4. Os sacramentos enquanto celebrações
• Os sacramentos são “obra de Cristo sacerdote e de
seu corpo que é a Igreja” (SC 7).
• São “forças que saem” do Corpo de Cristo, sempre
vivo e vivificante, por meio de seu Espirito.
5. Os sacramentos enquanto celebrações
• Os sacramentos são “Sinais da fé” que conferem
eficazmente a graça de Jesus Cristo e produzem fruto
naqueles que os recebem com as devidas disposições,
mas são também “celebrações”eclesiais. (Cf. CEC
1113-1130).
7. Celebrações da Igreja
• Os sacramentos não são ações privadas, mas “celebrações da
Igreja” que pertencem a todo o povo santo de Deus, o
afetam e o manifestam como “sacramento da unidade” em
favor dos homens (Cf SC 26).
• Os sacramentos são “da Igreja”, existem “por ela” e são
“para ela” (cf. CEC. 1118).
8. Celebrações da Igreja
• A Igreja atua nos sacramentos como comunidade sacerdotal,
organicamente estruturada, presidida pelos pastores e
ministros ordenados.
• No interior desta assembleia, dotada de carismas, ofícios e
ministérios, “cada qual, ministro ou fiel, ao desempenhar a
sua função, faça tudo e só aquilo que pela natureza da
coisa ou pelas normas litúrgicas lhe compete” (SC 28)
9. Celebrações da Igreja
• Todos os ordines ou rituais, ao referir-se em suas
praenotandas à funções e ministérios na celebração,
põe em destaque, em primeiro lugar, o que
corresponde ao povo de Deus e, em seguida, as
competências dos diversos ministros. Assim, fica
claro, que o ministério ordenado está à serviço do
sacerdócio comum dos fiéis, e garante que é Cristo
quem atua por meio de seu Espírito em favor da
Igreja (Cf. CIC 1120).
10. Celebrações da Igreja
• Para que pareça com mais clareza que a Igreja é o sujeito
integral da ação litúrgica, é sumamente conveniente que a
celebração dos sacramentos, segundo a natureza própria de
cada um, seja realizada com assistência e participação
ativa dos fiéis (cf. SC 27).
• Estes não devem assistir como espectadores estranhos e
mudos, mas devem participar de maneira ativa, consciente
e piedosa na ação litúrgica (Cf. SC 14;19 etc.).
11. Celebrações da Igreja
• A participação, interna e externa ao mesmo tempo (cf.
SC 11), contribui para que toda a celebração prepare
melhor os fiéis para receber mais frutuosamente a
graça divina dispensada nos sacramentos (cf. SC 59).
• A celebração dos sacramentos deve ser realizada
cuidadosamente sob a responsabilidade dos ministros,
observando as orientações e normas pastorais.
12. Celebrações da Igreja
• A preparação deve ser pessoal, litúrgica e catequética (cf.
SC 9; 35,3).
• O fruto da celebração será maior se, de acordo como o
respectivo ritual, forem escolhidas as leituras, as orações e
outros elementos que melhor correspondam às
necessidades, à idade, à condição, ao gênero de vida, à
cultura religiosa e ao grau de preparação dos que vão
receber os sacramentos (cf. SC 19).
13. Celebrações da Igreja
• Esta escolha deve ser feita visando o bem comum da
assembleia e de acordo com os que oficiam na
celebração, sem excluir os próprios fiéis na parte que
lhes corresponde mais diretamente (cf. IGMR 111,
352).
• Todos os que intervém na celebração dos sacramentos
devem estar profundamente penetrados do espírito da
liturgia e instruídos para cumprir sua função
devidamente. (cf. SC 29).
14. Celebrações da Igreja
• Para que tudo se faça com ordem e a celebração resulte digna
e frutuosa, é indispensável seguir fielmente os livros
litúrgicos aprovados pela autoridade competente. (cf. CIC
846 § 1).
• As leituras devem ser tomadas dos lecionários oficiais, de
maneira que se torne patente também a dignidade da Palavra
de Deus e se alimente a fé dos presentes (cf. ELM 32;37).
16. Elementos dinâmicos
• A celebração dos sacramentos abrange a Liturgia da
Palavra, para que se manifeste a íntima unidade entre a
Palavra e o rito (cf. SC 35). Com esta finalidade foram
selecionadas leituras oportunas para cada sacramento.
• A homilia contribui para suscitar a fé e iluminar os corações
dos que vão receber os sacramentos (cf. SC 59). É preciso
levar em consideração que muitas vezes assistem pessoas não
crentes ou afastadas da Igreja.
17. Elementos dinâmicos
• Da mesma forma, os cantos previstos pela própria
liturgia, especialmente os salmos, alimentam a fé e
favorecem uma participação mais proveitosa.
• A celebração tem seu ritmo, seu tempo de ação e seu
tempo de contemplação.
• A recomendação de que alguns sacramentos sejam
realizados durante a celebração eucarística (cf. SC 71;
78) expressa a orientação de todos para a Eucaristia (cf.
PO 5).
18. Elementos dinâmicos
• A atenção aos diferentes tempos do Ano Litúrgico
torna possível a harmonização entre o pessoal e o
comunitário, entre o particular ou local e o universal e
entre o subjetivo e o objetivo.
• Os rituais devem ser aplicados com um critério de
criatividade sadia e de adaptação responsável às
circunstâncias dos que recebem os sacramentos.
19. Elementos dinâmicos
• A celebração dos sacramentos requer que se preste
uma grande atenção aos sinais e a outros elementos
simbólicos e rituais da comunicação no interior das
celebrações.
• A própria ação litúrgica revela, mediante o simbolismo
dos gestos e dos ritos, as maravilhas que Deus realiza
invisivelmente. Pela mesma razão, tudo o que se usa
na celebração dos sacramentos deve ser digno,
decoroso e belo.
20. Elementos dinâmicos
• Os elementos naturais utilizados como matéria para a
celebração válida dos sacramentos devem ser aptos para
expressar a verdade do sinal, de maneira que em sua preparação
e conservação devem ser respeitadas as normas litúrgicas e
canônicas.
• Deve-se atender às circunstâncias de tempo e lugar para celebrar
de maneira expressiva determinados sacramentos. Embora
possam ser celebrados a qualquer hora do dia ou da noite,
sobretudo em caso de necessidade, em igualdade de
circunstâncias deve-se preferir os domingos e dias em que
possa haver maior participação do povo.
21. Elementos dinâmicos
• Os sacramentos que tem alcance diocesano, como as
ordenações, devem ser celebrados na catedral; os outros na
igreja paroquial ou em outra igreja, salvo os sacramentos dos
enfermos.
• Por outro lado, a tradição litúrgica criou o batistério, os
confessionários e a capela da Reserva eucarística, como
lugares aptos para celebrar determinados sacramentos. A
beleza do lugar contribui também para orientar as mentes
para as realidades invisíveis que se apresentam nos
sacramentos.
23. Os “Rituais dos sacramentos”
• Os livros litúrgicos destinados aos sacramentos são um
instrumento pastoral muito importante, não só para conhecer
o que a Igreja crê e expressa em sua liturgia, mas também
para celebrar de maneira adequada e proveitosa.
• Os rituais oferecem alguns praenotanda amplos e convidam
as Conferências Episcopais a acrescentar suas próprias
orientações pastorais.
24. Os “Rituais dos sacramentos”
• Os rituais, em alguns casos, propõem vários tipos de
celebração, numerosos textos de substituição e alguns
elementos optativos. As edições típicas latinas constituem o
arquétipo do que se deve encontrar nas edições dos rituais
editados pelas Conferências Episcopais.
• Os rituais, além disso, reconhecem a existência de diferentes
níveis de fé e de vida cristã. Por isso insistem na catequese
pré-sacramental e oferecem as pistas adequadas. Permitem
também organizar as celebrações de modo que se leve em
consideração estes níveis.
25. Os “Rituais dos sacramentos”
• Em muitos casos será também necessário preparar uma série
de encontros, colóquios, inclusive verdadeiras celebrações de
iniciação ou preparatórias, sobretudo quando se trata de
introduzir na vida litúrgica crianças, jovens, adultos em etapa
catecumenal ou de redescoberta de sua fé. Não se pode
esquecer que a liturgia é iluminação, mistagogia e
iniciação viva.
• É necessário hoje recuperar as catequeses mistagógicas dos
sacramentos.