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do Santa Cândida
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2 Fevereiro
2024
O JORNAL QUE TEM O QUE FALAR
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EXPEDIENTE
AS MATÉRIAS ASSINADAS NÃO REFLETEM NECESSARIAMENTE A OPINIÃO DO JORNAL
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Adilson da Costa Moreira
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Impresso dia: 29 de fevereiro de 2024
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Tiragem: 5.000 exemplares
Pedro Fontoura, fundador da empresa Jeito Ani-
mal, recebeu a Medalha Cinquentenário das Forças
de Paz do Brasil
Os 11 anos dedicados à prática do adestramento
positivo renderam a condecoração com a Medal-
ha Cinquentenário das Forças de Paz do Brasil ao
biólogo, comportamentalista e adestrador curiti-
bano Pedro Fontoura, fundador da empresa Jeito
Animal. A honraria criada pela Associação Brasile-
ira das Forças Internacionais de Paz premia ações
que fazem a diferença na sociedade. A homenagem
foi entregue na Câmara Municipal de São Paulo na
terça-feira, dia 20 de fevereiro.
“Receber esta medalha, das mãos de um oficial, é
um reconhecimento que transcende o pessoal, re-
fletindo o impacto coletivo do nosso trabalho de
conscientização sobre a educação canina gentil e
livre de punições. Este momento simboliza a essên-
cia do que acreditamos na Jeito Animal: que a com-
preensão, o respeito e a gentileza podem, de fato,
transformar vidas”, diz Pedro Fontoura
Adestramento positivo
Ele explica que existem vários métodos de adestra-
mento no Brasil, mas a Jeito Animal usa o positivo,
baseado em pesquisas científicas e difundido por
veterinários e comportamentalistas respeitados
mundialmente.
No adestramento positivo os tutores participam
ativamente do processo, assistem às aulas feitas na
casa deles e colocam em prática os exercícios en-
sinados.
“Não são usadas broncas, punições e nenhuma for-
ma de agressão. O aprendizado se dá com reforço
positivo: brincadeiras, carinho ou alimentos, como
petiscos ou a própria ração”, explica Fontoura.
Quando o comportamento está bem consolidado
não é mais necessário reforçar com uso de petiscos.
O adestrador ressalta que broncas e punições como
aplicar castigos, produtos amargos, borrifadores
BIOLOGO CURITIBANO QUE TRABALHA
COM ADESTRAMENTO POSITIVO DE
ANIMAIS É HOMENAGEADO EM EVENTO
NACIONAL
de água, dar sustos, restringir a convivência com
a família ou até usar violência física (como tapas
e cutucões) podem parecer soluções rápidas, mas
seus efeitos são nocivos.
“A confiança entre tutores e cães é prejudicada,
porque o animal associa negativamente a interação
com os tutores e isso gera insegurança”, alerta.
Negócio
Colocar essas relações nos trilhos é a missão da
Jeito Animal. “Já transformamos a relação de mais
de 5 mil famílias dentro e fora do país, com aulas
e consultas presenciais e online”, conta a jornalista
Deborah Fertonani, sócia proprietária da Jeito An-
imal.
A empresa foi fundada pelo seu marido, Pedro
Fontoura, em 2015, na época com outro nome, e
se tornou Jeito Animal em 2017. Hoje, é a segun-
da maior franqueadora de adestramento positivo
do Brasil e a primeira com equipe interdisciplinar
(veterinárias, psiquiatras e adestradores trabalhan-
do em conjunto).
Já são 19 franqueados espalhados pelos estados do
Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais,
Brasília e Amazonas. As equipes atuam com ade-
stramento de pets (cães, gatos e outras espécies),
consultas psiquiátricas, terapias integrativas (aro-
materapia, floral, acupuntura), vacinas lowstresse e
uma linha de produtos.
Mas o propósito da Jeito Animal não é só dis-
ponibilizar serviços que resolvem problemas de
comportamento dos pets, mas levar informação e
direcionar as pessoas para poderem ensinar e en-
tender as necessidades de espécie do seu pet, atuan-
do também na prevenção.
Por isso, a equipe investe na produção de conteú-
do gratuito para conscientização de tutores e soma
quase 220 mil seguidores engajados nas redes so-
ciais.
Um galo chamado Frederico tem feito sucesso
na internet. Ele é o bichinho do seu Osvaldo e
a amizade dos dois virou uma atração no bair-
ro Atuba, Curitiba. Osvaldo é jardineiro e con-
sidera o galo de estimação o seu melhor amigo.
Os dois já vivem juntos há três anos e seguem uma
UMA AMIZADE
QUEVAI SE
MULTIPLICAR
rotina à risca.
Eles passeiam várias vezes por semana, a pé ou
de bicicleta, e o galo sempre acorda de madru-
gada para cantar. A dieta é diferenciada: além de
milho, Frederico gosta de maçã, goiaba, banana
e bolo. Os companheiros também adoram escu-
tar música juntos, principalmente sertanejo raiz.
A família apoia a amizade, mas o neto
de seu Osvaldo confessa que a avó tem
ciúmes do galo de estimação. Agora, Os-
valdo tem planos de expandir a criação.
RICTV Imagem: VALQUIR KIU AURELIANO
Ela deve responder por infração de me-
dida sanitária, que pode resultar de um
mês a um ano de prisão, além de multa.
Polícia é chamada em ação de combate à dengue
Uma mulher de 74 anos se recusou a descartar
água parada que estava acumulada no quintal da
casa dela durante uma ação de combate à dengue
em Cornélio Procópio, no norte do Paraná. Por
conta disso, a polícia foi acionada
Polícia é chamada em ação de combate à dengue.
Uma mulher de 74 anos se recusou a descartar
água parada que estava acumulada no quintal da
casa dela durante uma ação de combate à dengue
em Cornélio Procópio, no norte do Paraná. Por
conta disso, a polícia foi acionada.
A situação aconteceu na sexta-feira (24). Agentes
de combate a endemias, da prefeitura, receberam
uma denúncia de que o quintal da residência es-
tava com vários focos de água parada.
No local, a equipe encontrou recipientes cheios
de água, com larvas do Aedes aegypti, e inicia-
ram a limpeza.
Porém, segundo a prefeitura, a idosa se apresen-
tou como dona da casa e passou a impedir o tra-
balho dos agentes. Ela afirmou a eles que mesmo
com a limpeza, ela continuaria a acumular água
da chuva.
Idosa se recusa a descartar água parada durante
ação de combate à dengue e polícia é chamada
em Cornélio Procópio
Asequipesentãoacionaramapolícia.Aidosaeout-
ras três pessoas foram ouvidas pelas autoridades
e um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado.
Conforme a polícia, eles podem responder por
infração de medida sanitária que pode resultar
IDOSA SE RECUSA A DESCARTAR ÁGUA
PARADA DURANTE AÇÃO DE COMBATE
À DENGUE E POLÍCIA FOI ACIONADA
de um mês a um ano de prisão, além de multa.
Por conta da quantidade de materiais acumu-
lando água na residência, o trabalho dos agentes
precisou ser dividido. A previsão é que ele con-
tinue neste sábado (24).
Aedes aegypti é reconhecido por sua coloração
escura com listras brancas ao longo do corpo
e pernas; ele é menor que outros mosquitos
comuns e é diurno
O último boletim da dengue, divulgado pela
Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), registrou
mais uma morte e 8.414 novos casos de dengue
no Paraná em apenas uma semana.
O boletim informa que 22 municípios pa-
ranaenses têm casos de dengue confirmados.
No total, segundo a secretaria, são 45.930 casos
confirmados e 16 mortes desde o início do perío-
do epidemiológico, em julho de 2023.
Dos casos confirmados, 40.849 são autóctones,
ou seja, quando a doença foi contraída na
cidade onde a pessoa mora. Outros 31.421 casos
são investigados.
Em Cornélio Procópio, cidade onde a idosa
mora, foram confirmados 65 casos de dengue
sorotipo 3 (DENV3) em 2024.
G1
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Fevereiro
2024
UM VERDADEIRO“MÉDICO DE BAIRRO’’,
O FARMACÊUTICO DAVID, PARTIU COM
70 ANOS DE PROFISSÃO!
DE FORMA INÉDITA, SEIS ALUNOS SURDOS DEFENDEM MESTRADO NA
PÓS-GRADUAÇÃO DA UFPR NA MESMA SEMANA
Em um passado não muito distante, chegar em
uma farmácia, dizer o que sentia e ser medica-
do era comum. Com isso, muitos farmacêuticos
se tornaram “médicos do bairro”, por acertarem
e indicarem remédios que eram “tiro e queda”.
Este era o caso de David Vicente de Paulo Niece,
de 92 anos, muito querido dos bairros Bacacheri
e Boa Vista com mais de 70 anos de profissão.
O farmacêutico, que dedicou a vida a ajudar a
curar pessoas, morreu no dia 19 e fevereiro.
Muito conhecido entre as regiões do Boa Vista
e do Bacacheri, em Curitiba, o profissional tra-
balhou até o fim, e com a mesma leveza que indi-
cava os remédios certos para curar muita gente,
saiu de cena.
Pelas redes sociais, assim que houve o anúncio
da morte do farmacêutico, que por muitos anos
era fácil ser encontrado na farmácia que ficava
na esquina da Avenida Paraná com a Rua Ver-
eador Constante Pinto, no Bacacheri, muita gen-
te se comoveu.
“Quem não conheceu o seu David! Nossas vidas
com muito respeito e carinho ele tratava. Far-
Seis pesquisadores surdos defendem dissertação de
mestrado na Universidade Federal do Paraná no mês
de fevereiro. O Programa de Pós-graduação em Letras
já titulou outros três mestres surdos anteriormente,
mas, pela primeira vez, um grupo expressivo de estu-
dantes defende a titulação no mesmo período.
Entre os mestrandos, quatro são egressos do curso
de Licenciatura em Letras Libras da UFPR, outros
dois são provenientes dos estados de Minas Gerais e
Pernambuco. Todos recebem orientação do professor
André Xavier, que desde 2006 trabalha com fonética e
fonologia da Libras.
De acordo com Xavier, o programa vem consolidando
uma política de inclusão de alunos surdos desde 2020,
com o credenciamento de docentes que orientam es-
tudantes surdos e ouvintes interessados na descrição e
análise linguísticas da Língua Brasileira de Sinais (Li-
bras). Algumas disciplinas são ministradas em Libras e
também há incentivo para a produção de dissertações
e teses utilizando a língua da comunidade surda.
A acessibilidade linguística inclui a tradução para Li-
bras do regimento do programa, de editais de ingresso
e de bolsas. Os intérpretes participam desde os proces-
sos seletivos até reuniões com discentes, disciplinas e
bancas de qualificação e defesa. As ações são realiza-
das em parceria com a Superintendência de Inclusão,
Políticas Afirmativas e Diversidade (Sipad) da UFPR.
Também defendem a dissertação pelo programa, na
mesma semana, dois pesquisadores ouvintes que atu-
am como intérpretes de Libras, sendo uma servidora
da UFPR. As oito defesas (seis estudantes surdos e dois
ouvintes) acontecem de 26 a 29 de fevereiro, com a
participação de professores surdos e ouvintes da UFPR
e de outras instituições. Sete bancas serão integral-
mente em Libras, inclusive de um dos pesquisadores
ouvintes, que será avaliado por professores surdos.
“Isso representa um marco histórico para área, uma
vez que subvertemos a lógica dominante do uso do
português como língua principal da ciência no Brasil,
favorecendo o uso da Libras, uma língua minoritária,
também na esfera acadêmica”, destaca o orientador
André.
As pesquisas desenvolvidas abrangem aspectos varia-
dos da gramática da Libras, como processos e aspectos
fonológicos; morfológicos e lexicais de sinais referentes
a cores; sinais toponímicos; processo de criação de
sinais técnicos; incorporação de numeral; boias de li-
stagem e modalizadores de necessidade e possibilidade.
Mestrandos protagonistas
Foto: Reprodução/Redes Sociais
macêutico para uns, “médico” para outros, um
anjo para muitos. De todos os títulos da Terra, o
que devemos merecer de verdade é o de homem
BOM. Esse que seu David tem. Muito obrigado
por todos nós que na vida você participou. Meus
sentimentos aos familiares e amigos” disse uma
paciente, pelas redes sociais.
Conhecido como “seu Davi”, muita gente sabia
que, apesar da necessidade de passar por um
médico para entender o que sentia, a confir-
mação de que aquela receita estava certa só ele
poderia dar. Na grande maioria das vezes (se não
em todas), Davi acertava.
“Foi referência na saúde de tantas famílias do
bairro, tratava qualquer problema de saúde. Fez
parte da infância de muitas pessoas. Meus senti-
mentos à família e amigos. Muita gratidão” co-
mentou outra paciente de seu Davi.
Calmaria “tiro e queda”
Com a calmaria que lhe era conhecida, David
conseguiu exercer a profissão quase até o fim
da vida. A farmácia mudou de endereço, mas a
equipe o acompanhou e aprendeu com ele.
Em uma conversa por vídeo, os oito pesquisadores
contaram um pouco das suas trajetórias e anseios. A
entrevista remota foi realizada com mediação dos in-
térpretes que integram o grupo de orientandos do pro-
fessor André e também defendem a titulação.
Ao conhecer minimamente os principais desafios e
inquietações que trouxeram cada um deles até a fase
final do mestrado, a primeira conclusão é de que a
acessibilidade no ensino transforma vidas. Somente
com acesso à educação é possível haver uma inclusão
menos desigual para pessoas que enfrentam precon-
ceito e dificuldades pelo caminho.
Dentre os pesquisadores, os que passaram por colé-
gios bilíngues para surdos na infância, com a presença
de professores intérpretes, receberam ali o incentivo
para seguir os estudos. É o caso da Amanda que, ao
frequentar os anos iniciais da escola, já brincava de ser
professora. Durante a primeira graduação, na área de
recursos humanos, não teve um bom desempenho pela
falta de acessibilidade. Anos depois, quando ingressou
no curso de Letras Libras da UFPR, encontrou profes-
sores que utilizavam Libras e intérpretes e viu as notas
subirem.
“Percebi que o curso foi feito para que eu pudesse
aproveitá-lo ao máximo. Comecei a desenvolver in-
teresse pela pesquisa durante a disciplina do professor
André e vi que havia poucos estudos na área de fono-
logia da Língua Brasileira de Sinais. Dei continuidade
ao trabalho de conclusão de curso agora no mestrado,
foi uma experiência maravilhosa e vou começar o dou-
torado em seguida”, conta.
Já Ronaldy Heitkoetter, morador da Lapa, decidiu cur-
sar Letras Libras pela UFPR mesmo sem apoio e sem
nenhum integrante da família saber Libras. E os son-
hos deram frutos, o mestrado que parecia uma reali-
dade tão distante está quase concluído. “Meu objetivo
é difundir a Libras. Por isso decidi cursar o mestrado”,
reforça.
Em comum, os pesquisadores querem seguir pela área
da docência e inspirar outros estudantes surdos. Há in-
clusive quem já está na carreira, como Rafaela Korossy,
natural do Rio Grande do Norte. Professora de Letras
Libras da Universidade Federal de Pernambuco, Rafa-
ela inscreveu-se em disciplinas da Pós-Graduação em
Letras na UFPR durante a pandemia.
O acesso aos intérpretes, a orientação em língua de
sinais e as políticas afirmativas são diferenciais apon-
tados pela docente como responsáveis pela UFPR ser
referência na área. “Espero que outras universidades
sigam esse exemplo”.
Também defendem a dissertação dois pesquisadores ouvintes que atuam como intérpretes de Libras; sete bancas serão
integralmente em Libras
Para muitos, receber as indicações dos medica-
mentos de “seu Davi” seria a certeza de que ficar-
ia bem. E sem gastar muito dinheiro.
“Fez parte da minha vida também. Era o “curan-
deiro” da região, muito atencioso e prestativo na
comunidade” disse uma paciente.
Ao longo de seus mais de 70 anos de profissão,
David conheceu gerações. E da mesma forma, as
tratou.
“Sr Davi fez parte da juventude dos meus pais, da
minha infância e minha filha teve o privilégio de
ter conhecido ele também. Vai fazer muita falta,
mas Deus sabe de todas as coisas” resumiu outra
de suas pacientes.
David se foi por insuficiência cardíaca. Não por
ter um coração “insuficiente de amar”, talvez por
amar demais. Não só familiares, mas principal-
menteospacientes.Osepultamentoseráàs14h,no
Crematório Vaticano, em Almirante Tamandaré.
Descanse em paz, “seu Davi”.
Por Lucas Sarzi
www.bandab.com.br
Katherine também quer seguir pela docência, mas nem
sempre foi assim. Sua primeira formação, em Arquite-
tura, até a levou a trabalhar em um escritório na área.
Até que a vontade de compreender melhor a Língua
Brasileira de Sinais a fez cursar Letras Libras na UFPR.
“Não pretendo voltar para a arquitetura, encontrei
muitas restrições na área e infelizmente a sociedade
ainda não está receptiva. Vi a possibilidade de alinhar
arquitetura e língua de sinais nas pesquisas e comecei
a estudar a designação de cores da Libras”, explica a
pesquisadora.
A mestranda Mirella Araújo também veio de outro
estado (Minas Gerais) para conseguir o título de me-
stre. Formada em Juiz de Fora, ela relata que ficou im-
pressionada com a qualidade das aulas para os alunos
surdos na UFPR, com professores que têm domínio da
Libras.
Durante o mestrado, Mirella identificou a escassez de
pesquisas referentes aos nomes de lugares (topônimos)
e decidiu incluir nos estudos o estado em que reside.
“Comecei a pesquisar topônimos da Zona da Mata
Mineira no Sul de Minas Gerais e fiz um levantamento
desses sinais”.
Sobre a experiência de viver em outros lugares, Ítalo
Urbanski conhece bem. Antes de ingressar no curso de
Letras Libras da UFPR, residiu na Inglaterra, onde os
planos de ingressar em uma universidade eram quase
impossíveis. Diferente das universidades públicas bra-
sileiras, o acesso ao ensino superior no Reino Unido
tem um custo alto e o ingresso é burocrático.
Ao retornar ao Brasil, Ítalo ingressou no curso de
Letras Libras da UFPR e, pela primeira vez, en-
controu um conhecimento aprofundado na área.
“Foi muito impactante quando tive acesso a in-
formações sobre Libras. A diferença entre Brasil
e Inglaterra é gritante, mas ver surdos produzin-
do academicamente aqui é muito positivo”, avalia.
Pesquisadores intérpretes
Outros dois pesquisadores ouvintes, que também de-
fendem a dissertação, são intérpretes. Com histórias
parecidas, começaram a interpretar ainda na infância
e, ao longo dos anos, além de atuarem voluntariamente
nos mais variados locais e situações, viram o que sa-
biam fazer tornar-se uma profissão.
Thyago Santos é de São Paulo e aprendeu Libras aos
oito anos, frequentando uma igreja onde havia pessoas
surdas e, desde então, não parou mais de interpretar.
Em 2011, formou-se em Biologia e atuava como pro-
fessor, chegou até prestar mestrado na área, mas viu
que não queria seguir as oportunidades da carreira.
“Comecei a perceber, como intérprete e professor, a
defasagem no ensino de pessoas surdas”, diz. Thyago
defende ainda que as políticas das universidades per-
mitam a produção acadêmica em Libras.
A servidora da UFPR, Priscila Mara Simões está na
carreira técnico-administrativa em educação há oito
anos e atua na Superintendência de Inclusão, Políti-
cas Afirmativas e Diversidade. Ela e os irmãos apren-
deram Libras em casa para se comunicarem com a tia
que cuidava deles e era surda. “Não imaginávamos que
seria uma profissão um dia”.
Formada em Letras Português pela UFPR em 2002, a
pesquisadora destaca que é um desafio trazer o signifi-
cado da Libras para a Língua Portuguesa. “A Libras é
pouco pesquisada e descrita”. A pesquisa de Priscila
aborda modalizadores de possibilidade e necessidade
na Língua Brasileira de Sinais e a defesa terá a partici-
pação de uma especialista argentina, a docente convi-
dadaRocioMartinez,daUniversidadedeBuenosAires.
Inclusão na UFPR
A Universidade Federal do Paraná possui 25 estu-
dantes surdos na graduação, sendo 19 no curso de
Letras Libras e o restante dividido em diversos setores
da instituição. Também há previsão de ingresso de um
novo aluno surdo no segundo semestre de 2024.
“Nos últimos dez anos, a UFPR passou a ser uma
referência no que se refere à inclusão de pessoas sur-
das”, afirma o superintendente de Inclusão, Políticas
Afirmativas e Diversidade, professor Paulo Vinicius
Baptista da Silva. “Com a inclusão de estudantes sur-
dos, passamos a aprender a importância do cuidado e
do reconhecimento da pessoa surda, ao mesmo tempo,
em que temos esse processo efetivo de formação das
pessoas na instituição e o reconhecimento da socie-
dade e da comunidade surda do Paraná por sermos
uma universidade comprometida com inclusão social
e igualdade”.
O Programa de Pós-Graduação em Educação já pos-
sui sete mestres e dois doutores formados. No PPG
Letras, além dos três mestres egressos e do grupo que
defende dissertação neste mês de fevereiro, também
haverá a primeira defesa de doutorado. “São pro-
gramas de excelência, com nota sete, estão no alto da
escala de qualidade da Capes. Ao mesmo tempo, colo-
cam a qualidade e o mérito com a inclusão social, isso
é muito significativo para a instituição”, conclui Silva.
UFPR
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AINDA,‘LARGO DA ORDEM’, DESDE O TEMPO DAS CARROÇAS
“NAMORADINHADOBRASIL’’FOICONDENADAINDENIZARAFILHADELEILADINIZ
Em época Imperial, o Largo da Ordem era con-
hecido como um dos centros comerciais da ci-
dade, onde os colonos das zonas rurais vinham
para vender seus produtos ou para escambo. O
que também tornava o largo um espaço movi-
mentado e de grande trânsito de pessoas era
uma fonte de água, construída na década de
1850, na qual os curitibanos podiam se abaste-
A ex-atriz da Globo foi processada por Janaina Di-
niz Guerra por uso indevido da imagem em um
vídeo em apoio ao golpe e à ditadura militar
Em apenas 74 dias em que comandou a Secretaria
de Cultura do Governo Bolsonaro, em 2020. Ela ad-
mite que não esteve preparada para o cargo e pediu
para abandonar a pasta.
Regina Duarte foi condenada pelo Juizado Espe-
cial Cível da Lagoa, no Rio de Janeiro, a pagar uma
indenização por uso indevido da imagem de Leila
Diniz em um vídeo em apoio ao golpe e à ditadura
militar.
Segundo o blog do Ancelmo Gois, do jornal O
Globo, a ação foi ajuizada pela filha da cantora, Ja-
naina Diniz Guerra, após a ex-atriz da emissora dos
Marinho compartilhar, em dezembro de 2022, um
discurso de Jair Bolsonaro em que usavam a foto
da artista.
Em determinado momento da campanha, onde o
ex-presidente afirmava que “1964 foi uma exigência
da sociedade” e que “as mulheres nas ruas pediam
o restabelecimento da ordem”, a imagem de Leila
Diniz ao lado de Eva Todor, Tônia Carrero, Eva
Wilma, Odete Lara e Norma Bengell, feita em 1968,
foi usada. Na ocasião, as atrizes protestavam contra
a censura na ditadura.
“Eu não poderia deixar de defender a imagem de
minha mãe nem deixar que alguém altere a história
segundo o que quer. A utilização caluniosa da ima-
gem de minha mãe é inaceitável e me deixa profun-
damente indignada. As pessoas precisam aprender
a ter respeito pela memória das outras, pela imagem
construída por toda uma vida”, disparou Janaina.
Além de pagar uma indenização de R$ 30 mil para
Janaina Diniz Guerra, Regina Duarte recebeu or-
dens de remover o vídeo de suas redes sociais em
até 48 horas. Caso não cumpra a determinação ju-
dicial,elateráquepagarumamultadiáriadeR$1 mil.
Na decisão, também foi informado que a artista
terá que fazer uma retratação adequada, com “a
publicação em todas as suas redes de vídeo em que
explicita que Leila Diniz nunca apoiou a ditadura
militar e que a fotografia utilizada no conteúdo in-
fringente foi, na verdade, feita em um contexto de
oposição ao regime e à censura”.
“A trajetória de vida da atriz Leila Diniz sempre foi
marcada pela defesa da liberdade, contra a censura
e contra a ditadura militar e seu moralismo con-
servador. A vinculação da imagem da atriz a uma
defesa tão explícita da ditadura militar é absurda
e merece toda a repulsa e punição”, declarou a ad-
vogada Maria Isabel Tancredo, especialista em re-
sponsabilidade civil do João Tancredo Escritório de
Advocacia, que representa Janaina Diniz.
E completou: “É uma utilização indevida e grave
da imagem da atriz, em defesa do golpe militar em
uma data muito próxima aos ataques de 8 de janei-
ro “, afirmou ela.
Cortada de foto de Maria Bethânia e Fafá de
Belém
Na sexta-feira (8/3) foi comemorado o Dia Inter-
nacional da Mulher e Maria Bethânia usou as redes
sociais para fazer uma homenagem à grandes mul-
heres do seu ciclo de amizade. Porém, um detalhe
inusitado foi o que chamou atenção na publicação.
Em seu perfil do Instagram, ela compartilhou uma
foto com Gal Costa, Rita Lee e Fafá de Belém.
No entanto, na postagem, a baiana “cortou” Regina
Duarte. Isso mesmo, meus caros leitores! A artista
deixou de lado a atriz, que vem ganhando polêmica
por conta do seu posicionamento político e apo-
io ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Fafá também
postou a imagem e, também, deixou de fora a mãe
Não é possível precisar a data, mas, devido ao nome da Igreja, a região ficou conhecida como“Largo da Ordem Terceira”e, posterior-
mente, apenas“Largo da Ordem”.
de Gabriela Duarte. Eita!
A foto icônica, registrada no programa Mulher 80,
que marcou uma geração, ao ser exibido na TV
Globo, em 1979, ao reunir os destaques femini-
nos da MPB. Para quem não sabe, Regina também
sabe usar a voz e, em 2020, chegou a entoar uma
marchinha da ditadura, sendo duramente critica-
da, já que na época, dominada pelo regime militar,
muitas pessoas passaram por momentos de terror.
E Bethânia é contra a ditadura. Caetano, seu irmão,
teve um disco apreendido pela Polícia Federal por
fazer propaganda subversiva socialista, foi preso
pelos militares numa solitária e ainda ficou um
período no exterior, exilado em Londres.
Nos comentários, seguidores não deixaram a foto
original passar batido e comentaram a atitude da
baiana. “O melhor dessa foto é o corte!”, disse uma
pessoa. “Cortou a irrelevante da foto. Amei!”, elo-
giou outra. “Eu também teria cortado”, apontou
mais uma. “Amei que cortou alguém que destoa
dessas maravilhosas!”, frisou uma quarta.
Regina Duarte tem ganhado inimizades depois de
algumas declarações e, principalmente, por propa-
gar fake news. Inclusive, ex-secretária especial de
Cultura teve um alerta em suas redes sociais, dado
pela Meta, sobre conteúdos duvidosos, questionan-
do os usuários que desejassem segui-la.
cer de água e dar de beber aos animais, como
os cavalos - meio de transporte do período. A
fonte foi demolida em 1910 e em seu lugar foi
construído um mictório público, que também
foi demolido entre 1914 e 1915, até que em 1932
foi construído um bebedouro para animais, que
continua no local até hoje.
Foto: O Popular
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2024
57ª FESTA DA UVA DE COLOMBO: UM DOS PRINCIPAIS EVENTOS CULTURAIS DO
PARANÁ, REAFIRMA A DIVERSIDADE E QUALIDADE
Com Shows da nossa cultura regionais, danças
típicas e muita gastronomia além do famoso
cardápio italiano: frango, o delicioso risoto,
polenta e macarrão. Foram comercializados 20
mil litros e vinhos e 18 mil quilos de uva. A
festa também contou com uma Feira de Arte-
sanato e Gastronomia, Feira de Agronegócio e
Turismo, palestras, shows em diferentes palcos,
espaço kids, parque de diversões, mostra de
animais, além do Museu Municipal Cristóforo
Colombo e do Memorial do Imigrante Italiano.
A 57ª Festa da Uva de Colombo foi mais um
sucesso e promoveu momentos de diversão
e integração para os participantes. A Fes-
ta da Uva de Colombo foi criada por imi-
grantes italianos na década de 1950, como
uma forma de homenagear os imigrantes
italianos que chegaram à cidade no final do
século XIX e trouxeram consigo a tradição
do cultivo da uva e da produção do vinho.
Os organizadores do evento foram parabeniza-
dos pelo deputado Adriano José pela realização
desse evento de grande importância para a ci-
dade, resgatando as origens e a cultura, e re-
unindo uma variedade de atrações regionais,
danças típicas, shows e gastronomia.
Com o tempo, a festa cresceu e se tornou
também uma referência na comercialização de
subprodutos da uva, como vinhos, compotas,
sucos e geleias, e outros produtos agroindus-
triais da região.
Origem
A Festa da Uva de Colombo teve sua primei-
ra edição realizada no ano de 1959 quando
após sucessivas realizações das missas de ação
de graças pela colheita, as lideranças da igre-
ja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Co-
lombo, decidiram realizar uma grande missa
campal nas proximidades do Lago Tumiri
(Centro de Colombo). Nascia então, a 1 Fes-
ta da Uva de Colombo. Ao longo dos anos,
o evento cresceu até que ganhou o status de
maior evento cultural da Região metropolitana
e um dos maiores e mais lembrados no Paraná.
Mesmo com tamanha tradição, ao logo do
tempo, o evento deixou de ser realizado em
alguns momentos da história. No final dos
anos 70 e início dos anos 80, o evento passou
a ser realizado a cada dois anos, tendo inclu-
sive sido realizado nas ruas da cidade. Depois
voltou a ser anual até que no período de 2001
a 2004, alegando necessidade de adequação
do Bosque da Uva, a administração munici-
pal paralisou a festa. Quatro anos depois com
a chegada de uma nova gestão na prefeitura,
a festa foi retomada em 2005, excepciona-
lmente em agosto como a Festa do Vinho.
A 57ª Festa da Uva de Colombo, aconteceu nos dias 01, 02, 03 e 04 de fevereiro, no Parque Municipal da Uva com shows nacionais,
na presença de Gusttavo Lima, Ana Castela e Maiara e Maraisa apresentaram-se no palco principal.
crédito foto: Renato Meireles
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6 Fevereiro
2024
O JORNAL QUE TEM O QUE FALAR
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AQUECIMENTO GLOBAL EM UM ANO SUPERA 1,5°C PELA PRIMEIRA VEZ
MAIS DE 91 TONELADAS DE RESÍDUOS RECOLHIDOS PELO MUTIRÃO
CURITIBA SEM MOSQUITO
As temperaturas globais em janeiro de 2024
foram as mais altas nesse mês desde o início
dos registros, anunciou nesta quinta-feira
(08/02) o Serviço Copernicus de Mudança
Climática (C3S), o programa de observação da
Terra da União Europeia (UE). Com isso, pela
primeira vez a temperatura média do planeta
em um período de 12 meses superou perma-
nentemente a marca de 1,5°C acima da média
registrada na era pré-industrial.
O mês passado superou o janeiro mais quente
anterior, que ocorreu em 2020, nos registros
do C3S que remontam a 1950. A temperatura
média de janeiro de 2024 foi 1,66°C mais alta
do que a média estimada para janeiro do perío-
do entre 1850 e 1900.
O mês excepcional ocorreu depois de 2023 ter
sido classificado como o ano mais quente nos
registros globais desde 1850, enquanto as al-
terações climáticas causadas pelo homem e o
fenômeno meteorológico El Niño, que aquece
as águas superficiais no Oceano Pacífico equa-
torial, elevaram as temperaturas globais.
Por oito meses seguidos, o planeta tem reg-
istrado os meses mais quentes desde o início
dos registros, em comparação com o mês cor-
respondente dos anos anteriores. Já no perío-
do entre fevereiro de 2023 e janeiro de 2024, a
temperatura média ficou 1,52°C acima da reg-
istrada na era pré-industrial.
“Não só é o janeiro mais quente já registrado,
mas também acabamos de experimentar um
período de 12 meses de mais de 1,5°C acima
do período de referência pré-industrial”, disse
Samantha Burgess, diretora adjunta do C3S.
“Uma rápida redução nas emissões de gases
No período de carnaval em dias, 08 e 09 de fevereiro,
os agentes de endemias da Secretaria Municipal da
Saúde (SMS) de Curitiba percorrem as casas da
região para orientar os moradores sobre a dengue,
as formas de transmissão da doença e a necessidade
de eliminar qualquer recipiente inservível que pode
acumular água e se tornar criadouro do Aedes ae-
gypti. Nos dias 12 e 13, (segunda e terça-feira), os
caminhões da Secretaria do Meio Ambiente recol-
heram os resíduos retirados pelos moradores.
“Estamos intensificando a estratégia dos mutirões
em toda cidade, principalmente nas regiões onde
foram registrados casos autóctones de dengue”, re-
lata a secretária Municipal da Saúde, Beatriz Bat-
tistella, que reforça a necessidade de engajar toda
a população na prevenção da doença, eliminando
a água parada em casa, quintais, terrenos e locais
de trabalho.
No primeiro mutirão de 2024, realizado nos dias
29 e 30 de janeiro, foram retiradas 33 toneladas
de resíduos na comunidade Rio Bonito, no bair-
ro Campo do Santana, em 22 viagens dos camin-
hões do Meio Ambiente. Em seguida, no dia 3 de
fevereiro, uma força-tarefa reuniu 60 profissionais
e voluntários para percorrer 52 quadras em torno
da Unidade de Saúde Monteiro Lobato, no Distrito
Sanitário Tatuquara. Os caminhões do Meio Ambi-
ente retornaram à região, dias: 8/2 e 9/2 para retirar
os entulhos descartados pelos moradores.
Nos quatro mutirões Curitiba sem Mosquito real-
izados neste ano, os caminhões da Limpeza Pública
da Secretaria Municipal do Meio Ambiente recol-
heram 91,34 toneladas de materiais inservíveis,
resíduos descartáveis, resíduos sólidos e entulhos
de efeito estufa é a única maneira de se inter-
romper o aumento das temperaturas globais”,
alertou.
Tendência deve continuar em 2024
Cientistas dos EUA disseram que 2024 tem
uma chance em três de ser ainda mais quente
do que no ano passado, e 99% de chance de ser
classificado entre os cinco anos mais quentes
de que se têm registro.
O fenômeno El Niño começou a enfraquecer
no mês passado, e cientistas indicaram que ele
poderia mudar para seu oposto, o mais frio La
Niña, ainda este ano. Ainda assim, as tempera-
turas médias globais da superfície do mar do
mês passado foram as mais altas já registradas
para o mês de janeiro.
No Acordo de Paris de 2015, os países con-
cordaram em tentar evitar que o aquecimento
global ultrapasse 1,5°C para evitar que sejam
desencadeadas consequências mais graves e
irreversíveis.
O Painel Intergovernamental das Nações Uni-
das sobre Mudança do Clima (IPCC), órgão da
ONU que avalia cientificamente as mudanças
climáticas, alertou diversas vezes que o aumen-
to da temperatura média acima de 1,5ºC pode
“desencadear impactos das mudanças climáti-
cas muito mais graves, incluindo secas, ondas
de calor e chuvas mais frequentes e severas”.
Limitar até o ano 2100 o aumento da tempera-
tura global a, no máximo, 1,5°C acima dos
níveis pré-industriais ajudaria a evitar um co-
lapso dos ecossistemas e manteria o clima num
patamar habitável.
Entretanto, apesar de ter sido ultrapassada a
separados pelos moradores dos bairros Campo de
Santana (dias 29 e 31/1), São Braz (5 e 6/2), Cajuru
(6 e 7/2) e Monteiro Lobato, no Tatuquara (8 e 9/2).
A ação contínua é feita em conjunto pelas secretar-
ias municipais da Saúde e do Meio Ambiente.
Em 2023, os Mutirões Curitiba sem Mosquito,
coordenados pela Saúde e Meio Ambiente, recol-
heram 348 toneladas de materiais inservíveis e
entulhos nos dez Distritos Sanitários. Foram real-
izados 14 mutirões durante o ano, sendo que nas
regionais Cajuru e Boa Vista foram realizados mais
de um mutirão no ano.
“Estamos atentos à confirmação de casos importa-
dos e autóctones de dengue. As ações de bloqueio,
assim como os mutirões, são realizadas nas regiões
onde há registro da doença”, diz a coordenadora
municipal do Programa de Controle do Aedes da
SMS, Tatiana Faraco.
Segundo ela, toda a cidade recebe as ações de con-
trole da dengue, durante o ano todo. São visitas dos
agentes de endemias, uso de drones para vistorias
em regiões e imóveis de difícil acesso, uso de ar-
madilhas para controle da infestação do mosquito,
entre outras.
“Precisamos unir esforços para vencer essa doença.
Poder público e população precisam estar atentos à
principal forma de combate à dengue, que é evitar
a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, reforça
Tatiana Faraco.
O boletim epidemiológico da dengue da SMS, reg-
istrou, entre 1º e 31 de janeiro, 185 casos importa-
dos de dengue em Curitiba e 23 casos autóctones,
Bairro do Atuba, Vila Esperança também foi contemplada.
Mês passado foi o janeiro mais quente desde o início dos registros, diz serviço europeu Copernicus. E nos doze meses anteriores,
a temperatura ficou 1,52°C acima da registrada na era pré-industrial.
média de aquecimento de 1,5ºC em 12 meses,
isso ainda não significa que a meta de Paris
não foi atingida, pois ela se baseia em valores
médios de longo prazo.
Alguns cientistas acreditam que o objetivo não
pode mais ser realisticamente cumprido, mas
instaram os governos a agir mais rapidamente
para reduzir as emissões de CO2 para limitar
ao máximo essa superação da meta – e também
o calor mortal, seca e aumento do nível mar
que isso infligiria a populações e ecossistemas.
O serviço europeu C3S disse que as temperatu-
ras de janeiro estiveram bem acima da média
no noroeste de África, no Oriente Médio e na
Ásia Central, assim como no leste do Canadá
em que a contaminação aconteceu na cidade.
A região com maior número de casos autóctones é
o DS Tatuquara, com 14 confirmações. No DS CIC,
são três casos autóctones; outros três no DS Cajuru;
um caso no DS Boa Vista; um caso no DS Bairro
Novo; e também um registro autóctone no DS San-
ta Felicidade.
Para o recolhimento do Mutirão Curitiba sem Mos-
quito no Atuba, os moradores também foram ori-
entados para que os entulhos sejam colocados fora
do imóvel. Resíduos de porte menor embalados ou
ensacados antes do descarte.
Os mutirões são estratégias pontuais e de inter-
venção diante do acúmulo de materiais nas casas
e quintais. Mas Curitiba mantém coleta regular de
resíduos orgânicos, recicláveis e especiais, dando ao
cidadão diversas formas de eliminar entulhos e ma-
teriais inservíveis, que, além de se tornar criadou-
ros do mosquito Aedes aegypti, podem também
se tornar o ambiente ideal para roedores, insetos,
aranhas e outros vetores de doenças.
e no sul da Europa. Mas estiveram abaixo da
média em partes do norte da Europa, oeste do
Canadá e região central dos Estados Unidos.
No Chile, que tem lutado contra uma severa
onda de calor e seca no verão, as condições de
seca ajudaram a alimentar incêndios florestais,
disse o C3S. Essas condições continuaram em
fevereiro, com os incêndios que começaram na
sexta-feira tendo devastado bairros da região
costeira de Valparaíso no fim de semana, deix-
ando mais de 130 mortos.
md/cn (DPA, AFP, Reuters)
Cientistas pedem atuação rápida contra emissões de CO2 para limitar impacto climático Foto: FADEL SENNA/AFP/Getty Images.
Crédito da imagem: SMC.
7. O JORNAL QUE TEM O QUE FALAR
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7
Fevereiro
2024
Em julho de 2023, a Organização Meteorológica
Mundial alertou que as temperaturas iriam subir
ainda mais em grande parte do continente depois
queoElNiñosurgiunoPacificoTropicalpelapri-
meira vez em sete anos. O El Niño é um fenôme-
no meteorológico natural, que corresponde ao
aquecimento de grande parte do Pacífico tropi-
cal. Ele aparece com uma periodicidade de entre
dois e sete anos, com duração de nove a 12 meses.
No ano de 2023, foram extraordinários recordes
climáticas quebrando a barreira da normalidade;
ondas de calor excepcionais varreram o mundo,
levando a temperaturas em vários continentes.
Os oceanos se apresentaram historicamente
quentes, com as temperaturas da superfície do
mar global e do Atlântico Norte a bater record-
es e com níveis baixos sem precedentes de gelo
marinho em torno da Antártida. Junho a agosto
de 2023 foi o período mais quente registado e,
no início de julho, testemunhámos a temperatu-
ra média diária da superfície global mais elevada
alguma vez medida, possivelmente a tempera-
tura mais quente da Terra nos últimos 100.000
anos. Um grande sinal de hecatombe ambiental
no planeta começa afetar a agricultura com au-
mento da fome. Conforme relatório da BioSci-
ence, 2023, 73, 841–850.
Bem dito aos quatro cantos da terra e mal anun-
ciado pelos meios de comunicação o cataclisma
da humanidade. São mais de 1,6 bilhões de pes-
soas em cerca e 1000 cidades, 40% da população
mundial vão enfrentar ondas de calor extremos
e regulares em de no máximo 30 anos, segundo a
C40 (Associação e pouco mais de 100 prefeituras
globais unidas para enfrentar a crise climática).
Mais de 350 cidades convivem com a tempera-
tura máxima de 35º. Até 2050 serão 970 cidades
que vão enfrentar esta anormalidade.
O fenômeno já atingiu o Brasil com a produção
de milho e soja teve áreas reduzidas em até 30%
por falta das chuvas no Mato Grosso e outras
regiões neste final de 2023 e assim o agricultor
adotou o mote “melhor é perder menos, arri-
scando menos”. Muitos países sofreram com a
produção de arroz, em meio à dificuldade de
embarques e de muitas variedades de alimentos
básicos dos principais exportadores da Índia,
Asia, Austrália, África.
A bióloga Tatiana Souza de Camargo, professora
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) que integra a equipe do Lancet Count-
down América do Sul, explica que a mudança
climática e seus efeitos são responsáveis pelo au-
mento de casos de dengue e por levar a doença
a locais onde ela antes não estava presente. Este
caso já se compara no Paraná e outros estados.
Historicamente, o Brasil costuma registrar picos
de casos de dengue entre março e abril, uma cur-
va muito diferente da que está sendo observada
este ano. O estudo cientifico aponta que a causa
das alterações nos padrões e do aumento históri-
co de casos é a mudança climática.
Risco de novas pandemias e mais doenças in-
fecciosas segundo a ONU em seu relatório da
Plataforma Intergovernamental sobre Biodiver-
sidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES).Desta-
cam que, cerca de cinco novas doenças aparecem
anualmente, todas com potencial pandêmico.
“Tudo indica que novas pandemias e epidemias
vão se tornar cada vez mais frequentes, e o ser
humano vai vivenciar uma situação de grande
instabilidade. É um cenário de certa forma som-
brio, mas fomos nós que o provocamos”, afirma
especialista.
Indonésia em 1º. Estudo feito pela CarbonPlan e
o The Washington Post calculou quantos dias de
calor cada cidade poderá enfrentar nesse futuro
próximo. A primeira da lista é Pekanbaru, na In-
donésia, que pode ter 344 dias de calor extremo
em 2050.
Há muitas capitais brasileiras citadas no estudo
como tendo dias acima da média que classifica
como em risco - com médias diárias de 32ºC . A
O LIVRO DO CLIMA. SENTINDO NA PELE: MAIOR AMEAÇA
AMBIENTAL E CLIMÁTICA DO MUNDO, PARECE INEVITÁVEL!
cidade em destaque é Belém, por ser onde deve
se observar o maior crescimento de dias de cal-
or extremo, a previsão é de 222 dias - um salto
equivalente a seis meses em relação aos dados
dos anos 2000. Manaus: 258 dias, Porto Velho
218, Rio Branco 212,Macapá: 185,Cuiabá: 168,
Palmas 158,Teresina 155, São Luis 83,Campo
Grande 39, Rio de Janeiro 22,Porto Alegre: 8
Florianópolis: 7, Goiânia 6, outras cidades 3 ou
menos.
Atualmente o nível do mar
sobe a cada ano e, aos pou-
cos, a baía de Cartagena é
engolida pelo oceano. As
caveiras de um cemitério
atingido pelas ondas são
prova da consequência
do aquecimento global na
cidade mais turística da
Colômbia, que corre o ris-
co de ficar parcialmente
submersa neste século.
O Livro Do Clima.
Um grupo de mais de 110
celebridades convocadas
no mundo da ciência, do
jornalismo, do ativismo
ambiental e da literatura,
todos juntos, lançam um
poderoso chamamento à
ação, cada qual contribui com um pequeno arti-
go sobre o caos climático em que chegamos.
O livro do Clima título de Greta Thunberg, traz
dentre os escritores; Margaret Atwood (de O
Conto de Aia), a jornalista Naomi Klein, a min-
istra dos povos indígenas, Sonia Guajajara; Gre-
ta Thunberg, a menina tímida que, aos 15 anos,
entrou nos noticiários do mundo ao convocar
greves nas escolas contra o negacionismo e a
inércia dos humanos diante da crise climática.
Hoje, Greta com 20 anos continua a luta em def-
esa climática e ecológica para evitar que tenha-
mos desastres hecatombes ambientais; luta pela
urgência na mudança de hábitos de produzir,
consumir e reutilizar os recursos naturais.
Em 2022, pouco mais de 27 milhões de crianças
de países altamente afetados pela crise climática
passou a sofrer de fome e desnutrição, por causa
de eventos climáticos extremos, um aumento de
135% em comparação com 2021
No noroeste do Pacífico, 1 milhão de criaturas
marinhas desapareceu, estima-se que um terço
dos Corais, tubarões e dos mamíferos marinhos
está ameaçado de extinção.
No verão de 2022 foram 61 mil europeus em óbi-
to, nos EUA passou de 1300.
A cada ano 8 milhões de toneladas de resíduos
plásticos são jogados
nos oceanos. De 2014
a 2016, morreram 1,1
bilhão de árvores na
Amazônia.
“Mais da metade do
Co2 produzido por
atividades humanas
foi lançado depois da
Cúpula da Terra no
Rio de Janeiro, em
1992”, diz Michael
Oppenheimer, cien-
tista atmosférico da
equipe de avaliação
do Painel intragov-
ernamental sobre
Mudanças Climáticas
(IPCC) desde o pri-
meiro relatório em
1990 confirma; no
livro há afirmação de
que o desastre será inevitável se o aumento do
aquecimento global não for limitado a 1,5ºC, no
máximo 2º C.
“Todos os governos sabiam, todo mundo sabia,
mas não agiram”. “Há evidências claras e que as
principais petrolíferas também sabiam das con-
sequências de suas ações há pelo menos 4 déca-
das, escreve Naomi Orestes, professora da uni-
versidade Harvard, em artigo sobre a campanha
de desinformação da indústria de petróleo e gás.
“Por meio de anúncios, campanhas de relações
públicas e estudos encomendados a ‘especialistas
de aluguel’, a Exxon espalhou confusão a respeito
da crise climática. A Royal Society identificou 39
organizações financiadas pela empresa para pro-
duzir desinformação.
Os 10% mais ricos são responsáveis por quase
metade das emissões totais decorrentes do con-
sumo associado ao estilo de vida, os 50% mais
pobres são responsáveis por apenas cerca de 7%
(1,57 toneladas de CO2, onze vezes menor do
que os 10% mais ricos).
Greta Thunberg, ativista ambiental, recomenda
aos jovens e sua geração; “torne-se um ativista. É
preciso defender contra as causas das mudanças
climáticas, devemos combater a inércia, o neg-
acionismo. Devemos alterar as normas sociais,
enfatizar justiça e equidade. Agir, protestar, fazer
greves, apoiar a desobediência cível, boicotar.
A esperança é algo que precisamos merecer e
criar, ela requer ação, sair da zona de conforto”.
O livro traz um grande despertar e muitas infor-
mações que a mídia silencia e os governos desin-
teressam em combater na causa, o que nos leva
refletir sobre a decadência humana. Mas ainda
há uma esperança quando em Salmos 32:8, diz;
“Eu darei a você perspicácia e o instruirei no
caminho em que deve andar.” No dizer canção
concluímos que; “Cada um de nós compõe a sua
própria história, e cada ser em si, carrega o dom
de ser capaz, de ser feliz”.
Você encontra este livro na Livraria do Chain.
Rua General Carneiro, 441, Curitiba,
(41)3264-3484) vendas@livrariadochain.com.br
Adilson Moreira, com informações do
Valor Econômico e relatório da BioScience
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O vereador Leonidas Dias acompanhou as obras
de revitalização e requalificação do espaço da
Praça Julius Forrer, ao lado da Escola Municipal
Julia Amaral di Lenna, com nova entrada, novo
acesso com paver para a comunidade escolar.
Um novo calçamento ao lado do Farol do Saber,
calçadas com acessibilidade e a construção de
uma cancha futebol de grama sintética na Praça,
com recurso pleiteado pelo Vereador Leonidas
Dias ao deputado Paulo Litro conseguindo junto
ao Governo do Estado do Paraná, num total de
mais de 1.536 metros quadrados de obras con-
cluídas, que é hoje a referência para a prática es-
portiva na Região Norte de Curitiba!
Faz menos de 8 meses, a Vila Santa Efigênia,
recebeu três obras importantes de revitalização
de asfalto. As ruas Von Ihering, Thomas Mann
e João Machado de Camargo, que dão acesso à
Escola Municipal Julia Amaral di Lenna. O ver-
eador Leonidas Dias tem trabalhado desde 2021
para conseguir a revitalização de uma série de
ruas na Vila Santa Efigênia, a segunda Vila mais
LEONIDAS DIAS COMEMORA AS OBRAS
E INVESTIMENTOS NO SANTA EFIGÊNIA
antiga de Curitiba.
O vereador Leonidas Dias não deixou de agra-
decer o apoio do prefeito Rafael Greca e do vice
Eduardo Pimentel.
Neste mês de fevereiro, Vereador Leonidas Dias
teve aprovação em primeiro turno do projeto de
Lei que institui o Dia do Futebol Amador em
Curitiba, a ser celebrado anualmente no dia 14
de abril - data do primeiro registro de uma par-
tida de futebol no Brasil, em 1895.
A ideia da data é dar visibilidade e recon-
hecimento a quem luta diariamente pelo
desenvolvimento e sobrevivência do Futebol
Amador em Curitiba. Seguiremos apoian-
do e incentivando o esporte na nossa cidade!
“A ideia da data é dar visibilidade e reconheci-
mento a quem luta diariamente pelo desenvolvi-
mento e sobrevivência do Futebol Amador em
Curitiba. Seguiremos apoiando e incentivando o
esporte na nossa cidade”, finaliza Leonidas.
Companhia também reforçou as equipes nas Centrais de Relacionamento no Litoral,
que realizaram 26.278 atendimentos durante a temporada, além de ofertar atividades
educativas para as crianças.
10. azeta
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10 Fevereiro
2024
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O empresário Luciano Hang e as lojas Havan,
das quais ele é proprietário, foram condenados
a pagar R$ 85 milhões por intimidar funcionári-
os da empresa a votarem em Jair Bolsonaro
(PL) durante as eleições presidenciais de 2018.
A decisão foi proferida pelo juiz Carlos Alberto
Pereira de Castro, da 7ª Vara de Trabalho de Flo-
rianópolis. Ainda cabe recurso.
SegundooMinistérioPúblicodoTrabalho,oem-
presário promoveu ações em apoio ao ex-presi-
dente com participação obrigatória dos empre-
gados. Além disso, Hang enfrenta acusações de
ameaçar fechar lojas e despedir funcionários em
caso de vitória de Fernando Haddad (PT), à épo-
ca adversário de Bolsonaro no segundo turno
das eleições, e de promover pesquisas eleitorais
entre os trabalhadores.
Conforme revelou o UOL, os promotores do
caso explicaram que “os réus valeram-se de sua
condição de empregadores para impor sua opin-
ião política a respeito dos candidatos à Presidên-
cia da República”. Eles ainda apontam a vincu-
lação “absolutamente censurável” da política
com a manutenção dos postos de trabalho de
seus colaboradores com “métodos humilhantes,
vexatórios”.
Em nota, a defesa de Luciano Hang afirmou que
o proprietário classifica a decisão como “descabi-
da e ideológica”. “É um total absurdo. Inclusive,
na época dos acontecimentos foram feitas diver-
sas perícias nomeadas pela própria Justiça do
Trabalho e nada ficou comprovado, não houve
irregularidades. O juiz deveria seguir as provas,
o que não fez, seguiu a sua própria ideologia.
Mais uma vez o empresário sendo colocado
A presença da Sanepar no Litoral garantiu mais
conforto aos moradores e veranistas durante o
Verão Maior Paraná. Responsável pela limpeza
diária das praias, a Companhia retirou 355.432
toneladas de lixo. A coleta foi feita numa ex-
tensão de 48 quilômetros da orla dos balneári-
os de Matinhos, Pontal do Paraná e Guaratuba.
Essa ação foi acompanhada por outras atividades
que deram mais qualidade ao atendimento aos
clientes. Uma delas foi o aumento das equipes
nas Centrais de Relacionamento, que realizaram
26.278 atendimentos durante a temporada.
As crianças também puderam participar de
jogos com temas ambientais e interagir com
A 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da
9ª Região (TRT-PR) condenou a empresa a pagar
uma indenização por danos moraisl. A acusação
foi de assédio eleitoral no ambiente de trabalho
e demissão de uma funcionária por não apoiar
o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro
(PL), nas eleições de 2022. O julgamento ocorreu
em, 14 de novembro.
Durante o auge da disputa eleitoral, a empresa
utilizou seus canais internos de comunicação
para fazer propaganda do candidato, e o pres-
idente da companhia realizava visitas aos seto-
res, proferindo discursos que destacavam sua
posição política e criticavam a oposição. Ma-
teriais relacionados ao candidato à Presidência
(bem como ao candidato à Câmara dos Depu-
tados) eram divulgados, e a área de trabalho dos
computadores dos funcionários foi alterada para
exibir mensagens e imagens que remetiam à pro-
paganda política, especificamente do candidato
à Presidência. Além disso, foram distribuídas
camisetas com elementos visuais referentes a
uma determinada posição política para serem
usadas durante o expediente.
Durante uma semana em que estava em home
office, a reclamante postou em sua rede social
(antigo Twitter) um texto no qual afirmava que,
fora das dependências da empresa, não precisava
usar a camiseta fornecida pelo estabelecimento.
Essa publicação fazia referência ao assédio eleito-
ral e à intervenção da empregadora na liberdade
política dos empregados. Menos de uma semana
depois, a trabalhadora foi demitida. A empresa
alegou justa causa, argumentando que a empre-
gada, em sua mensagem nas redes sociais, teria
difamado a empresa, cometendo falta grave.
Mas, na postagem, não foi feito ataque direto a
qualquer pessoa específica. Além disso, ficou
claro que a trabalhadora “agiu como forma de
defesa à sua integridade moral, pois se sentia
coagida a usar a camiseta destinada à campanha
eleitoral de partido político e candidato com os
quais não se afeiçoa. Logo, foi a conduta ilícita
da reclamada que deu azo à retaliação da au-
JUSTIÇA MULTA LUCIANO HANG E
HAVAN EM R$ 85 MILHÕES POR COAGIR
FUNCIONÁRIOS EM ELEIÇÃO
SANEPAR RETIRA 355 TONELADAS DE
LIXO DAS PRAIAS E BATE RECORDE DE
PRODUÇÃO DE ÁGUA
BRITÂNIA CONDENADA A PAGAR UMA INDENIZAÇÃO POR
ASSÉDIO ELEITORAL EM R$ 50 MIL
como bandido”, diz o empresário.
Hang ainda acrescenta que as ordens da Justiça
foram cumpridas, com “informações levadas a
todos os colaboradores sobre a livre expressão
do voto”. Ainda em 2018, o proprietário enfren-
tou processo do Tribunal Regional do Trabalho
da 12ª Região (TRT-SC), em que foi mantida a
decisão de proibir a rede de lojas Havan e Lucia-
no Hang de influenciar o voto de seus emprega-
dos durante as eleições.
“Tudo foi feito de modo a garantir a liberdade
dos colaboradores. Afinal, temos até hoje em
nosso quadro, colaboradores de várias outras
ideologias políticas. Aliás, importante lembrar
que o voto é secreto e cada um votou conforme
sua convicção”, assegura Luciano Hang.
PEDRO SALES
Jornalista em formação pela Universidade de
Brasília (UnB). Integrou a equipe de comuni-
cação interna do Ministério dos Transportes.
a mascote sane, na Estação Sanepar, uma van
que percorreu as cidades litorâneas. Out-
ro programa que movimentou os domingos
no Litoral foi o Circuito de Corridas de Rua,
com etapas em Guaratuba, Matinhos e Pontal
Junto a isso, a Sanepar bateu recorde de produção
de água nos meses de dezembro a fevereiro, com
5,49 bilhões de litros, o que representa um au-
mento de 12,27% em relação ao mesmo período
da temporada anterior. No Carnaval, foram pro-
duzidos cerca de 330 milhões de litros de água,
um volume quase 40% maior do que no mesmo
feriado de 2023, quando se registrou 237,8 mil-
hões de litros.
tora”, afirmou a relatora do recurso (0000019-
23.2023.5.09.0002.), desembargadora Cláudia
Cristina Pereira, destacando, ainda, que a tra-
balhadora atuava há oito anos na empresa, sem
qualquer histórico de outras faltas cometidas.
Esse fato foi confirmado até pela preposta da
empresa, que relatou que a autora tinha um com-
portamento irrepreensível no ambiente de tra-
balho, inclusive no relacionamento interpessoal.
Ainda que possa ter cometido uma falta, a em-
presa agiu com excesso de rigor, revelando que
a dispensa foi uma retaliação à postura da tra-
balhadora. “Invocando o princípio da propor-
cionalidade e a gradação das medidas punitivas,
cujos preceitos devem orientar a empregadora
no uso do poder disciplinar, a aplicação da justa
causa, dentro do contexto dos fatos que provo-
Sanepar atua em várias frentes no Litoral e bate recorde de produção de água. Foto: Sanepar
caram a reação da obreira, retrata uma medida
desproporcional e com excesso de rigor. Para
além disso, dentro do contexto de assédio eleito-
ral ainda presente por ocasião dos fatos, não
se deve descartar na dispensa por justa causa
uma conduta retaliativa da empregadora, uma
punição que não se restringe à publicação da
postagem em si, mas principalmente ao contexto
de divergência política demonstrada pela obrei-
ra”, salienta a relatora.
“Negar à pessoa o direito de escolha é negar sua
própria existência como ser racional dotado
de sentimentos e propósitos de vida. Interfer-
ir indevidamente no processo de escolha dos
representantes que regerão o país é violentar
a essência da democracia”, ressaltou a desem-
bargadora Cláudia Cristina Pereira, ao afirmar
que a empresa violou preceitos constitucionais
e diretrizes fixadas em normas do direito in-
ternacional (art. 1º, III, IV e V, art. 3º, I e IV,
art. 5º, XLI, art. 7º, XXX, art. 14, da CRFB/88
e as Convenções nº111 e nº 190 da OIT).
Comojulgamento,a2ªTurmadoTRT-PRconfir-
ma a decisão de 1º Grau, proferida pela juíza sub-
stituta Samanta Alves Roder, da 2ª Vara do Tra-
balho de Curitiba. O Colegiado também reverteu
a demissão por justa causa para “sem justa causa”.
Com informações do Tribunal Regional do
Trabalho da 9ª Região (TRT-PR). Colaboração
de Ricardo Krusty
Companhia também reforçou as equipes nas Centrais de Relacionamento no Litoral,
que realizaram 26.278 atendimentos durante a temporada, além de ofertar atividades
educativas para as crianças.
11. O JORNAL QUE TEM O QUE FALAR
www.gazetadosantacandida.com.br
azeta
do Santa Cândida
O J O R N A L Q U E T E M O Q U E F A L A R
11
Fevereiro
2024
Mais de um milhão de metros cúbicos de terra:
essa é a previsão apenas para a fase de terrapla-
nagem e drenagem da obra que inicia a con-
strução da nova fábrica da Electrolux em São
José dos Pinhais, na Região Metropolitana de
Curitiba (RMC).
A previsão é que as atividades sigam até o dia 31
de outubro de 2024. A nova fábrica deve gerar
cerca de dois mil empregos no futuro.
Gestor da unidade de negócio da Construtora
De Amorim e responsável por essa etapa, Ber-
nardo Oliveira comenta sobre a relevância do
empreendimento para a comunidade local.
“A obra representa um marco significativo para
São José dos Pinhais, pois a Electrolux Group
investirá R$ 700 milhões, promovendo desen-
volvimento para a região” destaca o engenheiro.
Nesta fase, a terraplanagem é necessária para
preparar o terreno para a planta industrial e
contará com diversos equipamentos pesados
da chamada linha amarela que trabalharão em
escavação, deslocamento para remoção de vege-
tação, compactação e outras ações fundamentais
para o empreendimento.
Nova fábrica da Electrolux pode fortalecer
polo industrial em São José dos Pinhais
Além dos benefícios locais, a construção da nova
A reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitro-
genados do Paraná (FAFEN-PR), em Araucária,
deve gerar 5 mil empregos diretos e indiretos,
conforme estimativa do Sindiquímica-PR. A
expectativa é que a reativação da fábrica pela
Petrobrás ocorra ainda no primeiro semestre
deste.
A reativação foi discutida durante reunião na
terça-feira (06), na FAFEN-PR, entre a deputada
estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) e representantes
da unidade e sindicatos (além do Sindiquími-
ca-PR, o Sindipetro-PR/SC).
A retomada das atividades já tem o aval do pres-
idente Luiz Inácio Lula da Silva, mas precisa ser
consolidada pela diretoria executiva da empre-
sa. Parada desde 2020, a unidade deve receber
investimentos na casa dos R$ 800 milhões para
voltar a operar.
A medida beneficiará o setor agropecuário, di-
minuindo a dependência de produtos importa-
dos da Europa e Ásia e reduzindo a pressão sobre
os preços provocada pela guerra entre Rússia e
Ucrânia.
Antes da paralisação, a FAFEN-PR produzia
parte significativa da ureia e amônia do mercado
brasileiro, matérias-primas utilizadas na fabri-
O Brasil viveu tempos sombrios nos últimos anos
quando falamos sobre as fábricas de automóveis,
fechamentos de plantas importantes como Ford
(três unidades), Toyota (São Bernardo do Cam-
po-SP) e Mercedes-Benz (Iracemápolis-SP),
perdendo milhares de postos de trabalho. Agora,
no entanto, o jogo parece ter virado. Em poucos
meses, quatro montadoras anunciaram quase R$
21 bilhões de investimentos no mercado brasile-
iro – mais está por vir. Afinal, o que está por trás
da investida?
O maior investimento foi anunciado pela Volk-
swagen na última quinta-feira (01). A monta-
dora alemã investirá R$ 9 bilhões no país entre
2026 e 2028, além dos R$ 7 bilhões já anunciados
para aporte entre 2022 e 2026 – um total de R$
16 bilhões.
Em um primeiro momento, a quantia contempla
o desenvolvimento e a produção de quatro novos
carros, previstos para 2024. Entre as novidades,
a marca já confirmou que lançará uma picape –
que deve concorrer com Fiat Toro e Chevrolet
Montana -, um novo motor e uma nova platafor-
ma – os dois últimos serão utilizados em veícu-
los híbridos.
Até 2028, serão 16 novos veículos.
Na semana anterior, foi a Chevrolet que anun-
ciou seu novo ciclo de investimentos de R$ 7 bil-
hões até 2028 – o que inclui a atualização de suas
plantas, o lançamento de seis veículos ainda em
COMEÇA A SER CONSTRUÍDA NA REGIÃO
METROPOLITANA DE CURITIBA A MEGA
FÁBRICA DA ELECTROLUX
REABERTURA DE FÁBRICA NA GRANDE
CURITIBA DEVE GERAR 5 MIL EMPREGOS
APÓS ANOS SOMBRIOS, MONTADORAS ANUNCIAM INVESTIMENTOS
BILIONÁRIOS NO BRASIL
fábrica da Electrolux pode auxiliar a transformar
São José dos Pinhais em um polo industrial rele-
vante no cenário paranaense.
A cidade já ocupa a 2ª posição no ranking es-
tadual da consultoria Urban Systems, elabora-
do pela revista EXAME, e está em 58º lugar no
ranking nacional como um dos melhores desti-
nos para investimentos industriais.
Planta 100% sustentável
A nova fábrica, com aproximadamente 50 mil
m² na primeira fase, segue as diretrizes suste-
ntáveis do Electrolux Group, prometendo ser a
primeira planta 100% sustentável da América
Latina. Com certificações como “Zero Aterro”
e a busca pela certificação Leed, a unidade con-
tará com gestão inteligente de água e energia,
reaproveitando os efluentes industriais/sanitári-
os tratados e possuirá um sistema dedicado de
coleta de água da chuva.
Além disso, toda a energia elétrica será de fon-
tes renováveis, incluindo o uso de placas solares.
Haverá também uma área de preservação per-
manente, totalizando 20% dos mais de 1,5 mil-
hão de metros quadrados do terreno.
Matéria: Paula Gama Uol
cação de fertilizantes. Com a redução do custo
de produção a partir da maior disponibilidade
de produtos nacionais, espera-se que haja di-
minuição também no preço dos alimentos.
Reabertura da FAFEN-PR vai gerar 5 mil
empregos
Dos cinco mil empregos que devem ser gerados,
mil são postos diretos. As contratações terão
como prioridade os trabalhadores demitidos em
2020, conforme o Sindiquímica-PR.
A medida tem justificativa social e técnica. São
pessoas com experiência e que conhecem o fun-
cionamento da fábrica. Em algumas posições, le-
va-se até cinco anos para preparar o profissional
para a função, mesmo com formação teórica. A
operação é complexa e envolve extremos, com
temperaturas em alguns equipamentos que vari-
am de -70°C a 200°C.
A reativação puxará o crescimento da cadeia
produtiva. No entorno da unidade, há várias
empresas que prestavam serviços à FAFEN-PR
que estão paradas, aguardando a retomada das
atividades.
2024 e a renovação de todo o portfólio até o fim
do ciclo. A marca também afirmou que modelos
eletrificados, sem cravar se híbrido ou elétrico,
fazem parte dos planos.
Em novembro do ano passado, foi a vez da Nis-
san anunciar um investimento adicional de R$
1,5 bilhão. No total, serão R$ 2,8 bilhões apor-
tados em sua planta em Resende (RJ) entre 2023
e 2025. A Renault também direcionou R$ 2 bil-
hões para o Brasil.
Oportunidade x necessidade
Tantos anúncios em pouco tempo revelam que
não se trata de decisões pontuais de cada marca,
mas de uma mistura de necessidade com opor-
tunidade. Conforme explicado pelo CEO da
Volkswagen do Brasil, Ciro Possobom, em en-
trevista à coluna, “investimentos sempre aconte-
cem, mas o cenário define o tamanho”.
Uma tradução justa para frase é que toda marca
que produz no país precisa aportar mais din-
heiro para se manter, mas o momento atual, com
incentivo à eletrificação pela legislação, é uma
oportunidade para investir mais.
Para o executivo da Volks, um conjunto de fa-
tores justificam o aporte, entre eles, o bom ano
que a marca viveu em 2023, figurando como a
montadora que mais cresceu em participação de
mercado entre as cinco maiores. O que, além de
consequência das estratégias acertadas, foi influ-
enciado pela melhora nos índices econômicos.
Imagem: Electrolux
Imagem:Divulgação
As perspectivas futuras também impactam na
decisão: a Reforma Tributária, o retorno da tax-
ação para carros elétricos importados e o Mover
– programa de incentivo à Mobilidade Suste-
ntável – são citados como fatores importantes.
“A taxação dos carros eletrificados importados
influencia totalmente na decisão. Caso con-
trário, era mais simples trazer carros de outros
países. Foi uma atitude acertada, que incentiva
o investimento no país. Já o Mover, que é mais
recente, ajuda a ratificar que a nossa decisão foi
correta. Estamos apostando forte na produção
de carros híbridos flex, que serão incentivados
pelo programa”, argumenta o Possobom.
Os discursos dos executivos da Chevrolet duran-
te o anúncio da primeira fase no novo ciclo de
investimento também traziam uma visão positi-
va do cenário econômico.
“A visão de longo prazo da GM é continuar in-
vestindo e crescendo, trabalhando em conjunto
com o poder público para reindustrializar o Bra-
sil e crescer no mercado. Estamos vislumbrando
um cenário de segurança jurídica, com o anún-
cio do Mover, o comportamento da taxa de ju-
ros, bolsa…”, afirmou Fábio Rua, vice-presidente
de Relações Governamentais e Comunicação da
montadora.
Outro fator que não é dito claramente, mas que,
certamente, está na conta dos executivos, é fazer
frente às chinesas que chegaram ao país no úl-
timo ano. Tanto BYD como GWM anunciaram
investimentos, embora mais tímidos, na con-
strução de fábricas no Brasil.
A questão é que – devido o volume de produção
em todo mundo – essas marcas conseguem
preços competitivos, que impactam fortemente
o mercado.
12. azeta
do Santa Cândida
O J O R N A L Q U E T E M O Q U E F A L A R
12 Fevereiro
2024
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