. • Sistema de transporte de concreto ► com bomba • Fornecimento de aço ► em telas (em geral, para paredes e lajes) e barras (reforços) • Especificações do molde da fôrma ► fôrmas manuseáveis de alumínio Figura 29. Decisões sobre o processo construtivo a ser adotado Platibanda 4 Tipos Pavimentos da torre Térreo Figura 30. Divisão da estrutura do edifício em“partes” a) Fôrma para 1 pavimento b) Fôrma para ½ pavimento c) Fôrma para ¼ pavimento Figura 31. Divisão da estrutura do pavimento tipo em“partes”
  • 54. CAPÍTULO5 54 Prazo total: 5 dias úteis Prazo total: 10 dias úteis Prazo total: 15 dias úteis Figura 32. Cortes esquemáticos com o momento de execução de cada trecho (ciclo de 1 dia) Na alternativa“a”, um gestor poderia ter deci- dido comprar o jogo completo de fôrmas de um andar, totalizando cinco repetições em todos os pavimentos. Tal postura pode levar a uma demanda mais elevada por fôrmas para o empreendimento. Nas alternativas “b” e “c”, há uma otimização no uso da fôrma, mas um proporcional au- mento de prazo por torre, utilizando-se o mesmo jogo de fôrma para cada uma das “partes”da estrutura. Cabe ao gestor avaliar a viabilidade de cada solução, considerando as características do produto (simetrias entre as paredes dos apartamentos) e do processo (disponibili- dade de mão de obra e microplanejamento da estrutura adotado). Neste estudo de caso, será adotada a postura da alternativa“b”, que tem sido considerada por muitos gestores. Uma vez definidos a quebra e o plano de ata- que, cada parcela a ser executada pode ser avaliada em termos da quantidade de ser- viço demandada (área de fôrmas, massa de armadura e volume de concreto), bem como quanto às características de tais partes que influenciam a produtividade. Neste manual se propõe o cálculo da quan- tidade de material e de mão de obra para a montagem da fôrma de um pavimento tipo. Para os demais serviços e partes da estrutu- ra, o processo é semelhante. A partir dos projetos de fôrma do pavi- mento tipo podem ser realizadas a quanti- 5.5 QUANTIDADE E FATORES POR PARTE ficação da fôrma e a obtenção dos fatores. Para a quantificação, deve ser calculado o m² de fôrma correspondente a todas as superfícies do pavimento (paredes e lajes). As características que influenciam na pro- dutividade da “montagem de fôrma” são o tipo de edifício (térreo ou de múltiplos pavimentos) e a posição do componente de fôrma, que pode ser de parede (plati- banda, interna, fachada com vãos, fachada sem vãos ou fachada com varanda) ou de laje. Seguem, na Tabela 16, os resultados da quantificação separados por compo- nente (parede ou laje) e a posição deste. A partir dos projetos de fôrma do pavimento tipo podem ser realizadas a quantificação da fôrma e a obtenção dos fatores.
  • 55. CAPÍTULO5 55 Com base nos fatores geométricos mostrados no item 5.5 e nas características do processo discutidas no item 5.2, podem-se escolher as composições adequadas para o caso de mon- tagem de fôrma de um pavimento tipo no 5.6 ESCOLHA DE RUP E CUM E CÁLCULO DA DEMANDA POR MÃO DE OBRA E MATERIAIS anexo deste documento e, a partir delas, po- dem-se definir os valores de RUP e CUM a se- rem adotados para cada parcela da estrutura. ATabela 17 mostra as composições escolhidas. Tabela 16. Resultados do levantamento de quantidades para paredes e lajes para um andar tipo “Parte”da estrutura Componente Posição Área de fôrma levantada por andar (m²) Tipo Parede Parede interna 658,8 m² Pano de fachada com vãos 157,6 m² Pano de fachada sem vãos 31,2 m² Pano de fachada com varanda 0,0 m² Laje Qualquer 174,7 m² Total 1022,3 m² Tabela 17. Fatores e composições adotados Parte da estrutura Componente Fatores Anexo Posição Tipo de edifício Composição adotada Tipo Parede Parede interna Múltiplos pavimentos 2 Panos de fachada com vãos 4 Panos de fachada sem vãos 5 Panos de fachada com varanda 6 Laje Qualquer 3 Os valores de RUP e CUM são extraídos, en- tão, de tais composições. A quantidade de esforço de mão de obra demandada, expresso em Hh, é obtida pela multiplicação da RUP pela quantidade de serviço. ATabela 18 reúne tanto as RUPs ado- tadas quanto os Hh calculados para a parcela referente a cada tipo de componente (e sua posição) da estrutura.
  • 56. CAPÍTULO5 56 Tabela 18. RUPs e H.h calculados para pavimento tipo Parte da estrutura Componente Posição QS(m²)/ parcela RUP (H.h/m²) H.h calculado Carpinteiro Ajudante Carpinteiro Ajudante Tipo Parede Parede interna 658,8 0,40 0,28 260,5 184,5 Panos de fachada com vãos 157,6 0,35 0,25 55,2 39,4 Panos de fachada sem vãos 31,2 0,31 0,23 9,7 7,2 Panos de fachada com varanda 0,0 0,39 0,28 0,0 0,0 Laje Qualquer 174,7 0,51 0,36 89,1 62,9 Totais 414,5 298,5 A quantidade de material necessária é deter­minada pela multiplicação do CUM, adotado para uma determinada parcela da estrutura, pela quan­tidade de serviço a ser executado nela. ATabela 19 registra os CUMs e as quantidades de material para cada parcela da estrutura. Tabela 19. CUMs e QMs adotados para a parcela Parte da estrutura Região Característica QS(m²)/ parcela Consumos unitários de material Quantidade de material Des- mol- dante Fôrma Des- mol- dante Fôrma5 L/m² m²/m² L m² Tipo Parede Parede interna 658,8 0,03 0,0028 19,8 1,8 Panos de facha- da com vãos 157,6 0,03 0,0028 4,7 0,4 Panos de facha- da sem vãos 31,2 0,03 0,0028 0,9 0,1 Panos de facha- da com varanda 0,0 0,03 0,0028 0,0 0,00 Laje Qualquer 174,7 0,03 0,0028 5,2 0,5 Total 30,6 2,8 5 - Note-se que a quantidade de material de fôrma indicada leva em conta um número de utilizações bastante elevado das fôrmas (da ordem de 400 utilizações), não se referindo à quantidade a ser adquirida (já tratada no item 5.4), mas sim a um consumo“equi- valente”do material, dada a situação de uma empresa que usará continuamente o sistema de fôrmas.
  • 57. CAPÍTULO5 57 Para o dimensionamento das equipes, é necessário “ajustar” a demanda por mão de obra calculada, retirando desta a perda de eficiência decorrente de imprevistos. Assim, é necessário descontar um fator “delta” da RUP cumulativa adotada, obtendo-se o valor de RUP potencial, adequado para o dimen- sionamento da mão de obra. 5.7 DIMENSIONAMENTO DAS EQUIPES Nesse estudo será adotado “delta” = 30% para o serviço de fôrmas, mas se recomen- da que cada gestor realize estudos para identificar valores mais bem contextualiza- dos à realidade de sua obra. Na Tabela 20 são apresentados os H.h cumulativos e po- tenciais para o estudo de caso. Tabela 20. Cálculo do H.h“potencial”para montagem de fôrmas no pavimento tipo Parte da estrutura Região Característica H.h cumulativo Delta (%) H.h potencial Carpinteiro Ajudante Carpinteiro Ajudante Tipo Parede Parede interna 260,5 187,6 30% 182,4 131,3 Panos de facha- da com vãos 55,7 40,1 39,0 28,1 Panos de facha- da sem vãos 9,8 7,1 6,8 4,9 Panos de facha- da com varanda 0,0 0,0 0,0 0,0 Laje Qualquer 88,5 63,7 62,0 44,6 Total 414,5 298,5 290,1 208,9 Tendo-se o H.h potencial para cada parcela da estrutura, e sabendo-se o tempo disponível para sua execução, pode-se calcular o núme- ro de operários necessários para o serviço. Para exemplificar como implementar esse ra- ciocínio, veja-se o caso do serviço de fôrmas do andar tipo, cuja atividade demanda (vide Tabela 20) 290,1 H.h de carpinteiro. Supondo-se que cada dia tenha em média 8,8 horas, na Tabela 21, mostram-se as equipes necessárias para três diferentes prazos (ou ve- locidades) de execução por pavimento. Tabela 21. Tamanho de equipes de carpinteiros sugerido para a execução das fôrmas dos andares tipo Ciclo referencial Pavimento tipo (A) (pavimento por dia) Demanda por car- pinteiro para mon- tagem de fôrma de 1 pavimento (B) Horas de tra- balho de um funcionário por dia (C) h disponível no ciclo (D = 1/A x C) Carpinteiros na equipe (H = B/D) ⅟₄ 290,1 8,8 35,2 8 ⅟₂ 17,6 16 1 8,8 32
  • 58. CAPÍTULO5 58 Dentre os diversos caminhos para motivar os operários, a premiação por um desempenho “elogiável”, que permita uma maior eficiência no serviço, além de lucros para o empresário, e que possa trazer também uma remunera- ção adicional para o mesmo, é muitas vezes sugerida. Dentro desse contexto, para se ter justiça nas premiações, há que se ter clareza sobre o que são uma boa e uma má eficiência. Propõe-se aqui o uso da RUPcum como re- ferência para um desempenho normal, na 5.8 PLANO DE PREMIAÇÃO medida em que esta reúne períodos de boas e de más eficiências. E o ganho de eficiência (a ser atribuído aos operários) seria calcula- do através da comparação do Hh referencial (calculado pela multiplicação da RUP cumu- lativa pela quantidade de serviço a ser reali- zada) com o Hh realizado (que seria a medi- ção do Hh realmente gasto). Os operários compartilhariam os Hh eco- nomizados, calculados conforme mostra a Figura 33. H.hEconomizado = H.hreferencial – H.hrealizado (sempre H.hEconomizado ≥ 0) Figura 33. Cálculo do Hh economizado A seguir, na Tabela 22, será apresentado exemplo de cálculo do Hh economizado para o serviço de fôrmas em um pavimento tipo do estudo de caso. O Hh referencial foi buscado naTabela 18 (em que foi calculado através da multiplicação da RUPcum pela quantidade de serviço). O Hh realizado foi determinado considerando-se a equipe e o prazo realmente ocorridos (con- siderou-se que 16 homens trabalharam dois dias úteis para fazer a fôrma de um pavimento completo, trabalhando uma média de 8,8 ho- ras por dia). A Tabela 22 reúne os valores ana- lisados, mostrando a existência de razão para a premiação (existência de Hh economizado positivo), sendo que 132,9 horas seriam distri- buídas para a equipe de carpinteiros. Tabela 22. Cálculo Horas Prêmio Fôrma (montagem) Equipe contratada (A) 16 Dias trabalhados no pavimento (B) 2 Horas trabalhadas por dia (C) 8,8 H.h realizado (D = A x B x C) 281,6 H.h referencial adotado (E) 414,5 Horas economizadas (F=E-D) 132,9 Resultado (se F>0 há prêmio; se F<=0 não há prêmio) Há prêmio
  • 59. CAPÍTULO5 59 De posse das quantidades de material e de Hh para a execução de cada serviço (ou da estrutura como um todo), podem- -se calcular os custos diretos multiplican- As Tabelas 23 a 25 reúnem alguns indi- cadores (demandas por unidade exe- cutada) que foram calculados para este estudo de caso. Tais indicadores, como 5.9 CUSTOS DIRETOS DA EXECUÇÃO DA ESTRUTURA 5.10 RESULTADOS do-se as quantidades físicas pelos preços unitários dos recursos (insumos materiais ou horas de trabalho), conforme mostra- do na Figura 34. será mostrado no próximo item, podem ser boas referências para estimativas rá- pidas utilizáveis na gestão da produção de novas obras. R$gasto com mão de obra = R$ H.h X H.h R$gasto com material = R$ Qmaterial X Qmaterial Figura 34. Conta genérica para cálculo do custo direto Uma vez que as demandas por materiais e mão de obra já foram estimadas nos itens anteriores, é necessário apenas o valor pago pelos insumos para se efetuarem os cálculos supracitados. Tais preços unitários podem ser levantados pelas empresas a qualquer momento; como referência para este estudo, adotaram-se valores também presentes no sistema do SINAPI, que fornece, com atuali- zação mensal, tais valores para as 27 capitais brasileiras. A Tabela 11, mostrada anterior- mente no capítulo 4, reúne alguns exemplos de valores para dezembro de 2016 para a ci- dade de Brasília. Tais valores foram utilizados para definição de custos que aparecerão nos resultados finais. Tabela 23. Indicadores de quantidade de serviço teórico Região Serviço por m² construído Serviço por m³ de estrutura Concretagem (m³) Fôrma (m²) Armação (kg) Fôrma (m²) Armação (kg) Obra 0,33 5,45 6,78 16,52 20,53 Tabela 24. Indicadores de consumo de material (com consideração de perdas e reutilizações) Região Material por m² construído Material por m³ de estrutura Concreta- gem (m³) Fôrma (m²) Armação (kg) Concreta- gem (m³) Fôrma (m²) Armação (kg) Obra 0,36 0,02 9,39 1,09 0,046 28,43
  • 60. CAPÍTULO5 60 Tabela 25. Indicadores de demanda por mão de obra Região Mão de obra (Hh) Por m² construído Por m³ de estrutura Fôrma 3,8 11,4 Armação 0,6 1,8 Concreto 0,5 1,6 Geral 4,9 14,9 Tabela 26. Indicadores de custo (R$) direto Serviço R$/m² construído R$/m³ de estrutura Mão de obra Material Total Mão de obra Material Total Fôrma 58,1 20,5 78,6 176,1 62,1 238,2 Armação 9,8 41,7 51,5 29,6 126,3 156,0 Concreto 8,1 96,8 104,9 24,6 293,2 317,8 Geral 76,0 159,0 235,0 230,3 481,6 711,9 Apresentam-se,aseguir,comoformadeexem- plificação do uso dos indicadores mostrados no item 5.10, respostas às possíveis questões citadas no início deste manual (item 1). 5.11 UTILIZAÇÃO DOS INDICADORES DO ESTUDO DE CASO O caso a ser analisado seria o de uma nova obra com produto, área construída e prazos conforme indicado na Figura 35. Platibanda Prazo: 1 dia 4 Tipos Pavimentos da torre Prazo: 1 dia por parcela (2 parcelas por andar) Térreo Área total construída de 1.000 m2 Prazo total: 11 semanas × 8,8 horas/dia = 96,8 horas Figura 35. Nova obra a ser analisada para conceber a organização do trabalho
  • 61. CAPÍTULO5 61 5.11.1 QUANTO VOU GASTAR? 5.11.2 QUANTOSM2 DESERVIÇODEFÔRMASEUTEREIDEEXECUTAR? A Figura 36 mostra o uso de indicadores do estudo de caso para o cálculo dos R$ de custo direto envolvidos em tal obra. A multiplicação do indicador relativo à quantidade de serviço por m² construído (Tabela 23) pela área total construída leva 1.000 m2 construídos da obra MATERIAIS MÃO DE OBRA 159,0 R$/m2 de material 76,0 R$/m2 de mão de obra R$ 159.000,00 R$ 76.000,00 R$ 235.000,00 (custo direto ECA) Figura 36. Cálculo do custo direto da estrutura da obra à resposta da questão formulada, conforme mostrado na Figura 37. 5.45 m2 /m2 Indicador teóricox 1.000 m2 5.450 m2 Figura 37. Estimativa da quantidade de serviço de fôrmas a ser executado
  • 62. CAPÍTULO5 62 5.11.4 QUAL O NÚMERO MÉDIO DE OPERÁRIOS DE QUE NECESSITAREI PARA EXECUTAR O SERVIÇO DE ESTRUTURAS DESTA OBRA? A multiplicação do indicador relativo à deman- da por mão de obra por m² construído pela área total de construção leva à demanda total pormãodeobradaobra.Dividindo-seesseva- lor por 96,8 h (horas trabalhadas no prazo da obra adotado), chega-se à equipe“cumulativa” para a obra. Para se definir o valor potencial da equipe, é necessário reduzir o valor anterior pela subtração do“delta”cabível ao serviço. Os cálculos feitos estão mostrados na Figura 39. 4,9 Hh/m2 Indicador de mão de obra (Tabela 25) 51 H Valor cumulativo (descontar Delta RUP) 35 H Menos 30% Equipe a adotar (potencial) × 1.000 m2 4.900 H h Prazo da estrutura: 11 dias × 8,8 h/dia 96,8h ÷ 96.8 h 50,6 H Figura 39. Estimativa do número médio de operários para estrutura 5.11.3 QUANTOS M2 DE PAINÉIS DEVO DISPONIBILIZAR? Em função da discussão feita no item 5.4, no exemplo citado se iriam disponibilizar pai- néis em quantidade equivalente a ½ pavi- mento, conforme cálculo da Figura 38. 1022,3 m2 fôrma pavimento 511,1 m2 painéis a serem disponibilizados pavimento comprado× 1 2 Figura 38. Estimativa da quantidade de fôrma a ser comprada para cada frente de trabalho na obra
  • 63. CAPÍTULO5 63 5.11.5 SERIA JUSTO DAR UMA PREMIAÇÃO À EQUIPE QUE EXECUTOU O PAVIMENTO TIPO? A avaliação do desempenho da equipe se dará a partir da comparação da demanda por mão de obra referencial (calculada pela multiplicação do indicador de consumo de mão de obra do pavimento tipo pela sua área construída) com o desempenho aferido em obra (no caso, considerou-se uma equipe de 45 homens trabalhando dois dias ou 17,6 horas no ciclo). Os resultados são apresenta- dos na Figura 40. × 200 m2 980 Hh Referencial Realizado H.h economizado H.heconomizado = 980H.h – 792Hh = 188Hh Horas na semana Área pavimento tipo 4,9 Hh2 /m2 Indicador de consumo de mão de obra do pavimento tipo Equipe 45 H × 17,6h = 792 Hh Figura 40. Avaliação de prêmio para pavimento tipo Como o Hh realizado foi maior que o Hh referencial, há prêmio. A equipe da estrutura dividiria horas de pagamento. A avaliação do desempenho da equipe se dará a partir da comparação da demanda por mão de obra referencial com o desempenho aferido em obra.
  • 64.
  • 66. CAPÍTULO6 66 O manual apresenta um método para aju- dar o gestor da execução de estruturas de concreto armado a responder a questões relativas a: custos, demanda por materiais (exemplo: quantidade de compensado, de concreto etc.), demanda por mão de obra (estimativa de Hh), dimensionamento de equipes de trabalho, premiação dos ope- rários por desempenho, duração dos ser- viços etc. 6. UTILIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE MANUAL Para cada um desses“temas”, a execução da es- trutura de concreto pode ser abordada global ou parcialmente. E as visões parciais/específi- cas podem dizer respeito aos diferentes: ser- viços (fôrmas, armação e concretagem), partes (torre ou periferia; tipo ou pós-tipo; etc.), ou re- cursos (mão de obra, materiais, ou reais). A Figura 41 indica o escopo e a abrangência possíveis de serem discutidos com o méto- do proposto. Que tamanho deve ter a equipe? De fôrma ou de armação? • Escopo • Abrangência Global Por serviço Armação Fôrmas Concretagem Por parte Por recurso Parcial Q mão de obra Equipe Equipe Q material R$ Q serviço Prêmio Tipo Pré-tipo Pós-tipo Torre Periferia Material R$ Mão de obra Figura 41. Diferentes escopos e abrangências para a aplicação do método O método pode ser usado de maneira completa (trilhando-se o passo a passo mostrado) ou podem-se utilizar direta- mente os indicadores disponibilizados para os dois tipos de estrutura estuda- dos: convencional ou com paredes e la- jes de concreto moldadas com uso de fôrmas manuseáveis.
  • 67. CAPÍTULO6 67 No caso do uso dos indicadores disponibi- lizados, deve-se observar que eles podem e devem ser adaptados à obra que vai ser analisada. Assim, se o caso em estudo se pa- rece mais com o subsolo do estudo de caso 1, seria conveniente usar os indicadores mais cabíveis a tal parte; se um novo estudo diz respeito a um andar tipo com presen- ça de menos pilares, com seção maior que a do estudo de caso 1, poder-se-iam, por exemplo, adotar RUPs de fôrma e de con- cretagem menores (isto é, melhores) que as indicadas no texto, e assim por diante (ver Figura 42). Minha obra possui uma estrutura “mais plana” que a do estudo de caso 1: Que indicadores adotar? Você pode usar valores de RUP e CUM menores que os propostos para o caso 1 que sejam mais adequados para a sua obra! Figura 42. Adaptação dos indicadores apresentados aos casos reais a serem planejados Enfim, a melhor maneira de utilizar este ma- nual é considerar que ele seja uma referência e um incentivo para que, cada vez mais, sua empresa faça programação e controle de exe- cução de estruturas de concreto armado com base numa paralela gestão da produtividade. Dentro desse contexto, o que se espera mesmo é que se tenha uma melhoria con- tínua da eficiência na produção das estru- turas. E, para isso, recomenda-se a adoção permanente de uma postura do tipo PDCA (ver Figura 43). O método pode ser usado de maneira completa ou podem-se utilizar diretamente os indicadores disponibilizados para os dois tipos de estrutura estudados.
  • 68. CAPÍTULO6 68 Programar Novas ações Implementar Controlar CA DP Vou já organizar nossos operários!Vamos adotar a equipe definida pelo médoto. A RUP está boa, mas eu gostaria de melhorar Vamos dar um prêmio para os operários? Vamos aprimorar o escoramento das vigas? Que RUP adotar? Veja o manual! Figura 43. Implementação de um PDCA suportado pela avaliação contínua da produtividade Um relatório mais extenso (com mais deta- lhes) sobre o trabalho está disponibilizado no site da CBIC6 e, portanto, disponível para os gestores que quiserem se aprofundar no assunto para aprimorar a aplicação do mé- todo na gestão da produção de estruturas de concreto. 6 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt Melhorar a eficiência na produção pode sig- nificar mais qualidade e segurança no traba- lho, além de proporcionar mais satisfação e remuneração para as pessoas que trabalham com estruturas de concreto. Nesse contexto, balizar suas decisões no conhecimento da produtividade pode fazer muita diferença. Ciclo RUP Pav. 1 Pav. 2 ...
  • 70.
  • 72. BIBLIOGRAFIACONSULTADA 72 PROF. DR. UBIRACI ESPINELLI LEMES DE SOUZA: • SOUZA, Ubiraci E. Lemes de. Como Aumentar a Eficiência da Mão-de-obra. 1ª Edição. Pini, 2006. 100p. • SOUZA, Ubiraci E. Lemes de. Como Reduzir Perdas nos Canteiros. Pini, 2005. 128p. SINAPI: • SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos técnicos de composições para Armação de Estruturas de Concreto Armado. Lote 1. Versão 002. Vigência 12/2015. Última atualização: 10/2016. 201p. • SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos técnicos de composições para Concretagem para Estruturas de Concreto Armado. Lote 1. Ver- são 001. Vigência 12/2015. Última atualização: 12/2015. 100p. • SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos técnicos de composições para Fôrmas para Estruturas de Concreto Armado. Lote 1. Versão 005. Vigência 12/2015. Última atualização: 09/2016. 479p. • SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Cadernos técnicos de composições para Paredes e Lajes de Concreto – Armação, concretagem, estuca- mento e fôrmas. Lote 1. Versão 002. Vigência 06/2015. Última atualização: 01/2016. 116p. • SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil). Metodolo- gias e conceitos. Caixa, 2015. 122p. 7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
  • 74.
  • 75. ANEXO
  • 76. ANEXO 76 Os indicadores de produtividade deveriam, idealmente, ser coletados pelas empresas e profissionais do mercado. Não se dispondo de tais indicadores, sugerimos usar os dados disponíveis no Sistema Nacional de Pesqui- sas de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), que apresenta diversas composi- ções de serviços para a execução de fôrmas, armação e concretagem em estruturas con- ANEXO vencionais de concreto armado e estruturas com paredes e lajes maciças de concreto. Na Figura A1 são indicadas as principais combinações e destacadas (em negrito) as composições que serão apresentadas neste anexo. No relatório, disponibilizado no site da CBIC7 , o leitor poderá encontrar o conjun- to completo de composições selecionadas para este estudo. 7 - Website da CBIC: http://cbic.org.br/pagina/publicacoes-cprt Figura A1. Fluxograma indicativo das subdivisões das composições do SINAPI Composições apresentadas considerando 10 usos para o pavimento tipo. ECA Fôrma Montagem Pilar Viga Laje Panos de fachada Parede interna Laje Escoramento Laje Outros elementos Pilar ou viga Laje Diversos Platibanda Parede Laje Platibanda Montagem Fabricação Corte e dobra Montagem Pilar Vigas e lajes Montagem Parede Laje Platibanda Fôrma Armação Armação Concretagem Concretagem Parede
  • 77. ANEXO 77 A1 - EDIFÍCIO COM ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO CONVENCIONAL Nas Tabelas A1 a A3, serão apresentadas com- posições do SINAPI para montagem de fôrmas (pilares, vigas e lajes) apenas para alguns casos. São mostradas apenas aquelas relativas a 10 usos de fôrmas; estas servem para exemplificar o tipo de informação disponível no banco de composições completo e permitem o entendi- mento dos exemplos citados no manual. Tabela A1. Tabela síntese das composições do SINAPI de montagem/desmontagem de fôrmas de pilar (10 utilizações) Item Descrição Coeficiente por item Ajudante(A) Carpint.(B) Fôrma Desmold.(D) Aprumador(E) Viga Sanduíche(F) Barrade ancoragem(G) Prego(H) h/m² h/m² m²/m² L/m² mês/m² mês/m² mês/m² kg/m² 23 Montagem e desmontagem de fôrma de pilares retangulares com área média das seções menor que 0,25 m², pé-direito simples, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,159 0,868 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019 24 Montagem e desmontagem de fôrma de pilares retangulares com área média das seções maior que 0,25 m², pé-direito simples, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,121 0,661 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019 25 Montagem e desmontagem de fôrma de pilares retangulares com área média das seções menor que 0,25 m², pé-direito duplo, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,237 1,295 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019 26 Montagem e desmontagem de fôrma de pilares retangulares com área média das seções maior que 0,25 m², pé-direito duplo, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,199 1,088 0,105 0,004 0,196 0,393 0,785 0,019 LEGENDA A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares; B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares; C = Fabricação de fôrma para pilares, em madeira serrada, e=25 mm; ou fabricação de fôrma para pilares, em chapa de madeira compensada resinada, e = 17 mm; ou fabricação de fôrma para pilares, em chapa de madeira compensada plastificada, e = 18 mm; D = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água; E = Aprumador metálico de pilar, com altura e ângulo reguláveis, extensão de 1,50 a 2,80 m (locação); F = Viga sanduiche metálica vazada para travamento de pilares, dimensões: altura de 8 cm, largura de 6 cm e extensão de 2 m (locação); G = Barra de ancoragem de 0,80 m de extensão, com rosca de 5/8”, incluindo porca e flange (locação); H = Prego de aço polido com cabeça dupla 17 x 27 (2 1/2 x 11). A2. Tabela síntese das composições do SINAPI de montagem/desmontagem de fôrmas de viga
  • 78. ANEXO 78 Item Descrição Coeficiente por item Ajudante(A) Carpint.(B) Fôrma(C) Esc.Mad.(D) Pontalete(E) Garfo(F) Esc.Metál.(G) Cruzeta(H) T.Metálica(I) Vig.Sandu.(J) B.Ancoragem(K) Desmold.(L) Tábua(M) Prego(N) h/m² h/m² m²/m² m/m² m/m² m/m² m/m² mês/m² mês/m² mês/m² mês/m² L/m² m/m² kg/m² 58 Montagem e desmontagem de fôrma de viga, escoramento com garfo de madeira, pé-direito duplo, em chapa de madeira plastificada, 10 utilizações. AF_12/2015 0,222 1,209 0,165 - - 2,075 - - - - - 0,004 0,485 0,049 59 Montagem e desmontagem de fôrma de viga, escoramento metálico, pé-direito duplo, em chapa de madeira plastificada, 10 utilizações. AF_12/2015 0,316 1,720 0,165 - - - - - 0,198 1,739 0,474 0,004 - 0,033 60 Montagem e desmontagem de fôrma de viga, escoramento com garfo de madeira, pé-direito simples, em chapa de madeira plastificada, 10 utilizações. AF_12/2015 0,150 0,817 0,165 - - 1,038 - - - - - 0,004 0,328 0,049 61 Montagem e desmontagem de fôrma de viga, escoramento metálico, pé-direito simples, em chapa de madeira plastificada, 10 utilizações. AF_12/2015 0,237 1,291 0,165 - 0,208 - 1,186 1,186 - 0,356 0,474 0,004 - 0,033 LEGENDA A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares; B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares; C = Fabricação de fôrma para vigas, em madeira serrada, e=25 mm; ou fabricação de fôrma para vigas, em chapa de madeira compensada resinada, e = 17 mm; ou fabricação de fôrma para vigas, em chapa de madeira compensada plastificada, e = 18 mm; D = Fabricação de escoras do tipo pontalete, em madeira; E = Peça de madeira nativa/regional 7,5 x 7,5 cm (3 x 3) não aparelhada (p/fôrma); F = Fabricação de escoras de viga do tipo garfo, em madeira G = Escora metálica telescópica, com altura regulável de 1,80 a 3,20 m, com capacidade de carga de no mínimo 1000 kgf (10 kN), incluindo tripé e forcado (locação); H = Cruzeta para escora metálica (locação); I = Torre metálica completa para uma carga de 8 tf (80 kN) e pé direito de 6 m, incluindo módulos, diagonais, sapatas e forcados (locação) (coletado caixa); J = Viga sanduiche metálica vazada para travamento de pilares, dimensões: altura de 8 cm, largura de 6 cm e extensão de 2 m (locação); K = Barra de ancoragem de 0,80 m de extensão, com rosca de 5/8”, incluindo porca e flange (locação); L = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água; M = Tábua madeira 2A qualidade 2,5 x 20 m (1 x 8”) não aparelhada; N = Prego de aço polido com cabeça dupla 1½ 27 (2 1/2 x 11).
  • 79. ANEXO 79 A3. Tabela síntese das composições do SINAPI de montagem/desmontagem de fôrmas de laje Item Descrição Coeficiente por item Ajudante(A) Carpint.(B) Fôrma(C) Esc.Mad.(D) Esc.Metál.(E) T.Metálica(G) Vig.H20.(G) Cubeta(H) Desmold.(I) Tábua(J) Prego(K) h/m² h/m² m²/m² m/m² mês/m² mês/m² m/m² mês/m² L/m² m/m² kg/m² 151 Montagem e desmontagem de fôrma de laje maciça com área média menor que 20 m², pé-direito duplo, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,137 0,749 0,136 - - 0,050 0,030 - 0,004 - - 152 Montagem e desmontagem de fôrma de laje maciça com área média maior que 20 m², pé-direito duplo, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,128 0,698 0,136 - - 0,050 0,030 - 0,004 - - 153 Montagem e desmontagem de fôrma de laje maciça com área média menor que 20 m², pé-direito simples, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,083 0,451 0,136 - 0,397 - 0,030 - 0,004 - - 154 Montagem e desmontagem de fôrma de laje maciça com área média maior que 20 m², pé-direito simples, em chapa de madeira compensada plastificada, 10 utilizações 0,074 0,403 0,136 - 0,397 - 0,030 - 0,004 - - LEGENDA A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares; B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares; C = Fabricação de fôrma para lajes, em madeira serrada, e=25 mm; ou fabricação de fôrma para lajes, em chapa de madeira compensada resinada, e = 17 mm; ou fabricação de fôrma para lajes, em chapa de madeira compensada plastificada, e = 18 mm; D = Fabricação de escoras do tipo pontalete, em madeira; E = Escora metálica telescópica, com altura regulável de 1,80 a 3,20 m, com capacidade de carga de no mínimo 1000 kgf (10 kN), incluindo tripé e forcado (locação); F = Torre metálica completa para uma carga de 8 tf (80 kN) e pé direito de 6 m, incluindo módulos, diagonais, sapatas e forcados (locação) (coletado caixa); G = Viga de escoramento H20, de madeira, peso de 5,00 a 5,20 kg/m, com extremidades plásticas (coletado caixa). H = Fôrma plástica para laje nervurada, dimensões *60* x *60* x *16* cm (locação); I = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água; J = Tábua madeira 2A qualidade 2,5 x 20,0 cm (1 x 8”) não aparelhada; K = Prego de aço polido com cabeça dupla 17 x 27 (2 1/2 x 11).: altura de 8 cm, largura de 6 cm e extensão de 2 m (locação); K = Barra de ancoragem de 0,80 m de extensão, com rosca de 5/8”, incluindo porca e flange (locação); L = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água; M = Tábua madeira 2A qualidade 2,5 x 20 cm (1 x 8”) não aparelhada; N = Prego de aço polido com cabeça dupla 1½ 27 (2 1/2 x 11).
  • 80. ANEXO 80 A2 - EDIFÍCIO COM ESTRUTURA EM PAREDES E LAJES DE CONCRETO, MOLDADAS IN LOCO COM O USO DE FÔRMAS MANUSEÁVEIS DE ALUMÍNIO Na Tabela A4 serão apresentadas composi- ções do SINAPI para montagem/desmonta- gem de fôrmas manuseáveis (paredes, lajes e platibanda). Tabela A4. Tabela síntese das composições SINAPI de montagem/desmontagem de fôrmas de parede e laje de concreto com fôrma de alumínio Item Descrição Coeficiente por item Carpinteiro(A) Servente(B) Desmoldante(C) Fôrma(D) H.h/m² H.h/m² L/m² m²/m² 1 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de multiplos pavimento, em platibanda. AF_06/2015 0,2537 0,1828 0,0333 0,0028 2 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de multiplos pavimentos, em faces internas de paredes. AF_06/2015 0,3954 0,2848 0,0333 0,0028 3 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de multiplos pavimentos, em lajes. AF_06/2015 0,5066 0,3649 0,0333 0,0028 4 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de multiplos pavimentos, em panos de fachada com vãos. AF_06/2015 0,3533 0,2545 0,0333 0,0028 5 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de multiplos pavimentos, em panos de fachada sem vãos. AF_06/2015 0,3136 0,2259 0,0333 0,0028 6 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de multiplos pavimentos, em panos de fachada com varandas. AF_06/2015 0,3853 0,2776 0,0333 0,0028 7 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de pavimento único, em faces internas de paredes. AF_06/2015 0,2951 0,2126 0,0333 0,0028 8 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de pavimento único, em lajes. AF_06/2015 0,3781 0,2723 0,0333 0,0028 9 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de pavimento único, em panos de fachada com vãos. AF_06/2015 0,2636 0,1899 0,0333 0,0028 10 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de pavimento único, em panos de fachada sem vãos. AF_06/2015 0,2240 0,1614 0,0333 0,0028 11 Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco, de edificações de pavimento único, em panos de fachada com varanda. AF_06/2015 0,2957 0,2130 0,0333 0,0028 LEGENDA A = Ajudante de carpinteiro com encargos complementares; B = Carpinteiro de fôrmas com encargos complementares; C = Desmoldante protetor para fôrmas de madeira, de base oleosa emulsionada em água; D = Sistema de fôrmas manuseáveis de alumínio, para edificação residencial unifamiliar com paredes de concreto moldadas in loco, em conformidade com o orçamento referencial 9658: unidade habitacional térrea com 38 m², com sala, circulação, dois quartos, banheiro, cozinha e tanque externo (sem cobertura) (coletado caixa).
  • 82.
  • 84. Acesse o site da CBIC (www.cbic.org.br/publicacoes) e baixe os livros gratuitamente. Disponível em português, inglês e espanhol. CONHEÇA OUTRAS PUBLICAÇÕES CBIC Guia Contrate Certo - Guia para a Contratação de Empreiteiros e Subempreiteiros na Construção Civil Ano: 2014 Guia Orientativo de Áreas deVivencia Ano: 2015 Guia Orientativo de Segurança Ano: 2015 Guia Orientativo de Incentivo à Formalidade Ano: 2016 RELAÇÕES TRABALHISTAS GUIA CONTRATE CERTO 1 GUIA CONTRATE CERTO GUIA PARA A CONTRATAÇÃO DE EMPREITEIROS E SUBEMPREITEIROS NA CONSTRUÇÃO CIVIL GUIA ÁREAS DE VIVÊNCIA 1 GUIA ORIENTATIVO ÁREAS DE VIVÊNCIA GUIA PARA IMPLANTAÇÃO DE ÁREAS DE VIVÊNCIA NOS CANTEIROS DE OBRA GUIA ORIENTATIVO DE SEGURANÇA 1 GUIA ORIENTATIVO DE SEGURANÇA GUIA BÁSICO PARA IMPLANTAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS CANTEIROS DE OBRA GUIAORIENTATIVODEINCENTIVOÀFORMALIDADE BRASÍLIA 2016 GUIA BÁSICO DE EXIGÊNCIAS TRABALHISTAS, DE SEGURANÇA, PREVIDENCIÁRIAS E TÉCNICAS NA CONSTRUÇÃO DE OBRAS GUIA ORIENTATIVO DE INCENTIVO À FORMALIDADE PUBLICAÇÕESCBIC 84 Coletânea Implementação do BIM -Volumes I aV Ano: 2016 Catálogo de NormasTécnicas Edificações Ano: 2016 Guia Orientativo para Atendimento à Norma NBR 15.575/2013 Ano: 2013 Análise dos Critérios de Atendimento à Norma de Desempenho ABNT NBR 15.575 Ano: 2016 Boas Práticas para Entrega do Empreendimento Desde a sua Concepção Ano: 2016 Catálogo de Inovação na Construção Civil Ano: 2016 TECNOLOGIA E INOVAÇÃO Guia Nacional para a Elaboração do Manual de Uso, Operação e Manutenção das Edificações Ano: 2014 ImplantaçãodoBIM paraConstrutorase Incorporadoras ColetâneaBIMCBIC Volume1 Fundamentos BIM Vendapro íbida ImplantaçãodoBIM paraConstrutorase Incorporadoras ColetâneaBIMCBIC Volume1 Fundamentos BIM 0 5 25 75 95 100 Catalogo Normas Tecnicas - Edificacoes - BOOK - 5ª edição_CAPA sexta-feira, 6 de maio de 2016 16:46:22 EstudodeCasoemEmpresas doProgramaInovacon-CE AnálisedosCritérios deAtendimento àNormade Desempenho ABNTNBR15.575 Realização: Apoio: boaspráticasparaentregadoempreendimento boas práticas paraentregado empreendimento desde a sua concepção Realização Corealização CATÁLOGO DE INOVAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL GUIA NACIONAL PARA A ELABORAÇÃO DO MANUAL DE USO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS EDIFICAÇÕES
  • 85. Propostas para Reforma da Lei de Licitações Ano: 2015 Diálogos CBIC |TCU Contribuição da CBIC para o Manual “Orientações para Elaboração de Planilhas Orçamentárias de Obras Públicas” Ano: 2014 Report International Meeting Infrastructure and PPPs Ano: 2015 Apoio Parceiros REalização INTERNATIONAL MEETING INFRASTRUCTURE AND PPPS Oportunidade de Negócios em Infraestrutura e PPPs: Encontro com as referências mundiais sobre o tema. Brasília, 27 e 28 de abril de 2015 infraestruturaeppps.com.br Investimento em Infraestrutura e Recuperação da Economia Ano: 2015 investimentoeminfraestruturaerecuperaçãodaeconomia investimento em infraestrutura e recuperação da economia www.cbic.org.br realização www.senai.br apoio Um Debate Sobre Financiamento de Longo Prazo para Infraestrutura Ano: 2016 Um debate sobre Financiamento de Longo Prazo para Infraestrutura Gargalos e Perspectivas Março/2016 CiclodeEventosRegionais ConcessõesePPPs-VolumesIeII Ano: 2015/2016 CICLO DE EVENTOS REGIONAIS CONCESSÕES E PPPS Volume I REGIONAL NORTE CONCESSÕES E PARCERIAS Ampliação das Oportunidades de Negócios CASES - CICLO DE EVENTOS REGIONAIS CONCESSÕES E PPPS Volume II INFRAESTRUTURA (OBRAS PÚBLICAS E CONCESSÕES) PAC - Avaliação do Potencial de Impacto Econômico Ano: 2016 PAC AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE IMPACTO ECONÔMICO PPPs e Concessões - Guia sobre Aspectos Jurídicos e Regulatórios Ano: 2016 Disponível também em inglês e espanhol GUIA SOBRE ASPECTOS JURÍDICOS E REGULATÓRIOS PPPS E CONCESSÕES PPPseConcessões-Propostas paraAmpliaraAplicaçãoem EstadoseMunicípios Ano: 2016 Disponível também em inglês e espanhol PROPOSTAS PARA AMPLIAR A APLICAÇÃO EM ESTADOS E MUNICÍPIOS PPPS E CONCESSÕES PPPs e Concessões - Propostas para Ampliar a Participação de Empresas (2ª Edição) Ano: 2016 PROPOSTAS PARA AMPLIAR A PARTICIPAÇÃO DE EMPRESAS (2ª EDIÇÃO) PPPS E CONCESSÕES PPPs e Concessões - Guia para Organização de Empresas em Consórcios Ano: 2016 Disponível também em inglês e espanhol GUIA PARA ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS EM CONSÓRCIOS PPPS E CONCESSÕES PAC - Radiografia dos Resultados 2007 a 2015 Ano: 2016 PAC RADIOGRAFIA DOS RESULTADOS 2007 A 2015 PUBLICAÇÕESCBIC 85
  • 86. MERCADO IMOBILIÁRIO Melhorias no Sistema de Crédito Imobiliário - O Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e o Crédito Habitacional Ano: 2015 SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO E O CRÉDITO HABITACIONAL RELATÓRIO DE CONSULTORIA TÉCNICA ESPECIALIZADA SOBRE O Perenidade dos Programas Habitacionais - PMCMV: Sua Importância e Impactos de uma Eventual Descontinuidade Ano: 2016 PERENIDADE DOS PROGRAMAS HABITACIONAIS PMCMV: sua importância e impactos de uma eventual descontinuidade O Custo da Burocracia no Imóvel Ano: 2014 I Encontro Nacional sobre Licenciamentos na Construção Ano: 2014 PUBLICAÇÕESCBIC 86 Guia de Compra Responsável na Construção Ano: 2015 Mapeamento de Incentivos Econômicos para construção Sustentável Ano: 2015 Guia de Orientação para Licenciamento Ambiental Ano: 2015 RESPONSABILIDADE SOCIAL E EMPRESARIAL MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE Guia de Ética e Compliance para Instituições e Empresas do Setor da Construção Ano: 2016 Disponível também em inglês e espanhol Código de Conduta Concorrencial Ano: 2016 Disponível também em inglês e espanhol Ética&CompliancenaConstrução Civil:FortalecimentodoControle InternoeMelhoriadosMarcos Regulatórios&Práticas Ano: 2016 Disponível também em inglês e espanhol Plataforma Liderança Sustentável Ano: 2016 cbic.org.br/liderancasustentavel GUIA DE COMPRA RESPONSÁVEL GUIADECOMPRARESPONSÁVEL Realização: Apoio:Correalização: Manual de Implantação do Conselho de Desenvolvimento da Cidade Ano: 2014 MAPEAMENTO DE INCENTIVOS ECONÔMICOS PARA A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL MAPEAMENTODEINCENTIVOSECONÔMICOSPARAACONSTRUÇÃOSUSTENTÁVEL Apoio: Realização: Correalização: GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA LICENCIAMENTO AMBIENTAL GUIADEORIENTAÇÃOPARALICENCIAMENTOAMBIENTAL Realização: Correalização: Apoio: GUIA DE ÉTICA E COMPLIANCE PARA INSTITUIÇÕES E EMPRESAS DO SETOR DA CONSTRUÇÃO CÓDIGO DE CONDUTA CONCORRENCIAL GUIA DE ÉTICA E COMPLIANCE PARA INSTITUIÇÕES E EMPRESAS DO SETOR DA CONSTRUÇÃO ÉTICA & COMPLIANCE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: FORTALECIMENTO DO CONTROLE INTERNO E MELHORIA DOS MARCOS REGULATÓRIOS & PRÁTICAS
  • 88.
  • 89.
  • 90.