Este documento resume um caderno de capacitação à distância para profissionais de Atenção Básica sobre doenças crônicas não transmissíveis, especificamente hipertensão arterial sistêmica. O caderno contém informações sobre epidemiologia, fatores de risco, abordagem e controle da pressão arterial para profissionais de enfermagem. Inclui questões sobre práticas de promoção da saúde e medidas para aferição correta da pressão arterial.
Semelhante a Caderno de capacitação à distância para Atenção Básica - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA : CADERNO DO ENFERMEIRO
Semelhante a Caderno de capacitação à distância para Atenção Básica - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA : CADERNO DO ENFERMEIRO (20)
Caderno de capacitação à distância para Atenção Básica - DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA : CADERNO DO ENFERMEIRO
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Cadernos de capacitação à distância para Atenção Básica - DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS: HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA :
CADERNO DO ENFERMEIRO
Book · October 2008
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3. MÓDULO I
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS:
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
ENFERMEIROS
Cadernos de capacitação à distância para Atenção Básica
Autores
Elza Berger Salema Coelho (UFSC/SPB - Coordenadora do Projeto)
Antonio Fernando Boing (USP)
César Augusto Soares Nitschke (NEU/SES/SC)
Fátima Büchele (UFSC/SPB)
Rozilda dos Santos (ESP/SES/SC)
Sheila Rubia Lindner (ESP/SES/SC)
Aldo von Wangenheim ((UFSC)
Harley Miguel Wagner (USFC)
4. COORDENAÇÃO
Aldo von Wangenheim (UFSC)
Luiz Felipe Nobre (SES)
Eros Comunello (USFC)
Elza Berger Salema Coelho (UFSC/SPB)
SECRETARIA
Márcia Lange de São Thiago (ESP/SES/SC)
Rosangela Leonor Goulart (UFSC/SPB)
TUTOR
Neuza da Silva Erckerdt
Eunice Simão
Stefanie Frank
Ronald Seffrin Von Mulhen
André Ferreira Lopes
DESIGN GRÁFICO
Aline Pickler
Luciana Soares Fernandes
CINEGRAFIA
Daniele de Lara Martins
Grazielle Pasqual Schneider
Sabrina Carozzi Bandeira
ficha catalográfica
5. Caderno do Enfermeiro
Apresentação
PREZADO PARTICIPANTE,
Gostaríamos nesse momento de repassar para você a organização do curso!
A Capacitação à distância para a Atenção Básica - Módulo I Doenças Crônicas
não Transmissíveis: Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus, será
desenvolvida por meio dos recursos de ensino-aprendizagem disponibilizados para o
participante, que são:
• Caderno da Atenção Básica do Ministério da Saúde / Caderno temático ou
Consenso do tema;
• Caderno de exercícios;
• Fórum de debates;
• Caso clínico com questões motivadoras;
• Diretriz de avaliação e atendimento;
• Avaliação de processo.
Durante o desenvolvimento do curso você terá importantes parceiros. O primeiro
deles é o tutor (a) com quem você deverá interagir regularmente no fórum de debates
e buscando apoio sempre que necessário. Os seus colegas da equipe de saúde da
família também serão importantes interlocutores, sobretudo nos momentos presenciais
de discussão e reflexão sobre os exercícios que irão problematizar o processo de
trabalho.
Você mesmo (a) vai organizar seu estudo de acordo com o cronograma pactuado
para o desenvolvimento deste curso. Para esta capacitação serão consideradas duas
horas semanais de estudo no ambiente virtual e quatro horas de trabalho em equipe,
que poderão ser desenvolvidos no período de tempo, horário e local mais convenientes
de acordo com sua disponibilidade.
6. Caderno do Enfermeiro
É importante que você possa criar hábitos de estudo, desenvolvendo a prática da
leitura, o pensamento reflexivo e crítico, estimulado (a) pelo material didático que cada
participante receberá e pelas atividades/exercícios contidos nestes cadernos, podendo
também fazer uso das tecnologias - consultas na internet e no ambiente de
aprendizagem (fórum de debate) - com ferramentas de processo ensino-aprendizagem.
O recebimento do certificado do curso está condicionado à realização de todas as
atividades propostas neste curso.
O desafio que convidamos você a assumir é o de participar ativamente da reflexão
sobre o processo de trabalho da Estratégia de Saúde da Família, que se acredita deverá
ser permeado por uma postura reflexiva e dialógica com a realidade e com os outros
atores do processo.
CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DO CURSO:
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - OUTUBRO 2007
01/10 a 07/10 LEITURA dos Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde -
Hipertensão Arterial Sistêmica nº 15/2006 (www.saude.gov.br/dab).
08/10 a 14/10 EXERCÍCIO, tendo como texto básico o Caderno de Atenção Básica
nº15, lido anteriormente.
14/10 a 21/10 TRABALHO EM EQUIPE - caso clínico para discussão em equipe e
respostas por categoria profissional.
22/10 a 28/10 AVALIAÇÃO ---- acompanhamento das atividades realizadas.
5
7. Caderno do Enfermeiro
6
HIPERTENSÃO
ARTERIAL SISTÊMICA
A partir de agora você vai entrar em contato com o conteúdo específico do
Caderno de Exercício que foi desenvolvido para você Enfermeiro(a), assim
sendo...!!
Você sabia?
Que a Hipertensão Arterial SistêmicaHipertensão Arterial SistêmicaHipertensão Arterial SistêmicaHipertensão Arterial Sistêmica –––– HASHASHASHAS ---- é a mais freqüente das doenças
cardiovasculares. É também o principal fator de risco para as complicações mais
comuns como acidente vascular cerebral e infarto agudo do miocárdio, além da
doença renal crônica terminal. No Brasil são cerca de 17 milhões de portadores de
hipertensão arterial.
Importante!
Fatores que determinam um controle da HAS
• Maior acesso a medicamentos;
• Modificações de estilo de vida são de fundamental importância no processo
terapêutico e na prevenção da hipertensão;
• Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal;
• Controle do peso e prática de atividade física;
• Tabagismo e uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser
adequadamente abordados e controlados.
8. Caderno do Enfermeiro
Evidências científicas demonstram que estratégias que visem modificações de
estilo de vida são mais eficazes quando aplicadas a um número maior de pessoas e a
uma comunidade. A exposição coletiva ao risco e, como conseqüência da estratégia, a
redução dessa exposição, tem efeito multiplicador quando alcançada por medidas
populacionais de maior amplitude. Obviamente, estratégias de saúde pública são
necessárias para a abordagem desses fatores relativos a hábitos e estilos de vida que
reduzirão o risco de exposição, trazendo benefícios individuais e coletivos.
O trabalho em saúde refere-se a um mundo próprio, complexo, diverso, criativo e
dinâmico, em que cotidianamente usuários se apresentam portadores de algum
problema de saúde e buscam os profissionais da equipe de saúde da família para
resolvê-los. Acredita-se que o momento do trabalho é ao mesmo tempo de encontro
entre esse profissional e o usuário. Esse encontro é permeado pela dor, o sofrimento, os
saberes da saúde, as experiências de vida, as práticas assistenciais, subjetividades que
afetam os trabalhadores e o usuário.
A Promoção de saúde é o conjunto de ações, intervenções, propostas, processos e
movimentos que, atacando as causas mais básicas das doenças e apontando para
novas formas ou condições de trabalho, de vida e de relacionamento do homem
consigo mesmo, com seus semelhantes e com o meio ambiente, podem influenciar
decisões individuais, grupais e coletivas que objetivem melhorar a qualidade de vida
dos seres humanos. (http:www.cedaps.org.br).
Nesse sentido, as ações de educação em saúde voltadas para a promoção da saúde
podem ser denominadas de agir educativo. Agir educativo que significa a ação social
com direção a fins (Weber, 1994), ou seja, a promoção da saúde como proposta de
construção de projetos voltados para o direito à vida, suscitando adesão de
movimentos sociais para realizações capazes de produzir novos sentidos nas relações
entre as pessoas e seus teritórios. (Pedrosa, 2006).
Promover a saúde demanda-nos outra atitude como cidadãos, como educadores e
como membros de equipes de saúde da família.
07
9. Caderno do Enfermeiro
Questão 1
Em relação à hipertensão e considerando a importância de medidas de promoção da
saúde, você, enquanto profissional da equipe da saúde da família, tem:
Realizado atividades de promoção da saúde em grupo em sua unidade e/ou
comunidade?
Sim ( ) Não ( )
Caso sim, com que freqüência?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Caso não, por quê?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Questão 2
Você sabe quantas pessoas são portadores de hipertensão na sua comunidade,
área de abrangência ou unidade?
Anote aqui: __________________________________________________________
Importante!
Os profissionais de saúde da rede básica têm importância primordial nas estratégias de
controle da hipertensão arterial, quer na definição do diagnóstico clínico e da conduta
terapêutica, quer nos esforços requeridos para informar e educar o paciente hipertenso
como de fazê-lo seguir o tratamento (www.saude.gov.br/dab).
Vamos conhecer a epidemiologia e os riscos da hipertensão!
No Brasil e no mundo a hipertensão é responsável por pelo menos 40% das mortes
por acidente vascular cerebral, por 25% das mortes por doença arterial coronariana e,
em combinação com a diabete, 50% dos casos de insuficiência renal terminal. Com o
08
10. Caderno do Enfermeiro
critério atual de diagnóstico de hipertensão arterial (pressão arterial (PA) 140/90
mmHg), a prevalência na população urbana adulta brasileira varia de 22,3% a 43,9%,
dependendo da cidade onde o estudo foi conduzido.
Os dados demonstram a necessidade de ações sistemáticas sobre hipertensão, às
atividades previstas neste caderno têm como texto base o Cadernos de Atenção
Básica nº 15 e 14 do Ministério da Saúde disponível no site da Telessaúde.
Atenção!
Para o controle das complicações causadas pela hipertensão, controlar a
pressão arterial é de fundamental importância. Para tanto:
• A posição recomendada para a medida da pressão arterial (PA) é a sentada.
Entretanto, a medida da PA na posição ortostática (em pé) deve ser feita pelo
menos na primeira avaliação, especialmente em idosos, diabéticos, pacientes com
disautonomias, alcoólicos e pacientes em uso de medicação anti-hipertensiva.
• Para ter valor diagnóstico necessário, a PA deve ser medida com técnica
adequada, utilizando-se aparelhos confiáveis e devidamente calibrados,
respeitando-se as recomendações para este procedimento.
Questão 3
Considerando a importância do controle da pressão arterial descreva os passos
que você enquanto enfermeiro costuma seguir para este procedimento.
1)__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2)__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
3)__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
4)__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
09
12. Caderno do Enfermeiro
8)__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
9)__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
Um fator, importante no procedimento para a medida da pressão arterial é o
tamanho do manguito para a medida adequada da pressão arterial. Sendo assim,
ATENÇÃO!
• Um dos aspectos mais importantes para garantir a acurácia das medidas de
pressão arterial é a utilização de manguitos de dimensões recomendadas para o
uso nas diversas faixas etárias e locais de medida da PA. A utilização de
aparelhos de pressão com manguitos de dimensões fora das recomendadas
acarretará imprecisão dos resultados obtidos.
• Os tensiômetros utilizados hoje têm manguitos em média, com 23 a 24 cm de
comprimento, o que dá 80% para braços de até 30 cm de perímetro, na maioria
das vezes adequado.
Devem-se considerar no diagnóstico da HAS, além dos níveis tensionais, o risco
cardiovascular global estimado pela presença dos fatores de risco, a presença de lesões
nos órgãos-alvo e as comorbidades associadas. É preciso ter cautela antes de rotular
alguém como hipertenso, tanto pelo risco de um diagnóstico falso-positivo, como pela
repercussão na própria saúde do indivíduo e o custo social resultante.
Atenção!
Em indivíduos sem diagnóstico prévio e níveis de PA elevada em uma aferição,
recomenda-se repetir a aferição de pressão arterial em diferentes períodos antes de
caracterizar a presença de HAS. Este diagnóstico requer que se conheça a pressão usual
do indivíduo, não sendo suficiente uma ou poucas aferições casuais.
A aferição repetida da pressão arterial em dias diversos em consultório é requerida para
chegar à pressão usual e reduzir a ocorrência da “hipertensão do avental branco”,
11
13. Caderno do Enfermeiro
Questão 5
Preencha com os valores da pressão arterial em adultos:
Normal _____________________________________________________________
Pré-hipertensão ______________________________________________________
Hipertensão _________________________________________________________
Estágio 1 ___________________________________________________________
Estágio 2 ___________________________________________________________
Importante!
O valor mais alto de sistólica ou diastólica estabelece o estágio do quadro
hipertensivo.
Quando as pressões sistólica e diastólica situam-se em categorias diferentes, a
maior deve ser utilizada para classificação do estágio.
A pressão arterial é um parâmetro que deve ser avaliado continuamente,
mesmo em face de resultados iniciais normais.
Considere que Hipertensão Arterial é definida como pressão arterial sistólica
maior ou igual a 140 mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90
mmHg em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva.
que consiste na elevação da pressão arterial ante a simples presença do profissional
de saúde no momento da medida da PA.
Considerando a classificação da pressão arterial para adultos com mais de 18 anos -
os valores limites de pressão arterial normal para crianças e adolescentes de 1 a 17
anos constam de tabelas especiais que levam em consideração a idade e o percentil de
altura em que o indivíduo se encontra -, preencha os valores da pressão arterial em
adultos na questão abaixo:
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14. Caderno do Enfermeiro
Questão 6
Ao identificar um portador de hipertensão você enquanto enfermeiro costuma
orientar sobre:
( ) controle de peso
( ) adoção de hábitos alimentares saudáveis
( ) redução do consumo de bebidas
( ) abandono do tabagismo
( ) relevância da prática de atividade físicos regular
PARA PENSAR:
É preciso ter em mente que a manutenção da motivação do paciente em não
abandonar o tratamento é talvez uma das batalhas mais árduas que profissionais de
saúde enfrentam em relação ao paciente hipertenso. Para complicar ainda mais a
situação, é importante lembrar que um grande contingente de pacientes hipertensos
também apresenta outras comorbidades, como diabetes, dislipidemia e obesidade, o
que traz implicações importantes em termos de gerenciamento das ações terapêuticas
necessárias para o controle de um aglomerado de condições crônicas, cujo tratamento
exige perseverança, motivação e educação permanente.
Questão 7
Diante dessa situação, como você enquanto enfermeiro orienta um usuário
Hipertenso que é resistente a mudanças de seus hábitos a continuar seu
tratamento sem interrupções?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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15. Caderno do Enfermeiro
Questão 8
A principal relevância da identificação e controle da HAS reside na redução das
suas complicações. Respondam quais são:
•___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
•___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
•___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
•___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
•___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
•___________________________________________________________________
____________________________________________________________________
É preciso ter em mente que a manutenção da motivação do paciente em não
abandonar o tratamento é talvez uma das batalhas mais árduas que profissionais de
saúde enfrentam em relação ao paciente hipertenso. Para complicar ainda mais a
situação, é importante lembrar que um grande contingente de pacientes hipertensos
também apresenta outras comorbidades, como diabetes, dislipidemia e obesidade, o
que traz implicações importantes em termos de gerenciamento das ações terapêuticas
necessárias para o controle de um aglomerado de condições crônicas, cujo tratamento
exige perseverança, motivação e educação continuada/ permanente.
VAMOS CONHECER!
Os dados relevantes da história clínica dirigida ao paciente hipertenso
• Identificação: sexo, idade, raça e condição socioeconômica.
• História atual: duração conhecida de hipertensão arterial e níveis de pressão; adesão
e reações adversas aos tratamentos prévios; sintomas de doença arterial coronária:
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16. Caderno do Enfermeiro
sinais e sintomas sugestivos de 1111insuficiência cardíaca; doença vascular encefálica;
doença arterial periférica; doença renal; diabete mellitus; indícios de hipertensão
secundária; gota.
• Investigação sobre diversos aparelhos e fatores de risco: dislipidemia, tabagismo,
sobrepeso e obesidade, sedentarismo, perda de peso características do sono, função
sexual, doença pulmonar obstrutiva crônica.
• História pregressa: gota, doença arterial coronária, insuficiência cardíaca.
• História familiar de acidente vascular encefálico, doença arterial coronariana
prematura (homens < 55 anos, mulheres < 65 anos); morte prematura e súbita de
familiares próximos.
• Perfil psicossocial: fatores ambientais e psicossociais, sintomas de depressão,
ansiedade e pânico, situação familiar, condições de trabalho e grau de escolaridade.
• Avaliação dietética, incluindo consumo de sal, bebidas alcoólicas, gordura saturada e
cafeína.
• Consumo de medicamentos ou drogas que podem elevar a pressão arterial ou
interferir em seu tratamento (corticoesteróides, anti-inflamatórios, anorexígenos,
anti-depressivos, hormônios).
• Atividade física.
Vamos continuar nossos exercícios?
Questão 9
Você identifica que o usuário hipertenso não “realiza” adequadamente o
tratamento anti-hipertensivo. Quais seriam as possíveis conseqüências de uma HA
não controlada?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
15
17. Caderno do Enfermeiro
Questão 10
Quais são os fatores de risco para desenvolver HA ?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Atenção!
HIPERTENSÃO ARTERIAL SECUNDÁRIA
A maioria dos casos de hipertensão arterial não apresenta uma causa aparente
facilmente identificável, sendo conhecida como hipertensão essencial. Uma
pequena proporção dos casos de hipertensão arterial é devida a causas muito bem
estabelecidas, que precisam ser devidamente diagnosticadas, uma vez que, com a
remoção do agente etiológico, é possível controlar ou curar a hipertensão arterial. É
a chamada hipertensão secundária. No nível de atenção básica, a equipe de saúde
deve estar preparada para diagnosticar, orientar e tratar os casos de hipertensão
essencial, que são a maioria. Por outro lado, os casos suspeitos de hipertensão
secundária deverão ser encaminhados a especialistas.
Ao atender um paciente hipertenso, o profissional da rede básica de saúde deve
procurar por indícios clínicos de hipertensão arterial secundária, a fim de levantar a
hipótese diagnóstica e de fazer o devido encaminhamento a especialistas.
Questão 11
De acordo com a afirmação acima como você procede a esse encaminhamento:
a) Avalia a necessidade da consulta médica;
b) Realiza uma consulta de enfermagem e estabelece metas alimentares, alívio
dos sintomas estressores, entre outras situações que podem estar associadas;
16
18. Caderno do Enfermeiro
c) Discute com a equipe possíveis causa para a situação;
d) Todas as anteriores.
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Questão 12
Qual a sua consideração/comentário ao atender um usuário da ULS que apresenta
edemas em MsIs e refere urinar pouco durante o dia? Se compararmos este dado
com a cor, a densidade e a quantidade ideal de urina a ser eliminada por dia, você
diria que tem algum risco sugestivo de HA secundária? Explique.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
CONSIDERANDO QUE:
O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução da
morbidade e da mortalidade cardiovascular do paciente hipertenso, aumentadas em
decorrência dos altos níveis tensionais e de outros fatores agravantes, são utilizadas
tanto medidas não-farmacológicas isoladas como associadas a fármacos anti-
hipertensivos. Os agentes anti-hipertensivos a serem utilizados devem promover a
redução não só dos níveis tensionais como também a redução de eventos
cardiovasculares fatais e não-fatais.
Importante!
Quais os princípios gerais do tratamento da hipertensão arterial sistêmica?
• O medicamento anti-hipertensivo deve:
– Ser eficaz por via oral;
– Ser bem tolerado;
– Permitir a administração em menor número possível de tomadas, diárias, com
17
19. Caderno do Enfermeiro
preferência para posologia de dose única diária.
• Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas para cada situação clínica,
podendo ser aumentadas gradativamente. Deve-se levar em conta que quanto maior
a dose, maiores serão as probabilidades de efeitos adversos.
• Pode-se considerar o uso combinado de medicamentos anti-hipertensivos em
pacientes com hipertensão em estágios 2.
Atenção!
PARA O RISCO CARDIOVASCULAR – CLASSIFICAÇÃO
A intensidade das intervenções preventivas deve ser determinada pelo grau de risco
cardiovascular estimado para cada indivíduo e não pelo valor de um determinado
fator. Em termos práticos, costumam-se classificar os indivíduos em três níveis de
risco – baixo, moderado e alto - para o desenvolvimento de eventos cardiovasculares
maiores. Os eventos tradicionalmente computados incluem morte por causa vascular,
infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral.
A Estratificação de Risco baseia-se na classificação inicial levando-se em conta o
exame clínico e avança para a indicação de exames complementares quando o
exame clínico apontar que o grau de risco sugere risco moderado a alto. A
classificação de risco pode ser repetida a cada 3 a 5 anos ou sempre.
Questão 13
Identifique com “U” as Urgência e “E” as emergência hipertensivas.
( ) Encefalopatia hipertensiva
( ) Angina instável
( ) Infarto do miocárdio
( ) Aneurisma dissecante de aorta
( ) Eclampsia
( ) Anticoagulação
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20. Caderno do Enfermeiro
( ) Edema agudo de pulmão
( ) Pré-eclâmpsia
( ) Intoxicação por cocaína ou anfetamina
( ) Hemorragia intracraniana
( ) Pré e pós-operatório
( ) Transplante renal
( ) Sangramento pós-operatório
( ) Rebote hipertensivo após suspensão súbita de clonidina ou outros anti-
hipertensivos
( ) Crises de feocromocitoma
( ) Hipertensão acelerada-maligna com edema de papila
( ) Queimaduras extensas
Atenção!
Importante!
Como Enfermeiro você tem, junto à sua equipe, usuário e comunidade, as
atribuições inerentes a sua atuação no SUS.
As crises hipertensivas devem inicialmente ser tratadas no posto de saúde e observadas
nesta unidade para ver a resposta à terapia instituída quando não houver
comorbidades ou caracterização de emergência hipertensiva. Quando necessário apoio
no tratamento ou para encaminhamento de um paciente com crise hipertensiva,
acione o SAMU através do número 192.
O médico regulador poderá auxiliar no que lhe for possível tanto quanto ao tratamento
da crise aguda como providenciará o encaminhamento à unidade de referência visto
tratar-se de uma urgência.
19
19
21. Caderno do Enfermeiro
Questão 14
Durante sua consulta de enfermagem como você confirma depois de um mês uma
PA elevada? E nessa consulta como você aborda os riscos: baixo, moderado e alto?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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Questão 15
Descreva as orientações antes do tratamento medicamentoso.
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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____________________________________________________________________
Questão 16
Quais são as principais estratégias para o tratamento não farmacológico da HAS
que o enfermeiro deve incluir no seu atendimento?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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____________________________________________________________________
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22. Caderno do Enfermeiro
Questão 17
Você está desenvolvendo uma atividade educativa de promoção de saúde com as
pessoas da sua comunidade. Você aborda questões relacionadas à alimentação
adequada, controle de peso, prática de atividades física, entre outras? Como você
acredita que esse tipo de atividade possa prevenir a HAS?
____________________________________________________________________
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Questão 18
Na sua área de abrangência é detectado um grande número de pacientes com
HAS. Como você identifica os efeitos colaterais dos medicamentos usados no
tratamento da HAS?
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Questão 19
Você conhece as atribuições e competências do ACS, do Auxiliar de Enfermagem e
Técnico de Enfermagem. Você discute essas atribuições com sua equipe? Como
você realiza essa discussão?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
21
23. Caderno do Enfermeiro
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Questão 20
Você conhece a medicação dos usuários controlados e sem intercorrências da sua
área de abrangência? Você costuma repetir a medicação que ele vem usando, caso
exista necessidade?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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____________________________________________________________________
Questão 21
Qual a periodicidade que devem ser feitos os encaminhamentos ao médico da sua
equipe dos usuários:
a) não aderentes, de difícil controle e portadores de lesão em órgãos-alvo;
b) que mesmo apresentando controle nos níveis tensionais, sejam portadores de
lesões em órgãos-alvo ou co-morbidades;
c) controlados e sem sinais de lesões em órgãos-alvo e sem co-morbidade.
Questão 22
Descreva as situações em que todos os profissionais da equipe de saúde da
família costumam se reunir:
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
22
24. Caderno do Enfermeiro
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
PARA PENSAR E SENTIR:
Refletindo sobre o que foi abordado neste caderno de exercícios, pensem e
descrevam quais seriam as ações que poderiam ser desencadeadas nos serviços de
saúde da sua locorregião onde está localizada sua UBS, que possibilite aos
profissionais de saúde reflexão sobre sua atuação, visando o atendimento
integral, humanizado, resolutivo, construção de vínculo e transformação das
práticas em saúde?
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
ATIVIDADES COMPLEMENTARES:
Listamos a seguir algumas sugestões de artigos que você pode acessar na internet
que abordam questões relacionadas às temáticas apresentadas neste caderno.
1. A experiência complexa e os olhares reducionistas
Autores: Brani Rozemberg & Maria Cecília de Souza Minayo
Esse artigo analisa uma experiência de adoecimento e cura acompanhada pela primeira
autora em comunidade agrícola do interior de Nova Friburgo, Rio de Janeiro.
Publicado: Revista Ciência e saúde coletiva v.6 n1. Rio de Janeiro, 2001.
23
25. Caderno do Enfermeiro
Acesso:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232001000100010&Ing=pt&nrm+isso.
2. A espessura do encontro
Autor: Luis Eduardo Aragon
Neste artigo, o autor ressalta a delicadeza e a sutileza como fundamentais no
momento do encontro clínico para conseguir perceber a ajuda que o paciente busca.
Acesso:http://www.interface.org.br/revista12/ensaio1.pdf
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CASTRO, Adriana e MALO, Miguel. SUS: ressignificando a promoção da saúde. São
Paulo: Hucitec: Opas, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. SGTES. Curso de formação de facilitadores de educação
permanente em saúde: unidade de aprendizagem – trabalho e relações na produção do
cuidado em saúde. Rio de Janeiro: Brasil/MS/FIOCRUZ, 2005.
SITE: http://www.cedaps.org.br. Acesso em 27/09/2007
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