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Ciclone

Inicialmente, fazia-se uso da denominação de Furacão para as tormentas com equivalente de
destruição, sendo o nome Ciclone mais utilizado para este fenômeno no Oceano Índico.

Tanto quanto os Tornados, Furacões, Tempestades Tropicais e Tufões, os Ciclones possuem a
mesma forma de origem, quando associam-se duas massas de ar que giram no mesmo sentido
e se encontram em um determinado ponto. Porém, o Ciclone não se forma inicialmente nesta
apresentação, em geral, ele é resultado do desenvolvimento de outro fenômeno menor, seja por
meio de uma Tempestade Tropical, seja por um Furacão. A diferença entre cada um está na
velocidade de sua apresentação e suas denominações têm caráter psicológico, uma vez que os
efeitos destrutivos de uma Tempestade Tropical sempre é muito inferior ao que um Furacão
pode trazer, e um Furacão é menos destrutivo do que um Ciclone.

O Ciclone é portanto a pior forma de apresentação deste fenômeno que se caracteriza por uma
massa de ar que gira em torno de um epicentro. No núcleo de um fenômeno como este, não se
percebe sequer que ele esteja ocorrendo, uma vez que a velocidade dos ventos é praticamente
nula, porém, para as áreas do perímetro de ação desta tempestade, os ventos giram acima de
350 km/h, carregando consigo animais, árvores inteiras arrancadas pela raiz, veículos de grande
porte como ônibus e caminhões, etc.

São muito comuns para o Oceano Atlântico no hemisfério Norte particularmente no centro do
Atlântico Norte, ou nas proximidades da costa da América Central ou sudeste dos EUA. Em geral
eles acabam sugando um volume expressivo das águas deste oceano o que ocasionou a
interpretação equivocada de que sua origem estivesse associada à evaporação de suas águas.

Normalmente eles ocorrem quando são favorecidos pelo aquecimento das águas do Atlântico
Norte que saem de uma média de +7ºC, para algo em torno de +34ºC. O grande volume de
vapor produzido como resultado deste processo promove uma massa de ar quente que se
desloca contra a massa de ar frio do Oceano Pacífico proveniente da Corrente Primária do
Pacífico Norte (CPPN). Esta gira em sentido horário assim como a Corrente Primária do Atlântico
Norte (CPAN) e irão se encontrar nas proximidades do Caribe, Bermudas ou Península da
Flórida. Quando a massa de ar que se desenvolver com disparidade térmica equivalente aos
valores mencionados, vier da Corrente Primária do Golfo do México (CPGM), temos a
possibilidade de sua penetração no continente, invadindo o Sul dos EUA, causando o encontro
das duas massas de ar com mesmo sentido de giro na região do já denominado "Corredor dos
Tornados".

Mas em geral, os Ciclones não se formam na superfície terrestre, existindo maior
desenvolvimento de sua ação nas águas do Atlântico Norte que na verdade alimentam a sua
forma inicial desenvolvendo sua constituição até atingir um diâmetro com área tão gigantesca
que pode ser comparado à todo o território europeu ou brasileiro. Já houveram registros de
Ciclones no meio do Oceano Atlântico, no hemisfério Norte, cuja área cobria o equivalente ao
tamanho do Brasil.

Os Ciclones são chamados assim no ocidente, já no Ocidente eles são tratados como Tufões.

A maioria dos Ciclones não se desenvolvem no hemisfério Sul, existindo uma apresentação
comum para Tornados, Tempestades Tropicais e Furacões na costa brasileira, principalmente
nas regiões Sul e Sudeste, mas já houveram registros de pequenas Tempestades Tropicais
(com ventos até 120 km/h), nos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco.

A grande maioria dos Ciclones que atingiram as regiões da América Central, Sul e Sudeste dos
EUA, tiveram desenvolvimento originado de Tempestades Tropicais que se iniciaram na costa
noroeste da África e Norte da Venezuela. Ao se aproximar da América Central, esta tormenta
acresce seu volume chegando à categoria de um Furacão. Ao atingir a costa da Jamaica,
Panamá, Honduras, Caribe, México ou sudeste dos EUA dirigindo-se às Carolinas, potencializa
sua força sendo alimentada pela massa de ar do Atlântico Norte e acrescenta maior volume de
sua massa evoluindo para a condição de um Ciclone.

A relação entre partículas de água provenientes da evaporação, ou partículas de água formadas
pelo degelo de uma massa de ar frio, tem fatores intrínsecos no desenvolvimento deste tipo de
fenômeno.

Deste modo, o Ciclone se desenvolve especialmente com a evaporação das águas do Atlântico
Norte, razão pela qual este tipo de fenômeno não evolui na mesma proporção no mesmo
oceano, no hemisfério oposto. Isso porque a evaporação das águas do Atlântico Sul não evolui
na mesma razão percebida no hemisfério Norte, visto que a ausência de uma bacia retendo as
águas neste Oceano, da qual se constitui a América Central, não possui equivalente condicional
no hemisfério Sul. Ao contrário, a Bacia presente no hemisfério Sul confere outra característica
térmica, a de águas resfriadas na Bacia da Argentina, que lança massa de ar frio para o
continente Sul Americano que irão se encontrar contra a massa de ar quente proveniente do
mesmo oceano, mas que gira em sentido contrário, horário para a que provém da Bacia da
Argentina, nas águas que desenvolvem sentido de giro com a sua forma em uma Corrente
Secundária do Atlântico Sul (CSAS). A Corrente Primária do Atlântico Sul (CPAS) gira em
sentido anti-horário. Ao se encontrarem, normalmente causam chuvas torrenciais que se
precipitam no Sul e Sudeste do Brasil. Quando a massa de ar proveniente da Corrente Primária
do Pacífico Sul (CPPS), que gira em sentido anti-horário tiver maior força, penetra no continente
chocando-se contra a CPAS que gira no mesmo sentido e promove a origem de um Tornado,
Tempestade Tropical ou Furacão neste hemisfério.

São ainda mais raros os efeitos produzidos por tormentas que consigam se desenvolver e atingir
o território europeu, pois a sua origem precisa estar associada à uma formação nas
proximidades da costa Americana, percorrer toda a proximidade com o Círculo Polar Ártico e
chegar à costa européia. Isso porque o encontro entre massas de ar com disparidades nas
apresentações térmicas não é comum para a costa oeste da Europa. Algumas formações podem
se desenvolver à partir do encontro entre massas favoráveis à este desenvolvimento no Sul da
Europa, próximo à Península Ibérica, porque a evaporação das águas do Mar Mediterrâneo
também é significativo para esta região quando do aquecimento substancial de suas águas.

Mesmo assim, a formação de uma tormenta com características de um Ciclone, são comuns
para a costa da América Central, sul e sudeste dos EUA, mas não é comum para as demais
regiões deste oceano.

Os mesmos efeitos, ou uma equiparação no comportamento das massas de ar pode ser
observada no Oceano Índico e no Oceano Pacífico, mas são tratados como Tufões.

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  • 1. Ciclone Inicialmente, fazia-se uso da denominação de Furacão para as tormentas com equivalente de destruição, sendo o nome Ciclone mais utilizado para este fenômeno no Oceano Índico. Tanto quanto os Tornados, Furacões, Tempestades Tropicais e Tufões, os Ciclones possuem a mesma forma de origem, quando associam-se duas massas de ar que giram no mesmo sentido e se encontram em um determinado ponto. Porém, o Ciclone não se forma inicialmente nesta apresentação, em geral, ele é resultado do desenvolvimento de outro fenômeno menor, seja por meio de uma Tempestade Tropical, seja por um Furacão. A diferença entre cada um está na velocidade de sua apresentação e suas denominações têm caráter psicológico, uma vez que os efeitos destrutivos de uma Tempestade Tropical sempre é muito inferior ao que um Furacão pode trazer, e um Furacão é menos destrutivo do que um Ciclone. O Ciclone é portanto a pior forma de apresentação deste fenômeno que se caracteriza por uma massa de ar que gira em torno de um epicentro. No núcleo de um fenômeno como este, não se percebe sequer que ele esteja ocorrendo, uma vez que a velocidade dos ventos é praticamente nula, porém, para as áreas do perímetro de ação desta tempestade, os ventos giram acima de 350 km/h, carregando consigo animais, árvores inteiras arrancadas pela raiz, veículos de grande porte como ônibus e caminhões, etc. São muito comuns para o Oceano Atlântico no hemisfério Norte particularmente no centro do Atlântico Norte, ou nas proximidades da costa da América Central ou sudeste dos EUA. Em geral eles acabam sugando um volume expressivo das águas deste oceano o que ocasionou a interpretação equivocada de que sua origem estivesse associada à evaporação de suas águas. Normalmente eles ocorrem quando são favorecidos pelo aquecimento das águas do Atlântico Norte que saem de uma média de +7ºC, para algo em torno de +34ºC. O grande volume de vapor produzido como resultado deste processo promove uma massa de ar quente que se desloca contra a massa de ar frio do Oceano Pacífico proveniente da Corrente Primária do Pacífico Norte (CPPN). Esta gira em sentido horário assim como a Corrente Primária do Atlântico Norte (CPAN) e irão se encontrar nas proximidades do Caribe, Bermudas ou Península da Flórida. Quando a massa de ar que se desenvolver com disparidade térmica equivalente aos valores mencionados, vier da Corrente Primária do Golfo do México (CPGM), temos a possibilidade de sua penetração no continente, invadindo o Sul dos EUA, causando o encontro das duas massas de ar com mesmo sentido de giro na região do já denominado "Corredor dos Tornados". Mas em geral, os Ciclones não se formam na superfície terrestre, existindo maior desenvolvimento de sua ação nas águas do Atlântico Norte que na verdade alimentam a sua forma inicial desenvolvendo sua constituição até atingir um diâmetro com área tão gigantesca que pode ser comparado à todo o território europeu ou brasileiro. Já houveram registros de Ciclones no meio do Oceano Atlântico, no hemisfério Norte, cuja área cobria o equivalente ao tamanho do Brasil. Os Ciclones são chamados assim no ocidente, já no Ocidente eles são tratados como Tufões. A maioria dos Ciclones não se desenvolvem no hemisfério Sul, existindo uma apresentação comum para Tornados, Tempestades Tropicais e Furacões na costa brasileira, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, mas já houveram registros de pequenas Tempestades Tropicais (com ventos até 120 km/h), nos Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. A grande maioria dos Ciclones que atingiram as regiões da América Central, Sul e Sudeste dos EUA, tiveram desenvolvimento originado de Tempestades Tropicais que se iniciaram na costa noroeste da África e Norte da Venezuela. Ao se aproximar da América Central, esta tormenta acresce seu volume chegando à categoria de um Furacão. Ao atingir a costa da Jamaica,
  • 2. Panamá, Honduras, Caribe, México ou sudeste dos EUA dirigindo-se às Carolinas, potencializa sua força sendo alimentada pela massa de ar do Atlântico Norte e acrescenta maior volume de sua massa evoluindo para a condição de um Ciclone. A relação entre partículas de água provenientes da evaporação, ou partículas de água formadas pelo degelo de uma massa de ar frio, tem fatores intrínsecos no desenvolvimento deste tipo de fenômeno. Deste modo, o Ciclone se desenvolve especialmente com a evaporação das águas do Atlântico Norte, razão pela qual este tipo de fenômeno não evolui na mesma proporção no mesmo oceano, no hemisfério oposto. Isso porque a evaporação das águas do Atlântico Sul não evolui na mesma razão percebida no hemisfério Norte, visto que a ausência de uma bacia retendo as águas neste Oceano, da qual se constitui a América Central, não possui equivalente condicional no hemisfério Sul. Ao contrário, a Bacia presente no hemisfério Sul confere outra característica térmica, a de águas resfriadas na Bacia da Argentina, que lança massa de ar frio para o continente Sul Americano que irão se encontrar contra a massa de ar quente proveniente do mesmo oceano, mas que gira em sentido contrário, horário para a que provém da Bacia da Argentina, nas águas que desenvolvem sentido de giro com a sua forma em uma Corrente Secundária do Atlântico Sul (CSAS). A Corrente Primária do Atlântico Sul (CPAS) gira em sentido anti-horário. Ao se encontrarem, normalmente causam chuvas torrenciais que se precipitam no Sul e Sudeste do Brasil. Quando a massa de ar proveniente da Corrente Primária do Pacífico Sul (CPPS), que gira em sentido anti-horário tiver maior força, penetra no continente chocando-se contra a CPAS que gira no mesmo sentido e promove a origem de um Tornado, Tempestade Tropical ou Furacão neste hemisfério. São ainda mais raros os efeitos produzidos por tormentas que consigam se desenvolver e atingir o território europeu, pois a sua origem precisa estar associada à uma formação nas proximidades da costa Americana, percorrer toda a proximidade com o Círculo Polar Ártico e chegar à costa européia. Isso porque o encontro entre massas de ar com disparidades nas apresentações térmicas não é comum para a costa oeste da Europa. Algumas formações podem se desenvolver à partir do encontro entre massas favoráveis à este desenvolvimento no Sul da Europa, próximo à Península Ibérica, porque a evaporação das águas do Mar Mediterrâneo também é significativo para esta região quando do aquecimento substancial de suas águas. Mesmo assim, a formação de uma tormenta com características de um Ciclone, são comuns para a costa da América Central, sul e sudeste dos EUA, mas não é comum para as demais regiões deste oceano. Os mesmos efeitos, ou uma equiparação no comportamento das massas de ar pode ser observada no Oceano Índico e no Oceano Pacífico, mas são tratados como Tufões.