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Criatividade Computacional (em português)
- 1. Criatividade Computacional Amílcar Cardoso Universidade de Coimbra Festival Antena2 Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa, 9/Fev/2019
- 2. ++ Porquê, para quê? Globalização: necessário diferenciar, inovar Necessário promover e disseminar criatividade ao nível do indivíduo ao nível das organizações ao nível social 2
- 3. ++ Porquê, para quê? Promoção de capacidades criativas nas organizações: uma das primeiras motivações para o estudo científico da criatividade 3
- 4. ++ Porquê, para quê? Ambientes computacionais: já ajudam: conhecimento em contexto, canais de comunicação e partilha mas seria bom que pudessem intervir ativa e proativamente no processo de criação 4
- 5. ++ Será plausível? Será plausível construir programas de computador que possamos classificar como criativos? … ou que pelo menos possam ajudar ativamente o ser humano a ser mais criativo? 5
- 6. ++ Criatividade A criatividade é um enigma, um paradoxo, alguns dizem ser um mistério. Artistas e cientistas raramente sabem como surgem as suas ideias originais. Mencionam a intuição, mas não conseguem explicar como ela funciona. Muitos dos psicólogos também não conseguem dizer muito sobre o assunto. Além disso, muitas pessoas assumem que nunca haverá uma teoria científica da criatividade - pois como poderia a ciência explicar novidades fundamentais? Margaret Boden, The Creative Mind, 1991 6
- 7. ++ Visões sobre a criatividade Inspiracional Misteriosa, sobre-humana Origem divina (Platão) Romântica Talento inato: intuição, perspicácia, … 7
- 8. ++ Visões sobre a criatividade Científica Criatividade como traço essencial da mente humana Criatividade pode ser estimulada, treinada e medida Século XX pródigo em investigação sobre criatividade humana 8
- 9. ++ IA e Criatividade Soluções criativas (“The Process of Creative Thinking”, Newell, Shaw and Simon, 1963): A solução é nova e útil A solução implica que rejeitemos ideias anteriormente aceites A solução resulta de motivação e persistência intensas A solução vem clarificar um problema anteriormente vago 9
- 10. ++ IA e Criatividade: anos 90 Margaret Boden, “The Creative Mind” (1991) Diversas experiências na música e nas artes visuais (David Cope, Harold Cohen, Kemal Ebcioglu, Karl Sims, Al Biles, etc.) Primeiros eventos de índole científica (Europa e Austrália) 10
- 11. ++ IA e Criatividade: últimas duas décadas 2001: 1º evento científico internacional regular (WCS) 2004: 1º evento científico regular sobre abordagens bio- evolucionárias (EvoMusArt) 2006-10: CreativeIT (NSF, EUA) 2010: 1ª conferência internacional regular (ICCC) 2013-16: 5 projetos europeus (FET/ICT) 2017: Associação internacional (ACC) 11
- 12. ++ Criatividade Computacional Área de investigação da IA que tem por objeto de estudo a capacidade das máquinas para gerarem produtos que, se produzidos por humanos, seriam considerados criativos A Filosofia, a Ciência e a Engenharia dos Sistemas Criativos Autónomos 12 Creativity is in the eyes of the beholder
- 13. ++ Como? As quatro componentes da criatividade (Rhodes 1957): Processo Produto Pessoa Ambiente 13 - Novidade - Adequação/utilidade - Surpresa - (…)
- 14. ++ Processo: um modelo abstrato Três modos (Margaret Boden, 1991) Criatividade Exploratória Exploração de um espaço de conceitos Criatividade Transformacional Transformação de um espaço de conceitos Criatividade Combinatória Combinação de conceitos de espaços distintos 14
- 16. ++ Diferentes estratégias de exploração CT R E 16 T2 examplo: mesmo género, estilos diferentes
- 17. ++ Transformação E Transformação de R: criador explora novo espaço CC’ R’ T1 R T1’ 17 E’
- 18. ++ O Processo 18 Metropolis, Fritz Lang, 1927 “I, Robot”, Alex Proyas, 2004 baseado em contos de I. Azimov Imitar a coisa real é muitas vezes o desafio mais fascinante
- 19. ++ O Processo Inspiração na criatividade humana: Dewey (1910), Poincaré (1913), Wallas (1926), Rossman (1931), Koestler (1964), Guilford (1968), Finke (1992), Csikszentmihalyi (1996)… Exemplos: Preparação + Incubação + Iluminação + Verificação (Wallas) 19
- 20. ++ O Processo 20 https://howthingsfly.si.edu/media/reuben-j-spauldings-flying-machine Reuben J. Spaulding's Flying Machine U.S. Patent No. 398984, issued March, 5, 1889 Por vezes, imitar a coisa real não é a melhor ideia
- 21. ++ O Processo Inspiração na Natureza Evolução Vida Organização 21
- 22. ++ Em que ponto estamos? Avaliação: um quebra-cabeças Artistas computacionais? Muitos dos sistemas atuais: imitam ou transferem estilo não são capazes de selecionar os seus melhores artefactos (requerem curadoria) recorrem a mecanismos bastante opacos não conseguem avaliar artefactos produzidos por outros 22
Notas do Editor
- Globalização: necessário adaptação rápida à mudança
- Promoção de capacidades criativas: - desde há muito, um empreendimento estratégico nas organizações - Invest. científica: recrutamento de quadros com capacidades criativas; treino de quadros para aumentar capacidades criativas
- Julgamos que sim, e por isso há comunidades de investigadores a dedicaram-se ao assunto vai para 30 anos
- As visões mais convencionais da criatividade: Inspirational: - FILME AMADEUS!!! Contraste entre Mozart e Salieri. Bernard Levin, crítico: Mozart tinha inspiração divina - creativity is essencially mysterious, maybe superhuman or devine - Plato supported a devine origin to artistic inspiration - After twenty centuries, this view keeps being commonly accepted... make unscientific, emotive value judgements about its nature (see comments about “Amadeus”: ascription of devine power to Mozart) Romântica: - although creativity is not devine, it is however exceptional, reserved for a few grantees with an inate talent that is missing in others: intuition, or insight - therefore, creativity is not analysable in itself, and cannot be acquired; to increment creativity one has but to select the elected, this is enough Practice, at least, has shown that creativity may be improved and developed through a convenient learning
- Voltaremos ao assunto mais tarde Século XX: “challenge for many scientists and researchers, particularly for those from areas such as Phylosophy, Cognitive Science”
- Creative solutions: classic AI formulation - the creative artefact is an answer so some problem Nas décadas seguintes a criatividade deixa praticamente de ser mencionada na investigação em IA, embora haja diversos sistemas em domínios da ciência e das artes que exibiam caraterísticas criativas Porém, o estudo da criatividade no contexto da IA ficou no essencial adormecido até aos anos 90
- Fase embrionária
- “Art is in the eye of the beholder, and everyone will have their own interpretation.” ― E.A. Bucchianeri, Brushstrokes of a Gadfly, Num sistema de CC, o ímpeto criativo parte da máquina, e não do utilizador humano, ou resulta de um impulso conjunto de ambas as partes.
- Uma perspetiva operacional do processo criativo Formalização posterior: G. Wiggins, 2006
- REFER LEARNING EXAMPLES IN MUSIC: FIRST, SOME CLASSICS
- Imitar a coisa real é muitas vezes o desafio mais fascinante Visão antropocêntrica do Universo Humanóides
- Por vezes, imitar a coisa real não é a melhor ideia Nem para a IA, nem para a Criatividade Computacional - We tend to have an anthropocentric view of the universe. - Humans are not the only source of inspiration for AI - Humans are also not the only source of inspiration for creativity. Reuben J. Spaulding's Flying Machine Drawing, sheet 2 of 5, U.S. Patent No. 398984, issued March, 5, 1889, for Reuben J. Spaulding's Flying Machine. Consisting of wings and a tail attached to a man, the man-powered ornithoper device was designed to make its wearer look (and fly like) a bird. http://howthingsfly.si.edu/media/reuben-j-spauldings-flying-machine
- Não esquecer: uma outra criatividade, inspirada na máquina, tirando partido das suas caraterísticas específicas
- Não há ainda experiências sustentadas de criação de estilo próprio OUTRO DESAFIO: avaliação da criatividade das máquinas