SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Baixar para ler offline
by: Renata Sofia
1
Métodos de estudo da geosfera terrestre
Métodos diretos:
by: Renata Sofia
2
by: Renata Sofia
3
Vulcanologia
Vulcanismo - Os fenómenos de vulcanismo constituem uma manifestação da
energia que existe na Terra.
Vulcanismo primário - Caracteriza-se pela ocorrência de erupções vulcânicas.
Vulcanismo secundário - Após o período activo, um vulcão entra na fase de
repouso, com manifestações secundárias ou formas atenuadas de vulcanismo.
Vulcão – Abertura na superfície da Terra, através da qual a lava (magma fundido
e parcialmente desgaseificado) e outros materiais são expelidos do interior da Terra.
Erupção vulcânica - Ascensão e desgaseificação de um magma que originará, em
consequência da sua consolidação, lavas e posteriormente rochas vulcânicas.
Tipos de erupções
Origem do magma - A astenosfera é uma zona do manto superior na qual se
verifica a fusão de uma pequena fracção de rocha devido aos valores de pressão e
temperatura. Esta fracção fundida, menos densa, tende a ascender e a concentrar-se
em câmaras magmáticas.
Magma - Material silicatado, total ou parcialmente fundido e provido de
mobilidade. Devido à sua mobilidade e temperatura, as rochas encaixantes (que
envolvem a câmara magmática) estão submetidas a enormes pressões. Quando o
limite de resistência é ultrapassado, os materiais rochosos encaixantes quebram e o
magma ascende até à superfície.
by: Renata Sofia
4
Classificação dos magmas
Maior percentagem de sílica (>% de sílica) = ácidos ou graníticos
Menos percentagem de sílica (<% de sílica) = básicos ou basálticos
Caraterísticas dos magmas
Magmas graníticos:
 Grande % de sílica;
 Ácidos;
 Viscosos;
 Claros;
 Ponto de fusão baixo;
 Densidade baixa;
 Formam piroclastos.
Magmas basálticos:
 Pequena % de sílica;
 Básicas;
 Fluidos;
 Escuros;
 Ponto de fusão elevado;
 Densidade elevada;
 Forma lavas.
Tipos de materiais expelidos: Sólidos, líquidos e gasosos.
Sólidos ou piroclásticos:
 Poeiras ou cinzas < 2 mm
 Lapili ou bagacina 2-64 mm
 Bombas ou blocos < 64 mm
 Pedras-pomes
by: Renata Sofia
5
Líquidos
 Fluidos: Ricos em minerais ferromagnesianos
 Viscosos: Ricos em sílica
Gasosos
 Dióxido de carbono
 Vapor de água
 Monóxido de enxofre
 Dióxido de enxofre
 Cloretos
 Ácido clorídrico
Tipos de actividade vulcânica – Explosiva, efusiva e mista.
Erupções explosivas - As lavas são muito viscosas, fluem com dificuldade e
impedem a libertação de gases, ocorrendo por isso, violentas explosões. Devido à sua
viscosidade, a lava, por vezes, não chega a derramar constituindo estruturas
arredondadas, chamadas domas ou cúpulas. Noutras situações a lava solidifica
mesmo dentro da chaminé, formando agulhas vulcânicas, que podem mais tarde
ficar a descoberto devido à erosão do cone. Nas erupções explosivas os cones são
essencialmente formados pela acumulação de piroclastos.
Erupções efusivas - O magma é fluído, a libertação de gases é fácil e a erupção é
calma, com derramamento de lava abundante a altíssima temperatura. A lava
desliza rapidamente, espalhando-se por grandes distâncias. Se os terrenos forem
planos, a lava pode cobrir grandes áreas, constituindo os mantos de lava. Se houver
declive acentuado, pode formar "rios" ou escoadas de lava, denominados correntes de
lava ou também escoadas lávicas. Os vulcões predominantemente efusivos, quando
formam cones, são baixos, pois a lava espalha-se por grandes superfícies. O
vulcanismo dos fundos oceânicos é do tipo efusivo.
by: Renata Sofia
6
Erupções mistas - Assumem aspectos intermédios entre os descritos, observando-se
fases explosivas que alternam com fases efusivas. Nas erupções intermédias formam-
se cones mistos, em que alternam camadas de lava com camadas de piroclastos. As
explosões são explicadas pela entrada de água na chaminé ou na câmara
magmática, que devido às altas temperaturas, se vaporizou, originando uma grande
quantidade de água. Por essa razão, deu-se um aumento da pressão interior,
tornando a erupção periodicamente explosiva.
Tipos de lavas – Escoriáceas, encordoadas e “pillow lava”.
Escoriáceas - lavas fluidas que se deslocam lentamente. Após a sua solidificação
originam superfícies ásperas, rugosas e irregulares devido à perda rápida de gases.
Encordoadas - lavas muito fluidas que fluem sob uma crosta consolidada e que se
deslocam com grande facilidade. Após a sua solidificação originam superfícies lisas e
de aspecto semelhante a cordas.
Pillow lava - características das erupções submarinas, têm formas arredondadas
devido ao movimento das águas (parecidas com almofadas).
Vulcanismo secundário - Após o período activo, um vulcão entra na fase de
repouso, com manifestações secundárias ou formas atenuadas de vulcanismo nas suas
imediações.
Fumarolas - Emissão de produtos residuais gasosos.
Mofetas - Ricas em água e dióxido de carbono; temperatura mais baixa.
Sulfataras - Ricas em ácido sulfídrico que reage com o oxigénio, dando origem à
libertação de dióxido de carbono e à formação de depósitos de enxofre.
by: Renata Sofia
7
Nascentes termais - Emanações ricas em água, dióxido de carbono e sais minerais.
Temperatura elevada. Origem profunda águas magmáticas ou juvenis águas
meteóricas.
Géiseres - Emanações de água a elevadas temperaturas. Repuxos intermitentes e
periódicos atingindo grandes altitudes.
Caldeira - Lago ou lagoa formado em consequência da subsidência (abatimento) e
colapso da cratera, devido ao esvaziamento parcial da câmara magmática.
Vulcanismo associado às placas tectónicas
by: Renata Sofia
8
Hot spot
by: Renata Sofia
9
Sismologia
Abalos premonitórios – Movimento brusco da crusta terrestre, de pequena
duração e de fraca intensidade, que ocorre antes do sismo principal. Os abalos
premonitórios, também designados preliminares, são, afinal, pequenos sismos que
precedem o sismo principal, claramente mais intenso.
Réplicas – Sismos de menor intensidade que ocorrem após o sismo principal.
Hipocentro – Local no interior da Terra onde o sismo tem origem.
Epicentro – Local à superfície onde o sismo é sentido com maior intensidade,
localiza-se na vertical do hipocentro (se for na crosta oceânica, dá-se um maremoto).
Fenómenos que estão na origem dos sismos
Naturais:
 Movimentos tectónicos (são os mais frequentes e perigosos)
 Abatimento de terrenos
 Fenómenos vulcânicos (o magma ao ascender poe provocar pequenos abalos
sísmicos)
Artificiais:
 Provocados pelas atividades humanas (enchimento de barragens, explosões
em minas, pedreiras e outros, explosões nucleares)
“Por vezes os sismos artificiais são induzidos, para fins investigativos (usado
como método indirecto para estudar a geosfera terrestre).”
by: Renata Sofia
10
Forças que desencadeiam sismos
Forças compressivas – Atuam sobre as rochas e tendem a reduzir o seu volume,
podendo originar a sua fratura.
Forças distensivas – Atuam sobre as rochas e tendem a alongá-las ou a provocar-
lhes fraturas.
Forças de cisalhamento – Provocam movimentos paralelos em sentidos opostos e
tendem a fraturar rochas.
Natureza dos materiais:
 Elástica – Após a aplicação da força os materiais retornam à sua forma
inicial.
 Plástica – Após a aplicação da força os materiais mantêm a sua
deformação.
 Rígida – Com a aplicação da força os materiais partem/fraturam.
by: Renata Sofia
11
Se for ultrapassado o limite de elasticidade e plasticidade dos materiais,
eles vão partir.
Comportamento dos materiais
Frágil – Sujeitos a tensões, os materiais tendem a partir facilmente. Este tipo de
comportamento está associado a materiais de natureza rígida em condições de baixa
temperatura e pressão e relaciona-se com a formação de falhas.
Dúctil – Sujeitos a tensões sofrem alterações permanentes de forma e/ou volume,
sem chegarem a fraturar. Este tipo de comportamento está associado a materiais
que adquirem uma natureza plástica em condições de temperatura e pressão mais
elevadas e relaciona-se com a formação de dobras.
Ductilidade – Propriedade que representa o grau de deformação que um material
suporta até ao momento da sua ruptura. Materiais que suportam pouca, ou
nenhuma deformação são considerados materiais frágeis.
by: Renata Sofia
12
Teoria do ressalto elástico
Tensões exercidas nas rochas provocam o
acumular de energia potencial e a sua lenta
deformação (o atrito e a resistência das rochas
impede que ocorra já uma deslocação).
Ultrapassado o limite de resistência/
elasticidade/ plasticidade e o atrito dessas
rochas (comportamento frágil) ocorre o
ressalto dos blocos rochosos, os quais se irão
movimentar de forma brusca.
A energia acumulada (por vezes durante
séculos) é agora libertada (em parte sob a
forma de calor, mas também sob a forma
de ondas sísmicas que se propagam no
interior da Terra).
A energia liberta-se em profundidade,
mas atinge a superfície terrestre, porquê?
Porque as ondas sísmicas são o veículo de
transmissão dessa energia.
A teoria do ressalto elástico foi estabelecida por H. F. Reid
com base em estudos geodésicos que realizou após o sismo
de 1906 em São Francisco, Califórnia, de um e do outro
lado do segmento da falha de Santo André que sofreu
ruptura durante este sismo (é bem evidente que ocorreu
um deslocamento).
Sismo = Relaxamento do planeta
Vibração elástica de partículas dos materiais rochosos do globo terrestre originada
pela libertação de energia acumulada.
by: Renata Sofia
13
Sismos profundos e superficiais
Dificilmente sismos com epicentro num domínio continental apresentam um foco
superior a 20 km de profundidade.  Porquê?
É a partir dessa profundidade, com o acréscimo da temperatura, as rochas começam
a assumir um comportamento mais dúctil. A não ser que se trate de um local de zona
de subducção. Aí sim, e devido às enormes pressões, o ponto de fusão dos materiais
rochosos é mais elevado e eles podem comportar-se como frágeis a uma maior
profundidade.
As ondas sísmicas
Quando ocorre um sismo, a energia libertada a partir do hipocentro provoca a
vibração elástica das partículas circundantes mais próximas, fazendo com que estas se
desloquem (oscilam e voltam à posição inicial).
Este momento é depois transmitido partícula a partícula pelo interior da Terra,
ocorrendo assim a sua propagação – ondas sísmicas.
Raio sísmico – Trajectória perpendicular à frente de
onda.
Frentes de onda – Superfície que separa as
partículas que já entraram em vibração daquelas que
ainda estão estáticas (nessa superfície todos os pontos
se encontram no mesmo estado de vibração).
Tipos de ondas sísmicas
Ondas profundas – Propagam-se no interior da Terra. São muito estudadas, o
conhecimento da sua velocidade de propagação é que permite deduzir as diferentes
propriedades dos materiais do interior da Terra, bem como a que profundidades
essas diferenças se encontram.  Ondas P e S.
Ondas superficiais – Propagam-se apenas à superfície da Terra. A chegada das
ondas profundas à superfície desencadeia a formação deste tipo de ondas, que são
mais lentas, responsáveis pela destruição, responsáveis pela destruição e se propagam
a uma velocidade constante.  Ondas L e R.
Os diferentes tipos de ondas sísmicas, distinguem-se:
 Pelo tipo de movimento que provocam nas partículas;
 Pelos locais onde se propagam;
 Pela sua velocidade.
by: Renata Sofia
14
Ondas P – (ondas primárias, longitudinais ou compressivas)
 São as primeiras a serem
registadas pelos sismógrafos;
 São as mais rápidas;
 Provocam nas partículas
dos materiais rochosos uma
vibração paralela à direcção de
propagação;
 A sua passagem provoca
alternadamente movimentos de
compressão e distensão,
ocorrendo variação do volume;
 A sua velocidade varia com a densidade e rigidez dos materiais atravessados;
 Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos.
Ondas S – (ondas secundárias ou transversais)
 São registadas pelos sismógrafos
alguns instantes após a chegada das
ondas P;
 São mais lentas que as ondas P;
 Provocam nas partículas dos
materiais rochosos uma vibração
perpendicular à direcção de
propagação;
 A sua passagem provoca mudanças na forma do material (deformação), no
entanto, sem ocorrer variação do volume;
 A sua velocidade varia com a densidade e rigidez dos materiais atravessados;
 Só se propagam em meios sólidos.
A – Ondas P
B – Ondas S
by: Renata Sofia
15
Ondas superficiais
Ao atingirem a superfície, as ondas P e S interferem com ela e originam as ondas de
superfície – estas caracterizam-se por apresentarem uma grande amplitude e, por
isso são as que causam maiores prejuízos.
Ondas R
 As partículas manifestam movimentos circulares (retrógrados) num plano
perpendicular à propagação da onda;
 São lentas, apresentam grande amplitude e uma velocidade constante.
Ondas L
 As partículas movem-se em “zig-zag” (horizontalmente e perpendicular à
propagação da onda);
 São lentas, apresentam grande amplitude e uma velocidade constante.
Como é possível saber-se que as ondas P se propagam em meios
sólidos, líquidos e gasosos?
Geram-se ondas de natureza sísmica em
laboratório, às quais se submetem
diferentes tipos de rochas em diferentes
estados físicos. Regista-se a velocidade das
ondas e compara-se depois com a
velocidade real das ondas no interior da
Terra (através da análise de sismogramas).
Assim e indirectamente, conhece-se o
interior do planeta Terra.
by: Renata Sofia
16
Propriedades das ondas – (geral)
Amplitude – Distância
máxima de afastamento de
uma partícula em relação à
sua posição em repouso.
Período – Tempo que
decorre entre uma oscilação
completa.
Frequência – Número de
oscilações num dado
período de tempo.
Estudo de ondas sísmicas
Num sismograma nunca aparece uma linha perfeitamente reta, é que existe
“barulho/ ruído de fundo” – agitação industrial, circulação de automóveis,
etc… Todas estas vibrações ficam registadas.
Existem vários tipos de sismógrafos:
 Verticais;
 Horizontais (N-S) e (E-W).
Baixa amplitude.
Menos destrutivas
que as ondas S ou
de superfície.
As ondas S têm uma
amplitude superior às ondas
P.
As ondas superficiais têm
uma grande amplitude e
são de longa duração.
Destrutivas
by: Renata Sofia
17
Variação do tempo de chegada das ondas sísmicas e a sua relação
com a distância ao epicentro
Quanto mais distante do epicentro, maior é o atraso verificado entre
a chegada das ondas P, em relação às ondas S.  Porquê?
Sendo as ondas S mais lentas, quanto mais distante do epicentro se localiza uma
estação sismográfica mais se acentua esta diferença de tempo.
É este atraso nos tempos de chegada entre as ondas P e S que permite
determinar a distância epicentral (distância da estação sismográfica ao
epicentro).  Basta recorrer a gráficos padrão de tempo-distância.
Maior atraso  Maior distância ao epicentro
Para conhecer a localização do epicentro, e não a distância ao epicentro. Para
isso precisamos de 3 ou mais estações sismográficas
Velocidade de propagação das ondas sísmicas no interior da Terra
Se a Terra fosse uma esfera homogénea, ou seja, se a composição e propriedades
físicas dos materiais fossem idênticas em qualquer ponto do Globo, a velocidade das
ondas sísmicas devia manter-se constante em qualquer direcção e as trajectórias dos
raios sísmicos seriam retas.
by: Renata Sofia
18
Se a velocidade de propagação das ondas sísmicas é tanto maior quanto mais
profundamente elas mergulham, tem de concluir-se que a rigidez aumenta muito
mais com a profundidade do que a densidade.
Por que motivo as trajectórias dos raios sísmicos através da Terra são
curvilíneas?
Se considerarmos vários meios em que haja um
aumento regular da velocidade com a
profundidade o trajeto dos vários raios sísmicos,
através desses meios, terá a concavidade virada
para a superfície em virtude de a série de
refracções dar origem a ondas com a concavidade
voltada para cima.
Descontinuidade – Superfície que separa meios
com propriedades físicas diferentes.
1 - Como se explica que a estação
A receba apenas um conjunto de
ondas P e S?
2 - Relacione a informação dada
por Mohorovicic com os dados dos
esquemas.
3 - Que caraterísticas dos materiais
podem explicar o diferente
comportamento dos dois conjuntos
de ondas P e S, registados em
determinadas estações.
by: Renata Sofia
19
1 – Conhecendo exactamente a distância epicentral, bem como o momento preciso
em que ocorreu o sismo, Mohorovicic pensou que um grupo de ondas P e S seguiu um
caminho mais direto entre o foco e a estação com a velocidade prevista,
correspondente à velocidade calculada pela crosta.
2 – Um grupo de ondas P e S seguiu um caminho mais direto entre o foco e a
estação. Outro grupo de ondas devia ter encontrado um meio com rigidez e outras
caraterísticas físicas diferentes e teria desviado a trajectória e modificado a
velocidade das ondas. Este último grupo devia ter sido refratado no interior da Terra,
a sua velocidade aumentou tendo chegado à estação C antes das ondas do primeiro
grupo.
3 – Às estações localizadas até 200 km do epicentro só chegam as ondas que se
propagam através da crosta, com uma velocidade mais baixa. As estações
localizadas entre 200 e 800 km dois tipos de ondas P e dois tipos de ondas S: as
ondas propagadas na crosta e ondas refratadas no manto, que chegam mais cedo,
pois atingem maior velocidade. Estações localizadas a maiores distâncias apenas
recebem ondas refratadas no manto. Os meios apresentam densidade e rigidez
diferentes.
Descontinuidade de Mohorovicic
Presumiu que existia um limite
que define a transição entre a
crosta e o manto. Atualmente
designa-se por descontinuidade
de Mohorovicic ou
descontinuidade de Moho. Esta
descontinuidade situa-se a
profundidades entre os 5 a 10 km
nas placas oceânicas e os 35 a 70
km nas placas continentais.
A maior velocidade das ondas sísmicas nas placas
oceânicas é explicada pelo facto de serem
formadas por rochas basálticas maís rígidas do
que as rochas graníticas que compõem os
continentes.
by: Renata Sofia
20
Zona de baixas velocidades
1 – A partir da descontinuidade de Moho a velocidade das ondas aumenta,
começando a diminuir a partir dos 100 km.
2 – Entre os 100 e os 210 km a velocidade das ondas diminui, voltam a partir daí a
aumentar lentamente.
3 – A zona de baixa velocidade deve justificar-se pela mudança de estado físico da
matéria que constitui a zona em questão. Será uma zona pouco rígida, mais plástica.
4 – Um dos pontos da teoria da tectónica de placas assenta no facto das placas
flutuarem sob uma zona mais plástica, a astenosfera, o que corresponderá à zona de
baixas velocidades
1 – As ondas sísmicas sofrem refracção e descontinuidade entre o meio I e o meio II.
2 – As ondas terão passado por um meio mais rígido, pelo que a velocidade de
propagação das ondas aumentou.
3 – Pelo facto de a velocidade de propagação aumentar, pode-se inferir que o meio
II é mais rígido do que o meio I.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estrutura e Dinâmica da Geosfera
Estrutura e Dinâmica da GeosferaEstrutura e Dinâmica da Geosfera
Estrutura e Dinâmica da Geosferaguestdbe434
 
Estrutura Interna da Terra
Estrutura Interna da TerraEstrutura Interna da Terra
Estrutura Interna da Terracleiton denez
 
DinâMica Interna Da Terra
DinâMica Interna Da TerraDinâMica Interna Da Terra
DinâMica Interna Da Terraceama
 
Terra, um planeta em mudança
Terra, um planeta em mudançaTerra, um planeta em mudança
Terra, um planeta em mudançajoanabreu
 
Resumo bio geo 10º 11º
Resumo bio geo 10º 11ºResumo bio geo 10º 11º
Resumo bio geo 10º 11ºFilipe Raivel
 
IECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestre
IECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestreIECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestre
IECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestreprofrodrigoribeiro
 
3 tectónica de placas
3   tectónica de placas3   tectónica de placas
3 tectónica de placasmargaridabt
 
Dinâmica Interna da Terra
Dinâmica Interna da TerraDinâmica Interna da Terra
Dinâmica Interna da Terrahugoseverino7a
 
Tema I - Teoria Tectónica de Placas 2ª parte
Tema I - Teoria Tectónica de Placas  2ª parteTema I - Teoria Tectónica de Placas  2ª parte
Tema I - Teoria Tectónica de Placas 2ª parteIsabel Henriques
 
3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...
3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...
3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...Margarida Pires
 
12. A Terra e os planetas telúricos
12. A Terra e os planetas telúricos12. A Terra e os planetas telúricos
12. A Terra e os planetas telúricosguestf7e853
 
Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1
Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1
Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1joaosantosterrivel
 
A formação da terra e o tempo geológico
A formação da terra e o tempo geológicoA formação da terra e o tempo geológico
A formação da terra e o tempo geológicoIsabellyViana
 

Mais procurados (20)

Sismologia
SismologiaSismologia
Sismologia
 
Estrutura e Dinâmica da Geosfera
Estrutura e Dinâmica da GeosferaEstrutura e Dinâmica da Geosfera
Estrutura e Dinâmica da Geosfera
 
Formacao terra
Formacao terraFormacao terra
Formacao terra
 
Estrutura Interna da Terra
Estrutura Interna da TerraEstrutura Interna da Terra
Estrutura Interna da Terra
 
Sismologia
SismologiaSismologia
Sismologia
 
DinâMica Interna Da Terra
DinâMica Interna Da TerraDinâMica Interna Da Terra
DinâMica Interna Da Terra
 
Terra, um planeta em mudança
Terra, um planeta em mudançaTerra, um planeta em mudança
Terra, um planeta em mudança
 
Crosta terrestre
Crosta terrestreCrosta terrestre
Crosta terrestre
 
Dinâmica da crosta terrestre
Dinâmica da  crosta terrestreDinâmica da  crosta terrestre
Dinâmica da crosta terrestre
 
Resumo bio geo 10º 11º
Resumo bio geo 10º 11ºResumo bio geo 10º 11º
Resumo bio geo 10º 11º
 
IECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestre
IECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestreIECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestre
IECJ - Cap. 7 – Interior da terra e crosta terrestre
 
3 tectónica de placas
3   tectónica de placas3   tectónica de placas
3 tectónica de placas
 
Dinâmica Interna da Terra
Dinâmica Interna da TerraDinâmica Interna da Terra
Dinâmica Interna da Terra
 
Tema I - Teoria Tectónica de Placas 2ª parte
Tema I - Teoria Tectónica de Placas  2ª parteTema I - Teoria Tectónica de Placas  2ª parte
Tema I - Teoria Tectónica de Placas 2ª parte
 
Estrutura da Terra
Estrutura da TerraEstrutura da Terra
Estrutura da Terra
 
Crosta terrestre
Crosta terrestreCrosta terrestre
Crosta terrestre
 
3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...
3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...
3biologiaegeologia 10ano-compreenderaestruturaedinmicadageosfera-101015135721...
 
12. A Terra e os planetas telúricos
12. A Terra e os planetas telúricos12. A Terra e os planetas telúricos
12. A Terra e os planetas telúricos
 
Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1
Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1
Dinâmica interna da terra, e o vulcanismo 1
 
A formação da terra e o tempo geológico
A formação da terra e o tempo geológicoA formação da terra e o tempo geológico
A formação da terra e o tempo geológico
 

Destaque

Resumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º anoResumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º anoRenata Sofia
 
Geomorfologia geral e do brasil
Geomorfologia geral e do brasilGeomorfologia geral e do brasil
Geomorfologia geral e do brasilRoberto Costa
 
Livro1 conhecer terra-geocplp2012
Livro1 conhecer terra-geocplp2012Livro1 conhecer terra-geocplp2012
Livro1 conhecer terra-geocplp2012Thaís Bomfim
 
Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]
Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]
Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]Victoria Dias
 
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasPequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasRenata Sofia
 
45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placas
45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placas45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placas
45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placasJoão Soares
 
Poema - Viajar! Perder países!
Poema - Viajar! Perder países!Poema - Viajar! Perder países!
Poema - Viajar! Perder países!Renata Sofia
 
Freguesia de Alcanede
Freguesia de AlcanedeFreguesia de Alcanede
Freguesia de AlcanedeRenata Sofia
 
Correção da ficha de avaliação
Correção da ficha de avaliação Correção da ficha de avaliação
Correção da ficha de avaliação Francisca Santos
 
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13   obtenção de matéria - fotossintese iBg13   obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese iNuno Correia
 
Falhas e Dobras
Falhas e Dobras   Falhas e Dobras
Falhas e Dobras vialongadt
 

Destaque (20)

Resumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º anoResumo de Biologia de 10º ano
Resumo de Biologia de 10º ano
 
Geologia 10º ano
Geologia 10º anoGeologia 10º ano
Geologia 10º ano
 
Sismologia
SismologiaSismologia
Sismologia
 
Geomorfologia geral e do brasil
Geomorfologia geral e do brasilGeomorfologia geral e do brasil
Geomorfologia geral e do brasil
 
Livro1 conhecer terra-geocplp2012
Livro1 conhecer terra-geocplp2012Livro1 conhecer terra-geocplp2012
Livro1 conhecer terra-geocplp2012
 
Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]
Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]
Exercícios estrutural correção (1) [compatibility mode]
 
Banda desenhada
Banda desenhadaBanda desenhada
Banda desenhada
 
8 sismologia
8   sismologia8   sismologia
8 sismologia
 
O saxofone
O saxofoneO saxofone
O saxofone
 
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadasPequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
Pequenos resumos de dois dos episódios de os lusíadas
 
dobras e falhas
dobras e falhasdobras e falhas
dobras e falhas
 
45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placas
45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placas45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placas
45000291 ficha-de-trabalho-consequencias-da-tectonica-de-placas
 
Poema - Viajar! Perder países!
Poema - Viajar! Perder países!Poema - Viajar! Perder países!
Poema - Viajar! Perder países!
 
G21 sismologia 1
G21   sismologia 1G21   sismologia 1
G21 sismologia 1
 
Freguesia de Alcanede
Freguesia de AlcanedeFreguesia de Alcanede
Freguesia de Alcanede
 
Correção da ficha de avaliação
Correção da ficha de avaliação Correção da ficha de avaliação
Correção da ficha de avaliação
 
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13   obtenção de matéria - fotossintese iBg13   obtenção de matéria - fotossintese i
Bg13 obtenção de matéria - fotossintese i
 
Tsunami
TsunamiTsunami
Tsunami
 
Falhas e Dobras
Falhas e Dobras   Falhas e Dobras
Falhas e Dobras
 
Sismologia
SismologiaSismologia
Sismologia
 

Semelhante a Métodos de estudo da vulcanologia e sismologia

Semelhante a Métodos de estudo da vulcanologia e sismologia (20)

tipos de vulcanismo 7 ano
tipos de vulcanismo 7 anotipos de vulcanismo 7 ano
tipos de vulcanismo 7 ano
 
Vulcanologia
VulcanologiaVulcanologia
Vulcanologia
 
Vulcanologia
VulcanologiaVulcanologia
Vulcanologia
 
Vulcoes(1)
Vulcoes(1)Vulcoes(1)
Vulcoes(1)
 
Introdução (Vulcanismo)
Introdução (Vulcanismo)Introdução (Vulcanismo)
Introdução (Vulcanismo)
 
Vulcanismo2
Vulcanismo2Vulcanismo2
Vulcanismo2
 
7 vulcanologia
7   vulcanologia7   vulcanologia
7 vulcanologia
 
VULCANOLOGIA.pptx
VULCANOLOGIA.pptxVULCANOLOGIA.pptx
VULCANOLOGIA.pptx
 
vulcanismo
 vulcanismo vulcanismo
vulcanismo
 
Vulcanismo
VulcanismoVulcanismo
Vulcanismo
 
vulcanismo.ppt
vulcanismo.pptvulcanismo.ppt
vulcanismo.ppt
 
Vulcanologia
VulcanologiaVulcanologia
Vulcanologia
 
Vulcão
VulcãoVulcão
Vulcão
 
9 vulcanologia
9   vulcanologia9   vulcanologia
9 vulcanologia
 
Vulcanismo
VulcanismoVulcanismo
Vulcanismo
 
Vulcanologia
VulcanologiaVulcanologia
Vulcanologia
 
TEMAS DE CIENCIAS PARA TRABALHOS :D
TEMAS DE CIENCIAS PARA TRABALHOS :DTEMAS DE CIENCIAS PARA TRABALHOS :D
TEMAS DE CIENCIAS PARA TRABALHOS :D
 
Atividade vulcânica
Atividade vulcânicaAtividade vulcânica
Atividade vulcânica
 
Vulcanologia
VulcanologiaVulcanologia
Vulcanologia
 
Seminario de geografia vulcão 1ºb em
Seminario de geografia vulcão   1ºb emSeminario de geografia vulcão   1ºb em
Seminario de geografia vulcão 1ºb em
 

Mais de Renata Sofia

Mais de Renata Sofia (13)

Biologia 12ºano - Reprodução Humana
Biologia 12ºano - Reprodução HumanaBiologia 12ºano - Reprodução Humana
Biologia 12ºano - Reprodução Humana
 
Badminton
BadmintonBadminton
Badminton
 
Saga
SagaSaga
Saga
 
A história da coca cola
A história da coca colaA história da coca cola
A história da coca cola
 
Publicidade
PublicidadePublicidade
Publicidade
 
O tabaco
O tabacoO tabaco
O tabaco
 
Europa
EuropaEuropa
Europa
 
Tag rugby
Tag rugbyTag rugby
Tag rugby
 
Bullying
BullyingBullying
Bullying
 
O aquecimento global
O aquecimento globalO aquecimento global
O aquecimento global
 
Ambiente
AmbienteAmbiente
Ambiente
 
Badminton
BadmintonBadminton
Badminton
 
Poluição atmosférica
Poluição atmosféricaPoluição atmosférica
Poluição atmosférica
 

Métodos de estudo da vulcanologia e sismologia

  • 1. by: Renata Sofia 1 Métodos de estudo da geosfera terrestre Métodos diretos:
  • 3. by: Renata Sofia 3 Vulcanologia Vulcanismo - Os fenómenos de vulcanismo constituem uma manifestação da energia que existe na Terra. Vulcanismo primário - Caracteriza-se pela ocorrência de erupções vulcânicas. Vulcanismo secundário - Após o período activo, um vulcão entra na fase de repouso, com manifestações secundárias ou formas atenuadas de vulcanismo. Vulcão – Abertura na superfície da Terra, através da qual a lava (magma fundido e parcialmente desgaseificado) e outros materiais são expelidos do interior da Terra. Erupção vulcânica - Ascensão e desgaseificação de um magma que originará, em consequência da sua consolidação, lavas e posteriormente rochas vulcânicas. Tipos de erupções Origem do magma - A astenosfera é uma zona do manto superior na qual se verifica a fusão de uma pequena fracção de rocha devido aos valores de pressão e temperatura. Esta fracção fundida, menos densa, tende a ascender e a concentrar-se em câmaras magmáticas. Magma - Material silicatado, total ou parcialmente fundido e provido de mobilidade. Devido à sua mobilidade e temperatura, as rochas encaixantes (que envolvem a câmara magmática) estão submetidas a enormes pressões. Quando o limite de resistência é ultrapassado, os materiais rochosos encaixantes quebram e o magma ascende até à superfície.
  • 4. by: Renata Sofia 4 Classificação dos magmas Maior percentagem de sílica (>% de sílica) = ácidos ou graníticos Menos percentagem de sílica (<% de sílica) = básicos ou basálticos Caraterísticas dos magmas Magmas graníticos:  Grande % de sílica;  Ácidos;  Viscosos;  Claros;  Ponto de fusão baixo;  Densidade baixa;  Formam piroclastos. Magmas basálticos:  Pequena % de sílica;  Básicas;  Fluidos;  Escuros;  Ponto de fusão elevado;  Densidade elevada;  Forma lavas. Tipos de materiais expelidos: Sólidos, líquidos e gasosos. Sólidos ou piroclásticos:  Poeiras ou cinzas < 2 mm  Lapili ou bagacina 2-64 mm  Bombas ou blocos < 64 mm  Pedras-pomes
  • 5. by: Renata Sofia 5 Líquidos  Fluidos: Ricos em minerais ferromagnesianos  Viscosos: Ricos em sílica Gasosos  Dióxido de carbono  Vapor de água  Monóxido de enxofre  Dióxido de enxofre  Cloretos  Ácido clorídrico Tipos de actividade vulcânica – Explosiva, efusiva e mista. Erupções explosivas - As lavas são muito viscosas, fluem com dificuldade e impedem a libertação de gases, ocorrendo por isso, violentas explosões. Devido à sua viscosidade, a lava, por vezes, não chega a derramar constituindo estruturas arredondadas, chamadas domas ou cúpulas. Noutras situações a lava solidifica mesmo dentro da chaminé, formando agulhas vulcânicas, que podem mais tarde ficar a descoberto devido à erosão do cone. Nas erupções explosivas os cones são essencialmente formados pela acumulação de piroclastos. Erupções efusivas - O magma é fluído, a libertação de gases é fácil e a erupção é calma, com derramamento de lava abundante a altíssima temperatura. A lava desliza rapidamente, espalhando-se por grandes distâncias. Se os terrenos forem planos, a lava pode cobrir grandes áreas, constituindo os mantos de lava. Se houver declive acentuado, pode formar "rios" ou escoadas de lava, denominados correntes de lava ou também escoadas lávicas. Os vulcões predominantemente efusivos, quando formam cones, são baixos, pois a lava espalha-se por grandes superfícies. O vulcanismo dos fundos oceânicos é do tipo efusivo.
  • 6. by: Renata Sofia 6 Erupções mistas - Assumem aspectos intermédios entre os descritos, observando-se fases explosivas que alternam com fases efusivas. Nas erupções intermédias formam- se cones mistos, em que alternam camadas de lava com camadas de piroclastos. As explosões são explicadas pela entrada de água na chaminé ou na câmara magmática, que devido às altas temperaturas, se vaporizou, originando uma grande quantidade de água. Por essa razão, deu-se um aumento da pressão interior, tornando a erupção periodicamente explosiva. Tipos de lavas – Escoriáceas, encordoadas e “pillow lava”. Escoriáceas - lavas fluidas que se deslocam lentamente. Após a sua solidificação originam superfícies ásperas, rugosas e irregulares devido à perda rápida de gases. Encordoadas - lavas muito fluidas que fluem sob uma crosta consolidada e que se deslocam com grande facilidade. Após a sua solidificação originam superfícies lisas e de aspecto semelhante a cordas. Pillow lava - características das erupções submarinas, têm formas arredondadas devido ao movimento das águas (parecidas com almofadas). Vulcanismo secundário - Após o período activo, um vulcão entra na fase de repouso, com manifestações secundárias ou formas atenuadas de vulcanismo nas suas imediações. Fumarolas - Emissão de produtos residuais gasosos. Mofetas - Ricas em água e dióxido de carbono; temperatura mais baixa. Sulfataras - Ricas em ácido sulfídrico que reage com o oxigénio, dando origem à libertação de dióxido de carbono e à formação de depósitos de enxofre.
  • 7. by: Renata Sofia 7 Nascentes termais - Emanações ricas em água, dióxido de carbono e sais minerais. Temperatura elevada. Origem profunda águas magmáticas ou juvenis águas meteóricas. Géiseres - Emanações de água a elevadas temperaturas. Repuxos intermitentes e periódicos atingindo grandes altitudes. Caldeira - Lago ou lagoa formado em consequência da subsidência (abatimento) e colapso da cratera, devido ao esvaziamento parcial da câmara magmática. Vulcanismo associado às placas tectónicas
  • 9. by: Renata Sofia 9 Sismologia Abalos premonitórios – Movimento brusco da crusta terrestre, de pequena duração e de fraca intensidade, que ocorre antes do sismo principal. Os abalos premonitórios, também designados preliminares, são, afinal, pequenos sismos que precedem o sismo principal, claramente mais intenso. Réplicas – Sismos de menor intensidade que ocorrem após o sismo principal. Hipocentro – Local no interior da Terra onde o sismo tem origem. Epicentro – Local à superfície onde o sismo é sentido com maior intensidade, localiza-se na vertical do hipocentro (se for na crosta oceânica, dá-se um maremoto). Fenómenos que estão na origem dos sismos Naturais:  Movimentos tectónicos (são os mais frequentes e perigosos)  Abatimento de terrenos  Fenómenos vulcânicos (o magma ao ascender poe provocar pequenos abalos sísmicos) Artificiais:  Provocados pelas atividades humanas (enchimento de barragens, explosões em minas, pedreiras e outros, explosões nucleares) “Por vezes os sismos artificiais são induzidos, para fins investigativos (usado como método indirecto para estudar a geosfera terrestre).”
  • 10. by: Renata Sofia 10 Forças que desencadeiam sismos Forças compressivas – Atuam sobre as rochas e tendem a reduzir o seu volume, podendo originar a sua fratura. Forças distensivas – Atuam sobre as rochas e tendem a alongá-las ou a provocar- lhes fraturas. Forças de cisalhamento – Provocam movimentos paralelos em sentidos opostos e tendem a fraturar rochas. Natureza dos materiais:  Elástica – Após a aplicação da força os materiais retornam à sua forma inicial.  Plástica – Após a aplicação da força os materiais mantêm a sua deformação.  Rígida – Com a aplicação da força os materiais partem/fraturam.
  • 11. by: Renata Sofia 11 Se for ultrapassado o limite de elasticidade e plasticidade dos materiais, eles vão partir. Comportamento dos materiais Frágil – Sujeitos a tensões, os materiais tendem a partir facilmente. Este tipo de comportamento está associado a materiais de natureza rígida em condições de baixa temperatura e pressão e relaciona-se com a formação de falhas. Dúctil – Sujeitos a tensões sofrem alterações permanentes de forma e/ou volume, sem chegarem a fraturar. Este tipo de comportamento está associado a materiais que adquirem uma natureza plástica em condições de temperatura e pressão mais elevadas e relaciona-se com a formação de dobras. Ductilidade – Propriedade que representa o grau de deformação que um material suporta até ao momento da sua ruptura. Materiais que suportam pouca, ou nenhuma deformação são considerados materiais frágeis.
  • 12. by: Renata Sofia 12 Teoria do ressalto elástico Tensões exercidas nas rochas provocam o acumular de energia potencial e a sua lenta deformação (o atrito e a resistência das rochas impede que ocorra já uma deslocação). Ultrapassado o limite de resistência/ elasticidade/ plasticidade e o atrito dessas rochas (comportamento frágil) ocorre o ressalto dos blocos rochosos, os quais se irão movimentar de forma brusca. A energia acumulada (por vezes durante séculos) é agora libertada (em parte sob a forma de calor, mas também sob a forma de ondas sísmicas que se propagam no interior da Terra). A energia liberta-se em profundidade, mas atinge a superfície terrestre, porquê? Porque as ondas sísmicas são o veículo de transmissão dessa energia. A teoria do ressalto elástico foi estabelecida por H. F. Reid com base em estudos geodésicos que realizou após o sismo de 1906 em São Francisco, Califórnia, de um e do outro lado do segmento da falha de Santo André que sofreu ruptura durante este sismo (é bem evidente que ocorreu um deslocamento). Sismo = Relaxamento do planeta Vibração elástica de partículas dos materiais rochosos do globo terrestre originada pela libertação de energia acumulada.
  • 13. by: Renata Sofia 13 Sismos profundos e superficiais Dificilmente sismos com epicentro num domínio continental apresentam um foco superior a 20 km de profundidade.  Porquê? É a partir dessa profundidade, com o acréscimo da temperatura, as rochas começam a assumir um comportamento mais dúctil. A não ser que se trate de um local de zona de subducção. Aí sim, e devido às enormes pressões, o ponto de fusão dos materiais rochosos é mais elevado e eles podem comportar-se como frágeis a uma maior profundidade. As ondas sísmicas Quando ocorre um sismo, a energia libertada a partir do hipocentro provoca a vibração elástica das partículas circundantes mais próximas, fazendo com que estas se desloquem (oscilam e voltam à posição inicial). Este momento é depois transmitido partícula a partícula pelo interior da Terra, ocorrendo assim a sua propagação – ondas sísmicas. Raio sísmico – Trajectória perpendicular à frente de onda. Frentes de onda – Superfície que separa as partículas que já entraram em vibração daquelas que ainda estão estáticas (nessa superfície todos os pontos se encontram no mesmo estado de vibração). Tipos de ondas sísmicas Ondas profundas – Propagam-se no interior da Terra. São muito estudadas, o conhecimento da sua velocidade de propagação é que permite deduzir as diferentes propriedades dos materiais do interior da Terra, bem como a que profundidades essas diferenças se encontram.  Ondas P e S. Ondas superficiais – Propagam-se apenas à superfície da Terra. A chegada das ondas profundas à superfície desencadeia a formação deste tipo de ondas, que são mais lentas, responsáveis pela destruição, responsáveis pela destruição e se propagam a uma velocidade constante.  Ondas L e R. Os diferentes tipos de ondas sísmicas, distinguem-se:  Pelo tipo de movimento que provocam nas partículas;  Pelos locais onde se propagam;  Pela sua velocidade.
  • 14. by: Renata Sofia 14 Ondas P – (ondas primárias, longitudinais ou compressivas)  São as primeiras a serem registadas pelos sismógrafos;  São as mais rápidas;  Provocam nas partículas dos materiais rochosos uma vibração paralela à direcção de propagação;  A sua passagem provoca alternadamente movimentos de compressão e distensão, ocorrendo variação do volume;  A sua velocidade varia com a densidade e rigidez dos materiais atravessados;  Propagam-se em meios sólidos, líquidos e gasosos. Ondas S – (ondas secundárias ou transversais)  São registadas pelos sismógrafos alguns instantes após a chegada das ondas P;  São mais lentas que as ondas P;  Provocam nas partículas dos materiais rochosos uma vibração perpendicular à direcção de propagação;  A sua passagem provoca mudanças na forma do material (deformação), no entanto, sem ocorrer variação do volume;  A sua velocidade varia com a densidade e rigidez dos materiais atravessados;  Só se propagam em meios sólidos. A – Ondas P B – Ondas S
  • 15. by: Renata Sofia 15 Ondas superficiais Ao atingirem a superfície, as ondas P e S interferem com ela e originam as ondas de superfície – estas caracterizam-se por apresentarem uma grande amplitude e, por isso são as que causam maiores prejuízos. Ondas R  As partículas manifestam movimentos circulares (retrógrados) num plano perpendicular à propagação da onda;  São lentas, apresentam grande amplitude e uma velocidade constante. Ondas L  As partículas movem-se em “zig-zag” (horizontalmente e perpendicular à propagação da onda);  São lentas, apresentam grande amplitude e uma velocidade constante. Como é possível saber-se que as ondas P se propagam em meios sólidos, líquidos e gasosos? Geram-se ondas de natureza sísmica em laboratório, às quais se submetem diferentes tipos de rochas em diferentes estados físicos. Regista-se a velocidade das ondas e compara-se depois com a velocidade real das ondas no interior da Terra (através da análise de sismogramas). Assim e indirectamente, conhece-se o interior do planeta Terra.
  • 16. by: Renata Sofia 16 Propriedades das ondas – (geral) Amplitude – Distância máxima de afastamento de uma partícula em relação à sua posição em repouso. Período – Tempo que decorre entre uma oscilação completa. Frequência – Número de oscilações num dado período de tempo. Estudo de ondas sísmicas Num sismograma nunca aparece uma linha perfeitamente reta, é que existe “barulho/ ruído de fundo” – agitação industrial, circulação de automóveis, etc… Todas estas vibrações ficam registadas. Existem vários tipos de sismógrafos:  Verticais;  Horizontais (N-S) e (E-W). Baixa amplitude. Menos destrutivas que as ondas S ou de superfície. As ondas S têm uma amplitude superior às ondas P. As ondas superficiais têm uma grande amplitude e são de longa duração. Destrutivas
  • 17. by: Renata Sofia 17 Variação do tempo de chegada das ondas sísmicas e a sua relação com a distância ao epicentro Quanto mais distante do epicentro, maior é o atraso verificado entre a chegada das ondas P, em relação às ondas S.  Porquê? Sendo as ondas S mais lentas, quanto mais distante do epicentro se localiza uma estação sismográfica mais se acentua esta diferença de tempo. É este atraso nos tempos de chegada entre as ondas P e S que permite determinar a distância epicentral (distância da estação sismográfica ao epicentro).  Basta recorrer a gráficos padrão de tempo-distância. Maior atraso  Maior distância ao epicentro Para conhecer a localização do epicentro, e não a distância ao epicentro. Para isso precisamos de 3 ou mais estações sismográficas Velocidade de propagação das ondas sísmicas no interior da Terra Se a Terra fosse uma esfera homogénea, ou seja, se a composição e propriedades físicas dos materiais fossem idênticas em qualquer ponto do Globo, a velocidade das ondas sísmicas devia manter-se constante em qualquer direcção e as trajectórias dos raios sísmicos seriam retas.
  • 18. by: Renata Sofia 18 Se a velocidade de propagação das ondas sísmicas é tanto maior quanto mais profundamente elas mergulham, tem de concluir-se que a rigidez aumenta muito mais com a profundidade do que a densidade. Por que motivo as trajectórias dos raios sísmicos através da Terra são curvilíneas? Se considerarmos vários meios em que haja um aumento regular da velocidade com a profundidade o trajeto dos vários raios sísmicos, através desses meios, terá a concavidade virada para a superfície em virtude de a série de refracções dar origem a ondas com a concavidade voltada para cima. Descontinuidade – Superfície que separa meios com propriedades físicas diferentes. 1 - Como se explica que a estação A receba apenas um conjunto de ondas P e S? 2 - Relacione a informação dada por Mohorovicic com os dados dos esquemas. 3 - Que caraterísticas dos materiais podem explicar o diferente comportamento dos dois conjuntos de ondas P e S, registados em determinadas estações.
  • 19. by: Renata Sofia 19 1 – Conhecendo exactamente a distância epicentral, bem como o momento preciso em que ocorreu o sismo, Mohorovicic pensou que um grupo de ondas P e S seguiu um caminho mais direto entre o foco e a estação com a velocidade prevista, correspondente à velocidade calculada pela crosta. 2 – Um grupo de ondas P e S seguiu um caminho mais direto entre o foco e a estação. Outro grupo de ondas devia ter encontrado um meio com rigidez e outras caraterísticas físicas diferentes e teria desviado a trajectória e modificado a velocidade das ondas. Este último grupo devia ter sido refratado no interior da Terra, a sua velocidade aumentou tendo chegado à estação C antes das ondas do primeiro grupo. 3 – Às estações localizadas até 200 km do epicentro só chegam as ondas que se propagam através da crosta, com uma velocidade mais baixa. As estações localizadas entre 200 e 800 km dois tipos de ondas P e dois tipos de ondas S: as ondas propagadas na crosta e ondas refratadas no manto, que chegam mais cedo, pois atingem maior velocidade. Estações localizadas a maiores distâncias apenas recebem ondas refratadas no manto. Os meios apresentam densidade e rigidez diferentes. Descontinuidade de Mohorovicic Presumiu que existia um limite que define a transição entre a crosta e o manto. Atualmente designa-se por descontinuidade de Mohorovicic ou descontinuidade de Moho. Esta descontinuidade situa-se a profundidades entre os 5 a 10 km nas placas oceânicas e os 35 a 70 km nas placas continentais. A maior velocidade das ondas sísmicas nas placas oceânicas é explicada pelo facto de serem formadas por rochas basálticas maís rígidas do que as rochas graníticas que compõem os continentes.
  • 20. by: Renata Sofia 20 Zona de baixas velocidades 1 – A partir da descontinuidade de Moho a velocidade das ondas aumenta, começando a diminuir a partir dos 100 km. 2 – Entre os 100 e os 210 km a velocidade das ondas diminui, voltam a partir daí a aumentar lentamente. 3 – A zona de baixa velocidade deve justificar-se pela mudança de estado físico da matéria que constitui a zona em questão. Será uma zona pouco rígida, mais plástica. 4 – Um dos pontos da teoria da tectónica de placas assenta no facto das placas flutuarem sob uma zona mais plástica, a astenosfera, o que corresponderá à zona de baixas velocidades 1 – As ondas sísmicas sofrem refracção e descontinuidade entre o meio I e o meio II. 2 – As ondas terão passado por um meio mais rígido, pelo que a velocidade de propagação das ondas aumentou. 3 – Pelo facto de a velocidade de propagação aumentar, pode-se inferir que o meio II é mais rígido do que o meio I.