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Tempo Litúrgico da Quaresma
O Tempo da Quaresma não está fechado em si mesmo,
ou é um tempo “forte” por si mesmo, ou ainda,
importante em si mesmo.
É um tempo de preparação para o que entendemos
como o centro da vida e fé cristã: a Páscoa.
Essa preparação encerra dois aspectos: contemplar a
Páscoa do Senhor e nos incorporar ao Mistério Pascal.
Por isso, podemos também dizer a Quaresma é o
tempo para experimentar espiritualmente a dinâmica
da morte para a Vida: morrer para o pecado e
ressuscitar, com Cristo, para a verdadeira vida.
Tempo Litúrgico da Quaresma
“Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo
que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se
morrer, produzirá muito fruto.”
Jo 12,24
Tradução: Bíblia de Jerusalém
Qual a origem do Tempo da
Quaresma
“Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a
Igreja une-se ao mistério de Jesus no deserto”
(CIC 540)
A palavra quaresma era, antigamente, um simples adjetivo em
latim que se encontrava no início de uma frase e passou a
denominar um período todo do ano litúrgico.
“Quadragésima die Christus pro nobis tradétur”
“Em quarenta dias Cristo será entregue por nós,
para nossa salvação.”
Qual a origem do Tempo da
Quaresma
O termo Quaresma, portanto, vem da expressão do latim,
Quadragésima die, e tem origem no ano 350 d.C., quando a
Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa,
que era de três dias, que permaneceram como o Tríduo Sagrado
da Semana Santa: quinta feira santa, sexta feira santa e sábado
santo.
Por isso alguns ainda entendem que o tempo quaresmal dura até
a imediatamente antes da Missa Vespertina ‘in Coena Domini’
(quinta-feira Santa).
Trataremos desse tema adiante
Qual a origem do Tempo da
Quaresma
O número quarenta é bastante significativo dentro das Sagradas
Escrituras, vejamos:
• O dilúvio teve a duração de quarenta dias e quarenta noites e
foi a preparação para uma nova humanidade, purificada pelas
águas. (Gn 7,4.12)
• Durante quarenta anos o povo hebreu caminhou pelo deserto
rumo à terra prometida, tendo atravessado o mar
vermelho. (Nm 14,33; 32,13; Dt 8,2; 29,4, etc)
• Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes da cidade
de Nínive fizeram penitência por quarenta dias. (Jn 3,4)
Qual a origem do Tempo da
Quaresma
Continuando...
• O profeta Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites
para chegar à montanha de Deus (Horeb). (1Rs 19,8)
• Preparando-se para cumprir sua missão entre os homens,
Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Moisés
havia feito o mesmo. (Mt 4,2; Mc 1,12; Lc 4,2)
• A Ascenção de Jesus aconteceu quarenta dias após a
Ressurreição (At 1,3)
• Os povos antigos atribuíam ao número quarenta diversos
significados. (Inclusive nas atividades de natureza agrícola)
Quando começa e quando termina?
De modo geral, apontar o início e o fim dos Tempos
Litúrgicos não requer um grande esforço. Todavia, por
variar de data, ano a ano, o Tempo da Quaresma, a
Semana Santa, a Páscoa, e dos Domingos da Páscoa,
são um pouco mais difíceis.
Vamos relembrar o calendário litúrgico (a partir da
Solenidade de Nossa Senhora Mãe de Deus até a
Quaresma) nos últimos anos, na imagem que segue,
antes de apontar os elementos que indicam o início e o
fim da Quaresma.
01 de janeiro
Início do Ano Civil
Solenidade da Santa Mãe
de Deus
Primeiro domingo entre
os dias 02 e 08 de
janeiro (Brasil)
Solenidade da Epifania
do Senhor
Dia seguinte da Epifania
do Senhor
Batismo do Senhor
Segundo Domingo do
Tempo Comum
14 de Janeiro
...
Sexto Domingo do
Tempo Comum
11 de Fevereiro
Quarta-feira de Cinzas
14 de Fevereiro
2017
01 de janeiro
Início do Ano Civil
Solenidade da Santa Mãe
de Deus
Primeiro domingo entre
os dias 02 e 08 de
janeiro (Brasil)
Solenidade da Epifania
do Senhor (08)
Dia seguinte da Epifania
do Senhor
Batismo do Senhor (09)
Segundo Domingo do
Tempo Comum (15
de janeiro)
...
Oitavo Domingo do
Tempo Comum
(26 de fevereiro)
Quarta-feira de Cinzas
2016
01 de janeiro
Início do Ano Civil
Solenidade da Santa Mãe
de Deus
Primeiro domingo entre
os dias 02 e 08 de
janeiro (Brasil)
Solenidade da Epifania
do Senhor (03)
Dia seguinte da Epifania
do Senhor
Batismo do Senhor (04)
Segundo Domingo do
Tempo Comum (10
de janeiro)
...
Quinto Domingo do
Tempo Comum
(07 de fevereiro)
Quarta-feira de Cinzas
2015
01 de janeiro
Início do Ano Civil
Solenidade da Santa Mãe
de Deus
(01 de março) (18 de fevereiro)
Primeiro domingo entre
os dias 02 e 08 de
janeiro (Brasil)
Solenidade da Epifania
do Senhor (04)
Dia seguinte da Epifania
do Senhor
Batismo do Senhor (05)
Segundo Domingo do
Tempo Comum
(11 de janeiro)
...
Sexto Domingo do
Tempo Comum
(15 de fevereiro)
Quarta-feira de Cinzas
Quando começa e quando termina?
A Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinzas e
termina no Domingo (Quinto Domingo da Quaresma)
que antecede o Domingo de Ramos e da Paixão, mas a
data deve ser calculada a partir da Páscoa.
“No Concílio de Nicéia (em 325 d.C), todas as Igrejas chegaram a
um acordo de que a páscoa cristã fosse celebrada no domingo
que segue a lua cheia (14 Nisan) depois do equinócio de
primavera. Por causa dos diversos métodos utilizados para
calcular o dia 14 do mês de Nisan, o dia da Páscoa nem sempre
ocorre simultaneamente nas Igrejas ocidentais e orientais...”
CIC 1170
Quando começa e quando termina?
Distribuição das datas da Páscoa para um
período completo de 5.700.000 anos.
Tábua medieval da Escandinávia, em
escrita rúnica, para cálculo da data da
Páscoa.
Quando começa e quando termina?
O Concílio de Nicéa (325 d.C.), fixou a data da Páscoa no primeiro domingo
após a primeira Lua Cheia da Primavera no hemisfério Norte.
Convém, ainda, notar o seguinte:
- A data da Páscoa nunca pode ocorrer antes de 22 de Março nem depois
de 25 de Abril. Se o cálculo (no slide seguinte) ultrapassar este último
limite, passa para o domingo anterior
.
- O dia de Carnaval, sempre à terça-feira, é 47 dias antes da Páscoa.
- O Dia da Ascensão, numa quinta-feira, 39 dias depois.
- O Domingo de Pentecostes, 49 dias depois.
- O Corpo de Deus, numa quinta-feira, 60 dias depois.
- Os anos múltiplos de 100 não são bissextos, exceto se forem também
múltiplos de 400.
2400 a 2499 25 1 de Abril.
Quando começa e quando termina?
Método criado pelo matemático Gauss (1777-1855), para descobrir o Dia da Páscoa:
1) Definem-se 5 valores, tendo em conta que MOD (x,y) significa o resto da divisão de x/y:
• a = MOD (ANO,19)
• b = MOD (ANO,4)
• c = MOD (ANO,7)
• d = MOD [(19 a + M), 30]
• e = MOD [(2 b + 4 c + 6 d + N), 7]
2) Os valores de M e N são dados pela seguinte tabela:
3) Operações:
1)Calcula-se o valor de P dado por P= 22 + d + e
se P for inferior ou igual a 31, a Páscoa será no
dia P de Março. Mas se P for maior que 31, então
2) calcula-se P'= d + e - 9 e a Páscoa será no dia
P' de Abril. Mas, se P' for superior a 25, então
3)calcula-se P'' = P' - 7 e a Páscoa será a P'' de
Abril, já que não pode ser celebrada em data
ANO M N
1582 a 1699 22 2
1700 a 1799 23 3
1800 a 1899 23 4
1900 a 1999 24 5
2000 a 2099 24 5
2100 a 2199 24 6
2200 a 2299 25 0
2300 a 2399 26 1
Quando começa e quando termina?
A data da Páscoa corresponde ao
primeiro domingo após a primeira
Lua Cheia da
Norte.
Primavera no
(Outono no
hemisfério
hemisfério Sul)
Nunca pode ocorrer antes de 22 de
Março nem depois de 25 de Abril.
O dia de Carnaval, sempre à terça-
feira, é 47 dias antes da Páscoa.
Folheto da Solenidade da Epifania do Senhor
Proclamação das Solenidades Móveis
Folheto da Solenidade da Epifania do Senhor
Quando começa e quando termina?
Começa:
46 dias antes da Páscoa ou 46 dias do primeiro domingo após
a primeira Lua Cheia da Primavera no hemisfério Norte.
Termina:
Sábado posterior ao Quinto Domingo da Quaresma, que
antecede o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor (40º
dia).
Obs.: Antes do ano 350 d.C., o tempo de preparação para a Páscoa, era de três dias, que
permaneceram como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: quinta feira santa, sexta feira santa e
sábado santo.
A Espiritualidade da Quaresma
“Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano
litúrgico (tempo da quaresma, cada sexta-feira em
memória da morte do senhor – CDC 1250) são
momentos fortes da prática penitencial da Igreja.
(SC 109-110). Esses tempos são particularmente
apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias
penitenciais, às privações voluntárias, como o
jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de
caridade e missionárias).”
CIC 1438
Relembrando o slide nº 2 antes de
continuar...
“O Tempo da Quaresma não está fechado em si
mesmo, ou é um tempo “forte” por si mesmo, ou
ainda, importante em si mesmo.
É um tempo de preparação para o que entendemos
como o centro da vida e fé cristã: a Páscoa.
Essa preparação encerra dois aspectos: contemplar a
Páscoa do Senhor e nos incorporar ao Mistério Pascal.
Por isso, podemos também dizer a Quaresma é o
tempo para experimentar espiritualmente a dinâmica
da morte para a Vida: morrer para o pecado e
ressuscitar, com Cristo, para a verdadeira vida.”
A Espiritualidade da Quaresma
Contemplar a Páscoa do Senhor.
Refletir profundamente; pensar ou meditar
Nos incorporar ao Mistério Pascal.
Nos tornar parte do... e/ou Tomar parte do...
Momentos forte da prática penitencial da Igreja.
Aquilo que se faz para remissão dos próprios pecados (individual e coletivo)
voluntárias, como o jejum e a esmola,
fraterna (obras de caridade e missionárias).
à partilha
Tempo particularmente apropriado aos exercícios
espirituais, às liturgias penitenciais, às privações
A Espiritualidade da Quaresma
Morrer para o pecado e ressuscitar,
COM CRISTO,
para a verdadeira vida.
A Espiritualidade da Quaresma
Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às
liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a
esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).
(CIC 1438)
Exercícios Espirituais
“Entende-se, por Exercícios Espirituais, qualquer modo de
examinar a consciência, meditar, contemplar, orar vocal ou
mentalmente e outras atividades espirituais” (Inácio de Loyola),
geralmente utilizando um texto bíblico ou a Mensagem do Santo
Padre para o Tempo da Quaresma (no caso), para se alcançar o
objetivo desejado: Morrer para o pecado e ressuscitar, COM
CRISTO, para a verdadeira vida.
A Espiritualidade da Quaresma
Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às
liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a
esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).
(CIC 1438)
Liturgias Penitenciais
“Na tradição cristã, ela (liturgia) quer significar que o povo de
Deus toma parte na ‘obra de Deus’ (João 7,4). Pela liturgia, Cristo,
nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com
ela e por ela, na obra de nossa redenção.” (CIC 1069)
Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão
“aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem
consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o
mundo inteiro”. (CIC 1488)
A Espiritualidade da Quaresma
Liturgias Penitenciais
Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão
“aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem
consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o
mundo inteiro”. (CIC 1488)
Pecados graves ou mortais: matam a vida da graça em nossa alma, expulsam Deus do
nosso coração, perde-se o “estado de graça”. É uma infração grave da lei de Deus; desvia o
homem de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior. Fere
principalmente os 10 Mandamentos, que são a base da Moral católica, conforme a resposta de
Jesus ao jovem rico: “Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso
testemunho, não fraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe” (Mc 10,19).
Três condições : tem como objeto uma matéria grave, é cometido com plena consciência e
deliberadamente”(CIC, 1857). A gravidade dos pecados é maior ou menor: um assassinato é mais
grave que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas é levada também em consideração. A
violência contra os contra os pais é mais grave que contra um estranho.
A Espiritualidade da Quaresma
Liturgias Penitenciais
Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão
“aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem
consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o
mundo inteiro”. (CIC 1488)
Pecados veniais: “Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade nem,
por conseguinte, da bem-aventurança eterna” (Reconciliatio et Poenitentia,17).
Não chega a quebrar a aliança com Deus, porém são também muito prejudiciais
à vida espiritual da pessoa (CIC 1863).
Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a lei moral, ou então
quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno
consentimento. Quando acontece uma falta, mas que não é contrário ao amor a Deus e ao
próximo, tais pecados são veniais, mas enfraquece a caridade; mostra uma afeição desordenada
pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem
moral.
A Espiritualidade da Quaresma
Liturgias Penitenciais
Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão
“aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem
consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o
mundo inteiro”. (CIC 1488)
“se o estado de graça não for recuperado mediante o arrependimento e o
perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no
inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre,
sem regresso”. (CIC 1861)
Observar o roteiro de orientação para uma boa confissão
A Espiritualidade da Quaresma
Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às
liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a
esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).
(CIC 1438)
Privações Voluntárias
Jejum Eucarístico (CDC 919) – Regra geral:
p.1“Quem vai receber a Santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer
comida ou bebida, excetuando-se somente água e remédio no espaço de ao
menos uma hora antes da sagrada comunhão.”
p.3 “Pessoas idosas e enfermas, bem como as que cuidam delas, podem
receber a Santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na
hora que antecede.”
A Espiritualidade da Quaresma
Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às
liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a
esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).
(CIC 1438)
Privações Voluntárias
Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência
Cân. 1249 — Todos os fiéis, cada qual a seu modo, por lei divina têm
obrigação de fazer penitência; para que todos se unam entre si em alguma
observância comum de penitência, prescrevem-se os dias de penitência em
que os fiéis de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de
piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais
fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a
abstinência, segundo as normas dos cânones seguintes.
A Espiritualidade da Quaresma
Privações Voluntárias
Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência
Cân. 1250 — Os dias e tempos de penitência na Igreja universal são todas as
sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma.
Cân. 1251 — Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento
segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras
do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as
solenidades; a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-
feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Espiritualidade da Quaresma
Privações Voluntárias
Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência
Cân. 1252 — Estão obrigados à lei da abstinência os que completaram
catorze anos de idade; à lei do jejum estão sujeitos todos os maiores de
idade até terem começado os sessenta anos. Todavia os pastores de almas e
os pais procurem que, mesmo aqueles que, por motivo de idade menor não
estão obrigados à lei da abstinência e do jejum, sejam formados no sentido
genuíno da penitência.
Nota de rodapé do Código de Direito Canônico
Não se determina mais, no Código, em que consista o jejum. De acordo com a
tradição judaica anterior, trata-se de não tomar, mais que uma refeição completa,
permitindo-se porém, algum alimento outras duas vezes por dia. Pode-se seguir essa
norma, enquanto a Conferência Episcopal, não determinar algo diferente.
“Por determinação do Episcopado Brasileiro, nas sextas-feiras do ano
(inclusive as da Quaresma, exceto a sexta-feira santa) fica a abstinência
comutada, em outras formas de penitência, principalmente em obras de
caridade e exercícios de piedade.”
A Espiritualidade da Quaresma
Privações Voluntárias
Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência
Cân. 1253 — A Conferência episcopal pode determinar mais
pormenorizadamente a observância do jejum e da abstinência, e bem assim
substituir outras formas de penitência, sobretudo obras de caridade e
exercícios de piedade, no todo ou em parte, pela abstinência ou jejum.
Nota de rodapé do Código de Direito Canônico:
A Espiritualidade da Quaresma
Privações Voluntárias
Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência
O pecado é um ato da vontade humana e só pode ser destruído por um novo
ato da vontade que o revogue.
Desde então começou Jesus a pregar e a dizer: “Fazei penitência, porque está
próximo o Reino dos céus” (Mt 4,17)
“Rasgai os vossos corações e não os vossos vestidos, convertei-vos ao Senhor
vosso Deus, porque Ele é benigno e compassivo” (Jl 2,13).
A Espiritualidade da Quaresma
Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às
liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a
esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).
(CIC 1438)
Partilha Fraterna
“Partilhar é o verdadeiro modo de amar. Jesus não se dissocia de nós,
considera-nos irmãos e partilha conosco. E é assim que nos torna filhos,
juntamente com Ele, de Deus Pai. É esta a revelação e a fonte do verdadeiro
amor. E este é tempo da misericórdia”...“Não vos parece que no nosso tempo
temos necessidade de um suplemento de partilha fraterna e de amor? Não
vos parece que temos todos necessidade de um suplemento de caridade?
Não daquele que se contenta com uma ajuda ocasional que não nos
compromete, não nos põe em jogo, mas aquela caridade que compartilha,
que faz seu o problema e o sofrimento do irmão.” – Papa Francisco
Sobre a Liturgia
“Em cada forma de empenho pela liturgia o critério
determinante deve ser sempre o olhar dirigido para Deus.
Nós estamos diante de Deus:
Ele nos fala e nós falamos com Ele.
Quando nas reflexões sobre a liturgia nos perguntamos
como torná-la atraente, interessante e bela, o jogo já está
feito! Ou ela é opus Dei ( = obra de Deus ), tendo Deus
como sujeito específico, ou não é.
Neste contexto, peço-vos: realizai a sagrada liturgia tendo
o olhar em Deus na comunhão dos santos.”
(Bento XVI).
Sobre a Liturgia
“A liturgia não é um show, um teatro ou uma festa que
fazemos para o povo; a ação do Povo santo de Deus no seu
serviço ao Senhor; é espaço de Deus antes de ser espaço do
homem; é manifestação de Deus, do Deus vivo e santo!
...
Rito não se inventa do nada ou da nossa criatividade de
momento! Não existe rito de encomenda; de encomenda
existem as coreografias, que atrapalham, empanam,
vulgarizam e esvaziam a nobreza cheia de graça salvífica que o
rito traz em seu seio.”
Dom Henrique Soares da Costa,
Bispo Diocesano de Palmares/PE
Sobre a Liturgia
“O que torna a liturgia atraente não são nossas
invenções, mas unicamente a presença misteriosa e
salvífica do Deus santo, Mistério eterno e vivificante:
Ele nos cura, nos recentra, nos consola, nos corrige,
nos adverte, nos salva. Ele, o Senhor, presente e
soberanamente atuante nos gestos e palavras da
liturgia, não o celebrante, como se fosse um
animador de auditório!”
Dom Henrique Soares da Costa
Bispo Diocesano de Palmares/PE
Sobre a Liturgia
Como calcular o Ano Litúrgico?
O Ano Litúrgico passa por três ciclos, também chamado de anos A=Mateus, B=Marcos,
C=Lucas.
A cada ano tem uma sequência de leituras próprias.
Para saber de que ciclo é um determinado ano, parte-se deste princípio: o ano que é
múltiplo de 3 é do ciclo C.
Para saber se um número é múltiplo de 3, basta somar todos os algarismos, e se o
resultado for múltiplo de 3, o número também o é.
Exemplo:
2015: 2+0+1+5 = 8 (6 +2 = Ano B)
2016: 2+0+1+6 = 9 (múltiplo de 3 = Ano C)
2017: 2+0+1+7 = 10 (9+1 = Ano A)
A liturgia do Tempo da Quaresma
A quarta-feira de cinzas:
A imposição das cinzas é um convite a percorrer o tempo da Quaresma como uma
imersão mais consciente e mais intensa no mistério pascal de Jesus, mediante a
participação na Eucaristia e na vida de caridade.
A bênção e imposição das cinzas realiza-se dentro da Missa, depois da homilia,
embora em circunstâncias especiais se possa fazer dentro de uma celebração da
Palavra. As fórmulas de imposição das cinzas inspiram-se na Sagrada Escritura
(Gn 3, 19 e Mc 1, 15).
Se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra:
"matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à
mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as
palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de
que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da
conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras dominicais (Ano A)
As leituras do Antigo Testamento seguem sua própria linha, que não
tem uma relação direta com os evangelhos, como o resto do ano.
Uma linha importante para compreender a História da Salvação.
Os Evangelhos seguem também uma temática organizada e própria.
E as leituras que se fazem em segundo lugar, as apostólicas, estão
pensadas como complementares das anteriores.
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras dominicais (Ano A)
A primeira leitura tem neste tempo de Quaresma uma intenção
clara: apresentar os grandes temas da História da Salvação, para
preparar o grande acontecimento da Páscoa do Senhor:
- A criação e origem do mundo (primeiro domingo).
- Abraão, pai dos fiéis (segundo domingo).
- O Êxodo e Moisés (terceiro domingo).
- A história de Israel, centrada sobre tudo em Davi (quarto domingo).
- Os profetas e sua mensagem (quinto domingo).
- O Servo de Yahvé (domingo de Ramos).
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras dominicais (Ano A)
A leitura Evangélica tem também sua coerência independente ao longo das seis
semanas:
Primeiro domingo: o tema das tentações de Jesus no deserto, lidas em cada ciclo
segundo seu evangelista; o tema dos quarenta dias, o tema do combate espiritual.
Segundo domingo: a Transfiguração, lida também em cada ciclo segundo o
próprio evangelista; de novo o tema dos quarenta dias (Moisés, Elias, Cristo) e a
preparação pascal; a luta e a tentação levam a vida.
Terceiro domingo, quarto e quinto: apresentação dos temas catequéticos
da iniciação cristã: a água, a luz, a vida.
No Ciclo A: os grandes temas batismais de São João: a samaritana (água), o cego
(luz), Lázaro (vida).
Domingo de Ramos e da Paixão do senhor: a Paixão de Jesus, cada ano segundo
seu evangelista (reservando a Paixão de São João para a Sexta-feira Santa).
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras dominicais (Ano A)
A segunda leitura está pensada como complemento dos grandes
temas da História da Salvação e da preparação evangélica à
Páscoa. Temas espirituais, relativos ao processo de fé e conversão
e a concretização moral dos temas quaresmais: a fé, a esperança,
o amor, a vida espiritual, filhos da luz, etc.
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras feriais
O lecionário ferial de Quaresma foi construindo-se ao longo de
vários séculos e antes da reforma conciliar sempre foi o mais rico de
todo o ano litúrgico. Tem grande influência na vida espiritual
daqueles cristãos que acostumam a participar ativamente na
eucaristia diária.
O atual lecionário ferial da missa divide a Quaresma em duas partes:
por um lado, temos os dias que vão desde Quarta-feira de Cinzas
até sábado da III semana; e por outro, as feiras que discorrem desde
segunda-feira de IV semana até o começo do Tríduo Pascal.
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras feriais
Primeira parte da Quaresma
(Quarta-feira de Cinzas até na sábado de III semana)
As leituras vão apresentando, positivamente, as atitudes fundamentais do viver
cristão e, negativamente, a reforma dos defeitos que obscurecem nosso
seguimento de Jesus.
Ambas as leituras revistam ter unidade temática bastante marcada, que insiste em
temas como a conversão, o sentido do tempo quaresmal, o amor ao próximo, a
oração, a intercessão da Igreja pelos pecadores, o exame de conscientiza, etc.
As leituras costumam ser relativas à paixão e à conversão.
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras feriais
A segunda parte da Quaresma
(a partir da Segunda-feira da IV semana até o Tríduo Pascal),
Oferece-se uma leitura contínua do evangelho segundo São João, escolhendo
sobre tudo os fragmentos nos que se propõe a oposição crescente entre Jesus e
os “judeus”.
Esta meditação do Senhor enfrentando-se com o mal, personalizado por São João
nos “judeus”, está chamada a fortalecer a luta quaresmal não só em uma linha
ascética, mas também principalmente no contexto da comunhão com Cristo, o
único vencedor absoluto do mal.
A liturgia do Tempo da Quaresma
As leituras feriais
A segunda parte da Quaresma
(a partir da Segunda-feira da IV semana até o Tríduo Pascal),
Nestas feiras, as leituras não estão tão ligadas tematicamente uma em relação à
outra, mas sim apresentam, de maneira independente, por um lado a figura do
Servo do Senhor ou de outro personagem (Jeremias especialmente), que deve ser
como imagem e profecia do Salvador crucificado; e, por outro, o desenvolvimento
da trama que culminará na morte e vitória de Cristo.
A partir da segunda-feira da semana IV aparece um tema possivelmente não
muito conhecido: o conjunto dinâmico que, partindo das “obras” e “palavras” do
Senhor Jesus, chega até o acontecimento de sua “hora”.
A liturgia do Tempo da Quaresma
Normas Litúrgicas - com respeito ao conjunto das celebrações.
Omite-se sempre o “Aleluia” em toda celebração.
Manda-se suprimir os adornos e flores da igreja, exceto o IV Domingo. (Domingo
da alegria em nosso caminho para a Páscoa). Igualmente se suprime a música de
instrumentos (exceto o IV Domingo), a não ser que sejam indispensáveis para
acompanhar algum canto.
As mesmas expressões de austeridade em flores e música se terão no altar da
reserva eucarística e nas celebrações extralitúrgicas, e nas manifestações de
piedade popular
.
A liturgia do Tempo da Quaresma
Normas Litúrgicas - com respeito às celebrações da eucaristia
Exceto nos domingos e nas solenidades e festas que têm prefácio
próprio, cada dia se diz qualquer dos cinco prefácios de Quaresma.
Os domingos se omite o hino do “Glória”. Este hino, diz-se apenas
nas solenidades e festas.
Antes da proclamação do evangelho, tanto nas missas do domingo
como nas solenidades, festas e feiras, o canto do “Aleluia” se
substitui por alguma outra aclamação a Cristo.
oração sobre as ofertas e depois da comunhão).
A liturgia do Tempo da Quaresma
Normas Litúrgicas - com respeito às celebrações da eucaristia
Nos domingos não se pode celebrar nenhuma outra missa que não
seja a do dia.
Nas feiras, assinaladas no Calendário Litúrgico com a letra (D), existe
a possibilidade de celebrar alguma missa distinta da do dia.
Se nas feiras se faz a memória de algum santo, se substitui a coleta
ferial pela do santo. Outros elementos devem ser feriais (inclusive a
8 – Preparação do Círio Pascal
A liturgia do Tempo da Quaresma
Não trataremos nesse encontro:
1– Textos Eucológicos (conjunto de orações de um livro litúrgico ou
de uma celebração).
2- Ato Penitencial da Missa
3 - Oração dos fiéis
4- Preces Eucarísticas
5– Introdução (polêmica) do Pai Nosso
6 – Bênção Solene sobre o povo
7 – Cantos

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  • 1.
  • 2. Tempo Litúrgico da Quaresma O Tempo da Quaresma não está fechado em si mesmo, ou é um tempo “forte” por si mesmo, ou ainda, importante em si mesmo. É um tempo de preparação para o que entendemos como o centro da vida e fé cristã: a Páscoa. Essa preparação encerra dois aspectos: contemplar a Páscoa do Senhor e nos incorporar ao Mistério Pascal. Por isso, podemos também dizer a Quaresma é o tempo para experimentar espiritualmente a dinâmica da morte para a Vida: morrer para o pecado e ressuscitar, com Cristo, para a verdadeira vida.
  • 3. Tempo Litúrgico da Quaresma “Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto.” Jo 12,24 Tradução: Bíblia de Jerusalém
  • 4. Qual a origem do Tempo da Quaresma “Todos os anos, pelos quarenta dias da Grande Quaresma, a Igreja une-se ao mistério de Jesus no deserto” (CIC 540) A palavra quaresma era, antigamente, um simples adjetivo em latim que se encontrava no início de uma frase e passou a denominar um período todo do ano litúrgico. “Quadragésima die Christus pro nobis tradétur” “Em quarenta dias Cristo será entregue por nós, para nossa salvação.”
  • 5. Qual a origem do Tempo da Quaresma O termo Quaresma, portanto, vem da expressão do latim, Quadragésima die, e tem origem no ano 350 d.C., quando a Igreja decidiu aumentar o tempo de preparação para a Páscoa, que era de três dias, que permaneceram como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: quinta feira santa, sexta feira santa e sábado santo. Por isso alguns ainda entendem que o tempo quaresmal dura até a imediatamente antes da Missa Vespertina ‘in Coena Domini’ (quinta-feira Santa). Trataremos desse tema adiante
  • 6. Qual a origem do Tempo da Quaresma O número quarenta é bastante significativo dentro das Sagradas Escrituras, vejamos: • O dilúvio teve a duração de quarenta dias e quarenta noites e foi a preparação para uma nova humanidade, purificada pelas águas. (Gn 7,4.12) • Durante quarenta anos o povo hebreu caminhou pelo deserto rumo à terra prometida, tendo atravessado o mar vermelho. (Nm 14,33; 32,13; Dt 8,2; 29,4, etc) • Antes de receber o perdão de Deus, os habitantes da cidade de Nínive fizeram penitência por quarenta dias. (Jn 3,4)
  • 7. Qual a origem do Tempo da Quaresma Continuando... • O profeta Elias caminhou quarenta dias e quarenta noites para chegar à montanha de Deus (Horeb). (1Rs 19,8) • Preparando-se para cumprir sua missão entre os homens, Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Moisés havia feito o mesmo. (Mt 4,2; Mc 1,12; Lc 4,2) • A Ascenção de Jesus aconteceu quarenta dias após a Ressurreição (At 1,3) • Os povos antigos atribuíam ao número quarenta diversos significados. (Inclusive nas atividades de natureza agrícola)
  • 8. Quando começa e quando termina? De modo geral, apontar o início e o fim dos Tempos Litúrgicos não requer um grande esforço. Todavia, por variar de data, ano a ano, o Tempo da Quaresma, a Semana Santa, a Páscoa, e dos Domingos da Páscoa, são um pouco mais difíceis. Vamos relembrar o calendário litúrgico (a partir da Solenidade de Nossa Senhora Mãe de Deus até a Quaresma) nos últimos anos, na imagem que segue, antes de apontar os elementos que indicam o início e o fim da Quaresma.
  • 9. 01 de janeiro Início do Ano Civil Solenidade da Santa Mãe de Deus Primeiro domingo entre os dias 02 e 08 de janeiro (Brasil) Solenidade da Epifania do Senhor Dia seguinte da Epifania do Senhor Batismo do Senhor Segundo Domingo do Tempo Comum 14 de Janeiro ... Sexto Domingo do Tempo Comum 11 de Fevereiro Quarta-feira de Cinzas 14 de Fevereiro
  • 10. 2017 01 de janeiro Início do Ano Civil Solenidade da Santa Mãe de Deus Primeiro domingo entre os dias 02 e 08 de janeiro (Brasil) Solenidade da Epifania do Senhor (08) Dia seguinte da Epifania do Senhor Batismo do Senhor (09) Segundo Domingo do Tempo Comum (15 de janeiro) ... Oitavo Domingo do Tempo Comum (26 de fevereiro) Quarta-feira de Cinzas 2016 01 de janeiro Início do Ano Civil Solenidade da Santa Mãe de Deus Primeiro domingo entre os dias 02 e 08 de janeiro (Brasil) Solenidade da Epifania do Senhor (03) Dia seguinte da Epifania do Senhor Batismo do Senhor (04) Segundo Domingo do Tempo Comum (10 de janeiro) ... Quinto Domingo do Tempo Comum (07 de fevereiro) Quarta-feira de Cinzas 2015 01 de janeiro Início do Ano Civil Solenidade da Santa Mãe de Deus (01 de março) (18 de fevereiro) Primeiro domingo entre os dias 02 e 08 de janeiro (Brasil) Solenidade da Epifania do Senhor (04) Dia seguinte da Epifania do Senhor Batismo do Senhor (05) Segundo Domingo do Tempo Comum (11 de janeiro) ... Sexto Domingo do Tempo Comum (15 de fevereiro) Quarta-feira de Cinzas
  • 11. Quando começa e quando termina? A Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo (Quinto Domingo da Quaresma) que antecede o Domingo de Ramos e da Paixão, mas a data deve ser calculada a partir da Páscoa. “No Concílio de Nicéia (em 325 d.C), todas as Igrejas chegaram a um acordo de que a páscoa cristã fosse celebrada no domingo que segue a lua cheia (14 Nisan) depois do equinócio de primavera. Por causa dos diversos métodos utilizados para calcular o dia 14 do mês de Nisan, o dia da Páscoa nem sempre ocorre simultaneamente nas Igrejas ocidentais e orientais...” CIC 1170
  • 12. Quando começa e quando termina? Distribuição das datas da Páscoa para um período completo de 5.700.000 anos. Tábua medieval da Escandinávia, em escrita rúnica, para cálculo da data da Páscoa.
  • 13. Quando começa e quando termina? O Concílio de Nicéa (325 d.C.), fixou a data da Páscoa no primeiro domingo após a primeira Lua Cheia da Primavera no hemisfério Norte. Convém, ainda, notar o seguinte: - A data da Páscoa nunca pode ocorrer antes de 22 de Março nem depois de 25 de Abril. Se o cálculo (no slide seguinte) ultrapassar este último limite, passa para o domingo anterior . - O dia de Carnaval, sempre à terça-feira, é 47 dias antes da Páscoa. - O Dia da Ascensão, numa quinta-feira, 39 dias depois. - O Domingo de Pentecostes, 49 dias depois. - O Corpo de Deus, numa quinta-feira, 60 dias depois. - Os anos múltiplos de 100 não são bissextos, exceto se forem também múltiplos de 400.
  • 14. 2400 a 2499 25 1 de Abril. Quando começa e quando termina? Método criado pelo matemático Gauss (1777-1855), para descobrir o Dia da Páscoa: 1) Definem-se 5 valores, tendo em conta que MOD (x,y) significa o resto da divisão de x/y: • a = MOD (ANO,19) • b = MOD (ANO,4) • c = MOD (ANO,7) • d = MOD [(19 a + M), 30] • e = MOD [(2 b + 4 c + 6 d + N), 7] 2) Os valores de M e N são dados pela seguinte tabela: 3) Operações: 1)Calcula-se o valor de P dado por P= 22 + d + e se P for inferior ou igual a 31, a Páscoa será no dia P de Março. Mas se P for maior que 31, então 2) calcula-se P'= d + e - 9 e a Páscoa será no dia P' de Abril. Mas, se P' for superior a 25, então 3)calcula-se P'' = P' - 7 e a Páscoa será a P'' de Abril, já que não pode ser celebrada em data ANO M N 1582 a 1699 22 2 1700 a 1799 23 3 1800 a 1899 23 4 1900 a 1999 24 5 2000 a 2099 24 5 2100 a 2199 24 6 2200 a 2299 25 0 2300 a 2399 26 1
  • 15. Quando começa e quando termina? A data da Páscoa corresponde ao primeiro domingo após a primeira Lua Cheia da Norte. Primavera no (Outono no hemisfério hemisfério Sul) Nunca pode ocorrer antes de 22 de Março nem depois de 25 de Abril. O dia de Carnaval, sempre à terça- feira, é 47 dias antes da Páscoa. Folheto da Solenidade da Epifania do Senhor
  • 16. Proclamação das Solenidades Móveis Folheto da Solenidade da Epifania do Senhor
  • 17. Quando começa e quando termina? Começa: 46 dias antes da Páscoa ou 46 dias do primeiro domingo após a primeira Lua Cheia da Primavera no hemisfério Norte. Termina: Sábado posterior ao Quinto Domingo da Quaresma, que antecede o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor (40º dia). Obs.: Antes do ano 350 d.C., o tempo de preparação para a Páscoa, era de três dias, que permaneceram como o Tríduo Sagrado da Semana Santa: quinta feira santa, sexta feira santa e sábado santo.
  • 18. A Espiritualidade da Quaresma “Os tempos e os dias de penitência ao longo do ano litúrgico (tempo da quaresma, cada sexta-feira em memória da morte do senhor – CDC 1250) são momentos fortes da prática penitencial da Igreja. (SC 109-110). Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias).” CIC 1438
  • 19. Relembrando o slide nº 2 antes de continuar... “O Tempo da Quaresma não está fechado em si mesmo, ou é um tempo “forte” por si mesmo, ou ainda, importante em si mesmo. É um tempo de preparação para o que entendemos como o centro da vida e fé cristã: a Páscoa. Essa preparação encerra dois aspectos: contemplar a Páscoa do Senhor e nos incorporar ao Mistério Pascal. Por isso, podemos também dizer a Quaresma é o tempo para experimentar espiritualmente a dinâmica da morte para a Vida: morrer para o pecado e ressuscitar, com Cristo, para a verdadeira vida.”
  • 20. A Espiritualidade da Quaresma Contemplar a Páscoa do Senhor. Refletir profundamente; pensar ou meditar Nos incorporar ao Mistério Pascal. Nos tornar parte do... e/ou Tomar parte do... Momentos forte da prática penitencial da Igreja. Aquilo que se faz para remissão dos próprios pecados (individual e coletivo) voluntárias, como o jejum e a esmola, fraterna (obras de caridade e missionárias). à partilha Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações
  • 21. A Espiritualidade da Quaresma Morrer para o pecado e ressuscitar, COM CRISTO, para a verdadeira vida.
  • 22. A Espiritualidade da Quaresma Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias). (CIC 1438) Exercícios Espirituais “Entende-se, por Exercícios Espirituais, qualquer modo de examinar a consciência, meditar, contemplar, orar vocal ou mentalmente e outras atividades espirituais” (Inácio de Loyola), geralmente utilizando um texto bíblico ou a Mensagem do Santo Padre para o Tempo da Quaresma (no caso), para se alcançar o objetivo desejado: Morrer para o pecado e ressuscitar, COM CRISTO, para a verdadeira vida.
  • 23. A Espiritualidade da Quaresma Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias). (CIC 1438) Liturgias Penitenciais “Na tradição cristã, ela (liturgia) quer significar que o povo de Deus toma parte na ‘obra de Deus’ (João 7,4). Pela liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, na obra de nossa redenção.” (CIC 1069) Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão “aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. (CIC 1488)
  • 24. A Espiritualidade da Quaresma Liturgias Penitenciais Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão “aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. (CIC 1488) Pecados graves ou mortais: matam a vida da graça em nossa alma, expulsam Deus do nosso coração, perde-se o “estado de graça”. É uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e sua bem-aventurança, preferindo um bem inferior. Fere principalmente os 10 Mandamentos, que são a base da Moral católica, conforme a resposta de Jesus ao jovem rico: “Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não fraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe” (Mc 10,19). Três condições : tem como objeto uma matéria grave, é cometido com plena consciência e deliberadamente”(CIC, 1857). A gravidade dos pecados é maior ou menor: um assassinato é mais grave que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas é levada também em consideração. A violência contra os contra os pais é mais grave que contra um estranho.
  • 25. A Espiritualidade da Quaresma Liturgias Penitenciais Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão “aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. (CIC 1488) Pecados veniais: “Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna” (Reconciliatio et Poenitentia,17). Não chega a quebrar a aliança com Deus, porém são também muito prejudiciais à vida espiritual da pessoa (CIC 1863). Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento. Quando acontece uma falta, mas que não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, tais pecados são veniais, mas enfraquece a caridade; mostra uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral.
  • 26. A Espiritualidade da Quaresma Liturgias Penitenciais Elas não substituem o Sacramento da Reconciliação/Confissão “aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro”. (CIC 1488) “se o estado de graça não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso”. (CIC 1861) Observar o roteiro de orientação para uma boa confissão
  • 27. A Espiritualidade da Quaresma Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias). (CIC 1438) Privações Voluntárias Jejum Eucarístico (CDC 919) – Regra geral: p.1“Quem vai receber a Santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excetuando-se somente água e remédio no espaço de ao menos uma hora antes da sagrada comunhão.” p.3 “Pessoas idosas e enfermas, bem como as que cuidam delas, podem receber a Santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede.”
  • 28. A Espiritualidade da Quaresma Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias). (CIC 1438) Privações Voluntárias Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência Cân. 1249 — Todos os fiéis, cada qual a seu modo, por lei divina têm obrigação de fazer penitência; para que todos se unam entre si em alguma observância comum de penitência, prescrevem-se os dias de penitência em que os fiéis de modo especial se dediquem à oração, exercitem obras de piedade e de caridade, se abneguem a si mesmos, cumprindo mais fielmente as próprias obrigações e sobretudo observando o jejum e a abstinência, segundo as normas dos cânones seguintes.
  • 29. A Espiritualidade da Quaresma Privações Voluntárias Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência Cân. 1250 — Os dias e tempos de penitência na Igreja universal são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma. Cân. 1251 — Guarde-se a abstinência de carne ou de outro alimento segundo as determinações da Conferência episcopal, todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta- feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
  • 30. A Espiritualidade da Quaresma Privações Voluntárias Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência Cân. 1252 — Estão obrigados à lei da abstinência os que completaram catorze anos de idade; à lei do jejum estão sujeitos todos os maiores de idade até terem começado os sessenta anos. Todavia os pastores de almas e os pais procurem que, mesmo aqueles que, por motivo de idade menor não estão obrigados à lei da abstinência e do jejum, sejam formados no sentido genuíno da penitência. Nota de rodapé do Código de Direito Canônico Não se determina mais, no Código, em que consista o jejum. De acordo com a tradição judaica anterior, trata-se de não tomar, mais que uma refeição completa, permitindo-se porém, algum alimento outras duas vezes por dia. Pode-se seguir essa norma, enquanto a Conferência Episcopal, não determinar algo diferente.
  • 31. “Por determinação do Episcopado Brasileiro, nas sextas-feiras do ano (inclusive as da Quaresma, exceto a sexta-feira santa) fica a abstinência comutada, em outras formas de penitência, principalmente em obras de caridade e exercícios de piedade.” A Espiritualidade da Quaresma Privações Voluntárias Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência Cân. 1253 — A Conferência episcopal pode determinar mais pormenorizadamente a observância do jejum e da abstinência, e bem assim substituir outras formas de penitência, sobretudo obras de caridade e exercícios de piedade, no todo ou em parte, pela abstinência ou jejum. Nota de rodapé do Código de Direito Canônico:
  • 32. A Espiritualidade da Quaresma Privações Voluntárias Jejum Penitencial (CDC 1249-1253) – Dos Dias de Penitência O pecado é um ato da vontade humana e só pode ser destruído por um novo ato da vontade que o revogue. Desde então começou Jesus a pregar e a dizer: “Fazei penitência, porque está próximo o Reino dos céus” (Mt 4,17) “Rasgai os vossos corações e não os vossos vestidos, convertei-vos ao Senhor vosso Deus, porque Ele é benigno e compassivo” (Jl 2,13).
  • 33. A Espiritualidade da Quaresma Tempo particularmente apropriado aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às privações voluntárias, como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias). (CIC 1438) Partilha Fraterna “Partilhar é o verdadeiro modo de amar. Jesus não se dissocia de nós, considera-nos irmãos e partilha conosco. E é assim que nos torna filhos, juntamente com Ele, de Deus Pai. É esta a revelação e a fonte do verdadeiro amor. E este é tempo da misericórdia”...“Não vos parece que no nosso tempo temos necessidade de um suplemento de partilha fraterna e de amor? Não vos parece que temos todos necessidade de um suplemento de caridade? Não daquele que se contenta com uma ajuda ocasional que não nos compromete, não nos põe em jogo, mas aquela caridade que compartilha, que faz seu o problema e o sofrimento do irmão.” – Papa Francisco
  • 34. Sobre a Liturgia “Em cada forma de empenho pela liturgia o critério determinante deve ser sempre o olhar dirigido para Deus. Nós estamos diante de Deus: Ele nos fala e nós falamos com Ele. Quando nas reflexões sobre a liturgia nos perguntamos como torná-la atraente, interessante e bela, o jogo já está feito! Ou ela é opus Dei ( = obra de Deus ), tendo Deus como sujeito específico, ou não é. Neste contexto, peço-vos: realizai a sagrada liturgia tendo o olhar em Deus na comunhão dos santos.” (Bento XVI).
  • 35. Sobre a Liturgia “A liturgia não é um show, um teatro ou uma festa que fazemos para o povo; a ação do Povo santo de Deus no seu serviço ao Senhor; é espaço de Deus antes de ser espaço do homem; é manifestação de Deus, do Deus vivo e santo! ... Rito não se inventa do nada ou da nossa criatividade de momento! Não existe rito de encomenda; de encomenda existem as coreografias, que atrapalham, empanam, vulgarizam e esvaziam a nobreza cheia de graça salvífica que o rito traz em seu seio.” Dom Henrique Soares da Costa, Bispo Diocesano de Palmares/PE
  • 36. Sobre a Liturgia “O que torna a liturgia atraente não são nossas invenções, mas unicamente a presença misteriosa e salvífica do Deus santo, Mistério eterno e vivificante: Ele nos cura, nos recentra, nos consola, nos corrige, nos adverte, nos salva. Ele, o Senhor, presente e soberanamente atuante nos gestos e palavras da liturgia, não o celebrante, como se fosse um animador de auditório!” Dom Henrique Soares da Costa Bispo Diocesano de Palmares/PE
  • 37. Sobre a Liturgia Como calcular o Ano Litúrgico? O Ano Litúrgico passa por três ciclos, também chamado de anos A=Mateus, B=Marcos, C=Lucas. A cada ano tem uma sequência de leituras próprias. Para saber de que ciclo é um determinado ano, parte-se deste princípio: o ano que é múltiplo de 3 é do ciclo C. Para saber se um número é múltiplo de 3, basta somar todos os algarismos, e se o resultado for múltiplo de 3, o número também o é. Exemplo: 2015: 2+0+1+5 = 8 (6 +2 = Ano B) 2016: 2+0+1+6 = 9 (múltiplo de 3 = Ano C) 2017: 2+0+1+7 = 10 (9+1 = Ano A)
  • 38. A liturgia do Tempo da Quaresma A quarta-feira de cinzas: A imposição das cinzas é um convite a percorrer o tempo da Quaresma como uma imersão mais consciente e mais intensa no mistério pascal de Jesus, mediante a participação na Eucaristia e na vida de caridade. A bênção e imposição das cinzas realiza-se dentro da Missa, depois da homilia, embora em circunstâncias especiais se possa fazer dentro de uma celebração da Palavra. As fórmulas de imposição das cinzas inspiram-se na Sagrada Escritura (Gn 3, 19 e Mc 1, 15). Se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: "matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida
  • 39. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras dominicais (Ano A) As leituras do Antigo Testamento seguem sua própria linha, que não tem uma relação direta com os evangelhos, como o resto do ano. Uma linha importante para compreender a História da Salvação. Os Evangelhos seguem também uma temática organizada e própria. E as leituras que se fazem em segundo lugar, as apostólicas, estão pensadas como complementares das anteriores.
  • 40. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras dominicais (Ano A) A primeira leitura tem neste tempo de Quaresma uma intenção clara: apresentar os grandes temas da História da Salvação, para preparar o grande acontecimento da Páscoa do Senhor: - A criação e origem do mundo (primeiro domingo). - Abraão, pai dos fiéis (segundo domingo). - O Êxodo e Moisés (terceiro domingo). - A história de Israel, centrada sobre tudo em Davi (quarto domingo). - Os profetas e sua mensagem (quinto domingo). - O Servo de Yahvé (domingo de Ramos).
  • 41. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras dominicais (Ano A) A leitura Evangélica tem também sua coerência independente ao longo das seis semanas: Primeiro domingo: o tema das tentações de Jesus no deserto, lidas em cada ciclo segundo seu evangelista; o tema dos quarenta dias, o tema do combate espiritual. Segundo domingo: a Transfiguração, lida também em cada ciclo segundo o próprio evangelista; de novo o tema dos quarenta dias (Moisés, Elias, Cristo) e a preparação pascal; a luta e a tentação levam a vida. Terceiro domingo, quarto e quinto: apresentação dos temas catequéticos da iniciação cristã: a água, a luz, a vida. No Ciclo A: os grandes temas batismais de São João: a samaritana (água), o cego (luz), Lázaro (vida). Domingo de Ramos e da Paixão do senhor: a Paixão de Jesus, cada ano segundo seu evangelista (reservando a Paixão de São João para a Sexta-feira Santa).
  • 42. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras dominicais (Ano A) A segunda leitura está pensada como complemento dos grandes temas da História da Salvação e da preparação evangélica à Páscoa. Temas espirituais, relativos ao processo de fé e conversão e a concretização moral dos temas quaresmais: a fé, a esperança, o amor, a vida espiritual, filhos da luz, etc.
  • 43. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras feriais O lecionário ferial de Quaresma foi construindo-se ao longo de vários séculos e antes da reforma conciliar sempre foi o mais rico de todo o ano litúrgico. Tem grande influência na vida espiritual daqueles cristãos que acostumam a participar ativamente na eucaristia diária. O atual lecionário ferial da missa divide a Quaresma em duas partes: por um lado, temos os dias que vão desde Quarta-feira de Cinzas até sábado da III semana; e por outro, as feiras que discorrem desde segunda-feira de IV semana até o começo do Tríduo Pascal.
  • 44. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras feriais Primeira parte da Quaresma (Quarta-feira de Cinzas até na sábado de III semana) As leituras vão apresentando, positivamente, as atitudes fundamentais do viver cristão e, negativamente, a reforma dos defeitos que obscurecem nosso seguimento de Jesus. Ambas as leituras revistam ter unidade temática bastante marcada, que insiste em temas como a conversão, o sentido do tempo quaresmal, o amor ao próximo, a oração, a intercessão da Igreja pelos pecadores, o exame de conscientiza, etc. As leituras costumam ser relativas à paixão e à conversão.
  • 45. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras feriais A segunda parte da Quaresma (a partir da Segunda-feira da IV semana até o Tríduo Pascal), Oferece-se uma leitura contínua do evangelho segundo São João, escolhendo sobre tudo os fragmentos nos que se propõe a oposição crescente entre Jesus e os “judeus”. Esta meditação do Senhor enfrentando-se com o mal, personalizado por São João nos “judeus”, está chamada a fortalecer a luta quaresmal não só em uma linha ascética, mas também principalmente no contexto da comunhão com Cristo, o único vencedor absoluto do mal.
  • 46. A liturgia do Tempo da Quaresma As leituras feriais A segunda parte da Quaresma (a partir da Segunda-feira da IV semana até o Tríduo Pascal), Nestas feiras, as leituras não estão tão ligadas tematicamente uma em relação à outra, mas sim apresentam, de maneira independente, por um lado a figura do Servo do Senhor ou de outro personagem (Jeremias especialmente), que deve ser como imagem e profecia do Salvador crucificado; e, por outro, o desenvolvimento da trama que culminará na morte e vitória de Cristo. A partir da segunda-feira da semana IV aparece um tema possivelmente não muito conhecido: o conjunto dinâmico que, partindo das “obras” e “palavras” do Senhor Jesus, chega até o acontecimento de sua “hora”.
  • 47. A liturgia do Tempo da Quaresma Normas Litúrgicas - com respeito ao conjunto das celebrações. Omite-se sempre o “Aleluia” em toda celebração. Manda-se suprimir os adornos e flores da igreja, exceto o IV Domingo. (Domingo da alegria em nosso caminho para a Páscoa). Igualmente se suprime a música de instrumentos (exceto o IV Domingo), a não ser que sejam indispensáveis para acompanhar algum canto. As mesmas expressões de austeridade em flores e música se terão no altar da reserva eucarística e nas celebrações extralitúrgicas, e nas manifestações de piedade popular .
  • 48. A liturgia do Tempo da Quaresma Normas Litúrgicas - com respeito às celebrações da eucaristia Exceto nos domingos e nas solenidades e festas que têm prefácio próprio, cada dia se diz qualquer dos cinco prefácios de Quaresma. Os domingos se omite o hino do “Glória”. Este hino, diz-se apenas nas solenidades e festas. Antes da proclamação do evangelho, tanto nas missas do domingo como nas solenidades, festas e feiras, o canto do “Aleluia” se substitui por alguma outra aclamação a Cristo.
  • 49. oração sobre as ofertas e depois da comunhão). A liturgia do Tempo da Quaresma Normas Litúrgicas - com respeito às celebrações da eucaristia Nos domingos não se pode celebrar nenhuma outra missa que não seja a do dia. Nas feiras, assinaladas no Calendário Litúrgico com a letra (D), existe a possibilidade de celebrar alguma missa distinta da do dia. Se nas feiras se faz a memória de algum santo, se substitui a coleta ferial pela do santo. Outros elementos devem ser feriais (inclusive a
  • 50. 8 – Preparação do Círio Pascal A liturgia do Tempo da Quaresma Não trataremos nesse encontro: 1– Textos Eucológicos (conjunto de orações de um livro litúrgico ou de uma celebração). 2- Ato Penitencial da Missa 3 - Oração dos fiéis 4- Preces Eucarísticas 5– Introdução (polêmica) do Pai Nosso 6 – Bênção Solene sobre o povo 7 – Cantos