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HISTÓRIAS DO TERROR
STORIES OF TERROR
SILVA JR., Nelmon J.1
RESUMO: Dados históricos sobre atividades terroristas.
PALAVRAS-CHAVE: Terrorismo. História.
ABSTRACT: Historical data on terrorist activities.
KEYWORDS: Terrorism. History.
No programa de extensão universitária que participo no Centre for Terrorism and
Counterterrorism (CTC) at Leiden University – Faculty Campus The Hague (Holanda), entendi a
razão pela qual devemos dar particular atenção ao estudo da história do fenômeno atualmente
conhecido por terrorismo.
O início desse fenômeno deu-se desde o fim do século retrasado2
, porém para fins de
estudos acadêmicos, teremos como marco inicial o final da década de 50 e o início da década de 60,
onde os grupos ligados a estas práticas criminosas adotaram técnicas advindas do que alguns
estudiosos chamam de Teoria do Conflito3
. A violência política foi estudada naquela época como
Estudo do Terrorismo, justificando assim o nome atualmente adotado ao fenômeno.
Como exemplo de grupos ligados a tais práticas fenomenológicas posso citar a
organização extremista esquerda chamada Weather Underground, que começou em um campus
universitário da América do Norte; o grupo Rote Armee Fraktion, ativo na Alemanha4
; a Brigada
1 CIENTISTA E ESTUDIOSO DO DIREITO (PROCESSUAL) PENAL - CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/7382506870445908
1.MANTENEDOR DOS BLOGS CIENTÍFICOS:
http://ensaiosjuridicos.wordpress.com - http://propriedadeindustriallivre.wordpress.com
2. CIENTISTA COLABORADOR: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (Portal de e-governo) http://www.egov.ufsc.br/portal/ - Glocal
University Network http://www.glocaluniversitynetwork.eu/ (ITA) – Universiteit Leiden (HOL) http://www.leiden.edu/
3. MEMBRO: Centro de Estudios de Justicia de las Américas – CEJA (AL); Instituto de Criminologia e Política Criminal – ICPC; Associação
Brasileira dos Advogados Criminalistas – ABRACRIM; Associação dos Advogados Criminalistas do Paraná – APACRIMI; International Criminal
Law – ICL (EUA); National Association of Criminal Defense Lawyers (EUA).
4. MEMBRO FUNDADOR: Associação Industrial e Comercial de Fogos de Artifícios do Paraná/PR; e AINCOFAPAR (Conselheiro Jurídico),
Associação Bragantina de Poetas e Escritores
5. COLABORADOR DAS SEGUINTES MÍDIAS: www.arcos.org.br - www.conteudojuridico.com.br - http://artigocientifico.uol.com.br -
http://www.academia.edu/ - http://pt.scribd.com/ - http://www.academicoo.com/
6. AUTOR DOS SEGUINTES LIVROS CIENTÍFICOS: Fogos de Artifício e a Lei Penal; Coletâneas; e Propriedade Intelectual Livre.
7. AUTOR DOS SEGUINTES LIVROS LITERÁRIOS: Nofretete, Copo Trincado, e Valhala.
2 Recomento leitura de SILVA JR., Nelmon J. Medo é coisa de criança. Texto disponível em:
http://ensaiosjuridicos.wordpress.com/2014/01/09/medo-e-coisa-de-crianca-nelmon-j-silva-jr/ . Acesso em 17.01.2014.
3 Conceito disponível em: http://www.infopedia.pt/$teorias-do-conflito;jsessionid=h1W7cai3va-p-sdFQ+oOSQ
4 Recomendo assistir ao filme de The Baader Meinhof Complex (http://www.imdb.com/title/tt0765432/?ref_=fn_al_tt_1).
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Vermelha italiana, que fez refém Alberto Moro5
; o Exército Vermelho japonês, responsável, dentre
outros, pela tomada da Embaixada francesa em solo holandês (1974). Relembro que a mútua
cooperação do Exército Vermelho japonês e Grupos Esquerdistas palestinos, resultou numa série de
ataques terroristas na Europa, e particularmente na cidade-Estado de Cingapura, no sudeste asiático.
Prossigo citando o IRA (Exército Republicano Irlandês), que centralizou sua luta no
Reino Unido; o ETA, grupo separatista basco na Espanha; os Tigres Tamil, com atuação na Índia e
no Sri Lanka; a FLN (Frente de Libération Nationale, da Argélia); a Irgun (grupo sionista militante
que lutava contra a autoridades britânica governante do que hoje chamamos de Israel e Palestina); e
alguns grupos islâmicos, como Hamás e Hezbollah, além do partido político Al Qaeda6
.
Se observarmos o desenvolvimento dos estudos relacionados ao terrorismo, iniciados
nos anos 60, contávamos, naquela época, com raros estudiosos; em seguida (nas décadas de 70 e
80), houve um crescimento no número destes, seguido do seu declínio na década de 90, culminando
com a explosão quantitativa (e também qualitativa) após os ataques de 11 de setembro.
Atualmente, existem três principais formas de abordagens quanto ao estudo do
fenômeno terrorismo. A primeira delas é a abordagem racional ou abordagem instrumental. Esta
abordagem tenta entender o terrorismo e seus seguidores como ações racionais, que desejam
alcançar determinado resultado/objetivo político, tendo suas atividades voltadas a ataques, os quais
são seu próprio instrumento. Martha Crenshaw7
, foi um dos primeiros estudiosos a adotar a
abordagem racional ao estudo do tema.
A segunda abordagem teórica é a adotada pela psicologia social, tendo como destaque
os estudos realizados por Jerrold Post8
, focado no pensar e agir dos indivíduos e/ou grupos; e a
terceira abordagem, conhecida como abordagem multicausal, que tenta explicar as complexas
atividades terroristas sob diferentes e variadas causas, e consequentes formas.
5 Recomendo assistir aos filmes Buongiorno, Notte (http://www.imdb.com/title/tt0377569/) e Aldo Moro, il presidente
(http://www.imdb.com/title/tt1213909/).
6 Outros dois exemplos dignos de reflexão: Yasser Arafat (ex-líder da OLP), é considerado terrorista por alguns, apesar de ser
detentor de um Prêmio Nobel da Paz; e a organização libanesa Hezbollah, que em julho de 2013, foi adicionada à lista de –
organizações - terroristas da União Europeia, mesmo sendo um legítimo partido político libanês, devidamente constituído. Tais
exemplos traduzem a dificuldade quanto à elaboração deste complexo conceito. Óp cit. 2.
7 http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=Martha+Crenshaw&btnG=&lr=
8 http://scholar.google.com.br/scholar?q=Jerrold+Post&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5
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- Pág. 2 -
Sabemos que existem inúmeras maneiras (metodologicamente diferentes) para estudar o
fenômeno terrorismo, porém, por consenso acadêmico chegou-se a cinco pressupostos quanto à
conclusão relacionada ao tema9
(das quais discordo parcialmente):
• O terrorismo é causado pela pobreza;
• os terroristas são loucos;
• o terrorismo é cada vez mais letal;
• o terrorismo é predominantemente anti- ocidental;
• e o terrorismo é bem-sucedido
Entendi (através de incontestáveis exemplos concretos estudados), que conhecer a
história que cercam os grupos/indivíduos ligados às atividades terroristas, e contando com as
devidas e necessárias informações sigilosas advindas das agências de inteligência, referentes a tais
práticas, permitem aos cientistas da matéria, utilizando-se dos conhecimentos científicos até aqui
acumulados10
, minimizar (os efeitos de) futuras ações terroristas. Portanto, comprovei pela
experiência europeia adquirida, que incentivar a produção do conhecimento científico nesta
nevrálgica área do saber humano, é indispensável a qualquer Nação, inclusive por resguardo de sua
Soberania, razão pela qual torna-se mais do que necessário o prévio conhecimento histórico do
fenômeno estudado, visando preveni-lo, ou em pior vértice, combatê-lo.
9 BAKKER, Edwin. Terrorism and Counterterrorism: Comparin Theory and Practice. Vídeo Lecture 2.5. Universiteit Leiden.
Disponível em: https://class.coursera.org/terrorism-002/lecture/37
10 Organização e estratégia militar, comunicação social, psicologia social, relações internacionais, ciência política, direito, dentre
outros.
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E agora Catilinas? - SILVA JR., Nelmon J.
 

Histórias Terror

  • 1. HISTÓRIAS DO TERROR STORIES OF TERROR SILVA JR., Nelmon J.1 RESUMO: Dados históricos sobre atividades terroristas. PALAVRAS-CHAVE: Terrorismo. História. ABSTRACT: Historical data on terrorist activities. KEYWORDS: Terrorism. History. No programa de extensão universitária que participo no Centre for Terrorism and Counterterrorism (CTC) at Leiden University – Faculty Campus The Hague (Holanda), entendi a razão pela qual devemos dar particular atenção ao estudo da história do fenômeno atualmente conhecido por terrorismo. O início desse fenômeno deu-se desde o fim do século retrasado2 , porém para fins de estudos acadêmicos, teremos como marco inicial o final da década de 50 e o início da década de 60, onde os grupos ligados a estas práticas criminosas adotaram técnicas advindas do que alguns estudiosos chamam de Teoria do Conflito3 . A violência política foi estudada naquela época como Estudo do Terrorismo, justificando assim o nome atualmente adotado ao fenômeno. Como exemplo de grupos ligados a tais práticas fenomenológicas posso citar a organização extremista esquerda chamada Weather Underground, que começou em um campus universitário da América do Norte; o grupo Rote Armee Fraktion, ativo na Alemanha4 ; a Brigada 1 CIENTISTA E ESTUDIOSO DO DIREITO (PROCESSUAL) PENAL - CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/7382506870445908 1.MANTENEDOR DOS BLOGS CIENTÍFICOS: http://ensaiosjuridicos.wordpress.com - http://propriedadeindustriallivre.wordpress.com 2. CIENTISTA COLABORADOR: Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (Portal de e-governo) http://www.egov.ufsc.br/portal/ - Glocal University Network http://www.glocaluniversitynetwork.eu/ (ITA) – Universiteit Leiden (HOL) http://www.leiden.edu/ 3. MEMBRO: Centro de Estudios de Justicia de las Américas – CEJA (AL); Instituto de Criminologia e Política Criminal – ICPC; Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – ABRACRIM; Associação dos Advogados Criminalistas do Paraná – APACRIMI; International Criminal Law – ICL (EUA); National Association of Criminal Defense Lawyers (EUA). 4. MEMBRO FUNDADOR: Associação Industrial e Comercial de Fogos de Artifícios do Paraná/PR; e AINCOFAPAR (Conselheiro Jurídico), Associação Bragantina de Poetas e Escritores 5. COLABORADOR DAS SEGUINTES MÍDIAS: www.arcos.org.br - www.conteudojuridico.com.br - http://artigocientifico.uol.com.br - http://www.academia.edu/ - http://pt.scribd.com/ - http://www.academicoo.com/ 6. AUTOR DOS SEGUINTES LIVROS CIENTÍFICOS: Fogos de Artifício e a Lei Penal; Coletâneas; e Propriedade Intelectual Livre. 7. AUTOR DOS SEGUINTES LIVROS LITERÁRIOS: Nofretete, Copo Trincado, e Valhala. 2 Recomento leitura de SILVA JR., Nelmon J. Medo é coisa de criança. Texto disponível em: http://ensaiosjuridicos.wordpress.com/2014/01/09/medo-e-coisa-de-crianca-nelmon-j-silva-jr/ . Acesso em 17.01.2014. 3 Conceito disponível em: http://www.infopedia.pt/$teorias-do-conflito;jsessionid=h1W7cai3va-p-sdFQ+oOSQ 4 Recomendo assistir ao filme de The Baader Meinhof Complex (http://www.imdb.com/title/tt0765432/?ref_=fn_al_tt_1). Copyrigth © 2014 - SILVA JR., Nelmon J. (L. 10753/03 - OPL v.1.0 – FSF/GNU GPL/Key administrated by: CC BY-NC-ND, v.3.0) - Pág. 1 -
  • 2. Vermelha italiana, que fez refém Alberto Moro5 ; o Exército Vermelho japonês, responsável, dentre outros, pela tomada da Embaixada francesa em solo holandês (1974). Relembro que a mútua cooperação do Exército Vermelho japonês e Grupos Esquerdistas palestinos, resultou numa série de ataques terroristas na Europa, e particularmente na cidade-Estado de Cingapura, no sudeste asiático. Prossigo citando o IRA (Exército Republicano Irlandês), que centralizou sua luta no Reino Unido; o ETA, grupo separatista basco na Espanha; os Tigres Tamil, com atuação na Índia e no Sri Lanka; a FLN (Frente de Libération Nationale, da Argélia); a Irgun (grupo sionista militante que lutava contra a autoridades britânica governante do que hoje chamamos de Israel e Palestina); e alguns grupos islâmicos, como Hamás e Hezbollah, além do partido político Al Qaeda6 . Se observarmos o desenvolvimento dos estudos relacionados ao terrorismo, iniciados nos anos 60, contávamos, naquela época, com raros estudiosos; em seguida (nas décadas de 70 e 80), houve um crescimento no número destes, seguido do seu declínio na década de 90, culminando com a explosão quantitativa (e também qualitativa) após os ataques de 11 de setembro. Atualmente, existem três principais formas de abordagens quanto ao estudo do fenômeno terrorismo. A primeira delas é a abordagem racional ou abordagem instrumental. Esta abordagem tenta entender o terrorismo e seus seguidores como ações racionais, que desejam alcançar determinado resultado/objetivo político, tendo suas atividades voltadas a ataques, os quais são seu próprio instrumento. Martha Crenshaw7 , foi um dos primeiros estudiosos a adotar a abordagem racional ao estudo do tema. A segunda abordagem teórica é a adotada pela psicologia social, tendo como destaque os estudos realizados por Jerrold Post8 , focado no pensar e agir dos indivíduos e/ou grupos; e a terceira abordagem, conhecida como abordagem multicausal, que tenta explicar as complexas atividades terroristas sob diferentes e variadas causas, e consequentes formas. 5 Recomendo assistir aos filmes Buongiorno, Notte (http://www.imdb.com/title/tt0377569/) e Aldo Moro, il presidente (http://www.imdb.com/title/tt1213909/). 6 Outros dois exemplos dignos de reflexão: Yasser Arafat (ex-líder da OLP), é considerado terrorista por alguns, apesar de ser detentor de um Prêmio Nobel da Paz; e a organização libanesa Hezbollah, que em julho de 2013, foi adicionada à lista de – organizações - terroristas da União Europeia, mesmo sendo um legítimo partido político libanês, devidamente constituído. Tais exemplos traduzem a dificuldade quanto à elaboração deste complexo conceito. Óp cit. 2. 7 http://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&q=Martha+Crenshaw&btnG=&lr= 8 http://scholar.google.com.br/scholar?q=Jerrold+Post&btnG=&hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5 Copyrigth © 2014 - SILVA JR., Nelmon J. (L. 10753/03 - OPL v.1.0 – FSF/GNU GPL/Key administrated by: CC BY-NC-ND, v.3.0) - Pág. 2 -
  • 3. Sabemos que existem inúmeras maneiras (metodologicamente diferentes) para estudar o fenômeno terrorismo, porém, por consenso acadêmico chegou-se a cinco pressupostos quanto à conclusão relacionada ao tema9 (das quais discordo parcialmente): • O terrorismo é causado pela pobreza; • os terroristas são loucos; • o terrorismo é cada vez mais letal; • o terrorismo é predominantemente anti- ocidental; • e o terrorismo é bem-sucedido Entendi (através de incontestáveis exemplos concretos estudados), que conhecer a história que cercam os grupos/indivíduos ligados às atividades terroristas, e contando com as devidas e necessárias informações sigilosas advindas das agências de inteligência, referentes a tais práticas, permitem aos cientistas da matéria, utilizando-se dos conhecimentos científicos até aqui acumulados10 , minimizar (os efeitos de) futuras ações terroristas. Portanto, comprovei pela experiência europeia adquirida, que incentivar a produção do conhecimento científico nesta nevrálgica área do saber humano, é indispensável a qualquer Nação, inclusive por resguardo de sua Soberania, razão pela qual torna-se mais do que necessário o prévio conhecimento histórico do fenômeno estudado, visando preveni-lo, ou em pior vértice, combatê-lo. 9 BAKKER, Edwin. Terrorism and Counterterrorism: Comparin Theory and Practice. Vídeo Lecture 2.5. Universiteit Leiden. Disponível em: https://class.coursera.org/terrorism-002/lecture/37 10 Organização e estratégia militar, comunicação social, psicologia social, relações internacionais, ciência política, direito, dentre outros. Copyrigth © 2014 - SILVA JR., Nelmon J. (L. 10753/03 - OPL v.1.0 – FSF/GNU GPL/Key administrated by: CC BY-NC-ND, v.3.0) - Pág. 3 -