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Dois amigos, uma escola
Aquela escola tinha um nome pomposo em homenagem a um grande homem da história do Brasil. Conta-se que lá estudaram homens que hoje são muito importantes em nossa terra. Mas, ninguém sabe o que está acontecendo por lá hoje em dia. Tudo está muito diferente, dizem os mais velhos, com tristeza e saudade. Nossos avós e nossos pais estudaram aqui
Aquela escola, que tinha um prédio bonito, bem cuidado, com jardim florido e cheiroso agora... tudo é mato, tudo é abandono. Aquela escola, que tinha alunos educados, alegres, com vontade de fazer amigos e aprender, agora... ninguém é amigo de ninguém, a educação ficou não se sabe onde e a alegria... também não existe mais. Acho que vamos... sair desta escola...
Diretores eram trocados, professores ficavam desesperados e os alunos... “ao Deus dará”, sem ninguém que os conduzisse, sem ninguém que os ensinasse. O que fazer, era o que todos pensavam e perguntavam e a resposta parecia desaparecida. Estou tão desanimada...
Até que um dia...  chega no colégio um garoto chamado André. Ele chegava naquela época à cidade vindo da roça e, quando entrou na escola estranhou muito. Que bagunça! Que sujeirada!
Como tinha aprendido com sua família, chegou de mansinho dando bom dia a todos, cumprimentando colegas da classe e professores.  Foi uma decepção para André!  Quase ninguém respondeu ao seu cumprimento  e outros até zombaram dele... Esse moleque novo é um bobão!!!
André, diferentemente dos colegas, apesar de ser alegre, não atrapalhava o professor na sala de aula, e, no pátio,  na hora da merenda, jogava seu futebol,  mas sem agredir a ninguém. Nos primeiros dias começou até a ser chamado  de umas coisas estranhas pra ele mas,  nem ligou e continuou a ser como era. Porém, tinha um certo receio... Será que não vou ter nenhum amigo???
Com seu jeitão, aos poucos foi se chegando ao time da escola... No começo nem deixavam que ele jogasse mas, um dia faltou um menino e não teve outro jeito a não ser chamar André. Para surpresa de todos... Não é que ele era bom de bola mesmo? Virou titular no time e depois até capitão e, não foi à toa não... André jogava um bolão! E não é que ele sabe jogar?
E, como capitão, começou a colocar algumas regras dentro de campo: nada de um ficar chutando o outro, xingando o colega (e toda sua família...).  Quem não obedecesse as regras podia esquecer  – não seria escalado!
Os professores estavam satisfeitos com o novo aluno, aquele caipirinha que chegou há pouco tempo mas que já parecia ter ocupado seu espaço. Era estudioso (um aluno médio), atencioso, educado e um bom colaborador dentro da sala de aula. E como era sua colaboração? Nada demais, mas que fizeram grande diferença!  Se via papel no chão, catava e colocava no cesto;  se o quadro estava sujo, dava uma limpada;  se algum colega não sabia a matéria, se ele soubesse, procurava ajudar. Que aluno legal!!!
Mas, o que fez a diferença mesmo foi a chegada de um outro aluno, também vindo de outra cidade: o Beto. Beto era um lindo garoto: pele bem rosada, grandes olhos cor de jabuticaba e o maior sorriso que já se viu. Mas, Beto tinha limitações – era paraplégico – andava com o auxílio de uma cadeira de rodas. Quem quer brincar comigo?
Quando Beto chegou todos o olhavam mas não se aproximavam... André foi ao seu encontro, se apresentou e disse que, o que Beto precisasse era só chamá-lo. Dia após dia André e Beto se tornaram grandes amigos, um apoiando o outro, um ajudando o outro,  um se alegrando   com o outro.  Estudavam juntos, lanchavam juntos... Eram inseparáveis. Oba,  eu brinco!!!
Num certo dia, meses depois, Beto não apareceu mais na escola – o que teria acontecido ninguém sabia, nem diretor, nem professores. André não se conformava, procurou seu endereço e foi saber o que tinha acontecido.  E descobriu!   A mãe de André estava doente  e ele não tinha quem o levasse ao colégio. Era esse o problema???
André iria buscá-lo todos os dias! Contou aos colegas o que tinha acontecido ao Beto, contou o que ia fazer e... para sua surpresa, todos queriam ajudar, todos queriam colaborar...  E, cada dia da semana uma turma ia buscar Beto em sua casa – era a maior folia, pois o garoto gostava de cantar e a cantoria vinha por todo caminho. Então, não tem problema!
Professores e diretor ficaram encantados com o exemplo dos alunos e, vendo essa lição de solidariedade, repararam no quanto estavam de olhos fechados para as necessidades de seus alunos,  de sua escola.  As pessoas foram mudando...  A escola está mudando...
E hoje, a escola tem prédio conservado, jardim florido e cheiroso. Os professores estão motivados e o diretor orgulhoso. Tudo começou a acontecer por um pequeno gesto, de um pequeno garoto que veio da roça, mas que trouxe consigo a coragem e a vontade de ser gente... que gosta de gente.
Estória criada e formatada por:  MIMA (WILMA) BADAN, a VOVÓ MIMA MÚSICA: Solitude – Execução: Ernesto Cortazar IMAGENS:  da Net (Repasse com os devidos créditos) BLOG:  wwwcasadavovomima .blogspot.com OUTRAS ESTÓRIAS em: www.slideshare.net/mimabadan PARA minhas queridas netas, com o amor da vovó. Sigam sempre o exemplo de André, ajudando, colaborando com as pessoas, fazendo do mundo um lugar melhor pra se viver.

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Dois amigos, uma escola - Vovó Mima Badan

  • 3. Aquela escola tinha um nome pomposo em homenagem a um grande homem da história do Brasil. Conta-se que lá estudaram homens que hoje são muito importantes em nossa terra. Mas, ninguém sabe o que está acontecendo por lá hoje em dia. Tudo está muito diferente, dizem os mais velhos, com tristeza e saudade. Nossos avós e nossos pais estudaram aqui
  • 4. Aquela escola, que tinha um prédio bonito, bem cuidado, com jardim florido e cheiroso agora... tudo é mato, tudo é abandono. Aquela escola, que tinha alunos educados, alegres, com vontade de fazer amigos e aprender, agora... ninguém é amigo de ninguém, a educação ficou não se sabe onde e a alegria... também não existe mais. Acho que vamos... sair desta escola...
  • 5. Diretores eram trocados, professores ficavam desesperados e os alunos... “ao Deus dará”, sem ninguém que os conduzisse, sem ninguém que os ensinasse. O que fazer, era o que todos pensavam e perguntavam e a resposta parecia desaparecida. Estou tão desanimada...
  • 6. Até que um dia... chega no colégio um garoto chamado André. Ele chegava naquela época à cidade vindo da roça e, quando entrou na escola estranhou muito. Que bagunça! Que sujeirada!
  • 7. Como tinha aprendido com sua família, chegou de mansinho dando bom dia a todos, cumprimentando colegas da classe e professores. Foi uma decepção para André! Quase ninguém respondeu ao seu cumprimento e outros até zombaram dele... Esse moleque novo é um bobão!!!
  • 8. André, diferentemente dos colegas, apesar de ser alegre, não atrapalhava o professor na sala de aula, e, no pátio, na hora da merenda, jogava seu futebol, mas sem agredir a ninguém. Nos primeiros dias começou até a ser chamado de umas coisas estranhas pra ele mas, nem ligou e continuou a ser como era. Porém, tinha um certo receio... Será que não vou ter nenhum amigo???
  • 9. Com seu jeitão, aos poucos foi se chegando ao time da escola... No começo nem deixavam que ele jogasse mas, um dia faltou um menino e não teve outro jeito a não ser chamar André. Para surpresa de todos... Não é que ele era bom de bola mesmo? Virou titular no time e depois até capitão e, não foi à toa não... André jogava um bolão! E não é que ele sabe jogar?
  • 10. E, como capitão, começou a colocar algumas regras dentro de campo: nada de um ficar chutando o outro, xingando o colega (e toda sua família...). Quem não obedecesse as regras podia esquecer – não seria escalado!
  • 11. Os professores estavam satisfeitos com o novo aluno, aquele caipirinha que chegou há pouco tempo mas que já parecia ter ocupado seu espaço. Era estudioso (um aluno médio), atencioso, educado e um bom colaborador dentro da sala de aula. E como era sua colaboração? Nada demais, mas que fizeram grande diferença! Se via papel no chão, catava e colocava no cesto; se o quadro estava sujo, dava uma limpada; se algum colega não sabia a matéria, se ele soubesse, procurava ajudar. Que aluno legal!!!
  • 12. Mas, o que fez a diferença mesmo foi a chegada de um outro aluno, também vindo de outra cidade: o Beto. Beto era um lindo garoto: pele bem rosada, grandes olhos cor de jabuticaba e o maior sorriso que já se viu. Mas, Beto tinha limitações – era paraplégico – andava com o auxílio de uma cadeira de rodas. Quem quer brincar comigo?
  • 13. Quando Beto chegou todos o olhavam mas não se aproximavam... André foi ao seu encontro, se apresentou e disse que, o que Beto precisasse era só chamá-lo. Dia após dia André e Beto se tornaram grandes amigos, um apoiando o outro, um ajudando o outro, um se alegrando com o outro. Estudavam juntos, lanchavam juntos... Eram inseparáveis. Oba, eu brinco!!!
  • 14. Num certo dia, meses depois, Beto não apareceu mais na escola – o que teria acontecido ninguém sabia, nem diretor, nem professores. André não se conformava, procurou seu endereço e foi saber o que tinha acontecido. E descobriu! A mãe de André estava doente e ele não tinha quem o levasse ao colégio. Era esse o problema???
  • 15. André iria buscá-lo todos os dias! Contou aos colegas o que tinha acontecido ao Beto, contou o que ia fazer e... para sua surpresa, todos queriam ajudar, todos queriam colaborar... E, cada dia da semana uma turma ia buscar Beto em sua casa – era a maior folia, pois o garoto gostava de cantar e a cantoria vinha por todo caminho. Então, não tem problema!
  • 16. Professores e diretor ficaram encantados com o exemplo dos alunos e, vendo essa lição de solidariedade, repararam no quanto estavam de olhos fechados para as necessidades de seus alunos, de sua escola. As pessoas foram mudando... A escola está mudando...
  • 17. E hoje, a escola tem prédio conservado, jardim florido e cheiroso. Os professores estão motivados e o diretor orgulhoso. Tudo começou a acontecer por um pequeno gesto, de um pequeno garoto que veio da roça, mas que trouxe consigo a coragem e a vontade de ser gente... que gosta de gente.
  • 18. Estória criada e formatada por: MIMA (WILMA) BADAN, a VOVÓ MIMA MÚSICA: Solitude – Execução: Ernesto Cortazar IMAGENS: da Net (Repasse com os devidos créditos) BLOG: wwwcasadavovomima .blogspot.com OUTRAS ESTÓRIAS em: www.slideshare.net/mimabadan PARA minhas queridas netas, com o amor da vovó. Sigam sempre o exemplo de André, ajudando, colaborando com as pessoas, fazendo do mundo um lugar melhor pra se viver.