O documento fornece informações sobre a Dinamarca, incluindo sua localização, população, principais cidades e breve histórico. Resume a fundação de Copenhague no século XII e seu desenvolvimento como capital do país. Também descreve alguns dos principais palácios reais e edifícios governamentais da cidade, como o Palácio de Christianborg, sede do parlamento dinamarquês.
1. Escandinávia
Dinamarca
Guia Mauro Friedrich
Dezembro de 2010
maurofriedrich@gmail.com
2. Área territorial: 43 mil Principais cidades:
km2 (península da Jutlândia, na
fronteira norte com a Alemanha, ilhas Copenhague (Kobe Haun, “ porto
de Finn, Zelândia, Borhnholm – no dos mercadores”) – Capital do país –
meio do mar Báltico e outras 406 ilhas 2,7 milhões de habitantes (2009) na
menores, das quais apenas 98 são área metropolitana.
habitadas).
População: 5,2 milhões de Arhus (cidade industrial) – 2ª. Maior
habitantes. cidade do país – 450 mil habitantes.
Regime de governo:
Monarquia Constitucional – Rainha Odense – 3ª. maior cidade - 280
Margarete II (desde 1972) mil habitantes
Aalborg – 4ª. Maior cidade – 160
mil habitantes.
Roskild (antiga capital da
Dinamarca) – 5ª. Maior cidade - 54
mil habitantes (2004)
Dinamarca
4. Os dinamarqueses são descendentes diretos dos
Vikings e até o século X eram politeístas, mas
por imposição do Rei Haroldo Dente Azul , entre
960 e 980, adotaram o cristianismo.
O Luteranismo (oriundo da reforma religiosa
liderada pelo monge alemão Martim Lutero) é a
religião oficial do estado desde 1536. Cerca de
92% dos dinamarqueses se apresentam como
luteranos, porém a prática da religião não é
muito incentivada na população.
Cerca de 50% da população de Copenhague
trabalha para o governo.
Os impostos sobre a renda anual dos
dinamarqueses são de 31 a 38% em média (um
das mais altas taxações fiscais do mundo).
Dinamarca
5. POVOS VIKINGS
Os povos vikings habitaram a Escandinávia entre
o ano 400 e 1000 DC. Eram agricultores,
nômades e de grande coragem. Na Idade Média
fizeram muitas conquistas de cidades na Europa,
sendo considerados “bárbaros terríveis”. Sua
maior vantagem nas batalhas era o domínio da
arte de construção de embarcações ligeiras e de
navegação.
A imagem popular dos vikings com capacetes de
chifres surgiu com a obra operística de Richard
Wagner (Leipzig 1813 – Veneza 1883),
Tetralogia, libreto de 4 óperas baseadas em
lendas escandinávas. Na obra “ As Valquírias”
(1852-1856), Wagner que era adepto do teatro
místico, resolve colocar em cena vikings com
capacetes com enormes chifres (que
historicamente não existiam), marcando para
sempre a imagem e o ícone dos vikings.
Dinamarca
6. A Dinamarca tem suas Histórico
origens na pré-
história, sendo
também considerada Séculos VII e VIII – o território da
uma das mais antigas Escandinava descongelou-se.
monarquias do
mundo.
Século VII – Data de sua fortaleza
mais antiga e da origem do alfabeto
Em vários momentos
de sua história, rúnico, usado pelos Vikings.
dominou territórios da
Inglaterra, Noruega, 980 – O rei Haroldo Dente Azul
Suécia e Islândia e
(foto) unifica o reino da Dinamarca.
parte de territórios na
atual Alemanha.
1157 – O Bispo Absalão , meio-
O país está localizado irmão do rei Waldemar, o Grande,
na entrada do Mar recebe a posse das terras da cidade
Báltico, acessível por de Copenhague, e constrói ali uma
navegação maritima
fortaleza, fundando a cidade em
apenas por 3 estreitos
dinamarqueses. 1167.
Dinamarca
7. A Dinamarca dominou Histórico
politicamente a
Noruega e a Suécia por 1397 a 1814 - A “União de Kalmar” unificou
mais de 4 séculos, o sob um só reinado a Dinamarca, a Noruega
que explica em parte a e a Suécia (por algum tempo). Desta
semelhança dos forma os povos escandinavos conseguiram
idiomas dinamarquês, se fortalecer frente aos comerciantes
norueguês e sueco, alemães da Liga Hanseática, nas rotas
comerciais do mar Báltico.
embora sejam línguas
diferentes entre si.
1492 – 1500 – Com a descoberta de novas
rotas marítimas, feitas por portugueses e
A Noruega, entre os 3 espanhóis, as rotas do Báltico vão
países, foi o que perdendo a sua importância econômica e
conquistou sua política. É a era das Grandes Descobertas.
independência plena
somente em 1905, já no
século XX.
A Dinamarca teve
colônias em ilhas e até
mesmo em lugares da
Ásia, que lhe permitiu
um bom acúmulo de
riquezas.
Dinamarca
8. Os monarcas escandinavos mais destacados:
950 – 985 – Haroldo Dente Azul, rei viking que unificou os povos escandinávos e os
cristianizou (a força de espada).
1157 – 1182 – Waldemar I, o Grande (1131 a 1182), entregou as terras de
Copenhague a seu meio irmão o Bispo Absalão, que fundou a cidade, atual capital do
país.
1375 -1412 – Rainha Margarete I (1353 a 1412) (foto), filha do rei Waldemar IV,
casou-se aos dez anos de idade , em 1363, com o rei da Noruega, Haakon VI,
assumindo o trono em 1375 e unificando os 3 reinos escandinavos. Foi a
introdutora da União de Kalmar em 1397 que durou até 1814, pacto que uniu os 3
países sob o mesmo reinado. Foi dela a iniciativa de trocar o Latim pela língua
dinamarquesa para uso dos textos administrativos do seu governo.
1412 – Eric da Pomerânia, príncipe alemão que era rei também da Dinamarca desde
1396 até 1412 junto com a rainha (sua tia-avó), sucede Margarete I no trono como
o primeiro rei da União de Kalmar e transfere a capital da Dinamarca de Roskild para
Copenhague em 1416. Em 1429, o rei Eric implanta postos de coleta de impostos
dos navios que entravam no Mar Báltico pelo estreito de Helsingfor, gerando uma
substanciosa fonte de receitas para a Dinamarca (que durou até 1857).
1588 – 1648 – Cristiano IV, filho e sucessor do rei Frederico II, incentivador de
grandes obras nas cidades da Dinamarca e Noruega, no estilo renascentista. Oslo foi
renomeada em sua homenagem, como Christiania entre 1624 e 1924, quando voltou
ao nome original. Assumiu o trono aos 11 anos de idade (1588) e reinou por 60
anos, tornando-se o soberano que mais tempo ficou no poder na Dinamarca.
Dinamarca
9. O rei Cristiano IV (1588 – 1648) governou a Dinamarca e
Noruega, quando empenhou-se financeiramente em
construir grandes prédios e palácios renascentistas em
Copenhague (como o antigo prédio da Bolsa de
Mercadorias –foto – e o Christianborg, atual palácio do
parlamento da Dinamarca) e em Oslo (que na época teve
seu nome mudado para Cristiania, em homenagem ao rei).
Assumiu o trono quando o país se recuperava da Guerra
dos 7 anos (1563 – 1570) contra a Suécia, mas na Guerra
dos 30 anos (1618-1648), os suecos conseguem separar-
se da Dinamarca, mas a Noruega permanece sob o reino da
Dinamarca até 1814.
Dinamarca – Copenhague – Rei Cristiano IV
10. Até o século XII - Copenhague era um
porto local e tinha o nome apenas de Haun
na era Viking ou de Hafnia (em latim)
1150 – a vila tinha uma população de 200 a
500 habitantes.
1157 - a pequena vila foi dada pelo Rei
Waldemar, o Grande (1154 a 1182) a seu
meio-irmão, o Bispo Absalão que ali
construiu a primeira fortaleza –
SLOTSHOLMEN (1167 - 1176); que se
considera o marco de fundação da cidade. A
vila era alvo de constantes ataques de
noruegueses, e dos comerciantes alemães
da Liga Hanseática.
1254 – foi elevada à condição de cidade.
1412 – Morre a rainha Margarete I, que dera
1400 - O nome mudou para Copenhague ou início à chamada “União de Kalmar” (1397 a
em dinamarquês – Koben Haun – porto dos 1814), tratado que unificou a Noruega e a
mercadores. Suécia sob o comando do reino da Dinamarca.
Nihaun (porto novo) – foto ao lado
1416 – A capital da mais antiga monarquia do
mundo é transferida de Roskild para
Copenhague.
Dinamarca - Copenhague
11. Dinamarca – Copenhague 1167 – 1176 – O bispo Absalão funda a cidade
e constrói seu castelo na ilha Slotsholmen,
– Palácio Christianborg local do atual palácio.
1369 – A Liga Hanseática toma e destrói o
castelo. O bispo de Roskild ordena a
reconstrução e o denomina Castelo de
Copenhague.
1417 – Erick da Pomerânia que foi rei da
Dinamarca, Suécia e Noruega entre 1389 e
1439, passa residir no castelo.
1588 -1648 – Cristiano IV, rei da Dinamarca e
Noruega, constrói a Torre Azul no palácio, que
tornou-se numa prisão.
1733 – 1745 – Cristiano VI assume o trono e
manda construir o primeiro palácio Christianborg
com 348 quartos.
1794 – primeiro grande incêndio do palácio.
1803 – 1828 – Construção do 2º. Palácio de
Cristianborg, no local do primeiro.
1849 – O Parlamento Dinamarquês é sediado no
palácio.
1884 – segundo grande incêndio do palácio.
Sede do Parlamento da 1907 – 1928 - Construção do 3º. e atual
Dinamarca palácio de Cristianborg, no mesmo local.
12. Dinamarca – Copenhague –
Palácio Christianborg
O atual Palácio abriga 179 parlamentares eleitos na Dinamarca desde a Constituição de 1849,
mas a sala do trono é usada nas cerimônias de gala, recepções e na coroação dos monarcas do
país. O parlamento abre seus trabalhos no mês de Outubro.
13. Dinamarca – Copenhague – Borsen (a Bolsa)
O prédio da Bolsa de
Copenhague (Borsen) foi
construído no século 16,
sendo uma das mais antigas
edificações ainda em uso
contínuo na cidade.
Sua torre, em forma
espiralada, tem a altura de
160 metros.
14. Dinamarca – Copenhague – Palácio Rosenborg
Palácio das
Rosas
1606 – 1624 – Foi
construído pelo rei Cristiano
IV, tendo sido usado como
residência da família real
da Dinamarca até 1710.
1794 – Depois do incêndio
que destruiu o Cristianborg,
o Rosenborg voltou a ser
residência dos reis por um
período.
1801 - Quando tropas
inglesas ocuparam
Copenhague, o Rosenborg
voltou a ser residência
provisória dos monarcas
dinamarqueses.
O pequeno palácio abriga hoje o Museu das Jóias da coroa, do
século XV ao século XIX, como a coroa do rei Cristiano IV
(foto).
15. O complexo de 4
palácios que são a Dinamarca –
residência de inverno
da família real em Copenhague –
Copénhague são Palácio
chamados
genéricamente de Amalienborg
Palácio
Amalienborg, em
homenagem a rainha
Sophie Amalie,
esposa do rei Frederick
III.
1664 – Construção
dos jardins dos
palácios.
1669 – 1673 –
Construção dos
palácios, inicialmente
como residências de
nobres.
1794 – com a
destruição do
Cristianborg no 1º. Os 4 prédios do complexo do Palácio de Amalienborg são:
Grande incêndio, os Palácio de Cristiano VII (aberto ao público)
palácios de Palácio de Cristiano VIII (aberto ao público)
Amalienborg foram
comprados para servir
Palácio de Cristiano IX
de residência dos Palácio de Frederick VIII (foto ao lado)
monarcas. Diariamente troca da guarda às 11,30 hs.
16. Dinamarca – Copenhague – A Pequena Sereia
Um dos mais conhecidos
símbolos da cidade de
Copenhague e da
Dinamarca é a estátua
da Pequena Sereia
(escultura de Edvard
Ericksen de 1913 ,
localizada em cima de
uma pedra no porto de
Copenhague).
O escritor dinamarquês
Hans Christian
Andersen (1805 -1875)
notabilizou-se pelos
contos infantis, entre
eles as histórias do
Patinho feio e da
Pequena Sereia, entre
outras histórias de
contos de fadas.
A estátua de H.C.
Andersen está ao lado
da Prefeitura da cidade.
17. Dinamarca – Copenhague – Parque Tivoli
1843 – Georg
Carstensen projeta um
parque temático e de
lazer público, para todas
as classes sociais.
O nome do parque é a
frase “I LOVE IT”, lido
de trás para frente.
O desenhista e
animador norte-
americano WALT
DISNEY inspirou-se no
conceito de parque do
Tivoli para criar a sua
primeira Disneylândia,
em Anehein, Califórnia,
em 1953.
18. Dinamarca – Copenhague – Prefeitura (Radhus)
1905 – Construído em estilo
romântico nacional pelo
arquiteto Martin Nyrop,
sendo ornamentada com a
estátua do Bispo Absalão
(fundador da cidade).
Em seu interior está exposto o
famoso relógio astronômico de
Jen Olsen, que foi completado
entre 1943 e 1955.
O relógio astronômico
(foto) tem 12 mostradores,
14 mil peças, e levou 50
anos para ser concebido e
12 anos para ser construído.
Ele mede a hora local e a
hora solar, assim como
outras vertentes de cálculo
de tempo, como os
calendários (e feriados) dos
próximos 2.500 anos, com
máxima precisão
matemática.
19. Dinamarca – Copenhague – Nova Glyptoteka Carlsberg
O museu de esculturas de
Copenhague tem mais de 10
mil obras de arte, em sua maior
parte doadas à cidade em 1888
por CARL JACOBSEN (1842 –
1914), colecionador de arte e
filho do fundador da Cervejaria
Carlsberg (uma das mais
importantes do país).
Há obras da arte antiga
Mediterrânea e até mesmo da
arte moderna (como a famosa
escultura O Pensador de Rodin).
O prédio da Glyptoteka está
próximo ao Tivoli Parque, tendo
sido construído no final do
século XIX, com fachada em
estilo renascentista veneziano.
2006 – O museu recebeu
reformas e ampliou suas
atividades culturais.
20. Dinamarca – Copenhague – Fonte de Gefion
A escultura da fonte, data de 1908, está no Parque Langeline e representa a deusa
mitológica viking GEFION, que segundo a lenda teria transformado seus 4 filhos em bois para
arar a terra da Dinamarca, pois Odin (o deus máximo da mitologia viking) lhe daria toda a
terra que pudesse arar em apenas 1 dia. O trabalho foi completado e Gefion ganhou as terras
da ilha de Bornholm (ilha dinamarquesa no meio do mar Báltico), cujas terras teriam sido
retiradas da Suécia, pois lá existe um grande lago cuja a forma é semelhante ao contorno da
ilha de Bornholm.
Ao lado da fonte, temos a torre da Igreja de Saint Albans, construída pelos ingleses
anglicanos.
21. Dinamarca – Copenhague – Stroget
É a principal rua de comércio e de pedestres da cidade de Copenhague que liga a Praça da
Prefeitura (Radhustorv) até a Nova Praça do Rei (Kongens nytorv), passando pelo centro da
Praça Amagertorv (foto), onde se destaca a fachada do prédio da famosa fábrica de
porcelana Royal Copenhaguen, de estilo renascentista, e em funcionamento até hoje.
22. Dinamarca – Copenhague – Igreja
Luterana de Nosso Salvador
1682 – 1695 – Construção da
igreja em estilo barroco holandês,
projjeto de Lambert von Haven.
1747 /1749 até 1752 –
Construção da torre em forma de
espiral anti-horário, projeto de
Lauritz de Thurah. Também é
chamada de Torre Saca Rolhas.
Tem 90 metros de altura e suas
escadarias dão 4 voltas completas
na torre.
28 AGO 1752 – Inauguração da
torre, com a subida do rei
Frederico V ao topo da torre.
Seu órgão (foto ao lado) tem 4
mil tubos e foi montado na igreja
entre 1698 e 1700.
23. Dinamarca – Copenhague –
Castelo de Kronborg
O rei Erick da Pomerâmia construira em 1420 duas fortificações em cada lado do canal de
acesso entre o Oceano Atlântico e o Mar Báltico, como postos de coleta de impostos dos navios
que passavam por ali, em troca de segurança para suas mercadorias.
Em Helsingor, onde estava um destes postos de coletas no território dinamarquês, o rei
Frederico II construiu o primeiro Kronborg em 1574, que foi destruído por um incêndio em
1629. Foi reconstruído pelo rei Cristiano IV, filho de Frederico II, entre 1629 e 1639 numa
homenagem a seu pai. O castelo foi residência real até 1785, quando tornou-se num quartel
militar.
24. Dinamarca – Copenhague –
Castelo de Kronborg –
Hamlet, o príncipe da Dinamarca
Ser ou não ser..., eis a questão !
O famoso castelo dinamarquês ficou notabilizado como cenário da mais longa peça teatral
escrita pelo não menos famoso autor inglês, William Shakespeare (foto), entre 1599 e
1601, “A Tragédia de Hamlet, o príncípe da Dinamarca”. Também considerada a mais
popular das obras escritas por ele.
O fato curioso é que o autor jamais esteve no castelo pessoalmente. Sua obra foi inspirada em
sagas dinamarquesas antigas. O personagem Hamlet é princípe da Dinamarca e sobrinho do
então rei Claudius, e o castelo em Elsinore (nome antigo da cidade) era a residência dos
monarcas. Anualmente, há um ferstival de peças do autor inglês no Kronborg.
25. Dinamarca – Copenhague –
Castelo Fredensborg
O castelo de Fredensborg (o Castelo da Paz) foi construído em 1722, as
magens do lago Esrum, no norte da ilha da Zelândia, a pedido do rei Frederico
IV. O estilo arquitetônico é o barroco francês, bastante em voga entre 1720 e
1726, e foi adotado pelo arquiteto Johan Cornelius Krieger. A idéia era construir
um pequeno palácio de lazer numa fazenda, afastada de Copenhague.
Atualmente, o palácio é usado como residência de verão da família real
dinamarquesa.
Visitas públicas internas só são possíveis no mês de julho, das 13 às 17 horas.
26. Dinamarca –
Copenhague –
Castelo
Fredericksborg
O mais magnífico dos palácios barrocos da Dinamarca,
localizado na cidade de Hillerod, construído sobre 3 ilhas
ligadas por pontes. O nome do palácio é uma
homenagem, ao rei Frederico II, feita pelo seu filho o rei
Cristiano IV, que construiu o palácio entre 1602 e 1622.
Sua capela imperial, de culto luterano (foto ao lado), até
hoje é usada em celebrações. Em 1859, o interior do
palácio (exceto a capela) foi destruído por um incêndio.
O prédio foi restaurado com apoio financeiro das
Cervejarias Carlsberg e eraberto em 1878 como Museu
Nacional de História. Não há iluminação elétrica no castelo
para não alterar as características originais do palácio.
27. Somente em 1847, com a chegada de ferrovias
à Roskild ligando a Copenhague (foto da
Dinamarca – Roskild estação ferroviária da cidade), a cidade voltou
a crescer. Suas casas ainda mantém os traços
da arquitetura medieval, mas sua universidade
Roskild foi a cidade mais importante e centro é uma das mais importantes do país e conta
político da era viking no século X.
com 6 mil estudantes.
População: 54 mil habitantes (2004) (5ª.
maior cidade do país), mas na Idade média
já tinha entre 5 a 10 mil habitantes, A cidade é famosa pelo seu festival de música
tamanha a importância de Roskild pop, realizado anualmente em junho desde
Está a 27 km de Copenhague no Fjord de 1971, considerado como um dos mais
Roskild, na Ilha da Zelândia.
importantes da Europa. O de 2009 reuniu 110
mil espectadores.
05/09/998 – Fundação de Roskild pelo rei
Haroldo Dente Azul no apogeu da era viking.
Antiga capital e uma das mais antigas
cidades do país, que foi centro religioso
(tinha 14 paróquias e 5 conventos e
monastérios) e político de maior importância
no norte da Europa, na Idade Média.
1416 – Quatro anos após a morte da rainha
Margarete I, e já sob o reinado de Eric da
Pomerânia, Rosklid deixa de ser a capital da
Dinamarca, que fora transferida para
Copenhague definitivamente em 1443.
1536 – O poder religioso da Igreja Catóilico
é abalado pela reforma protestante na
Escandinávia.
28. Dinamarca – Roskild
- Vikingeskibsmuseet
Roskild foi a cidade mais importante e centro
político da era viking no século X.
1000 - Barcos vikings foram afundados em
Skudelev, no fjord de Roskild para
protegerem a cidade contra invasões
inimigas. As grandes embarcações de
madeira foram cobertas por lama, que
acabou conservando a madeira por quase mil
anos. O museu guarda o mais antigo barco viking do
mundo que se conhece, o Oseberg. Foi construído
1962 – Escavações arqueológicas trouxeram no ano 820.
a tona embarcações 5 vikings: 2 barcos de
guerra (um deles construído na aldeia de
Dublin em 1050), 2 barcos comerciais e 1
barco de pesca.
1969 – Para abrigar as embarcações, foi
construído o Museu dos Barcos Vikings de
Roskild, instituição nos mesmo moldes do
Museu de Barcos Vikings de Oslo que data
do século XIX.
1997 – a Ilha do Museu foi inaugurada,
como extensão para abrigar a coleção de
cerca de 40 embarcações escandinavas.
29. Dinamarca – Roskild -
Domkirkken
1170 até o século XV – Construção pelo Bispo Absalão da
Catedral de Roskild (Domkirkken) (foto ao lado) com 85
metros de comprimento e 27 metros de altura no topo de seus
arcos (a primeira de estilo gótico construída em tijolos no norte
da Europa), no local onde o rei Haroldo Dente Azul havia
construído a primeira igreja católica da Dinamarca, em madeira,
em 990 (quando converteu os vikings ao catolicismo). Ali estão
enterrados 38 reis e rainhas escandinavos, incluindo Frederico
IX, pai da atual rainha da Dinamarca, Margarete II (desde 1972),
o único túmulo do lado externo da igreja.
A primeira rainha da Dinamarca, Margarete I, falecida em 1412
tem seu túmulo aqui (que nunca foi aberto), mas acredita-se que
seus restos mortais tenham sido levados a Copenhague. Em
1416, Roskild perde seu poder político e a capital passa a
Copenhague.
1010 a 1536 - A Igreja Católica manteve-se no poder político e
religioso na Dinamarca a eclosão da Reforma Protestante que
varreu a Escandinávia, estatizou a religião e desapropriou as
igrejas católicas e seus representantes. Todas as igrejas católicas
da Dinamarca tornaram-se na época em Luteranas.
30. Dinamarca – Roskild – Domkirkken –
Túmulo da rainha Margarete I
Túmulo da Rainha Margarete I – (atrás do altar principal, em mármore negro, com figuras de
alabastro) – Falecida em 1412, foi enterrada na igreja em 1413. Acredita-se que com a mudança da
capital para Copenhague em 1416, seu corpo também tenha sido trasladado para lá. Filha do rei
Valdemar IV, casou-se em 1397, aos 10 anos de idade, com o rei da Noruega, Haakon VI. Num
casamento que seria mais um tratado político, foi a primeira rainha da Escandinávia que assumiu o
poder de fato (haiva contestações sobre seus direitos de sucessão ao trono), e inicia a unificação dos
3 reinos escandinavos, processo conhecido como União de Kalmar. Seu sucessor, foi seu sobrinho-
neto, o príncipe alemão Eric da Pomerânia, que tornou-se o primeiro rei da União de Kalmar.
31. Dinamarca – Roskild – Domkirkken –
Túmulos reais
Túmulo do rei Cristiano IV – Assumiu o trono aos 11 anos de idade, Túmulos do rei Frederico III
quando o país se recuperava da Guerra dos Sete Anos contra a Suécia (falecido em 1670) (foto
(1563-1570) e reinou por 60 anos na Dinamarca e na Noruega (1588 a acima), filho de Cristiano IV, e
1648). Seu reinado foi marcado por grandes obras (melhorias urbanas,
o túmulo de sua esposa,
construção de palácios e castelos) em Copenhague, Cristiania (Oslo) e
em outras localidades da Dinamarca e Noruega. Problemas políticos e rainha Sophia Amalia de
religiosos culminaram em nova guerra contra a Suécia (Guerra dos 30 Brunswick (falecida em
anos – 1618 a 1648), que separou-se do reino. Nesta época, somente 1685) (foto abaixo). Em seu
a Noruega permaneceu como parte da Dinamarca, até às guerras reinado introduziu a
napoleônicas em 1814, quando a Dinamarca cedeu o território monarquia absoluta na
norueguês à Suécia. No quadro mural de 1866, vemos o rei Cristiano Dinamarca.
IV, ferido no olho, a bordo do navio Trinity, numa batalha contra os
suecos em 1644. Ao lado do túmulo do rei, está o túmulo de sua
esposa Anna Catherine de Brandenburg (falecida em 1612).
32. Dinamarca – Roskild – Domkirkken –
Túmulo de Cristiano I
Túmulo de Cristiano I –(no chão) (1426 – 1481 falecido em Copenhague) – era membro de uma família
alemã que herdou o trono da Dinamarca na metade do século XV, por que em 1448 o rei Cristovão da
Baviera morrera sem deixar herdeiros ao trono da Dinamarca e muitas dívidas no reino para serem pagas.
Sua capela apresenta afrescos dos séculos XI e XII. Aqui veremos a única coluna original que sobrou da
igreja desde os tempos vikings, onde estão registradas marcas das alturas de visitas ilustres: entre eles
Pedro, o Grande (czar da Rússia).
Ao seu lado, está a tumba de sua esposa a rainha Dorotéia de Brandemburg (falecida em 1495).
Curiosamente seu túmulo é bem simples, em relação aos demais. Durante seu reinado, a Dinamarca passou
por dificuldades financeiras, o que o obrigou a aumentar impostos dos suecos (gerando grandes revoltas na
Suécia) e pedir dinheiro empresatdo pagando altos juros. Ele mesmo se reconhecia um administrador
sofrível.
33. Dinamarca – Roskild – Domkirkken –
Túmulo do rei Frederico IX e da rainha Ingrid
O único mausoléu real que está localizado na parte externa da Catedral de Roskild é do Rei Frederico IX (1899
– 1972), que não queria ser enterrado dentro da catedral. Ele assumiu o trono da Dinamarca em 1947 até
1972, sendo então sucedido pela sua filha a atual rainha Margarete II. Lá também está o túmulo de sua
esposa, com quem casou em 1935, rainha Ingrid (1910 -2000), que era uma princesa da casa real sueca.
Frederico IX e Ingrid tiveram 3 filhas, e a lei de sucessão ao trono da Dinamarca foi alterada em 1953,
permitindo que Margarete II se tornasse a 2ª. mulher a assumir o trono da Dinamarca, após a morte do pai
em 1972. Tal mudança, que deu mais prestígio social as mulheres dinamarquesas, só foi possível graças ao
carisma de Frederico IX e sua família junto aos súditos.
34. Dinamarca – Roskild – Domkirkken –
Relógio Mecânico de São Jorge
Um dos mais interessantes
trabalhos de arte é o
relógio mecânico de São
Jorge, construído no
século XVI mas ainda
funciona, localizado na
parte superior interna
do portal da igreja.
O relógio é composto por
figuras animadas por
um complexo
mecanismo, que na
marcação das horas, faz
com que a figura de
São Jorge ataque o
Dragão, enquanto as
demais figuras marcam
as horas e quartos de
hora.
35. Dinamarca – Roskild – Domkirkken –
Altar mór da catedral
Esta peça de madeira folheada a
ouro foi feita em Antuérpia,
na atual Bélgica, em 1560.
Ela foi comprada pelo rei
Cristiano IV de um capitão
de navio espanhol que a
transportava para Danzig,
por que a achou muito
bonita e bem barata.
Os navios que entram no Mar
Báltico passam por Elsinore
(atual localização do Castelo
de Kronborg) e na Idade
Média, os capitães de navio
declaravam um valor para as
mercadorias que levavam a
fim de cálculo dos impostos
alfandegários na Dinamarca.
Uma lei garantia ao rei da
Dinamarca a adquirir
qualquer mercadoria pelo
valor declarado, caso
achasse o valor apresentado
compensador.
O altar foi inicialmente colocado
na Capela Imperial do
Palácio de Fredericksborg,
tendo sido doado depois à
Catedral de Roskild. As
figuras esculpidas
apresentam passagens do
Novo Testamento.
36. Dinamarca – Roskild – Domkirkken –
A Reforma Protestante de Martim Lutero
O frei agostiniano Marim Lutero (foto), nascido em Eisleben na Alemanha em
1483 e falecido na mesma cidade em 1546, jamais visitou os países
escandinavos, mas suas idéias atravessaram fronteiras e influenciaram por
completo a história da Escandinávia.
Lutero era professor de Teologia na Universidade de Wittemberg em 1508, um
ano após ter sido ordenado padre da Igreja Católica. Em 1510, numa
viagem a Roma, ele volta decepcionado com o que viu em relação às
práticas das autoridades eclesiásticas católicas.
Filósofo e doutor em Teologia em 1512, ele publica suas 95 teses em 1517 na
porta da igreja do castelo de Wittemberg, na Alemanha, onde propõe
discutir a validade de venda de indulgências pela Igreja Católica. Em
apenas 2 semanas, suas idéias espalharam-se pela Alemanha e em dois
meses, por toda a Europa.
O Papa Leão X excomungou Lutero em 1520, eo Imperador Carlos V o
proscreveu em 1521, considerando-o um fugitivo e um herege.
As idéias de Lutero receberam a simpatia dos nobres alemães e da nobreza da
Dinamarca muito influenciada pelos nobres alemães, já cansados de
enviarem ao Papa grande parte de suas riquezas.
Em 1536, a Reforma Protestante atinge a Escandinávia, apoiada pelos nobres e
monarcas, que tornaram o Luteranismo a religião do estado, e
desapropriaram os bens da Igreja Católica na Escandinávia.
37. Dinamarca – Ponte
Store Baelt
É a maior ponte túnel do mundo,
ligando a ilha da Zelândia a ilha de
Finn, num total de 18 quilômetros
de extensão (sendo 8 km sobre o
mar), e 6,79 metros de largura.
1990 - 14/06/1998 – período de sua
construção e inauguração.
Duas gigantescas pilastras de 254
metros de altura máxima
sustentam o vão central da a ponte
(é o ponto mais alto da
Dinamarca). Cruza-se a ponte em
apenas 15 minutos, contra os 50
minutos de viagem de ferry até
1998.
O pedágio para ônibus custa Euros 144
em 2010.
38. É a menor das 3 maiores ilhas
dinamarquesas, sendo considerada
como a Ilha Jardim.
População: 300 mil habitantes.
Localizam-se em Fyn (Funen) a
maior parte das fazendas
dinamarquesas que produzem frutas
e vegetais no país.
A ilha também é grande produtora de
cevada, principal insumo da
fabricação da cerveja local ALBANY.
Sua maior cidade é Odense, centro
industrial do país, com 280 mil
habitantes, e a 3ª. maior cidade do
país.
Dinamarca – Ilha de Fyn (Funen)
39. Dinamarca - Odense
Origem do nome:
adotado na Idade Média e
derivado do nome da
divinidade máxima da
mitologia viking: Odin
Odense tem suas origens em aldeia de vikings localizada nos
antigos caminhos que cruzavam a ilha de Fyn. Na foto acima,
População: 280 mil
o Museu da Cidade num prédio da Idade Média.
habitantes (3ª. maior
cidade do país)
18/03/988 – O nome da cidade é mencionado pela primeira vez
Centro industrial da Ilha numa carta do imperador alemão Otto III, concedendo isenções
de Fyn fiscais às igrejas da cidade. É considerada a data de fundação da
cidade.
Sede da Cervejaria 10/07/1086 – O rei Canuto é assassinado por insurgentes na
Albany, uma das cidade. Foi santificado poucos anos depois e na cidade foi erguida a
maiores do país. igreja de São Canuto, que existe até hoje.
1482 – Foi impresso na cidade o primeiro dos 2 livros em idioma
dinamarquês que surgiram no país.
Terra natal do mais
1853 – Com a chegada de linhas ferroviárias à Odense, a cidade
famoso escritor da
passa a ter sistema de distribuição de água encanada e fábrica de
literatura dinamarquesa: gás (é a primeira cidade dinamarquesa a ter tais serviços).
Hans Christian 1966 – Fundada a Universidade de Odense, a 3ª. maior do país
Andersen.
40. Dinamarca – Odense
Hans Christian Andersen, o contador
de estórias
2/04/1805 – Nascimento em Odense, filho de uma família
muito pobre.
1815 - Órfão de pai, aos 10 anos de idade, passa viver com a
mãe, uma lavadeira da cidade.
1819 – aos 14 anos de idade, vai tentar a carreira de bailarino
no corpo de balé do teatro nacional em Copenhague. Tentou
também ser ator de teatro, mas não obteve sucesso. Começa
então a escrever peças teatrais, embora tivesse pouca
escolaridade
1822 - aos 17 anos de idade, obteve uma bolsa de estudos e
completa a escolaridade que tanto precisava. H.C .Andersen (foto) criou
1822 a 1834 - Escreve cerca de 30 peças teatrais estórias infantis
completamente desconhecidas pelo público, mas faz diversas mundialmente conhecidas:
viagens pela Europa. Branca de Neve, o Patinho
1834 – Escreve seu primeiro sucesso, em Roma, “O Feio, a Pequena Sereira,
Improvisador”, uma história baseada em sua infância pobre Tumbelina e muitas outras.
mas como se fosse em Roma. O livro foi traduzido para 8 Seu estilo de escrever
idiomas, incluindo o russo. histórias em forma de
diálogos (como scripts de
1835– Publica seu primeiro livro de contos de fadas, contando teatro) inovou a literatura
4 estórias que havia ouvido quando criança. infantil mundial, tornando-a
04/08/1875 – Morre em Copenhague, após estar doente por muito fácil à comprenssão
3 anos. Era mundialmente conhecido e rico. dos leitores infantis e o fez
famoso e rico.
41. Dinamarca – Península da Jutlândia
População: 2,5 milhões habitantes (2008)
É o território continental da Dinamarca, no extremo norte do
continente europeu. A Península da Jutlândia cobre 400
quilometros de extensão, cerca de 30 mil km2 de área (no
trecho da península que pertence à Dinamarca, pois há
territórios na Alemanha), apresentando quase todos os tipos
de terrenos existentes na Europa, em forma de miniatura.
Nota-se a grande influência alemã na região, devido a
proximidade com a fronteira norte daquele país.
A ocupação humana deste território é muito antiga, data da
Era do Ferro e da Era do Bronze (período áureo da civilização
viking).
Duas das maiores cidades dinamarquesas estão na península
da Jutlândia: ARHUS (cidade industrial e a 2ª. maior cidade
do país com 450 mil habitantes, e AALBORG (com 160 mil
habitantes, a 4ª. maior cidade dinamarquesa).
42. Dinamarca – Península da Jutlândia - Veijle
Veijle é uma pequena cidade,
porém um importante terminal
portuário às margens do fjord de
Veijle, assim como um centro
de turismo, liderado pelo Hotel
Munckbierg (distante cerca de 6
km do centro da cidade),
construído em 1967 com 148
apartamentos, e onde está o
Casino da cidade (que funciona
das 19 às 4 hs da manhã). Prefeitura de 1878
O prédio mais antigo de Veijle é
a igreja gótica do século XII
denominada São Nicolau
(Luterana) (foto ao lado), onde
estão expostos os restos
arqueológicos de um corpo de
mulher que viveu a 500 anos
antes de Cristo, e foi descoberto
na região no século XIX.
Stroget de Veijle
43. Dinamarca – Península da Jutlândia - Billund
Localizada a apenas 30 Km de Veijle
está a cidade industrial de Billund,
onde surgiu um dos mais famosos
brinquedos infantis do mundo e é a
sede mundial da companhia Lego.
Década de 1930 – o artesão Oleg
Kirk Christiansen cria bloquinhos de
madeira que se encaixam e formam
diversas figuras, partindo de uma
idéia bem simples. O brinquedo
inicialmente era para atender a seu
filho, mas foi um sucesso entre as
crianças e educadores. Foi criada a
indústria LEGO que começou a fabricar
os bloquinhos em matéria plástica.
1968 – Famoso em todo mundo, o
brinquedo Lego é usado para construir
um parque infantil, nos molde da
Lego, em Disneylandia (que surgiu em 1955).
dinamarquês Feita com 90 milhões de bloquinhos
significa “brinque de plástico, surgiu a LEGOLAND, que
muito” está aberta diariamente das 10 às 18
horas, a partir de 2 de abril.
44. Dinamarca – Península da Jutlândia - Legoland
A Legoland e a empresa Lego tiveram que adaptar-se aos novos gostos das crianças do século XXI,
criando brinquedos mais sofisticados e incorporando elementos eletrônicos nos brinquedos (que não
existiam na versão original do conceito de brinquedos da Lego).
Por conta disso, a empresa Lego franqueou sua marca para uso em 4 parques temáticos, sendo 3
deles localizados na Europa (Billund, o primeiro na Dinamarca; Gunzburg, na Alemanha, entre
Stugarrt e Munique; Windsor, na Inglaterra; e 2 parques nos EUA, na Califórnia e na Flórida.
45. Dinamarca – Península da População: 270 mil habitantes
(2ª. maior cidade do país). Tem
Jutlândia - Aahrus 1,2 milhões de habitantes na área
metropolitana (23% dos
dinamarqueses moram ali).
A cidade é um centro industrial
do setor alimentício e o maior
terminal de containers da
Dinamarca.
Foi uma vila viking até a Idade
Média, mas sua população
diminuiu muito com as constantes
guerras entre a Dinamarca e
Suécia e pelos efeitos da Peste
Negra que alastrou-se em todo a
Europa.
Hoje, é importante centro
No verão, os bares da cidade são muito universitário, com uma população
frequentados pelos jovens que jovem de mais de 30 mil
comemoram suas festas de formatura do habitantes.
meio de ano. A cidade, pela sua
importância, é considerada extra-
DEN GAMLE BY (Distrito
oficialmente como a “capital da Jutlândia”. histórico) (foto) – são mais de 70
É banhada pelo rio A, e Aahrus significa casas e construções da Idade
“delta do rio”. Média (muitas com mais de 500
anos de existência), reunidas
numa vila museu, próximo ao
centro e ao Jardim Botânico.
46. Dinamarca – Península da Jutlândia - Aahrus
CATEDRAL DE AARHUS
(DOMKIRKE) – é a mais alta
das catedrais dinamarquesas e a
segunda mais alta do norte da
Europa. Foi construída em 1200
em estilo romanesco, mas depois
sofreu um grande incêndio que a
destruiu. Foi reconstruída no
século XV em estilo gótico.
O Teatro de Aahrus é
o maior da cidade
47. Dinamarca – Península da Jutlândia - Aahrus
PREFEITURA (RADHUS) - Projetada por Arne
Jacobsen e Erik Molle, foi inaugurada em 1941,
com fachada em mármore. É um dos marcos
arquitetônicos da cidade, e sua torre de 60 metros
de altura não fazia parte do projeto original. Só foi
acrescida depois, a pedido da comunidade, que não
entendia como o prédio da prefeitura não teria uma
torrre com relógio, como é o prédio da Prefeitura
de Copenhague.
O antigo prédio da Prefeitura (1856) foi usado como prefeitura, tribunal ,
penitenciária, delegacia policial até 1984, quando tornou-se sede do
Museu das Feministas.
48. Dinamarca – Península da Jutlândia - Aahrus
CONCERT HALL - é uma estrutura coberta de
vidros, construída em 1982, dispondo de 3 áreas
para concertos e exibições de arte.
49. Dinamarca – Península da Jutlândia - Randers
População: 65 mil
habitantes.
Cidade medieval de
Randers data de
1035 e está
localizada na foz do
rio Guedenaa (o
mais extenso da
Dinamarca) no fjord
de Randers.
É um porto pesqueiro
e sua economia está
baseada na indústria
de curtume,
construção de
máquinas, e
processamento de
alimentos. Sua igreja
maior data do século
XV (foto) e a Casa do
Espírito Santo foi
construída em 1436,
e sua Radhus
(prefeitura) é uma
casa branca em
destaque na cidade.
50. Dinamarca – Península da Jutlândia - Ebeltoft
Cidade balneária às margens da Baía de Ebeltoft no mar Báltico
foi importante vila viking há mais de 1 mil anos passados. No
verão de 1659 foi palco de sangrentas batalhas contra os
suecos, mas os habitantes da cidade ganharam muito dinheiro
reconstruindo 40 navios destruídos nesta guerra. Ebeltoft (o
pomar de maçãs) é considerada uma das mais belas cidades da
Riviera Dinamarquesa com um conjunto de casas com mais de
200 anos de existência. O prédio da Prefeitura, data de 1789,
tem um museu com 1 só sala e acredita-se que seja a menor
prefeitura do mundo. O museu do Vidro (foto ao lado) tem peças
feitas por 400 artesãos e localiza-se no antigo prédio da Aduana.
51. Dinamarca – Península da Jutlândia - Ebeltoft
FRAGATA
JYLLAND –
construída em
madeira de
carvalho entre 1857
e 1860 e ficou em
atividade na
Marinha até 1887.
É o mais comprido
e o último dos
navios construído
em madeira pela
Marinha
Dinamarquesa. Foi
navio de guerra e
depois iate real.
Está exposta no
porto de Ebeltoft
desde 1960, tendo
recebido um grande
trabalho de
restauração em
1994.
52. Dinamarca – Península da Jutlândia - Aalborg
Aalborg tem 160 mil
habitantes (4ª. maior cidade da
Dinamarca), localizada na
margem sul do Limfjord,
originada numa antiga vila
viking. Na Idade Média era
importante porto de pesca do
arenque. Sua fortaleza
Aalborghus, construída em
1550 pelo rei Cristiano III
(1539 – 1555), jamais foi usada
com propósito militar.
Foi destruída por ataques na II
Guerra Mundial e reconstruída.
A indústria da cidade baseia-se
na produção de cimento e de
AQUAVIT (a “cachaça”
dinamarquesa feita de cascas
de batata). Seu centro cultural
é muito concorrido.
53. Dinamarca – Península da
Jutlândia – Aalborg
Jomfru Ane Gade
(Rua da Virgem Ana)
Próxima ao antigo porto da cidade,
está a rua dos bares e restaurantes de
Aalborg, JOMFRU ANE GADE.
A rua era habitada por mercadores n a
Idade Média, e o nome foi uma
homenagem à freira Ane Viffert, que
viveu nos arredores em 1568.
O primeiro restaurante aberto na rua
foi o Gaslight em 1967, dando início à
tradição de rua mais badalada da
Dinamarca.
54. Dinamarca – Península da
Jutlândia – Aalborg
Jens Bangs Stenhus
Com 5 andares, este prédio renascentista
datado de 1624 pertenceu ao comerciante
local Jens Bangs, e é considerada a maior
casa particular da época da Renascença em
toda a Escandinávia.
No primeiro andar, há mais de 300 anos,
funciona uma farmácia e um bar para
degustação de vinhos. Caberá ao turista
escolher qual o “remédio” que prefere tomar.
55. A igreja
homenageia um Dinamarca – Península
santo inglês, seus
alicerces datam
da Jutlândia – Aalborg –
da era viking Catedral de Saint Budolf
(1100), mas o
prédio atual data
de 1400. Sofreu
vários incêndios e
sua reconstrução
deu-se em 1770.
Seu carrilhão tem
48 sinos, e o mais
antigo data de
1681. O altar de
1689 (foto à
direita)
apresenta a
escultura da
Santa Ceia em
estilo barroco. O
púlpito de estilo
renascentista
(foto ao centro)
data de 1692. E o
órgão de 1749 é
decorado em
estilo rococó,
tendo sido
restaurado em
1959 pelo alemão
FROBENIUS.
56. O Monastério do Espírito
Santo (Holy Ghost), datado
de 1431, e localizado ao lado
da Catderal de Saint Budolf,
é uma das mais antigas
instituições de trabalhos
sociais da Dinamarca, ainda
hoje dedicada ao amparo de
velhinhos doentes.
São quase 6 séculos de
atuação ininterrupta de
atendimento à velhice, num
país em que a média de vida
da população ultrapassa os
77 anos (em média).
Dinamarca – Península da jutlândia – Aalborg – Monastério do Espírito Santo (Holy Ghost)
57. Dinamarca – Península da jutlândia – Aalborg –
Moller parkvej
O parque foi estabelecido entre 1933 e 1935,
no alto de uma montanha que permite uma
boa vista da cidade, do fjord e da cidade de
Han Herred.
No interior do parque está o Zoo de Aalborg,
estabelecido em 1934, com 800 animais.
Na entrada do parque temos a escultura de
C. J. Bonnesen, de 1925, chamada “A
Barganha”, com um homem carregando dois
animais.
59. Dinamarca – Península da Jutlândia –
Norresundby – Lindholm Hoje
Localizado na margem norte do fjord
Limforjd está o Museu das Runas
Vikings (Lindholm Hoje), com suas
700 runas (tumbas vikings), um dos
mais importantes achados
arqueológicos da Dinamarca.
Foram descobertas a 4 metros abaixo
do solo da colina de Voerbjerg
(região de uma antiga vila viking) em
escavações arqueológicas de 1952 a
1958. Cobertas por camadas de
areia, as pedras ficaram conservadas
até o século XX.
Os vikings habitaram a região entre
As runas (cercado de pedras para uma fogueira) eram usadas
os anos 400 e 1000 DC. No topo da
pelos vikings para incinerar seus mortos, pois não tinham o
costume de enterrá-los (hábito que só adotaram após terem sido
colina estão as runas mais antigas e
cristianizados a partir do século X). as mais recentes estão localizadas na
As mulheres eram cremadas em runas em formato circular, as parte mais baixa da colina.
crianças falecidas em runas de formato triangular, e os homens
(considerados guerreiros) tinham runas em formato de barcos,
com grandes pedras marcando a proa e popa da embarcação.
60. Os povos vikings usavam 24 símbolos
gráficos, dispostos em pedras, na forma
circular, que usavam como forma de escrita
mas também com aspectos místicos e
religiosos.
Cada símbolo tem uma referência a uma
entidade mítica da cultura pagã viking, que
era politeísta, tendo Odin como deus
Runas Vikings (símbolos supremo.
gráficos sagrados) Tais influências perduram até hoje em
místicos europeus.
61. Dinamarca – Península da
Jutlândia - Blokhus
È uma cidade balneária ao norte da
penísula da Jutlândia, banhada pelo
Mar do Norte (Oceano Atlântico).
Bastante próxima da fronteira alemã,
o local é visitado no verão pelos
turistas alemães.
A praia também é um dos tradicionais
locais da prática de nudismo entre
seus frequentadores.
Este é um dos curiosos aspectos da
vida cotidiana da Dinamarca.
62. Dinamarca – Península da Jutlândia – Hirthals Haun
Cidade ao norte da península da Jutlândia, distante cerca de 1
hora de viagem rodoviária de Aalborg.
Porto de embarque no ferry boat da Color Line, Superspeed1,
para a travessia do estreito de Skagerak, no mar Báltico, durante
2h30m, em direção ao porto de Christiansand, na Noruega.
63. Dinamarca – Península da Jutlândia – Estreito de Skagerrak
O estreito tem 140 km de largura
e cerca de 240 km de
comprimento.
Como é a única entrada do Mar
Báltico, o controle da navegação
do estreito foi disputado pelos
alemães na I e II Guerra
Mundiais. Entre 31 de maio e 1
de junho de 1916, travou-se ali a
Batalha de Jutlândia, um dos
mais duros combates da I Guerra
Mundial.
Por conta disso, a região tem
muitos destroços de navios
afundados.
Notas do Editor
A região da Escandinávia compreende a Dinamarca, a Noruega, a Suécia e a Groenlândia. A Finlândia por ter sido colonizada por povos não vikings, mas posteriormente dominada pelos suecos por quase 6 séculos, passou a ser considerada informalmente como parte da Escandinávia também.
A Dinamarca é considerada uma das mais antigas monarquias do mundo, e o sistema monárquico conseguiu adaptar-se aos tempos modernos e continua a ser adotado no governo do país.
Devido a sua estratégica posição territorial, localizada na entrada do Mar Báltico, a Dinamarca consolidou o seu poder militar e comercial controlando as rotas de navegação entre o Mar Báltico e o Oceano Atlântico. Os vikings, povo que deu origem ao país, já eram exímios navegadores desde a Antiguidade, o que facilitou a consolidação do poder dos dinamarqueses, com conquistas de várias cidades na Europa.
A atual Dinamarca é modelo de alto padrão de vida, bem estar social, e pacifismo. O país consegue manter o equilíbrio entre a tradição cultural e a modernidade, sem grandes confrontos sociais.
Os vikings deixaram suas marcas na cultura dinamarquesa, mas já vai longe o tempo das batalhas sangrentas e das conquistas a custas de saques e roubos das cidades européias. A Dinamarca de hoje é composta por um povo educado e pacífico, mais preocupado com a conservação do meio ambiente do que em produzir armas ou destruição de outros países.
O legado do antigo rei Haroldo Dente Azul, um viking que se tornou cristão e adotou esta religião para todo o seu povo, provocou ao longo do tempo uma completa transformação da identidade dos povos escandinávos.
As principais rotas de comércio na Idade Média eram feitas por caravanas do Oriente e por navegações no Mar Mediterrâneo. O mar Báltico era também uma excelente opção de acesso às rotas do Oriente, a partir de países do norte europeu. Os alemães através da Liga Hanseática (espécie de cooperativa de mercadores alemães) foram os primeiros a explorar estas rotas bálticas, fazendo com que os países escandinavos buscassem também a sua forma de atuar neste negócio. A União de Kalmar foi a primeira tentativa dos escandinavos contra a Hansa, mas as rotas marítimas do Atlântico iriam abrir ao mundo novas opções, dando fim a era das navegações comerciais nos mares do Mediterrâneo e no Báltico.
O sistema monárquico foi adotado também pelo cristianismo, fazendo do rei (ou rainha) uma figura quase que sagrada para seu povo. Cabia ao Papa (ou ao Bispo, seu representante) celebrar a cerimônia de coroação de um novo rei (ou rainha), dando então o “aval” religioso aos seus atos e decisões políticas. Por outro lado, os monarcas sabiam que deveriam prestar certo grau de obediência ao Papa, assim como faziam contribuições financeiras à Igreja católica. Somente com o movimento da Reforma, surgido em 1536, os monarcas passam a apoiar os líderes religiosos protestantes, objetivando diminuir a influência papal em seus reinos.
As grandes obras realizadas pelos monarcas nas cidades só eram possíveis por que na época havia o entendimento que o rei era uma espécie de “pai da nação”. Os interesses do rei eram necessáriamente os interesses do país. A curiosa citação do rei francês Luis XV que afirmou: “O Estado sou eu!” dá a dimensão do pensamento generalizado na época sobre o uso de verbas públicas na construção de palácios e prédios suntuosos (que hoje são apreciados pelos turistas). Tal sentimento, embora em outras proporções, ainda persistem nos governos de muitos países modernos.
Copenhague foi o porto que centralizou os depósitos de mercadorias transportadas pelas frotas comerciais dinamarquesas, tornando-se um importante pólo gerador de riquezas para o país.
O Palácio de Christianborg está localizado numa ilha onde iniciou-se a construção do primeiro castelo do Bispo Absalão em 1167, que é considerado o ponto de fundação da cidade de Copenhague.
Os monarcas atuais da Dinamarca são apenas coroados no salão principal do Palácio, mas sua residência em Copenhage está no complexo de palácios de Amelienborg.
O estilo renascentista, adotado nos palácios e prédios de Copenhague, era uma tendência importada de Amsterdã. Há notáveis semelhanças de traços arquitetônicos em prédios das duas cidades, construídos na mesma época.
Na mitologia viking, o paraíso era o Vahala que era alcançado através da morte do guerreiro em batalha, que seria conduzido para lá pelas Valquírias (deusas míticas). Odin era o deus supremo; Thor, filho de Odin era também a divinidade da guerra e do trovão; Lott, outro filho de Odin, era a divinidade da maldade. A era viking durou de 700 a 1050 DC, quando o rei viking Haroldo Dente Azul impôs a forla de espada a cristianização dos vikings, encerrando o período da mitologia viking.