Três filmes brasileiros dos anos 90 foram indicados ao Oscar: O Quatrilho (1996), O que é isso, companheiro? (1997) e Central do Brasil (1998). Embora nenhum tenha vencido, eles marcaram uma época dourada do cinema nacional com roteiros de qualidade que retrataram temas importantes da história e sociedade brasileiras.
3. Para historiadores da sétima arte e admiradores das
produções brasileiras, a década de 90 pode ser descrita
como os anos dourados do cinema no país. Três grandes
roteiros chegaram ao tapete vermelho da maior premiação
da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de
Hollwyood, o Oscar, e, embora nenhuma tenha
conquistado a desejada estatueta, não há quem possa
menosprezar a qualidade dos filmes “O Quatrilho”,
“Central do Brasil” e “O que é isso, companheiro?”, que
entraram para o hall da fama do cinema brasileiro.
4. A começar pelo filme Quatrilho, indicado a melhor filme
estrangeiro, em 1996. Dirigido por Fábio Barreto, o drama
se passa em uma comunidade rural do Rio Grande do
Sul, no início do século XX. Na trama, dois casais
dividem a mesma casa em harmonia, até o dia em que
Teresa (Patrícia Pillar), esposa de Angelo (Alexandre
Paternost), se apaixona por Massimo (Bruno Campos),
casado com Pierina (Glória Pires). Embora o enredo ter
sido preterido pelo filme holandês "A excêntrica família
de Antonia”, vale a pena assistir a comovente história.
5. Um ano depois, em 1997, "O que é isso, companheiro",
dirigido por Bruno Barreto, foi baseado no best-seller de
Fernando Gabeira, homônimo. Embora também tenha
perdido para um filme holandês, “Caráter”, quem quer
saber um pouco mais da história brasileira não pode
deixar de assistir a produção que conta a ativa
participação de Gabeira na luta armada dos anos 1960,
incluindo o sequestro de Charles Elbrick, então
embaixador americano.
6. Fechando a lista, a não premiação de Central do Brasil,
de 1998, talvez seja a maior injustiça para o cinema
brasileiro à época. Além de concorrer a Melhor Filme
Estangeiro, a produção esteve perto de coroar Fernanda
Montenegro internacionalmente, indicada à estatueta de
Melhor Atriz.
7. O longa de Walter Salles perdeu de “A vida é bela",
enquanto a dama do teatro brasileiro viu a estatueta ser
entregue a Gwyneth Paltrow. A trama, inspirada em Alice
nas Cidades, de Wim Wenders, traz a amizade entre um
menino à procura de suas raízes e de uma mulher em
busca de uma segunda chance na vida.