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Zonas Húmidas
Deste Tratado resultou também a criação de uma lista de zonas húmidas de importância internacional. Essa lista está composta, actualmente por 1578 sítios classificados a nível mundial com uma superfície equivalente de mais de 108 milhões de hectares. Esta Convenção entrou em vigor em 1975, com o objectivo de defender as zonas húmidas do mundo inteiro e conta actualmente com 136 países. O resultado mais significativo da Convenção foi a assinatura de um Tratado, pelos países participantes, cuja finalidade é promover a cooperação internacional, para os milhões de hectares. Dia 2 de Fevereiro, comemora-se o Dia Mundial das Zonas Húmidas, data que coincide com aquela em que foi assinada a Convenção de Ramsar, no Irão, em 1971.
Em Portugal, foram reconhecidas 12 zonas húmidas, que correspondem a mais de 66 mil hectares de território nacional e que fazem parte duma lista. Estuário do Tejo; Ria Formosa (Algarve); Paul de Arzila; Taipal (Coimbra); Paul do Boquilobo(Santarém);  Lagoa de Albufeira; Estuário do Sado; Ria de Alvor; Lagoa de Santo André; Lagoa da Sancha (Litoral Alentejano); Sapais de Castro Marim (Algarve) e Paúl da Tornada (Leiria).  Estes sítios foram seleccionados, por um sistema de classificação, relacionado com a importância internacional que possuem, de acordo com quatro critérios: Representatividade e unicidade do ecossistema;  Valores da fauna e flora;  Importância na Conservação de aves aquáticas;  Importância na Conservação de peixes.
De acordo com o texto ratificado na Convenção de Ramsar, as zonas húmidas são definidas como "zonas de pântano, charco, turfeira ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas cuja profundidade na maré baixa não exceda os seis metros".  As zonas húmidas são dos ecossistemas mais ricos e produtivos do mundo, em termos de diversidade biológica, possuindo grandes concentrações de aves aquáticas, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados. Estes espaços têm associados muitos valores e funções, tais como o controlo de inundações (retendo o excesso de água), reposição de águas subterrâneas, regulação do ciclo da água, produção de biomassa, retenção dos sedimentos e nutrientes, mitigação das alterações climáticas (através da captura de dióxido de carbono da atmosfera e a libertação de oxigénio, com a fotossíntese) e valores culturais, turísticos e recreativos.
Além de todos os benefícios expostos, as zonas húmidas são também essenciais na minimização dos problemas ambientais mais significativos, com que nos deparamos hoje em dia: o efeito-estufa e os possíveis efeitos das alterações climáticas e a disponibilidade de água doce. No entanto, as zonas húmidas são ecossistemas sensíveis e encontram-se gravemente ameaçados, a nível mundial, pela poluição, urbanização e industrialização, intensificação da agricultura, pesca e piscicultura, caça ilegal, abandono e transformação de salinas e turismo insustentável. Em Portugal, estas zonas encontram-se também em risco, pois o nosso país não cumpriu as obrigações, assumidas aquando da assinatura da Convenção, em 1980, relacionadas com a preservação destes ecossistemas. Estas obrigações, envolviam, entre outras medidas, elaborar planos de ordenamento e de gestão para as zonas húmidas, com vista à sua utilização sustentável.
De acordo com a Quercus, 10 das 12 zonas húmidas integradas na Convenção não possuem plano de ordenamento. As excepções são, a Ria Formosa e o Paul de Arzila.  Perante as ameaças que as zonas húmidas enfrentam, torna-se urgente e prioritária a adopção de medidas concretas, tais como: divulgação e sensibilização acerca dos benefícios de preservação destas zonas, cumprimento da legislação sobre esta matéria, desenvolvimento de planos de ordenamento, de gestão e de medidas de recuperação das mesmas, com vista à conservação destes ecossistemas que têm uma importância vital para a humanidade.
Fontes http://www.ideiasambientais.com.pt/zonas_humidas.html http://www.google.pt/ Realizado por: David Pinto 8ºA nº8 Eduardo Fradique 8ºA nº10

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Zonas Húmidas PT: Ecossistemas Ameaçados

  • 2. Deste Tratado resultou também a criação de uma lista de zonas húmidas de importância internacional. Essa lista está composta, actualmente por 1578 sítios classificados a nível mundial com uma superfície equivalente de mais de 108 milhões de hectares. Esta Convenção entrou em vigor em 1975, com o objectivo de defender as zonas húmidas do mundo inteiro e conta actualmente com 136 países. O resultado mais significativo da Convenção foi a assinatura de um Tratado, pelos países participantes, cuja finalidade é promover a cooperação internacional, para os milhões de hectares. Dia 2 de Fevereiro, comemora-se o Dia Mundial das Zonas Húmidas, data que coincide com aquela em que foi assinada a Convenção de Ramsar, no Irão, em 1971.
  • 3. Em Portugal, foram reconhecidas 12 zonas húmidas, que correspondem a mais de 66 mil hectares de território nacional e que fazem parte duma lista. Estuário do Tejo; Ria Formosa (Algarve); Paul de Arzila; Taipal (Coimbra); Paul do Boquilobo(Santarém); Lagoa de Albufeira; Estuário do Sado; Ria de Alvor; Lagoa de Santo André; Lagoa da Sancha (Litoral Alentejano); Sapais de Castro Marim (Algarve) e Paúl da Tornada (Leiria). Estes sítios foram seleccionados, por um sistema de classificação, relacionado com a importância internacional que possuem, de acordo com quatro critérios: Representatividade e unicidade do ecossistema; Valores da fauna e flora; Importância na Conservação de aves aquáticas; Importância na Conservação de peixes.
  • 4. De acordo com o texto ratificado na Convenção de Ramsar, as zonas húmidas são definidas como "zonas de pântano, charco, turfeira ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas cuja profundidade na maré baixa não exceda os seis metros". As zonas húmidas são dos ecossistemas mais ricos e produtivos do mundo, em termos de diversidade biológica, possuindo grandes concentrações de aves aquáticas, mamíferos, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados. Estes espaços têm associados muitos valores e funções, tais como o controlo de inundações (retendo o excesso de água), reposição de águas subterrâneas, regulação do ciclo da água, produção de biomassa, retenção dos sedimentos e nutrientes, mitigação das alterações climáticas (através da captura de dióxido de carbono da atmosfera e a libertação de oxigénio, com a fotossíntese) e valores culturais, turísticos e recreativos.
  • 5. Além de todos os benefícios expostos, as zonas húmidas são também essenciais na minimização dos problemas ambientais mais significativos, com que nos deparamos hoje em dia: o efeito-estufa e os possíveis efeitos das alterações climáticas e a disponibilidade de água doce. No entanto, as zonas húmidas são ecossistemas sensíveis e encontram-se gravemente ameaçados, a nível mundial, pela poluição, urbanização e industrialização, intensificação da agricultura, pesca e piscicultura, caça ilegal, abandono e transformação de salinas e turismo insustentável. Em Portugal, estas zonas encontram-se também em risco, pois o nosso país não cumpriu as obrigações, assumidas aquando da assinatura da Convenção, em 1980, relacionadas com a preservação destes ecossistemas. Estas obrigações, envolviam, entre outras medidas, elaborar planos de ordenamento e de gestão para as zonas húmidas, com vista à sua utilização sustentável.
  • 6. De acordo com a Quercus, 10 das 12 zonas húmidas integradas na Convenção não possuem plano de ordenamento. As excepções são, a Ria Formosa e o Paul de Arzila. Perante as ameaças que as zonas húmidas enfrentam, torna-se urgente e prioritária a adopção de medidas concretas, tais como: divulgação e sensibilização acerca dos benefícios de preservação destas zonas, cumprimento da legislação sobre esta matéria, desenvolvimento de planos de ordenamento, de gestão e de medidas de recuperação das mesmas, com vista à conservação destes ecossistemas que têm uma importância vital para a humanidade.
  • 7. Fontes http://www.ideiasambientais.com.pt/zonas_humidas.html http://www.google.pt/ Realizado por: David Pinto 8ºA nº8 Eduardo Fradique 8ºA nº10