Este documento apresenta uma proposta de solfejo baseada na silabação rítmica, onde cada sílaba representa uma parte do pulso. É explicado que as vogais indicam a posição métrica e as consoantes dão precisão à execução. Exemplos demonstram como silabas diferentes representam células rítmicas de subdivisão simples e composta.

1. Solfejo por silabação
rítmica
Musicalização no Prolicenmus

2. Neste material você encontra uma proposta de solfejo baseada na silabação rítmica
proposta por Gazzi de Sá (apud PAZ, 2000).
O uso da silabação auxilia a compreensão da organização hierárquica das estruturas
rítmicas. Você poderá observar que a articulação do som sempre ocorre com a letra “t”,
uma consoante dura que dá mais precisão à execução, e as variações de posição métrica
são dadas pelas vogais (A na parte forte, I na segunda metade, U nos quartos pares, E nos
terços e O nos sextos fracos,). As aglutinações de quartos e sextos unem as vogais e
removem a letra “t”. Para compreender na prática, há exemplos a seguir.
Você deve começar seu estudo utilizando as orientações e sílabas indicadas para cada
célula rítmica. Quando houver assimilado cada padrão rítmico, passe a executá-lo com
outros sons – percussão corporal, instrumento, assovios, fala expressiva, entre outros.
Para este estudo, consideraremos a semínima como unidade de tempo de subdivisão
simples e a semínima pontuada como unidade de tempo de subdivisão composta, por
serem os casos mais recorrentes de unidade de tempo nas partituras do repertório.
Considerações iniciais

3. Procure observar a lógica de construção das sílabas para cada célula, conforme explicado
no slide anterior. Abaixo estão explicitadas as células rítmicas com sua respectiva silabação:
Células rítmicas de subdivisão simples (binária)
Tipo de célula rítmica Célula rítmica com silabação
Tempo inteiro
Subdivisão básica
Divisão em quartos de tempo

4. Tipo de célula rítmica Célula rítmica com silabação
Aglutinação dos quartos de tempo (1)
Aglutinação dos quartos de tempo (2)
Aglutinação dos quartos de tempo (3)
Aglutinação dos quartos de tempo (4)
Aglutinação dos quartos de tempo (5)
+
+
+ +
++
+
=
=
=
=
=

5. Seguindo uma lógica semelhante à da silabação com células rítmicas de subdivisão
simples:
Células rítmicas de subdivisão composta (ternária)
Tipo de célula rítmica Célula rítmica com silabação
Tempo inteiro
Subdivisão básica
Divisão em sextos de tempo

6. Tipo de célula rítmica Célula rítmica com silabação
Aglutinação dos terços de tempo (1)
Aglutinação dos terços de tempo (2)
Aglutinação dos sextos de tempo (1)
Aglutinação dos sextos de tempo (2)
Aglutinação dos sextos de tempo (3)
+
+ +
+
=
=+
=+
+ ++ =
+ =

7. Para células rítmicas maiores que um tempo, prolongamos a vogal “a” pelo número de
tempos que a célula abrange e, conforme o caso, articulamos alguma subdivisão adicional:
Células rítmicas maiores que um tempo
Tipo de célula rítmica Célula rítmica com silabação
Um tempo simples e meio mais meio tempo simples
ou na ordem inversa
Dois, três e quatro tempos simples
Dois, três e quatro tempos compostos

8. Há uma infinidade de células rítmicas que podem ser tratadas com o mesmo procedimento
básico. Mostramos aqui apenas as mais recorrentes, que possibilitam a combinação para
silabação com outras células rítmicas que não foram colocadas neste material.
No caso de pausas, basta omitir a sílaba que seria cantada, substituindo-a por silêncio com
a mesma duração. Também é interessante que nas pausas o praticante apenas imagine a
sílaba que seria cantada.
Outras figurações

9. Exemplos de exercícios para praticar – subdivisão simples
1)
2)
3)
4)
5)

10. Exemplos de exercícios para praticar – subdivisão composta
1)
2)
3)
4)
5)