O documento discute a globalização e as transformações da agropecuária brasileira. Aborda a emergência da agricultura científica globalizada e as regiões competitivas no Brasil. Também analisa os circuitos espaciais produtivos globais nos quais a agropecuária brasileira está inserida e sua vulnerabilidade a fatores externos fora de seu controle.
O documento discute a modernização da agropecuária brasileira após os anos 1990. Aborda os processos de modernização no campo pós-1990, a relação com a globalização e os novos fronts agrícolas. Fornece orientações de estudo e discute tópicos como a industrialização da agricultura, concentração fundiária, desigualdades regionais e integração competitiva na globalização.
Este documento discute a reforma agrária e as lutas no campo no Brasil. Apresenta como o país passou por um processo de modernização conservadora que não promoveu reformas sociais. Isso levou a concentração fundiária e violência contra trabalhadores e povos tradicionais. O documento também descreve os principais movimentos sociais que lutam por reforma agrária, como o MST, e os desafios que enfrentam.
2011 - Redin, E. - caracterização, estratégias e percepções na agricultura f...Ezequiel Redin
O documento descreve as estratégias de reprodução de curto prazo utilizadas por agricultores familiares no município de Arroio do Tigre no Rio Grande do Sul. O autor identifica três tipos de estratégias: a principal, baseada principalmente no cultivo de fumo; complementares como milho, feijão e soja; e básicas para autoconsumo. O documento caracteriza as estratégias utilizadas em sete distritos do município, com foco nos distritos I e II.
2011 - Redin - DENTRO E FORA DA PORTEIRA - OS ELEMENTOS CONDICIONANTES NA EST...Ezequiel Redin
O trabalho objetiva analisar a influência dos fatores internos e externos na escolha ou continuidade das estratégias de reprodução produtivas de ciclo curto (anual) da agricultura familiar de Arroio do Tigre/RS. Para tanto, utilizamos de dados secundários e de pesquisa de campo. Diante da característica dos agricultores discutimos o grau de importância dos fatores a) internos: mão de obra, estrutura, restrição ambiental e localização da propriedade; b) externos: econômicos, clima, social, político-institucional, cultural, legal, tecnológicos e demográficos. Ambos os elementos influenciam e condicionam na escolha e na gestão da unidade de produção pelas famílias agricultoras. Por fim, destacamos a presença de estratégias de reprodução principal, complementares e básicas, bem como, estratégias amplas e restritas no campo de análise.
Agroneg cios - as oportunidades continuamPhabio Okaji
O documento discute a evolução e importância do agronegócio brasileiro. Começa com a agricultura e pecuária tradicionais até 1900 e depois descreve o início da pesquisa aplicada no século XX. Finalmente, destaca o papel fundamental da Embrapa desde os anos 1970 em expandir a pesquisa de forma sistemática e apoiar a diversificação e competitividade do agronegócio brasileiro.
1. O documento descreve um encontro entre pesquisadores e jornalistas sobre o Brasil rural com o objetivo de estabelecer um diálogo entre esses grupos.
2. Pesquisadores apresentaram suas visões sobre a realidade rural brasileira com base em estatísticas e estudos, enquanto jornalistas relataram experiências cobrindo o meio rural.
3. O encontro buscou explorar formas de superar mitos sobre o declínio do campo, construir novos entendimentos sobre o conceito de rural e identificar oportunidades para
2013 - Redin - estratégias, diversidades e similitures das famílias agricult...Ezequiel Redin
O documento analisa as estratégias, diversidades e semelhanças das famílias agricultoras de tabaco no município de Arroio do Tigre no Rio Grande do Sul. O autor identifica três tipos de agricultores com base na quantidade de terra, restrições ambientais, tecnologia usada e nível de diversificação da produção. Além disso, observa que as famílias não dependem exclusivamente do tabaco, cultivando também produtos para o autoconsumo e mercado.
O documento discute a modernização da agropecuária brasileira após os anos 1990. Aborda os processos de modernização no campo pós-1990, a relação com a globalização e os novos fronts agrícolas. Fornece orientações de estudo e discute tópicos como a industrialização da agricultura, concentração fundiária, desigualdades regionais e integração competitiva na globalização.
Este documento discute a reforma agrária e as lutas no campo no Brasil. Apresenta como o país passou por um processo de modernização conservadora que não promoveu reformas sociais. Isso levou a concentração fundiária e violência contra trabalhadores e povos tradicionais. O documento também descreve os principais movimentos sociais que lutam por reforma agrária, como o MST, e os desafios que enfrentam.
2011 - Redin, E. - caracterização, estratégias e percepções na agricultura f...Ezequiel Redin
O documento descreve as estratégias de reprodução de curto prazo utilizadas por agricultores familiares no município de Arroio do Tigre no Rio Grande do Sul. O autor identifica três tipos de estratégias: a principal, baseada principalmente no cultivo de fumo; complementares como milho, feijão e soja; e básicas para autoconsumo. O documento caracteriza as estratégias utilizadas em sete distritos do município, com foco nos distritos I e II.
2011 - Redin - DENTRO E FORA DA PORTEIRA - OS ELEMENTOS CONDICIONANTES NA EST...Ezequiel Redin
O trabalho objetiva analisar a influência dos fatores internos e externos na escolha ou continuidade das estratégias de reprodução produtivas de ciclo curto (anual) da agricultura familiar de Arroio do Tigre/RS. Para tanto, utilizamos de dados secundários e de pesquisa de campo. Diante da característica dos agricultores discutimos o grau de importância dos fatores a) internos: mão de obra, estrutura, restrição ambiental e localização da propriedade; b) externos: econômicos, clima, social, político-institucional, cultural, legal, tecnológicos e demográficos. Ambos os elementos influenciam e condicionam na escolha e na gestão da unidade de produção pelas famílias agricultoras. Por fim, destacamos a presença de estratégias de reprodução principal, complementares e básicas, bem como, estratégias amplas e restritas no campo de análise.
Agroneg cios - as oportunidades continuamPhabio Okaji
O documento discute a evolução e importância do agronegócio brasileiro. Começa com a agricultura e pecuária tradicionais até 1900 e depois descreve o início da pesquisa aplicada no século XX. Finalmente, destaca o papel fundamental da Embrapa desde os anos 1970 em expandir a pesquisa de forma sistemática e apoiar a diversificação e competitividade do agronegócio brasileiro.
1. O documento descreve um encontro entre pesquisadores e jornalistas sobre o Brasil rural com o objetivo de estabelecer um diálogo entre esses grupos.
2. Pesquisadores apresentaram suas visões sobre a realidade rural brasileira com base em estatísticas e estudos, enquanto jornalistas relataram experiências cobrindo o meio rural.
3. O encontro buscou explorar formas de superar mitos sobre o declínio do campo, construir novos entendimentos sobre o conceito de rural e identificar oportunidades para
2013 - Redin - estratégias, diversidades e similitures das famílias agricult...Ezequiel Redin
O documento analisa as estratégias, diversidades e semelhanças das famílias agricultoras de tabaco no município de Arroio do Tigre no Rio Grande do Sul. O autor identifica três tipos de agricultores com base na quantidade de terra, restrições ambientais, tecnologia usada e nível de diversificação da produção. Além disso, observa que as famílias não dependem exclusivamente do tabaco, cultivando também produtos para o autoconsumo e mercado.
O documento discute as mudanças geopolíticas na Amazônia brasileira no final do século XX, com três principais pontos: 1) A consolidação do povoamento e do arco de desmatamento no leste e sul da região; 2) A emergência de movimentos sociais e projetos alternativos que promovem o desenvolvimento sustentável; 3) Os conflitos resultantes entre crescimento econômico e proteção ambiental na definição dos territórios.
1) O documento discute a geopolítica da Amazônia e como ela tem mudado ao longo do tempo, com diferentes atores influenciando o desenvolvimento da região.
2) Atualmente, existem dois projetos geopolíticos principais para a Amazônia: preservá-la como capital natural global versus integrá-la à economia sul-americana e continental.
3) Há também um crescente movimento de resistência regional à apropriação indiscriminada dos recursos naturais da Amazônia.
Este documento descreve a evolução histórica das análises sobre o papel da terra e da agricultura no pensamento econômico, desde a fisiocracia até os clássicos. A fisiocracia via a terra como a única fonte de riqueza e definia três classes: a produtiva formada pelos agricultores, a proprietária formada pelos donos da terra, e a estéril formada pelos demais. Os clássicos passaram a considerar também o trabalho e o capital como fontes de riqueza.
O documento discute o subdesenvolvimento, a divisão internacional do trabalho e a geopolítica e economia do pós-guerra. Aborda as características dos países subdesenvolvidos, como a pobreza, desigualdade e dependência externa, bem como os problemas enfrentados como corrupção e dívida. Também explica como a DIT afeta a industrialização desigual desses países e como a reconstrução econômica após a guerra levou à criação do Banco Mundial e do FMI.
O documento discute a evolução do agronegócio no Mercosul nas últimas três décadas, quando a região se transformou de importadora para uma das principais exportadoras agrícolas globais. Fatores como pesquisa agrícola, adaptação de culturas e expansão para novas fronteiras permitiram que países como o Brasil aumentassem drasticamente a produção de culturas como soja, milho e açúcar. Apesar dos desafios, espera-se que o Mercosul continue crescendo como fornecedor global de alimentos nas próximas
O mundo rural no brasil/Assuntos Possíveis para Enem!Joemille Leal
O documento discute vários tópicos relacionados ao mundo rural no Brasil, incluindo a agricultura e seu papel no desenvolvimento do país, os desafios enfrentados por pequenos e médios produtores, e a história da questão agrária e reforma agrária no Brasil.
Pluriatividade como estratégia de sobrevivência no sertão nordestino o caso d...MARIA ODETE ALVES
Este artigo descreve como a pluriatividade é uma estratégia de sobrevivência para famílias camponesas no município de Tejuçuoca, Ceará, Brasil. Através de entrevistas e observações de campo, o estudo identificou que as famílias se engajam em múltiplas atividades agrícolas e não-agrícolas para gerar renda devido à falta de terra e condições climáticas desfavoráveis. A pluriatividade é uma forma de as famílias garantirem sua subsistência
Este livro, do qual participei, tem como objetivo primordial realizar uma abrangente caracterização da estrutura agrária paulista, contemplando sua heterogeneidade que, dada sua formação histórica, resultou em uma conformação regional particular, com dinâmicas setoriais vigorosas, lastreadas pelo ideário da modernização tecnológica e de concepções de desenvolvimento meramente produtivistas, contrapondo-se ao que ocorreu no âmbito da agricultura familiar e da reforma agrária, que desenharam um outro projeto de desenvolvimento para o estado de São Paulo baseado em parcerias entre instituições e tentando outras perspectivas diante da ausência de políticas públicas voltadas para essas categorias de produtores.
1) O documento discute a inserção da questão agrária nas estratégias de desenvolvimento do Brasil.
2) Analisa como o desenvolvimentismo histórico do país não abordou adequadamente a questão agrária e a necessidade de uma reforma crítica.
3) Reflete sobre debates recentes em torno da reforma agrária e sua importância para o tipo de desenvolvimento que o Brasil deseja alcançar.
Série drs vol 12 políticas de desenvolvimento territorial rural no brasil -...iicabrasil
Este livro analisa as políticas de desenvolvimento territorial rural implementadas no Brasil durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O trabalho examina a experiência brasileira à luz do debate internacional sobre o tema e identifica avanços e lições para aperfeiçoar os processos. Realiza estudos de caso em quatro territórios rurais e conclui com sugestões para a sustentabilidade futura das políticas de desenvolvimento territorial no país.
O mundo rural brasileiro – o legado do passado e os desafios do futuro - por ...Rede Jovem Rural
Apresentação do painel "Atratividade do Campo", realizado na V Jornada Nacional do Jovem Rural e apresentado por Zander Navarro, pesquisador da Embrapa Estudos e Capacitações. Saiba mais sobre a V Jornada: http://www.redejovemrural.com.br
O documento discute a agricultura familiar no Brasil e em outros países. Apresenta uma definição de agricultura familiar baseada em seis características e argumenta que, diferentemente do senso comum, a agricultura familiar não deve ser confundida com pequena produção. Aponta que a agricultura familiar é a base do desenvolvimento agrícola em países capitalistas centrais e que no Brasil também existe um segmento dinâmico de agricultura familiar economicamente relevante.
Desenvolvimento e agroindustria familairGilson Santos
Este documento discute a importância da agricultura familiar no Brasil e América Latina, apresentando sua história, conceitos e características. Realizou-se um estudo de caso em Porto Xavier, RS sobre a produção e consumo agropecuário em 2003, mostrando o potencial da agroindústria familiar para gerar renda. A agricultura familiar é classificada em quatro grupos com diferentes níveis de desenvolvimento e acesso a recursos.
O documento discute a regionalização do Brasil, definindo conceitos como paisagem natural e artificial, lugares e regiões. Explica que a paisagem está em constante transformação e é afetada pelas ações humanas. As regiões possuem características que as diferenciam e internamente apresentam variedade.
O documento discute a supersafra de grãos no Rio Grande do Sul em 2013. O RS colherá cerca de 29 milhões de toneladas de grãos, igualando o recorde de 2011. Os preços das commodities agrícolas estão altos, resultando em maior receita para os produtores mesmo com a grande safra. O clima no Hemisfério Norte será crucial para os preços futuros.
1. O documento discute as desigualdades no acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) entre agricultores familiares de diferentes recursos.
2. Embora o PRONAF tenha se expandido significativamente para agricultores de menor renda na Região Nordeste, concentrou recursos entre agricultores mais profissionais.
3. É necessário estabelecer políticas específicas para minifundistas e articular várias ações, incluindo crédito rural, para promover o desenvolvimento rural de
Seminário nacional sobre reforma agrária e desenvolvimento sustentávelGustavo Loureiro
O documento discute os impactos regionais da reforma agrária no Brasil, abordando seus aspectos políticos, econômicos e sociais. Apresenta o significado e dimensão dos assentamentos rurais no país e analisa como a reforma agrária influencia o desenvolvimento regional, gerando impactos na organização social e produtiva, dimensões ambientais/territoriais e alterações demográficas.
Este documento discute a questão agrária no pensamento político e social brasileiro através de uma coletânea de artigos sobre o tema. Apresenta uma breve introdução contextualizando o debate sobre a questão agrária no Brasil e a importância do paradigma marxista para o desenvolvimento dos estudos agrários. Resume os principais pontos do debate marxista clássico sobre a questão, destacando autores como Kautsky, Lênin e Chayanov e suas análises sobre o processo de diferenciação do campesinato e a penetração do capitalismo
O documento discute três principais transformações na agricultura brasileira nos últimos 50 anos: 1) os preços reais dos alimentos caíram pela metade, permitindo o acesso de mais pessoas a dietas saudáveis; 2) houve um extraordinário aumento da produção e produtividade graças à intensificação tecnológica; 3) o setor agropecuário vem salvando os saldos comerciais do Brasil cobrindo a perda de importância das exportações industriais.
Emprego e Trabalho na Agricultura Brasileira - Série DRS vol. 9iicabrasil
Here is a 193-word summary of the document in 3 sentences:
[SUMMARY] The document presents an introduction to Volume 9 of the Sustainable Rural Development Series, which focuses on employment and work in Brazilian agriculture. It describes how the series brings together articles by national and international professionals to disseminate knowledge and successful sustainable development initiatives in rural areas promoted by academic, governmental, and non-governmental institutions. This volume aims to fill a gap by presenting a collection of 17 unpublished texts on labor trends, structures, relations, and regulations in Brazilian agriculture organized across five sections.
1) A Segunda Guerra Mundial alterou significativamente a estrutura geopolítica mundial, resultando em um mundo bipolar dominado pelos Estados Unidos e União Soviética e novos mercados consumidores nos países recém-independentes.
2) Após a queda da União Soviética, o capitalismo se consolidou como o sistema econômico dominante no mundo, embora alguns países socialistas mantenham características mistas.
3) A globalização econômica intensificou a internacionalização da produção e do comércio através do estabe
1) Moçambique está experimentando um boom no desenvolvimento agrícola e na criação de novas fazendas e indústrias alimentares.
2) A urbanização está transformando as áreas rurais de Moçambique, embora de forma desigual entre comunidades.
3) A industrialização rural é vista como uma forma de aumentar a renda e mercados rurais, melhorando a economia e sociedade de Moçambique.
O documento discute as mudanças geopolíticas na Amazônia brasileira no final do século XX, com três principais pontos: 1) A consolidação do povoamento e do arco de desmatamento no leste e sul da região; 2) A emergência de movimentos sociais e projetos alternativos que promovem o desenvolvimento sustentável; 3) Os conflitos resultantes entre crescimento econômico e proteção ambiental na definição dos territórios.
1) O documento discute a geopolítica da Amazônia e como ela tem mudado ao longo do tempo, com diferentes atores influenciando o desenvolvimento da região.
2) Atualmente, existem dois projetos geopolíticos principais para a Amazônia: preservá-la como capital natural global versus integrá-la à economia sul-americana e continental.
3) Há também um crescente movimento de resistência regional à apropriação indiscriminada dos recursos naturais da Amazônia.
Este documento descreve a evolução histórica das análises sobre o papel da terra e da agricultura no pensamento econômico, desde a fisiocracia até os clássicos. A fisiocracia via a terra como a única fonte de riqueza e definia três classes: a produtiva formada pelos agricultores, a proprietária formada pelos donos da terra, e a estéril formada pelos demais. Os clássicos passaram a considerar também o trabalho e o capital como fontes de riqueza.
O documento discute o subdesenvolvimento, a divisão internacional do trabalho e a geopolítica e economia do pós-guerra. Aborda as características dos países subdesenvolvidos, como a pobreza, desigualdade e dependência externa, bem como os problemas enfrentados como corrupção e dívida. Também explica como a DIT afeta a industrialização desigual desses países e como a reconstrução econômica após a guerra levou à criação do Banco Mundial e do FMI.
O documento discute a evolução do agronegócio no Mercosul nas últimas três décadas, quando a região se transformou de importadora para uma das principais exportadoras agrícolas globais. Fatores como pesquisa agrícola, adaptação de culturas e expansão para novas fronteiras permitiram que países como o Brasil aumentassem drasticamente a produção de culturas como soja, milho e açúcar. Apesar dos desafios, espera-se que o Mercosul continue crescendo como fornecedor global de alimentos nas próximas
O mundo rural no brasil/Assuntos Possíveis para Enem!Joemille Leal
O documento discute vários tópicos relacionados ao mundo rural no Brasil, incluindo a agricultura e seu papel no desenvolvimento do país, os desafios enfrentados por pequenos e médios produtores, e a história da questão agrária e reforma agrária no Brasil.
Pluriatividade como estratégia de sobrevivência no sertão nordestino o caso d...MARIA ODETE ALVES
Este artigo descreve como a pluriatividade é uma estratégia de sobrevivência para famílias camponesas no município de Tejuçuoca, Ceará, Brasil. Através de entrevistas e observações de campo, o estudo identificou que as famílias se engajam em múltiplas atividades agrícolas e não-agrícolas para gerar renda devido à falta de terra e condições climáticas desfavoráveis. A pluriatividade é uma forma de as famílias garantirem sua subsistência
Este livro, do qual participei, tem como objetivo primordial realizar uma abrangente caracterização da estrutura agrária paulista, contemplando sua heterogeneidade que, dada sua formação histórica, resultou em uma conformação regional particular, com dinâmicas setoriais vigorosas, lastreadas pelo ideário da modernização tecnológica e de concepções de desenvolvimento meramente produtivistas, contrapondo-se ao que ocorreu no âmbito da agricultura familiar e da reforma agrária, que desenharam um outro projeto de desenvolvimento para o estado de São Paulo baseado em parcerias entre instituições e tentando outras perspectivas diante da ausência de políticas públicas voltadas para essas categorias de produtores.
1) O documento discute a inserção da questão agrária nas estratégias de desenvolvimento do Brasil.
2) Analisa como o desenvolvimentismo histórico do país não abordou adequadamente a questão agrária e a necessidade de uma reforma crítica.
3) Reflete sobre debates recentes em torno da reforma agrária e sua importância para o tipo de desenvolvimento que o Brasil deseja alcançar.
Série drs vol 12 políticas de desenvolvimento territorial rural no brasil -...iicabrasil
Este livro analisa as políticas de desenvolvimento territorial rural implementadas no Brasil durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. O trabalho examina a experiência brasileira à luz do debate internacional sobre o tema e identifica avanços e lições para aperfeiçoar os processos. Realiza estudos de caso em quatro territórios rurais e conclui com sugestões para a sustentabilidade futura das políticas de desenvolvimento territorial no país.
O mundo rural brasileiro – o legado do passado e os desafios do futuro - por ...Rede Jovem Rural
Apresentação do painel "Atratividade do Campo", realizado na V Jornada Nacional do Jovem Rural e apresentado por Zander Navarro, pesquisador da Embrapa Estudos e Capacitações. Saiba mais sobre a V Jornada: http://www.redejovemrural.com.br
O documento discute a agricultura familiar no Brasil e em outros países. Apresenta uma definição de agricultura familiar baseada em seis características e argumenta que, diferentemente do senso comum, a agricultura familiar não deve ser confundida com pequena produção. Aponta que a agricultura familiar é a base do desenvolvimento agrícola em países capitalistas centrais e que no Brasil também existe um segmento dinâmico de agricultura familiar economicamente relevante.
Desenvolvimento e agroindustria familairGilson Santos
Este documento discute a importância da agricultura familiar no Brasil e América Latina, apresentando sua história, conceitos e características. Realizou-se um estudo de caso em Porto Xavier, RS sobre a produção e consumo agropecuário em 2003, mostrando o potencial da agroindústria familiar para gerar renda. A agricultura familiar é classificada em quatro grupos com diferentes níveis de desenvolvimento e acesso a recursos.
O documento discute a regionalização do Brasil, definindo conceitos como paisagem natural e artificial, lugares e regiões. Explica que a paisagem está em constante transformação e é afetada pelas ações humanas. As regiões possuem características que as diferenciam e internamente apresentam variedade.
O documento discute a supersafra de grãos no Rio Grande do Sul em 2013. O RS colherá cerca de 29 milhões de toneladas de grãos, igualando o recorde de 2011. Os preços das commodities agrícolas estão altos, resultando em maior receita para os produtores mesmo com a grande safra. O clima no Hemisfério Norte será crucial para os preços futuros.
1. O documento discute as desigualdades no acesso ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) entre agricultores familiares de diferentes recursos.
2. Embora o PRONAF tenha se expandido significativamente para agricultores de menor renda na Região Nordeste, concentrou recursos entre agricultores mais profissionais.
3. É necessário estabelecer políticas específicas para minifundistas e articular várias ações, incluindo crédito rural, para promover o desenvolvimento rural de
Seminário nacional sobre reforma agrária e desenvolvimento sustentávelGustavo Loureiro
O documento discute os impactos regionais da reforma agrária no Brasil, abordando seus aspectos políticos, econômicos e sociais. Apresenta o significado e dimensão dos assentamentos rurais no país e analisa como a reforma agrária influencia o desenvolvimento regional, gerando impactos na organização social e produtiva, dimensões ambientais/territoriais e alterações demográficas.
Este documento discute a questão agrária no pensamento político e social brasileiro através de uma coletânea de artigos sobre o tema. Apresenta uma breve introdução contextualizando o debate sobre a questão agrária no Brasil e a importância do paradigma marxista para o desenvolvimento dos estudos agrários. Resume os principais pontos do debate marxista clássico sobre a questão, destacando autores como Kautsky, Lênin e Chayanov e suas análises sobre o processo de diferenciação do campesinato e a penetração do capitalismo
O documento discute três principais transformações na agricultura brasileira nos últimos 50 anos: 1) os preços reais dos alimentos caíram pela metade, permitindo o acesso de mais pessoas a dietas saudáveis; 2) houve um extraordinário aumento da produção e produtividade graças à intensificação tecnológica; 3) o setor agropecuário vem salvando os saldos comerciais do Brasil cobrindo a perda de importância das exportações industriais.
Emprego e Trabalho na Agricultura Brasileira - Série DRS vol. 9iicabrasil
Here is a 193-word summary of the document in 3 sentences:
[SUMMARY] The document presents an introduction to Volume 9 of the Sustainable Rural Development Series, which focuses on employment and work in Brazilian agriculture. It describes how the series brings together articles by national and international professionals to disseminate knowledge and successful sustainable development initiatives in rural areas promoted by academic, governmental, and non-governmental institutions. This volume aims to fill a gap by presenting a collection of 17 unpublished texts on labor trends, structures, relations, and regulations in Brazilian agriculture organized across five sections.
1) A Segunda Guerra Mundial alterou significativamente a estrutura geopolítica mundial, resultando em um mundo bipolar dominado pelos Estados Unidos e União Soviética e novos mercados consumidores nos países recém-independentes.
2) Após a queda da União Soviética, o capitalismo se consolidou como o sistema econômico dominante no mundo, embora alguns países socialistas mantenham características mistas.
3) A globalização econômica intensificou a internacionalização da produção e do comércio através do estabe
1) Moçambique está experimentando um boom no desenvolvimento agrícola e na criação de novas fazendas e indústrias alimentares.
2) A urbanização está transformando as áreas rurais de Moçambique, embora de forma desigual entre comunidades.
3) A industrialização rural é vista como uma forma de aumentar a renda e mercados rurais, melhorando a economia e sociedade de Moçambique.
THE BENEFITS EFFICIENT GOVERNANCE MECHANISMS TO ARTISAN CACHAÇA TERRITORIES: ...Gecca
1) O documento discute os benefícios da implementação de projetos coletivos entre produtores de cachaça localizados em uma mesma região geográfica.
2) Esses projetos coletivos podem instituir o território local como uma esfera de interesses comuns, promovendo recursos compartilhados que agregam valor à produção local.
3) Isso favorece uma maior competitividade dos produtos daquela região e a conquista de novos mercados externos.
Este documento discute as transformações no mundo do trabalho no contexto da globalização. Apresenta como a flexibilização da produção e terceirização levaram à precarização das relações de trabalho, com salários mais baixos e menos benefícios para os trabalhadores. Também discute como a automação e mecanização reduziram empregos fabris e rurais, levando mais pessoas para as cidades em busca de trabalho.
O documento discute os modelos de produção Fordista e Pós-Fordista, assim como diferentes arranjos produtivos como distritos industriais, clusters, APLs, SPLs e SIALs. Estes arranjos envolvem a agrupação de empresas em determinadas regiões geográficas para reduzir custos e facilitar a produção através da cooperação. SIALs focam especificamente nos arranjos agroalimentares locais para aumentar os ganhos dos pequenos produtores rurais.
A globalização surgiu após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de aproximar as nações e evitar futuros conflitos. Ela proporciona maior facilidade em transações internacionais e ampliação de negócios globais. A globalização caracteriza-se pela integração entre sociedade, cultura, economia e política, interligando o mundo através do desenvolvimento de transportes e comunicações.
A AVICULTURA BRASILEIRA NO CONTEXTO MUNDIAL.docBrenner Cardoso
As exportações brasileiras de carne de aves como objeto de estudo justifica-se pelas características da produção avícola, pela importância do setor na balança comercial brasileira e pela possibilidade de incorporação de inovações tecnológicas em vista do intercâmbio comercial em nível mundial.
O documento discute as características do capitalismo global atual, incluindo sua integração na produção em diferentes locais através da fragmentação da cadeia produtiva, sua natureza tecnológica e dependência da informação, e seu caráter financeiro com a circulação do capital na forma de investimentos e especulação.
Este documento discute a globalização e suas consequências. Primeiro, define globalização como um processo de mundialização do capitalismo que envolve aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Segundo, descreve como as transformações no capitalismo no final do século XX, como a liberalização comercial, levaram a mudanças nos processos de trabalho e de consumo. Terceiro, explica como as novas tecnologias e a globalização financeira e cultural estão interligadas e afetando o mundo atual.
O documento analisa a cultura do kiwi e seu papel no desenvolvimento da região de Farroupilha no Rio Grande do Sul entre 1990-2000. Conclui que a região se destaca como o maior produtor de kiwi do estado, com o cultivo crescendo 147% no período, e que a cultura desempenhou papel essencial para complementar ou aumentar a renda familiar dos produtores.
O documento discute as origens da globalização, começando com a expansão comercial marítima européia dos séculos 15 e 16. Fatores que permitiram esta expansão incluem a crise de crescimento do século 15, a aliança entre burguesia e reis, avanços técnicos e científicos, e mentalidades do Renascimento. O texto também discute definições e consequências da globalização, como a disseminação da cultura de consumo e o aumento do desemprego estrutural devido à revolução tecnológica.
América Latina e o Padrão Exportador Acoplado a Reprodução Capitalista em Esc...Marcelo Lopes
Os Cadernos CEPEC constituem periódico mensal vinculado ao Programa de Pós-graduação em
Economia do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da Universidade Federal do Pará
(UFPA). Sua missão precípua constitui no estabelecimento de um canal de debate e divulgação de
pesquisas originais na grande área das Ciências Sociais Aplicadas, apoiada tanto nos Grupos de
Pesquisa estabelecidos no PPGE, quanto em pesquisadores vinculados a organismos nacionais e
internacionais. A missão dos Cadernos CEPEC se articula com a solidificação e desenvolvimento do
Programa de Pós-graduação em Economia (PPGE), estabelecido no ICSA.
Cadernos cepec v. 3 n. 8
1. O documento discute inovações tecnológicas realizadas por empresas vinícolas no Vale do São Francisco, analisando-as sob a ótica de arranjos produtivos e enfatizando inovações incrementais.
2. É observado que as indústrias do vinho na região adotam formas predominantemente passivas de absorção de tecnologia, com poucas exceções de formas ativas, principalmente no desenvolvimento da uva em parceria com instituições de pesquisa.
3. Inovações incrementais notadas são principalmente
1. O documento discute como a globalização levou à transformação da economia mundial de um conjunto de economias domésticas separadas para uma economia mundial altamente interdependente, caracterizada por fluxos transfronteiriços de comércio e capital.
2. As regiões periféricas dentro de países e espaços econômicos maiores enfrentam desafios de competitividade, e as políticas públicas buscam promover a convergência econômica entre centros e periferias.
3. A integração econômica europeia criou novas oport
Globalização e Compititividade o posicionamento das regiões perifericas Cláudio Carneiro
1. O documento discute como a globalização levou à transformação da economia mundial de um conjunto de economias domésticas separadas para uma economia mundial altamente interdependente, caracterizada por fluxos globais de comércio e capitais.
2. É analisada a competitividade no contexto da globalização e como ela pode ser captada em diferentes níveis, como países, regiões, indústrias e empresas.
3. Discutem-se os conceitos de espaço físico e espaço econômico e como eles têm se transformado na era da globalização
Este documento discute a nova ruralidade e as relações entre campo e cidade no Brasil. Apresenta os desafios e possibilidades da nova ruralidade, incluindo novas atividades e identidades no meio rural. Também aborda os processos de modernização e industrialização da agricultura brasileira e a formação de complexos agroindustriais, bem como sistemas agrícolas sustentáveis contemporâneos.
O documento descreve dez qualidades da agricultura familiar identificadas pelo autor. Estas incluem: 1) o controle sobre os principais recursos do estabelecimento; 2) a família investe a maior parte de sua força de trabalho no estabelecimento; 3) existe um equilíbrio entre a família e o estabelecimento nas decisões sobre o desenvolvimento deste. O texto discute como a agricultura familiar provê renda e alimentos para a família, mas também é um local de moradia, preservação da cultura e planejamento para o futuro.
Este documento discute a nova ordem econômica mundial emergente no final do século 20 e início do século 21. Apresenta como a globalização e a internacionalização do capitalismo levaram a uma maior interdependência econômica global, com a produção e o consumo se tornando cada vez mais mundializados. Também examina as assimetrias entre mundos, regiões e países, e como a globalização tende a aumentar as desigualdades socioeconômicas.
1) A agricultura é uma das atividades humanas mais antigas e sua história está ligada ao desenvolvimento das civilizações.
2) As técnicas agrícolas evoluíram lentamente ao longo do tempo, desde práticas rudimentares até alcançar um alto grau de sofisticação tecnológica.
3) O agricultor moderno precisa de conhecimentos administrativos e econômicos para gerir melhor seu negócio diante da complexidade do agronegócio atual.
1) A globalização é um processo histórico de interconexão entre sociedades que acelerou com a revolução industrial e tecnológica;
2) Isso permitiu novas estratégias empresariais como a deslocalização da produção para países com mão-de-obra barata e a formação de blocos econômicos;
3) Porém, a globalização também aumentou a desigualdade e o desemprego estrutural, gerando exclusão social em escala global.
Cultura popular na idade média e no renascimetno o contexto de françois rab...Marcelo Henrique Bastos
O documento discute os desafios enfrentados pelas empresas de tecnologia na moderação de conteúdo. Ele observa que, embora as empresas queiram limitar o discurso de ódio, também precisam proteger a liberdade de expressão dos usuários. O documento conclui que não há soluções fáceis e que as empresas precisam encontrar um equilíbrio cuidadoso entre esses interesses conflitantes.
Este livro apresenta uma discussão sobre o conceito de classe trabalhadora a partir da obra de Marx, abordando três partes principais: 1) o conceito de classe trabalhadora em Marx e Engels; 2) um panorama atual da classe trabalhadora no mundo e no Brasil; 3) o debate contemporâneo sobre a classe trabalhadora, incluindo questões sobre sua suposta desagregação e sobre novos sujeitos sociais. O objetivo é defender a pertinência da análise marxista das classes sociais e da luta de classes para a compreensão da dinâmica social
O documento contém perguntas e respostas sobre continentes, oceanos e outros conceitos geográficos. As perguntas são feitas em português e as respostas são identificadas por letras maiúsculas A, B ou C. O documento aborda tópicos como os nomes dos continentes e oceanos, suas áreas relativas e localizações geográficas.
A empresa anunciou um novo produto revolucionário que usa tecnologia de ponta para resolver problemas complexos de forma rápida e eficiente. O produto será lançado no mercado nos próximos meses e espera-se que tenha grande demanda devido à sua capacidade única de simplificar tarefas anteriormente difíceis. Os analistas preveem que o produto terá um impacto significativo no setor e estabelecerá um novo padrão.
1. O documento discute a abordagem arqueológica para a história das ideias, que se concentra em rupturas ao invés de continuidades.
2. Essa abordagem busca identificar novos tipos de racionalidade e seus efeitos, ao invés de pesquisar origens e precursores.
3. Ela analisa a história de conceitos considerando seus campos de validade e uso, não um refinamento progressivo.
As descontinuidades da modernidade separaram os modos de vida modernos de todos os tipos tradicionais de ordem social de maneiras sem precedentes. As transformações da modernidade foram mais profundas do que a maioria das mudanças do passado, estabelecendo conexões globais e alterando características pessoais da existência. Embora haja continuidades, as mudanças dos últimos séculos foram tão dramáticas em escala e impacto que exigem uma análise separada dos períodos de transição anteriores.
O documento discute a modernização da agricultura brasileira no século 20, incluindo a Revolução Verde, o desenvolvimento de complexos agroindustriais e a expansão para novas fronteiras agrícolas, apesar da concentração fundiária persistente.
Este documento apresenta um resumo sobre sociologia para o Ensino Médio da Educação de Jovens e Adultos da Prefeitura de Franca. Ele define sociologia como a ciência que estuda a sociedade e os fenômenos sociais, explica o método da sociologia como o olhar de estranhamento para se afastar do senso comum, e discute os processos de socialização primária e secundária pelos quais os indivíduos aprendem os valores da sociedade.
3. Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms. Eduardo Augusto Wellendorf Sombini
Revisão Técnica:
Profa. Dra. Vivian Fiori
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
A Globalização e as Transformações da Agropecuária Brasileira
4.
5. • Introdução
• A Agricultura Científica Globalizada
• Os Circuitos de Produção
· Analisaroprocessodeglobalizaçãoeastransformaçõesempreendidas
no campo.
· Mostrar as transformações pelas quais vem passando a produção da
agricultura brasileira.
· Evidenciar os circuitos produtivos na agricultura no Brasil.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
A Globalização e as Transformações
da Agropecuária Brasileira
6.
7. Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja uma maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como o seu “momento do estudo”.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo.
No material de cada Unidade, há leituras indicadas. Entre elas: artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também
encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Determine um
horário fixo
para estudar.
Aproveite as
indicações
de Material
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar, lembre-se de que uma
Não se esqueça
de se alimentar
e se manter
hidratado.
Aproveite as
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Procure manter
contato com seus
colegas e tutores
para trocar ideias!
Isso amplia a
aprendizagem.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
8. UNIDADE A Globalização e asTransformações da Agropecuária Brasileira
Introdução
Nesta unidade, discutiremos questões associadas às novas dinâmicas da produção
agrícola no período da globalização.
A Agricultura Científica Globalizada
A emergência da agricultura científica globalizada e as regiões agrícolas
competitivas são as principais expressões da modernização da agricultura e do
território brasileiro a partir da década de 1990.
As especializações produtivas regionais expressam, através de novos usos do
território, a busca incessante por novos atributos de competitividade que poderiam
impulsionar a participação dos produtos agrícolas nos mercados internacionais, ao
mesmo tempo em que aprofunda a vulnerabilidade da economia, da sociedade e
do território frente às variáveis externas que escapam ao controle regional e local.
Para apreender esses movimentos, relacionados ao alargamento dos contextos da
globalização no território brasileiro, é necessário mobilizar um conjunto de conceitos
que permitam uma análise atualizada ao período histórico que consideramos, como
o de circuito espacial produtivo.
De acordo com Moraes (1985), o conceito de circuito remonta ao Capital de
Marx, quando o autor discute a indissociabilidade entre a produção, a distribuição,
a troca e o consumo. Isto significa que, para compreender o processo de produção
capitalista, é necessário olhar para além da produção em si das mercadorias, nos
estabelecimentos agrícolas ou nas indústrias, e analisar todo o circuito de que
determinada mercadoria faz parte.
A ideia de circuito, portanto, enfatiza a noção de que as mercadorias participam
de um processo de movimento ampliado, que abarca a produção, a distribuição e o
consumo. O capitalismo só pode ser compreendido, dessa forma, levando em conta
a circulação – os fluxos de mercadorias, de informações e financeiros de toda a or-
dem, que sustentam a geração de lucro e a reprodução do sistema como um todo.
Como explicam Milton Santos e Maria Laura Silveira (2001, p. 143):
Repartição das atividades entre lugares, a divisão territorial do trabalho
pode nos dar apenas uma visão mais ou menos estática do espaço de
um país, um retrato onde cada porção do espaço revela especializações
mais ou menos nítidas, nascidas à luz de processos antigos e modernos.
Mas para entender o funcionamento do território é preciso captar o
movimento, daí a proposta de abordagem que leva em conta os circuitos
espaciais da produção. Estes são definidos pela circulação de bens e
produtos e, por isso, oferecem uma visão dinâmica, apontando a maneira
como os fluxos perpassam o território.
8
9. 9
Quando se acrescenta o termo “espacial” à ideia de circuito, busca-se enfatizar
que os processos de produção, distribuição e consumo se realizam em lugares e
regiões diferentes, muitas vezes em países distintos e muito distantes entre si.
No período da globalização, essa articulação entre diferentes lugares e regiões,
que participam dos mesmos circuitos espaciais produtivos, se torna ainda mais
presente. Esse fato pode ser explicado pela diminuição radical dos custos de
transporte e pela possibilidade de comando a distância da produção, por meio das
novas tecnologias informacionais e de regulações nacionais e internacionais que
permitem que os circuitos espaciais produtivos tenham escala planetária.
Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Basta lembrar que boa parte das commodities agrícolas e minerais produzidas
no país é exportada para a América do Norte, a Europa Ocidental e a Ásia, servindo
de matéria-prima para atividades industriais nesses países.
Conforme comenta Milton Santos (2008, p. 56):
O mundo encontra-se organizado em subespaços articulados dentro
de uma lógica global. Já não podemos falar de circuitos regionais de
produção. Com a crescente especialização regional, com os inúmeros
fluxos de todos os tipos, densidades e direções temos de falar de circuitos
espaciais da produção. Esses seriam as diversas etapas pelas quais passaria
um produto, desde o começo do processo de produção até chegar ao
consumo final. Se quiséssemos, por exemplo, conhecer os circuitos
produtivos da agroindústria de cana-de-açúcar, teríamos de observar todos
os momentos da produção, desde o plantio de cana até o consumo do
álcool, do açúcar ou de outros derivados.
As antigas barreiras regionais à produção são, quase sem exceções, quebradas. Em
um primeiro momento, a integração do território nacional permite que os mercados
locais e regionais sejam substituídos por um mercado interno de escala nacional.
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10. UNIDADE A Globalização e asTransformações da Agropecuária Brasileira
A partir de meados do século XX, a integração dos países às lógicas da globali-
zação aprofunda esse processo, erodindo ainda mais o antigo papel que as regiões
tinham de comando de suas produções agrícola e industrial. Por esses motivos, é
preciso falar de circuitos espaciais produtivos, e não mais de circuitos regionais.
No período da globalização, impulsiona-se a especialização regional produtiva.
Defende-se, com essa estratégia, que cada região se concentre quase que exclusiva-
mente na produção das mercadorias mais competitivas que podem oferecer. Essa
especialização produtiva faz com que as trocas inter-regionais se intensifiquem, já
que as regiões deixam de produzir todos os bens e serviços de que necessitam para
se concentrar naqueles mais competitivos nos mercados nacional e internacional.
Esse impulso pela especialização gera um conjunto de implicações territoriais,
como a constituição das “regiões competitivas agrícolas” (CASTILLO & FREDERI-
CO, 2010) no território brasileiro. Esses autores (idem) lembram que a competitivi-
dade não é um atributo abstrato que as mercadorias incorporam, mas, sobretudo,
um conjunto de qualidades que os espaços regionais oferecem.
Isto quer dizer que as características distintivas que permitem que um determinado
produto regional seja competitivo nos mercados estão incorporadas às formas
espaciais e ao conteúdo social dos lugares e das regiões.
Podemos falar, portanto, que a competitividade é, antes de qualquer coisa,
espacial, como explicam Castillo e Frederico (2010, p. 18): “Partimos da
concepção de que a competitividade não é um atributo circunscrito às empresas ou
aos produtos no período da globalização, mas designa também uma condição dos
lugares e regiões”.
A distribuição desigual das densidades materiais e normativas no território
confere diferentes graus de competitividade às regiões para determinados tipos de
produtos e, por conseguinte, a alguns agentes produtivos que nelas atuam e que
delas fazem parte.
Os Circuitos de Produção
A especialização regional produtiva tem como consequência o aumento da cir-
culação, que se torna imprescindível para garantir a unidade dos circuitos espaciais
produtivos que têm suas etapas dispersas geograficamente. Por este motivo, a logís-
tica se torna uma das principais variáveis do atual período histórico: para garantir a
competitividade dos produtos de uma determinada região, é necessário que haja um
conjunto de infraestruturas e normas que garantam fluidez a essa produção.
Em outras palavras, é preciso que os produtos sejam transportados até os lugares
que sediam a próxima etapa do circuito espacial produtivo ou o consumo final, com
rapidez e baixos custos, para que essas mercadorias tenham condições de competir
nos mercados internacionais.
10
11. 11
A dispersão geográfica das diversas etapas dos circuitos espaciais produtivos
é acompanhada pela constituição de centros de comando e decisão de alcance
internacional, que articulam os diversos momentos da produção material por meio
de fluxos de informações e capitais.
Esse papel é cada vez mais desempenhado pelas metrópoles, que se tornam as
sedes das principais instituições da regulação da produção capitalista no mundo
contemporâneo. Para dar conta dessa dimensão do processo, Milton Santos
(2006) propõe que se utilize o conceito de círculos de cooperação no espaço
concomitantemente aos circuitos espaciais produtivos.
Os círculos de cooperação no espaço, dessa forma, fazem referência à circulação
imaterial que garante coerência e articulação aos circuitos espaciais produtivos,
geograficamente dispersos.
Enquanto os circuitos espaciais produtivos têm como variável central o transporte
material, os círculos de cooperação no espaço seriam marcados pela comunicação
entre os lugares que concentram a decisão e o comando e aqueles que realizam as
diversas etapas da produção.
Milton Santos e Maria Laura Silveira (2001, p. 144) comentam:
No período atual, esse movimento é comandado, sobretudo, por fluxos
não obrigatoriamente materiais, isto é, capitais, informações, mensagens,
ordens. Essa é a inteligência do capital, reunindo o que o processo direto
da produção havia separado em diversas empresas e lugares, mediante o
aparecimento de verdadeiros círculos de cooperação. Circuitos espaciais
de produção e círculos de cooperação mostram o uso diferenciado de
cada território por parte das empresas, das instituições, dos indivíduos e
permitem compreender a hierarquia dos lugares desde a escala regional
até a escala mundial.
Com a constituição de regiões competitivas agrícolas no território brasileiro,
resultado de uma profunda especialização produtiva, essas parcelas do país passam
a ter lógicas de funcionamento cada vez mais articuladas a circuitos espaciais
produtivos de escala global.
Os circuitos espaciais produtivos da soja, da laranja e da carne são bons exemplos
da maneira como as regiões agrícolas brasileiras participam de um processo de
circulação de mercadorias e capital globalizado. A grande questão colocada nesse
debate é que as regiões se inserem sem proteção em circuitos espaciais produtivos
que não podem controlar.
Os preços desses produtos são determinados nos mercados internacionais,
comandados por corporações multinacionais sem compromisso com as dinâmicas
regionais específicas. No limite, isto quer dizer que, dependendo da estratégia dessas
corporações, as regiões podem ser desconectadas do circuito espacial produtivo
por elas dominado, acarretando enormes prejuízos financeiros e sociais.
11
12. UNIDADE A Globalização e asTransformações da Agropecuária Brasileira
Outra questão importante é a constante variação dos preços das commodities
nesses mercados: essa oscilação está relacionada a mudanças nas curvas de oferta e
demanda, associadas ao crescimento econômico dos países, que obedece a ritmos
pouco previsíveis.
Desde a crise de 2008, por exemplo, a demanda mundial de commodities
agrícolas e minerais vem diminuindo. Esse processo afeta diretamente o
crescimento econômico, as exportações, as balanças comerciais, o câmbio e as
reservas internacionais dos países exportadores desses produtos, como é o caso
do Brasil. A China, uma grande importadora de commodities agrícolas e minerais,
vem arrefecendo suas taxas de crescimento econômico e sinalizando que comprará
quantidades menores de minério de ferro e soja do Brasil, entre outros produtos.
Importante!
Além das duas gigantes multinacionais – também tradings companies - presentes
na cadeia produtiva da soja, notamos também a presença e o aumento de poder de
outras tradings companies, multinacionais especializadas na compra e distribuição não
só de soja, mas também de outras commodities agrícolas. Essas empresas adquiriram
esmagadorasdesoja,quesãoutilizadasparaobeneficiamentodasoja,reforçandooseu
podernobeneficiamentodacommodity.ÉocasodogrupoCoinbra/DreyfuseADM.Com
a compra de esmagadoras de soja e o fechamento de outras por causa da concorrência
das multinacionais, a participação das quatro maiores indústrias sobe para 46,5% na
área de esmagadoras de soja, sendo que, das quatro tradings (Bunge, ADM, Cargill e
Dreyfus), só a Bunge, a partir da transferência da área de soja da Santista, passou a ser
responsável por 28,3%.
Você Sabia?
Fonte:Texto literal extraído de ALBANO, Gleydson Pinheiro;
SÁ, Alcindo José de Globalização da agricultura: multinacionais no campo brasileiro.
Revista de Geografia (UFPE), v. 28, nº. 1, 2011, p. 65.
Figura 2
Fonte:Wikimedia Commons
Por conta da diminuição das importações e do baixo crescimento mundial nos
últimos anos, há a tendência de diminuição dos preços médios dessas commodities,
que influenciam os resultados da balança comercial brasileira e a geração de riquezas
no país, fortemente dependente da produção agrícola e mineral.
12
13. 13
Queremos dizer, com isso, que a integração do Brasil à globalização vem sendo
feita sem a mediação de um verdadeiro projeto nacional, que oriente a forma como
o país se colocará nos mercados internacionais.
Seria necessário partir de uma estratégia interna clara de articulação aos circuitos
espaciais produtivos globalizados, que permitisse que as dinâmicas econômicas e
territoriais do país pudessem ser preservadas em caso de oscilações bruscas ou
crises mais profundas nos mercados internacionais.
Ao contrário, as regiões brasileiras se encontram em situações extremamente
vulneráveis,emquepodemserduramenteafetadasporessesmovimentosdomercado.
Samuel Frederico (2013) chama essa problemática de “lógica das commodities”.
Para esse autor, os circuitos espaciais produtivos do café, da soja e de outros
produtos agrícolas são dominados por grandes tradings e marcados pela
especulação financeira, que coloca os produtores rurais e outros agentes regionais
em situações extremamente frágeis, ao mesmo tempo em que ocorre um processo
intenso de concentração e centralização de capital das tradings.
Como explica o pesquisador (FREDERICO, 2013, p. 108):
Ao normatizar o mercado mundial de determinadas mercadorias, a lógica
das commodities submete os agentes próprios do lugar ou região — produ-
tores, transportadores, comerciantes e empresas locais — aos desígnios dos
agentes que atuam em rede na escala mundial – grandes firmas exportado-
ras e importadoras (tradings), conglomerados alimentícios e especuladores
financeiros —, acarretando uma vulnerabilidade produtiva local.
Entre diversos casos em que essas questões se manifestam, o circuito espacial
produtivo da cana-de-açúcar é particularmente interessante. Esse circuito é chamado
atualmente de “sucroenergético”, em substituição ao termo “sucroalcooleiro”. Essa
mudança está relacionada ao emprego do etanol como combustível veicular e às
possibilidades atuais de geração de energia elétrica no processamento da cana-de-
açúcar, que vem permitindo alterações na matriz energética brasileira.
Ainda que a história da produção de cana-de-açúcar acompanhe a formação do
território brasileiro desde seu início, nas últimas décadas o circuito está fortemente
concentrado no interior de São Paulo, como na região polarizada por Ribeirão
Preto. Combinando a presença de corporações internacionais monopolistas e a
persistência de trabalhos extremamente degradantes, sobretudo na colheita manual
(com repetidas denúncias de trabalho análogo à escravidão), o setor tem se expan-
dido, sobretudo no Centro-Oeste, em estados como Goiás e Mato Grosso do Sul.
13
14. UNIDADE A Globalização e asTransformações da Agropecuária Brasileira
Figura 3
Fonte: Unicamp, IBGE e CTC
De acordo com Castillo (2013), o setor tem quatro características intrínsecas
que condicionam sua dinâmica. Destacaremos duas, associadas à especialização
produtiva e à vulnerabilidade territorial das regiões competitivas agrícolas do setor
sucroenergético. A primeira diz respeito à “restrição ao armazenamento da matéria-
prima”. Após ser colhida, a cana-de-açúcar precisa ser processada industrialmente
em seguida, não podendo ser transportada ou armazenada por longos períodos.
Disso decorre, entre outros pontos, a necessidade de proximidade entre as
plantações e as usinas, para que a matéria-prima não se deteriore: existe “certa
rigidez locacional da usina e um maior “engessamento” do uso do território; isso
quer dizer que, uma vez que a usina tenha sido implantada, necessariamente vai
haver o cultivo de cana nas proximidades” (CASTILLO, 2013, p. 78).
A segunda característica discutida pelo autor é a “semiperenidade da cana-de-
açúcar”: após cinco anos, ocorre uma diminuição brusca da produtividade dos
canaviais, demandando o replantio da cultura, também chamado de reforma. Essa
característica cria a necessidade de investimentos periódicos de montantes elevados.
Em momentos de crise, em que não é possível reformar os canaviais, há uma
queda brusca da quantidade produzida. Além disso, a necessidade de equilíbrio
entre as áreas em reforma e as áreas reformadas nos canaviais faz com que a
rotação com outras culturas seja dificultada, acentuando a especialização das áreas
produtoras de cana-de-açúcar.
Como explica Ricardo Castillo (2013, p. 79):
Disso decorre, junto com a impossibilidade de armazenar a cana por
longos períodos, uma especialização regional produtiva mais acentuada,
tornando a economia dos municípios dedicados à produção de açúcar e
etanol muito vulnerável por depender, em grande medida, de um único
setor de atividade econômica. Dos 3.625 municípios brasileiros que
produziram cana-de-açúcar em 2010, em 682 essa cultura respondeu
por mais de 50% de toda a área ocupada pela agricultura [...]; em 213
municípios, esse índice ficou entre 90 e 100%.
14
15. 15
A história do setor sucroenergético é caracterizada, por outro lado, por crises
cíclicas, que trazem grandes prejuízos às regiões produtoras. Como a especialização
produtiva é muito prenunciada nessas áreas, a falta de outras alternativas para
dinamizar as economias locais e regionais faz com que qualquer variação mais
significativa na produção de açúcar e etanol tragam problemas graves às regiões.
Esse é o contexto dos últimos anos dos municípios do interior do estado de São
Paulo, extremamente dependentes do setor sucroenergético. No segundo mandato
de Luiz Inácio Lula da Silva, criou-se uma grande expectativa sobre o crescimento
da produção de etanol no Brasil. Acreditava-se que o etanol se tornaria uma com-
modity, como o é o açúcar, e espessos fluxos de investimentos internacionais foram
direcionados, sobretudo aos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, para
a criação de usinas e a expansão da produção (veja mapa da cana-de-açúcar).
Observe as áreas onde ocorrem a produção de cana-de-açúcar no território
brasileiro:
Figura 4
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
As projeções, contudo, não se concretizaram. A crise econômica global de 2008
freou os investimentos e diminuiu a demanda internacional de combustíveis. Por
outro lado, há uma curva de diminuição dos preços internacionais do petróleo no
período recente, o que faz com que o etanol seja menos competitivo. No Brasil,
o governo federal vem subsidiando a gasolina, reduzindo tributos e contendo o
aumento dos preços, com o intuito de manter as taxas de inflação baixas.
Esses fatores, somados a outros, criaram uma conjuntura particularmente desfavo-
rável ao setor sucroenergético nos últimos anos, que trouxe desdobramentos negati-
vos às regiões que dependem diretamente desse circuito espacial produtivo. Um con-
junto considerável de usinas fechou e outras enfrentam graves dificuldades financeiras.
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16. UNIDADE A Globalização e asTransformações da Agropecuária Brasileira
Nos municípios especializados na produção de açúcar e álcool, o fechamento
de uma usina traz graves prejuízos, com a diminuição da arrecadação de impostos
e o fechamento de postos de trabalho, acarretando a demissão de trabalhadores e
tensões políticas consideráveis.
Esse exemplo, apresentado sinteticamente, ilustra a face perversa das
especializações produtivas exacerbadas, que geram fortes vulnerabilidades
territoriais. Outro combustível que é proveniente de produtos vegetais é o biodiesel.
O biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis que pode ser
produzido a partir de gorduras animais e espécies vegetais como soja, palma, girassol, ba-
baçu, amendoim, mamona e pinhão-manso. No Brasil, a soja é a principal matéria-prima
utilizada. O produto final (Biodiesel B100) deve cumprir as especificações físico-químicas
determinadas pela ANP para que possa substituir total ou parcialmente o óleo diesel de
petróleo em motores ciclodiesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas, au-
tomóveis, etc.). No Brasil, o biodiesel puro (B100) é adicionado obrigatoriamente ao diesel
de petróleo em proporções de acordo com a legislação em vigor. Nos últimos 20 anos surgi-
ram preocupações em relação à poluição ambiental e ao aquecimento global, fortalecendo
a busca por soluções alternativas ao consumo do petróleo. Acompanhando essa tendência
mundial, o biodiesel foi introduzido na matriz energética brasileira por meio do Programa
Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), um programa interministerial do Governo
Federal cujo objetivo era a implementação da produção e do uso do biodiesel de forma sus-
tentável, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, visando também
diminuir a dependência de importação do derivado fóssil, o diesel.
Explor
Fonte: AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO (ANP). Disponível em: https://goo.gl/EpQG6M
Biodiesel
Figura 5
16
17. 17
Podemos concluir, portanto, que a defesa da especialização produtiva e o
aumento dos atributos de competitividade das regiões com o intuito de participar
dos mercados internacionais podem trazer efeitos econômicos, sociais e territoriais
muito perversos.
Essa participação em circuitos espaciais de produtos de escala global produz
instabilidades locais e regionais e deveria ser mediada pela escala nacional, por
meio de estratégias de desenvolvimento de maior alcance.
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18. UNIDADE A Globalização e asTransformações da Agropecuária Brasileira
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Agricultura Científica Globalizada e Fronteira Agrícola Moderna no Brasil
FREDERICO, Samuel. Agricultura científica globalizada e fronteira agrícola moderna
no Brasil. Confins, nº. 17, 2013.
https://goo.gl/AB2oPG
Embrapa
https://goo.gl/95RCVK
Vídeos
Ano internacional da Agricultura Familiar
2min40, FAO, ONU, 2014. Sobre agricultura familiar.
https://youtu.be/wDB2wgB2tr8
Filmes
The Corporation
The Corporation (Canadá, 2003). Este documentário investiga o comportamento das
corporações, examinando esse modelo de organização em vários casos.
Leitura
Intoxicação e Morte por Agrotóxicos no Brasil
BOMBARDI, Larissa Mies. Intoxicação e morte por agrotóxicos no Brasil: a nova
versão do capitalismo oligopolizado. Boletim Dataluta – Artigo do mês: set., 2011,
p. 1-21.
https://goo.gl/m2bMFb
18
19. 19
Referências
CASTILLO, Ricardo. A expansão do setor sucroenergético no Brasil. In:
BERNARDES, Julia; SILVA, Catia; ARRUZZO, Roberta. Espaço e energia:
mudanças no paradigma sucroenergético. Rio de Janeiro: Lamparina, 2013.
CASTILLO R., FREDERICO S. Dinâmica regional e globalização: espaços
competitivos agrícolas no território brasileiro. Revista Mercator, ano 9, nº. 18, p.
17-26, 2010.
FREDERICO, Samuel. Lógica das commodities, finanças e cafeicultura. Boletim
Campineiro de Geografia, v. 3, nº. 1, 2013.
MORAES, A. C. R. Los circuitos espaciales de la producción y los círculos de
cooperación en el espacio. In: Aportes para el estudio del espacio socio-
economico III. YANES, L. e LIBERALI, A. M. (orgs.). Buenos Aires, El Coloquio,
1991, p.153-77.
SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no
início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.
SANTOS, MILTON. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Edusp,
2008 [1988].
19