O documento analisa a implantação de um Complexo Petroquímico no Rio de Janeiro. Após avaliar diversas localizações, conclui-se que Itaboraí e São Gonçalo reunem as melhores condições técnicas, econômicas, ambientais e sociais para o empreendimento. O investimento total é de aproximadamente US$ 6,5 bilhões, gerando 212 mil empregos durante a construção da unidade de petroquímicos básicos.

1. Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro
Março/2006

2. O COMPLEXO PETROQUÍMICO DO RIO DE JANEIRO
Unidade de Combustíveis
Marlim Produção de
Central de
150.000 bbl/d Petroquímicos Escoamento de
Petroquímicos
Básicos - Itaboraí básicos Produtos Líquidos
de São Gonçalo
P-Xileno
Eteno Centro de Inteligência
Benzene Propeno
Estireno Etileno Glicol •Indústria de
PTA
Fenol madeira
•Produtos descartáveis
•Fluido de •Fibras (nylon)
•Material escolar (régua, refrigeração
Polietilenos PET Polipropileno
esquadro)
•Matéria-prima
•Linha branca (geladeira, para poliéster •Filme para embalagens
freezer) • Fibras (Poliéster)
•Embalagens de •Tampa de garrafa de
•Lanterna de automóveis alimentos • Garrafas PET refrigerantes
(refrigerantes, água)
•Copo de liquidificador •Tanque de gasolina •Potes de alimentos
(margarina, iogurte)
•Embalagens de
cosméticos
•Sacolas plásticas
A instalação do complexo requer uma área de 20 milhões de metros quadrados em terrenos planos,
regulares e contíguos

3. MERCADO
• O estado do Rio de Janeiro é uma excelente
localização para o empreendimento por estar
próximo à fonte de matéria-prima e inserido no
mercado consumidor dos produtos da segunda
geração, o que confere uma vantagem logística
para o estado
• A demanda dos produtos da segunda geração no
país viabiliza a implantação do empreendimento e
reduz o impacto na balança de pagamentos pela
substituição de importações

4. MATÉRIA-PRIMA
• O cenário futuro indica escassez das matérias-
primas tradicionais para a indústria petroquímica
nacional (nafta e gás natural), levando a uma busca
por alternativas para esse suprimento
• A utilização de matéria-prima não convencional
para a produção de petroquímicos (petróleo
pesado) foi selecionada como uma solução e
mostrou-se como uma alternativa tecnologicamente
viável, inédita e desenvolvida no Brasil, para os
processos de refino e petroquímicos

5. MATÉRIA-PRIMA
• O Brasil é um grande produtor de petróleo pesado,
sendo parte desse óleo consumido nas refinarias da
Petrobras e o restante exportado, com desconto
expressivo em relação ao petróleo de referência
(Brent)
• O empreendimento processará 150 mil bpd de
petróleo Marlim (19,6º API), produzido na Bacia de
Campos – RJ e contribuirá para a redução dos
volumes exportados, agregando valor ao petróleo
nacional, com efeito duplamente benéfico sobre a
balança comercial brasileira

6. MATÉRIA-PRIMA
• Volume de Marlim exportado
– Atual – 300 mil bpd
– 2010 (previsão) – 580 mil bpd
• Economia de divisas pela diminuição da
exportação de petróleo e da importação de
produtos petroquímicos
– US$ 2 bilhões/ano

7. SELEÇÃO DE LOCALIZAÇÃO
• Aspectos Técnico-Econômicos Critério Quantitativo
• Aspectos Ambientais
• Aspectos Sociais
Foram avaliadas diversas áreas nos municípios:
Itaguaí, Campos, Itaboraí e São Gonçalo

8. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Fatores:
Ambientais Técnico - Econômicos Sócio-Econômicos
• Viabilidade atmosférica, suprimento de • Investimentos • Zoneamento
água e descarte de efluentes e resíduos
• Áreas impactadas • Infra-estrutura • Uso do solo
• Biodiversidade e áreas de proteção
• Vulnerabilidade do solo e aqüíferos
• Custos logísticos • Impactos sociais
• Segurança, saúde e capacidade de • Sinergias com outros • Riscos
atendimento
empreendimentos
• Eventos críticos (Inundações e
alagamentos, clima, instabilidade geológica,
mudanças climáticas globais)

9. ITABORAÍ / SÃO GONÇALO
ITABORAÍ GONÇALO
Faixa de dutos
Cabiunas - REDUC
Polibrasil RioPol COMPLEXO
APA de Guapimirim PETROQUÍMICO
REDUC
Ilhas
d´Água e CENTRAL DE ESCOAMENTO
CENPES
Redonda DE SÃO GONÇALO
CENTRO DE INTELIGÊNCIA DO
COMPLEXO PETROQUÍMICO

10. CENTRAL DE ESCOAMENTO DE PRODUTOS LÍQUIDOS - SÃO GONÇALO
CENTRAL DE ESCOAMENTO DE PRODUTOS LÍQUIDOS - SÃO GONÇALO
A localização desta Central em
São Gonçalo foi fundamentada por
razões técnicas (rebombeio) visando
um ponto intermediário entre Itaboraí e
Ilha Redonda.

11. CENTRO DE INTELIGÊNCIA DO COMPLEXO PETROQUÍMICO
PROMINP: Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Decreto Presidencial 4.925/2003)
Mobilizaç Indú Petró (Decreto

12. CENTRO DE INTELIGÊNCIA DO COMPLEXO PETROQUÍMICO
• Fruto de uma parceria entre a Petrobras e o Município de São Gonçalo, o Centro de Inteligência do
Complexo Petroquímico terá como objetivos:
• Formar e/ou capacitar as indústrias e empresas locais para prestação de serviços para o complexo;
• Formar recursos humanos para construção, montagem, operação e manutenção do complexo
petroquímico;
• Desenvolver parcerias com Centros de Pesquisa e Universidades Locais para
capacitação/especialização de profissionais de nível técnico e superior.
• Formação de profissionais como: soldadores, caldeireiros, encanadores, eletricistas, instrumentistas,
engenheiros de tubulação, de segurança, de máquinas, eletricistas, bem como, a mão de obra para
operação do Complexo.
• Os recursos para implementação do Centro de Inteligência poderão se dar via:
• Petrobras - Resolução ANP no 33/2005 (*);
• CTPETRO/MCT – Fundo Setorial de Petróleo e Gás Natural do Min. Ciência e Tecnologia;
• FAT/MTE – Fundo de Amparo ao Trabalhador do Min. do Trabalho e Emprego;
• Empresas do setor de petróleo, gás natural e petroquímica.
(*) Através da aplicação de parte dos 0,5% da receita bruta dos campos de produção que devem participação especial.

13. RESULTADOS ECONÔMICOS

14. INFRA-ESTRUTURA
• O resultado econômico do empreendimento é impactado
pela disponibilidade de infra-estrutura portuária, dutoviária
e rodo-ferroviária para recebimento da matéria-prima e
escoamento dos produtos
ITABORAÍ / SÃO GONÇALO dispõem de boa infra-
estrutura logística (proximidade dos portos de Itaguaí –
103 km e Rio de Janeiro – 75 km, dos terminais de
Angra dos Reis – 157 km, ilhas d’Água e Redonda – 30
km, rodovias e ferrovia) e sinergias com refinaria
(REDUC – 50 km) e petroquímicas (Rio Polímeros e
Polibrasil – 50 km) e 38 km do CENPES

15. RESULTADOS ECONÔMICOS
A alternativa ITABORAÍ / SÃO GONÇALO
• apresenta o menor investimento nominal total, para localização do
site em virtude de ter disponibilidade de terminais portuários nas
proximidades e por estar localizada em região que hoje não tem
atividade industrial que comprometa a qualidade do ar do local,
permitindo expansões futuras (mais receita e empregos)
• apresenta valores de custos operacionais totais (logísticos,
operacionais e manutenção) competitivos, em razão dos menores
custos em mitigação ambiental
• As análises econômicas realizadas indicaram ITABORAÍ / SÃO
GONÇALO como o local que apresenta o melhor resultado técnico-
econômico das opções das áreas avaliadas, traduzido em VPL (Valor
Presente Líquido)

16. AVALIAÇÃO AMBIENTAL

17. AVALIAÇÃO AMBIENTAL
• Avalia os potenciais impactos do empreendimento nas
áreas analisadas e no seu entorno
• As áreas são classificadas, qualitativamente, de acordo
com os critérios

18. FATORES AVALIADOS
Viabilidade Atmosférica
Áreas Impactadas
Viabilidade do Suprimento de Água
Viabilidade do Descarte de Efluentes
Sensibilidade de Solos e Aqüíferos
Biodiversidade e Áreas de Proteção
Segurança
Saúde e Capacidade de Atendimento
Eventos Críticos
Resíduos

19. RESULTADOS AMBIENTAIS
Fatores Ambientais Itaboraí / São Gonçalo
• Os estudos de dispersão indicam que a
instalação do Complexo Petroquímico na região é
Viabilidade atmosférica viável
• Presença de unidades de conservação (APA de
Biodiversidade e áreas de proteção Guapimirim, Parque Nacional da Serra dos
Órgãos), justificando investimentos em mitigação.
• Área encontra-se em tabuleiro de formação de
barreiras favorecendo os serviços de
Vulnerabilidade do solo e aqüíferos terraplanagem com material local, facilitando a
drenagem do terreno e otimizando os custos com
fundações e urbanização
Os resultados da avaliação ambiental indicam
para viabilidade do Complexo Petroquímico em
Itaboraí e da Central de Escoamento de Líquidos
em São Gonçalo.

20. AVALIAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA

21. FATORES ANALISADOS
•Avalia os potenciais impactos sócio-econômicos do
empreendimento nas áreas analisadas e no seu entorno
•As áreas são classificadas, qualitativamente, de acordo com
os critérios
Zoneamento
Uso e ocupação do solo
Impactos sócio-ambientais
Riscos

22. RESULTADO DA AVALIAÇÃO SOCIAL
• 1,3 milhão de habitantes na zona de influência – 30
km do site, fornecedores potenciais de mão-de-
obra, beneficiados pela implantação do
empreendimento: site + central de escoamento
• Presença de núcleos urbanos distantes cerca de 15
Km do local do empreendimento, localização
próxima porém segura
• Estrutura fundiária composta de fazendas e sítios,
predominando pastagens de baixo aproveitamento
• Distância de 75 km do Rio de Janeiro

23. CONCLUSÃO
• A análise conjunta dos fatores apresentados indica que
ITABORAÍ / SÃO GONÇALO reúnem as melhores
condições para implantação do empreendimento sob o
ponto de vista dos fatores técnico-econômicos,
ambientais e sócio-econômicos
Empregos (diretos + Investimento – em
indiretos + efeito- torno de US$ 6,5
bilhões, sendo US$
renda) – 212 mil
3,5 bilhões na UPB -
durante o período de Unidade de
construção da UPB Petroquímicos
Básicos