3. O debate sobre o que é Arte se
arrasta há séculos. Muito do que é
chamado arte é tão remoto e
estranho que força os limites da
credulidade e solapa a
apreciação.
A seguir, algumas tentativas de
diversas pessoas para definir arte:
4. Fotoabstracionista Arthur Dove (anterior a 1920):
“[Arte] é a forma que a ideia toma na imaginação e não a
forma tal qual existe no exterior.”
Expressionista Oskar Kokoscha (1936):
“[Arte] é uma tentativa de repetir o milagre que a mais
humilde das camponesas é capaz a qualquer momento, o
de produzir a vida magicamente, a partir do nada.”
Realista Bem Shahn (1967): [Arte] é a descoberta de
imagens durante a obra, o reconhecimento de formas e
contornos que emergem e despertam uma resposta em
nós.”
7. Concluímos que arte é toda forma de expressão do
íntimo, é comunicação. Quem faz arte, quer expressar,
quer comunicar algo a alguém.
O homem da Pré-História já fazia arte quando
“pintava” bisões, veados, cavalos, bois, mamutes e
javalis nos recessos das cavernas, há
aproximadamente 15.000 a.C. Obviamente o objetivo
não era adornar cavernas, mas uma tentativa de
controlar ou aplacar as forças da natureza, dessa
forma já expressando uma possível crença. Alguns
arqueólogos especulam que, esses humanos (Cro-
Magnon, evolução do homem Neanderthal) criavam
essas figuras para garantir uma boa caça.
8. Os Sentidos
Nossos sentidos são a audição, a visão, o
olfato, o paladar e o tato. Os primeiros
prazeres da vida são captados pela
boca (paladar) e pelo tato.
Nosso primeiro contato com o mundo é:
1ª. Fase – estado fetal
2ª. Fase - sugar, ingerir. Apropriar-se,
tomar para si. Egoísmo. Absorção,
ingestão.
3ª. Fase - cerebral. Três quartos dos seres
humanos não chegam à terceira fase.
13. Aguce a percepção
(sensazione)
Podemos desenvolver a percepção refinando os sentidos,
como fez Leonardo Da Vinci. Assim ele viu coisas que
ninguém mais era capaz de ver, como os detalhes dos
movimentos de um pássaro e as nuances da luz do pôr-do-
sol, que reproduziu em seus quadros. Para isso alimentou
sua sensibilidade perceptiva: trabalhava ao som de boa
música, apreciava as texturas dos tecidos finos, criou sua
própria colônia (feita de lavanda e água de rosas) e se
cercava de elegância e beleza. Fazia tudo isso não só
para gozar tais prazeres, mas porque acreditava que “os
sentidos são os sacerdotes da alma”, conforme escreveu.
Para elevar a sensazione ao nível espiritual, é preciso
despertar nosso olhar interior, ficar atento ao movimento
presente e sentir a alma de cada criatura viva,
enxergando em cada uma delas a obra do Criador, como
fez Da Vinci.
Fonte: Da Vinci Decodificado – Descobrindo os Segredos
Espirituais dos Sete Princípios de Leonardo
14. “Para transformar o mundo, devemos começar por nós
mesmos; e o que é importante em começar por nós
mesmos é a intenção. A intenção deve ser compreender-
nos a nós mesmos e não deixar aos outros a tarefa de se
transformarem... Esta é a nossa responsabilidade, minha
e tua; porque, por menor que seja o mundo em que
vivemos, se pudermos introduzir um ponto de vista
radicalmente diferente em nossa existência cotidiana,
talvez possamos afetar o mundo inteiro.”
(J.Krishnamurti “Self Knowledge”, em The First and
Last Freedom)