Este guia fornece instruções para tutores de obreiros da MPC Brasil. Ele explica que um obreiro é alguém vocacionado e aprovado para dedicar pelo menos 20 horas semanais ao ministério. O guia também descreve os pré-requisitos para se tornar um obreiro, o processo de credenciamento, e os valores que devem nortear os obreiros e seus tutores.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS
Olá!
Você teve o privilégio de ser escolhido para acompanhar um Obreiro da MPC Brasil,
exercendo uma posição de liderança sobre esta pessoa. Este material foi elaborado
para ajudar você nesta preciosa missão! Vamos ler?
O que a MPC chama de “obreiro”?
Um “Obreiro” é a pessoa vocacionada e aprovada no credenciamento de obreiros, que
dedica pelo menos 20 horas semanais1 ao serviço do Ministério e está comprometida
com as tarefas definidas com sua liderança. Ela poderá receber ajuda financeira ou
atuar de forma voluntária.
Se o obreiro for voluntário, a MPC deverá regulamentar sua atuação através do Termo
de Adesão ao Serviço Voluntário.
Se o obreiro for remunerado, isso significa que ele está recebendo recursos financeiros
para exercer atividades na MPC.
Este GUIA trata especificamente deste segundo caso, os obreiros “remunerados”, seja
através de sua rede de parceiros, de prebenda (o nome dado à oferta oferecida pela
MPC), de sua igreja ou de uma combinação variada destas fontes.
1 Além de noites e fins de semana, conforme a necessidade e bom senso.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Nossos valores
Na medida em que fomos construindo esta proposta, nos deparamos com alguns pilares que
devem nortear as decisões a serem tomadas tanto pelo Tutor, quanto pelo candidato a obreiro.
• Temor a Deus: a base da MPC é a confiança. Nenhuma regra é capaz de garantir que as
pessoas irão “andar na linha”. O que realmente faz a diferença é temer a Deus. Este é um
valor primordial. Sem ele, a confiança será deteriorada, as relações abaladas, os processos
saudáveis burlados. Porque tememos a Deus, não iremos agir apenas “por aparência”, ou
manipulando informações a fim de obter vantagens. Temos um código de ética que explicita
claramente as expectativas, e espera-se que o temor ao Senhor leve cada um de nós a encarar
tudo isso com seriedade.
• Vida devocional: todas as decisões da vida devem estar alinhadas com o entendimento que
cada pessoa tem a respeito da vontade de Deus. Isso se dá através da renovação da mente,
a partir de uma vida de intimidade com o Espírito Santo, alimentada através da oração e leitura
bíblica diária, e da fé obediente. Este é um fundamento inegociável.
• Responsabilidade: a forma de conduzir a vida deve refletir o entendimento de que somos
responsáveis perante Deus e as pessoas. Não podemos nos omitir diante daquilo que foi
confiado à nós, nem transferir para outros a responsabilidade pelas nossas decisões. É
fundamental que todos envolvidos neste processo sejam confiáveis!
• Compromisso: este valor flui dos três anteriores. A consequência natural é que o meu tempo,
talento e tesouro serão dedicados inteiramente e sem reservas, ao chamado de Deus para
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mim. A MPC é um grupo de pessoas comprometidas com uma mesma “visão e missão”. Este
é um compromisso que fazemos com Deus, uns com os outros, e cada um consigo mesmo.
• Mordomia e generosidade: a forma de lidarmos com o dinheiro deve estar submissa ao
senhorio de Jesus. Não somos servos de Mamom, por isso todo recurso financeiro pertence
ao Senhor, está a serviço do Reino de Deus e disponível a todos. Assim, a sabedoria no uso e
a generosidade refletem o entendimento de que Jesus é o Senhor dos nossos bens e que tudo
o que precisarmos, Ele nos dará.
• Dignidade: a Palavra fala claramente que o trabalhador é digno do seu salário. Assim,
entendemos que um obreiro deve receber o seu sustento, não apenas pela “necessidade”,
mas por uma questão de “dignidade”. Contudo, não deve se apegar ao dinheiro: sua opção é
por uma vida de simplicidade e generosidade. Se a nossa recompensa passar a ser financeira,
nosso coração terá se corrompido. Esta é uma área sensível e que precisa de constante
proteção. Alguém que tem o seu sustento a partir de parcerias, em função do seu serviço
ministerial, pode sim usufruir dignamente do fruto do seu trabalho, porém jamais “ostentar”.
• Transparência: este é um valor que protege tanto o aspecto organizacional, quanto pessoal.
Somos o povo da Luz, e andar na luz nos mantém ligados uns aos outros, e santificados pela
ação do Espírito em nós (1ª João 1:7). A transparência no uso do dinheiro através da prestação
de contas e dos relatórios, nos dá a segurança de que estamos agindo de forma correta e com
a aprovação uns dos outros, livres dos excessos e guardados de cair em tentação. Além disso,
ela nos possibilita conhecer as dificuldades e nos solidarizar na busca conjunta por soluções.
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CREDENCIAMENTO DE OBREIROS: UM TRILHO DE FÉ2
A fim de orientar o nosso pessoal sobre quais os passos necessários para se tornar um obreiro
da MPC, elaboramos um processo, como segue:
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Queremos dar o crédito da lembrança desta boa expressão ao Ricardo Costa, em nossas reuniões, quando refletíamos sobre a necessidade de não permitir que este
processo se tornasse “engessado”.
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Neste GUIA nós iremos tratar cada etapa mais detalhadamente. Preparado?
Quais os pré-requisitos?
Antes de começar, é importante que a pessoa interessada em se tornar obreira da MPC,
tenha cumprido as seguintes condições:
• Ser um cristão, convertido em Jesus Cristo.
• Estar em plena comunhão com uma igreja local.
• Ter servido o tempo mínimo de seis meses como voluntário (em casos de
voluntários de novas cidades, mínimo de um ano).
• Compreender o sentido vocacional do trabalho do obreiro, entendendo a dimensão
financeira como meio e não fim.
• Não estar filiado a partido político.
• Ter conhecimento claro das atividades que irá desenvolver e atender aos requisitos
necessários para execução das mesmas.
Além disso, todos os obreiros precisam fazer o Módulo 1 do Treinamento de Líderes
em Belo Horizonte tão logo quanto possível.
1 semana
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O que leva alguém a querer ser obreiro da MPC?
As motivações são tão variadas quanto as pessoas que nos procuram manifestando este
desejo. A experiência tem demonstrado que existem de fato muitos jovens e adultos com
um chamado para servir em tempo integral, dedicar sua vida ao ministério sem
interrupções. Mas o que significa “ter um chamado? ”
Uma vez ouvi de um pastor que no decorrer da vida nós temos “diversos chamados”. Esta
é uma percepção interessante de como a decisão para se tornar um obreiro irá impactar a
vida de uma pessoa. É uma decisão para toda a vida? É apenas uma fase? Será que existe
uma resposta definitiva sobre este assunto?
Vamos começar com aquilo que já sabemos. Algumas pessoas são de fato escolhidas por
Deus para exercerem o ministério como sua atividade principal. Elas provavelmente irão se
desligar de compromissos que tirem esta liberdade, optando por uma vida mais simples,
porém mais livre para se dedicarem a Deus. Não são pessoas melhores do que aquelas que
têm uma profissão “normal” no mercado de trabalho. Todos os cristãos servem a Deus “em
tempo integral”, portanto não estamos aqui discutindo a questão da vocação universal e do
ministério que exercemos onde quer que estejamos – apenas reconhecendo o fato de que
alguns recebem de Deus a direção de se dedicarem exclusivamente ao serviço ministerial
através de seus dons. Estes são os missionários, obreiros, pastores de tempo integral.
Alguns não conseguem obter o sustento necessário somente através de ofertas, e optam
por dividir o seu tempo com alguma atividade remunerada; são os que temos chamado de
“tempo parcial”. Há ainda aqueles que complementam seu sustento através de atividades
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
autônomas, que não interferem na sua disponibilidade para o ministério, por não
consumirem muito de seu tempo. Mas o que todos estes têm em comum? A convicção de
que, se em algum momento for possível viver somente “para o ministério”, o farão sem
hesitar (veja a história de Paulo em Atos 18:1-5). Seu propósito de vida está firmado neste
chamado, e não nas outras atividades que exerce. Esta certeza é de foro íntimo, confirmada
muitas vezes pelo Espírito que inclina seu coração conforme a vontade específica de Deus.
Voltando à questão no início deste tópico, o chamado é algo “para sempre”? Se
entendermos que é uma questão de vocação, de um senso de missão colocado por Deus
em nosso coração, sim. Mas isso não significa que um obreiro da MPC ficará na missão
para sempre. Nós queremos que sim. Mas não podemos nos perturbar com o fato de que
para alguns a MPC será mesmo uma fase de suas vidas, um tempo de amadurecimento e
crescimento, uma preparação para o que vem depois. Dentro ou fora da MPC, tudo o que
fazemos no ministério é resultado da ação de Deus em nós e através de nós no tempo
presente, ao mesmo tempo em que nos prepara para tarefas maiores no futuro. Para
alguns, esta tarefa será pastorear uma igreja; para outros, iniciar um novo ministério; já
outros, irão assumir responsabilidades maiores dentro da própria missão. Neste sentido,
podemos aceitar a ideia de que temos “vários chamados”, pois a expressão exterior da
vocação poderá assumir formas diferentes no decorrer da vida. Ainda há aqueles que na
caminhada descobrirão que o seu chamado não é de fato para o “ministério de tempo
integral” num sentido restrito, mas para exercer influência no contexto de um trabalho
secular, de uma profissão que será não apenas sua fonte de sustento, mas também a sua
própria missão, a sua vocação.
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A MPC trabalha com jovens e isso se torna mais um elemento importante nesta reflexão:
muitos estão numa busca por compreender a sua vocação pessoal, e se veem cercados de
dúvidas e questionamentos. Aqueles que amam a Jesus profundamente e têm uma enorme
paixão por seu Reino, ficam a se perguntar se não deveriam ser missionários; eles têm um
prazer imenso no ministério, e “se encontram” ali. Porém alguns destes também querem
fazer um curso superior e trabalhar na área de formação. Para a geração mais nova, a
realização profissional (ou mesmo ministerial) é muito mais importante do que
simplesmente a segurança financeira; mas existe a pressão dos pais. Estes investiram na
formação do filho e agora esperam por um retorno financeiro, ou têm um forte desejo que
sua escolha profissional lhe traga segurança, estabilidade financeira. No meio disso tudo,
surge a MPC (assim como outras oportunidades missionárias): será que Deus está me
chamando para ser um obreiro? Como responder a esta pergunta?
Precisamos desmistificar a maneira como Deus nos chama. Na maioria das vezes, o
“chamado” não é instantâneo, mas é uma jornada, que vai se confirmando aos poucos e
tomando forma3. Se a dúvida é sincera, o Espírito irá responder e esclarecer, nos colocar
diante de oportunidades e experiências que aos poucos nos dirão se estamos no caminho
certo. Surgirão momentos difíceis em que decisões precisam ser tomadas, e nem sempre
estaremos totalmente certos de qual passo dar; o melhor é seguir as etapas já tão
conhecidas para qualquer tomada de decisão – orar, consultar a Palavra, buscar conselhos,
ouvir pessoas que exercem autoridade em sua vida, buscar a paz e decidir.
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Três equívocos sobre o chamado.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Da nossa parte, como líderes, o que devemos fazer é ajudá-los a serem honestos em relação
à suas motivações e darem o melhor de si no tempo presente. É possível que jovens
profissionais bem colocados no mercado de trabalho prefiram acreditar que não têm
“chamado missionário” porque na verdade têm medo de abrir mão de seu status e conforto
material, e não porque trazem consigo a certeza de que Deus os colocou ali; por outro lado,
jovens pouco confiantes em sua capacidade de competir no mercado de trabalho podem
encontrar um refúgio nesta “comunidade descolada e alegre” da MPC, fazendo do
ministério em tempo integral uma fuga e não uma resposta ao chamado de Deus. Seja qual
for o caso, no caminho do discipulado cristão, somos chamados primeiramente a obedecer
a Deus, com um coração inteiro, sem culpa, com coragem, honestidade e sem máscaras. E
dar este passo, geralmente, leva tempo.
Devemos encorajar aqueles que sinceramente nos procuram para se tornarem obreiros de
tempo parcial ou integral, e ao mesmo tempo desafiá-los a entrar de todo coração nesta
busca por entender o chamado de Deus para suas vidas. Uns ficarão conosco alguns meses;
outros se tornarão os futuros líderes da missão. Não sabemos. Mas estamos livres para
lhes dar a oportunidade de descobrir, desde que entendam o que se espera deles enquanto
estiverem exercendo a função de obreiros na MPC.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Entrevista com o candidato
Se existe alguém debaixo de sua liderança que manifestou o desejo de se tornar um
obreiro em tempo parcial ou integral, VOCÊ SERÁ O SEU TUTOR. Havendo mais de um
líder sobre este candidato, iremos considerar o seu ministério principal, ou o líder que
tiver maior disponibilidade e capacidade de fazer este acompanhamento.
Sendo assim, o próximo passo é realizar uma entrevista. Separe tempo para isso, pelo
menos duas horas!
Nós elaboramos um roteiro com perguntas para ajudar a pessoa a refletir mais
profundamente em sua decisão e também para que você possa conhecê-la um pouco
melhor antes que a decisão final de se tornar um obreiro seja tomada.
O objetivo principal aqui não é eliminar ninguém, mas fazer com que a decisão seja
tomada de forma madura e consciente, e ajudar você como líder a ter expectativas
realistas a respeito desta pessoa. Mas pode ser que, neste primeiro momento, vocês
cheguem à conclusão de que não é este o caminho que Deus está apontando.
1 mês
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A primeira parte é enviar para a pessoa as perguntas abaixo, para que ela possa
responder com calma e enviar de volta para você. Dê a ela pelo menos 3 dias.
BAIXE AQUI AS PERGUNTAS QUE SERÃO ENVIADAS AO CANDIDATO
Veja a seguir as perguntas e destacado em azul, qual o entendimento da MPC sobre
estas questões; mas atenção, isso não significa que seja a única resposta correta.
Serve apenas de parâmetro para você, tutor.
Ao se preparar para a conversa, certifique-se de ter dúvidas sobre os tópicos
abordados. Se tiver, procure o RH.
1. O que levou você a escolher fazer parte da MPC? [resposta pessoal]
2. Que semelhança existe para você entre um trabalho “secular” e um trabalho “vocacional”,
missionário? O que há de semelhante é a necessidade de comprometimento, engajamento,
responsabilidade. Um cristão, trabalhando em qualquer lugar, tem como objetivo glorificar a
Deus com tudo o que faz, dando um bom testemunho, e entende também que o seu sustento
vem do Senhor, e não do “emprego”.
3. Que diferença existe para você entre um trabalho “secular” e um trabalho “vocacional”,
missionário? A diferença está na lei que rege cada tipo de trabalho: o “secular” tem regras
que definem os direitos e deveres, numa relação de troca, e onde na grande maioria das
vezes, o que se visa é o dinheiro. O trabalho vocacional tem um enfoque diferente, não há
vínculo empregatício, uma recompensa que não é financeira, e um nível de dedicação muito
maior do que se espera de um trabalho secular.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
4. Por que você deseja ser um obreiro da MPC, e não apenas permanecer como voluntário?
Porque o que Deus tem me chamado a fazer requer de mim mais tempo disponível, que como
voluntário eu não conseguiria realizar.
[Este é um ponto muito importante da conversa. O que justifica uma pessoa não continuar
como voluntária, é que o seu chamado requer TEMPO, mais tempo para desenvolver o seu
ministério. Muitos voluntários fazem um trabalho excepcional em suas horas vagas, nem por
isso se tornam obreiros. Não pode ser porque precisa de um “emprego” e ser obreiro parece
uma boa opção. Não pode ser pelo status ou por conveniência pessoal. O centro da decisão é
o tempo necessário para exercer o ministério; a busca por sustento financeiro é inevitável, mas
não o foco da decisão.]
5. Na sua jornada do chamado, o quanto você está seguro de que Deus está lhe chamando para
servi-lo como obreiro da MPC hoje? [A pessoa pode não ter clareza de um chamado
“definitivo”, mas precisa ter clareza de um chamado para este momento de sua vida. Se ela
não tem esta clareza, sugerimos encaminhá-la para o Coaching de Chamado oferecido pela
MPC Brasil]
6. Do que você terá que abrir mão para dedicar 20 (ou mais) horas semanais para a missão?
[resposta pessoal, com finalidade reflexiva]
7. Como você espera suprir seu sustento financeiro? [Observe o conhecimento da pessoa sobre
suas opções: rede de parceiros, prebenda, trabalho em tempo parcial, familiares, prestação
de serviços, etc.. Considere com ela a compatibilidade dessas opções, com sua decisão de
dedicar tempo como obreiro.]
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
8. Até quando (por quanto tempo mais) você vê a si mesmo trabalhando na MPC como obreiro?
[resposta pessoal, mas ajuda o tutor a ajustar suas expectativas]
9. O que em sua opinião qualifica uma pessoa para ser obreira na MPC? Cite pelo menos 3
coisas. Chamado, amor pela juventude, caráter cristão, coração ensinável, submissão.
[Muito importante enfatizar o amor pela juventude e o caráter]
10. O que em sua opinião desqualifica uma pessoa para ser obreiro na MPC? Cite pelo menos
3 coisas. Histórico de abuso (como agente), incompatibilidade com a declaração de fé,
conduta não condizente com o código de ética, a indisponibilidade para servir o tempo
exigido (20 horas ou mais).
11. Como sua família vê seu ingresso na MPC como obreiro? O que isso representa para você?
[É muito importante haver apoio, ou pelo menos que não haja oposição. Se houver oposição
significativa, principalmente do cônjuge ou dos pais (no caso do filho ser dependente, ou no
caso dos pais dependerem do filho) o tutor deverá consultar o RH para saber como proceder.]
12. Qual a opinião do seu pastor quanto ao seu ingresso como obreiro da MPC? [É muito
importante haver apoio, ou pelo menos que não haja oposição. Se houver oposição
significativa o tutor deverá consultar o RH para saber como proceder.]
13. Que dons e talentos você pretende usar no seu ministério dentro da MPC? [resposta
pessoal, mas que ajuda no aconselhamento vocacional. Veja se a pessoa enxerga no seu
“horizonte” a possibilidade de conciliar o seu potencial com a oportunidade ministerial que
está diante dela.]
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
14. Apresente cinco pontos fracos que você tem. [resposta pessoal, mas ajuda o tutor a ajustar
suas expectativas]
15. Apresente cinco pontos fortes que você tem. [resposta pessoal, mas ajuda o tutor a ajustar
suas expectativas]
16. Você é mais orientado para tarefas, para pessoas ou ambos? [resposta pessoal, mas ajuda
o tutor a ajustar suas expectativas]
17. Como você lida com conflitos ou confrontos? [resposta pessoal, mas ajuda o tutor a ajustar
suas expectativas]
18. O que você faz para se renovar ou aliviar o estresse? [resposta pessoal, mas ajuda o tutor
no aconselhamento]
19. Quais as três qualidades principais que um líder precisa ter, em sua opinião? [resposta
pessoal, mas ajuda o tutor a ajustar suas expectativas]
20. Para você, quais as três coisas mais difíceis de lidar, quando está debaixo da liderança de
alguém? [resposta pessoal, mas ajuda o tutor a ajustar suas expectativas]
21. Como você entende que deve ser a relação entre um obreiro da MPC e a política partidária?
[líderes e obreiros não podem ser filiados a partidos, veja aqui as NORMAS]
22. Eu preciso conversar com três pessoas que possam me dar referências a seu respeito: o seu pastor,
um familiar (se casado, cônjuge; se mora com os pais, um deles; se solteiro e sem relação de
dependência com os pais, qualquer membro da família) e uma terceira pessoa de sua escolha. Por favor
escreva aqui os nomes, e-mails e telefones de cada um. Avise-os que vou entrar em contato com eles.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
A seguir, marque um dia para conversarem. Analise as respostas e converse sobre os
tópicos levantados: a motivação, o chamado, a compreensão que a pessoa tem da
função de um obreiro, os valores, dentre outras coisas. Faça as correções necessárias,
caso na conversa você perceba que há distorções no entendimento que a pessoa tem
sobre o assunto. Orem antes e esteja em espírito de oração. Ore para que a vontade
de Deus seja feita.
Caso você queria ir um pouco mais além, veja no LINK abaixo um modelo de tabela que
o ajudará, como líder, a saber um pouco mais a respeito desta pessoa: características
do perfil, habilidades, pontos de crescimento, etc. O uso da tabela é opcional, mas
muito interessante!
BAIXE AQUI A TABELA a ser utilizada na entrevista.
Entrevistas com três pessoas
Ao final da entrevista, você terá o nome de três pessoas que irão fornecer referências
do candidato (o pastor, um familiar e uma terceira referência livre). O primeiro passo é
pedir que o candidato entre em contato com elas, de preferência logo após o término
da entrevista, informando que você, tutor, irá telefonar para trocar algumas ideias.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Agora você precisa conversar um pouco com estas pessoas. Simplesmente pegue o
telefone, e ligue!
1 Apresente-se e pergunte se a pessoa tem disponibilidade para conversar um pouco
sobre o candidato a obreiro (se não, agende outro horário para conversarem). Se
vocês moram na mesma cidade, agende um encontro pessoal4.
2 Explique que você é o tutor e uma das suas tarefas é buscar três referências sobre
a pessoa que está desejando ser obreira da MPC. Fale que a conversa é
confidencial, mas que você fará anotações, e que as informações ficarão restritas
ao departamento de RH da MPC Brasil.
3 A seguir, pergunte e vá anotando:
• Há quanto tempo você conhece esta pessoa?
• Que áreas você identifica como seus pontos fortes?
• Que áreas você identifica como seus pontos fracos?
• Como você vê o envolvimento desta pessoa com a MPC e, em particular, como obreiro?
• Algo mais que gostaria de nos dizer?
4
Temos observado que muitos processos “travam” nesta fase. Faça um esforço extra e solicite ajuda ao candidato, a fim de ultrapassar as barreiras de agenda e não
perder tempo demais tentando realizar as entrevistas.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
(1) Entrevista com o pastor
Uma das pessoas com quem você irá conversar no momento da busca por referências,
é o pastor. É importante estar sensível ao quanto o pastor conhece a MPC. Mal-
entendidos costumam dominar este campo, com a tendência de tirar conclusões
precipitadas a partir de informações fragmentadas ou mínimas. Esta será uma
oportunidade para entender a visão do pastor em relação ao membro e sua decisão de
tornar-se obreiro da MPC, tirar as dúvidas e procurar ter apoio e entendimento por parte
do pastor sobre como a MPC trabalha.
Além disso, permita que esta conversa abra um canal de comunicação permanente
com o pastor, no sentido de dar a ele liberdade para entrar em contato sempre que
tiver alguma questão sobre o obreiro que deva ser tratada com a MPC. Deixe claro o
posicionamento da MPC em relação ao papel dela, e ao papel da igreja local. Releia o
capítulo do Manual Operacional que trata deste assunto.
Ao nosso ver, devemos buscar entender uma eventual oposição do pastor, porém ela
não é decisiva para impedir uma pessoa de se tornar obreiro da MPC Brasil, pois
infelizmente há posturas (de pastores) que contrariam totalmente o bom senso e a
visão de Reino. Portanto, caso a oposição aconteça, vamos analisar melhor a situação
antes de qualquer conclusão final.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
(2) Entrevista com familiares (pais, ou cônjuge, ou outros)
Sobre os familiares, temos três situações que merecem atenção especial:
1.O obreiro é dependente dos pais (seja pela idade, ou porque mora na casa deles).
2.O obreiro é casado.
3.Os pais do obreiro dependem dele (cuidados, financeiramente).
Informe-se sobre qual a situação do obreiro. Se a conversa é com um cônjuge ou os
pais, programe uma visita em família ou, se não for possível, um telefonema a fim de
conversar a respeito do envolvimento do candidato com a MPC, e qual a visão dos pais
ou cônjuge. Solicite apoio, explique a importância que a MPC dá a eles, ore por e com
eles. Se houver oposição, entre em contato com o RH para analisarmos o caso com
mais atenção.
Lembre-se, porém, que, se o obreiro não se enquadra nos casos “especiais” de família,
uma rápida conversa por telefone é suficiente.
(3) Entrevista com uma terceira referência livre
O candidato poderá indicar um amigo, outro obreiro da missão, de sua igreja ou mesmo
outro familiar. Com esta pessoa, a conversa não necessita ser presencial (nos outros
casos, é melhor fazer pessoalmente, sempre que possível). Siga os passos
apresentados no início deste tópico.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Carta 1: intenções do candidato para o RH
Após estas etapas, chegou o momento do candidato “se apresentar” para o
departamento de Recursos Humanos. Para isso, ele escreverá uma “carta de
intenções”, que será encaminhada ao RH pelo tutor, e irá cobrir as seguintes
informações:
1 Apresentação.
2 Seu chamado para o ministério com juventude
3 A razão de escolher a MPC
4 Porque deseja ser um obreiro, e não permanecer como voluntário
5 Como o seu projeto ministerial justifica a necessidade de uma dedicação mínima
de 20 horas semanais
6 Quais os seus planos a médio prazo (1 a 2 anos)
7 Como planeja levantar o seu sustento
8 O que a MPC pode esperar de você e o que você espera da MPC.
1 semana
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Carta 2: apresentação do tutor para o RH
Ao mesmo tempo, o tutor irá escrever uma carta para o departamento de Recursos
Humanos, com cópia para os líderes acima dele (se for o caso), com as seguintes
informações:
1 Pontos favoráveis ao candidato tornar-se obreiro
2 Formação profissional, dons e habilidades do obreiro
3 Pontos de atenção que precisam ser tratados
4 Seu parecer pessoal sobre as intenções do candidato
5 Qual o “status” de Prebenda5 do obreiro: recebe, não recebe, ou “em andamento”.
6 Alguma informação adicional que achar relevante.
5
Há uma regulamentação específica sobre o recebimento de prebenda que deverá ser consultada pelo tutor a fim de verificar
se o obreiro (ou o candidato), caso já receba prebenda, está seguindo as diretrizes do RH da MPC Brasil. Ela não substitui
este Guia e é complementar a ele.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
RH faz o deferimento juntamente com liderança nacional correspondente
O RH, juntamente com as lideranças correspondentes (até chegar à instância nacional)
irá sinalizar o prosseguimento ou não das próximas etapas.
Caso a resposta seja negativa, é importante que a justificativa seja documentada
também em forma de carta, e que o tutor seja claramente informado a respeito dos
motivos que levaram à interrupção do processo.
O tutor é que informará ao candidato sobre a resposta do RH e da instância nacional.
Porém, se houver necessidade, um representante do RH responsável pelo caso poderá
entrar em contato pessoalmente com o candidato.
Sendo a resposta positiva, segue-se ao passo seguinte.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Início no processo
O candidato que já tiver completado com sucesso as etapas 1, 2 e 3 deste
Credenciamento, será orientado a respeito do seu sustento financeiro. Tendo como
pano de fundo os valores da responsabilidade e dignidade, a MPC se preocupa em
guiar o novo obreiro de forma a prevenir problemas financeiros por falta de
planejamento. Sendo assim, o candidato irá ingressar no Coaching para formação da
Rede de Parceiros. Este programa consiste em 9 sessões, durante o período de 3
meses, com atividades orientadas que devem ser executadas dentro dos prazos
estabelecidos. Para entender melhor como funciona, clique aqui.
Esta experiência é central para o credenciamento, porque ela fundamenta toda a visão
que a MPC adota em relação ao dinheiro e ao sustento financeiro do obreiro, além de
instrumentalizar de maneira muito prática e permanente o futuro obreiro, que deverá
ter como principal fonte de sustento os seus parceiros.
Enquanto o candidato estiver realizando as sessões de coaching da rede, o tutor deve
manter contato regular para saber sobre seu desenvolvimento no processo.
3 meses
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Mobilizar parceiros até atingir promessa de cobertura de 100% do planejamento orçamentário
de curto prazo
Agora é colocar a mão na massa! O Coaching da Rede de Parceiros dá todo suporte
para que o candidato a obreiro faça contato com os parceiros em potencial.
É importante ele obter a promessa de 100% de cobertura do seu orçamento de curto
prazo, incluindo as outras fontes de receita existentes (prebenda, igreja, prestação de
serviços etc.). Veja que estamos falando de “promessa de 100%”, porque sabemos que
pode haver uma baixa de até 20% a 30% no valor prometido pelos parceiros, de
maneira que um eventual déficit não tenha um impacto tão negativo na receita final.
Curto prazo, porque há níveis de planejamento que envolvem despesas importantes,
mas não essenciais. Entendemos que o candidato já pode ser efetivado se alcançar a
meta de curto prazo, suprindo as necessidades básicas e mais urgentes.
Esta mobilização poderá não ter sido concluída ao final do coaching/treinamento da
Rede de Parceiros, portanto o tutor deverá seguir acompanhando o candidato neste
quesito até que ele de fato possa ser efetivado como obreiro. O que desejamos é evitar
o risco do obreiro se “acomodar” e entrar numa rota de endividamento.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Reunião entre o coach da rede e o tutor
Quando a parte do coaching da Rede terminar, o coach deverá preencher um relatório
e entrar em contato com o tutor a fim de avaliarem juntos se o candidato já pode ser
efetivado, de acordo com os critérios apresentados no tópico anterior. Nesta rápida
reunião, os dois deverão analisar os 4 documentos abaixo que foram produzidos
durante o coaching/treinamento da Rede de Parceiros:
1 Planejamento e controle orçamentário do candidato
2 Lista de parceiros confirmados até o momento
3 Plano Ministerial do candidato
4 Relatório do coach da Rede
O tutor envia e-mail para o RH solicitando a efetivação do novo obreiro
A etapa 4 termina quando o tutor envia os documentos listados acima para o e-mail do
RH, informando que o candidato tem condições de ser efetivado. Esta decisão será
tomada em conversa com o coach da Rede e com o próprio candidato, obedecendo ao
critério explicado em tópico anterior. Se necessário, a efetivação deverá ser adiada até
que a meta de curto prazo seja alcançada.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Assinatura de documentos
Tendo concluído a mobilização de recursos de curto prazo, é hora de efetivar! Quem irá
sinalizar ao RH que o obreiro já pode ser efetivado é o seu tutor. O novo obreiro assinará
um Termo de Adesão do Obreiro, além do Código de Ética, Declaração de Fé e
Declaração de compromisso com a Proteção à criança e ao adolescente. É da
responsabilidade do RH encaminhar esta documentação, que deverá ser assinada,
digitalizada e enviada de volta.
Ingresso oficial no Cadastro de Obreiros
O último passo será entrar no banco de dados da MPC Brasil e inserir os dados de
cadastro do novo obreiro! É possível que após a conclusão de todas estas etapas, o
obreiro esteja pendente com os CURSOS que precisa fazer (o Módulo 1 do Treinamento
de Líderes, e o EAD de Capacitação de Líderes caso seja líder ou vice-líder de cidade).
Isso irá constar no seu Cadastro como pendente, e será atualizado assim que os cursos
forem concluídos.
1 semana
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ACOMPANHAMENTO DE OBREIROS: o dia a dia
Agora, vamos aos compromissos que um obreiro remunerado da MPC Brasil precisa
cumprir:
Pagamento do INSS
Os obreiros se enquadram na categoria de Ministro de Confissão Religiosa, portanto
são Contribuintes Individuais. Mas o que isso quer dizer?
O Ministro de Confissão Religiosa é aquele membro de Organização Religiosa
separado para um serviço especial diante de uma congregação. Seu papel,
independente de Ordem ou Viés Teológico, não se liga à entidade a qual ministra
por intermédio de prestação de serviços formais ou vínculos de emprego. A partir
de sua Vocação Religiosa, dedica-se a atividades de cunho exclusivo de fé, não se
confundindo com atividade profissional e nenhum dos aspectos pertinentes, a
saber: Pessoalidade, Onerosidade, Não eventualidade e Subordinação.6
O obreiro deve fazer seu registro junto à Previdência Social a fim de obter seu Número
de Inscrição do Trabalhador (NIT), cadastrando-se como “Ministro de confissão
religiosa” (quem já possui número de PIS, PASEP ou NIS, não precisa fazer
inscrição, basta usar este número).
6
http://www.diakonosassessoria.com.br/congrua-ou-prebenda-entendendo-a-renda-pastoral/
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
Leia aqui todas as informações de como fazer sua contribuição individual, passo a
passo.
Todos os meses o obreiro deverá efetuar o recolhimento do INSS, pois ele é um
segurado obrigatório e deverá estar em dia com a Previdência Social.
Relatório ministerial mensal
Além da parte financeira, temos a prestação de contas ministerial. A proposta deste
relatório é estimular o obreiro a trabalhar em cima de uma agenda “pró ativa”, ou seja,
não apenas “fazer o que for aparecendo”, mas estabelecer metas e trabalhar para
alcançá-las. No relatório, terá tanto a oportunidade de sinalizar o que conseguiu fazer,
quanto de listar as metas para o próximo mês. Além disso, perguntas como “o que
temos para celebrar”, “pedidos de oração” e “crescimento espiritual” ajudam o líder a
acompanhar outros aspectos da vida do obreiro, e não apenas suas atividades. Os
relatórios ministeriais devem ser enviados até o dia 10 do mês subsequente, ao líder
direto do obreiro. Veja aqui o modelo.
O líder do obreiro precisa desenvolver a capacidade de conciliar os objetivos da
organização (ou seja, nossa visão e missão), com os interesses pessoais do obreiro.
Sim, esta pessoa foi chamada primeiramente por Deus para servir à juventude, e a
MPC é um meio pelo qual isso será feito. Portanto, todas as etapas de recrutamento,
seleção, treinamento e supervisão que são ensinadas em nossos cursos sobre
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
liderança de voluntários, naturalmente se aplicarão na liderança de obreiros. O que
muda? O tempo de dedicação. Um obreiro assumiu um compromisso de se dedicar
mais horas por semana do que um voluntário. Ambos devem ser igualmente
comprometidos, do ponto de vista dos valores do Reino. Mas sem dúvidas o obreiro irá
realizar mais, porque tem mais tempo e sua “entrega” ao trabalho é maior. Contudo,
isso jamais poderá ser conduzido numa perspectiva “chefe-empregado”, porque seria
algo totalmente fora do contexto da nossa relação com o obreiro. O seu foco como líder
sempre será pastoral e pedagógico, visando desenvolver a pessoa de maneira integral,
a fim de que o seu trabalho flua da sua relação com Deus, como já mencionamos nos
nossos Valores, e seja consequência de sua paixão e desejo de servir.
Envio do planejamento orçamentário anual (ou antes, se houver necessidade)
Durante o Coaching da Rede de Parceiros, os participantes deverão produzir uma
previsão orçamentária para saber quanto precisam levantar para o seu sustento. É
importante destacar que, se outros membros da família colaboram com a receita da
casa, este orçamento deve constar apenas o que é da responsabilidade do obreiro.
Além do planejamento, eles serão encorajados a realizar o controle mensal de suas
receitas e despesas. Nossa intenção é estimular uma boa administração financeira e
mordomia, de forma que nossos obreiros tenham dignidade e saúde financeira.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
O RH da MPC Brasil também vai solicitar, a todos os obreiros, o envio anual do seu
planejamento financeiro. Havendo uma grande mudança fora do “calendário anual”
(por exemplo, casamento, novo membro na família, mudança de cidade etc.) o obreiro
também deverá, inevitavelmente, fazer um novo planejamento orçamentário e enviá-lo
ao departamento de pessoal do RH.
Formulário de transparência financeiro trimestral
Conforme já falamos, a transparência é um valor muito importante para nós aqui.
Sendo assim, a cada três meses os obreiros terão a oportunidade de enviar para o
Departamento Pessoal do RH as informações do total de entradas, saídas e saldo de
cada mês. É um formulário muito simples que permitirá um acompanhamento não só
para prestação de contas, mas também e especialmente para o cuidado com nossos
obreiros.
Se o formulário indicar um déficit constante, o departamento de Mobilização de
Recursos será acionado a fim de auxiliar o obreiro na recuperação de seu equilíbrio
financeiro. Se a arrecadação do obreiro estiver acima de 30% do orçamento feito,
considerando a prebenda e/ou rede de parceiros, a situação será avaliada pelo RH em
conjunto com o tutor para uma destinação que seja justa e coerente com a realidade
do obreiro e com os valores relacionados à gestão financeira citados no início deste
Guia.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
DESLIGAMENTO DE OBREIROS: fechando um ciclo
Quando a Cidade ou Ministério não tiver recursos para pagar a prebenda, é importante
que a situação seja colocada com total transparência. Espera-se que o obreiro tenha
outras fontes de sustento, e que a falta de recursos da missão seja uma condição
temporária. O obreiro não deve ser “desligado” de sua condição simplesmente pela
falta de recursos financeiros, mas juntos devem buscar uma solução para o problema.
Pode ser, contudo, que o próprio obreiro queira se desligar, por motivos pessoais.
Neste caso, a MPC poderá solicitar um tempo de transição para o treinamento de um
substituto, se necessário. Se ele recebe prebenda, terá sua oferta transferida
proporcionalmente ao tempo trabalhado até o dia do desligamento. Uma vez que não
existe um vínculo empregatício, não cabe à MPC nenhuma obrigação “legal”, mas
apenas o cuidado e consideração que se fizerem necessários, avaliando-se caso a
caso.
O Termo de Desligamento mencionado ao final deste tópico também deverá ser
assinado.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
E quando a MPC tiver que desligar um obreiro?
1 Talvez seja possível evitar a saída. Avalie de forma precisa e honesta o que pode
estar levando a pessoa a não realizar sua tarefa adequadamente e veja quais
correções podem ser feitas de forma a não ser necessário desligá-la:
• É esperado que a pessoa faça algo para o qual não foi devidamente orientada?
Se for o caso, ofereça treinamento.
• É a pessoa certa no lugar errado? Se for o caso, experimente remanejamentos.
• Há desorganização, desmotivação ou algum problema comportamental? Exorte,
ensine e acompanhe.
Se diante de todas as tentativas, o problema persistir, peça ajuda ao seu Conselho
Local ou a alguma instância superior que possa aconselhar e avaliar a situação. Não
desligue um obreiro sob pressão emocional e jamais ataque o caráter da pessoa.
Busque ajuda para você também.
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GUIA PARA TUTORES DE OBREIROS – VERSÃO 2020
2 Sanções. Pode ser necessário ir além das “conversas”. Alguns exemplos:
• Problemas de comportamento:
o O não cumprimento das atividades acertadas com seu líder, após várias
revisões e reuniões de feedback.
o A não utilização do tempo mínimo de 20 horas destinado às tarefas da missão.
o Resistência à resolução de conflitos de relacionamentos.
• Decisões ou problemas externos:
o Filiação a um partido político.
o Não estar em plena comunhão com uma igreja cristã por período maior do que
6 meses.
• Queda moral, descumprimento do Código de ética ou quebra de princípios
inerentes aos valores e declaração de fé da MPC Brasil.
As sanções seguirão a seguinte ordem:
1º. Advertência verbal aplicada pelo líder direto;
2º. Advertência escrita registrada no banco de dados;
3º. Suspensão, após aplicação da advertência verbal e escrita;
4º. Desligamento, realizado pela instância nacional da MPC Brasil.
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O desligamento será imediato, sem o cumprimento das etapas de advertência e
suspensão, quando:
• Houver o descumprimento ou conduta que fere os objetivos, finalidades, crença,
visão e missão da MPC Brasil;
• Incidir em vivência homoafetiva, bem como fazer apologia à mesma;
• Incidir em exposição sensual do corpo, comportamento ou vivência que enfoque,
insinue ou venha a despertar a relação ou o desejo sexual fora dos limites do
casamento;
• Prática de crime ou contravenção; e
• Insubmissão aos dirigentes da MPC.
Nenhum desligamento será feito sem o debate, conhecimento, aprovação e
participação da liderança nacional.
Ao ser desligado da função de obreiro, este deverá assinar um Termo de Desligamento.
E o líder imediato deverá enviar uma carta à igreja do obreiro comunicando o seu
desligamento, além de um telefonema ao pastor, como forma de consideração e
respeito. O teor da carta deve ser cortês, sem muito detalhamento, e coerente com o
contexto em que o desligamento foi realizado. Em casos mais graves, é prudente
informar as igrejas parceiras da cidade que a pessoa desligada não mais representa a
MPC Brasil, contudo sem entrar em muitos detalhes.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Já foi dito que o maior bem de uma organização é o seu pessoal. E de fato, o cuidado
com as pessoas tem sido hoje uma das nossas prioridades dentro da MPC. Este Guia
é fruto do trabalho de muitas pessoas, através de reuniões, debates, trocas de
mensagens, ponderações e pesquisas. Fica aqui a minha imensa gratidão por esta
família dedicada!
Sabemos que nenhum modelo de trabalho é infalível e por isso estará sempre sujeito
a reformulações. Mas celebramos esta conquista, e temos em mãos um recurso que
em muito nos ajudará neste objetivo de fortalecer as equipes e dar um suporte maior
às pessoas que têm sido chamadas por Deus para servi-lo em tempo parcial ou integral
na Mocidade para Cristo. Contamos com você para nos ajudar na implementação
destas diretrizes e normas, sabendo que a nossa meta através de todas estas coisas é
tornar cada vez mais possível que cada jovem e adolescente do nosso país tenha a
oportunidade de se tornar um seguidor de Jesus Cristo!
Vamos ao trabalho!
Equipe de Recursos Humanos
Mocidade para Cristo do Brasil.