O documento discute os conceitos fundamentais de design de interação, incluindo compreender o problema, desenvolver um modelo conceitual e considerar modos de interação e metáforas de interface. Aborda paradigmas de interação e como os modelos conceituais podem ser projetados no design físico de uma interface.
Capítulo 2 compreendendo e conceitualizando a interação [ final ]
1. Design de Interação
Capítulo 2 | Compreendendo e Conceitualizando a Interação
por Juliana Leonardi e Maricel Torres
Desenho Instrucional | outubro | 2012
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento
Pós-
2. Entendendo o O quê será projetado?
problema Quais são as suposições sobre os possíveis
desejos e experiências dos usuários?
Como um uso novo e inovador de uma [nova]
tecnologia pode ser potencialmente útil?
3. Eliodomestico
O designer italiano Gabrielle Diamanti desenvolveu um produto capaz de dessalinizar
água salgada e transformá-la em água potável O aparelho pode dessalinizar até 5 litros
potável.
de água por dia – o que faria muita diferença para milhões de pessoas. O custo estimado
de produção é de 50 dólares.
Fonte: http://style.greenvana.com/2012/projeto-transforma-agua-salgada-em-potavel/
4. Framework para explicar as
suposições
Um produto já existente apresenta
problemas? Quais são eles? Por quê
você acha que há problemas?
Por quê você acha que as suas idéias
podem ser úteis? Como você imagina
as pessoas integrando o novo design à
maneira como atualmente realizam as
tarefas?
Como o design que você propôs
auxilia as pessoas em suas atividades?
Isso realmente vai ajudá-las?
5. … design de interação X EaD?
Quais suposições sobre os usuários (necessidades) vem sendo
consideradas no desenvolvimento de produtos e/ou soluções
orientadas para a EaD?
Quais delas estão em busca de resolver um problema?
6. Contexto do Problema
Ter um bom entendimento do
contexto do problema pode ajudar
no design.
Por exemplo, que tipo de
interface, ambiente, e
funcionalidades são desejáveis?
Antes de decidir sobre essas
questões é melhor desenvolver um
modelo conceitual
conceitual.
7. Modelo Conceitual
Uma descrição do modelo proposto – em termos de um conjunto
“ de ideias e conceitos integrados a respeito do que ele deve fazer,
como deve se comportar e com o que deve se parecer – que seja
compreendida pelos usuários da maneira pretendida.” (p. 61)
”
8. Os usuários entendem o modelo
conceitual da forma que se espera?
modelo de modelo do
design usuário
modelo que o designer como o usuário
tem sobre como o entende a forma como
sistema deve trabalhar designer designer o sistema trabalha
sistema
como o sistema
imagem do realmente trabalha
sistema
9. Primeiros passos para formular um
modelo conceitual
O que os usuários fazem quando executam as suas tarefas?
Como o software (produto, sistema) pode fazê-lo?
Qual o tipo de interface, metáfora e características seriam
apropriadas?
Quais modos de interação e estilos devem ser utilizados?
Ao tomar decisões sobre o design, tenha sempre
em mente como o usuário irá entender o modelo
conceitual implícito.
11. Modelos Conceituais baseados em atividades
manipulação exploração e
instrução conversação
e navegação pesquisa
“Descreve como os usuários realizam suas tarefas, instruindo o sistema
sobre o que fazer – por exemplo, em tarefas como informar a hora,
imprimir um arquivo e lembrar o usuário de um compromisso.” (p. 63)
12. Modelos Conceituais baseados em atividades
manipulação exploração e
instrução conversação
e navegação pesquisa
“Modelo conceitual baseado na ideia de conversação entre uma pessoa
e um sistema, em que este atua como um parceiro em diálogo –
particularmente, ele é projetado para responder da mesma forma que
um ser humano responderia ao conversar com alguém.” (p. 66)
13. Modelos Conceituais baseados em atividades
manipulação exploração e
instrução conversação
e navegação pesquisa
“Descreve a atividade de manipular objetos e navegar por espaços
virtuais, explorando o conhecimento que os usuários tem sobre como
fazer isto no mundo físico (exemplo: mover, selecionar, abrir, fechar).”
(p. 68)
14. Modelos Conceituais baseados em atividades
manipulação exploração e
instrução conversação
e navegação pesquisa
“Baseado na ideia de possibilitar às
pessoas explorar e pesquisar informações
valendo-se de sua experiência em realizar
essas tarefas com mídias já esxistentes
(por exemplo: livros, revistas,
bibliotecas).” (p. 70)
15. Modelos Conceituais baseados em objetos
“(…) enfocam a maneira como certo
objeto é utilizado em determinado
contexto (…) geralmente baseados em
uma analogia com algo do mundo
físico.” (p. 72)
16. Modelos Conceituais baseados em metáforas
“Desenvolvido para ser semelhante, de alguma forma, a aspectos de
uma entidade física (ou entidades), mas que também tem o seu
próprio comportamento e suas propriedades.
As metáforas da interface são baseadas em modelos conceituais que
combinam conhecimento familiar com novos conceitos” (p. 76)
17. Vantagens
Facilita o aprendizado de novos sistemas;
Auxilia os usuários a compreenderem os detalhes do modelo
conceitual;
Pode ser muito inovador e permite que uma grande
quantidade de aplicações de hardware e software se tornem
mais “amigáveis”.
18. Possíveis problemas
Quebram as regras convencionais e culturais - por exemplo, a
lixeira no desktop;
Podem restringir os designers na maneira que eles
conceitualizam o escopo do problema;
Podem ser conflitantes com os princípios de design;
Podem fazer com que os usuários apenas entendam o
sistema em termos de metáforas;
Designers podem inadevertidamente utilizar designs
existentes que são ruins ou demasiadamente literais;
Limitam a imaginação para o desenvolvimento de novos
paradigmas e modelos conceituais.
19. Qual é o melhor modelo?
Manipulação direta é ótima para tarefas de desenho, “voar”,
“guiar”, mudar o tamanho das janelas e arrastar e soltar;
Dar instruções é ótimo para tarefas repetitivas;
Conversação é ótimo para crianças, pessoas que tem fobia de
computador e pessoas com pouca habilidade no computador;
Modelos conceituais híbridos são frequentemente utilizados
e oferecem diversas maneiras de interação, embora exijam
mais tempo para se aprender todas as suas funcionalidades.
20. Modelos verus Estilos de Interação
Modo de interação:
o que o usuário faz quando interage com o sistema, isto é, dá
comandos, fala, navega ou executa outra ação;
Estilo de interação:
que tipo de interface suporta estas interações? Fala, baseado
em menus, gestos, entrada de dados, formulários, buscas,
gráficos, web, canetas, realidade aumentada, gesticulação e
outros.
21. Paradigmas de Interação
Fonte de inspiração para instruir o design de um modelo
“ conceitual – filosofia ou maneira particular de pensar o design de
uma interface.
Orienta os designers quanto aos tipos de perguntas que devem
realizar. (p. 81) ”
22. Possíveis problemas
Computação ubíqua (tecnologia inserida no ambiente)
Computação pervasiva (integração total de tecnologias)
Computação vestível (ou wearables)
Bits tangíveis, realidade aumentada e integração
física/virtual
Ambientes atentos (os computadores atendem às
necessidades dos usuários)
Workaday World (aspectos sociais do uso da tecnologia;
questões cotidianas e conceituais)
…
24. Dos modelos conceituais ao design físico
QUESTÕES PARA CONSIDERAR: (p. 85)
a maneira como a informação é apresentada e como interage
com a interface;
que combinações de mídias utilizar (sons, animação, outros);
o tipo de feedback que será proporcionado;
que combinações de dispositivos de entrada e saída utilizar
(síntese de voz, teclado e mouse, reconhecimento de escrita,
outros);
se deve incluir agentes e em que formato;
projetar operações (realizadas por hardware) ativadas por
botões físicos ou representá-las na tela (como parte do software);
que tipos de ajuda oferecer e em que formato.
25. Pontos Principais
É importante ter um bom entendimento do escopo do
problema;
problema
Um aspecto fundamental do design de interação é
desenvolver um modelo conceitual
conceitual;
Modos de interação e metáforas de interface devem
fornecem uma estrutura para o desenvolvimento de um
modelo;
Estilos de interação são tipos específicos de interface que são
instanciadas com o parte do modelo conceitual;
Os paradigmas da interação também podem ser utilizados
para projetar o design de um modelo conceitual.
26. Referências
PREECE, J; ROGERS, Y.; SHARP, H. Design de Interação: além da
interação humano-computador. Porto Alegre: Bookman, 2005.
Para saber mais:
http://www.uxdesign.blog.br/
http://www.although.net.au/interaction.html
*As figuras foram coletadas em diferentes sites localizados pelo google.