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Julho/2021
“Drenagem de Rodovias”
Parte - II
Engº Marcos Augusto Jabôr
“Drenagem de Rodovias”
2 - Projeto de Drenagem
Obras de Arte Correntes e Especiais
3
PROJETO DE DRENAGEM
O projeto de drenagem é desenvolvido com os dados
obtidos dos Estudos Hidrológicos, compreendendo o
dimensionamento, a verificação hidráulica, a
funcionalidade e o posicionamento das obras e
dispositivos.
4
DRENAGEM
5
Pode-se definir, DRENAGEM como a
ciência que tem por objetivos, através de um
Sistema de Drenagem eficaz, remover e ou
impedir tecnicamente o excesso das águas
superficiais e profundas, a fim de proteger e
melhorar tudo sobre que possam elas influir.
6
SISTEMA DE DRENAGEM
7
É o conjunto de dispositivos de drenagem que tem
como objetivos, garantir a integridade do corpo
estradal e do seu entorno(Meio Ambiente), bem
como a segurança dos usuários da via.
8
Dispositivos que compõe um Sistema de Drenagem
• Obras de arte correntes (bueiros tubulares e
galerias);
• Valetas de proteção de corte e aterro;
• Sarjetas de corte e aterro;
• Entrada d’água em aterro / Saídas d’água;
• Descidas d’água de corte e aterro
• Soleira de dispersão;
• Caixa Coletora;
9
• Sarjetas de banqueta de Corte e aterro;
• Dreno profundo longitudinal;
• Dreno transversal;
• Dreno de pavimento;
• Dreno espinha de peixe;
• Colchão drenante;
• Dreno de talvegue.
10
Sistema de Drenagem
Valeta Proteção de
corte
11
Sarj. Banqueta
corte
Sistema de Drenagem
12
Sarjeta de
corte
Sistema de Drenagem
13
Sarjeta de
aterro
Sistema de Drenagem
14
Sarjeta Banqueta
Aterro
Sistema de Drenagem
15
Valeta Proteção
de aterro
Sistema de Drenagem
16
Dreno
Profundo
Sistema de Drenagem
17
Dreno
Pavimento
Sistema de Drenagem
18
Dispositivos de Drenagem
Os dispositivos de drenagem têm como objetivo, captar e
conduzir para local adequado toda a água que sob
qualquer forma venha a atingir o corpo estradal.
19
20
Sarjeta de corte
21
Sarjeta de corte
22
Este é o local adequado?
23
24
25
Dispositivos de Drenagem
Para a implantação correta de um Dispositivo de
Drenagem, é fundamental entender a função a que
se destina.
26
NA
Bueiro
Montante
Jusante
Qual a função de um bueiro?
27
28
Aterro
29
BTTC 1,20
30
NA
Bueiro
Montante
Jusante
Qual a função de um bueiro?
31
32
33
34
Obras de Arte Correntes - Bueiros
35
Os Bueiros podem ser classificados:
1 - Quanto aos materiais de construção:
• alvenaria de pedra
• concreto simples
• concreto armado
• Mixto: Concreto Armado e Alvenaria de Pedra
Ex: DER-BA e DER-MG
• chapas metálicas
• PVC
• PEAD
36
Os Bueiros podem ser classificados:
2 - Quanto a forma da seção transversal:
• circulares
• elípticos
• quadrados
• retangulares
• outras especiais
37
Os Bueiros podem ser classificados:
3 - Quanto a rigidez, segundo o grau de deformação:
• rígidos
• flexíveis
38
Obras de Arte Correntes
BUEIROS TUBULARES
E
BUEIROS CELULARES (GALERIAS)
39
BUEIROS TUBULARES
40
Obras de Arte Correntes
Bueiros Tubulares mais usuais:
• CONCRETO
• METÁLICO – Armco Staco
• PVC – Rib Loc
• PEAD: Kanaflex, Tigre-ADS e Armco Staco
41
Bueiro Tubular de Concreto - BSTC
42
Macho e Fêmea
43
Ponta e Bolsa
44
Bueiro Tubular Metálico (ARMCO)– BSTM
Chapa Galvanizada
45
Bueiro Tubular Metálico (ARMCO)
– Revestimento em Epóxi
46
Bueiro Tubular de PVC Helicoidal – BST. PVC
Rib Loc
47
Kanaflex
Tubo PEAD - Diâmetro < = 1,20 m
49
Tubos PEAD – BST.PEAD - Kanaflex
Tigre - ADS
Tubo PEAD - Diâmetro < = 1,50 m
51
Tubos PEAD – BST.PEAD - ADS TIGRE
Armco Staco
Tubo PEAD - Diâmetro < = 3,0 m
53
Tubo WEHOLITE – ARMCO STACO
Tubo WEHOLITE – ARMCO STACO
54
55
Anel Rodoviário de Belo Horizonte
Anel Rodoviário de Belo Horizonte
56
Importancia do Processo Construtivo
Tubo Flexivel
57
Importancia do Processo Construtivo
Tubo Flexivel
Metálico
Rib Loc
PEAD
58
Assentamento em base rígida
59
Assentamento em base rígida
Metálico
PEAD
Rib Loc
60
Assentamento em base rígida
Metálico
PEAD
Rib Loc
Nunca
61
Assentamento em base rígida
Reaterro
62
63
Senhores,
Executei recentemente aqui no Estado do Amazonas um
bueiro de aço corrugado de D=1,8m. Depois de algumas
semanas, depois de já aterrado, pavimentado e
construindo as alas, notei que no centro tubo esta
deformando, certamente pela sua condição flexivel.
Alguem presente no grupo já teve esta experiência
nessas construções com bueiros de aço corrugado?
e-mail - junho de 2016
64
Senhores,
Executei recentemente aqui no Estado do Amazonas um
bueiro de aço corrugado de D=1,8m. Depois de algumas
semanas, depois de já aterrado, pavimentado e
construindo as alas, notei que no centro tubo esta
deformando, certamente pela sua condição flexivel.
Alguem presente no grupo já teve esta experiência
nessas construções com bueiros de aço corrugado?
e-mail - junho de 2016
65
BUEIROS CELULARES (GALERIAS)
66
Galeria Moldada “In loco”
67
68
Galerias em Aduelas/Pré Moldadas
69
70
71
72
Execução Bueiros
73
Método convencional
Método Destrutivo:
Execução de bueiro com abertura de aterro
74
Método destrutivo c/ abertura de aterro
75
Exemplo de execução com abertura de aterro
76
Anel Rodoviário de Belo Horizonte
Anel Rodoviário de Belo Horizonte
Outubro de 2014 – 166.000 veículos/dia
77
Sem abertura de aterro
Método Não Destrutivo
78
1- Túnel Liner
2- Túnel Bala
3- Pipe Jacking
4- Sonda Dirigida
5- NATM
Método Não Destrutivo
79
1- Túnel Liner - Armco Staco
80
81
EXECUÇÃO PELO MÉTODO NÃO DESTRUTIVO
EXECUÇÃO PELO MÉTODO NÃO DESTRUTIVO
82
Dimensão mínima
Diâmetro = 1,20m
Dimensão máxima
Diâmetro = 5,00m
83
2- Túnel Bala – Completa Engenharia
84
Túnel Bala
Dimensão minima
0,80 x 1,40
Dimensão máxima
2,20 x 3,00
85
86
4- Pipe Jacking
87
88
89
Pipe Jacking
tubos de concreto
Diâmetro máximo
2,0 m
Diâmetro máximo
2,0 m
Diâmetro mínimo
0,30 m
90
5- Sonda Dirigida / MND
91
92
Diâmetro máximo = 1,20 m
Diâmetro mínimo = 5,0 cm
93
94
95
3- NATM
96
Dimensionamento dos Bueiros
Tubulares e Celulares/Galerias
98
Obras de Arte Correntes
• Dimensionamento – Ábacos “ U.S. Bureau of Public
Roads”
• Controle de entrada
99
Controle de Entrada
NA
D / H
Hw
Hw = Altura da lamina d’água na boca montante do bueiro
D = Diâmetro do bueiro
H = Altura da galeria
100
101
NA
D / H
Hw
1- Bueiros Tubulares:
1.1 Concreto Tr = 25 anos Hw/D = 2,0
Dimensionamento de bueiros novos
102
Pág. 96
apostila
Tubos de concreto
103
NA
D / H
Hw
1.2 Metálico : diâmetro < 1,20m - Tr = 25 anos Hw/D = 2,0
104
pág. 98
apostila
Tubos metálicos
105
NA
D / H
Hw
2- Bueiros Celulares - Galerias:
2.1 Canal Tr = 25 anos Hw/H = 1,0
106
NA
D / H
Hw
2- Bueiros Celulares - Galerias:
2.2 Conduto forçado Tr = 50 anos Hw/H = 1,2
107
pág. 97
apostila
Bueiros celulares
108
3- Bueiros Tubulares Metálico:
• Diâmetro maior ou igual 1,50m:
Canal - Tr = 25 anos
Hw/D = 1,0
Orifício – Tr = 50 anos
Hw/H = 1,2
109
pág. 98
apostila
Tubos metálicos
110
Estudo de Caso
Trecho: Vermelho Novo – Vermelho Velho – MG
Data da ocorrência: novembro de 2010
Obs: A lamina d`água atingiu 0,50 m acima da
Galeria construída, BDCC 3,0 x 2,50. A relação Hw/H = 1,2
111
112
máx. cheia
113
114
Hw /H= 1,2
115
116
117
Critérios p/ Dimensionamento
Bueiros Existentes
118
Bueiros Existentes - ?
NA
D / H
Hw
Hw = Altura da lamina d’água na boca montante do bueiro
D = Diâmetro do bueiro
H = Altura da galeria
119
Cuidados no Projeto de Bueiro de Grota
120
Como se deve projetar o Bueiro
e
Como Não se deve projetar o Bueiro
Eixo da rodovia
Como se DEVE projetar o Bueiro de Grota
e
Como NÃO se deve projetar o Bueiro de Grota
Eixo da rodovia
121
Linha normal ao eixo da rodovia
esconsidade
eixo
Bueiro
122
Posicionamento Correto do Bueiro
Eixo da rodovia
123
Posicionamento Correto do Bueiro
Eixo da rodovia
124
Posicionamento Correto do Bueiro
Eixo da rodovia
125
Posicionamento Errado
Eixo da rodovia
126
Posicionamento Errado
Eixo da rodovia
127
Posicionamento Errado
Eixo da rodovia
128
Posicionamento Errado
Perda de carga na entrada e saída
Eixo da rodovia
129
Posicionamento Errado
Problema em relação ao fluxo do lençol freático
Eixo da rodovia
130
Posicionamento Errado
Problema em relação ao fluxo do lençol freático
Eixo da rodovia
131
Posicionamento Errado
Problema em relação ao fluxo do lençol freático
Eixo da rodovia
Provável local de
saturação do pé da saia
de aterro
132
Posicionamento Errado
Redirecionamento do escoamento superficial
Eixo da rodovia
133
Posicionamento Errado
Redirecionamento do escoamento superficial
Eixo da rodovia
134
Posicionamento Errado
Redirecionamento do escoamento superficial
Eixo da rodovia
135
Posicionamento Errado
Redirecionamento do escoamento superficial
Eixo da rodovia
1
2
3
136
Eixo
Posicionamento Correto
Posicionamento Errado
Trecho: Ouro Branco – Saramenha - MG
142
Conseqüências de uma obra subdimensionada
143
144
Importancia do Desenvolvimento
do
Projeto de Engenharia
145
Bueiros Existentes
NA
D / H
Hw
Hw = Altura da lamina d’água na boca montante do bueiro
D = Diâmetro do bueiro
H = Altura da galeria
146
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
1. Suficiência Hidráulica
2. Estado de Conservação da Obra
147
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
1. Suficiência Hidráulica
148
149
150
151
NA
BSCC 2,5 x 2,5
Canal – 6,0 x 2,5
152
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
1- Suficiência Hidráulica
153
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
2. Estado de Conservação da Obra
Cadastro
1 2
154
- Tubo Trincado e Tubo quebrado
- Bueiro Selado
- Bueiro sem Berço de Concreto
- Bueiro sem Boca
- Bueiro Assoreado/Entupido
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
155
Tubo Trincado
Solução: Selagem/Vedação das trincas
Produtos que poderão ser utilizados nos
serviços de Selagem em trincas:
• Compound Injeção – Vedacit
• Sikadur 53 - Sika
156
Tubo Quebrado
Solução: Recuperação/Remoção com Substituição
157
158
159
160
- Bueiro Selado
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
161
162
Tubo Quebrado
163
- Bueiro sem Berço de Concreto
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
164
E
165
166
Quais são as funções principais de um
Berço de Concreto de um bueiro?
167
1. Garantir o perfeito alinhamento dos tubos
2. Garantir a estanqueidade (não vazamento)
3. Garantir a classe do tubo
168
- Bueiro sem Boca
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
169
170
A viga de ancoragem da laje da boca de montante tem como
objetivo impedir a entrada de água superficial sob o bueiro, já
para a boca de jusante visa proteger contra o solapamento.
Viga de ancoragem
171
172
173
Quais são as funções principais da boca
de um bueiro?
174
• Aumentar a capacidade de engolimento do tubo ou
galeria
• Proteger o aterro contra erosão
• Conter a saia de aterro
175
Sem boca
176
177
- Bueiro Assoreado/Entupido
Estudo do Aproveitamento dos Bueiros Existentes
178
Assoreamento
179
Entupimento
180
Obras de Arte Correntes- Construção
•Na análise do aproveitamento dos bueiros metálicos,
aplica-se o mesmo raciocínio do item anterior. Caso
encontremos bueiros furados pela corrosão e estes
atenderem ao aspecto hidráulico, pode-se aproveitar o
bueiro fazendo a recuperação com o uso do concreto
armado no fundo até a uma altura de 1/3 de seu
diâmetro.
181
182
183
Obras de Arte Correntes- Construção
• Bueiros com amassamento: muitas vezes este fato
aconteceu na execução do aterro, e caso não haja
indícios de sua evolução, o bueiro poderá ser
aproveitado.
184
Amassamento/escoramento
185
Amassamento/escoramento
186
Corrosão
187
Afogado
188
Quanto ao problema do amassamento do bueiro,
muitas vezes este aconteceu na execução do aterro, e
caso não haja a possibilidade de evoluir, o bueiro
poderá ser aproveitado.
Obras de Arte Correntes - Construção
189
Estudo do Aproveitamento
dos
Bueiros Existentes
BR 262 1- BR 116 2- BR 116
190
Obras de Arte Correntes
•Assentamento dos tubos: declividade máxima sem
ancoragem – DNIT
Ancoragem
191
Manual de Drenagem de Rodovias - DNIT – 2006
Pagina 30
Obras de Arte Correntes
192
Manual de Drenagem de Rodovias - DNIT – 2006
Pagina 30
Obras de Arte Correntes
193
“ÁLBUM DE PROJETOS-TIPO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM”
2018
194
•Assentamento dos tubos: declividade máxima sem
ancoragem – DNIT
 Manual de Drenagem: i < = 5,0%
 Álbum de Projetos Tipo: i < = 4,0%
• Recomendação: Desde que o assentamento seja feito
em vala, não haverá necessidade de ancoragem em
bueiros cuja declividade seja i < = 10%
Obras de Arte Correntes
195
196
197
198
Declividade ideal de assentamento:
• Bueiros tubulares- entre 1,5% e 2,0%
Obras de Arte Correntes
199
Declividade ideal de assentamento:
• Bueiros tubulares- entre 1,5% e 2,0%
• Bueiros celulares - entre 0,5% e 1,0%
Obras de Arte Correntes
200
Obras de Arte Correntes
 DNIT : 4,5 m/s
Velocidade máxima admissível
201
Obras de Arte Correntes
 DNIT : 4,5 m/s
Velocidade máxima admissível
202
Obras de Arte Correntes
 DNIT : 4,5 m/s
 DER-MG: ???
Velocidade máxima admissível
203
Obras de Arte Correntes
DNIT
Velocidade máxima admissível = 4,5 m/s
Obras de Arte Correntes
1- Bueiros tubulares: Tr = 25 anos , P = 1/ 25 = 4,0%
2- Galerias - Canal : Tr = 25 anos , P = 1/25 = 4,0%
3- Galerias – conduto forçado : Tr = 50 anos , P = 1/50 = 2,0 %
204
• Velocidade máxima nos tubos de concreto: 7,0 m/s
• Velocidade máxima nos bueiros celulares: 10,0 m/s
Obras de Arte Correntes
205
1. DER-MG
Obras novas: Bueiro greide – 0,60 m
Bueiro grota - 0,80 m
Diâmetro Mínimo
206
1. DER-MG
Obras novas: Bueiro greide – 0,60 m
Bueiro grota - 0,80 m
Diâmetro Mínimo
2. DNIT
Obras novas: Bueiro greide – 0,80 m
Bueiro grota - 1,00 m
207
Diâmetro Máximo ?
208
Por que Diâmetro máximo?
209
210
Altura Máxima
e
Altura Mínima de Aterro
211
Altura mínima e máxima de aterro sobre a geratriz
superior dos bueiros tubulares de concreto
TUBOS DIÂMETRO ALTURA DE ATERRO
CLASSE INTERNO SOBRE O TUBO NA VIA
MÍNIMA MÁXIMA
NBR 8890/2003 m m m
PS - 2 0.30,0.40,0.50 e0.60 0.55 4.60
0.70 e 0.80 0.55 4.75
PA - 1 0.90 0.55 4.75
1.00 0.55 4.75
120 e 1.50 0.55 4.75
0.30,0.40,0.50 e0.60 0.50 5.75
0.70 e 0.80 0.50 6.15
PA - 2 0.90 0.50 6.40
1.00 0.45 7.05
120 e 1.50 0.40 8.00
0.30,0.40,0.50 e0.60 0.35 11.00
0.70 e 0.80 0.35 11.15
PA - 3 0.90 0.30 11.45
1.00 0.30 11.75
120 e 1.50 0.30 12.15
Obras de Arte Especiais
Orientações para Projeto de Pontes
“Dimensionamento Hidráulico”
1. Estudos Hidrológicos
1.1 Coleta dos dados pluviométricos e ou fluviométricos
1.1.1 – Pesquisa junto à ANA – Agencia Nacional de
Águas
1.1.2 – Pesquisa junto à outros orgãos estadais e até
mesmo a empresas privadas
1.2 Processamento dos dados
1.3 Definição da equação de chuva ou método a ser
adotado para a obtenção da precipitação e
intensidade pluviométrica
1.4 Mapa da Bacia
1.4.1 – Dados físicos da bacia: área, comprimento do
talvegue e a declividade efetiva do talvegue
1.5 Cálculo da vazão da bacia
1.5.1 – Método do Hidrograma Unitário: A < 1.200 Km2
1.5.2 – Método Estatístico (dados fluviométricos)
A >= 1.200 Km2
1.6 Viagem a campo
1.6.1 - Informações com moradores próximos à obra
1.6.2 - Informações com usuários da rodovia
1.6.3 - Informações com funcionários da Prefeitura
1.6.4 - Definição do coeficiente de manning:
- identificar o tipo de solo das margens e se
possível do leito do curso d`água;
- observar a geometria do curso d`´agua:
sinuosidade e locais de perda de carga;
- medir a velocidade do escoamento no local
da transposição;
- tirar fotos de forma a mostras a geometria
e a vegetação das margens;
1.7 Levantamento topográfico
1.7.1 - Uma seção batimétrica a montante, uma seção
batimétrica no local da travessia e uma a jusante.
Caso a travessia seja esconsa, será necessário
uma seção normal ao eixo no local da travessia.
1.7.2 - Cota do NA, 150,0m a montante e 150,0m a
jusante para identificar a declividade de
passagem no local da travessia.
1.8 Desenho da seção batimétrica na escala 1:1.
1.8 Cálculo Hidráulico da capacidade da ponte existente,
para balizamento do projeto.
Cálculo hidráulico da vazão máxima cheia histórica
1.9 Estudo e definição da Ponte Projetada com a altura e
comprimento com capacidade de permitir a passagem
da vazão de projeto.
Máxima cheia histórica
H= 1,0 m
Verificação Hidráulica
Seção Batimétrica
Seção Batimétrica
1,0
Seção Batimétrica
1,0
A 1
Q1 = A 1 x V1
Seção Batimétrica
1,0
A 1
A 2
Q1 = A 1 x V1
Q2 = A 2 x V2
Seção Batimétrica
1,0
A 1
A 2 A 3
Q1 = A 1 x V1
Q2 = A 2 x V2
Q3 = A 3 x V3
Q total = Q1+ Q2+Q3
Coeficiente de Manning - n
Coeficiente de Manning - n
n = ?
Colchão de ar
Colchão de Ar
É a altura/folga entre a face inferior da longarina da ponte e
a cota de máxima cheia de projeto, de forma a permitir a
passagem de material flutuante durante as enchentes.
Normalmente adota-se a altura de 1,0 m, mas o projetista
deverá verificar em sua visita a campo se esta altura é
suficiente.
Em Rios navegáveis e rios onde ocorre transporte por via
liquida de troncos esta altura será mais elevada.
Máxima cheia de projeto
Colchão de ar
Máxima cheia de projeto
MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume VII – Projeto de Drenagem
DER-MG
Colchão de ar :
• 0,50 m a 1,00 m entre a face inferior da viga principal (longarina) da ponte e
máxima cheia, com TR = 50 anos para rodovia de baixo volume de tráfego;
• 1,00 m entre a face inferior da viga principal (longarina) da ponte e máxima
cheia, com TR = 100 anos para rodovias normais.
• Para TR= 100 anos, o nível d água deve, no máximo, tangenciar a face inferior
da viga principal (longarina) da ponte, no caso de aproveitamento da ponte
existente;
Manual de Hidrologia Básica – DNIT – 2006
Página 19
Colchão de ar = 0,50m a 1,00m
Máxima cheia de projeto
238
Pesquisar:
O rio é navegável?
https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/aquaviario/hidrovias
239
240
Conseqüências da falta/ineficácia
do serviço de manutenção
241
Ponte Rio das Velhas, BR 381- km 455 próximo a Belo Horizonte
20 de abril de 2011
Comprimento = 177,00m
242
Rio Grande do Sul – 06/01/2010
Ponte sobre o Rio Jacuí – 330,00m
243
Pontes
Problemas com Projeto
244
Ponte Incompatível c/ a Geometria
245
Ponte Curta
246
Controle de Qualidade
247
Controle de Qualidade
• Inspeção visual dos tubos - impede o uso de tubos com
problemas.
248
Fissuras,
Bolhas,
Armadura
exposta,
Ovalizações
249
250
251
252
Controle de Qualidade
• Ensaio de Compressão Diametral
NBR-8890/2020
253
254
Execução com Qualidade
Equipe tem estar capacitada
Assentamento do tubo
255
Obras de Arte Correntes- Construção
• Berço e bocas dos bueiros confeccionados em concreto
ciclópico com 30% de pedra de mão;
256
257
258
259
Obras de Arte Correntes- Construção
• Abertura de valas na largura que permita o seu reaterro.
260
261
262
263
Obras de Arte Correntes- Construção
• O reaterro dos bueiros deve obedecer rigorosamente o
especificado no projeto, pois sendo bem executado não
haverá as depressões que hoje são tão comuns em nossas
rodovias;
264
265
266
267
BUEIROS / PROBLEMAS
Projeto
Construção
Manutenção
268
269
BTTC 1,20 - Jusante
270
BTTC 1,20 - Jusante
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Trecho: Passa Vinte – Div MG/RJ
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Importância da ida ao campo
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Marcos Augusto Jabor
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