PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
Ft5 sismos
1. Terra em Transformação – Consequências da Dinâmica Interna da Terra
FICHA DE TRABALHO Nº 5 – Sismos
Escala Europeia de medição de sismos
Figura 1. Consequências de um sismo em Doze Ribeiras, na Ilha Terceira
Portugal poderá adoptar uma nova escala para medir os efeitos dos sismos, a escala
Europeia, que já é usada noutros países, como Espanha ou Inglaterra, disse à Agência Lusa
um especialista do Instituto de Meteorologia (IM). Portugal utiliza dois tipos de medição
para sismos, a escala de Mercalli – usada para aferir os efeitos em pessoas e construções –
e a medição de Richter, que, não sendo uma escala, mede a energia libertada na zona onde o
abalo se inicia.
Apesar de muitas vezes ser usado o termo escala para designar Richter, Fernando Carrilho,
especialista do IM, explicou à Lusa que não é técnica e cientificamente correcto. “Uma
escala é algo com princípio, meio e fim. Em Richter não há nem valores mínimos nem
máximos. Apenas se sabe que o máximo observado foi 9,4, em 1960, no Chile”, adiantou. Nos
Açores, o último grande sismo registado, em Julho de 1998, atingiu 6,1 em Richter a cerca
de 15 quilómetros a noroeste da cidade da Horta. Richter é, portanto, uma forma de
medição da energia libertada na zona do abalo. Para perceber a amplitude dos estragos
provocados por um sismo, é usada a escala de Mercalli, que vai de nível imperceptível a
danos quase totais. Neste último caso, os efeitos são “grandes massas rochosas deslocadas,
conformação topográfica distorcida e objectos atirados ao ar”.
Segundo Fernando Carrilho, um sismo mais forte em Richter pode ser fraco em Mercalli,
dependendo da distância a que o epicentro se situa. “Depois de um sismo há uma propagação
das ondas de energia que se vão atenuando com a distância. A partir de uma determinada
distância, a energia que chega não é suficiente para as pessoas se aperceberem da
passagem dessas ondas de energia”, precisou.
A escala de Mercalli poderá ser substituída em Portugal por outra, a Escala Europeia, que
serve para avaliar os danos dos sismos, e “é mais adaptada às construções de hoje em dia”.
“A grande diferença é que a Escala Europeia dá mais ferramentas para avaliação de danos e
é mais rigorosa, sobretudo a partir dos graus V e VI”, esclareceu. Segundo Fernando
Carrilho, em Portugal já foram feitos estudos comparativos entre as duas escalas e a
decisão de adoptar a Escala Europeia “deverá ser tomada em breve” pelo Instituto de
Meteorologia.
Lusa, 11 de Janeiro de 2005
2. 1. Refere os dois tipos de medição de sismos usados em Portugal.
2. Por que motivo Fernando Carrilho não considera científica a designação “escala
de Richter”?
3. Qual o valor de magnitude do sismo que ocorreu:
3.1. no Chile?
3.2. nos Açores, a noroeste da Horta?
4. Justifica porque é que um sismo pode ser forte em Richter e fraco em Mercalli.
5. Quais os efeitos de um sismo de grau máximo na escala de Mercalli?
6. Transcreve do texto a razão de Portugal adoptar brevemente a Escala Europeia
de medição de sismos.
In: Caderno Pedagógico- Bioterra, Porto Editora