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Em 1987 a Square encontrava-se comproblemasfinanceiros,e um dos seus designers,
Sakaguchi, teve a ideia de criar um RPG a que chamou Final Fantasy, nome irónico pois este
poderia ser o último jogo da companhia ainda longe de imaginar o sucesso que iria obter.
Final Fantasy revolucionou o mundo dos RPGs desde o primeiro jogo, incorporando
batalhas com vários inimigos usando até cinco heróis no campo de batalha, acrescentou
tambémumsistemade profissões que nos permitia usar desde um feiticeiro ao um arqueiro
existindo até uma classe capaz de invocar um monstro (summon) para lutar ao nosso lado.
Cada classe tinhaumcerto tipode arma para utilizar, osfeiticeiros utilizavambastões mágicos
e os guerreiros utilizavam espadas ou machados. Este sistema ainda hoje é uma máxima nos
jogos RPG. Até ao Final Fantasy IV as batalhas eram por turnos, incorporando desde aí um
sistemade batalhaem tempo real (Active Time Battle) o que tornava as batalhas mais rápidas
e obrigava os jogadores a tomar decisões de forma intuitiva.
Final Fantasy introduziuum mundoabertoe para facilitar a movimentação no mesmo
acrescentoumeiosde transporte comonaves,barcos, submarinose oicónico Chocobo.A série
foi a primeira a focar-se nos seus protagonistas dando mais profundidade ao jogo ao criar
histórias e passados para cada um. Final Fantasy foi também o primeiro a dar ao vilão um
protagonismoporvezesmaiorque o dos heróis como é o exemplo de Kefka em Final Fantasy
VI ou Sephiroth no VII.
Para garantir longevidade aos seus jogos implementaram minijogos que se tornaram
mandatários nasérie,sendoojogode cartas de Final Fantasy VIII e IX e o Golden Saucer no VII
os maisfamosos.Os criadores foram também inteligentes em criar algumas mascotes que se
arrastaram pelosjogos, Chocobo (meiode transporte) e Moogle(personagem multifunções) e
até mesmo Cid personagem que desempenhava vários papéis em todos os jogos.
Com a transição da Nintendo para a Sony o jogo ganhou uma nova projecção e novos
fãs,apartir daí não só os gamers americanospodiam usufruir do jogo pouco tempo depois do
seulançamentono Japão como o jogo deu um salto em termos gráficos, passando dos sprites
2D para modelos3De cenários com fundo pré-renderizado criando assim um realismo nunca
antes visto. Com esta mudança o jogo podia falar de temas mais adultos ao contrário da
Nintendo que era mais direccionada a crianças, Final Fantasy VII (o 1º na Sony) afastou-se da
temáticamedieval e transporta-nosparaum mundo CyberPunk, tocando em assuntos como a
prostituição e travestis,foi tambémoprimeiro jogo da série a mostrar sangue. Para contornar
os loadings apareceuoutragrande revolução, Sakaguchicriouos primeiros in-game cutscenes
o que permitia uma maior imersão no jogo, algo que apareceu em muitos RPGs que se
seguiram.No Final Fantasy VIII o jogo quebrou a barreira com a indústria da música e cinema
criando um single que foi número 1 no Japão e tendo uma história mais virada para as
tendênciasdoanime e mangasda altura,tendocomofoco umahistóriade amor. Ainda houve
tempo no ciclo da PlayStation 1 para sair Final Fantasy IX, jogo que pegava no melhor dos 6
primeiros e que era o predilecto de Sakaguchi. Quando passa para a PlayStation 2 dá um
grande salto deixandooscenáriospré-renderizadose passando a usar cenários totalmente 3D
emtempo real o que permitiu criar mundos nunca antes vistos. Com o novo nível de detalhe
tanto no cenário como nas personagens o jogo atingiu um patamar ainda mais alto e com as
novas capacidades da consola as personagens principais ganharam voz, algo melhorado no
decorrer da série.
A série teve ainda uma passagem pelo género MMO com Final Fantasy XI, mas os fãs
queriamumnovojogo single player,aparecendo o Final Fantasy XII e mudou completamente
o modo de batalha, deixando de ter combates aleatórios e por turnos, aproximando o single
player do MMO ao colocar o jogador num mundo aberto onde via os monstros (Active
Dimenson Battle) que o atacavam mediante regrasde agressividade,comolançamento da PS3
um novoFinal Fantasy erainevitávele apósumalongaespera é lançado Final Fantasy XIII que
“agarra” em elementos como as profissões (Paradigm Shift),o modo de batalha era uma
junção do ATB com o ADB. Está ainda para sair Final Fantasy Versus XIII e o Agito XIII que
fazem parte de uma compilação denominada Nova Crystalis, foi lançado também um novo
MMO, Final Fantasy XIV, provando que a série ainda vai durar uns bons anos.
Final Fantasy foi uma série que lançou jogos para todas as plataformas, teve imensos
spin-offs, influenciou o género RPG, vendeu milhões de cópias, ajudou a criar outro grande
franchise (Kingdom Hearts) e é considerada uma enciclopédia para quem se arrisca a entrar
neste mundo, a música de Uematsu provou que as bandas sonoras podem rivalizar com o
cinema e Sakaguchi criou algo que era tudo menos a Última Fantasia.

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Final fantasy retrospectiva

  • 1. Em 1987 a Square encontrava-se comproblemasfinanceiros,e um dos seus designers, Sakaguchi, teve a ideia de criar um RPG a que chamou Final Fantasy, nome irónico pois este poderia ser o último jogo da companhia ainda longe de imaginar o sucesso que iria obter. Final Fantasy revolucionou o mundo dos RPGs desde o primeiro jogo, incorporando batalhas com vários inimigos usando até cinco heróis no campo de batalha, acrescentou tambémumsistemade profissões que nos permitia usar desde um feiticeiro ao um arqueiro existindo até uma classe capaz de invocar um monstro (summon) para lutar ao nosso lado. Cada classe tinhaumcerto tipode arma para utilizar, osfeiticeiros utilizavambastões mágicos e os guerreiros utilizavam espadas ou machados. Este sistema ainda hoje é uma máxima nos jogos RPG. Até ao Final Fantasy IV as batalhas eram por turnos, incorporando desde aí um sistemade batalhaem tempo real (Active Time Battle) o que tornava as batalhas mais rápidas e obrigava os jogadores a tomar decisões de forma intuitiva. Final Fantasy introduziuum mundoabertoe para facilitar a movimentação no mesmo acrescentoumeiosde transporte comonaves,barcos, submarinose oicónico Chocobo.A série foi a primeira a focar-se nos seus protagonistas dando mais profundidade ao jogo ao criar histórias e passados para cada um. Final Fantasy foi também o primeiro a dar ao vilão um protagonismoporvezesmaiorque o dos heróis como é o exemplo de Kefka em Final Fantasy VI ou Sephiroth no VII. Para garantir longevidade aos seus jogos implementaram minijogos que se tornaram mandatários nasérie,sendoojogode cartas de Final Fantasy VIII e IX e o Golden Saucer no VII os maisfamosos.Os criadores foram também inteligentes em criar algumas mascotes que se arrastaram pelosjogos, Chocobo (meiode transporte) e Moogle(personagem multifunções) e até mesmo Cid personagem que desempenhava vários papéis em todos os jogos. Com a transição da Nintendo para a Sony o jogo ganhou uma nova projecção e novos fãs,apartir daí não só os gamers americanospodiam usufruir do jogo pouco tempo depois do seulançamentono Japão como o jogo deu um salto em termos gráficos, passando dos sprites 2D para modelos3De cenários com fundo pré-renderizado criando assim um realismo nunca antes visto. Com esta mudança o jogo podia falar de temas mais adultos ao contrário da Nintendo que era mais direccionada a crianças, Final Fantasy VII (o 1º na Sony) afastou-se da temáticamedieval e transporta-nosparaum mundo CyberPunk, tocando em assuntos como a prostituição e travestis,foi tambémoprimeiro jogo da série a mostrar sangue. Para contornar
  • 2. os loadings apareceuoutragrande revolução, Sakaguchicriouos primeiros in-game cutscenes o que permitia uma maior imersão no jogo, algo que apareceu em muitos RPGs que se seguiram.No Final Fantasy VIII o jogo quebrou a barreira com a indústria da música e cinema criando um single que foi número 1 no Japão e tendo uma história mais virada para as tendênciasdoanime e mangasda altura,tendocomofoco umahistóriade amor. Ainda houve tempo no ciclo da PlayStation 1 para sair Final Fantasy IX, jogo que pegava no melhor dos 6 primeiros e que era o predilecto de Sakaguchi. Quando passa para a PlayStation 2 dá um grande salto deixandooscenáriospré-renderizadose passando a usar cenários totalmente 3D emtempo real o que permitiu criar mundos nunca antes vistos. Com o novo nível de detalhe tanto no cenário como nas personagens o jogo atingiu um patamar ainda mais alto e com as novas capacidades da consola as personagens principais ganharam voz, algo melhorado no decorrer da série. A série teve ainda uma passagem pelo género MMO com Final Fantasy XI, mas os fãs queriamumnovojogo single player,aparecendo o Final Fantasy XII e mudou completamente o modo de batalha, deixando de ter combates aleatórios e por turnos, aproximando o single player do MMO ao colocar o jogador num mundo aberto onde via os monstros (Active Dimenson Battle) que o atacavam mediante regrasde agressividade,comolançamento da PS3 um novoFinal Fantasy erainevitávele apósumalongaespera é lançado Final Fantasy XIII que “agarra” em elementos como as profissões (Paradigm Shift),o modo de batalha era uma junção do ATB com o ADB. Está ainda para sair Final Fantasy Versus XIII e o Agito XIII que fazem parte de uma compilação denominada Nova Crystalis, foi lançado também um novo MMO, Final Fantasy XIV, provando que a série ainda vai durar uns bons anos. Final Fantasy foi uma série que lançou jogos para todas as plataformas, teve imensos spin-offs, influenciou o género RPG, vendeu milhões de cópias, ajudou a criar outro grande franchise (Kingdom Hearts) e é considerada uma enciclopédia para quem se arrisca a entrar neste mundo, a música de Uematsu provou que as bandas sonoras podem rivalizar com o cinema e Sakaguchi criou algo que era tudo menos a Última Fantasia.