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Engenharia Ambiental – CTEC

     Professor Roberto Caffaro




   Raíza Rocha Oliveira Teixeira

 Pedro Henrique de Omena Toledo

Pollyana Christina Gomes dos Santos




    Mata Atlântica




 Maceió, 22 de setembro de 2009.
A origem da Mata Atlântica, o terceiro maior bioma brasileiro, está associada à
separação dos continentes africano e sul-americano (eles formavam um único continente
chamado Gondwana), ocorrida a aproximadamente 80 milhões de anos atrás (Ambiente,
2006).


         Distribuída ao longo de mais de 23 graus de latitude sul, a Mata Atlântica localiza-se
sobre uma imensa cadeia de montanhas, ao longo da costa brasileira, e antigamente
ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, com diferentes relevos, clima e
solo. As montanhas mais antigas da Mata Atlântica estendem-se em áreas da Serra do mar e
foram formadas por atividades tectônicas no Período Ordoviciano da Era Paleozóica, essas
montanhas formaram uma barreira para os ventos carregados de umidade que vinham do
oceano. Sob a forma de névoa ou chuva, a umidade ajudou a criar as condições necessárias
para que as formações atlânticas, que originaram a Mata Atlântica propriamente dita, se
instalassem e evoluíssem rapidamente (Adaptação de MARTINS et al, 2006).


         Seu solo é em geral bastante raso, pouco ventilado, sempre úmido e recebe pouca
luz, pois a maior parte da luminosidade é absorvida pelas folhas das árvores mais altas.
Trata-se de um solo pobre, mas que tem a fertilidade garantida pela existência do que se
chama serrapilheira: uma camada com restos de vegetação, como folhas, caules e cascas de
frutos que cobrem a superfície do solo.


         A decomposição desta grande quantidade de matéria orgânica é o que garante a
reciclagem de nutrientes no meio. Os nutrientes que estão na serrapilheira e são absorvidos
pelo solo acabam retornando às plantas, em um ciclo que garante a vegetação deste bioma.


         As variações climáticas provocadas pela sucessão dos períodos de glaciação, quando
se formavam as grandes geleiras (clima mais frio e seco) e períodos entre as glaciações
(quando o clima ficava mais quente e chovia mais), contribuíram para a expansão da Mata
Atlântica que chegou a ultrapassar os limites da Floresta Amazônica. (MARTINS et al, 2006).
O clima na Mata Atlântica é equatorial. Por conta da proximidade do oceano, a dinâmica
atmosférica regional e os traços do relevo, ou seja, é caracterizado por altas temperaturas,
nebulosidade no alto das montanhas e umidade elevada.


         A distribuição das chuvas é bastante irregular, mas de modo geral, o período mais
frio e seco vai de maio a agosto (inverno) e o mais quente e chuvoso de novembro a março
(verão). As médias pluviométricas variam com a altitude, com cerca de 1.700mm na planície
costeira, 2.000mm nas encostas e 3.000mm na faixa altomontana, o que pode ser
comparado à Amazônia. No inverno a temperatura mínima pode atingir menos de 10°C e no
verão, a máxima varia entre 37°C e 40°C.
Correspondendo a duas vezes o tamanho da França, mais de três vezes a Alemanha,
e 4,5 vezes a Grã-Bretanha, a Mata Atlântica está sob forte pressão antrópica, atualmente
da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5% de sua extensão original
(aproximadamente 52.000 km²). Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem
vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por
grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do
Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.




                                       Figura 1- Serra do Mar.


                                           Fonte - IBAMA.




       Em seguida, a tabela com o percentual original da Mata Atlântica:


                  Estado                                      Área de Domínio
                ALAGOAS                                             52%
                  BAHIA                                             31%
                  CEARÁ                                              3%
             ESPÍRITO SANTO                                        100%
                  GOIÁS                                              3%
          MATO GROSSO DO SUL                                        14%
              MINAS GERAIS                                          45%
                PARAÍBA                                             12%
                 PARANÁ                                             32%
              PERNAMBUCO                                            18%
                  PIAUÍ                                              9%
             RIO DE JANEIRO                                         99%
          RIO GRANDE DO NORTE                                        6%
           RIO GRANDE DO SUL                                        47%
            SANTA CATARINA                                          99%
               SÃO PAULO                                            80%
                SERGIPE                                             32%
                         Tabela 1 – Percentual da Mata Atlântica em 1500.


                                         Fonte – Wikipedia.
A ação antrópica na Mata Atlântica começou no início da colonização européia, com a
extração do pau-brasil (Caesalpinia echinata) e continua até os dias atuais, principalmente
pela pressão urbana. As principais agressões a Mata Atlântica são listadas abaixo:

       1- Extração de madeira;

       2- Moradia, construção de cidades;

       3- Agricultura;

       4- Industrialização, e consequentemente poluição;

       5- Construção de rodovia.

       6- Pesca predatória em seus rios;

       7- Turismo desordenado;

       8- Comercio ilegal de plantas e animais nativos;

       9- Exportação ilegal de material genético;

       10- Fragmentação das áreas preservadas.
Figura 2 – Comparativo entre a mata original e a mata atual.


                                          Fonte – Bioatlântica.




       Do que se perdeu, pouco se sabe, milhares ou talvez milhões, de espécies não
puderam ser conhecidas. As espécies vegetais, muitas correm risco de extinção por terem
seu ecossistema reduzido, por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por
serem extraídas de forma irracional como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com
o palmito juçara (Euterpe edulis), entre muitas outras espécies. Para a fauna, observa-se um
número elevado de espécies ameaçadas de extinção, sendo a fragmentação deste
ecossistema, uma das principais causas. A fragmentação do habitat de algumas espécies,
principalmente de mamíferos de médio e grande porte, faz com que as populações
remanescentes,    em   geral,   estejam   subdivididas    e   representadas    por    um   número
consideravelmente pequeno de indivíduos (Câmara, 1991).

       Mas apesar da devastação acentuada, a Mata Atlântica ainda abriga uma parcela
significativa de diversidade biológica do Brasil, a fauna da Floresta Atlântica representa uma
das mais ricas em diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que
possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a
vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e
sementes. Sua riqueza é tão significativa que os dois maiores recordes mundiais de
diversidade botânica para plantas lenhosas foram registrados nesse bioma (454 espécies em
um único hectare do sul da Bahia e 476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região
serrana do Espírito Santo), além de 20.000 espécies de plantas vasculares, das quais
aproximadamente metade está restrita ao bioma.

        A precariedade dos levantamentos sobre a fauna da Mata Atlântica torna sua
descrição e análise mais difícil que no caso da vegetação (Adams, 2000), mas, apesar da
carência de informações para alguns grupos taxonômicos, estudos comprovam uma
diversidade bastante alta.

 Grupo Taxonômico            Total de Espécies na             Espécies            Espécies
                               Mata Atlântica                Endêmicas          Ameaçadas
     Mamíferos                       261                          73                 35
        Aves                        1.023                        188                104
      Répteis                        192                          60                  3
      Anfíbios                       340                         253                  1
       Peixes                        304                          90                 12
 Plantas Vasculares                20.000                       8.000                 -


               Tabela 2 – Diversidade, endemismo e espécies ameaçadas da Mata Atlântica.


                                            Fonte – Ambiente Brasil.




    Os animais podem ser divididos em dois grupos, de acordo com o grau de exigência:


   1- Os generalistas são pouco exigentes, apresentam hábitos alimentares variados, altas
        taxas de crescimento e alto potencial de dispersão. Estes fatores permitem a estes
        animais viverem em áreas de vegetação mais aberta ou mata secundária. São
        chamados de generalistas por causa do alto grau de tolerância e à capacidade de
        aproveitar eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. Ex.: sabiá-
        laranjeira, sanhaço, pica-pau, gambá, morcegos, entre outros.




   2-   Os especialistas, ao contrário dos primeiros, são extremamente exigentes quanto aos
        hábitats que ocupam. São animais que vivem em áreas de floresta primária ou
        secundária em alto grau de regeneração, apresentando uma dieta bastante
        específica. Para este grupo, a alteração do ambiente significa a necessidade de
        procurar novos hábitats que apresentem condições semelhantes às anteriores.
        Ocorre também a necessidade de grandes áreas para sobreviverem, sendo que sua
        redução pode ocasionar a impossibilidade de encontrar um parceiro para reprodução,
        comprometendo o número de indivíduos da espécie, podendo levá-la à extinção.
Alguns destes animais, por representarem o topo de cadeias alimentares, possuem
       um número reduzido de filhotes, o que dificulta ainda mais a manutenção destas
       populações. Ex: onça-pintada, mono-carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre
       outros.


       Como a relação entre animais e plantas da Mata Atlântica é bastante harmônica. O
fornecimento de alimento ao animal em troca do auxílio na perpetuação de uma espécie
vegetal é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores foram adaptando
hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio. Flores grandes e coloridas
atraem muitos beija-flores, as perfumadas atraem as mariposas e algumas flores, para atrair
moscas, exalam um perfume semelhante ao de podridão. Acredita-se que três a cada quatro
espécies vegetais da Mata Atlântica, sejam dispersas por animais, principalmente por aves e
mamíferos, que se alimentam de frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da
ingestão. Pássaros frutívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes
muitas vezes bem pequenas. Jacarés e lagartos aproveitam os frutos caídos no chão e
mamíferos como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em grandes áreas.


       Um breve resumo sobre os grupos:


       Mamíferos


       No final do Pleistoceno, com a extinção maciça dos animais gigantes, a fauna
brasileira de mamíferos terrestres foi empobrecida, mas a variedade de espécies de pequeno
porte se manteve.


       Há uma grande quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e apesar de não
ser tão rica em primatas quanto a Amazônia, possui um número razoável de espécies
(Adams, 2000).


       Exceto em relação aos primatas, quase nada se sabe sobre a situação dos demais
grupos de mamíferos da Mata Atlântica. (Coimbra filho, 1984; Câmara, 1991).
Figura 3 – Mico Leão Dourado (Leontopithecus Rosália).


                                      Fonte – Wikipedia.




       Aves


       Das com 188 espécies endêmicas e 104 ameaçadas de extinção. Estas espécies
encontram-se ameaçadas principalmente pela destruição de hábitats, pelo comércio ilegal e
pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é o
das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma ampla distribuição, estão
sofrendo uma drástica redução de seus nichos. Várias espécies quase se extinguiram pela
caça, como é o caso dos beija-flores e psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos)
(Por, 1992).
Figura 4 - Aves diversas da Mata Atlântica.


                              Fonte – Overmundo.




       Anfíbios


       Com hábitos predominantemente noturnos e discretos, o que os torna pouco visíveis
em seu ambiente natural, os anfíbios representam um dos mais fascinantes grupos.
Exploram praticamente todos os hábitats disponíveis; apresentam estratégias reprodutivas
altamente diversificadas e muitas vezes bastante sofisticadas, ocupam posição variável na
cadeia alimentar e possuem vocalizações características, demonstrando a diversificação
biológica e seu sucesso evolutivo.


       Em relação aos anuros (sapos, rãs e pererecas), um ecossistema bastante
importante é o conhecido "copo" das bromélias, um reservatório que serve de moradia,
alimentação e local para reprodução de algumas espécies.
Figura 5- Rã-bugio (Physalaemus olffersii).


                                         Fonte –Wikipedia.


       Répteis


       Em relação à fauna de répteis, grande parte apresenta ampla distribuição geográfica,
ocorrendo em outras formações como a Amazônia, Cerrado e até na Caatinga. No entanto,
são conhecidas muitas espécies endêmicas da Mata Atlântica, por exemplo, o jacaré-do-
papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA,2000). Uma comparação entre os répteis da
Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste dos Andes (Dixon, 1979, apud Por, 1992)
mostrou que a Mata Atlântica possui 150 espécies, das quais 43 também existem na
Amazônia, 1 nos Andes e 18 são de larga distribuição neotropical. O endemismo dos répteis
da Mata Atlântica é bastante acentuado, entretanto novas espécies ainda estão sendo
descobertas. (Por, 1992).




                              Figura 6 – Cobra-cipó (Chironius multiventris)


                                          Fonte- Sítio Curupira.
Peixes


       Os ecossistemas aquáticos da Mata Atlântica brasileira possuem fauna de peixes
muito variada, associada de forma íntima à floresta que lhe proporciona proteção e alimento.
(M.M.A., 2000)


         A maior parte dos rios encontra-se degradada, principalmente pela eliminação das
matas ciliares, erosão, assoreamento, poluição e represamento. Apesar de estudada há
bastante tempo, a fauna de água doce brasileira não é bem conhecida. Nos rios da mata
ombrófila densa, existem espécies dependentes da floresta para seu ciclo de vida,
principalmente aquelas que se alimentam de insetos, folhas, frutos e flores (Adams, 2000),
contribuindo também para a dispersão de sementes e frutos e para a manutenção do
equilíbrio do ambiente aquático.




             Figura 7 – Simpsonichthys constaciae, encontrado em poças e acúmulos temporários
                                          d'água, perto da praia.
                                           Fonte – Globo.com




         Em se tratando de questões econômicas, a Mata Atlântica é hoje responsável por
quase 70% do PIB nacional, abriga mais de 60% da população brasileira, e possui as
maiores extensões dos solos mais férteis do país. Este bioma ainda abriga 60 dos 96 Pólos
de Ecoturismo do Brasil pela beleza e diversidade de suas paisagens, atrativos naturais e
culturais. Há também a projetos como, por exemplo, o IRACAMBI, que tem por objetivo a
identificação, desenvolvimento e comercialização de produtos originários de plantas
medicinais nativas da Mata Atlântica. Plantas cultivadas de maneira sustentável com práticas
que preservem a biodiversidade florestal e resultem em benefícios econômicos às
comunidades locais. Tal meta corresponde ao desafio de buscar novas alternativas
sustentáveis para o uso econômico dos recursos florestais e naturais da Mata Atlântica e
mecanismos e estímulos viáveis para incentivar a sua proteção, como fazem as Unidades de
Conservação (U.C.s), que equivalem a áreas definidas pelo poder público com o objetivo
primeiro da proteção da biodiversidade existente em seu interior.
       Na Mata Atlântica existem hoje cerca de 860 unidades de conservação, que vão de
pequenos sítios transformados em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (R.P.P.N.s)
até áreas imensas como o Parque Estadual da Serra do Mar, com 315 mil hectares. Dois
grupos principais definidos pelo S.N.U.C. (Sistema Nacional de Unidades de Conservação)
classificam o tipo de uso das U.C.s: Proteção Integral e Uso Sustentável. Em ambas
categorias, as unidades de conservação devem ter um Plano de Manejo, que é um
documento técnico sobre o zoneamento e as normas que devem orientar o uso da área e o
manejo de seus recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias
a sua gestão. A seguir as U.C.s categorizadas como sendo de Uso Sustentável:


                 Área de Proteção Ambiental (A.P.A.) - constituída por terras públicas ou
privadas, é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Seus objetivos básicos são
proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais. A A.P.A. dispõe de um Conselho presidido
pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos
públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente.


          Área de Relevante Interesse Ecológico - em geral de pequena extensão, essa
área tem pouca ou nenhuma ocupação humana e apresenta características naturais
extraordinárias ou abriga exemplares raros da biota regional. Seu objetivo é manter os
ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas
áreas para torná-los compatíveis com os objetivos de conservação da natureza.


                Floresta Nacional (Flona) - é uma área com cobertura florestal de espécies
predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos
recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração
sustentável de florestas nativas. Nas flonas é admitida a permanência de populações
tradicionais que as habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em
regulamento e no Plano de Manejo da unidade. A Floresta Nacional deve dispor de um
Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído
por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o
caso, das populações tradicionais residentes.




               Reserva Extrativista - é utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja
subsistência     baseia-se   no   extrativismo   e,   complementarmente,    na   agricultura   de
subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Os objetivos básicos dessa área são
proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos
recursos naturais da unidade. A R.E. é de domínio público, com uso concedido às populações
extrativistas tradicionais conforme o disposto no artigo 23 da Lei do S.N.U.C. Deve ser gerida
por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e
constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das
populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato
de criação da unidade. É proibida a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou
profissional e a exploração comercial de recursos madeireiros só serão admitidas em bases
sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas
na   Reserva     Extrativista,   conforme   o   disposto   em    seu    Plano   de    Manejo.


           Reserva de Fauna - área natural com populações animais de espécies nativas,
terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-
científicos sobre o manejo e econômico sustentável de recursos faunísticos.


             Reserva de Desenvolvimento Sustentável - é uma área natural que abriga
populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração
dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições
ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na
manutenção da diversidade biológica. Seu objetivo básico é preservar o meio ambiente e
assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e
da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais. Deve
ainda valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do
ambiente desenvolvido por estas populações. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é
gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração
e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das
populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato
de criação da unidade. O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável
definirá as zonas de proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores
ecológicos, e será aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade.


               Reserva Particular do Patrimônio Natural (R.P.P.N.) - é uma área privada,
destinada pelo proprietário, de modo perpétuo, que tem como objetivo conservar a
diversidade biológica, sendo permitidas a pesquisa científica e a visitação com objetivos
turísticos, recreativos e educacionais. A lei 9.985 determina que os órgãos integrantes do
S.N.U.C., sempre que possível, devem prestar orientação técnica e científica ao proprietário
de RPPN para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão. Hoje, as
R.P.P.N.s já somam no país mais de 500 mil hectares, distribuídos em mais de 600 reservas.
Só na Mata Atlântica e seus ecossistemas associados elas protegiam, em fins de 2004, mais
de 83 mil hectares, em aproximadamente 360 reservas. A Aliança para a Conservação da
Mata Atlântica, parceria entre a Fundação SOS e a Conservação Internacional, realiza o
Programa de Incentivo às R.P.P.N.s da Mata Atlântica, que possibilitou até 2006 a criação de
cerca de 100 novas reservas.
U.C.s categorizadas como sendo de Proteção Integral:


                 Estação Ecológica (E.E.) - a preservação da natureza e a realização de
pesquisas científicas são os objetivos centrais desse tipo de Unidade de Conservação, uma
área de posse e domínio públicos, cuja visitação pública é proibida, a não ser para fins
educacionais especificadas no Plano de Manejo da E.E.




              Reserva Biológica - seu objetivo é a preservação integral da biota e demais
atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou
modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas
alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a
diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.


           Parque Nacional - a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica é o objetivo básico desse tipo de U.C. É possível assim realizar
pesquisas científicas e atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em
contato com a natureza e de turismo ecológico.


           Monumento Natural - tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros,
singulares ou de grande beleza cênica.


                 Refúgio de Vida Silvestre - visa proteger ambientes naturais onde se
asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora
local e da fauna residente ou migratória. Para que possam ser criadas, é necessária a
realização de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a
dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme sua função.


        As unidades que se destacam, são:


       •    Parque das Dunas, estadual, Rio Grande do Norte

       •    Jericoacoara, federal, Ceará

       •    Chapada do Araripe, Pernambuco, Piauí e Ceará

       •    Jardim Botânico Benjamim Maranhão, João Pessoa, Paraíba

       •    Reserva Biológica Guaribas, Mamanguape, Paraíba

       •    APA da Barra do Rio Mamanguape, Rio Tinto, Paraíba

       •    Parque Nacional da Chapada Diamantina, federal, Bahia

       •    Parque Marinho dos Abrolhos, federal, Bahia

       •    Parque Estadual do Rio Doce, estadual, Minas Gerais

       •    Mosteiro Zen Morro da Vargem, municipal, Espírito Santo
•   Santuário do Caraça, privada, Minas Gerais

•   Serra do Cipó, federal, Minas Gerais

•   Serra da Bodoquena, federal, Mato Grosso do Sul

•   Parque Estadual dos Três Picos, Rio de Janeiro.

•   Reserva de Sooretama, Sooretama, Espírito Santo

•   Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, estadual, Santa Catarina

•   Serra dos Órgãos e Parque da Tijuca, federais, e Barra da Tijuca, municipal,
    Parque Estadual da Serra da Tiririca,Rio de Janeiro
•   Parque Municipal da Grota, Mirassol, São Paulo

•   Parque do Itatiaia, Minas Gerais e Rio de Janeiro

•   Parque do Sabiá,Uberlândia-Minas Gerais

•   Serra da Bocaina, Rio de Janeiro e São Paulo

•   Serra da Cantareira, São Paulo, São Paulo

•   Serra da Mantiqueira, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo

•   APA petrópolois, parque natural municipal da taquara, Rio de Janeiro

•   Ilha Queimada Pequena e Ilha Queimada Grande, federal, Parque da
    Cantareira, Parque da Juréia e Ilha Anchieta, estaduais, São Paulo
•   Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo

•   Parque Iguaçu, federal, Foz do Iguaçu, Paraná

•   Ilha do Mel, estadual, Paraná

•   Serra Geral, estadual, Rio Grande do Sul

•   Parque Nacional da Serra do Itajaí, federal, Santa Catarina

•   RPPN Rio das Lontras, Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa
    Catarina
Figura 8- Ecoregiões reconhecidas para o domínio da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos –
                 Fonte - Terrestrial Ecoregions of the Neotropical Realm - WWF




       Apesar das exigências e do número de U.C.s existentes na Mata Atlântica, a
preservação da biodiversidade em áreas protegidas enfrenta o desafio de viabilizar a infra-
estrutura necessária à fiscalização do acesso e dos usos que são feitos de cada U.C., bem
como a manutenção de suas atividades, conforme estipulado pelo S.N.U.C. Muitas vezes, as
Unidades de Conservação acabam existindo apenas no papel, já que o poder público decreta
sua criação sem criar condições na prática para que cumpram suas funções.
       Além disso, no caso específico da Mata Atlântica, sua atual configuração reduzida a
cerca de 5% da área original implica em uma grande fragmentação das florestas do bioma e,
ao mesmo tempo, as áreas protegidas são muito pequenas e sua distribuição é esparsa,
dificultando o trânsito de espécies, as trocas genéticas necessárias à manutenção da
biodiversidade e ainda impedindo a conservação numa perspectiva de longo prazo.
       Está previsto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação que o Ministério do
Meio Ambiente deve organizar e manter o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação,
em colaboração com o IBAMA e os órgãos estaduais e municipais. O Cadastro Nacional é
constituído de um banco de dados de acesso remoto, via internet, que permite aos gestores
de Unidades de Conservação armazenar informações sobre as características físicas,
biológicas, turísticas e gerenciais das U.C.s Essas informações permitem à sociedade
acompanhar os resultados das políticas públicas voltadas para a conservação e preservação
do patrimônio biológico nacional.
       O Cadastro é coordenado pela Diretoria do Programa Nacional de Áreas Protegidas da
Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (M.M.A.), que deve
ainda disponibilizar informações sobre a gestão da conservação da biodiversidade in situ.




                 Figura 9 - Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade


                              da Mata Atlântica e Campos Sulinos.


                                     Fonte- Ambiente Brasil.
Bibliografia




       Rocha, A. A. , Costa, J. P. de O. 1998. A Reserva da biosfera da Mata Atlântica e sua
aplicação no Estado de São Paulo. Terra Virgem, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de
São Paulo. São Paulo.

       Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da mata atlântica
e campos sulinos.por: Ministério do Meio Ambiente, Conservation International do Brasil,
Fundação SOS Mata Atlântica, Fundação Biodiversitas, Instituto de pesquisas Ecológicas,
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, SEMAD/ Instituto Estadual de
Florestas-MG.Brasília, 2000, 40p.

           Por, F. D. 1992. Sooretama. The Atlantic Rain Forest of Brazil. SPB Academic
Publishing, The Hague, 130p.

         Câmara, I. de G. 1991.Plano de ação para a mata atlântica. São Paulo: Fundação
SOS Mata Atlântica, 152p.

         Dixon, J. R. 1979. Origin and Distribution of reptiles in lowland tropical rainforests
of South America. In: W. E. Duellman (ed.), The South American Herpetofauna. Its origin,
evolution and dispersal. Kansas: Univ. Kansas Press.

        Coimbra-Filho, A. F. 1984. Situação da fauna na Floresta Atlântica. B. FBCN, Rio de
Janeiro, v. 19, p. 89-110.

       http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl
%C3%A2ntica#Unidades_de_conserva.C3.A7.C3.A3o Acessado em 18/09/2009 às 20h21min




       http://www.sosmatatlantica.org.br/index.php?section=info&action=unidades
Acessado em 19/09/2009 às 13h44min




       http://www.aliancamataatlantica.org.br/uc.htm      Acessado     em    19/09/2009     às
14h00min

       http://www.overmundo.com.br/agenda/aves-da-mata-atlantica             Acessado      em
21/09/09 às 11h20min.
http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp?
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       http://us.geocities.com/mantiqueira2000/mataatlantica.htm       acessado        em
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       http://www.webartigos.com/articles/9205/1/mata-atlantica-origem-do-bioma-
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       http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica Acessado em 14/09/2009 às
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       http://www.biologo.com.br/biodiversidade/mata_atlantica.htm         Acessado    em
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       http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=964&sid=2
Acessado em 14/09/2008 às 19h30min.


       http://www.bioatlantica.org.br/mata.asp Acessado em 17/09/09 às 11h35min


       http://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata/terra/terra.htm     Acessado   em
18/09/2009 às 14h28min


       http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/mata_atlantica.htm         Acessado        em
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       http://www.pucrio.br/pibic/relatorio_resumo2006/relatorio/CCS/Geo/Fernanda
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       http://www.estadao.com.br/noticias/geral,mata-atlantica-perdeu-1029-mil-hectares-
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       Acessado em 21/09/09 às 19h10min.

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Bioma Mata AtlâNtica

  • 1. Engenharia Ambiental – CTEC Professor Roberto Caffaro Raíza Rocha Oliveira Teixeira Pedro Henrique de Omena Toledo Pollyana Christina Gomes dos Santos Mata Atlântica Maceió, 22 de setembro de 2009.
  • 2. A origem da Mata Atlântica, o terceiro maior bioma brasileiro, está associada à separação dos continentes africano e sul-americano (eles formavam um único continente chamado Gondwana), ocorrida a aproximadamente 80 milhões de anos atrás (Ambiente, 2006). Distribuída ao longo de mais de 23 graus de latitude sul, a Mata Atlântica localiza-se sobre uma imensa cadeia de montanhas, ao longo da costa brasileira, e antigamente ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, com diferentes relevos, clima e solo. As montanhas mais antigas da Mata Atlântica estendem-se em áreas da Serra do mar e foram formadas por atividades tectônicas no Período Ordoviciano da Era Paleozóica, essas montanhas formaram uma barreira para os ventos carregados de umidade que vinham do oceano. Sob a forma de névoa ou chuva, a umidade ajudou a criar as condições necessárias para que as formações atlânticas, que originaram a Mata Atlântica propriamente dita, se instalassem e evoluíssem rapidamente (Adaptação de MARTINS et al, 2006). Seu solo é em geral bastante raso, pouco ventilado, sempre úmido e recebe pouca luz, pois a maior parte da luminosidade é absorvida pelas folhas das árvores mais altas. Trata-se de um solo pobre, mas que tem a fertilidade garantida pela existência do que se chama serrapilheira: uma camada com restos de vegetação, como folhas, caules e cascas de frutos que cobrem a superfície do solo. A decomposição desta grande quantidade de matéria orgânica é o que garante a reciclagem de nutrientes no meio. Os nutrientes que estão na serrapilheira e são absorvidos pelo solo acabam retornando às plantas, em um ciclo que garante a vegetação deste bioma. As variações climáticas provocadas pela sucessão dos períodos de glaciação, quando se formavam as grandes geleiras (clima mais frio e seco) e períodos entre as glaciações (quando o clima ficava mais quente e chovia mais), contribuíram para a expansão da Mata Atlântica que chegou a ultrapassar os limites da Floresta Amazônica. (MARTINS et al, 2006). O clima na Mata Atlântica é equatorial. Por conta da proximidade do oceano, a dinâmica atmosférica regional e os traços do relevo, ou seja, é caracterizado por altas temperaturas, nebulosidade no alto das montanhas e umidade elevada. A distribuição das chuvas é bastante irregular, mas de modo geral, o período mais frio e seco vai de maio a agosto (inverno) e o mais quente e chuvoso de novembro a março (verão). As médias pluviométricas variam com a altitude, com cerca de 1.700mm na planície costeira, 2.000mm nas encostas e 3.000mm na faixa altomontana, o que pode ser comparado à Amazônia. No inverno a temperatura mínima pode atingir menos de 10°C e no verão, a máxima varia entre 37°C e 40°C.
  • 3. Correspondendo a duas vezes o tamanho da França, mais de três vezes a Alemanha, e 4,5 vezes a Grã-Bretanha, a Mata Atlântica está sob forte pressão antrópica, atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5% de sua extensão original (aproximadamente 52.000 km²). Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil. Figura 1- Serra do Mar. Fonte - IBAMA. Em seguida, a tabela com o percentual original da Mata Atlântica: Estado Área de Domínio ALAGOAS 52% BAHIA 31% CEARÁ 3% ESPÍRITO SANTO 100% GOIÁS 3% MATO GROSSO DO SUL 14% MINAS GERAIS 45% PARAÍBA 12% PARANÁ 32% PERNAMBUCO 18% PIAUÍ 9% RIO DE JANEIRO 99% RIO GRANDE DO NORTE 6% RIO GRANDE DO SUL 47% SANTA CATARINA 99% SÃO PAULO 80% SERGIPE 32% Tabela 1 – Percentual da Mata Atlântica em 1500. Fonte – Wikipedia.
  • 4. A ação antrópica na Mata Atlântica começou no início da colonização européia, com a extração do pau-brasil (Caesalpinia echinata) e continua até os dias atuais, principalmente pela pressão urbana. As principais agressões a Mata Atlântica são listadas abaixo: 1- Extração de madeira; 2- Moradia, construção de cidades; 3- Agricultura; 4- Industrialização, e consequentemente poluição; 5- Construção de rodovia. 6- Pesca predatória em seus rios; 7- Turismo desordenado; 8- Comercio ilegal de plantas e animais nativos; 9- Exportação ilegal de material genético; 10- Fragmentação das áreas preservadas.
  • 5. Figura 2 – Comparativo entre a mata original e a mata atual. Fonte – Bioatlântica. Do que se perdeu, pouco se sabe, milhares ou talvez milhões, de espécies não puderam ser conhecidas. As espécies vegetais, muitas correm risco de extinção por terem seu ecossistema reduzido, por serem retiradas da mata para comercialização ilegal ou por serem extraídas de forma irracional como ocorreu com o pau-brasil e atualmente ocorre com o palmito juçara (Euterpe edulis), entre muitas outras espécies. Para a fauna, observa-se um número elevado de espécies ameaçadas de extinção, sendo a fragmentação deste ecossistema, uma das principais causas. A fragmentação do habitat de algumas espécies, principalmente de mamíferos de médio e grande porte, faz com que as populações remanescentes, em geral, estejam subdivididas e representadas por um número consideravelmente pequeno de indivíduos (Câmara, 1991). Mas apesar da devastação acentuada, a Mata Atlântica ainda abriga uma parcela significativa de diversidade biológica do Brasil, a fauna da Floresta Atlântica representa uma das mais ricas em diversidade de espécies e está entre as cinco regiões do mundo que
  • 6. possuem o maior número de espécies endêmicas. Está intimamente relacionada com a vegetação, tendo uma grande importância na polinização de flores, e dispersão de frutos e sementes. Sua riqueza é tão significativa que os dois maiores recordes mundiais de diversidade botânica para plantas lenhosas foram registrados nesse bioma (454 espécies em um único hectare do sul da Bahia e 476 espécies em amostra de mesmo tamanho na região serrana do Espírito Santo), além de 20.000 espécies de plantas vasculares, das quais aproximadamente metade está restrita ao bioma. A precariedade dos levantamentos sobre a fauna da Mata Atlântica torna sua descrição e análise mais difícil que no caso da vegetação (Adams, 2000), mas, apesar da carência de informações para alguns grupos taxonômicos, estudos comprovam uma diversidade bastante alta. Grupo Taxonômico Total de Espécies na Espécies Espécies Mata Atlântica Endêmicas Ameaçadas Mamíferos 261 73 35 Aves 1.023 188 104 Répteis 192 60 3 Anfíbios 340 253 1 Peixes 304 90 12 Plantas Vasculares 20.000 8.000 - Tabela 2 – Diversidade, endemismo e espécies ameaçadas da Mata Atlântica. Fonte – Ambiente Brasil. Os animais podem ser divididos em dois grupos, de acordo com o grau de exigência: 1- Os generalistas são pouco exigentes, apresentam hábitos alimentares variados, altas taxas de crescimento e alto potencial de dispersão. Estes fatores permitem a estes animais viverem em áreas de vegetação mais aberta ou mata secundária. São chamados de generalistas por causa do alto grau de tolerância e à capacidade de aproveitar eficientemente diferentes recursos oferecidos pelo ambiente. Ex.: sabiá- laranjeira, sanhaço, pica-pau, gambá, morcegos, entre outros. 2- Os especialistas, ao contrário dos primeiros, são extremamente exigentes quanto aos hábitats que ocupam. São animais que vivem em áreas de floresta primária ou secundária em alto grau de regeneração, apresentando uma dieta bastante específica. Para este grupo, a alteração do ambiente significa a necessidade de procurar novos hábitats que apresentem condições semelhantes às anteriores. Ocorre também a necessidade de grandes áreas para sobreviverem, sendo que sua redução pode ocasionar a impossibilidade de encontrar um parceiro para reprodução, comprometendo o número de indivíduos da espécie, podendo levá-la à extinção.
  • 7. Alguns destes animais, por representarem o topo de cadeias alimentares, possuem um número reduzido de filhotes, o que dificulta ainda mais a manutenção destas populações. Ex: onça-pintada, mono-carvoeiro, jacutingas, gavião-pombo, entre outros. Como a relação entre animais e plantas da Mata Atlântica é bastante harmônica. O fornecimento de alimento ao animal em troca do auxílio na perpetuação de uma espécie vegetal é bastante comum. As plantas com flores e seus polinizadores foram adaptando hábitos e necessidades ao longo de milhões de anos de convívio. Flores grandes e coloridas atraem muitos beija-flores, as perfumadas atraem as mariposas e algumas flores, para atrair moscas, exalam um perfume semelhante ao de podridão. Acredita-se que três a cada quatro espécies vegetais da Mata Atlântica, sejam dispersas por animais, principalmente por aves e mamíferos, que se alimentam de frutos e defecam as sementes ou as eliminam antes da ingestão. Pássaros frutívoros possuem grande percepção visual e se alimentam de sementes muitas vezes bem pequenas. Jacarés e lagartos aproveitam os frutos caídos no chão e mamíferos como os macacos, acabam proporcionando a dispersão em grandes áreas. Um breve resumo sobre os grupos: Mamíferos No final do Pleistoceno, com a extinção maciça dos animais gigantes, a fauna brasileira de mamíferos terrestres foi empobrecida, mas a variedade de espécies de pequeno porte se manteve. Há uma grande quantidade de roedores e quirópteros (morcegos), e apesar de não ser tão rica em primatas quanto a Amazônia, possui um número razoável de espécies (Adams, 2000). Exceto em relação aos primatas, quase nada se sabe sobre a situação dos demais grupos de mamíferos da Mata Atlântica. (Coimbra filho, 1984; Câmara, 1991).
  • 8. Figura 3 – Mico Leão Dourado (Leontopithecus Rosália). Fonte – Wikipedia. Aves Das com 188 espécies endêmicas e 104 ameaçadas de extinção. Estas espécies encontram-se ameaçadas principalmente pela destruição de hábitats, pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é o das aves de rapina (gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma ampla distribuição, estão sofrendo uma drástica redução de seus nichos. Várias espécies quase se extinguiram pela caça, como é o caso dos beija-flores e psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos) (Por, 1992).
  • 9. Figura 4 - Aves diversas da Mata Atlântica. Fonte – Overmundo. Anfíbios Com hábitos predominantemente noturnos e discretos, o que os torna pouco visíveis em seu ambiente natural, os anfíbios representam um dos mais fascinantes grupos. Exploram praticamente todos os hábitats disponíveis; apresentam estratégias reprodutivas altamente diversificadas e muitas vezes bastante sofisticadas, ocupam posição variável na cadeia alimentar e possuem vocalizações características, demonstrando a diversificação biológica e seu sucesso evolutivo. Em relação aos anuros (sapos, rãs e pererecas), um ecossistema bastante importante é o conhecido "copo" das bromélias, um reservatório que serve de moradia, alimentação e local para reprodução de algumas espécies.
  • 10. Figura 5- Rã-bugio (Physalaemus olffersii). Fonte –Wikipedia. Répteis Em relação à fauna de répteis, grande parte apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo em outras formações como a Amazônia, Cerrado e até na Caatinga. No entanto, são conhecidas muitas espécies endêmicas da Mata Atlântica, por exemplo, o jacaré-do- papo-amarelo (Caiman latirostris) (MMA,2000). Uma comparação entre os répteis da Amazônia, da Mata Atlântica e do Nordeste dos Andes (Dixon, 1979, apud Por, 1992) mostrou que a Mata Atlântica possui 150 espécies, das quais 43 também existem na Amazônia, 1 nos Andes e 18 são de larga distribuição neotropical. O endemismo dos répteis da Mata Atlântica é bastante acentuado, entretanto novas espécies ainda estão sendo descobertas. (Por, 1992). Figura 6 – Cobra-cipó (Chironius multiventris) Fonte- Sítio Curupira.
  • 11. Peixes Os ecossistemas aquáticos da Mata Atlântica brasileira possuem fauna de peixes muito variada, associada de forma íntima à floresta que lhe proporciona proteção e alimento. (M.M.A., 2000) A maior parte dos rios encontra-se degradada, principalmente pela eliminação das matas ciliares, erosão, assoreamento, poluição e represamento. Apesar de estudada há bastante tempo, a fauna de água doce brasileira não é bem conhecida. Nos rios da mata ombrófila densa, existem espécies dependentes da floresta para seu ciclo de vida, principalmente aquelas que se alimentam de insetos, folhas, frutos e flores (Adams, 2000), contribuindo também para a dispersão de sementes e frutos e para a manutenção do equilíbrio do ambiente aquático. Figura 7 – Simpsonichthys constaciae, encontrado em poças e acúmulos temporários d'água, perto da praia. Fonte – Globo.com Em se tratando de questões econômicas, a Mata Atlântica é hoje responsável por quase 70% do PIB nacional, abriga mais de 60% da população brasileira, e possui as maiores extensões dos solos mais férteis do país. Este bioma ainda abriga 60 dos 96 Pólos de Ecoturismo do Brasil pela beleza e diversidade de suas paisagens, atrativos naturais e culturais. Há também a projetos como, por exemplo, o IRACAMBI, que tem por objetivo a identificação, desenvolvimento e comercialização de produtos originários de plantas medicinais nativas da Mata Atlântica. Plantas cultivadas de maneira sustentável com práticas que preservem a biodiversidade florestal e resultem em benefícios econômicos às comunidades locais. Tal meta corresponde ao desafio de buscar novas alternativas sustentáveis para o uso econômico dos recursos florestais e naturais da Mata Atlântica e
  • 12. mecanismos e estímulos viáveis para incentivar a sua proteção, como fazem as Unidades de Conservação (U.C.s), que equivalem a áreas definidas pelo poder público com o objetivo primeiro da proteção da biodiversidade existente em seu interior. Na Mata Atlântica existem hoje cerca de 860 unidades de conservação, que vão de pequenos sítios transformados em Reservas Particulares do Patrimônio Natural (R.P.P.N.s) até áreas imensas como o Parque Estadual da Serra do Mar, com 315 mil hectares. Dois grupos principais definidos pelo S.N.U.C. (Sistema Nacional de Unidades de Conservação) classificam o tipo de uso das U.C.s: Proteção Integral e Uso Sustentável. Em ambas categorias, as unidades de conservação devem ter um Plano de Manejo, que é um documento técnico sobre o zoneamento e as normas que devem orientar o uso da área e o manejo de seus recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias a sua gestão. A seguir as U.C.s categorizadas como sendo de Uso Sustentável: Área de Proteção Ambiental (A.P.A.) - constituída por terras públicas ou privadas, é uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas. Seus objetivos básicos são proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. A A.P.A. dispõe de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente. Área de Relevante Interesse Ecológico - em geral de pequena extensão, essa área tem pouca ou nenhuma ocupação humana e apresenta características naturais extraordinárias ou abriga exemplares raros da biota regional. Seu objetivo é manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas para torná-los compatíveis com os objetivos de conservação da natureza. Floresta Nacional (Flona) - é uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Nas flonas é admitida a permanência de populações tradicionais que as habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. A Floresta Nacional deve dispor de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes. Reserva Extrativista - é utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Os objetivos básicos dessa área são
  • 13. proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. A R.E. é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais conforme o disposto no artigo 23 da Lei do S.N.U.C. Deve ser gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. É proibida a exploração de recursos minerais e a caça amadorística ou profissional e a exploração comercial de recursos madeireiros só serão admitidas em bases sustentáveis e em situações especiais e complementares às demais atividades desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme o disposto em seu Plano de Manejo. Reserva de Fauna - área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico- científicos sobre o manejo e econômico sustentável de recursos faunísticos. Reserva de Desenvolvimento Sustentável - é uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. Seu objetivo básico é preservar o meio ambiente e assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida e exploração dos recursos naturais das populações tradicionais. Deve ainda valorizar, conservar e aperfeiçoar o conhecimento e as técnicas de manejo do ambiente desenvolvido por estas populações. A Reserva de Desenvolvimento Sustentável é gerida por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área, conforme se dispuser em regulamento e no ato de criação da unidade. O Plano de Manejo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de proteção integral, de uso sustentável e de amortecimento e corredores ecológicos, e será aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade. Reserva Particular do Patrimônio Natural (R.P.P.N.) - é uma área privada, destinada pelo proprietário, de modo perpétuo, que tem como objetivo conservar a diversidade biológica, sendo permitidas a pesquisa científica e a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais. A lei 9.985 determina que os órgãos integrantes do S.N.U.C., sempre que possível, devem prestar orientação técnica e científica ao proprietário de RPPN para a elaboração de um Plano de Manejo ou de Proteção e de Gestão. Hoje, as R.P.P.N.s já somam no país mais de 500 mil hectares, distribuídos em mais de 600 reservas. Só na Mata Atlântica e seus ecossistemas associados elas protegiam, em fins de 2004, mais de 83 mil hectares, em aproximadamente 360 reservas. A Aliança para a Conservação da Mata Atlântica, parceria entre a Fundação SOS e a Conservação Internacional, realiza o Programa de Incentivo às R.P.P.N.s da Mata Atlântica, que possibilitou até 2006 a criação de cerca de 100 novas reservas.
  • 14. U.C.s categorizadas como sendo de Proteção Integral: Estação Ecológica (E.E.) - a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas são os objetivos centrais desse tipo de Unidade de Conservação, uma área de posse e domínio públicos, cuja visitação pública é proibida, a não ser para fins educacionais especificadas no Plano de Manejo da E.E. Reserva Biológica - seu objetivo é a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. Parque Nacional - a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica é o objetivo básico desse tipo de U.C. É possível assim realizar pesquisas científicas e atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. Monumento Natural - tem como objetivo básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Refúgio de Vida Silvestre - visa proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Para que possam ser criadas, é necessária a realização de estudos técnicos e de consulta pública que permitam identificar a localização, a dimensão e os limites mais adequados para a unidade, conforme sua função. As unidades que se destacam, são: • Parque das Dunas, estadual, Rio Grande do Norte • Jericoacoara, federal, Ceará • Chapada do Araripe, Pernambuco, Piauí e Ceará • Jardim Botânico Benjamim Maranhão, João Pessoa, Paraíba • Reserva Biológica Guaribas, Mamanguape, Paraíba • APA da Barra do Rio Mamanguape, Rio Tinto, Paraíba • Parque Nacional da Chapada Diamantina, federal, Bahia • Parque Marinho dos Abrolhos, federal, Bahia • Parque Estadual do Rio Doce, estadual, Minas Gerais • Mosteiro Zen Morro da Vargem, municipal, Espírito Santo
  • 15. Santuário do Caraça, privada, Minas Gerais • Serra do Cipó, federal, Minas Gerais • Serra da Bodoquena, federal, Mato Grosso do Sul • Parque Estadual dos Três Picos, Rio de Janeiro. • Reserva de Sooretama, Sooretama, Espírito Santo • Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, estadual, Santa Catarina • Serra dos Órgãos e Parque da Tijuca, federais, e Barra da Tijuca, municipal, Parque Estadual da Serra da Tiririca,Rio de Janeiro • Parque Municipal da Grota, Mirassol, São Paulo • Parque do Itatiaia, Minas Gerais e Rio de Janeiro • Parque do Sabiá,Uberlândia-Minas Gerais • Serra da Bocaina, Rio de Janeiro e São Paulo • Serra da Cantareira, São Paulo, São Paulo • Serra da Mantiqueira, Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo • APA petrópolois, parque natural municipal da taquara, Rio de Janeiro • Ilha Queimada Pequena e Ilha Queimada Grande, federal, Parque da Cantareira, Parque da Juréia e Ilha Anchieta, estaduais, São Paulo • Parque Estadual da Serra do Mar, São Paulo • Parque Iguaçu, federal, Foz do Iguaçu, Paraná • Ilha do Mel, estadual, Paraná • Serra Geral, estadual, Rio Grande do Sul • Parque Nacional da Serra do Itajaí, federal, Santa Catarina • RPPN Rio das Lontras, Reserva Particular do Patrimônio Natural, Santa Catarina
  • 16. Figura 8- Ecoregiões reconhecidas para o domínio da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos – Fonte - Terrestrial Ecoregions of the Neotropical Realm - WWF Apesar das exigências e do número de U.C.s existentes na Mata Atlântica, a preservação da biodiversidade em áreas protegidas enfrenta o desafio de viabilizar a infra- estrutura necessária à fiscalização do acesso e dos usos que são feitos de cada U.C., bem como a manutenção de suas atividades, conforme estipulado pelo S.N.U.C. Muitas vezes, as Unidades de Conservação acabam existindo apenas no papel, já que o poder público decreta sua criação sem criar condições na prática para que cumpram suas funções. Além disso, no caso específico da Mata Atlântica, sua atual configuração reduzida a cerca de 5% da área original implica em uma grande fragmentação das florestas do bioma e, ao mesmo tempo, as áreas protegidas são muito pequenas e sua distribuição é esparsa, dificultando o trânsito de espécies, as trocas genéticas necessárias à manutenção da biodiversidade e ainda impedindo a conservação numa perspectiva de longo prazo. Está previsto no Sistema Nacional de Unidades de Conservação que o Ministério do Meio Ambiente deve organizar e manter o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, em colaboração com o IBAMA e os órgãos estaduais e municipais. O Cadastro Nacional é constituído de um banco de dados de acesso remoto, via internet, que permite aos gestores de Unidades de Conservação armazenar informações sobre as características físicas, biológicas, turísticas e gerenciais das U.C.s Essas informações permitem à sociedade
  • 17. acompanhar os resultados das políticas públicas voltadas para a conservação e preservação do patrimônio biológico nacional. O Cadastro é coordenado pela Diretoria do Programa Nacional de Áreas Protegidas da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (M.M.A.), que deve ainda disponibilizar informações sobre a gestão da conservação da biodiversidade in situ. Figura 9 - Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos. Fonte- Ambiente Brasil.
  • 18. Bibliografia Rocha, A. A. , Costa, J. P. de O. 1998. A Reserva da biosfera da Mata Atlântica e sua aplicação no Estado de São Paulo. Terra Virgem, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. São Paulo. Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da mata atlântica e campos sulinos.por: Ministério do Meio Ambiente, Conservation International do Brasil, Fundação SOS Mata Atlântica, Fundação Biodiversitas, Instituto de pesquisas Ecológicas, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, SEMAD/ Instituto Estadual de Florestas-MG.Brasília, 2000, 40p. Por, F. D. 1992. Sooretama. The Atlantic Rain Forest of Brazil. SPB Academic Publishing, The Hague, 130p. Câmara, I. de G. 1991.Plano de ação para a mata atlântica. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica, 152p. Dixon, J. R. 1979. Origin and Distribution of reptiles in lowland tropical rainforests of South America. In: W. E. Duellman (ed.), The South American Herpetofauna. Its origin, evolution and dispersal. Kansas: Univ. Kansas Press. Coimbra-Filho, A. F. 1984. Situação da fauna na Floresta Atlântica. B. FBCN, Rio de Janeiro, v. 19, p. 89-110. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl %C3%A2ntica#Unidades_de_conserva.C3.A7.C3.A3o Acessado em 18/09/2009 às 20h21min http://www.sosmatatlantica.org.br/index.php?section=info&action=unidades Acessado em 19/09/2009 às 13h44min http://www.aliancamataatlantica.org.br/uc.htm Acessado em 19/09/2009 às 14h00min http://www.overmundo.com.br/agenda/aves-da-mata-atlantica Acessado em 21/09/09 às 11h20min.
  • 19. http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/index.asp? id_projeto=27&ID_OBJETO=104116&tipo=ob&cp=996633&cb=&n1=&n2=M%C3%B3dulos %20Did%C3%A1ticos&n3=Ensino%20Fundamental&n4=Ci%C3%AAncias&b=s Acessado em 20/09/2009 às 15h12min http://us.geocities.com/mantiqueira2000/mataatlantica.htm acessado em 20/09/2009 Acessado em 20/09/2009 às 15h26min http://www.webartigos.com/articles/9205/1/mata-atlantica-origem-do-bioma- caracterizacao-e-areas-de-ocorrencia/pagina1.html Acessado em 18/09/2009 às 12h32min http://pt.wikipedia.org/wiki/Mata_Atl%C3%A2ntica Acessado em 14/09/2009 às 18h15min. http://www.biologo.com.br/biodiversidade/mata_atlantica.htm Acessado em 19/09/2009 às 16h50min http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=964&sid=2 Acessado em 14/09/2008 às 19h30min. http://www.bioatlantica.org.br/mata.asp Acessado em 17/09/09 às 11h35min http://www.ib.usp.br/ecosteiros/textos_educ/mata/terra/terra.htm Acessado em 18/09/2009 às 14h28min http://www.ibama.gov.br/ecossistemas/mata_atlantica.htm Acessado em 18/09/2009 às 14h32min http://www.pucrio.br/pibic/relatorio_resumo2006/relatorio/CCS/Geo/Fernanda %20Vieira%20Santos.pdf Acessado em 18/09/2009 às 14h47min http://www.estadao.com.br/noticias/geral,mata-atlantica-perdeu-1029-mil-hectares- em-tres-anos,377210,0.htm Acessado em 18/09/2009 às 14h55min http://sitiocurupira.files.wordpress.com/2008/04/dormidera152.jpg Acessado em 20/09/09 às 11h38min http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3? base=./snuc/index.html&conteudo=./snuc/programas/mata_atlantica.html Acessado em 21/09/09 às 19h10min. http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL50451-5603,00- ESTUDO+REVELA+PEIXES+DA+MATA+ATLANTICA.html Acessado em 21/09/09 às 19h24min,