1) Paulo escreve a Timóteo para assegurar a firmeza da fé em Éfeso, onde havia falsos mestres ensinando doutrinas errôneas.
2) Timóteo foi comissionado por Paulo para permanecer em Éfeso e lutar contra essas falsas doutrinas.
3) O documento é um resumo do conteúdo da Primeira Epístola a Timóteo, dividido em seções sobre a introdução, princípios gerais para a igreja, diretrizes específicas para Timóteo
Palestra para Igrejas - A Influência da Mídia nos Lares CristãosJoão Carlos
Bençãos e maldições - esses dois elementos sempre estarão diante do cristão. Como saber se seu lar está sendo abençoado ou não? A qual Deus sua família presta honras? Entender essas questões farão você e sua família se proteger as ciladas do inimigo.
Abraão, nono descendente de Sem, recebeu um chamado de Deus para deixar sua terra natal em Ur e ir para uma terra desconhecida. Ao longo de sua vida, Abraão demonstrou fé e obediência a Deus ao seguir Seus comandos, como quando ofereceu seu filho Isaque em sacrifício. Sua jornada ensina a importância de ouvir a voz de Deus e confiar em Sua orientação, mesmo enfrentando medo e incertezas.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, processador mais rápido e bateria de maior duração. O dispositivo também possui tela maior e armazenamento expansível, com preço sugerido a partir de $799. Analistas esperam que o aparelho ajude a empresa a aumentar sua participação no competitivo mercado de smartphones.
A empresa está enfrentando desafios financeiros devido à pandemia e precisa reduzir custos. O diretor financeiro recomenda demitir funcionários ou cortar benefícios para economizar 1 milhão de dólares até o final do ano.
Slides, Lição 2, Central Gospel, A Obediência Produz Maturidade, Pr Henrique, EBD NA TV, Tema, Maturidade Cristã, Decisão pessoal e mudança de mentalidade, 4Tr22, Lições Da Palavra de Deus, Para Jovens e adultos, Ano 18, Nº 67, 4º Trimestre de 2022, Escola Bíblica Dominical, Grupos de Estudo Individual, Coment. Pr Joá Caitano, Livro de Luciano Subirá, Coment. Extras, Pr. Luiz Henrique, EBD NA TV, Ervália, MG, Imperatriz, MG, Americana, SP, 99-99152-0454, Ajuda da Escola Bereana, ADVEC
SlideShare Lição 4, A Sutileza da Normalização do Divórcio, 3Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV, Americana, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, 3° Trimestre 2022, Tema, Os Ataques Contra a Igreja de CRISTO, As Sutilezas de Satanás nestes Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo, Comentários, Pr. José Gonçalves, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor desempenho. O dispositivo também possui recursos adicionais de inteligência artificial e segurança de dados aprimorados. O lançamento do novo smartphone está programado para o final deste ano.
Palestra para Igrejas - A Influência da Mídia nos Lares CristãosJoão Carlos
Bençãos e maldições - esses dois elementos sempre estarão diante do cristão. Como saber se seu lar está sendo abençoado ou não? A qual Deus sua família presta honras? Entender essas questões farão você e sua família se proteger as ciladas do inimigo.
Abraão, nono descendente de Sem, recebeu um chamado de Deus para deixar sua terra natal em Ur e ir para uma terra desconhecida. Ao longo de sua vida, Abraão demonstrou fé e obediência a Deus ao seguir Seus comandos, como quando ofereceu seu filho Isaque em sacrifício. Sua jornada ensina a importância de ouvir a voz de Deus e confiar em Sua orientação, mesmo enfrentando medo e incertezas.
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Slides, Lição 2, Central Gospel, A Obediência Produz Maturidade, Pr Henrique, EBD NA TV, Tema, Maturidade Cristã, Decisão pessoal e mudança de mentalidade, 4Tr22, Lições Da Palavra de Deus, Para Jovens e adultos, Ano 18, Nº 67, 4º Trimestre de 2022, Escola Bíblica Dominical, Grupos de Estudo Individual, Coment. Pr Joá Caitano, Livro de Luciano Subirá, Coment. Extras, Pr. Luiz Henrique, EBD NA TV, Ervália, MG, Imperatriz, MG, Americana, SP, 99-99152-0454, Ajuda da Escola Bereana, ADVEC
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Lição 7 – A Desconstrução da Feminilidade Bíblica.pptxCelso Napoleon
EBD | 3° Trimestre De 2023 | CPAD Adultos | Tema: A IGREJA DE CRISTO E O ÍMPERIO DO MAL – Como viver neste mundo dominado pelo Espirito da Babilônia | Escola Bíblica Dominical | Lição 7 – A Desconstrução da Feminilidade Bíblica
Slides elaborados por Celso Napoleon
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor processador. O novo dispositivo também possui bateria de maior duração e armazenamento expansível. O lançamento está programado para o próximo mês com preço inicial sugerido de US$799.
1. O documento descreve o currículo e funcionamento do Curso de Teologia da EETAD (Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus).
2. O curso possui níveis Básico, Médio I e Médio II e é ministrado de forma descentralizada em Núcleos locais com aulas semanais e uso de manuais autodidáticos.
3. São detalhadas as matérias, duração, requisitos de cada nível e documentos de conclusão como Certificado e Diploma.
O documento descreve a história bíblica de Jó, que perdeu todos os seus filhos em um acidente. Ele discute como lidar com a morte na família de forma cristã, sem culpar Deus ou se desesperar, mas sim vivendo o luto com esperança. O objetivo é conscientizar sobre como os cristãos devem enfrentar perdas na família.
Lição 1 - O início da caminhada - CPAD.pptxCelso Napoleon
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
A empresa anunciou um novo produto que combina hardware e software para fornecer uma solução completa para clientes. O produto oferece recursos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para ajudar os usuários a automatizar tarefas complexas. Analistas acreditam que o produto pode ser um sucesso comercial se for fácil de usar e tiver um preço acessível.
SlideShare Lição 13, Resistindo às Sutilezas de Satanás, Completo, 3Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV, Americana, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, 3° Trimestre 2022, Tema, Os Ataques Contra a Igreja de CRISTO, As Sutilezas de Satanás nestes Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo, Comentários, Pr. José Gonçalves, Luiz Henrique de Almeida Silva, meu telefone, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, tela maior e bateria de longa duração por um preço acessível. O dispositivo visa atrair mais consumidores em mercados emergentes com especificações sólidas a um preço baixo. Analistas esperam que o lançamento ajude a empresa a ganhar participação de mercado.
Slideshare Lição 5, CPAD, O Avivamento na Vida da Igreja, 1Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 2023, adultos, Tema, Aviva a Tua Obra, O chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Americana, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Pr Elinaldo Renovato de Lima, Pr Assembleia de DEUS, em Parnamirim, RN, Coment. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, meu telefone, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas
SlideShare, Lição 13, O SENHOR Está Ali, 4Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 4º Trimestre de 2022, adultos, Tema, A Glória e a Justiça de DEUS, A Igreja e a Convocação do Profeta Ezequiel, para um Despertamento Espiritual, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Americana, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Pr Esequias Soares, Pr Assembleia de DEUS, em Jundiaí, SP, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, meu telefone, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas
Slideshare Lição 2, CPAD, A Predileção dos Pais por um dos Filhos, 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV, , 2Tr23, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2023, adultos, Tema, Relacionamentos em Família, Superando Desafios e Problemas com Exemplos da Palavra de Deus, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Americana, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Comentários, Pr Elienai Cabral, Pr Assembleia de DEUS, em Brasília, DF, Coment. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, meu telefone, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas
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O documento descreve o milagre de Jesus em Caná, onde Ele transformou água em vinho durante um casamento para evitar a vergonha dos noivos por falta de bebida. O milagre ocorreu a pedido de Maria e mostrou a glória de Jesus aos Seus discípulos, que passaram a crer Nele.
A empresa de tecnologia anunciou um novo produto, um smartphone com câmera de alta resolução e bateria de longa duração. O aparelho também possui armazenamento expansível e processador rápido. O lançamento está programado para o próximo mês com preço inicial abaixo da média do mercado.
A União Europeia está preocupada com o aumento dos preços da energia e propõe medidas para aliviar o fardo dos consumidores, incluindo limites temporários de preços, compras conjuntas de gás e apoio financeiro direto às famílias e empresas mais vulneráveis.
Slideshare Lição 3, JESUS, o discípulo e a Lei, 2Tr22, Pr Henrique, EBD NA TV, Americana, SP, Revista Lições Bíblicas, CPAD, adultos, estudantes, professores, Imperatriz, MA, Ervália, MG, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS, Slides, 2° Trimestre 2022, Tema, OS Valores Do Reino De Deus, A Relevância do Sermão do Monte para a Igreja de CRISTO, Comentários, Pr. Osiel Gomes, meu telefone, 99-99152-0454, Luiz Henrique de Almeida Silva, Canal YouTube, Henriquelhas
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
Palestra para Igrejas - Família e as Redes SociaisJoão Carlos
A União Europeia está preocupada com o impacto da inteligência artificial no mercado de trabalho. Estudos mostram que muitos empregos serão automatizados nos próximos anos, mas também que novos empregos serão criados. A UE quer garantir que os trabalhadores recebam treinamento para as novas habilidades necessárias e apoio para encontrar novas oportunidades.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo modelo será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
Cpad Lições BíBlicas[]Mestre[] = Jovens E Adultos = 4° Trimestre De 2008 D...ChavetaNaGrampola
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Lição 7 – A Desconstrução da Feminilidade Bíblica.pptxCelso Napoleon
EBD | 3° Trimestre De 2023 | CPAD Adultos | Tema: A IGREJA DE CRISTO E O ÍMPERIO DO MAL – Como viver neste mundo dominado pelo Espirito da Babilônia | Escola Bíblica Dominical | Lição 7 – A Desconstrução da Feminilidade Bíblica
Slides elaborados por Celso Napoleon
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1. O documento descreve o currículo e funcionamento do Curso de Teologia da EETAD (Escola de Educação Teológica das Assembléias de Deus).
2. O curso possui níveis Básico, Médio I e Médio II e é ministrado de forma descentralizada em Núcleos locais com aulas semanais e uso de manuais autodidáticos.
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Lição 1 - O início da caminhada - CPAD.pptxCelso Napoleon
EBD – Escola Bíblica Dominical
Lições Bíblicas Adultos 2° trimestre 2024 CPAD
REVISTA: A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA: O Caminho da Salvação, Santidade e Perseverança para Chegar ao Céu
Comentarista: Pr. Osiel Gomes
Apresentação: Missionário Celso Napoleon
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O documento discute a doutrina do pecado, cobrindo sua origem, definição, tipos de pecado (pessoal e imputado), e como afeta crentes. Trata da origem do pecado em Deus, Satanás, anjos e humanos, e define pecado como qualquer coisa contrária ao caráter de Deus. Também discute a natureza pecaminosa herdada e como Cristo oferece remédio através da redenção.
Este documento fornece um resumo da Bíblia, dividida em Antigo e Novo Testamento. Discutem-se os principais pontos como a divisão dos testamentos, os livros que os compõem, a história do texto bíblico e os métodos de interpretação. O documento visa apresentar os fundamentos para compreender a inspiração e unidade dos dois Testamentos da Sagrada Escritura.
1) O documento discute a teologia do Êxodo, incluindo os temas da libertação da escravidão, da aliança com Deus no Monte Sinai e da construção do santuário.
2) Aborda a data do Êxodo, argumentando que ocorreu no século XV a.C. sob o faraó da opressão mencionado no texto bíblico.
3) Explica que o santuário foi construído para prover a reconciliação entre Deus e o povo, prefigurando aspectos do plano de
O documento discute a geografia do Crescente Fértil, incluindo o clima, vegetação, hidrografia, geologia, geografia econômica e política, rotas comerciais e etnografia das regiões da Mesopotâmia, Egito e áreas adjacentes ao Crescente Fértil.
Neste livro o leitor irá compreender os fenômenos paranormais e suas nomenclaturas, bem como o seu paralelo com as histórias bíblicas; os fenômenos aqui abordados são: Aparição, aportes, autoscopia, bilocação, catalepsia, clarividência, comunicação com os mortos, cumberlandismo, déjà vu, dermografia, desdobramento de personalidade, drogas, ectoplasma, figura espiritual, fotogênese, glossolalia, heteroscopia, hiperestesia direta, hiperestesia, indireta do pensamento, hipnose, inédia, inspiração, intuição, levitação, materialização, meditação, mediunidade, morte, pantomnésia, precognição, premonição prosopopese, psicofonia, psicografia, quarta dimensão, sonambulismo, sonho, subjugação telepsíquica, talento do inconsciente, telecinésia, telemetria, telepatia, teleportação, telergia, teorias parapsicológicas, tiptologia, e transe.
O Guia de estudo bíblico marcou a vida de muitas pessoas em Santos/SP quando escrevi e o utilizava em xerox encadernado. Este livro foi durante muito tempo o Manual da Fé Cristã usado pela igreja onde pastoreei e ainda hoje dezenas de pessoas tem uma cópia deste livro em fotocópia. Nele contêm as explicações básicas das doutrinas e práticas cristãs. A Bíblia Sagrada é um guia para levar o homem ao conhecimento de Deus e da sua vontade. Este livro foi escrito em 1990, e servia como livro de estudo para novos convertidos em uma igreja evangélica. Os dogmas fundamentais do cristianismo são expostos em uma teologia sistemática muito simples e fácil de aprender, e na parte final do livro, abordo a vida cristã no padrão de santidade exigido por Deus para aqueles que querem fazer a sua vontade, mais do que somente conhecer o credo ou confissão cristã.
O livro de êxodo e o cativeiro de Israel no EgitoMoisés Sampaio
- O documento apresenta um resumo da primeira lição sobre o Livro de Êxodo ministrada pelo Pr. Moisés Sampaio de Paula.
- O livro de Êxodo relata a escravidão dos israelitas no Egito e sua libertação por Deus sob a liderança de Moisés.
- Moisés nasceu durante um período em que Faraó ordenou a morte de todos os recém-nascidos meninos israelitas, mas foi salvo graças aos seus pais tementes a Deus.
1. O documento apresenta um resumo do Evangelho de Mateus, incluindo sua autoria, propósitos e esboço geral. 2. Mateus é tradicionalmente considerado o autor e escreveu para mostrar que Jesus é o Messias profetizado e trouxe o Reino de Deus. 3. O esboço geral descreve os principais eventos no Evangelho, como o nascimento de Jesus, seus ensinamentos e milagres.
Este documento compara vários versículos bíblicos da tradução King James com outras traduções modernas, apontando omissões e alterações significativas de palavras e frases encontradas nas versões modernas. O documento sugere que essas mudanças podem alterar o significado original ou doutrinas bíblicas.
Esequias soares respostas bíblicas às testemunha de jeováAgraphai
1. O documento discute as respostas bíblicas às doutrinas das Testemunhas de Jeová sobre temas como a Trindade, Jesus Cristo, o Espírito Santo e o inferno.
2. A obra examina os ensinos bíblicos sobre esses pontos e faz um confronto com as crenças das Testemunhas de Jeová para ajudar os cristãos a defenderem sua fé.
3. Não aborda questões como o modo de vida das Testemunhas de Jeová na sociedade ou assuntos políticos, focando
Este documento apresenta a missão e objetivos da Sociedade Bíblica do Brasil de promover a difusão da Bíblia e sua mensagem. Ele descreve a Bíblia de Estudo MacArthur, incluindo seus conteúdos como introduções, notas de estudo e uma concordância bíblica, bem como informações sobre sua tradução e edição.
Este documento discute as origens e traduções da Bíblia, questionando a confiabilidade das versões modernas. Aponta que as principais versões modernas foram baseadas no trabalho de dois acadêmicos do século XIX que eram descrentes, evolucionistas, racistas e admiradores do catolicismo romano e da idolatria. Isso levanta dúvidas sobre confiar a tradução da Palavra de Deus a tais homens.
Introdução sobre a longevidade do uso de parábolas desde a antiguidade, embora Jesus tenha elevado o método a um nível superior; o significado abrangente do termo parábola no Antigo e Novo Testamentos, cobrindo diferentes formas de linguagem figurada como provérbios, comparações e símiles.
Este documento fornece informações sobre personagens e lugares bíblicos, listando nomes, relações genealógicas e breves descrições. A lista inclui nomes como Aarão, irmão de Moisés; Abraão, patriarca; e lugares como o Monte Sinai, onde Deus se revelou a Moisés. A lista visa fornecer uma visão geral dos principais personagens e locais encontrados na Bíblia.
Este documento resume as cartas de Paulo a Timóteo. A primeira carta foi escrita em 61 d.C. para instruir Timóteo a lidar com falsos doutores em Éfeso. A segunda carta foi escrita por Paulo pouco antes de sua morte em 67 d.C., encorajando Timóteo a permanecer fiel apesar da apostasia e deserção. Ambas as cartas fornecem orientação valiosa para pastores e líderes espirituais.
1) Paulo escreve a carta a Timóteo, seu discípulo e companheiro de missões, para instruí-lo sobre como liderar a igreja em Éfeso enquanto Paulo viaja.
2) Timóteo deve combater falsos ensinos e heresias através da pregação da sã doutrina e deve organizar a igreja, nomeando líderes espirituais qualificados.
3) A carta fornece orientações sobre vários aspectos da vida e liderança da igreja como oração, comportamento de mulheres e
1) O documento apresenta uma introdução à segunda epístola de Paulo a Timóteo, incluindo saudações, ações de graças e lembretes sobre a responsabilidade do evangelho. 2) Paulo enfatiza que o evangelho é um depósito que requer fidelidade, devendo ser entregue diligentemente aos outros e guardado firmemente. 3) Ele desafia Timóteo a permanecer fiel ao modelo das palavras sãs e conclui com observações pessoais e oração.
[1] Este documento discute a relação entre um pai e filho espiritual exemplificada pela relação entre Paulo e Timóteo. [2] Paulo via Timóteo como um "verdadeiro filho na fé" e os dois tinham uma relação íntima de amor e apoio mútuo. [3] Tanto Paulo quanto Timóteo contribuíram significativamente para a formação um do outro, com Paulo ensinando e capacitando Timóteo e Timóteo trazendo alegria e significado para a vida de Paulo.
Lição 12 - AS EPÍSTOLAS INSTRUEM E FORMAM O CRISTÃO.pptPauloMello68
Este documento fornece um resumo das principais doutrinas ensinadas nas epístolas do Novo Testamento. Ele discute: 1) Como as epístolas paulinas ensinam sobre salvação, Cristo e as últimas coisas; 2) Como as epístolas gerais formam os cristãos sobre fé, santificação e falsos ensinos; 3) Como as epístolas continuam falando sobre justificação, santificação e glorificação.
Paulo escreve sua segunda carta a Timóteo enquanto está preso, incentivando-o a permanecer forte na fé através do poder de Deus. Ele lembra Timóteo de sua educação cristã e o exorta a usar os dons espirituais recebidos para liderar com coragem, amor e moderação, perseverando no chamado de pregar o evangelho aos gentios, como um soldado e lavrador fiel.
O documento discute a primeira carta de Paulo a Timóteo, enfatizando três pontos: (1) Paulo escreve para combater falsos ensinos e promover o amor; (2) A lei é boa se usada corretamente para levar as pessoas a Cristo; (3) Cristo veio para salvar os pecadores, não os justos, e Paulo é o pior deles.
Este documento resume as Cartas Pastorais de 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito. Apresenta breves biografias de Timóteo e Tito, colaboradores de Paulo, e destaca pontos importantes de cada carta, como a organização das primeiras comunidades cristãs e a ênfase na transmissão fiel da fé. Aborda também objeções à autenticidade paulina das cartas e fornece respostas a essas objeções.
Estudo - 1 Tessalonicenses ( Comentário de Moody )ibpcursos
1) O documento apresenta uma introdução à epístola de 1 Tessalonicenses, descrevendo sua ocasião, data e lugar de escrita, assim como o desenvolvimento das ideias apresentadas. 2) Paulo escreveu a carta para elogiar a igreja em Tessalônica por sua recepção do evangelho e testemunho ao mundo, apesar da perseguição. 3) A carta também aborda problemas específicos que surgiram por causa dos ensinamentos de Paulo sobre a segunda vinda de Cristo.
1) Paulo ora constantemente por Timóteo e agradece a Deus pela fé que habita nele, influenciada pela educação cristã recebida de sua avó e mãe.
2) Timóteo deve ter convicção de sua salvação em Cristo Jesus e desperta os dons espirituais recebidos, para enfrentar os desafios da liderança com coragem, amor e moderação.
3) A vida cristã envolve sofrimentos, mas o crente deve se fortalecer na graça de Cristo, como um
DATA E LUGAR: A carta foi escrita por Paulo e Timóteo para a igreja em Filipos enquanto estavam presos em Roma, por volta de 64 d.C.
AUTOR: Paulo, o apóstolo dos gentios, que perseguiu os cristãos no início mas depois se converteu.
TEMA: A alegria da vivência cristã em todas as circunstâncias da vida e da morte, como Paulo demonstrou em meio ao sofrimento.
Lição 1 - 5 de julho de 2015 - Uma Mensagem à Igreja Local e à LiderançaTcc Final
Este documento resume uma lição bíblica sobre as Epístolas de 1 e 2 Timóteo e Tito. Ele discute o contexto e propósito destas cartas, escritas por Paulo para orientar jovens pastores. O documento também alerta sobre falsas doutrinas atuais e fornece orientações sobre a administração e ética ministerial baseadas nestas cartas.
As cartas de Paulo põem em evidência a falta cometida pelos líderes da Igreja, pois não mantinham um bom nível de conduta pessoal. Eles tinham a responsabilidade de viver a
verdade da Palavra de Deus nas igrejas e entre seu povo, e também de proteger a verdade das Escrituras. Os princípios dessas cartas são valiosos para todos os crentes.
Este documento apresenta um estudo sobre a Primeira Epístola a Timóteo. Resume o contexto da carta, incluindo o autor (Paulo), destinatário (Timóteo), data e local de escrita, e propósito de fornecer instruções sobre a conduta na igreja e combater falsas doutrinas. Também fornece um esboço da estrutura da carta e responde a algumas perguntas gerais sobre sua relevância e contexto.
Paulo escreve a Timóteo encorajando-o a manter a fé em meio aos "tempos difíceis" e alertando sobre influências negativas. Ele descreve os falsos mestres que levam as pessoas para longe da verdade e incentiva Timóteo a se apoiar na Palavra de Deus.
1. O documento apresenta uma introdução à primeira epístola aos Tessalonicenses, descrevendo a ocasião e local em que foi escrita, bem como a data e lugar prováveis. 2. Paulo elogia a igreja em Tessalônica por sua recepção do evangelho e testemunho ao mundo, apesar da perseguição. 3. O documento fornece um esboço dos capítulos da epístola e comenta brevemente sobre sua importância e ensinamentos.
Lição 01 - Uma mensagem à igreja local e à liderançaRegio Davis
O documento apresenta um resumo da lição sobre as Epístolas de Timóteo e Tito. Ele introduz o assunto, explica o propósito das cartas de orientar a liderança e combater heresias, e alerta sobre falsos ensinos atuais como o evangelho da prosperidade e a apostasia dos últimos dias.
Este documento fornece um resumo da introdução da epístola de Efésios. Discute a autoria, data e local da carta, bem como os destinatários. A autoria de Paulo é amplamente aceita, enquanto a data e local tradicionais (Roma) são questionados por alguns. O documento também apresenta um esboço geral do conteúdo da epístola, dividido em duas partes principais: a posição do crente em Cristo e a conduta do crente no mundo.
Este documento resume a Primeira Epístola de Paulo aos Tessalonicenses, incluindo o contexto histórico, os principais ensinamentos e propósitos da carta. Paulo escreveu a carta para encorajar a igreja em Tessalônica e explicar mais sobre a vinda de Cristo e o arrebatamento da Igreja. A carta ensina sobre a fé, o amor, a esperança e a santificação.
Semelhante a Comentário biblico pentecostal – 1 e 2 timóteo (20)
The document discusses the benefits of exercise for both physical and mental health. It notes that regular exercise can reduce the risk of diseases like heart disease and diabetes, improve mood, and reduce feelings of stress and anxiety. The document recommends that adults get at least 150 minutes of moderate exercise or 75 minutes of vigorous exercise per week to gain these benefits.
Pecado imensurável por charles haddon spurgeondeusdetdfsoares
Charles Spurgeon discute nossa incapacidade de compreender totalmente nossos próprios pecados e erros. Ele afirma que reconhecemos ter erros, mas não conseguimos entendê-los completamente. Nossos olhos estão cegos pela queda e só vemos a escuridão superficial do pecado, e não suas sutis nuances. Somente Deus conhece perfeitamente a extensão de nossos pecados.
1) A Cruzada de Literatura tem o objetivo de imprimir milhões de livretos sobre temas como salvação e verdades bíblicas para ajudar as pessoas a viverem de forma vitoriosa e serem testemunhas de Cristo.
2) Os livros não foram escritos de uma perspectiva denominacional, mas para ajudar qualquer pessoa a conhecer e servir melhor a Cristo.
3) A Cruzada atua em mais de 45 países, colaborando com milhares de igrejas para apoiar seus programas de evangelização.
Heróis do antigo testamento vol. 2 – enoque e noé – gordon lindsaydeusdetdfsoares
1. O documento descreve o livro "Enoque e Noé - Patriarcas do dilúvio" de Gordon Lindsay.
2. Enoque é descrito como o primeiro homem a andar com Deus e ser trasladado sem ver a morte, servindo como figura do arrebatamento.
3. Noé é introduzido como bisneto de Enoque e patriarca que sobreviveu ao dilúvio.
Gordon lindsay sinais da próxima vinda de cristodeusdetdfsoares
1) O documento discute sinais bíblicos da Segunda Vinda de Cristo, incluindo o incremento do saber humano, a invenção do automóvel e do avião, e o desenvolvimento da rádio, televisão, bomba atômica e bomba H.
2) Estes desenvolvimentos cumprem profecias bíblicas e indicam que a volta de Cristo está próxima.
3) A Segunda Vinda trará o estabelecimento visível do Reino de Deus na terra e o fim das guerras.
Heróis do antigo testamento vol. 1 – adão e eva – gordon lindsaydeusdetdfsoares
O documento descreve a criação de Adão e Eva no Jardim do Éden de acordo com o relato bíblico. Detalha como Deus criou Adão e, percebendo que não era bom o homem ficar sozinho, criou Eva a partir de uma costela de Adão para ser sua companheira. O texto também menciona o domínio que Deus deu a Adão e Eva sobre a Terra.
1. Jesus usou parábolas principalmente para obscurecer suas mensagens daqueles que Deus não ordenou serem iluminados, não para tornar as verdades espirituais mais fáceis de entender.
2. Até mesmo os discípulos de Jesus frequentemente não entendiam as parábolas até que Jesus explicasse seu significado.
3. As parábolas requerem pensamento sério para compreender, ao contrário da linguagem direta que é mais fácil de entender.
As consequências da depravação humana por arthur walkington pinkdeusdetdfsoares
O documento discute as consequências da depravação humana após a queda de Adão. Ao comer o fruto proibido, os olhos de Adão e Eva foram abertos e eles perceberam que estavam nus, ou seja, perceberam sua nova condição de miséria após desobedecerem a Deus. O documento também argumenta que Adão não foi salvo logo após sua queda, com base na falta de evidências disso nas Escrituras.
O documento fornece instruções para novos cristãos após tomarem a decisão de seguir a Cristo, enfatizando a importância de praticar a oração diariamente, ler a Bíblia regularmente e se unir a uma igreja espiritual para crescer na fé com o apoio de outros cristãos.
Abraão o amigo de deus - vol. 3 - gordon lindsaydeusdetdfsoares
O documento é um resumo do capítulo 1 do livro "Abraão: o amigo de Deus" de Gordon Lindsay. O capítulo descreve o chamado de Abraão por Deus para deixar sua terra natal em Ur dos caldeus e ir para Canaã. Abraão parte com seu pai Terá, seu sobrinho Ló e sua esposa Sara, mas apenas Abraão continua a jornada depois que Terá morre em Harã.
A bondade do redentor para com a alma crente por robert murray m cheynedeusdetdfsoares
1) O documento discute a bondade do Redentor para com a alma crente, descrevendo a postura da Igreja no deserto e sua relação com Cristo. 2) Cristo fala com a alma, lembrando-a de seu estado passado e declarando seu amor por ela. 3) A alma pede mais graça, comparando o amor de Cristo à morte e sepultura.
1. O documento descreve o encontro do orador com a família Shakarian, onde ele orou pela cura de uma mulher que estava morrendo de câncer. Contra as expectativas médicas, ela se curou em três dias, como previsto pelo orador.
2. O orador fala sobre como conheceu e ajudou a organizar o primeiro grupo de Homens de Negócios do Evangelho Pleno com a família Shakarian. Ele encoraja o grupo a se reunir regularmente para fortalecimento mútuo.
3. O
1. I TIMÓTEO
Deborah Menken G ill
rS B O Ç O
1.Introdução (1.1-20)
1.1. Saudação (1.1,2)
1.2. Propósito da Carta: Assegurar a
Firmeza da Fé em Éfeso (1.3-20)
1.2.1. ATarefa de Timóteo: Lutar contra
as Falsas Doutrinas (1.3-11)
1.2.1.1. O Comissionamento de Timóteo
É Reiterado (1.3,4)
1.2.1.2. AIdentificação do Objetivo do
Autor: O Amor (1.5)
1.2.1.3. O Erro a que alguns se Desvia
ram: O Falso Uso da Lei (1.6,7)
1.2.1.4. A Correção: O Uso Apropriado
da Lei(1.8-11)
1.2.2. O Testemunho de Paulo: AGraça
do Senhor para com Paulo (1.12-17)
1.2.2.1. O Senhor Designou o Apóstolo
ipesar de seu Passado (1.12,13a)
1.2.2.2. AMisericórdia Concedida apesar
ii Ignorância e da Incredulidade (1.13b,14)
1.2.2.3. Salvo apesar de seus Pecados
-15)
1.2.2.4. Um Exemplo Admirável da Paci
ência de Deus (1.16)
1.2.2.5. Doxologia (1.17)
1.2.3. O Encorajamento à Luta (1.18-20)
izando a Igreja: Princípios
Eerais para a Edificação da
Problemática Igreja em Éfeso
-1 —3.13)
2.1. AOração pela Paz (2.1-8)
-1.1. Exortação a Orar pela Paz (2.1,2)
—1.2.0 Fundamento e a Bênção Trazidos
■k í Exortação (2.3-7)
-1.2.1. AVontade de Deus: A Salvação e
ji iclarecimento (2.3,4)
.11.2.2.0 Papel de Cristo: Sacrifício e
fcsemunho (2.5,6)
11-2.3. AChamada de Paulo: UmPastor e
fstolo (2.7)
' 3- O Desejo de que os Homens
m (2.8)
AVestimenta e o Estilo de Vida das
heres (2.9-15)
2.2.1. Dar Preferência ao Adorno
Espiritual (2.9,10)
2.2.2. A Ordem de Ensinar às Mulheres
(2.11)
2.2.3. AOrdem para que as Mulheres
Permanecessem em Silêncio (2.12)
2.2.4. AOrdem da Criação É Reiterada
(2.13)
2.2.5. AExplicação da Queda em Pecado
(2.14)
2.2.6. AEsperança de sua Salvação É
Anunciada (2.15)
2.3. Sobre os Bispos (3-1-7)
2.3.1. As Aspirações à Liderança São
Ratificadas (3.1)
2.3.2. O Estabelecimento das
Qualificações da Liderança (3.2-7)
2.4. Sobre os Diáconos (3.8-13)
2.4.1. Qualificações Gerais para todos os
Diáconos (3.8-10)
2.4.2. Qualificações Específicas para as
Diaconisas (3.11)
2.4.3. Qualificações Específicas para os
Diáconos (3.12)
2.4.4. Elogios aos Diáconos que Servirem
Fielmente (3.13)
3. OEstabelecimento de Diretrizes a
Timóteo: O Aconselhamento
Específico para Estabelecer o Jovem
Timóteo na Liderança (3.14—6.10)
3.1. Defendendo a Fé (3.14—4.5)
3.1.1. AConduta Correta na Igreja (3.14-16)
3.1.2. AEvidência do Falso Ensino (4.1-5)
3.1.2.1. AApostasia do Fim dos Tempos
É Antecipada (4.1,2)
3.1.2.2. O Asceticismo Estrito É Condena
do (4.3-5)
3.2. Aprendendo a Liderar (4.6-16)
3.2.1. Princípios de Liderança (4.6-9)
3.2.2. Modelos de Liderança (4.10-12)
3.2.3. ANatureza Prática da Liderança
(4.13-16)
3.3. O Relacionamento com as outras
Pessoas na Igreja (5.1-16)
3.3.1. Como Tratar os mais Velhos e os
Jovens (5.1,2)
1443
2. I TIMÓTEO 1
3-3.2. Como Tratar as Viúvas (5.3-16)
3.3.2.1. Honrar as Viúvas que Sejam
verdadeiramente Viúvas (5.3)
3-3.2.2. Qualificações das Viúvas (5.4-10)
3.3.2.3. Sobre as Viúvas maisJovens
(5.11-15)
3.3.2.4. O Encorajamento ao Apoio Indi
vidual às Viúvas (5.16)
3.4. Trabalhando com Líderes na Igreja
(5.17-25)
3.4.1. Os Presbíteros Trabalhadores São
Dignos de dupla Honra (5.17,18)
3.4.2. Como Lidar com as Queixas contra
os Presbíteros (5.19-21)
3.4.3. A Proibição das Ordenações
Precipitadas (5.22-25)
3.5. Exortando os Servos ou Escravos
Crentes (6.1,2a)
3.5.1. Honrar os Mestres por Amor a
Cristo (6.1)
3.5.2. Os Senhores Crentes Devem Ser
ainda mais Honrados (6.2a)
3.6. ALuta contra os Falsos Mestres e o
Amor ao Dinheiro (6.2b-10)
3.6.1. A Ordem para que a Ortodoxia
Seja Ensinada (6.2b)
3.6.2. ADescrição dos Ensinadores de
Heresias (6.3-5)
3.6.3. Tentações pelo Dinheiro Expostas
(6.6-10)
4. Conclusão: Instruções Finais e
Bênção (6.11-21)
4.1. Manter a Fé (6.11,12a)
4.1.1. Fugir do Materialismo (6.11)
4.1.2. Lutar pela Fé (6.12a)
4.2. Manter a Obediência (6.12b-15a)
4.3. Glorificado Seja Deus (6.15b,l6)
4.4. AInstrução aos Ricos (6.17-19)
4.4.1. Enfocar a Deus (6.17)
4.4.2. Cultivar a Generosidade (6.18,19)
4.5. Guardar o Depósito (6.20,21a)
4.6. Conclusào (6.21b)
COMENTÁRIO
1. Introdução (1.1-20)
1.1. S au d ação (1.1,2)
No período greco-romano as cartas
começavam tipicamente com saudações
polidas: o nome do escritor, o nome do
destinatário e uma saudação; por exem
plo, “Paulo... a Timóteo, meu vi_
ro filho na fé: graça, misericórdia
da parte de Deus, nosso Pai, e ca
toJesus, nosso Senhor”.Asprim~:
de Paulo traziam breves saudaçã
1.1a; 2 Ts 1.1), porém em suas r*
seqüentes as saudações epístola:
naram-se mais elaboradas. Na é~z
Cartas Pastorais, Paulo ampliaasoc
da saudação.
O apóstolo se identifica pel:
título: “Paulo, apóstolo de Cri>::
(Embora Paulo usasse freqüenti
estrutura “Jesus Cristo”,a expressa:
Jesus” é uma ordem comum na;
rais). Nas epístolas em que precisa
sua autoridade, chama a si m
apóstolo (1 e 2 Coríntios, Gálataí.
e Colossenses). Nas que são mais
ais refere-se a si mesmo como u ã
vo”(Filipenses e Romanos) ou
(Filemom). Ainda que Timóteo:
amigopessoal,Paulomencionaoap
em virtude dos oponentes em É5r
tinham a intenção de ouvir secrer
a leitura desta carta. E ele o faz c
ênfase, acrescentandoaexpressão
o mandado de Deus”. Sua desc
bitual é “pela vontade de Deus'. A
vragregatraduzidacomo “mandaoa'
era usada para ordens reais que
am ser obrigatoriamente obed&
fim de reforçar as ordens que li
proferirá em seu nome, Paulo
bentendido que Timóteo também
o comando divino.
Observe os epítetosusadospara
do comissionamento de Paulo:
nosso Salvador” e “Senhor Jesus
esperança nossa”. Deus inaugura
no da salvação e Cristo Jesus tran
denção para a sua consumação
mo dia. A identificação de Deu;
Salvador tem,uma rica história. A
judaica (Dt 32.15; SI 24.5; 65.5). e :
deJesus em hebraico significa “o
salva”. Nas religiões pagãs miste
época de Paulo, os deuses que
mente davam a vida e o conhí
da salvação eram chamados de
dores”.A religião oficial do estadc
romano aplicava este termo a Zeu;..
1444
3. I TIMÓTEO 1
e Asclépio. O mais importante era o uso
oeste termo para o imperador romano:
íalvador do Estado por manter a ordem
e o bom governo. Em rivalidade delibe
rada à adoração que era oferecida ao im
perador, Paulo identifica a Deus como
: Salvador, enfatizando o termo “nosso”.
Embora o pai de Timóteo fosse um
gentio, sua mãe era judia. De acordo com
alei de descendência materna, Timóteo
poderia ser considerado um judeu. Con-
^_do, de acordo com alguns ensinos ju
daicos, o nascimento de Timóteo seria
-egítimo. Não há dúvida de que estas con
siderações motivaram Paulo a fazer com
r_teele fosse circuncidado (At 16.3). Alguns
esudiosos sugeriram que o pai de Timóteo
ji havia falecido quando ele foi circun-
iidado. Se estivesse vivo, provavelmente
o o teria permitido. Paulo se tomou
substituto de seu pai, autenticando
condição judaica de Timóteo por meio
circuncisão, reconhecendo suas qua-
cações como verdadeiro descenden-
deAbraão pela fé em Cristo (cf. Gl 3-26-
e adotando Timóteo como seu pró-
o filho. O apóstolo agora declara a
itimidade de Timóteo como seu pró-
o filho na fé.
A terminologia típica da saudação de
ulo é “graça e paz”. Já em suas pri-
iras cartas, Paulo transformou a sau-
ão grega comum chairein (“Sauda-
s!”) em uma saudação cristã, charis
raça a vós!”), e ainda acrescentou a
dação hebraica, shalom (“Paz!”). No
nto, somente nas cartas a Timóteo
lo adorna a saudação com “graça,
ericórdia e paz”. Talvez, levando em
ta as dificuldades que Timóteo está
rentando em Éfeso, o apóstolo de-
a misericórdia de Deus como tam-
sua graça e paz.
1.2. Propósito d a Carta:
A ssegurar a F irm eza d a
F é em Éfeso (1.3-20)
.2.1.ATarefadeTimóteo: Lutarcon-
as Falsas Doutrinas (1.3-11).
1.2.1.1.0 Comissionamento de Ti-
eo É Reiterado (1.3,4). Nesta car
ta, Paulo lembra Timóteo de sua tarefa.
O termo “como” reforça a lembrança e
introduz um anacoluto (uma mudança
abrupta da construção gramatical no meio
de uma frase). As palavras omitidas e
subtendidas aqui são colocadas entre
colchetes: “Comoteroguei... [pessoalmente,
então agora o faço por escrito]”. Quando
PauloestavaacaminhodaMacedônia, rogou
a Timóteo que permanecesse em Éfeso a
fim de silenciar os falsos mestres. Talvez
por causa da relutância de Timóteo, o
apóstolo teve de insistir. Éfeso era uma
dascidadesmaisimportantesnaÁsiaMenor,
tantogeograficamente como culturalmente.
A timidez de Timóteo pode ter causado
o receio de realizar tal tarefa.
Paulo procura aumentar a autoridade
de Timóteo declarando que ele se encontra
sob a sua autoridade. A raiz do verbo tra
duzido como “rogar”em 1.3 é diferente
da raiz do substantivo traduzido como
“mandado” em 1.1. O verbo aqui é um
termo militar, significando “forçar, legar
o controle a outrem, dar ordens estritas
(autoritariamente)”.
Os oponentes do apóstolo são aque
les que (literalmente) “ensinam outra/
[diferente] doutrina”.Embora desejem “ser
doutores da lei” (v. 7), não são mais do
queensinadoresdeinovações, istoé, daquilo
que é alheio ao verdadeiro Evangelho. A
polêmica de Paulo contra as heresias não
é suficiente para identificar com certeza
adoutrina aque está se opondo. Os mestres
são amplamente descritos como aqueles
dedicados a “fábulas ou genealogias in
termináveis”.As fábulas e as genealogias
intermináveis não estão ligadas somente
aqui, mas também no helenismo (cultu
ra grega), no judaísmo helenístico (juda
ísmo influenciado pela cultura grega) e
no gnosticismo (uma religião misteriosa
em que a salvação era supostamente as
segurada pelo conhecimento de segredos,
tais como mitos e genealogias).
O termo “fábulas”ou “mitos”(mythos)
poderia incluirnarrações alegóricas, lendas
ou ficção, ou seja, doutrinas espúrias em
contraste com a verdade do Evangelho.
Esta palavra era freqüentemente usada
em um sentido pejorativo, denotando deste
1445
4. I TIMÓTEO 1
modo histórias falsas e tolas. A compo
siçãodehistóriasmíticasbaseadasnoAntigo
Testamento, agradou aos judeus daquele
período (veja por exemplo, o Livro de
Jubileu).Os mitos eram também uma parte
integrante do ensino dos gnósticos, que
tinham, por exemplo, versões alternati
vas da história da criação.
No judaísmo pós-exílio existia um pro
fundo interesse de cada pessoa em iden
tificar sua linhagem através da árvore
genealógica, especialmente entre os ju
deus que sobreviveram ao exílio babi-
lônico. Por exemplo, era necessáriovalidar
a linhagem de uma pessoa para que ela
pudesse servir no segundo templo sob
a liderança de Esdras e Neemias (Ne
7.64,65). As “genealogias”tornaram-se
motivo de controvérsias entre judeus
e cristãos judeus. A conexão mais for
te entre fábulas e genealogias está no
gnosticismo. As interpretações gnósticas
das genealogias do Antigo Testamen
to eram compreendidas de forma mítica,
e as especulações míticas sobre as enu
merações dos principados e da eterni
dade eram temas centrais para a teo
logia gnóstica. O apóstolo chama es
tas genealogias de “intermináveis”, quer
dizer, sem fim ou desenfreadas.
Os mestres preocupados com tais ques
tões não trouxeram nenhum resultado
positivo para o povo. Não promoveram
a “edificação de Deus”(literalmente, não
fizeram a obra de Deus como seus des-
penseiros, que edificaria o povo). A de
voção a tais assuntos não ajuda o homem
a realizar a obra que lhe foi confiada por
Deus como despenseiro. Ao invés disto,
“mais produzem questões”(isto é, espe
culações, literalmente, “pesquisas que estão
completamente fora do caminho”). Estes
termos são desdenhosamente emprega
dos como um antônimo de edificação.
1.2.1.2. A Identificação do Objetivo
do Autor: OAmor (1.5). Paulo contras
ta o propósito, finalidade, ou meta de suas
instruções (pregações) com os resultados
das atividades dos falsos mestres. O ob
jetivo de Paulo é o amor que vem de “um
coração puro, e de uma boa consciência,
e de uma fé não fingida”. A prevalência
de expressões tríades nas Paste
umainclinação aumalinguagemc
O amor ativo e o tratamento ca
com os outros tem os seguinte?
quisitos: terpureza na totalidade
morais, ser sensível a ponto de
a si mesmo e ter a fé que é li:
“uma fé não fingida” (isto é.
crisia), mas sincera e que re
sistentemente,no amoraDeus e
1 .2.1.3.0 Erro a que alj
viaram : O Falso Uso da Lei <
característico identificar os o,
primeiras polêmicas cristãs
palavra grega tis/tines [plural]
como “certos” ou “alguns"
“Alguns” perderam a marca
as fontes virtuosas das quais
(um coração puro, uma b ci
cia e uma fé sincera). Frac
do principal objetivo, e des:-
desviaram do caminho cen :
se para conversas imprópria
argumentos vazios. No estilo ■
das Pastorais existe um ataquE
te aos oponentes, mas pouci
ção sobre os mesmos. O v
ar”(ektrepo) era às vezes usa
termo médico significando'
“ser deslocado”. A aberracl:
destes falsos mestres era dol
de Cristo.
Ainda que os hereges
doutores da lei, eram comp:
qualificados, sendo que
teligência e conhecimento 1
lei”era uma expressão técnici
mo (cf. Lc 5.17; At 5.34). Estes'
do apóstolo buscavam re
e posiçõesoficiaisporsuamim:
e demandas legalistas. Embora
assem a fazer confiantes i
sistindo que estavam corre: 35
sando sua opinião em um
dogmático, mostram-se c
acordo com a ênfase do :e~r*:
nesta frase) incapazes de
I.2 .I.4 . ACorreção: O U
ado d a L e i(1 .8 -ll). Pãul
benefício da lei é propor
apropriado e legítimo, isto é
estar de acordo com aquüo
5. I TIMÓTEO 1
;sso: a restrição ao mal. Desde que
iremos como lei, a lei é algo excelen-
fcf. Rm 7.12,16). A lei funciona bem
- do nós a respeitamos; contudo se a
jigimos, esta nos condena. Paulo in-
’ 2 esta declaração como um princí-
reconhecido, com a frase “sabemos...”
Aleinãofoiinstituída emrazãodosjustos
pouca relevância tem para eles — , mas
j^jraosinjustos.Pauloentãolistaquatorze
diferentes de pessoas injustas (agra-
" sem quatrocategoriasduplas: “injustos
inados”, “ímpios e pecadores”, “pro-
enreligiosos”,“parricidase matricidas”;
categorias simples: “homicidas, for
res, sodomitas, roubadores de ho-
mentirosos e perjuros”). O apósto-
se caso, inclui todos os outros tipos
adores como “contrários à sã [salu-
udável] doutrina”.Sua ordem primei-
~te se refere às pessoas culpadas de
contraDeus,e àquelasquecometem
s contra os outros. A partir do quar-
ico na seqüência de Paulo, a lista co-
aproximadamente com o Decálogo.
mundo antigo, as listas de virtudes e
(catalogandotiposdecomportamento
epecador)eramcomuns (cf. Rml.31).
habitual citar os crimes mais sérios e
_muns em tais listas. O catálogo inclu-
iqui parece ser uma adaptação cristã
a lista judaico-helenística.
is especificamente, as pessoas para
a lei foi instituída são:
sem lei;
ueles que são insubordinados, incon
táveis, independentes, indisciplinados
e rebeldes;
que não adorama Deus, isto é, aqueles
são ímpios, irreverentes;
pecadores;
eles paraquemnadaésanto, paraquem
existe nenhuma pureza interior;
profanos, quer dizer, aqueles que se
portamirreverentee desdenhosamente
com as coisas de Deus;
eles que matam seus pais (parricídio;
'almente, “assassinos de pais”, aqueles
eliminam seus pais através da morte
do desrespeito);
elesquematamsuasmães(matricidas);
icidas;
10) adúlteros e fornicadores, ou seja, aquel
es que praticam imoralidade sexual;
11) pervertidos, como sodomitas, homosse
xuais (literalmente, “[homens] quetêmre
lações sexuais com outros homens”[cf. 1
Co 6.9D;
12) comerciantes de escravos (literalmente,
“os que pegam um homem pelo pé”), in
clusive todos aqueles que exploram ou
tros homens ou mulheres para suas pró
prias finalidades egoístas;
13) mentirosos; e
14) os perjuros, que prestam falso testemu
nho, aqueles quementem“contra [seupró
prio] juramento” de honestidade.
Paulo conclui descrevendo averdadeira
fonte dasã doutrina: “o evangelho daglória
do Deus bem-aventurado [bendito], que
me foi confiado”.Aprimeirafrase descreve
o conteúdo e o caráter do Evangelho; a
segunda, sua fonte; e no final, a relação
de Paulo com este.
1.2.2. OTestemunho dePaulo:AGra-
ça do Senhor para com Paulo (1.12-17).
1.2.2.1.0 Senhor Designou o Após
tolo apesar de seu Passado (1.12,13a).
Paulo é grato a Cristo Jesus, que conce
deu-lhe forças, por considerá-lo fiel e
designá-lo ao ministério. A habilitação
na graça é apreciada como uma chama
da divina, sendo uma capacitação tão ne
cessária quanto a comissão. Ainda que
Paulo tenha plena consciência da respon
sabilidade que tem para com a obra de
Deus, está convencido da efetividade da
graça de Cristo (veja 1 Co 10.15). Ele usa
o tempo verbal aoristo “me tem confor
tado”, recordando um tempo particular
quando se tornou ciente deste crescen
te fortalecimento (provavelmente implícito
em 2 Co 12.7-10). Por ter sido julgado
confiável, Paulo foi designado a servir
como um apóstolo.
Como em 1 Coríntios 15.9,10 e Gálatas
1.13-17, Paulo contrasta suavida pré-cristã
com suavida cristã presente. Descreve sua
antiga identidade como sendo um blas
femo (que calunia e maldiz a Deus), um
perseguidor (que procura as pessoas como
um caçador) e um homem opressor, vio
lento, sádico (do grego hybristes).
1447
6. I TIMÓTEO 1
Apalavra [hybristes]indica alguém que
pororgulhoeinsolênciadeliberadamente
maltrata, desdenha, humilha, faz o mal
e fere outras pessoas pelo simples pra
zer de ferir. Fala também de um trata
mentopremeditadoquetemafinalidade
de insultar e humilhar pública e aber
tamente as pessoas. A palavra é usada
em Romanos 1.30 para descrever um
homem insolente e arrogante, e retra
tar um dos pecados característicos do
mundo pagão (Rienecker, 1980, 617).
1.2.2.2. A Misericórdia Concedida
apesar da Ignorância e da Increduli
dade (1.13b,14). Paulo se beneficia da
distinção judaica entre pecados consci
entes e inconscientes (Lv22.14; Nm 15.22-
31). Não reivindica que seus atos de ig
norância e incredulidade o tornem me
nos culpado, porém menciona tais fatos
para explicar como seu perdão foi possí
vel. Mas “a graça de nosso Senhor” não
tem fronteiras; aumenta até transbordar
e “superabundou”navidadePaulo. Agraça,
por sua natureza, é completamente ime
recida; e, em sua medida, é extremamente
generosa. A bondade não merecida e a
capacitação divina foram abundantes na
vida do apóstolo, e a fé e o amor foram
os seus efeitos.
1.2.2.3- Salvo apesar de seus Peca
dos (1 .1 5 ). Paulo insere a próxima de
claração: “Esta é uma palavra fiel e dig
na de toda aceitação”, e concluindo com
uma aplicação pessoal, faz desta seu
próprio testemunho. Sua estrutura
introdutória, “esta é uma palavra fiel”,
aparece cinco vezes nas Pastorais (1 Tm
1.15; 3.1; 4.9; 2 Tm 2.11; Tt 3-8), e em
nenhuma outra parte do NovoTestamento.
Em cada uma destas ocasiões, está fra
se introduz uma declaração cristã fun
damental ou litúrgica (por exemplo, um
fragmento de um hino [2 Tm 2.11-131,
uma norma de fé [1 Tm 1.151, ou um
aforismo ou provérbio [que se inicia em
4.8]), e afirma sua verdade (Kelly, 1963,
54). A própria declaração de que “Cris
to Jesus veio ao mundo, para salvar os
pecadores” era uma confissão comum
entre os cristãos. De acordo com esta
declaração, o propósito davinda de I
era salvar, resgatar e libertar os p.
dores (cf. 1 Jo 3.8b).
Paulo então se identifica, não :
tendo sido, mas como sendo o piort
pecadores (cf. 1 Co 15.9; Ef 3.8).
bora esteja convencido de que a
o libertou das penalidades prove»
tes dos pecados cometidos no pasc
adota uma posição de humildade
memória e consciência do pecac-?
presente, e neste sentido ainda se
conhece como um pecador.
1.2.2.4. U m Exem plo Admirá
Paciência de Deus (1 .1 6 ). A sal
de Paulo tem como finalidade a c
a paciência ilimitada de CristoJesus
com outros candidatos à fé. O
“mostrar”é uma forma intensificada
“apresentar”, como se apontasse o
indicadoraum objeto. Otermoemp^
para paciência aqui é makrothymia
etimologicamente significa a di§ii
que Deus mantém de sua próprii
isto é, evitar a exteriorização de s u í
sua longanimidade e clemência. Cc
um exemplo para outros, Paulo é um
tótipo da graça. É um paradigma r~
onário: único como apóstolo, porém '
convertido a quem os piores pecai
res podem contemplar e ter espera*.
1.2.2.5. D oxologia(1.17). Come
outros exemplos nas Pastorais (1 Tm 2 ~
5.21; 6.13-16; 2 Tm 1.9,10; 2.8; 4.1*.
apóstolo parece citarum material litú
Desta vez, eleva-se a uma doxologia.
confissão de louvora Deus, em quear
quatro características ao Senhor:
1) eternidade, permanecer para sempre
2) imortalidade, incormptibilidade, quer-
imunidadeàdecadênciaouaodesfaleci.
3) invisibilidade; e
4) singularidade, o único Deus existente
O reconhecimento destas qualidades
vinas atribuemeternahonra e glóriaaDe:
1.2.3.OEncorajamento à Luta(1.
20). O testemunho de Paulo em 1.18.1
leva-o a lembrarTimóteo do mandame
anteriormente dado em 1.3,4. Como ap<
adicional e encorajamento a seu jov:
amigo diante da responsabilidade que.1
7. I TIMÓTEO 2
havia sido atribuída, o apóstolo lembra
Timóteo das profecias a seu respeito. Ele
espera que, inspirado por estas, Timóteo
combata o bom combate conservando a
:é e a boa consciência.
Paulo cita então dois exemplos de falta
refé. Os dois apóstatas, Himeneue Ale
xandre, são os pais infames da heresia
orovavelmente as mesmas que foram
mencionadas em 2 Tm 2.17; 4.14). Não
está exatamente claro o que estes dois
:.3mens rejeitaram, a que viraram suas
iDStas, ou o que repudiaram. O idioma
prego o identifica por um pronome re
ativo singular feminino (traduzido como
'essas” na NVI), cujo antecedente po
ria ser qualquer um dos seguintes
los: mandamento, instrução, obri-
o; combate, expedição militar, cam-
nha, guerra; a fé; ou uma boa cons-
*ncia. O resultado da apostasia des-
- homens, porém, está claro: “fizeram
ufrágio na fé".Esta imagem é bastante
ida para Paulo, que por ocasião da
Ta dasPastorais já havia sofrido quatro
frágios. Em cada ocasião perdeu tudo,
;eto sua vida.
Aresposta de Paulo foi severa: entregou-
aSatanás (cf. 1Co 5.5). Satanás é umtutor
nentador; o verbo “entregar”está mais
1 ~doàpuniçãodoqueãinstrução.Devem
nder a não caluniar ou blasfemar de
;, o que neste caso provavelmente se
a seu falso ensino ou à sua oposição
mensagem do Evangelho.
Organizando a Igreja: Princípios
Gerais para a Edificação da Proble
mática Igreja em Éfeso (2.1—3-13)
2.1. A O ração p ela P az (2.1 -8)
2.1.1.Exortação aOrarpelaPaz(2.1,2).
instruções de Paulo sobre a oração
pam o primeiro lugar em sua agen-
íendo o assunto de maior importân-
Exorta com urgência que quatro ti-
ie oração devem ser oferecidos por
s as pessoas:
edidos”ou “Deprecações”(deesis), isto
é.petiçãoouintercessâo, derivada doverbo
quesignifica a felicidade de “ter uma au
diência com o rei”para apresentar uma
petição. Esta palavra era regularmente
usada para rogar algo a um superior;
2) “Orações” (proseuche), que é a palavra
comum para oração;
3) “Intercessôes”(enteuxis), outrapalavrapara
petiçãoouintercessâo, quevemdeumverbo
que significa “apelar para”; e
4) “Ações de graças” (eucharístia), que é a
palavra da qual vem o título litúrgico “eu
caristia”, usado por alguns referindo-se à
Ceia do Senhor.
Oapóstolofazmenção especialdaoração
pelas autoridades governamentais, expli
cando seus propósitos ou resultados. A
expressão traduzida como “os que estão
em eminência”indica etimologicamente
“ter uma posição acima de...”Esta pode
ria incluir todos aqueles que estão em
proeminência ou os superiores. Adescrição
da efetividade destas orações inclui qua
tro expressões para os tipos de vida a que
a oração nos levará:
1) “quieta”,pacífica,tranqüilaouimperturbável;
2) “sossegada” ou calma;
3) “em toda a piedade”ou devoção religio
sa, ou seja, tendo a atitude correta em re
lação a Deus, que é derivada do conheci
mento verdadeiro de Deus; e
4) “[em toda] honestidade”, gravidade, seri
edadeoudignidade, istoé, aseriedademoral
que afeta o comportamento exterior e a
intenção interior.
2.1.2.0 Fundamento e a Bênção Tra
zidos pela Exortação (2.3-7).
2.1.2.1. AVontadedeDeus:ASalvação
e o Esclarecim ento (2.3,4). Paulo ex
plica que a idéia da oração universal, por
todas as pessoas, é boa (não somente
agathos, “correta, praticável e moralmente
boa”, mas também kalos, “bonita e har
moniosa — agradável aos olhos huma
nos”) (Lock, 1973, 22-23) e agradável aos
olhos de Deus.
A vontade de Deus, nosso Salvador, é
“que todos os homens se salvem e venham
ao conhecimento da verdade”.Embora o
texto grego tenha palavras que diferenci
em “homem [pessoa do sexo masculino]”
(aner) de “ser humano [pessoa no senti
do genérico]”(anthropos), o texto da NVI
não distingue estas palavras em sua tra
1449
8. I TIMÓTEO 2
dução. Às vezes, isto pode dar aos leito
res modernos uma impressão errada, já que
não mais se lê “homem ou homens” de
modo genérico. Um comentário cuidadoso
ou uma consulta ao texto original torna
rão este ponto mais claro para o leitor.
2.1.2.2. O Papel de Cristo: Sacrifí
cio e Testemunho (2.5,6). Paulo parece
estar novamente fazendo citações. Ò texto
original de 2.5,6 foi reconhecido como
poético, sendo certificado como tal no
NovoTestamentogrego. Estesversos eram
provavelmente um primitivo hino cris
tão de cinco linhas:
Porque há um só Deus
e um só mediador entre Deus e os ho
mens [ou humanidade, anthropon],
Jesus Cristo, homem [anthropos],
o qual se deu a si mesmo em preço de
redençãoportodos[otermo“homens”
não está presente no texto grego],
paraservirde testemunho a seu tempo.
Este hino afirma a singularidade e a
unidade de Deus como sustentada pelos
judeus, então acrescenta a revelação cristã
de Jesus Cristo como o mediador ou in
termediário. Tal mediação foi possível pela
encarnação e culminou na crucificação
de Cristo, quando sua vida foi oferecida
como o preço pago pela libertaçãodaqueles
que estavam escravizados. Tudo isso acon
teceu no tempo ordenado por Deus.
2.1.2.3. A Chamada de Paulo: Um
Pastor e Apóstolo (2.7). Paulo foi en
carregado de partilhar este testemunho
com os gentios, como um “pregador”(ou
arauto), “apóstolo”e “doutor”(ouensinador).
O arauto era alguém que trazia impor
tantesnotícias.Anunciavafreqüentemente
um evento atlético ou uma festa religi
osa, oufuncionavacomoummensageiro
político, o portador de notícias ou or
dens da corte do rei. Deveria ter uma
vozforteeproclamarsuamensagemcom
vigor, sem demora e sem discuti-la. A
qualidade mais importante do arauto
consistia em ser um fiel representante
ou divulgador da palavra daquele que
o havia enviado. Não tinha a obrigação
de ser “original”ou criativo; deveriaaMí
um fiel portador da mensagem ce d» I
trem(V. P.Fumish, citadoemRiene-. ^»^
1980, 619).
Um apóstolo é “um enviado [con -al
incumbência]”. Paulo novamente afinfl
fortementealegitimidadedeseuapostai**
2.1.3. O Desejo de que os H o c n -
Orem(2.8). Umavezmaiso apóstolo
seu desejo de que os santos orem:
vez, porém, em contraste com as o f a J
vações que seguem este verso, especfll
camente dirigidas às mulheres, os oifl
tos da advertência imediata são os hccsa
(plural de aner). A autoridade apc s: J
ca está implícita na palavratraduzidacom
“quero”(expressandoo desejo ouav
de alguém). “Santas”neste verso d
ve mãos dadas a ações piedosas, purü«
limpasconforme os mandamentos deD e i
ao invés de seremmãos “ímpias”dediciü
à ira e às contendas.
A atitude mais geral em relação à ora- -n
ção naantigüidadepara pagãos, judeus, j
e cristãos era semelhante e consistia e~ i
colocar-se de pé com as mãos estendi- ■
das e levantadas, com as palmas volta- -m
das para cima. Os afrescos de pessoas *
orando, por exemplo, nas catacumbas
romanas, fornecem uma vivida ilustra
ção da vida da igreja primitiva (Keilv
1963, 66).
2.2. A Vestimenta e o Estilo de
Vida das Mulheres (2.9-15
2.2.1. Dar Preferência ao Adorii
Espiritual (2.9,10). Uma tradução
ral do texto grego inicia este verso co~ a
frase “do mesmo modo as mulheres' —
indicando aparentemente que as mulbe-
res, assim como os homens, deveriamcxm,
mas ao mesmo tempo deveriam ter cui
dados em relação à sua aparência pesso*
al. O desejo do apóstolo é que seu irzie
(comportamentoou conduta) seja moceíai
(isto é, decente, próprio, moderado) "conl
pudor e modéstia”. Estas duas rilri—a*
condições levam a um sentido sexua_ q
denotam uma reserva feminina, bem ccrj-_>
9. I TIMÓTEO 2
A Quarta Viagem M issionária de Paulo
Aproximadamente entre 62 e 68 d.C.
Esíá claro a partir de Atos 13.1—21.17 que Paulo
%ztrês viagens missionárias. Existem evidências
rsra crermos que ele tenha feito uma quarta
*agem após sua libertação do encarceramento
*3nano, registrado em Atos 28. A conclusão de
tal viagem tenha realmente acontecido
ia-se no seguinte:
" Na intenção declarada de Paulo de ir à
Espanha (Rm 15.24,28);
2JNa declaração de Eusébio, de que Paulo tenha
siüo libertado depois de seu primeiro
encarceramento romano (História Eclesiástica
122.2-3); e
IVEm declarações da literatura cristã primitiva
:ue afirmam que o apóstolo levou o Evangelho
as a Espanha (Clemente de Roma, Epístola aos
Zcóntios, cap. 5; Actus Petrí Vercellenses, caps.
1-3; Cânon Muratoriano, linhas 34-39). Os
lugares que Paulo pode ter visitado após sua
libertação da prisão são indicados por
declarações de intenção expressas em seus
escritos anteriores, e por menções subse
qüentes nas Cartas Pastorais. A ordem de sua
viagem não pode ser determinada com
precisão, mas o itinerário apresentado a
seguir parece provável.
1. Roma: libertação da prisão, 62 d.C.
2. Espanha: 62-64 (Rm 15.24,28)
3. Creta: 64-65 (Tt 1.5)
4. Mileto: 65 (2 Tm 4.20)
5. Colossos: 66 (Fm 22)
6. Éfeso: 66(1 Tm 1.3)
7. Filipos: 66 (Fp 2.23,24; 1Tm 1.3)
8. Nicópolis: 66-67 (Tt 3.12)
9. Roma: 67
10. Martírio: 67-68
repugnância moral a fazer o que é
desonroso. Referem-se ao aperfeiçoamento
Io domínio próprio, do controle dos
ipetites, ao pleno governo interior que
é capaz de colocar rédeas em todas as
~£ixões e desejos.
Paulo passa então a ser mais específico,
Esencorajandoasmulheresdeusaremestilos
iradosdecabelos,jóiasdeourooupérolas,
pascaras. Eranotórioque tantoasjudias
.o as mulheres gentílicas gostavam de
isto. As pérolas eram os adornos mais
is(custando aproximadamente o triplo
valordo ouro). Asmulheres usavam-nas
decoraroscabelos,orelhas,dedos,roupas,
ésandálias. “Aostentação navestimenta
freqüentemente considerada um sinal
promiscuidade no mundo antigo [espe
r t e entre os cristãos], tais gastos, tão
ndes, eram considerados injustificados
razão da difícil situação dos pobres”
roeger e Kroeger, 1992, 75).
O adorno apropriado de uma mulher
professa reverência a Deus são suas
s obras”, seu comportamento fiel. A
deira beleza não é uma questão de
oração exterior, e sim de virtudes in-
>res, que iniciam ações santas.
2.2.2. A Ordem de Ensinar às Mulhe
res (2.11). Neste versículo, Paulo muda
de foco, passa a dar mais importância ao
fato de que as mulheres devem estudar a
Palavra de Deus, e não somente ter uma
vida de oração. Está claro que o apóstolo
deseja que as mulheres na igreja apren
dam (cf. 1 Co 14.35a). No período roma
no, fora da aristocracia, a maioria das
mulheres, judias ou gentílicas, eram pri
vadasdaeducação. Asituaçãonãoeramuito
melhor no mundo religioso: não era per
mitido que as gentílicas participassem da
religião oficial do Estado grego e roma
no, e as judias eram impedidas de estu
dar a Torá e não podiam ser incluídas no
quorum da sinagoga. Entretanto, as ordens
de Paulo estabelecem um padrão diferente
para o cristianismo:“Amulher aprenda...”
(literalmente, “que amulherseja discipulada
[:manthano] ou ensinada”).
O Antigo Testamento defendia que se
fizesse silêncio na presença do Senhor (Sl
46.10; Is 41.1; Hc 2.20; Zc 2.13). Tal atitu
de provavelmente tivesse a finalidade de
auxiliar o aprendizado. Até mesmo os
estudiosos rabínicos deveriam aprender
em silêncio, que era entendido como uma
1451
10. I TIMÓTEO 2
parede ao redordasabedoria. Portrêsvezes
a Septuaginta (a tradução grega do Anti
go Testamento) acrescenta a “sujeição”ao
“silêncio”de acordo com o Antigo Testa
mento hebraico (Sl 37.7; 62.1,5). O silên
cioe asubmissãoeramconsideradosestados
de absoluta receptividade.
AcondutaquePauloexigiudasestudantes
ou discípulas (silêncio e completa submis
são, veja w . 11b,12b) nos faz relembrar a
situação problemática que havia em Éfeso.
Os falsos mestres infiltraram seus ensinos
pervertidosentreasmulheres,provavelmente
porque averdade não lhes havia sido ensi
nada pela igreja. Portanto, o apóstolo de
sejou equipar estas mulheres com o conhe
cimento da verdade, de forma que pudes
sem se opor aos erros. Sua ordem em 2.11,
paraqueasmulheresaprendessem,representa
acorreçãodosenosdivulgadospelosobreiros
tolos de 2 Timóteo 3-6,7, que “aprendem
sempre e nunca podem chegar ao conhe
cimento da verdade”.
2.2.3. A Ordem para que as Mulhe
res Estejam em Silêncio (2.12). A pró
xima oração foi interpretada por muitos
comoumadenúnciainequívocadoapóstolo
contra a liderança feminina, sua proibi
ção absoluta de colocar uma mulher em
uma posição de autoridade superior a um
homem. Tal interpretação tem trazido
perplexidade aos cristãos que crêem no
Evangelho de uma forma completa, e que
reconhecem o Espírito Santo como sen
do o capacitador dos homens e mulhe
res para a liderança cristã, conforme a
promessa relatada por Joel (2.28-32) e
cumprida no dia de Pentecostes (At 2.17-
21). Como se pode conciliar as duas de
clarações bíblicas, a saber, a promessa (e
seu cumprimento) e a proibição?
Está claro que esta passagem apresenta
desafios especiais para os intérpretes:1
1) O verbo authenteo (que na NVI é traduzi
do como “ter autoridade sobre”) não está
claro. Ejá que esta palavra ocorre somen
te uma vez em todo o Novo Testamento,
enãoconstanaSeptuaginta, devemosbuscar
recursos fora das Escrituras para discernir
seu significado;
2) A ordem da frase que contém a palavra é
incomum; umatradução literal seria: “Para
ensinar, ao contrário, às mulheres
permissão, nem para authentein
mem, mas que esteja em silêncio’:
3) Odesafiogramaticalé comporsuas
umtextocomduaspartículasnegajiH
e oude) e três infinitivos (d?
authentein e einai)-,
4) Os versos seguintes à injunção
levantam questões adicionais: (a)
areferênciaàordemnacriação?(b)
a explicação do engano e datransg.
(c) Por que a conexão entre a
“dar à luz”filhos?
5) Mais significativamente, a inte
tradicional (isto é, proibindo que
lheres liderem) torna as palavras
lo contraditórias em vista de sua
de afirmar a liderança cristã das
em outras passagens.
Overso começa com apalavrad;
“ensinar”. As Pastorais dão grande
se ao ensino, porque somente o
preciso poderia combater as falsas
trinas em Éfeso. É claro que de
maneira as mulheres estavam env
no falso ensino (lT m 4.7; 5.11-13
3.6,7;Tt 1.11).Aindaassim, Paulonãc
completamente a liderança das mu
EmoutraspassagensnasPastorais,
uma visão positiva relativa ao enr
mulheres (veja 2 Tm 1.5; 3.14,15; 4 1
At 18.26b). Além das Pastorais, o
Testamento contém numerosas afi
nas cartas de Paulo sobre as mulh
ministério (Rm 16.1,2,3-5,6,7,12: Fr
Note também que o próprio apí
em sua ausência, deixou Priscila e /
pastoreando os primeiros crentes
dade de Éfeso (At 18.19). Era ta
conhecido que Priscila e seu mari
sinaram o eloqüente pastor alexar
(um homem) chamado Apoio (At 1
Paulo havia elogiado esta mulher
tre e cooperadora na liderança da
em Éfeso, que aindaestavavivae d ei
de grande apreço no momento em
as Pastorais foram escritas (Rm 16.3
Tm 4.19). O contexto histórico,
to, esclarece que o apóstolo não p
o ensino feminino (como alguns int
taram este texto), mas proibiu que
nassem falsas doutrinas, da mesma
1452
11. I TIMÓTEO 2
aeira que os textos em 1 Timóteo 1.3,4 e
Tito 1.9-14proíbem o falsoensinode outros
hereges. (Ôs versos seguintes [isto é, 1Tm
2.13-15] revelam a natureza do ensino
herético que Paulo proibiu.)
O maior desafio para se interpretar 1
Timóteo 2.12 está no significado do se
gundo infinitivo, o verbo raro authenteo
(que é a forma infinitiva de authentein).
Ainda que o seu significado, “ter autori
dade sobre”, tenha sido tradicionalmen
te aceito neste contexto, tal tradução é
seriamente contestada hoje por estudio
sos conservadores que realizaram uma
extensa pesquisa sobre o uso da palavra
:ora do Novo Testamento. A gama dos
significados de authenteo incluio seguinte:
1) começar algo ou ser responsável poruma
: condição ou ação;
2) impor regras ou dominar;
5) usurpar o poder ou os direitos de outra
pessoa; e
4 ) reivindicarpropriedade,soberania,ouautoria
■ (Kroeger e Kroeger, 1992, 84).
Os Kroegers oferecem duas traduções
alternativas que levam em conta a ordem
íncomum das palavras no verso, seus
desafios gramaticais, seu contexto histó
rico e a pesquisa léxica mais recente desta
palavra:
li) “Nãopermito que umamulherensinenem
F seapresente como originadordo homem”
^ (ibid., 103); e
il> “Nãopermito que uma mulher ensine que
éooriginadordohomem”(ibid., 191-192).
Tal ensino (de que Eva foi criada pri-
iro e que ela originou Adão) era uma
s versões dos gnósticos a respeito da
'ação. Neste verso, Paulo está proibin-
que as mulheres ensinem tal heresia.
Umavez que tal interpretação não con
terá 1 Timóteo 2.12 como uma proibi-
contra todo o ensino e autoridade das
ilheres no ministério, é consistente com
demais afirmações de Paulo a respei-
liderança dasmulheres. Observe tam-
como esta interpretação é clara no
..jtexto dos versos que se seguem.
2.2.4. A Ordem da Criação É Reite-
(2.13).DepoisdePauloproibiroensino
e aspectodeheresiadosgnósticos,declara
visão ortodoxa relativa à cronologia da
criação. Enfatiza a descrição contida em
Gênesis e afirma definitivamente: “... pri
meiro foi formado Adão, depois Eva”.
2.2.5. A Explicação da Quedaem Pe
cado (2.14). Outro mito dos gnósticos
ensinava que a tentação da serpente não
resultouno pecado, masno esclarecimento,
e que foiEva, ao compartilharo fruto, quem
trouxe a luz a Adão. Para corrigir tal he
resia, Paulo é obrigado a explicar a que
da, como Eva foi enganada, e a primeira
transgressão.
2.2.6. A Esperança de sua Salvação
É Anunciada (2.15). O apóstolo con
clui o assunto prometendo a salvação para
as mulheres, se permanecerem em sua
missão de mãe “com modéstia na fé, na
caridade (ou amor) e na santificação”. Os
mitos dos gnósticos continham um en
sino elaborado sobre uma suposta dis
seminação, de acordo com o qual cada
umde seusdescendentes, aonascer, recebia
partículas da luz divina do primeiro ca
sal, que fora dotado destas partículas na
criação. Toda geração subseqüente dis
tribui suas partículas de luz entre sua
descendência. Após a morte, quando um
indivíduo gnóstico procurar realizar a
viagem celestial, deixando este planeta
material, estará proibido de deixar a terra
até que todas as suas partículas de luz
sejam reunidas. Se, tendo filhos, as par
tículas de luz de uma mulher gnóstica
tiverem sido passadas a outros, ela esta
rá presa na terra até a morte de toda a
geração de seus descendentes; quando
todas as suas partículas de luz poderão
ser novamente reunidas.
Emoutraspalavras,deacordocomoensino
gnóstico, a salvação eterna tornou-se com
pletamenteimpossívelàquelesquetêmfilhos.
Esta era possivelmente a razão pela qual os
falsos mestres em Éfeso estavam proibin
doocasamento(4.3). “Algunstextosgnósticos
condenavam ter filhos, e outros chegavam
atémesmo aafirmarque eraimpossíveluma
mulheralcançaravidaetema”(Kroeger,Evans
e Storkey, 1995, 442). Deste modo, Paulo
corrige este ensino errôneo, prometendo
assim a salvação a estas mulheres — ainda
que tivessem filhos — , caso vivessem uma
vida de santidade cristã.
1453
12. I TIMÓTEO 3
Ainterpretação correta desta passagem
põe um fim à falsa alegação de que a tra
dicional permissão do ministério e da li
derançaexercidapelasmulheresnoscírculos
pentecostais e carismáticos, onde se crê
no evangelho como um todo, (e a aceita
ção contemporânea do ministério femi
nino em importantes denominações) seja
uma violação das Escrituras. Assim como
Pedro, que no dia de Pentecostes prometeu
que nestes últimos dias o Espírito de Deus
capacitaria os homens e as mulheres para
oministério(At2.16-18),e damesmamaneira
Paulo reconheceu que em Cristo as dis
tinções sexuais são irrelevantes (G13.28),
esta passagem também não proíbe que
os homens sejam ensinadospelasmulheres
no exercício de sua liderança espiritual.
Antes, o apóstolo está confrontando um
problema local específico em Éfeso, si
lenciando os falsos ensinadores, e refu
tando os falsos ensinos.
2.3■ Sobre os Bispos (3-1-7)
2.3-1. AsAspirações àLiderança São
Ratificadas (3.1). O apóstolo volta sua
atenção especificamente às posições de
liderança na igreja, citando outroprovérbio
aparentemente famoso. Já naquele tem
po, a igreja primitiva tinha uma coleção
de curtas declarações (logia), de modo
resumido, porções memoráveis deverdades
comumente sustentadas pelos crentes. Tais
expressões existiram antes do tempo da
composição das Pastorais, e como reco
nhecimento de sua aceitação geral foram
introduzidas em forma de citação como
vemos aqui: “Esta é uma palavra fiel... ”
(veja comentários sobre 1.15).
Esta declaração cristã valida a aspira
ção que um crente possa ter de servir à
igreja em uma posição de liderança ou
supervisão. Qualquercrente que tenha esta
aspiração, homem ou mulher (a palavra
tis inclui ambos os gêneros), certamente
deseja fazer um bom trabalho, desempe-
nharumatarefanobre. Aocitareste logion*
o apóstolo recomenda o ofício do bispo
a qualquer pessoa que tenha as qualifi
cações que se seguem (w . 2-7).
As responsabilidades dos supemsq|B
superintendentesoubispos (episkopes O fl ,
longe de ser claras neste período pod
tivo da Igreja. O título parece ser ecn jl
lenteaodeanciãooupresbítero(presbiiaj
(5.17; Tt 1.5), embora pouco seja ccca í
cido sobre as funções que desempeni
vam. Opapeldosoficiaisdaigrejaera
e flexível na época do Novo Testam eaJ
Atéoperíodopatrísticoprimitivo,tais
ainda não haviam sido padroniza
regulamentadas.
2.3-2.0 Estabelecimento das
ficaçõesdaüderança(3.2-7).Pauic raosB
sua discussão sobre as condições ex;aaS
aos candidatos à liderança da igreja
uma lista consecutiva de doze qi:
ções simples (w . 2,3), seguidas pcc ■
requisitos, cada um destes acompaniíuta
poruma base lógica (w. 4-7). É impcnai*
notar que a lista inteira é estmturaoa rdh
que é chamado de inclusio, um disoirf
vo literário de parêntesis ou colcheie-s
torno de um assunto particular. O r —
ro requisito (v. 2a) é que o bispe 'sqp
inepreensível”;e oúltimo (v. 7), é que le a lM
bom testemunho dos que estão de :ac4w
Logo o assunto como um todo ■— as jo m
lificações para os líderes da igreja — r i
completamente envolvido por sua in^pi*
tância, que é superior à repreensãc
Esta não é uma lista de requisitas
pirituais — nenhum dos itens é espedl
camente cristão. Também não é uma
crição das responsabilidades ou a i i n
ções dos bispos. Antes, os itens re fe a e
os mais elevados ideais da filosofia c
ral helenística. A lista sugere que o : ar
portamento dos falsos mestres estava^j
vandoo Evangelhoàperdade credibilíoa^J
“Portanto, Paulo não está somente rrt*
cupado com os bispos, a fim de q u e » l
tes tenham virtudes cristãs (assume-se^
antemão que as tenham), mas que ~-n»
bém reflitam os mais elevados ideaa- H
cultura” (Fee, 1988, 78-79). As listas a
qualificações eram comuns na antigú:._.■
em meio aos gregos, romanos e ju a o sl
O padrão de líderes “irrepreensíveis' -at
amplamente difundido no mundo •• -nu
“Paulo, reconhecendo os desafios quea
cristãos enfrentavam já no início dc rc*
1454
13. I TIMÓTEO 3
conceito demonstrado pelo mundo, es
tavadeterminado a sobrepujar os padrões
da moralidade do mundo, não deixando
rje os escândalos maculassem a reputa
ção da igreja” (Keener, 1991, 87).
I Aprimeira e mais importante qualificação,
- então, é que os bispos tenham um caráter
excelente, istoé, quesejamirrepreensíveis.
Xunca deveria ser possível (literalmente)
"surpreender um bispo” fora dos limites
da integridade.
I Apróxima qualificação— que obispo seja
"maridodeumamulher”(nãoexisteotermo
"mas”no texto grego, como traduzido na
NVI) — é fácil traduzir, porém é difícil
interpretar. Três questões estão envolvi
das: (a) Será que o apóstolo está conde
nandoodivórcio,apoligamia,oconcubinato,
ou qualquer outra coisa? (b) Será que o
apóstolo está exigindo que os bispos se-
úm casados, refutando aqueles que dizi
amque não se deveria casar? (c) Será que
o apóstoloestáexigindoqueosbispossejam
homens e não mulheres?
a) Aprimeiradestasquestões— “marido
uma mulher”— é: Ó que queria dizer
do de uma mulher” no século I? A
retação tradicionaltoma afrase como
ndo dizer “marido de uma só esposa
nte sua vida”, às vezes acrescentan-
menosqueelamona”.Talinterpretação
qualificações permite que as pesso-
e se casam novamente após a mor-
cônjuge tenham a oportunidade de
r na liderança da igreja, mas proíbe
aqueles que se casaram após um
'_riose candidatemàliderança.Aqueles
:rêem em todo o Evangelho mantêm
elevada visão da permanência do
ento e querem que seus líderessejam
pios do mesmo. Também mantêm
elevada visão da graça de Deus e
~mque suas práticas demonstrem a
em ação. Conseqüentemente, as
cessobreestetextoforamtãograndes
as congregações carismáticas e as
tinações pentecostais se dividiram
eito da interpretação e da aplica-
terequisitoparaoslíderesdasigrejas,
sunto torna-se especialmente com-
o quando o candidato à liderança
iase enquadra em umadasseguintes
categorias: se o divórcio e o novo casa
mento aconteceram antes da conversão,
ou se o crente era a “parte inocente” em
um divórcio (isto é, se o casamento foi
terminado em bases bíblicas). Jesus per
mitiu o divórcio nos casos em que um dos
cônjuges fosse infiel (Mt 5.31,32), e en-
tende-se que Paulo permitiu o divórcio
se um dos cônjuges abandonasse o lar (1
Co 7.15). O assunto é ainda mais compli
cado quando já tem ocorrido uma anula
ção eclesiástica (para o que não existe
nenhuma citação nas Escrituras, no Novo
Testamento).
Algumas igrejas reconhecem que o
adultério e a deserção são bases bíblicas
para o divórcio, mas em nenhum caso
permitem um novo casamento. Seu apoio
é que (i) nem em Marcos 10.11,12 nem
em Lucas 16.18 a declaração dejesus sobre
o divórciofoiqualificadacomouma“cláusula
de exceção”(cf. Mt 5.31,32) — isto é, que
todo novo casamento constitui um adul
tério; e (ii) que Paulo subordina sua ex
ceção ao decreto de divórcio proferido
por Cristo, como uma idéia própria e não
do Senhor (cf. 1 Co 7.10-16; parece que
Paulo desconhece qualquer exceção por
parte de Cristo). Outras igrejas permitem
o novo casamento no caso de pessoas que
experimentaram o divórcio em bases
bíblicas. Sua lógica é que o propósito do
divórcio antigo era como uma sanção legal
para o novo matrimônio.
O contexto de nosso mundo moder
no e o rápido aumento do índice de di
vórcios (tanto fora como dentro da igre
ja) nos chamam a discutir este texto. Tal
vez o contexto do mundo antigo e sua
estrutura familiar e social possam elucidar
0 assunto. O que significava “marido de
uma mulher”para os leitores originais de
1 Timóteo, para os judeus e para os pa
gãos? Que advertência específica, naquele
contexto cultural, o apóstolo Paulo quis
dar aos candidatos à liderança cristã para
que fossem moralmente irrepreensíveis?
Referia-se ao divórcio, à poligamia, ao
concubinato, ou a qualquer outra coisa?
O divórcioeraumatrivialidadeno século
I entre os pagãos. O judaísmo também
permitiu o divórcio em muitas outras si
1455
14. I TIMÓTEO 3
tuações, tornando fácil que um marido
se divorciasse de sua esposa (veja Mt 19-3,'
onde os fariseus perguntam aJesus se o
divórcio poderia acontecer “por qualquer
motivo”; e 19-10, onde até os próprios
discípulos deJesus ficaram chocados pela
severidade de sua resposta). Keener diz:
“É quase impossível que [Paulo] esteja
se referindo ao novo casamento de ho
mens divorciados, porque ninguém na
antigüidade, judeu ou greco-romano,
trataria com desprezo o novo matrimô
nio do homem” ([a ênfase é do próprio
Keener], Keener, 1991, 100).
A poligamia era contrária à lei roma
na, contudo, oficialmente legal no juda
ísmopalestino.Todavia, emmeioaosjudeus
a monogamia era anorma mais aceita. Uma
vez que a poligamia não era praticada nem
pelos judeus fora da Palestina, nem pe
los gregos na Ásia Menor, parece impro
vável que Paulo esteja escrevendo uma
proscrição contra tal prática aos líderes
da igreja em Éfeso.
Ainda que o concubinato não fosse uma
prática habitual, não era desconhecido no
século I do mundo greco-romano. Sabia-
se.que os soldados, que não podiam se
casar oficialmente até que seu tempo de
serviço militar fosse cumprido (um lon
go período de vinte anos), praticavam tal
ato. Embora 1 Timóteo 3-2 possa estâr
proibindo o concubinato, esta prática
provavelmente não era comum o bastante
em Éfeso para merecer uma proibição.
O propósito das qualificações para os
líderes da igreja era manter a reputação
daqueles que estivessem no ministério,
evitando que pudessem ser repreendidos
pelosqueestavamforadaigreja. Seo divórcio
era socialmente aceitável no momento da
escrita do Novo Testamento, se a poliga
mia não era praticada em Éfeso, e se o
concubinato era incomum, qual compor
tamento era considerado escandaloso na
estrutura social do século I, pelo qual o
apóstolo Paulo excluía os candidatos ao
ministériodaigreja?Existemesclarecimentos
adicionais no texto?
A expressão “marido de uma mulher”
encontrada entre as qualificações do bispo
em 1 Timóteo 3.2 e Tito 1.6, como tam
bém nas qualificações para o diá
1 Timóteo 3-12, tem sua contra
expressão “mulherde um só maridc'
de rodapé da NVI), encontrada
lificações para as viúvas que estâ:
litadas a receberem o apoio fina
igreja em 1 Timóteo 5. A estnr
qualificações de Paulo para asviúv
velhas (5.3-16) é notavelmente se~
às qualificações do apóstolo pari
mens mais velhos, ou bispos (5 1
Parece que estas viúvas tiveram
gar no ministério e foram honra
sempenhando um trabalho de
recebendo, de certa forma, um paf
por este (cf. w . 5,9-16).
Tanto a palavra latina univira c
palavra grega monandros signifi
posa] de um só marido” (liter
“mulher de um só homem”), sei
mos atribuídos não somente a vi
éis ao Senhor, mas também enc
como inscrições funerárias de
romanas virtuosas, honradas pelos
dos queviverammais que elas. A er^
“mulherde umsó marido”fala de
que cumpriram o ideal “de: um sc
do”quehavianaantigüidade, e quer*
em: (a) casarem-se somente uma
(b) serem absolutamente fiéis a ~
co marido por toda a vida. “A ênf:
cional da expressão está na fideli
esposa, como umaboa esposa du
otempo do casamento... [Ela] foifiei
marido, nunca tendo interesse por
homem durante seu matrimônio'' (
se de Keener], Keener, 1991,95).
a NVI traduz a “mulher de um só
em 1 Timóteo 5.9 como uma viúva
“foi fiel a seu marido”. Já que a ar-
dade não assegurou aos homens um
“de uma só esposa”, quando a expr
é usada no masculino, “homem de
só mulher” (isto é, “marido de u
lher’) -;cífere-se ao cônjuge fiel el
nunca se interessou por outra mu
decorrer de todo o seu casamentc
O casamento com um único côh
por toda a vida nunca é aplicado
líderes no mundo antigo como um
requisito; nãoénemumelogiofreqí
1456
15. I TIMÓTEO 3
aos homens (que naquela cultura pre
encheram a maior parte dos papéis de
liderança), sendo reservado mais fre
qüentemente às mulheres. O ideal de
fidelidadematrimonial, porém, émuitas
vezes exigido aos líderes... Na antigüi
dade, ter a casa em ordem era, habi
tualmente, um padrão para a lideran
ça (ibid., 95).
k “O que era ridicularizado nesta cultu
ra? O divórcio sucessivo, a bigamia (in
clusive manter uma concubina além do
casamento), e a infidelidade matrimoni
al'' ([ênfase de Keener], ibid., 100-101)
- Um candidato à liderança da igreja
«vendo umavidamoralmente desregrada,
escandalizaria a reputação da igreja (como
era o caso em Corinto, 1 Co 5). Note como
profeta Natã lamentou que a imorali-
de sexual do rei Davi tenha dado aos
rimigos do Senhor uma causa pela qual
“íasfemar (2 Sm 12.14).
Se Keener estiver correto, esta qua-
icação para os bispos (diáconos e vi-
_as) significa fidelidade matrimonial,
forma que o verdadeiro enfoque do
'stolo está na moralidade sexual dos
ndidatos à liderança da igreja. Tal in-
rpretação sugere que Paulo possa san-
~nar a liderança de alguém que tenha
'o vitimado pelo divórcio, enquanto
qualifique a liderança dos crentes que
já foram sexualmente infiéis para com
is cônjuges (deste modo, talvez, proi-
do a restauração do ministério dos
cres que decaíram moralmente, já que
varam não ser “marido de uma mu-
x”). Se a tradução da NVI — da con-
parte feminina da expressão — for
licada de modo consistente, então esta
ilificação para os bispos (3.2; Tt 1.6)
'^ a os diáconos (1 Tm 3.12) seria: “serem
s a seus cônjuges”.
Em resumo, a interpretação e a apli
codocritérioaumbispoqueseja“marido
uma mulher” é um assunto difícil por
s razões significativas:
Deus tem uma elevada consideração pe
losque permanecemno casamento(cf.Ml
116; Mt 19.6b; Mc 10.9);
• Há uma falta de consenso sobre o signifi
cado da expressão traduzida como “mari
do de uma mulher”; e
• E importante exercitar uma natureza sen
sível no modo de proceder, assim como
Cristo agiria em relação às pessoas envol
vidas em situações matrimoniais infelizes.
A poligamia e o concubinato não pa
recem ser o ponto crucial das instruções
de Paulo aqui; porém ainda se discute se
é o novo casamento após o divórcio ou a
infidelidade matrimonial que desqualifica
alguém do exercício destas funções. Cada
denominação evangélica, e cada congre
gação independente deve, em oração,
discutir e estabelecer a questão. Em tais
casos de incerteza teológica ou prática,
nosso Senhor deu à igreja a autoridade
para tomar decisões; e embora os dife
rentes grupos possam chegar a conclu
sões diferentes, Cristo comprometeu-se
a honrar as decisões tomadas por seus re
presentantes (Mt 16.19; 18.18,19). Nossa
atitude deve ser como a de nosso Senhor
— respeitar o julgamento de outros cren
tes quanto a assuntos controvertidos, ainda
que possam diferir de nossas próprias
conclusões (Compare o conselho do após
tolo em relação às diferenças de convic
ções em outrosassuntosmoraisimportantes
do século I, como comera carne sacrificada
a ídolos [Rm 14.1-23; 1 Co 8.1-13D.
(b) A segunda questão da interpreta
ção desta passagem — de um bispo ser
“maridodeumamulher”— é queo apóstolo
estejaexigindoqueoslíderesdaigreja(bispos
em 3.2 [cf. Tt 1.6], diáconos em 312 e vi
úvasem 5.9) sejamcasados, deformaoposta
àqueles que nunca se casaram.
No contexto local específico de Éfeso
e Creta (século I), é possível que Paulo
estivesse definindo que o matrimôniofosse
preferível para os líderes da igreja. Os
casamentos destes líderes locais seriam
um testemunho de que rejeitaram o fal
so ensino que proibia o casamento, uma
atitude que o apóstolo está combaten
do nas Cartas Pastorais (veja 4.3). A pre
sença de tal heresia no contexto históri
co desta carta pode contribuir também
para o encorajamento de Paulo às viú
1457
16. I TIMÓTEO 3
vas mais jovens para que se casem no
vamente, e para sua especificação de que
somente as mulheres “de um só marido”
(isto é, viúvas, não simplesmenté as
mulheres mais velhas) fizessem parte do
grupo de cooperadores que recebem
salários da igreja. “Pode ser que aque
las que ocupavam posições de honra na
igreja precisassem ter sido anteriormente
casadas, a fim de serem um exemplo
contrário à retórica dos falsos mestres que
rejeitavam o casamento”(Keener, 1991,
92). Contudo, ainda que este seja o sig
nificado aqui, esta qualificação não era
um requisito universal para os líderes da
igreja, mas um exemplo de que os repre
sentantes de Cristo devem estar acima de
qualquer repreensão por parte daque
les que estão fora da igreja, como na si
tuação cultural específica de Éfeso. O ca
samento certamente não era uma quali
ficação obrigatória para a liderança cristã.
Provavelmente Timóteo fosse solteiro;
Barnabé não tinha esposa (1 Co 9.1-5);
o próprio Paulo era solteiro (1 Co 7.7,8);
e nosso Senhor nunca foi casado. Ainda
que o apóstolo estivesse sugerindo que
os bispos e diáconos em Éfeso (e Creta)
devessem ser casados, tal qualificação não
seria obrigatória para os líderes cristãos
em outras situações.
(c) A questão final da interpretação da
qualificação de um bispo ser “marido de
uma mulher”é: Será que o apóstolo está
exigindo que os bispos sejam homens e
não mulheres?Novamente, nestacolocação
específica é possível que Paulo possa estar
ordenando requisitos singulares para
combater problemas locais. Em um local
onde os falsos mestres tiveramum sucesso
especial em meio às mulheres ignoran
tes (Keener, 1992, 111-112), o apóstolo
pode estar sugerindo que os bispos de
vessem ser homens. Entretanto, ainda que
tal hipótese seja possível, não é provável
— a maioria dos falsos mestres parece
realmente ter sido formada por homens.
Quando Paulo iniciou o assunto re
lacionado aos bispos, não especificou
o gênero de tais líderes, mas usou a ex
pressão genérica “se alguém deseja”. A
NVI usa o pronome masculino dez ve
zes na lista de qualificações, si
mente porque não existe um p
genérico para a terceira pessoa
guiar no idioma inglês. Seria ~
ro traduzir a lista como qualificaç'
os bispos (no plural), de forma,
pronome do gênero neutro da t
pessoa do plural, “eles”,pudesse sc.
O texto grego original, porém (
no singular), inclui ambos os g'
O apóstolo poderia facilmente tè
pecificado como masculino, cc
em 1 Timóteo 2.8, mas escolheu
gênero neutro ao referir-se aos ’
Tendo em vista que Paulo eL
liderança espiritual das mulheres
como Febe (descrita literalmente
“... nossa irmã, a qual serve [miir
igreja que está em Cencréia”, Rm 1
Junia (uma mulher que fazia umtr;
notável em meio aos apóstolos. Rn:
e Priscila, que juntamente com _A
foi encarregada de liderar a jovem
gregação em Éfeso (At 18.19), nã:
vável que o apóstolo considerai —
somente os homens pudessem
penhar o ministério em Éfeso ou em
quer outro lugar.
As próximas três qualificações
so 2 são semelhantes (NVI):
3) Temperança ou moderação;
4) Autocontrole ou sensibilidade; e
5) Respeitabilidade ou bom compo
Atemperança é freqüentemenir
com relação a bebidas alcoólicas.:
uma vez que o versículo 3 trata
ficamente de não ser “dado ao v
é mais provável que o termo usac;
tenha um sentido mais amplo, r.*.
rico, isto é, “livre de toda forma
cesso, paixão, ou precipitação!
modo, o ministro deve ter plena
ciência, uma mente sóbria e servi
As duas qualificações posteriores
juntamente em listas éticas de e-r
seculares, como os elevados ideaã
comportamento exigidos para o c ;
penho de várias ocupações. Fa’^rr
caráter interior e do comporta
exterior — a vida particular bem
nizada da qual emana o cumpri
bem ordenado de todos os deverei
1458
17. I TIMÓTEO 3
É necessário que o bispo seja “hospita-
jero”(v. 2), outra virtude grega. A hos
pitalidade é um dever de todos os cren-
es individualmente(5.10) e detodaaigreja
arletivamente (Rm 12.13; 1 Pe 4.9; 3 Jo
i no entanto, encontra sua expressão
3ais alta nos bispos que são descritos
ncs primeiros escritos cristãos como as
r*. ores que abrigam as ovelhas, sendo
merecedores de especiallouvorpelo papel
que desempenham (1 Ciem 1.2,10,11).
Ona bênção especial acompanha este mi-
irstério (Hb 13.2).
Ahospitalidade no Novo Testamento
;5 do que divertir os amigos, paren-
vizinhos, ou ter convidados para o
uma vez por semana. Refere-se à
ira de nossa casa para aqueles que
desconhecidos ou diferentes de nós
s. O adjetivo “hospitaleiro”signi-
lmente, “amaros estranhos”.Refere-
itenção para com os necessitados na
egação e na comunidade, e a hos-
em casaministros que estãoviajando,
'"lmenteaqueles quevivemem outras
.ades.
igreja primitiva não poderia ter so-
'ido sem a prática desta virtude.
Naantigüidadequandoseviajava, era
ralencontraralguémdoprópriopaís
comérciodoviajante, quealegremente
eceriaacomodaçõesduranteanoite,
pousadas cobravam preços injusta-
nte altos e normalmente funciona-
como bordéis; então os viajantes
freqüência levavamconsigo cartas
recomendação, pois assim seriam
bidos pelos amigos de seus amigos
conhecidos em outras cidades.
Isto acontecia especialmente com
viajantes judeus, que se recusavam
spedar-seemumbordel, setivessem
asalternativasdisponíveis. Ascasas
Je funcionavam as sinagogas e as
olas poderiam ser usadas para este
pósito, mas era melhor se hospe-
nacasa de umanfitrião. Parece que
apropriado o anfitrião insistir para
e o convidado ficasse, permitindo-
partir somente se este insistisse,
ulo usufruiu freqüentemente des
te costume em suas próprias viagens.
Embora a virtude deste tipo de hos
pitalidade devesse ser praticada em to
das as culturas, provavelmente apare
ce na lista de Paulo por ser um sinal de
grande respeitabilidade naquela cultu
ra (Keener, 1991, 97).
7) “Convém, pois, que o bispo seja... apto
para ensinar”(v. 2). O ensino é conside
radoumdomespiritualnoNovoTestamento
(cf. Rm 12.7; 1 Co 12.28,29; Ef 4.11). Os
líderes devem se identificar com o grupo
depresbíterosdacongregaçãoqueseocupam
com a pregação e o ensino (1 Tm 5.17). A
passagem em Tito 1.9 especifica três qua
lificações dos mestres espirituais: a com
preensão da verdade que seja consisten
te com a tradição apostólica, a habilidade
de transmitir esta verdade claramente aos
outros e a habilidade de refutar os erros
daqueles que procuram pervertê-la. O
requisito de que os líderes espirituais te
nham uma aptidão para o ensino é coe
rente com a proibição de novos converti
dos serem autorizados a ensinar (v. 6).
8) O bispo não deve ter problemas com be
bidas alcoólicas (v. 3; literalmente, não ser
“dado ao vinho”). Fee (1988,81) pergun
ta se estes critérios sugerem que os falsos
mestres eram dados à embriaguez.
Talvez não, levando-se em conta seu
asceticismoobservadoem4.3.Entretanto,
podem ter sido ascéticos sobre alguns
alimentos e indulgentes a respeito do
vinho. Emtodo caso, a embriaguez era
um dos vícios comuns na antigüidade;
e poucos autores pagãos falam contra
o mesmo — em geral, manifestam-se
somente contra outros “pecados” que
poderiam acompanhá-lo (a violência,
a repreensão pública aos servos, etc.).
Muitosteólogosentendemquedeacordo
com(5.23),obisponãoprecisariaseabster
totalmente, nem tampouco deveria se
dar à embriaguez (cf. 3.8; Tt 1.7), por
que esta é uniformemente condenada
nas Escrituras.
Aspróximas três qualificações parecem
caminhar juntas e provavelmente reflitam
1459
18. I TIMÓTEO 3
o comportamento dos falsos mestres. Estes,
como descrito em 6.3-5 e 2 Timóteo 2.22-
26 (cf. Tt 3-9), eram dados a discussões e
disputas. Destemodo, osverdadeirosbispos
não devem:
9) Ser “violentos”, nem briguentos ou
alvoroçadores,ouseja,inclinadosàagressão
ou às discussões;
10) Mas “moderados”, que demonstram con
sideração— até mesmo quando corrigem
os seus oponentes (2 Tm 2.23-25); e
11) Ser “contencioso”.
12) Alista continua com o requisito de que o
bispo não seja “avarento”(v. 3). APrimei
raCartaaTimóteo6.5-10explicaqueacobiça
é um dos “pecados mortais” dos falsos
mestres, a causa de sua ruína final. Uma
advertência contra aavarezaé incluída em
cada lista de qualificações para a lideran
ça, no NovoTestamento (3.8; Tt 1.7; cf. At
20.33; veja comentários sobre 1 Tm 6.5-
10; 2 Tm 3.6,7).
Nos três tópicos finais (a vida da famí
lia dos líderes, sua maturidade na fé e sua
reputação com os estranhos), Paulo ofe
rece uma razão para cada requisito. Es
tes três também parecem ser questões
relacionadas aos falsos mestres.
13) O requisito mais detalhado na lista de
qualificações dos bispos está relacionado
ao controle sobre seus filhos. Estavirtude
era freqüentemente exaltada na antigüi
dade, sendo apresentada como um pré-
requisitopara liderar outros. Umavez que
no Novo Testamento as congregações se
reuniam nos lares e se baseavam na orga
nização doméstica(incluindo os membros
das fâmílias, os escravos e os servos), a
estabilidade da casa era importante para
a manutenção de uma igreja forte. Já que
este era um requisito padrão para os líde
resrespeitáveis, umacaracterísticanecessária
para os líderes cristãos era serem “irrepre
ensíveis” (v. 2) também nesta área.
Maso controle sobre acasatambém era
mais facilmente implementado naque
leperíododoqueatualmente. Quemnão
honrasseeobedecesseaospais,nãopodia
ser honrado na sociedade greco-roma-
na; este conceito também eraválido no
judaísmo. O pai tinha também üm pa
pel tradicional de autoridade
dade romana; embora o poder
e damorte fossemraramente<
sobre os filhos adultos, o dire'"
nuo do pai de decidir se as
deveriamsercriadas ou expul
casa ressaltavam sua posição de
no lar. Sua autoridade paternat
mente estendida até os netos e
tos, enquantopermanecesseviv'
que oamordospaisporseus fi
uma norma esperada, a disci-
freqüentemente severa (inclu'
açoite), sendo enfatizada na s
dosfilhos.ApesardePauloapoiara
que desaprovava a disciplinaí
6.4), a cultura, como umtodo.
to mais orientada em direção à
ência filial e à autoridade dos
que em nossos dias (Keener, 1~
Os bispos devem “governar"
famílias (proistemi, um verbo
sugere severidade), mantendo
sob submissão com todo o r
razão para este requisito é que
dizado da administração da casa
ra a pessoa para administrar
de Deus. A palavraproistemi.
relação aos bispos em 5.17 (“gov
e em 1Tessalonicenses 5.12 (“pr
implica o exercício de direção e
dosa preocupação. O governo
peito desempenhados pelo bi
perfeita combinação de dignida
tesia, independência e hu
(Rienecker, 1980, 623).
A força da frase, “com todo o
to”, provavelmente não significa
os filhos “obedecerão” com
to”, mas que seriam conhecidos
sua obediência e seu bom co
mento em geral... Existe umadif
entre exigir obediência e cons
O líder da igreja não “governa*.
mília de Deus, pelo fato de ter =
ponsabilidade de exortar o
obediência. Ele “cuida”da far
tal modo que seus “filhos” serl:
nhecidos por sua obediência e
comportamento (Fee, 1988, 82
1460
19. I TIMÓTEO 3
|K) Os bispos não devem ser neófitos. Por
quê?Oferecer aos novos crentes uma ele
vada posição muito cedo poderia tentá-
los a se tornarem orgulhosos. Já que isto
é exatamente o que é dito sobre os fal
sos mestres em 6.4 (cf. 2 Tm 3.4), pare
ce que alguns deles podem ter se con
vertido recentemente, cujos “pecados...
são manifestos”(1 Tm 5.24). As palavras
traduzidas como “não neófito”são uma
metáfora significando literalmente “uma
pessoa que não tenha sido recentemen
te estabelecida”(Fee 1988, 83), se refe
rindo a alguém recentemente batizado
(cf 1 Co 3.6, onde Paulo usa o verbo
referindo-se a conversões). Deste modo,
oscandidatos devem sercuidadosamente
avaliados antes de serem designados para
a liderança .(cf. 1 Tm 5.22).
Xa época em que Paulo estava escre-
loestacarta, acongregação deTimóteo
Éfesotinhamaisde dezanos, com líderes
ientemente preparadose madurospara
m escolhidos. Este requisito está au-
te, porém, na lista de critérios para os
~res da congregação mais jovem, que
va em Creta, na carta de Paulo a Tito.
ümbispo deve teruma boa reputação ou
um“bomtestemunhodosqueestãodefora”
da igreja, para evitar o fracasso. Esta lista
inteiradizrespeitoao comportamento que
se pode observar, servindo como um tes
temunhoparaosestranhos. ComoFee(1988,
83) explica:
Aênfase parece ser que uma reputa
ção ruim junto ao mundo pagão fará
com que o episkopos caia ‘em afronta’,
ouseja caluniado, e deste modo a igreja
mele; eistoseriacair‘nolaçododiabo’,
laço’preparado pelo ‘diabo’consiste
m que o comportamento dos líderes
igreja seja tal que os estranhos não
sesintaminclinadosaouviroEvangelho.
s escândalos de certos líderes cristãos
ossos dias têm envergonhado a igre-
mo um todo e aprofundado a indi-
nça da América do Norte para com o
gelho. Muitas vezes a igreja perdoa
cassos dosministros, porém o mundo
o faz. É especialmente diante dos
“estranhos” que a reputação da lideran
ça do ministério deve ser irrepreensível.
2.4. Sobre os D iáconos (3-8-13)
2.4.1. QualificaçõesGerais paratodos
os Diáconos (3.8-10). Da mesma maneira
comofezcomosbisposoulíderes,oapóstolo
discute as qualificações (não os deveres)
daquelesqueservemàigrejacomo diáconos
ou ministros. Embora sirvam como auxi-
liares da igreja e não como líderes, seus
requisitos morais e espirituais são seme
lhantes; deste modo, o apóstolo introduz
suas qualificações com a expressão “Da
mesma sorte...”
Quem eram os diáconos?Aindaque seja
umapráticacomumconsiderarosqueforam
selecionados para servir às mesas em Atos
6.1-6 e 21.8 como protótipos daqueles que
desempenham este papel, taishomensnão
foram chamados de diáconos.
De fato eram claramente ministros da
Palavra em meio aos judeus que fala
vamgrego, oqueeventualmenteresultou
no título de “os Sete”(At 21.8), que os
distingue “dos Doze”, porém utilizan
do uma expressão semelhante. Sendo
assim, temos acerteza de que episkopoi
[bispos] e diakonoi [diáconos] são fun
ções distinguíveis na igreja, mas não
sabemosexatamenteoqueeramnoinício
da Igreja (Fee, 1988, 86).
Fee considera provável que tanto os
“bispos” como os “diáconos” estavam
abaixo da categoria mais ampla dos
“presbíteros”(Fee 1988,78). Ambos eram
líderes da igreja. A palavra diakonos é,
de fato, o termo favorito de Paulo no
original em grego para descrever seu
próprio ministério, bem como o de seus
cooperadores (por exemplo, Rm 16.1;
1 Co 3.5; 2 Co 3.6; Cl 1.23; 4.7). A pala
vra é usada referindo-se a Timóteo em
4.6. Embora a NVI não mantenha uma
distinção, nas versões em inglês o ter
mo diakonos é normalmente traduzido
como “diáconos”quando aparece no Novo
Testamento no plural, e “ministro”quando
aparece no singular.2Como ocorre com
1461
20. I TIMÓTEO 3
outros títulos do NovoTestamento, parece
haver uma oscilação na ênfase entre o
ofício e a função.
Da mesma maneira que os assistentes
(conforme aNVI, “aqueles que são capazes
de ajudar”) auxiliam os administradores
(na NVI, “aqueles que possuem o dom de
administrar”) (1 Co 12.28), parece que o
ministério dos diáconos no Novo Testa
mento é auxiliaros bispos/presbíteros.Seu
papel subordinado é evidenciado pela
ausência da menção de qualquer respon
sabilidade para com o ensino ou hospi
talidade, e pelo fato de que seu escrutí
nio preliminar parece ser até mais rigo
roso do que o dos bispos (Kelly, 1963,81).
Várias das qualificações para os diáconos
parecem sugerir diretrizes para as pessoas
envolvidas no trabalho de casa em casa
(veja as qualificações [2] e [8] abaixo) e
na supervisão dos fundos assistenciais da
igreja (veja as qualificações [4]e [10]abaixo).
Acrescentandoumqualificadormasculino
para o versículo 8, que não está presente
no grego,3o verso seria traduzido como:
“Os diáconos devem ser, igualmente, ho
mens dignos de respeito”.Muitastraduções
e paráfrases em inglês (por exemplo, NVI,
NASB, Phillips,LivingBible, NEBejerusalem
Bible)deixamaimpressãodequeosdiáconos
deveriamserhomens. AKJV,TEV,RSV,NRSV
e a NIV Inclusive Language Edition estão
de acordo com o texto original, não apre
sentandoestesversos como exclusivamente
masculinos. De fato, as qualificações para
os diáconos constam em três seções que
podem ser claramente vistas na NVI: qua
lificações genéricas paratodos os diáconos,
tanto homens como mulheres (w . 8-10);
qualificações específicas para as diaconi-
sas (v. 11); e qualificações específicas para
os diáconos (v. 12). Os diáconos podem
ser homens ou mulheres.
Existemseisqualificaçõesgenéricas para
todos os diáconos:
1) Devem ser “honestos”, dignos, respeitá
veis e sérios. Apalavra grega deriva-se da
palavra usada no versículo 4 para o com
portamentodosfilhosdosbispos, “comres
peito apropriado”. Semelhante às qualifi
cações do inclusio, entre parêntesis, refe
rindo-seaosbispos, comorequisitodeserem
oeí.
)da
“irrepreensíveis”, “dignos de res:
um termo de “cobertura”que traz
go todos os critérios que se se;
As próximas três qualificações
bições no idioma original:
2) Os diáconos não deveriam ser
ou fingidos (literalmente, não te
faces”), mas completamente fi
quanto ao que dizem (NVI, “sin
palavrapodesereferirafalardav
(dizer algo a uma pessoa e algo
aoutra)ouàhipocrisia(dizeralgo
pensa ou faz uma outra coisa);
3) Assim como os bispos (v. 3), os
não devem ser “dados a muito v
4) Comoosbispos(v.3),osdiáconos
ser “cobiçosos detorpe ganância
não devem procurar ganhos d
Aresponsabilidade dos diáconos
assuntos financeiros da congre;
deria expô-los a muitas tentaç
5) Acima de tudo, os diáconos d
pessoas convictas. O “mistério
osdiáconosdevemmantereqüivalei
do ensino cristão que transcende
humana, equesomenteéacessível
da revelação divina. “Paulo está
do na relação íntima entre uma fé
umaconsciênciairrepreensívele
semestaúltima,aprimeiraseráesr
1963,82). Aconsciênciadosdiá
ser livre de ofensas;
6) Aqualificação genéricafinalpara
diáconos é que deverãoserp~
avaliados,eseconsideradosin
poderão servir. Porémotipo dez
exame, ou aprovação exigidos sac
tos, contudo a idéia de selecionar;
soas que forem aprovadas após
me étambémvista em 1Coríntios
Coríntios 13.5. Afrase “senãoh<
contra estes”, que consta em a^.
duções,éumsinônimodeser“i
que é uma qualidade exigida aos
(v. 2), quetambémpodeserassim
como a primeira qualificação
presbíterosemTito 1.6.Asentença
inicias-se comkai(“também"),
plicandoquecomoosbisposeos
os diáconos também devam ser
samente examinados antes de
signados como tais.
1462
21. I TIMÓTEO 3
■JALIFICAÇÕES EXIGIDAS DOS PRESBÍTEROS/BISPOS EDOS DIÁCONOS
=Hficação Ofício Referências nas Escrituras
p h c ;o n tro le
3C í: ‘.alidade
fifc :ã o a o ensino
■ S c .lolento, mas moderado
não seja contencioso
fc k e não seja um amante do dinheiro
fftu - não seja recém-convertido
~i-~3 uma boa reputação com os estranhos
: zominador
i não seja de temperamento forte, iracundo
) do bem
o. santo
tesoplínado
fc^:-eensível (inculpável)
•s rd o de uma esposa
•ÜE-clo, sóbrio
,tespeitável
: dado à embriaguez
; administre bem a sua própria familia
; tenha os filhos em sujeição
; não procure ganhos desonestos
; sustente as verdades profundas
:sro
•ado
Presbítero 1Tm 3.2; Tt 1.8
Presbítero 1 Tm 3.2; Tt 1.8
Presbítero 1Tm 3.2; 5.17; Tt 1.9
Presbítero 1 Tm 3.3; Tt 1.7
Presbítero 1 Tm 3.3
Presbítero 1 Tm 3.3
Presbítero 1 Tm 3.6
Presbítero 1 Tm 3.7
Presbítero Tt 1.7
Presbítero Tt 1.7
Presbítero Tt 1.8
Presbítero Tt 1.8
Presbítero Tt 1.8
Presbítero/Diácono 1Tm 3.2,9; Tt 1.6
Presbítero/Diácono 1Tm 3.2,12; Tt 1.6
Presbítero/Diácono 1Tm 3.2,8; Tt 1.7
Presbítero/Diácono 1 Tm 3.2,8
Presbítero/Diácono 1Tm 3.3,8; Tt 1.7
Presbítero/Diácono 1Tm 3.4,12
Presbítero/Diácono 1Tm 3.4,5,12; Tt 1.6
Presbítero/Diácono 1 Tm 3.8; Tt 1.7
Presbítero/Diácono 1 Tm 3.9; Tt 1.9
Diácono 1 Tm 3.8
Diácono 1 Tm 3.10
2.4.2. Qualificações Específicas para
Diaconisas (3.11)* O verso 11 é tra
ído na NVI como qualificações para
rsposas dos diáconos. Contudo tal
Dretação obscurece as outras tradu-
; legítimas do texto grego, em que se
teralmente, “Da mesma sorte as mu-
~ssejam honestas, não maldizentes,
~'as e fiéis em tudo [ênfase acrescen-
Quem são estas mulheres?
Existem três opções. Uma vez que a
^vragrega usada aqui (gynaikas, plu-
de gyné) pode ser traduzida como
leres”ou “esposas”, o texto pode ser
-ndido como uma lista de qualifica-
(a) para todas as mulheres cristãs em
I; (b) para as esposas de diáconos; ou
para as diaconisas. Julgando pelo
itexto, a opção (a) parece improvável.
Dado que este verso está localizado no
meio deumaseção relacionada a diáconos,
estas “mulheres” devem estar ligadas ao
ofício do diaconato.
A opção (b) é a interpretação tradicio
nal, baseada na suposição de que não é
permitido às mulheres servir nos ofícios
ministeriais da igreja. Tal suposição per
maneceu intocável até o primeiro movi
mento fundamentalista/evangélico4e o
nascimento do pentecostalismo;5ambos
receberam as mulheres no ministério. Mais
recentemente, as descobertas contempo
râneas relativas à igreja primitiva forne
ceram o apoio histórico ao ministério das
mulheres, que estes movimentos mais
modernos sustentam na prática. Temos
agoraaevidêncialiteráriadequeasmulheres
serviram como diaconisas15e evidências
1463
22. I TIMÓTEO 3
escritas que documentam por nome e tí
tulo o ministério de mulheres nos vários
ofícios da Igreja Primitiva, inclusive no
diaconato.7
Levando-se em conta a evidência das
diaconisas na igreja primitiva, o consen
so eruditoestá setomando favorávelauma
traduçãoqueexpõe aambigüidadedogrego
e a possibilidade das três interpretações
(veja a NRSV).
A opção (c) está se tornando cada vez
maisfreqüentenasnotasde rodapé daBíblia
(cf. NRSV) ou até mesmo no texto (REB)
e nos comentários.
Deste modo, tanto histórica como te
ologicamente, a opção (c), “diaconisas”,
é uma tradução legítima. Gramaticalmente
falando, aopção (b), “esposas de diáconos”,
não é uma boa tradução.Já quegynaikas
pode significar “mulheres”ou “esposas”,
uma das formas que os escritores origi
nais usaram para esclarecer os leitores
sobre o uso do termo era colocando um
substantivo possessivo, um pronome ou
um artigo (que pode funcionar como um
pronome possessivo) na frente do subs
tantivo. Por exemplo, “mulheres dos
diáconos”, “suas mulheres”, ou “as mu
lheres [dosdiáconos]”seriatraduzidocomo
“suas esposas”. O substantivo gynaikas,
porém, não tem nenhum artigo ou mo-
dificador no versículo 11; deste modo,
o verso não está se referindo às esposas
dos diáconos, mas às diaconisas.
Existem vários pontos adicionais a favor
de se considerar este verso como a descri
ção das qualificações para as diaconisas:
1) Apalavragregahosautos(“damesmasorte,
igualmente” (cf. v. 8) “indica um novo
parágrafoemumaseqüênciaderegraspara
um grupo diferente de oficiais” (Barrett,
1963, 6l), isto é, diaconisas;
2) As virtudes exigidas destas eram as mes
masque se esperavadosministros, nãodas
esposas;
3) Já que o Novo Testamento não tinha ne
nhuma palavra especial para as diaco
nisas, o apóstolo provavelmente preci
sou escrever “semelhantemente as mu
lheres [diáconos]”, onde “mulheres”fun
ciona como um adjetivo, deste modo,
“diaconisas” (ibid.);
4) Nenhumrequisito especial ém
para as esposas dos bispos, que
uma posição até mais influente
diáconos (Guthrie, 1990, 85).
razões, atradução‘diaconisas’(ou'
mulheres”) provavelmente seja s
(Kelly, 1963, 83).
A NVI oferece uma nota de r
gerindoatradução“diaconisas”.Para
da Bíblia em inglês, tal tradução é
namento léxico da opção (c), “ '
mulheres”,porémalgunsjulgam-naii
pois o termo diaconisa é anacrô~
tendem que tal ofício foi um d
mento posterior (que limitou o
femininoaodiaconato).Estaordemi
durante um período menos ca~"
mais institucionalizado da história
ja,efoiespecificamenteprojetadopai
os papéis que as mulheres vinham
penhando no ministério.
Parece claro, então, que as
de 1 Timóteo 3-11 são entendidasi
nalmente como “diáconos mulhe
quanto estas qualificações refere
pecificamente a elas, são semef
qualificaçõesgerais paratodos os d--'
Não existe nenhuma indicação nc
de que a responsabilidade e as
des das diaconisas difiram daquer
os diáconos possuíam;
7) Devemser“honestas”ou “respeitáv
v. 8, qualificação [1]);
8) Não devem ser “maldizentes”ou
osas no falar(cf. v.8, qualificação
palavra em grego (diabolos; sigr.
teralmente, “acusar, caluniar, difa
a mesma palavra traduzida no Novo
tamento como “Diabo”(o notório
dor; cf. Zc3.1,2; esteéo significadoh:
da palavra hassatan, “Satanás”). E
suas funções pastorais possam oí
freqüentes oportunidades a tal te
as diaconisas não devem usar sua
para caluniar os membros da con^
ção onde servem;
9) Asobriedade outemperançatambém
requisito reiterado parà as diaconi~
v. 2, qualificação [3] dos bispos; v. 8.
lificação [3] dos diáconos); e
10) Finalmente, as diaconisas devem ser
éis em tudo” (cf. v. 8, qualificação
23. I TIMÓTEO 3
2.4.3. Qualificações Específicas para
» Diáconos (3.12). Fee sugere que após
tizar as qualificações específicas para
::~conisas, Pauloacrescentaduasqualifi-
:sespecíficas para os diáconos quase
uma reflexão tardia (Fee, 1988,89).
'mcomo os bispos, os diáconos também
~eriam ser “maridos de uma mulher”
.v. 2) e um bom administrador de sua
^pria família (cf. v. 4). Devido à estru-
social do século I, estas duas quali-
=ões são dirigidas aos homens, não
diaconisas.
2.4.4. Elogios aos Diáconos que Ser-
fielmente(3.13). Osdiáconos, tanto
ens como mulheres, que servem ou
strambem, adquiremcom eficáciapara
mesmos uma dupla recompensa. A ex-
;ão “adquirirão para si uma boa posi-
f (bathmos) pode se referir à sua influ-
"ie reputação naigrejae diantedeDeus.
palavrasignificaliteralmenteum “passo”
■grau”,semelhanteanossousomoderno
~es termos relacionados a nível profis-
1 ou escala de ganhos financeiros. Foi
xido que o termo bathmos possa es
se referindo a uma promoção eclesiás-
do ofício de diácono para o de bispo
presbítero (Barrett, 1963, 63). Parece
Paulo está usando esta palavra como
referência aos diáconos na comuni-
cristã (e não diante de Deus), por-
a segunda faceta de sua recompensa
relacionada à sua confiança na fé.
Apalavragregapara“confiança”serefere
~isadiaou franqueza em relação a outros
Co 3.12; Fp 1.20; Fm 8), ou a Deus (Ef
2: Hb 10.19,35). Provavelmente o sig-
-ido aqui seja a confiança em Deus,
vez que Paulo especifica que a con-
" está “na fé que há em Cristojesus”.
;e modo, a recompensa dupla é uma
reputação perante as pessoas e a con-
em Deus.
fctes doiselogios, é claro, sãojustamente
o que falta nos falsos mestres. Seu “en-
iãno errôneo”(cf. 1.19), que inclui um
mportamento impróprioe umarepu-
çãoimunda, levou-ostambémaaban-
'naragenuína fé em Cristo(1.5) (Fee,
■PL988, 90).
3. O Estabelecimento de Diretrizes
a Timóteo: O Aconselhamento
Específico para Estabelecer o
Jovem Timóteo na Liderança
(3 .1 4 — 6.10)
3.1. D efendendo a Fé (3-14— 4.5)
3.1.1. A Conduta C orreta na Igre
ja (3.14-16). A carta passa agora da pri
meira para a segunda seção principal.
No ponto de transição, o apóstolo rei
tera sua declaração quanto ao propósi
to. Iniciou a carta com uma ordem a
Timóteo para que ficasse em Éfeso com
a finalidade de fazer oposição aos fal
sos mestres (1.3), então deu-lhe conselhos
específicos relativos ao estabelecimento
da igreja (2.1— 3.13). Agora repete seu
propósito, marcando-o com um hino
cristão da época.
Paulo antecipa um encontro com Ti
móteo em um futuro próximo, porém
caso haja algum atraso, lhe dá de ante
mão conselhos específicos para sua li
derança na igreja. Timóteo tem a mes
ma responsabilidade dos bispos e dos
diáconos, que devem governar bem sua
própria casa e a de Deus (cf. 3-4,12). É
aconselhável que a congregação saiba
como se comportar, pois a igreja é o povo
de Deus, “a coluna e firmeza da verda
de”. A confiança sagrada da igreja é
verdadeira; se a verdade for comprome
tida, a própria igreja estará em risco. Os
falsos mestres, por exemplo, já abando
naram a verdade (cf. 6.5; 2Tm 2.18; 3-8;
4.4). É crucial que Timóteo não somente
silencie os falsos mestres (1 Tm 1.3-11),
mas também coloque a igreja novamente
sobre seu correto alicerce.
Paulo mescla suas metáforas da igre
ja como família (cf. “Casa de Deus”) com
a igreja como templo (cf. “cqluna e fir
meza”). O grego tem duas palavras para
“templo”. Hieron é todo o complexo do
templo, o lugar onde as pessoas se con
gregam para a adoração; naos é o san
tuário interior (por exemplo, o Lugar
Santíssimo), o lugar onde Deus habita.
Os templos gregos pagãos eram freqüen
temente pequenos santuários, compos
tos por uma fundação e algumas colu
1465
24. I TIMÓTEO 3
nas para alojar um ídolo. A imagem que
Paulo mostra da igreja como naos de Deus
não consiste em que Ele se una conosco,
a congregação, no lugar onde nos reu
nimos para a adoração; mas que a Igreja
(o corpo de crentes) é o próprio santu
ário no qual Deus tem prazer em habi
tar (cf. 1 Co 3.16,17; 2 Co 6.16; Ef 2.21).
Com estas duas imagens, da família e
dotemplo, Pauloexpressaosdoispontos
mais urgentes desta carta: sua preocu
pação com o comportamento apropri
ado em meio aos crentes e face a face
com os falsos mestres, e a igreja como
o povo a quem foi confiado o trabalho
de sustentar e proclamar a verdade do
Evangelho (Fee, 1988, 92).
A menção da “verdade” no verso 15
estimula o apóstolo a uma exclamação:
“E, sem dúvida alguma, grande é o mis
tério da piedade”. “Aexpressão traduzida
como ‘sem dúvida alguma’ (do grego,
homologoumenos) significa ‘por consen
timento mútuo’, e expressa a convicção
unânime dos cristãos”(Kelly, 1963, 88).
O que se segue é uma recitação do “mis
tério”(isto é, da verdade revelada) da “pi
edade” (o conteúdo ou base do cristia
nismo, isto é, nossa fé). “Uma das carac
terísticas mais interessantes das Pastorais
é a citação freqüente de resumos da ado
ração contemporânea. Esta nos dá uma
noção muito mais rica de como era a ado
ração neste primeiro período que nós,
de outra forma, não teríamos conheci
do” (Hanson, 1982, 45).
Todos os estudiosos concordam que
o que se segue foi um dos primeiros hi
nos cristãos, porém a análise da estru
tura poética das seis linhas, o significa
do das várias linhas e o do hino como
um todo causaram um considerável de
bate. No idioma original, cada linha tem
dois membros: um verbo (no aoristo [tem
po passado] passivo) seguido por uma
frase prepositiva. O assunto de cada verbo
é Cristo (compreendido). As versões in
glesas modernas refletem possibilida
des de estrutura poética. A JB vê cada
linha como uma estrofe separada. AGNB
e a RSV identificam duas e
linhas cada (de vários padri
apresenta o hino com três
duas linhas cada. Uma pari
sa moderna do hino por Lock
expressa uma interpretaçi
nuances poéticas:
Em carne desvelada à visão
Mantido justo pelo poder do
Enquantoanjoscontemplavam
Seus arautos percorriamrapi'
terra, costa a costa,
E os homens criam, por todo
mundo,
QuandoEle, emglóriapros
as alturas.
Como Fee (1988, 92-95) ex
vistade tantasdificuldadese d:
as interpretações são oferecidas
reservas”. Aqui está um resu
interpretação. A importância
1, 4 e 5 parece ser mais clarair
pressa como um hino do Evan
é, uma canção que mostra a t
salvação por intermédio de J
se caso, podemos ter um hino
estrofes, com três versos cada.
humilhação e a exaltação de C~
meira estrofe expressa a história
nistério terreno de Cristo, que t
clímax em triunfo; a segunda, e
mensagem de Cristo como pro:
pela Igreja, finalizando com glc_
O primeiro verso é caracterí":
hinos do NovoTestamento. Afrase
que se manifestou em carne” é
salmente reconhecidacomo uma
da encarnação (cf. Jo 1.14; Rm 1
2.7,8), com implicações de preexis
(cf. Jo 1.1; Fp 2.6).
A sentença “[Ele] foi justifica
espírito” pode estar se referindo ã
surreição de Cristo. Uma vez que no -
a palavra “espírito” (pneuma) nâc
nenhum artigo, não está claro se
nhase refereao EspíritoSantoou aopi *
espírito de Cristo durante sua encarrr.
A frase poderia significar que o Es™"
Santo provou que Cristo era verda;
por meio dos milagres e da ressurr'
1466
25. I TIMÓTEO 3
Nos tem pos bíblicos, os livros eram
escritos em rolos de papel. O início
deste rolo, que é uma reprodução, é
mostrado abaixo. O idioma hebraico
é lido da direita para a esquerda. Em
2 Timóteo 4.13 Paulo pede que
Timóteo traga seus “livros,
especialmente os pergam inhos”.
j dependências da comunidade de Qumran, nas
- dades do mar Morto, foram identificadas como o
num, onde os escribas registravam as informações nos
Os Rolos do mar Morto, que incluíram uma cópia do livro
;;:as que era mais antiga do que qualquer cópia
nente conhecida, foram encontrados em jarros de
nicaem uma caverna nestas proximidades em 1947.
. que o caráter de Cristo foi justificado
r_: modo como Ele governou seu pró-
espírito.
Afrase “[Ele foi] visto dos anjos”pode
rse referindo à adoração, no céu, ao
lo que para lá retornou. Em grego,
elos significa tanto anjo como men-
ro. Este verso pode significar que
i terrena de Cristo foi testemunha-
spor seres celestiais (como vemos ao
>dos evangelhos), ou que a vida de
)foitestemunhada pelos mensageiros
é, as testemunhas) do Evangelho.
)Fee (1988,94) explica, se o segundo
)se refere à ressurreição e a tercei-
kascensão de Cristo, “então os três pri-
asversos cantam a encarnação, a res-
eição e a glorificação de Cristo, for-
douma estrofe sobre o próprio Cristo,
1 é visto d e glória em glória”’.
>versos 4 e 5 (Ele foi “pregado aos
atios” e “crido no mundo”) são ge-
aente reconhecidas como se referindo
primgiro período da história apos-
i, quando as Boas Novas foram divul-
is por todo o mundo conhecido na
.O verso 6 (“[Ele foi] recebido acima,
na glória”) é o clímax glorioso. Assim
como o triunfo de Cristo em sua condi
ção mortal alcançou seu ponto mais
elevado na glória eterna, em seu esta
do divino, também Timóteo, se triun
far em sua tarefa, terá uma recompen
sa gloriosa no céu.
3.1.2. A Evidência do Falso Ensino
(4.1-5).
3.1.2.1. AApostasia do Fim dos Tem
pos É Antecipada (4.1,2). A maior parte
do restante de 1 Timóteo é dedicada ao
aconselhamento sobre a conduta que o
jovem cooperador deveria ter em seu mi
nistério. O conselho do apóstolo é vol
tado contra as bases do falso ensino e as
práticas errôneas dos hereges em Éfeso.
Paulo desenvolve o tema baseando-se nas
ordens expressas no capítulo 1, exami
nando primeiramente os erros dos fal
sos mestres (4.1-5; cf. 1.3-11,19,20), ins
truindo então Timóteo acerca de seu papel
em Éfeso (4.6-16; cf. 1.18,19).
Emprimeirolugar, dizque osurgimento
destes falsos mestres não deveria trazer
qualquer surpresa— o Espírito os pre-
1467
26. I TIMÓTEO 4
veniu claramente sobre estes; em se
gundo lugar, indica que a verdadei
ra fonte do ensino destes hereges é
demoníaca; e em terceiro, especifi
ca particularmente seus erros expli
cando as razões pelas quais estão
errados (Fee, 1988, 97).
Este parágrafo é unido ao hino que
o precede por meio da conjunção adver-
sativa moderada de, em grego (“mas”,
em português). Embora a NVI não a tra
duza, a idéia transmitida é: “Mas o Es
pírito expressamente diz que, nos últi
mos tempos, apostatarão alguns da fé
[isto é, da verdade]”. O Espírito Santo,
por meio do dom da profecia, indicou
o aparecimento de tal apostasia antes
que esta acontecesse. Paulo vê os “últi
mos tempos”como a situação presente
em Éfeso. A Igreja reconheceu a vinda
do Espírito Santo como o início do fi
nal dos tempos (At 2.16,17).
O próprio Paulo creu, e fez parte de
uma tradição que acreditava que o
final dos tempos seria acompanha
do por um período de intensa mal
dade (cf. 2 Ts 2.3-12), inclusive pela
“apostasia”de alguns dentre o povo
de Deus (veja 2 Tm 3.1; cf. Mt 24.12;
Jd 17,18; 2 Pe 3.3-7). Deste modo, a
cena presente era, para Paulo, a clara
evidência de estar vivendo no final
dos tempos (Fee, 1988, 98).
Paulo rotula tal erro como demonía
co, e a atividade de seus oponentes como
inspiradas por Satanás (Dibelius e Con-
zelmann, 1972, 64).
A frase “... dando ouvidos a espíritos
enganadores e a doutrinas de demôni
os, pela hipocrisia de homens que fa
lam mentiras”(v. 2) mostra quetais ensinos
vêm de pessoas que são exteriormente
falsas (cuja abstinência [v. 3] é um en-
gano)e que estão declarando fatos que
não são verdadeiros. Têm “cauterizada
a sua própria consciência”.O verbo nesta
oração pode indicar que esta cauterização
destruiu a capacidade de discernirem a
verdade da falsidade, ou ainda que haviam
sido marcados como alguém
tence ao próprio Satanás.
3.1.2.2. O Asceticism o
Condenado (4.3-5). Dois des^s
ensinos estão agora listados: a pn
do casamento e a abstinência dc
alimentos. Ainda que .stas pr
possam estar relacionadas à idéi
os falsos mestres queriam “ser ã:
da lei”(1.7), como será que se rel^ãj
com a alegação de que os falsos <
eram “fábulas ou genealogias in td
veis” (1.4), além de pensar que z:
reição já havia acontecido? (2 Tm]
Estas pessoas podem ter sido - d
que insistiram que a nova era ;í h>
sido introduzida por Cristo e que
lharam em distinguir o tempo da 1
solação presente iniciado pela redj
reição deJesus e da consumação1 9
inaugurada pela ressurreição [fcí^fl
(Rienecker, 1980, 625).
Em Corinto, este tipo de visão 5«tJ
osúltimostempos estavaaparenteireai
ligado ao dualismo helenístico. ■
acreditava que a matéria era com âl
ou má, e que somente o espírito d
bom. Da mesma maneira que a!ral
coríntios negavam uma futura ressi*
reição corporal (1 Co 15.12,35'. ú m
menos alguns tiveram uma visão a
nuada sobre o sexo (7.1-7) e sobes*
casamento (7.25-38), é completameai
provável que algo semelhante estive*
sendoimpostocomouma“Lei”emÉre<
Conseqüentemente, algunsestavamo^
gando que o caminho para a purea
era demarcado pela abstinência do cs
samento (ser como os anjos apósa n
surreição [provavelmente se baseai
sem emMateus 22.30]) e de “certc >sà
mentos” (Fee, 1988, 99).
Estas tendências são características
gnosticismo.
Paulo não dá uma longa resposta
bre a questão do casamento, mas de»
seus tabus a respeito dos alimentc-í I
boraabordetipicamenteaquestãodeoa
ou não certos alimentos com alguma 22
1468
27. I TIMÓTEO 4
ia — cada um é livre para fazê-lo
ordo com o próprio entendimento
14.1-23; 1 Co 10.23-33; Cl 2.16,21).
combate aqueles que passam do
veria serum mero ‘julgamento’para
:gência de abstinência por razões re-
outeológicas,como emColossenses
, 1988, 100).
razão de Paulo recusar a abstinên-
certos alimentos é dupla: “tudo que
criou é bom, e recebido com ações
ças; nada é recusável, porque pela
ra de Deus e pela oração é santifi-
". O primeiro argumento ataca dire-
tea noção de dualismo, dizendo que
que Deus criou é bom (Gn 1) e não
ria ser rejeitado (por motivos de
eza de caráter ritual [Rm 14.14]). O
do argumento é a evidência de que
Leiros cristãos (como os judeus)
maçãodegraçasporseusalimentos;
:çõessantificavamacomidatomando-
priada para ser consumida.
3-M Aprendendo a Liderar
(4.6-16)
~>.l. Princípios de Liderança (4.6-
' -ste ponto, Paulo se dirige pessoal-
aTimóteo. O tomdestaseção é quase
letamente construtivo — não existe
imadenúnciaourefútaçãoaqui.Antes,
:oloencorajaseujovemamigoasuperar
um líder uma situação difícil, resis-
ao erro e vivendo como um mode-
uconselhoparaTimóteocabeaqualquer
•odoEvangelho chamado paraservir
tiações semelhantes.
Timóteo deveria propor “estas coisas
ãos”.O verbo “propor”não denota
masugestão de autoritarismo.Aidéia
'e, não tem um caráter de “ordenar”
e “instruir”, mas de “sugerir”.A pa-
gr(<g,a traduzida como “irmãos”(ou
dade”em traduções mais antigas)
ém o sentido inclusivo de “irmãos e
.A igreja é uma família na qual so-
Jos irmãos. Ameta é que Timóteo
um “bom ministro de Jesus Cristo”,
‘vrapara “ministro”aqui é novamente
nos (veja comentários sobre 3.8).
Timóteo deve ser um servo para os seus
irmãos, não um senhor sobre seus lide
rados. Sua vida como ministro deve evi
denciar sua educação, pois foi “criado com
as palavras da fé e da boa doutrina” que
estava seguindo. Deve nutrir-see sustentar-
se no Evangelho, vivendo na sã doutri
na. “Ametáfora da alimentação com a idéia
da leitura e digestão interior e o particí-
pio presente sugerem um processo con
tínuo” (Rienecker, 1980, 626).
Em um nítido contraste com as “pala
vras [verdades] da fé” e da “boa doutri
na”estão as “fábulas profanas e de velhas”
(v. 7; cf. 1.4). Estas fábulas devem ser for
temente recusadas e rejeitadas; convêm
apenas a mulheres idosas e supersticio
sas. Estas três últimas palavras em inglês
e em português traduzem uma palavra em
grego, um epíteto sarcástico usado pelos
filósofos implicando absoluta ingenuidade.
As mulheres em Éfeso não só criam nes
tes mitos, mastambémos ensinavam. Deste
modo, Timóteo foi obrigado a silenciar
tais mestres e corrigir seus erros (veja co
mentários sobre 2.11-15).
Nos versos 7b e 8, Paulo exorta Timó
teo dizendo vigorosamente: “exercita-te
a ti mesmo em piedade”.
Acomparaçãoentreavidacristãeoexercício
atlético ou o esporte é, sem dúvida, um
dos meios favoritos de Paulo transmitir
suamensagem(veja especialmente 1Co
9.24-27). Háumaformadeautodisciplina
genuinamente cristã que Timóteo deve
riapraticar. Consistegeralmentenoauto
controle, na devoçãocontínuaàtradição
doEvangelho,etalvez,acimadetudo(como
4.10sugere),emaceitaralegrementeacruz
do sofrimento que todos os cristãos de
vem esperar (Kelly, 1963, 99).
Como Paulo reflete em tal treinamen
to, cita o que soa como um provérbio
comum: “Porque o exercício corporal para
pouco aproveita, mas a piedade para tudo
é proveitosa”.
Paulo reconhece que o “exercício cor
poral”(gymnasia) “parapoucoaproveita”;
este tem um certo valor, porém- está
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