Os automóveis dominavam a cidade, fazendo barulho dia e noite e impedindo os habitantes de dormirem. Como resultado, os habitantes foram perdendo a memória. Um rapaz com uma flauta mágica fez com que os automóveis seguissem até uma montanha de sucata, libertando a cidade do barulho. Os habitantes puderam dormir e recuperaram a memória.

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A CIDADE DOS AUTOMÓVEIS
Autora: MARIA CÂNDIDA MENDONÇA in: A Cidade dos Automóveis

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Na cidade, os automóveis estavam
por toda a parte.
Noite e dia roncavam, buzinavam,
fumegavam, atropelavam.
Já ninguém conseguia dormir.
Os automóveis eram os donos da cidade.

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Como ninguém dormia, todos
foram perdendo a memória a
pouco e pouco.
Certo dia os habitantes da
cidade dos Automóveis
verificaram mesmo que já nem
se conheciam uns aos outros.
Era preciso desembaraçarem-se dos automóveis. Era
preciso que os automóveis desaparecessem para
sempre...

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Foi então que o
rapazinho da flauta
mágica começou a
tocar…
… E os automóveis
seguiram-no
enfeitiçados até à grande montanha de sucata.
Foi assim que a cidade se libertou dos automóveis
que noite e dia roncavam, buzinavam, fumegavam,
atropelavam.

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Finalmente, todos podiam dormir sossegados!
Quando, três dias mais
tarde, os habitantes da
cidade acordaram, deram-
se conta que tinham
recuperado a memória.
Todos se reconheceram.
Todos ficaram amigos.
Todos descobriram que é bom andar a pé.
(Adaptado)