SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Baixar para ler offline
ESCOLA SECUNDÁRIA DE BARCELINHOS - 20203/2024
BREVE CADERNO DE GRAMÁTICA
1 – ORAÇÕES
COORDENAÇÃO
ORAÇÕES
COORDENADAS
Tipo de oração
Conjunções/locuções coordenativas
Sentido/
valor de
Função sintática
copulati
va
Sindética
(têm conjunção)
E, também, nem, nem…nem, não só…mas
também, tanto…como.
Valor de Adição.
-----
Assindética
(sem conjunção, com
vírgula)
------
adversativa Mas, (advérbios conetivos: contudo,
todavia, porém....)
Valor de Oposição, contraste
------
conclusiva Pois, (portanto, logo, assim, por
conseguinte, por consequência, por isso)
Valor de Conclusão
-----
disjuntiva
Ou…ou, quer…quer, seja…seja, ora…ora.
Valor disjuntivo,
Alternativa,
-----
explicativa Pois. Valor explicativo ------
SUBORDINAÇÃO
SUBORDINADAS
ADVERBIAIS
(equivalem
a
um
grupo
adverbial)
(função
sintática
de
modificador)
Tipo de oração Conjunções/locuções subordinativas
Sentido/
valor de
Função sintática
Subordinada adverbial causal
Porque, que, como, dado, dado que, uma
vez que, visto que, pois, já que.
Valor Causal (motivo, razão). Modificador
Subordinada adverbial temporal
Quando, enquanto, apenas, mal, logo que,
depois de, assim que…
Valor temporal. Modificador
Subordinada adverbial final
Para, para que, que, a fim de (que), de
modo a/que, de maneira a/que.
Valor final (Finalidade, objetivo,
propósito)
Modificador
Subordinada adverbial
condicional
Se, caso, desde que, contanto que, salvo
se, a menos que, a não ser que. Valor condicional (condição,
hipótese).
Modificador
Subordinada adverbial
concessiva
Embora, conquanto, que, ainda que,
mesmo que/se, se bem que, por mais.
Valor concessivo, de oposição
(Contraste)
Modificador
Modificador
Subordinada adverbial
consecutiva
Tão/tanto…que, a ponto de, de tal
modo…que.
Valor consecutivo
(Consequência).
Modificador
Subordinada adverbial
comparativa
Mais/menos… do que, tanto/tão…como,
bem como, como se, que nem.
Valor comparativo
(Comparação).
Modificador
SUBORDINAÇÃO
SUBORDINADAS
SUBSTANTIVAS
(equivalente
a
um
grupo
nominal)
Tipo de oração Elementos de ligação Sentido/ Valor de
Subordinada substantiva
completiva
(funciona como sujeito,
complemento direto ou oblíquo)
Que, se, para.
Valor Completivo
Completa o sentido de outra
oração
Sujeito,
Complementos
direto, do nome, do
adjetivo, oblíquo
Subordinada substantiva relativa
(funciona como sujeito,
complemento direto, indireto,
complemento oblíquo ou
modificador do grupo verbal)
Pronomes relativos: quem, o que, quanto.
Advérbio relativo onde.
Valor relativo
É introduzida por um pronome
ou advérbio relativo que não
retoma antecedente
Sujeito,
Complementos
direto, indireto, do
nome, do adjetivo,
oblíquo, modificador,
predicativo do
sujeito, compl.
agente da passiva.
SUBORDINAÇÃO
SUBORDINADAS
ADJETIVAS
(equivalem
a
um
grupo
adjetival)
(função
sintática:
modificador
do
nome…)
Tipo de oração Elementos de ligação Sentido/ Valor de
Subordinada adjetiva relativa
explicativa
(coloca-se entre vírgulas)
(enquanto grupo oracional, tem a
função de modificador do nome
restritivo
Pronomes relativos: que, quem, o qual,
cujo, quanto.
Advérbio relativo onde.
Valor não restritivo ou
explicativo
Fornece/
acrescenta informação
adicional.
Modificador do
nome apositivo
Subordinada adjetiva relativa
restritiva
(sem vírgula)
(enquanto grupo oracional tem a
função de modificador do nome
apositivo)
Valor restritivo
Limita/restringe a informação.
Modificador do
nome restritivo
Nota 1. As orações subordinadas funcionam enquanto grupos oracionais têm uma função sintática dentro da oração subordinante. (cf. Quadro acima)
2 – FUNÇÕES SINTÁTICAS
Funções
sintáticas
Funções
sintáticas
ao
nível
da
frase
Sujeito
Sujeito simples
Sujeito composto
Sujeito Nulo
(não está explícito na frase)
Subentendido (sabe-se quem é.)
Indeterminado (existe, mas não se conhece, não se sabe quem é)
Expletivo (não existe
Predicado
Predicado verbal (é constituído pelo verbo e todos os complementos exigidos por ele)
Predicado nominal (com verbos copulativos)
Modificador Modificador (da frase). Elemento não obrigatório na frase. Regra geral é uma função desempenhada
por advérbios e orações adverbiais.
Vocativo Interlocutor. Separa-se sempre por vírgula.
Funções
sintáticas
internas
ao
grupo
verbal
Complemento
Complemento direto (Exigido por um verbo transitivo direto. Pronominalizar por o,a,os,as).
Complemento indireto (Exigido por um verbo transitivo indireto. Pronominalizar por lhe, lhes).
Complemento oblíquo (exigido por um verbo transitivo indireto. Não se pode pronominalizar).
Complemento agente da passiva.
Predicativo Predicativo do sujeito (exigido pelos verbos copulativos: ser, estar, ficar, continuar, andar,
permanecer, parecer…).
Predicativo do complemento direto (exigido por verbos transitivos predicativos: chamar, considerar,
julgar, nomear, achar,…)
Modificador Modificador (do grupo verbal ou da frase). Elemento não obrigatório na frase. Função cumprida por
advérbios/locuções adverbiais ou orações adverbiais.
Funções
sintáticas
internas
ao
grupo
nominal
Complemento do
nome
É exigido por um nome. Integra o grupo nominal. É muitas vezes um grupo preposicional (iniciado
por de, do(s), da(s))
Modificador do
nome
Modificador do nome restritivo (adjetivos qualificativos e orações adjetivas relativas restritivas)
Modificador do nome apositivo (colocam-se entre vírgulas – são formados por adjetivos, grupos
preposicionais e orações adjetivas relativas explicativas)
Funções
sintáticas
internas
ao
grupo
adjetival/
adverbial
Complemento do
adjetivo
Complemento exigido por um adjetivo. Integra o grupo adjetival.
Complemento do
advérbio
Complemento exigido por um advérbio.
Algumas notas importantes para as funções sintáticas:
Nota 1 – Para identificar as funções sintáticas de uma oração deve orientar-se pelos seguintes passos:
i) começar por sublinhar o verbo da frase;
ii) perguntar ao verbo «Quem?», para encontrar o sujeito;
iii) perguntar ao verbo «o quê?» e, de seguida, pronominalizar por o,a,os,as, par encontrar o complemento direto;
iv) perguntar ao verbo «A quem?» e, de seguida, pronominalizar por «lhe», «lhes», para encontrar o complemento indireto;
v) verificar seu o verbo da frase é copulativo (ser, estar, ficar, permanecer, andar, continuar, tornar-se, …). Se for o caso, a frase tem de ter um
predicativo do sujeito;
vi) verificar se o verbo é transitivo predicativo (eleger, nomear, chamar, achar, considerar, designar, tornar…). Neste caso a frase terá um predicativo
do complemento direto;
vii) verificar se a frase está na voz passiva (verbo auxiliar ser+verbo principal). Se for o caso, a frase tem um complemento agente da passiva;
viii) verificar se o verbo da frase é um verbo de movimento ou locativo (ir, sair, correr, vir, viajar…), seguido de um grupo preposicional. Neste caso a
frase poderá ter um complemento oblíquo.
3 – COESÃO TEXTUAL
A - COESÃO GRAMATICAL
2.1- Coesão gramatical
frásica:
2.2- Coesão gramatical
interfrásica:
2.3 – Coesão gramatical
Temporal
2.4 – Coesão gramatical referencial
Assegurada por
a) ordem das palavras e das
funções sintáticas na frase
b) concordância género/número
c) complementos exigidos pelo
verbo.
Assegurada por:
a) conjunções e locuções
conjuncionais coordenadas e
subordinadas e
b) Pelos articuladores ou
conetores de discurso.
Assegurada por
a) Uso correlativo dos tempos verbais.
b) uso de advérbios e locuções adverbais
de tempo;
c) uso de datas e marcas temporais.
(séculos, anos, dias, horas…).
Assegurada por referentes:
a) pronomes;
b) determinantes
c) deíticos.
B - Coesão lexical
Mecanismo de coesão por reiteração, através de repetição de palavras, ou por substituição de
palavras, pelos processos de sinonímia/antonímia; hiperonímia/hiponímia; holonímia/meronímia.
Mecanismos de coesão referencial (cadeia de referências):
1- Anáfora: Expressão linguística que remete para outra anteriormente apresentada, designando-se esta por antecedente.
2 - Catáfora: Expressão linguística que remete para outra posteriormente apresentada no contexto verbal, originando uma certa expectativa.
3) – Elipse: omissão de um vocábulo subentendido.
Há várias classes de palavras que podem funcionar como anáfora ou catáfora, a saber:
Pronomes: indefinidos, relativos, pessoais, demonstrativos, possessivos; determinantes possessivos; advérbios ou locuções adverbiais de lugar; e
adjetivos numerais (também como Pronome).
4 – CLASSES DE PALAVRAS
1 - Verbo principal
intransitivo não seleciona nenhum complemento.
Exemplos: sair, vir, sorrir.
transitivo direto seleciona um complemento direto.
Exemplos: descobrir, abandonar.
transitivo indireto seleciona um complemento indireto ou oblíquo.
Exemplos: pertencer, ir, escrever.
transitivo direto e
indireto
seleciona um complemento direto e um indireto ou oblíquo.
Exemplos: anunciar, entregar, colocar.
transitivo-predicativo seleciona um complemento direto e um predicativo do complemento direto.
Exemplo: considerar, julgar, achar, nomear, eleger.
Verbo auxiliar Verbo que ocorre antes do verbo principal ou copulativo, não sendo responsável pela seleção do sujeito e dos complementos. É
normalmente usado para formar tempos compostos(TER), frases passivas (SER) ou para transmitir informação temporal,
aspectual e modal (DEVER,PODER...).
Verbo copulativo Verbo que ocorre com um constituinte sintático com a função de sujeito e com um constituinte sintático com a função de
predicativo do sujeito. Exemplos: ser, estar, ficar, continuar, permanecer, parecer.
Adjetivo
Adjetivo qualificativo Adjetivo que exprime uma qualidade da entidade designada pelo nome. É modificador ou complemento do nome.
Adjetivo relacional Adjetivo que exprime um conjunto de propriedades do nome do qual provém. Não varia em grau e ocupa a posição pós-
nominal. Deriva de um nome.
Adjetivo numeral Ocupa normalmente a posição pré -nominal e pode ser antecedido de determinantes. Não varia em grau e designava-se
tradicionalmente como numeral ordinal.
Advérbio
Advérbio conetivo É usado para estabelecer conexões entre frases ou seus constituintes. Distinguem das conjunções por poderem ocorrer entre o
sujeito e o predicado. Exemplos: Contudo, porém, todavia, portanto, seguidamente, depois.
Advérbio de frase Apresenta diferentes valores semânticos e caracteriza-se pela impossibilidade de ser negado ou interrogado.Exs: Certamente
os seus amigos não foram sinceros. Provavelmente alguém falseou os resultados.
Advérbio de
predicado
Ocorre dentro do grupo verbal. Pode desempenhar a função de complemento oblíquo, modificador do grupo verbal (ou mais
raramente predicativo do sujeito).
Advérbio de
quantidade e grau
Fornece informação relativa ao grau ou quantidade. Ocorre dentro do predicado ou modifica grupo adjetivais ou adverbiais.
Pode ser usado na formação de graus dos adjetivos os advérbios.
Exemplos:Ele escreveu pouco. Sentiu-se muito desanimado com o exame. O trabalho foi reconhecido muito tardiamente.
Advérbio de negação «Não» é o único advérbio de negação. Pode ser modificador do grupo verbal ou de um dos seus constituintes.
Advérbio deinclusão Exemplos: «Só», «somente», «apenas», «inclusive», «até».
Advérb. interrogativo Exemplos: «Onde», «quando» e «porquê». Estuda-se o sermão porquê? O professor está onde?
Advérbio relativo «Onde». A casa onde moro é enorme.
Pronome
Pronomes pessoais Eu, tu ele, nós, vós, eles, elas. Me, mim, migo, te, ti, tigo, o, a, lhe, se, si, sigo, nos, nosco(connosco), vos, vosco(convosco), lhes.
P. possessivos Meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa.
P. demonstrativos Isto, isso, aquilo, este, esta, esse, essa, aquele, aquela.
Pronomes indefinidos Alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, cada, algum, alguma, bastante, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco,
pouca, tanto, tanta, vário, vária.
P. Interrogativos Quem, que, o que, o quê, porque, porquê, como, onde, quando.
– Pron.relativos Que, quem, onde, o/a qual, os/as quais, quanto, quanta.
Determinante
D. artigo definido O, a, o, as.
D. art. indefinido Um, uma, uns, umas.
D. demonstrativo Este, esta, esse, essa, aquele, aquela, o mesmo, a mesma, o outro, a outra, o tal, a tal.
Det. possessivo Meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa.
Det.relativo Cujo, cuja, cujos, cujas.
Det.indefinido Certo, certa, outro, outra.
Quantificador
Quantificador
universal
Quantificador que abrange a totalidade das entidades denotadas pelo nome, relativamente a um universo de referência pré-
determinado. Vem antes do nome e especifica-o. Exemplo: Todos os alunos leram o conto.
(todo, toda, ambos, cada, qualquer, quaisquer, nenhum, nenhuma, nenhuns).
Quantificador
existencial
Quantificador que afirma a existência de uma ou mais entidades denotadas pelo nome, mas não a totalidade. Exemplo: Alguns
alunos leram o conto. (algum, bastante, pouco, tanto, vários)
Quantificador
numeral
Quantificador que indica o número exato do conjunto de entidades denotado pelo nome.
Exemplo: Três alunos leram o conto.
Quantificador
interrogativo
Quantificador que, numa frase interrogativa, identifica o constituinte interrogado e na resposta é substituído por um quantificador
pertencente a outra subclasse. Exemplo: Quantos alunos fizeram o teste? Três alunos. / Todos os alunos. / Alguns
alunos.(quanto, quanta, quantos, quantas, que)
Quantificador
relativo
Quantificador que numa frase relativa identifica o constituinte relativo que tem como antecedente um grupo nominal com um
quantificador. Exemplo: Os alunos leram tantas páginas quantas o professor pediu para lerem.
(quanto, quantas, cujo, cuja, cujos, cujas)
Conjunção Palavra invariável que introduz orações coordenadas(conjunções coordenativas) e subordinadas(conjunções subordinativas)
5 – ATOS ILOCUTÓRIOS
Categorias Objetivos MarcasLinguísticas
Assertivos
- Traduzem uma posição, uma verdade
assumidapelolocutor.
Frasesdotipodeclarativo(compontofinal)
-Verbosdeclarativos(exs.:afirmar,concluir,declarar,dizer,aceitar,etc.);
- Verbos assertivos (exs.: aceitar, admitir, achar, acreditar, considerar, confessar, discordar, negar,
responder,entender,etc.);
- Expressões verbais modalizadas (exs.: considerar / achar necessário, possível, certo; colocar a
hipótesede,etc.);
· Asserçõessimples(afirmativas/negativas).
Diretivos
- Revelam a intenção de o locutor em
conduzir o interlocutor a agir por uma
ordem,pedido,conselhooupergunta.
Frases do tipo imperativo e interrogações
(pontofinalepontodeinterrogação)
-Expressãodaordem,pedido,conselho,aviso,sugestão,instruçãoatravésde:
frasesdetipoimperativo;
verbosdiretivos(exs.:avisar,exigir,implorar,mandar,ordenar,proibir,etc.)
-Expressãodepedidosdeinformação/confirmaçãocombaseem:
frasessimplesinterrogativas;
frases complexas interrogativas dominadas por verbos de inquirição (exs.: perguntar,
interrogar,inquirir,investigar,etc.);
frasesinterrogativasnegativascomvalorpositivo.
-Expressõesvolitivasdotipo«quererque+verbo”.
Expressivos
-Exprimem sentimentos, emoções,
estados de espírito do locutor face ao que
enuncia.
(pontodeexclamaçãoefinal)
-Verbos expressivos (exs.: agradecer, compadecer-se, congratular-se, deplorar, desculpar-se,
deplorar,felicitar.Lamentar,repudiar,etc.);
-Verbosmodalizadosporadvérbios(exs.:acharbem/mal,gostarmuito/pouco,etc.);
-Frasesdetipoexclamativo.
Compromissivos
-Traduzem o compromisso de o locutor
realizarumaaçãofutura.
-Frasessimplesmarcadaspeloverbonofuturodoindicativoounopresentecomvalordefuturo;
-Verboscompromissivos(exs.:comprometer-se,garantir,jurar,prometer,tencionar,etc.);
-Fórmulasdedespedidaquedeemlugaracompromissosfuturos(Atéamanhã!Atéparaoano!...)
Declarações
-Expressam o poder do locutor
(reconhecido institucionalmente – padre, juíz,
presidente - atos oficiais: casamentos,
reuniões,julgamentos).
-Frases proferidas por locutores institucional ou individualmente reconhecidos com poder,
autoridade;
-Verbosdeclarativos/performativos:declarar,renunciar,nomear,batizarabrir,encerrar,terminar.
6 –DEÍTICOS
Deíticos conceito Marcas discursivas
Deixis pessoal
(Deíticos pessoais)
Indica os papéis dos
participantes no ato de
fala/comunicativo.
Indica as pessoas do
discurso.
Deíticos pessoais:
Pronomes pessoais (1ª e 2ª pessoas)
Pronomes e determinantes possessivos (1ªe 2ª pessoas)
Flexão verbal (1ª e 2ª pessoas)
Vocativos
Deixis temporal
(Deíticos temporais)
Aponta para o
momento da
enunciação
Deíticos temporais:
Advérbio e locuções adverbiais de tempo.
Tempos verbais (Passado/Presente e futuro).
Deixis espacial
(Deíticos espaciais)
Indica o espaço de
enunciação, a
localização.
Deíticos espaciais:
Advérbios e locações adverbiais com valor de lugar.
Determinantes e pronomes demonstrativos.
7 – ASPETO VERBAL
Valor
Situação genérica Ação universal, intemporal e verdadeira (presente do indicativo…)
Valor perfetivo Ação concluída (Pretérito perfeito, presente com valor de passado…)
Valor imperfetivo Ação não concluída (pretérito imperfeito, gerúndio)
Situação habitual Ação realizada de forma recorrente (é costume, é habitual,…)
Situação iterativa Ação repetitiva com ideia de regularidade
8 – MODALIDADE (verbos auxiliares modais: ter, poder, dever…)
Valor Modal
Modalidade epistémica De certeza – o enunciador exprime algo que para ele é verdade.
De probabilidade - o enunciador exprime uma ideia de dúvida, eventualidade, possibilidade.
Modalidade deôntica
(agir sobre o locutor)
De obrigação – o enunciador dá uma ordem, um conselho, faz um pedido (Verbos com valor modal impor, proibir –
não poder, não dever, proibir, não permitir…)
De permissão – o enunciador dá permissão, autoriza. (Verbos auxiliares modais. poder, dever, permitir, autorizar…)
Modalidade apreciativa O enunciador exprime um juízo valor.
9- VALOR TEMPORAL (Passado – Presente – futuro)
Valor
Anterioridade Ação anterior ao momento de enunciação
Posterioridade Ação posterior ao momento de enunciação
Simultaneidade Ações realizadas em simultâneo (ao mesmo tempo)
10 – FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Étimo Palavra de origem (de outra língua: latim, grego…)
Palavras divergentes Várias palavras do português que resultaram do mesmo étimo
Palavras convergentes Palavra do português que resultou de vários étimos.
Arcaísmo Palavra antiga, do português arcaico, já não se usa. («sus», «imigo», «asinha»
Neologismos Palavras novas – cibermedicina, deslocalizar, blogue
Formação irregular de
palavras
Empréstimo – palavra de outra língua incluída no português - bullying
Extensão semântica – palavra com novo significado (rato, janela, portal)
Amálgama – palavra resultante de junção partes de palavras – (infopédia)
Truncação – redução de uma palavra – (moto, profe)
Acrónimo – palavra formada pelas iniciais de outras – INEM, SIDA
Sigla – iniciais de um grupo de palavras – PSP, RTP.
Campo lexical Conjunto de palavras associadas a um conceito – Escola: aluno, nota, professor, quadro…)
Campo semântico Aplicação da mesma palavra com sentidos diferentes: coração de pedra, o coação parou, entregou-lhe o coração.
(amor).
11 – PROCESSOS FONOLÓGICOS
1. As modificações fonológicas sofridas pelas palavras ao longo dos tempos designam-se por processos fonológicos. Estes podem consistir na
inserção, supressão e alteração de segmentos (sons).
2. Os fenómenos de inserção dizem respeito aos segmentos que passam a ser pronunciados no início, no interior ou no fim de palavra:
PEP
Prótese
Um segmento passa a ser pronunciado em início de palavra. spiritu > espírito
scribere > escrever
Epêntese
Um segmento passa a ser pronunciado no interior de palavra. blatta > brata > barata
catena > cadea > cadeia
Paragoge Um segmento passa a ser pronunciado no fim de palavra. ante > antes
3. Os fenómenos de supressão dizem respeito aos segmentos que deixam de ser pronunciados no início, no interior ou no fim de palavra:
ASA
Aférese
Um segmento deixa de ser pronunciado em início de
palavra.
attonitu > tonto
apotheca > bodega
Síncope
Um segmento deixa de ser pronunciado no interior de
palavra.
legenda > lenda
legale > leal
Apócope
Um segmento deixa de ser pronunciado no fim de
palavra.
male > mal
amore > amor
4. Os fenómenos de alteração dizem respeito à modificação das características dos segmentos ou à
troca de lugar de segmentos numa palavra: PATACA - BODEGA
Sonorização
Uma consoante surda transforma-se numa consoante sonora.
• p → b
• t → d
• c → g
lupu > lobo
maritu > marido
lacu > lago
Palatalização
Um segmento transforma-se numa consoante palatal.
• d (+ vogal i ou e) → j
• l (+ vogal i ou e) → lh
• n (+ vogal i ou e) → nh
• pl, fl e cl → ch
• cl (medial) → lh
hodie > hoje
filiu > filho
aranea > aranha
pluvia > chuva
flama > chama
inflare > inchar
clamare > chamar
oculu > oclo > olho
Redução
vocálica
Uma vogal, em posição átona (não acentuada), é pronunciada de
forma mais fechada.
festa > festejo - casa > casarão
escola > escolar
Contração
(crase e sinérese)
Crase – duas vogais contraem/fundem-se numa só.
Sinérese – duas vogais contraem-se num ditongo.
dolore > door > dor
lege > lee > lei
Vocalização Uma consoante transforma-se numa vogal. absente > ausente
Metátese Dois segmentos trocam de lugar numa palavra. semper > sempre
Assimilação Um segmento torna-se igual ou semelhante a um segmento vizinho. persicu > pêssego
Dissimilação Um segmento diferencia-se de um segmento vizinho. liliu > lírio

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Caderno de Gramática para alunos do ensino secundário e do terceiro ciclo

Joao calado e marta
Joao calado e martaJoao calado e marta
Joao calado e martaJoão
 
Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)
Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)
Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)FranciscoSilva772
 
Derivaã§ã£o e composiã§ã£o
Derivaã§ã£o e composiã§ã£oDerivaã§ã£o e composiã§ã£o
Derivaã§ã£o e composiã§ã£oostrapaula
 
Funções morfológicas do Que
Funções morfológicas do QueFunções morfológicas do Que
Funções morfológicas do QueBernardo Zacaron
 
Slides SuperAula - Termos essenciais.pdf
Slides SuperAula - Termos essenciais.pdfSlides SuperAula - Termos essenciais.pdf
Slides SuperAula - Termos essenciais.pdfTatianePessoa9
 
7_ano_classes_palavras
7_ano_classes_palavras7_ano_classes_palavras
7_ano_classes_palavrascamposmelo
 
pt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptx
pt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptxpt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptx
pt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptxletrascoloridas
 
Cefet/Coltec Aula 14 Função do "que"
Cefet/Coltec Aula 14  Função do "que"Cefet/Coltec Aula 14  Função do "que"
Cefet/Coltec Aula 14 Função do "que"ProfFernandaBraga
 
Advérbio.npp
Advérbio.nppAdvérbio.npp
Advérbio.npp7f14_15
 
Subdivisões gramaticais
Subdivisões gramaticaisSubdivisões gramaticais
Subdivisões gramaticaisEdmar Ruvsel
 
pt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptx
pt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptxpt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptx
pt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptxmariaCosta409191
 
Funções do que
Funções do queFunções do que
Funções do queana ramos
 

Semelhante a Caderno de Gramática para alunos do ensino secundário e do terceiro ciclo (20)

Joao calado e marta
Joao calado e martaJoao calado e marta
Joao calado e marta
 
Pt9 cdr relativas
Pt9 cdr relativasPt9 cdr relativas
Pt9 cdr relativas
 
Classes de palavras
Classes de palavrasClasses de palavras
Classes de palavras
 
Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)
Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)
Orações subordinadas (substantiva relativa e adjetiva relativa)
 
Emar10 emp pg265
Emar10 emp pg265Emar10 emp pg265
Emar10 emp pg265
 
Emar10 emp pg265
Emar10 emp pg265Emar10 emp pg265
Emar10 emp pg265
 
Derivaã§ã£o e composiã§ã£o
Derivaã§ã£o e composiã§ã£oDerivaã§ã£o e composiã§ã£o
Derivaã§ã£o e composiã§ã£o
 
Classes gramaticais
Classes gramaticaisClasses gramaticais
Classes gramaticais
 
Aulas 21 22
Aulas 21 22Aulas 21 22
Aulas 21 22
 
Funções morfológicas do Que
Funções morfológicas do QueFunções morfológicas do Que
Funções morfológicas do Que
 
Slides SuperAula - Termos essenciais.pdf
Slides SuperAula - Termos essenciais.pdfSlides SuperAula - Termos essenciais.pdf
Slides SuperAula - Termos essenciais.pdf
 
7_ano_classes_palavras
7_ano_classes_palavras7_ano_classes_palavras
7_ano_classes_palavras
 
pt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptx
pt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptxpt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptx
pt7_powerpoint_7_ano_classes_palavras.pptx
 
Cefet/Coltec Aula 14 Função do "que"
Cefet/Coltec Aula 14  Função do "que"Cefet/Coltec Aula 14  Função do "que"
Cefet/Coltec Aula 14 Função do "que"
 
Advérbio.npp
Advérbio.nppAdvérbio.npp
Advérbio.npp
 
Subdivisões gramaticais
Subdivisões gramaticaisSubdivisões gramaticais
Subdivisões gramaticais
 
pt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptx
pt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptxpt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptx
pt89_powerpoint_8_9_anos_classes_palavras.pptx
 
Regência+..
Regência+..Regência+..
Regência+..
 
Funções do que
Funções do queFunções do que
Funções do que
 
Gramatica resumo
Gramatica resumoGramatica resumo
Gramatica resumo
 

Último

o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 

Último (20)

o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 

Caderno de Gramática para alunos do ensino secundário e do terceiro ciclo

  • 1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE BARCELINHOS - 20203/2024 BREVE CADERNO DE GRAMÁTICA 1 – ORAÇÕES COORDENAÇÃO ORAÇÕES COORDENADAS Tipo de oração Conjunções/locuções coordenativas Sentido/ valor de Função sintática copulati va Sindética (têm conjunção) E, também, nem, nem…nem, não só…mas também, tanto…como. Valor de Adição. ----- Assindética (sem conjunção, com vírgula) ------ adversativa Mas, (advérbios conetivos: contudo, todavia, porém....) Valor de Oposição, contraste ------ conclusiva Pois, (portanto, logo, assim, por conseguinte, por consequência, por isso) Valor de Conclusão ----- disjuntiva Ou…ou, quer…quer, seja…seja, ora…ora. Valor disjuntivo, Alternativa, ----- explicativa Pois. Valor explicativo ------ SUBORDINAÇÃO SUBORDINADAS ADVERBIAIS (equivalem a um grupo adverbial) (função sintática de modificador) Tipo de oração Conjunções/locuções subordinativas Sentido/ valor de Função sintática Subordinada adverbial causal Porque, que, como, dado, dado que, uma vez que, visto que, pois, já que. Valor Causal (motivo, razão). Modificador Subordinada adverbial temporal Quando, enquanto, apenas, mal, logo que, depois de, assim que… Valor temporal. Modificador Subordinada adverbial final Para, para que, que, a fim de (que), de modo a/que, de maneira a/que. Valor final (Finalidade, objetivo, propósito) Modificador Subordinada adverbial condicional Se, caso, desde que, contanto que, salvo se, a menos que, a não ser que. Valor condicional (condição, hipótese). Modificador Subordinada adverbial concessiva Embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que/se, se bem que, por mais. Valor concessivo, de oposição (Contraste) Modificador Modificador Subordinada adverbial consecutiva Tão/tanto…que, a ponto de, de tal modo…que. Valor consecutivo (Consequência). Modificador Subordinada adverbial comparativa Mais/menos… do que, tanto/tão…como, bem como, como se, que nem. Valor comparativo (Comparação). Modificador
  • 2. SUBORDINAÇÃO SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS (equivalente a um grupo nominal) Tipo de oração Elementos de ligação Sentido/ Valor de Subordinada substantiva completiva (funciona como sujeito, complemento direto ou oblíquo) Que, se, para. Valor Completivo Completa o sentido de outra oração Sujeito, Complementos direto, do nome, do adjetivo, oblíquo Subordinada substantiva relativa (funciona como sujeito, complemento direto, indireto, complemento oblíquo ou modificador do grupo verbal) Pronomes relativos: quem, o que, quanto. Advérbio relativo onde. Valor relativo É introduzida por um pronome ou advérbio relativo que não retoma antecedente Sujeito, Complementos direto, indireto, do nome, do adjetivo, oblíquo, modificador, predicativo do sujeito, compl. agente da passiva. SUBORDINAÇÃO SUBORDINADAS ADJETIVAS (equivalem a um grupo adjetival) (função sintática: modificador do nome…) Tipo de oração Elementos de ligação Sentido/ Valor de Subordinada adjetiva relativa explicativa (coloca-se entre vírgulas) (enquanto grupo oracional, tem a função de modificador do nome restritivo Pronomes relativos: que, quem, o qual, cujo, quanto. Advérbio relativo onde. Valor não restritivo ou explicativo Fornece/ acrescenta informação adicional. Modificador do nome apositivo Subordinada adjetiva relativa restritiva (sem vírgula) (enquanto grupo oracional tem a função de modificador do nome apositivo) Valor restritivo Limita/restringe a informação. Modificador do nome restritivo Nota 1. As orações subordinadas funcionam enquanto grupos oracionais têm uma função sintática dentro da oração subordinante. (cf. Quadro acima)
  • 3. 2 – FUNÇÕES SINTÁTICAS Funções sintáticas Funções sintáticas ao nível da frase Sujeito Sujeito simples Sujeito composto Sujeito Nulo (não está explícito na frase) Subentendido (sabe-se quem é.) Indeterminado (existe, mas não se conhece, não se sabe quem é) Expletivo (não existe Predicado Predicado verbal (é constituído pelo verbo e todos os complementos exigidos por ele) Predicado nominal (com verbos copulativos) Modificador Modificador (da frase). Elemento não obrigatório na frase. Regra geral é uma função desempenhada por advérbios e orações adverbiais. Vocativo Interlocutor. Separa-se sempre por vírgula. Funções sintáticas internas ao grupo verbal Complemento Complemento direto (Exigido por um verbo transitivo direto. Pronominalizar por o,a,os,as). Complemento indireto (Exigido por um verbo transitivo indireto. Pronominalizar por lhe, lhes). Complemento oblíquo (exigido por um verbo transitivo indireto. Não se pode pronominalizar). Complemento agente da passiva. Predicativo Predicativo do sujeito (exigido pelos verbos copulativos: ser, estar, ficar, continuar, andar, permanecer, parecer…). Predicativo do complemento direto (exigido por verbos transitivos predicativos: chamar, considerar, julgar, nomear, achar,…) Modificador Modificador (do grupo verbal ou da frase). Elemento não obrigatório na frase. Função cumprida por advérbios/locuções adverbiais ou orações adverbiais. Funções sintáticas internas ao grupo nominal Complemento do nome É exigido por um nome. Integra o grupo nominal. É muitas vezes um grupo preposicional (iniciado por de, do(s), da(s)) Modificador do nome Modificador do nome restritivo (adjetivos qualificativos e orações adjetivas relativas restritivas) Modificador do nome apositivo (colocam-se entre vírgulas – são formados por adjetivos, grupos preposicionais e orações adjetivas relativas explicativas) Funções sintáticas internas ao grupo adjetival/ adverbial Complemento do adjetivo Complemento exigido por um adjetivo. Integra o grupo adjetival. Complemento do advérbio Complemento exigido por um advérbio.
  • 4. Algumas notas importantes para as funções sintáticas: Nota 1 – Para identificar as funções sintáticas de uma oração deve orientar-se pelos seguintes passos: i) começar por sublinhar o verbo da frase; ii) perguntar ao verbo «Quem?», para encontrar o sujeito; iii) perguntar ao verbo «o quê?» e, de seguida, pronominalizar por o,a,os,as, par encontrar o complemento direto; iv) perguntar ao verbo «A quem?» e, de seguida, pronominalizar por «lhe», «lhes», para encontrar o complemento indireto; v) verificar seu o verbo da frase é copulativo (ser, estar, ficar, permanecer, andar, continuar, tornar-se, …). Se for o caso, a frase tem de ter um predicativo do sujeito; vi) verificar se o verbo é transitivo predicativo (eleger, nomear, chamar, achar, considerar, designar, tornar…). Neste caso a frase terá um predicativo do complemento direto; vii) verificar se a frase está na voz passiva (verbo auxiliar ser+verbo principal). Se for o caso, a frase tem um complemento agente da passiva; viii) verificar se o verbo da frase é um verbo de movimento ou locativo (ir, sair, correr, vir, viajar…), seguido de um grupo preposicional. Neste caso a frase poderá ter um complemento oblíquo.
  • 5. 3 – COESÃO TEXTUAL A - COESÃO GRAMATICAL 2.1- Coesão gramatical frásica: 2.2- Coesão gramatical interfrásica: 2.3 – Coesão gramatical Temporal 2.4 – Coesão gramatical referencial Assegurada por a) ordem das palavras e das funções sintáticas na frase b) concordância género/número c) complementos exigidos pelo verbo. Assegurada por: a) conjunções e locuções conjuncionais coordenadas e subordinadas e b) Pelos articuladores ou conetores de discurso. Assegurada por a) Uso correlativo dos tempos verbais. b) uso de advérbios e locuções adverbais de tempo; c) uso de datas e marcas temporais. (séculos, anos, dias, horas…). Assegurada por referentes: a) pronomes; b) determinantes c) deíticos. B - Coesão lexical Mecanismo de coesão por reiteração, através de repetição de palavras, ou por substituição de palavras, pelos processos de sinonímia/antonímia; hiperonímia/hiponímia; holonímia/meronímia. Mecanismos de coesão referencial (cadeia de referências): 1- Anáfora: Expressão linguística que remete para outra anteriormente apresentada, designando-se esta por antecedente. 2 - Catáfora: Expressão linguística que remete para outra posteriormente apresentada no contexto verbal, originando uma certa expectativa. 3) – Elipse: omissão de um vocábulo subentendido. Há várias classes de palavras que podem funcionar como anáfora ou catáfora, a saber: Pronomes: indefinidos, relativos, pessoais, demonstrativos, possessivos; determinantes possessivos; advérbios ou locuções adverbiais de lugar; e adjetivos numerais (também como Pronome).
  • 6. 4 – CLASSES DE PALAVRAS 1 - Verbo principal intransitivo não seleciona nenhum complemento. Exemplos: sair, vir, sorrir. transitivo direto seleciona um complemento direto. Exemplos: descobrir, abandonar. transitivo indireto seleciona um complemento indireto ou oblíquo. Exemplos: pertencer, ir, escrever. transitivo direto e indireto seleciona um complemento direto e um indireto ou oblíquo. Exemplos: anunciar, entregar, colocar. transitivo-predicativo seleciona um complemento direto e um predicativo do complemento direto. Exemplo: considerar, julgar, achar, nomear, eleger. Verbo auxiliar Verbo que ocorre antes do verbo principal ou copulativo, não sendo responsável pela seleção do sujeito e dos complementos. É normalmente usado para formar tempos compostos(TER), frases passivas (SER) ou para transmitir informação temporal, aspectual e modal (DEVER,PODER...). Verbo copulativo Verbo que ocorre com um constituinte sintático com a função de sujeito e com um constituinte sintático com a função de predicativo do sujeito. Exemplos: ser, estar, ficar, continuar, permanecer, parecer. Adjetivo Adjetivo qualificativo Adjetivo que exprime uma qualidade da entidade designada pelo nome. É modificador ou complemento do nome. Adjetivo relacional Adjetivo que exprime um conjunto de propriedades do nome do qual provém. Não varia em grau e ocupa a posição pós- nominal. Deriva de um nome. Adjetivo numeral Ocupa normalmente a posição pré -nominal e pode ser antecedido de determinantes. Não varia em grau e designava-se tradicionalmente como numeral ordinal.
  • 7. Advérbio Advérbio conetivo É usado para estabelecer conexões entre frases ou seus constituintes. Distinguem das conjunções por poderem ocorrer entre o sujeito e o predicado. Exemplos: Contudo, porém, todavia, portanto, seguidamente, depois. Advérbio de frase Apresenta diferentes valores semânticos e caracteriza-se pela impossibilidade de ser negado ou interrogado.Exs: Certamente os seus amigos não foram sinceros. Provavelmente alguém falseou os resultados. Advérbio de predicado Ocorre dentro do grupo verbal. Pode desempenhar a função de complemento oblíquo, modificador do grupo verbal (ou mais raramente predicativo do sujeito). Advérbio de quantidade e grau Fornece informação relativa ao grau ou quantidade. Ocorre dentro do predicado ou modifica grupo adjetivais ou adverbiais. Pode ser usado na formação de graus dos adjetivos os advérbios. Exemplos:Ele escreveu pouco. Sentiu-se muito desanimado com o exame. O trabalho foi reconhecido muito tardiamente. Advérbio de negação «Não» é o único advérbio de negação. Pode ser modificador do grupo verbal ou de um dos seus constituintes. Advérbio deinclusão Exemplos: «Só», «somente», «apenas», «inclusive», «até». Advérb. interrogativo Exemplos: «Onde», «quando» e «porquê». Estuda-se o sermão porquê? O professor está onde? Advérbio relativo «Onde». A casa onde moro é enorme. Pronome Pronomes pessoais Eu, tu ele, nós, vós, eles, elas. Me, mim, migo, te, ti, tigo, o, a, lhe, se, si, sigo, nos, nosco(connosco), vos, vosco(convosco), lhes. P. possessivos Meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa. P. demonstrativos Isto, isso, aquilo, este, esta, esse, essa, aquele, aquela. Pronomes indefinidos Alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, cada, algum, alguma, bastante, certo, certa, muito, muita, outro, outra, pouco, pouca, tanto, tanta, vário, vária. P. Interrogativos Quem, que, o que, o quê, porque, porquê, como, onde, quando. – Pron.relativos Que, quem, onde, o/a qual, os/as quais, quanto, quanta.
  • 8. Determinante D. artigo definido O, a, o, as. D. art. indefinido Um, uma, uns, umas. D. demonstrativo Este, esta, esse, essa, aquele, aquela, o mesmo, a mesma, o outro, a outra, o tal, a tal. Det. possessivo Meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa. Det.relativo Cujo, cuja, cujos, cujas. Det.indefinido Certo, certa, outro, outra. Quantificador Quantificador universal Quantificador que abrange a totalidade das entidades denotadas pelo nome, relativamente a um universo de referência pré- determinado. Vem antes do nome e especifica-o. Exemplo: Todos os alunos leram o conto. (todo, toda, ambos, cada, qualquer, quaisquer, nenhum, nenhuma, nenhuns). Quantificador existencial Quantificador que afirma a existência de uma ou mais entidades denotadas pelo nome, mas não a totalidade. Exemplo: Alguns alunos leram o conto. (algum, bastante, pouco, tanto, vários) Quantificador numeral Quantificador que indica o número exato do conjunto de entidades denotado pelo nome. Exemplo: Três alunos leram o conto. Quantificador interrogativo Quantificador que, numa frase interrogativa, identifica o constituinte interrogado e na resposta é substituído por um quantificador pertencente a outra subclasse. Exemplo: Quantos alunos fizeram o teste? Três alunos. / Todos os alunos. / Alguns alunos.(quanto, quanta, quantos, quantas, que) Quantificador relativo Quantificador que numa frase relativa identifica o constituinte relativo que tem como antecedente um grupo nominal com um quantificador. Exemplo: Os alunos leram tantas páginas quantas o professor pediu para lerem. (quanto, quantas, cujo, cuja, cujos, cujas) Conjunção Palavra invariável que introduz orações coordenadas(conjunções coordenativas) e subordinadas(conjunções subordinativas)
  • 9. 5 – ATOS ILOCUTÓRIOS Categorias Objetivos MarcasLinguísticas Assertivos - Traduzem uma posição, uma verdade assumidapelolocutor. Frasesdotipodeclarativo(compontofinal) -Verbosdeclarativos(exs.:afirmar,concluir,declarar,dizer,aceitar,etc.); - Verbos assertivos (exs.: aceitar, admitir, achar, acreditar, considerar, confessar, discordar, negar, responder,entender,etc.); - Expressões verbais modalizadas (exs.: considerar / achar necessário, possível, certo; colocar a hipótesede,etc.); · Asserçõessimples(afirmativas/negativas). Diretivos - Revelam a intenção de o locutor em conduzir o interlocutor a agir por uma ordem,pedido,conselhooupergunta. Frases do tipo imperativo e interrogações (pontofinalepontodeinterrogação) -Expressãodaordem,pedido,conselho,aviso,sugestão,instruçãoatravésde: frasesdetipoimperativo; verbosdiretivos(exs.:avisar,exigir,implorar,mandar,ordenar,proibir,etc.) -Expressãodepedidosdeinformação/confirmaçãocombaseem: frasessimplesinterrogativas; frases complexas interrogativas dominadas por verbos de inquirição (exs.: perguntar, interrogar,inquirir,investigar,etc.); frasesinterrogativasnegativascomvalorpositivo. -Expressõesvolitivasdotipo«quererque+verbo”. Expressivos -Exprimem sentimentos, emoções, estados de espírito do locutor face ao que enuncia. (pontodeexclamaçãoefinal) -Verbos expressivos (exs.: agradecer, compadecer-se, congratular-se, deplorar, desculpar-se, deplorar,felicitar.Lamentar,repudiar,etc.); -Verbosmodalizadosporadvérbios(exs.:acharbem/mal,gostarmuito/pouco,etc.); -Frasesdetipoexclamativo. Compromissivos -Traduzem o compromisso de o locutor realizarumaaçãofutura. -Frasessimplesmarcadaspeloverbonofuturodoindicativoounopresentecomvalordefuturo; -Verboscompromissivos(exs.:comprometer-se,garantir,jurar,prometer,tencionar,etc.); -Fórmulasdedespedidaquedeemlugaracompromissosfuturos(Atéamanhã!Atéparaoano!...) Declarações -Expressam o poder do locutor (reconhecido institucionalmente – padre, juíz, presidente - atos oficiais: casamentos, reuniões,julgamentos). -Frases proferidas por locutores institucional ou individualmente reconhecidos com poder, autoridade; -Verbosdeclarativos/performativos:declarar,renunciar,nomear,batizarabrir,encerrar,terminar.
  • 10. 6 –DEÍTICOS Deíticos conceito Marcas discursivas Deixis pessoal (Deíticos pessoais) Indica os papéis dos participantes no ato de fala/comunicativo. Indica as pessoas do discurso. Deíticos pessoais: Pronomes pessoais (1ª e 2ª pessoas) Pronomes e determinantes possessivos (1ªe 2ª pessoas) Flexão verbal (1ª e 2ª pessoas) Vocativos Deixis temporal (Deíticos temporais) Aponta para o momento da enunciação Deíticos temporais: Advérbio e locuções adverbiais de tempo. Tempos verbais (Passado/Presente e futuro). Deixis espacial (Deíticos espaciais) Indica o espaço de enunciação, a localização. Deíticos espaciais: Advérbios e locações adverbiais com valor de lugar. Determinantes e pronomes demonstrativos. 7 – ASPETO VERBAL Valor Situação genérica Ação universal, intemporal e verdadeira (presente do indicativo…) Valor perfetivo Ação concluída (Pretérito perfeito, presente com valor de passado…) Valor imperfetivo Ação não concluída (pretérito imperfeito, gerúndio) Situação habitual Ação realizada de forma recorrente (é costume, é habitual,…) Situação iterativa Ação repetitiva com ideia de regularidade
  • 11. 8 – MODALIDADE (verbos auxiliares modais: ter, poder, dever…) Valor Modal Modalidade epistémica De certeza – o enunciador exprime algo que para ele é verdade. De probabilidade - o enunciador exprime uma ideia de dúvida, eventualidade, possibilidade. Modalidade deôntica (agir sobre o locutor) De obrigação – o enunciador dá uma ordem, um conselho, faz um pedido (Verbos com valor modal impor, proibir – não poder, não dever, proibir, não permitir…) De permissão – o enunciador dá permissão, autoriza. (Verbos auxiliares modais. poder, dever, permitir, autorizar…) Modalidade apreciativa O enunciador exprime um juízo valor. 9- VALOR TEMPORAL (Passado – Presente – futuro) Valor Anterioridade Ação anterior ao momento de enunciação Posterioridade Ação posterior ao momento de enunciação Simultaneidade Ações realizadas em simultâneo (ao mesmo tempo)
  • 12. 10 – FORMAÇÃO DE PALAVRAS Étimo Palavra de origem (de outra língua: latim, grego…) Palavras divergentes Várias palavras do português que resultaram do mesmo étimo Palavras convergentes Palavra do português que resultou de vários étimos. Arcaísmo Palavra antiga, do português arcaico, já não se usa. («sus», «imigo», «asinha» Neologismos Palavras novas – cibermedicina, deslocalizar, blogue Formação irregular de palavras Empréstimo – palavra de outra língua incluída no português - bullying Extensão semântica – palavra com novo significado (rato, janela, portal) Amálgama – palavra resultante de junção partes de palavras – (infopédia) Truncação – redução de uma palavra – (moto, profe) Acrónimo – palavra formada pelas iniciais de outras – INEM, SIDA Sigla – iniciais de um grupo de palavras – PSP, RTP. Campo lexical Conjunto de palavras associadas a um conceito – Escola: aluno, nota, professor, quadro…) Campo semântico Aplicação da mesma palavra com sentidos diferentes: coração de pedra, o coação parou, entregou-lhe o coração. (amor).
  • 13. 11 – PROCESSOS FONOLÓGICOS 1. As modificações fonológicas sofridas pelas palavras ao longo dos tempos designam-se por processos fonológicos. Estes podem consistir na inserção, supressão e alteração de segmentos (sons). 2. Os fenómenos de inserção dizem respeito aos segmentos que passam a ser pronunciados no início, no interior ou no fim de palavra: PEP Prótese Um segmento passa a ser pronunciado em início de palavra. spiritu > espírito scribere > escrever Epêntese Um segmento passa a ser pronunciado no interior de palavra. blatta > brata > barata catena > cadea > cadeia Paragoge Um segmento passa a ser pronunciado no fim de palavra. ante > antes 3. Os fenómenos de supressão dizem respeito aos segmentos que deixam de ser pronunciados no início, no interior ou no fim de palavra: ASA Aférese Um segmento deixa de ser pronunciado em início de palavra. attonitu > tonto apotheca > bodega Síncope Um segmento deixa de ser pronunciado no interior de palavra. legenda > lenda legale > leal Apócope Um segmento deixa de ser pronunciado no fim de palavra. male > mal amore > amor
  • 14. 4. Os fenómenos de alteração dizem respeito à modificação das características dos segmentos ou à troca de lugar de segmentos numa palavra: PATACA - BODEGA Sonorização Uma consoante surda transforma-se numa consoante sonora. • p → b • t → d • c → g lupu > lobo maritu > marido lacu > lago Palatalização Um segmento transforma-se numa consoante palatal. • d (+ vogal i ou e) → j • l (+ vogal i ou e) → lh • n (+ vogal i ou e) → nh • pl, fl e cl → ch • cl (medial) → lh hodie > hoje filiu > filho aranea > aranha pluvia > chuva flama > chama inflare > inchar clamare > chamar oculu > oclo > olho Redução vocálica Uma vogal, em posição átona (não acentuada), é pronunciada de forma mais fechada. festa > festejo - casa > casarão escola > escolar Contração (crase e sinérese) Crase – duas vogais contraem/fundem-se numa só. Sinérese – duas vogais contraem-se num ditongo. dolore > door > dor lege > lee > lei Vocalização Uma consoante transforma-se numa vogal. absente > ausente Metátese Dois segmentos trocam de lugar numa palavra. semper > sempre Assimilação Um segmento torna-se igual ou semelhante a um segmento vizinho. persicu > pêssego Dissimilação Um segmento diferencia-se de um segmento vizinho. liliu > lírio