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CONSEQUÊNCIAS DA DINÂMICA INTERNA DA TERRA
ATIVIDADE SÍSMICA
FICHA DE TRABALHO
Nome:

Turma:

Nº:

Documento 1 - Novo sismo no Irão
O sismo de magnitude de 7,8 (escala de Richter), registado no Irão no dia 16 de abril de 2013,
teve o seu epicentro a 90 km este da cidade de Khash, numa zona de montanha e deserto. O
sismo teve origem numa importante falha geológica localizada, na placa litosférica Arábica, a
uma profundidade intermédia de aproximadamente 80km.
A tectónica da região é essencialmente dominada pelas colisões das placas Arábica e Índica
com a Euro-Asiática. À longitude onde ocorreu este evento, a placa Arábica converge em
relação à placa Euro-Asiática, na direcção norte-noroeste, a uma velocidade média de 37
mm/ano. A placa Arábica sofre subducção sob a placa Euroasiática na costa Makran, entre o
Paquistão e o Irão, tornando-se progressivamente mais profunda para Norte.
As cidades mais próximas do epicentro do sismo, Saravan e Khash, registaram “poucos danos”,
contou à AFP o director do centro nacional de gestão de crises, Morteza Akbar-Pour. Mas o
terramoto deixou a região sem electricidade e sem comunicações, o que dificulta a
confirmação das informações. Ao final do dia, porém, o governador do Balochistão, Hatam
Narouyi, disse à agência Isna que “felizmente o sismo não provocou vítimas mortais”.
Terá sido no vizinho Paquistão que se registaram as piores consequências do sismo. A televisão
pública noticiou que perto de um milhar de casas, a maioria construções toscas de adobe,
não terão resistido à força do abalo, desmoronando-se sobre os seus habitantes. Um
responsável dos serviços de emergência contou que só na cidade de Mashkhel, situada junto à
fronteira com o Irão, há confirmação de 34 mortos e mais de 200 feridos. Islamabad enviou o
Exército para ajudar a população de uma das zonas mais remotas do país.
O sismo foi sentido nas principais cidades do Paquistão, mas também na vizinha Índia. De um
lado e do outro da fronteira, centenas de pessoas que estavam nos edifícios mais altos saíram
à rua em pânico ao sentirem o abalo. O mesmo cenário repetiu-se nos países do Golfo Pérsico,
em particular nas zonas costeiras, onde muita gente procurou refúgio na rua.
Na semana passada, um outro sismo, com magnitude 6,3 na escala de Richter, matou 37
pessoas e feriu mais de 800 no sudoeste do Irão. O terramoto aconteceu na região onde está
localizada a única central nuclear iraniana, mas Teerão garantiu que as instalações não
sofreram danos.
Texto adaptado de https://www.usgs.gov e Jornal Público, 16 de abril de 2013

Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520

Professora Conceição Santos

1
5
INTENSIDADE

I

II-III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X+

Tremor de
terra

Imperceptível

Fraco

Ligeiro

Moderado

Forte

Muito
forte

Severo

Violento

Extremo

Danos
causados

nenhuns

nenhuns

nenhuns

Bastante
ligeiros

Ligeiros

Moderados

Moderados
Elevados

Elevados

Muito
elevados

adaptado de https://www.usgs.gov

Figura 1

QUESTÕES
1. Indica qual a magnitude do sismo registado no Irão no dia 16 de abril de 2013.
___________________________________________________________________________

2. Refere em que contexto tectónico ocorreu este sismo.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

3. Indica qual a localização do epicentro e do hipocentro.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520

Professora Conceição Santos

2
5
4. Caracteriza o sismo em termos de intensidade.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

5. Formula uma hipótese para a ocorrência de danos mais significativos nas regiões afetadas
pelo sismo no Paquistão, nomeadamente a perda de vidas humanas.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

Documento 2 – Sismo de Japão 2011
Japão, 9 de março de 2011. Após dois dias em que ocorreram, no mar, pelo menos quatro
sismos com magnitude superior a 6,0, a 130 km este da ilha principal do arquipélago
japonês, Honshu, um sismo de magnitude 9,0 liberta a sua energia a 24 km de profundidade.
Cerca de 1 hora e 30 minutos mais tarde, a primeira vaga de um tsunami atinge a costa do
Japão. Sucedem-se no mesmo contexto tectónico dezenas de réplicas, algumas com
magnitude superior a 7,0.
O sismo teve origem numa falha localizada perto ou na zona de subducção, região de limite
entre as placas litosféricas do Pacífico e da América do Norte. À latitude onde ocorreu o
sismo, a placa do Pacífico move-se para oeste, em relação à placa da América do Norte, a uma
velocidade média de 83 mm/ano, iniciando a sua descida na Fossa do Japão. Note-se que
alguns autores dividem a região em várias microplacas, que juntas definem os movimentos
relativos entre as placas de maior dimensão: placas Pacífica, Norte-Americana e Euro-Asiática.
O sismo e o tsunami que lhe seguiu causaram mais de 28 mil mortos e desaparecidos e
deixaram mais de 170 mil japoneses desalojados. O que é que pode ser pior que um sismo de
grau 9,0, na escala de Richter, seguido de tsunami que à velocidade de 50 quilómetros por
hora irrompe dez quilómetros terra adentro, destruindo tudo à sua frente? A resposta está a
ser conhecida da pior maneira possível por milhões de japoneses: o espetro de um desastre
nuclear a que o resto do mundo assiste impotente e aterrorizado.
«Este é um verdadeiro apocalipse e podem crer que estou a usar a palavra certa», foi a forma
direta e crua que o comissário europeu Gunter Oettinger escolheu para caracterizar a situação,
(…) pouco depois das autoridades japonesas terem reconhecido que a situação na central de
Fukushima Daiichi (nº1) tinha ficado fora do controlo, após incêndios e explosões em quatro
dos seus reatores. Nessa altura o «apocalipse» traduzia-se por uma evacuação maciça de 170
mil residentes num raio de 20 quilómetros em redor da central nuclear e da imposição de uma
zona de exclusão aérea num raio de 30 quilómetros.
Quatro dias depois do sismo o Japão reconhecia oficialmente a gravidade da situação. E o
mundo percebia que poderia estar perante o maior desastre nuclear da História, a seguir a
Chernobyl.
Texto adaptado de https://www.usg.gov e Visão, março de 2011

Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520

Professora Conceição Santos

3
5
INTENSIDADE

I

II-III

IV

V

VI

VII

VIII

IX

X+

Tremor de
terra

Imperceptível

Fraco

Ligeiro

Moderado

Forte

Muito forte

Severo

Violento

Extremo

Danos
causados

nenhuns

nenhuns

nenhuns

Bastante
ligeiros

Ligeiros

Moderados

Moderados
Elevados

Elevados

Muito
elevados

adaptado de https://www.usgs.gov

Figura 2

QUESTÕES
1. Indica qual a magnitude do sismo registado no Japão no dia 9 de março de 2011.
___________________________________________________________________________

2. Refere em que contexto tectónico ocorreu este sismo.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520

Professora Conceição Santos

4
5
3. Indica qual a localização do epicentro e do hipocentro.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

4.

Interpreta os abalos que ocorreram antes e depois do sismo de maior magnitude.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________

5.

Explica a formação do tsunami que varreu a costa do Japão.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
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__________________________________________________________________________
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__________________________________________________________________________

6.

Indica as consequências da construção de centrais nucleares em zonas de elevado risco
sísmico.
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
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Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520

Professora Conceição Santos

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  • 1. CONSEQUÊNCIAS DA DINÂMICA INTERNA DA TERRA ATIVIDADE SÍSMICA FICHA DE TRABALHO Nome: Turma: Nº: Documento 1 - Novo sismo no Irão O sismo de magnitude de 7,8 (escala de Richter), registado no Irão no dia 16 de abril de 2013, teve o seu epicentro a 90 km este da cidade de Khash, numa zona de montanha e deserto. O sismo teve origem numa importante falha geológica localizada, na placa litosférica Arábica, a uma profundidade intermédia de aproximadamente 80km. A tectónica da região é essencialmente dominada pelas colisões das placas Arábica e Índica com a Euro-Asiática. À longitude onde ocorreu este evento, a placa Arábica converge em relação à placa Euro-Asiática, na direcção norte-noroeste, a uma velocidade média de 37 mm/ano. A placa Arábica sofre subducção sob a placa Euroasiática na costa Makran, entre o Paquistão e o Irão, tornando-se progressivamente mais profunda para Norte. As cidades mais próximas do epicentro do sismo, Saravan e Khash, registaram “poucos danos”, contou à AFP o director do centro nacional de gestão de crises, Morteza Akbar-Pour. Mas o terramoto deixou a região sem electricidade e sem comunicações, o que dificulta a confirmação das informações. Ao final do dia, porém, o governador do Balochistão, Hatam Narouyi, disse à agência Isna que “felizmente o sismo não provocou vítimas mortais”. Terá sido no vizinho Paquistão que se registaram as piores consequências do sismo. A televisão pública noticiou que perto de um milhar de casas, a maioria construções toscas de adobe, não terão resistido à força do abalo, desmoronando-se sobre os seus habitantes. Um responsável dos serviços de emergência contou que só na cidade de Mashkhel, situada junto à fronteira com o Irão, há confirmação de 34 mortos e mais de 200 feridos. Islamabad enviou o Exército para ajudar a população de uma das zonas mais remotas do país. O sismo foi sentido nas principais cidades do Paquistão, mas também na vizinha Índia. De um lado e do outro da fronteira, centenas de pessoas que estavam nos edifícios mais altos saíram à rua em pânico ao sentirem o abalo. O mesmo cenário repetiu-se nos países do Golfo Pérsico, em particular nas zonas costeiras, onde muita gente procurou refúgio na rua. Na semana passada, um outro sismo, com magnitude 6,3 na escala de Richter, matou 37 pessoas e feriu mais de 800 no sudoeste do Irão. O terramoto aconteceu na região onde está localizada a única central nuclear iraniana, mas Teerão garantiu que as instalações não sofreram danos. Texto adaptado de https://www.usgs.gov e Jornal Público, 16 de abril de 2013 Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520 Professora Conceição Santos 1 5
  • 2. INTENSIDADE I II-III IV V VI VII VIII IX X+ Tremor de terra Imperceptível Fraco Ligeiro Moderado Forte Muito forte Severo Violento Extremo Danos causados nenhuns nenhuns nenhuns Bastante ligeiros Ligeiros Moderados Moderados Elevados Elevados Muito elevados adaptado de https://www.usgs.gov Figura 1 QUESTÕES 1. Indica qual a magnitude do sismo registado no Irão no dia 16 de abril de 2013. ___________________________________________________________________________ 2. Refere em que contexto tectónico ocorreu este sismo. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 3. Indica qual a localização do epicentro e do hipocentro. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520 Professora Conceição Santos 2 5
  • 3. 4. Caracteriza o sismo em termos de intensidade. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 5. Formula uma hipótese para a ocorrência de danos mais significativos nas regiões afetadas pelo sismo no Paquistão, nomeadamente a perda de vidas humanas. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Documento 2 – Sismo de Japão 2011 Japão, 9 de março de 2011. Após dois dias em que ocorreram, no mar, pelo menos quatro sismos com magnitude superior a 6,0, a 130 km este da ilha principal do arquipélago japonês, Honshu, um sismo de magnitude 9,0 liberta a sua energia a 24 km de profundidade. Cerca de 1 hora e 30 minutos mais tarde, a primeira vaga de um tsunami atinge a costa do Japão. Sucedem-se no mesmo contexto tectónico dezenas de réplicas, algumas com magnitude superior a 7,0. O sismo teve origem numa falha localizada perto ou na zona de subducção, região de limite entre as placas litosféricas do Pacífico e da América do Norte. À latitude onde ocorreu o sismo, a placa do Pacífico move-se para oeste, em relação à placa da América do Norte, a uma velocidade média de 83 mm/ano, iniciando a sua descida na Fossa do Japão. Note-se que alguns autores dividem a região em várias microplacas, que juntas definem os movimentos relativos entre as placas de maior dimensão: placas Pacífica, Norte-Americana e Euro-Asiática. O sismo e o tsunami que lhe seguiu causaram mais de 28 mil mortos e desaparecidos e deixaram mais de 170 mil japoneses desalojados. O que é que pode ser pior que um sismo de grau 9,0, na escala de Richter, seguido de tsunami que à velocidade de 50 quilómetros por hora irrompe dez quilómetros terra adentro, destruindo tudo à sua frente? A resposta está a ser conhecida da pior maneira possível por milhões de japoneses: o espetro de um desastre nuclear a que o resto do mundo assiste impotente e aterrorizado. «Este é um verdadeiro apocalipse e podem crer que estou a usar a palavra certa», foi a forma direta e crua que o comissário europeu Gunter Oettinger escolheu para caracterizar a situação, (…) pouco depois das autoridades japonesas terem reconhecido que a situação na central de Fukushima Daiichi (nº1) tinha ficado fora do controlo, após incêndios e explosões em quatro dos seus reatores. Nessa altura o «apocalipse» traduzia-se por uma evacuação maciça de 170 mil residentes num raio de 20 quilómetros em redor da central nuclear e da imposição de uma zona de exclusão aérea num raio de 30 quilómetros. Quatro dias depois do sismo o Japão reconhecia oficialmente a gravidade da situação. E o mundo percebia que poderia estar perante o maior desastre nuclear da História, a seguir a Chernobyl. Texto adaptado de https://www.usg.gov e Visão, março de 2011 Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520 Professora Conceição Santos 3 5
  • 4. INTENSIDADE I II-III IV V VI VII VIII IX X+ Tremor de terra Imperceptível Fraco Ligeiro Moderado Forte Muito forte Severo Violento Extremo Danos causados nenhuns nenhuns nenhuns Bastante ligeiros Ligeiros Moderados Moderados Elevados Elevados Muito elevados adaptado de https://www.usgs.gov Figura 2 QUESTÕES 1. Indica qual a magnitude do sismo registado no Japão no dia 9 de março de 2011. ___________________________________________________________________________ 2. Refere em que contexto tectónico ocorreu este sismo. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520 Professora Conceição Santos 4 5
  • 5. 3. Indica qual a localização do epicentro e do hipocentro. ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ 4. Interpreta os abalos que ocorreram antes e depois do sismo de maior magnitude. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 5. Explica a formação do tsunami que varreu a costa do Japão. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ 6. Indica as consequências da construção de centrais nucleares em zonas de elevado risco sísmico. __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ Departamento de Ciências Experimentais – Grupo 520 Professora Conceição Santos 5 5