O poema descreve a Ria de Aveiro e os moliceiros que navegam suas águas. Fala do amor pelo local e do trabalho duro dos moliceiros, que usam varas e sirgas para propulsar seus barcos enquanto coletam moliço. O horizonte ensina que há muito mar para explorar em seu ofício.
2. Ria de Aveiro
Morro de amor pelas águas da ria
Esta espuma de dor eu não sabia
Sou moliceiro do teu lodo fecundo
Sou a Ria de Aveiro, o sal do mundo
Vara comprida
Tamanho da vida
Braço de mar
A lavrar, a lavrar
Morro de amor nesta rede que teço
E é no sal do suor que eu aconteço
Para além da salina
O horizonte me ensina
Que há muito mar
Muito mar p'ra lavrar
P'ra lavrar
José Carlos Ary dos Santos
12. Moliceiro é o nome dado aos
barcos que circulam na Ria de Aveiro, região lagunar do
Rio Vouga. Esta embarcação era originalmente utilizada
para a apanha do moliço. Como meios de propulsão usa
uma vela, a vara e a sirga.
38. Pintura: Cândido Teles
(1921 – 1999)
Voz: Carlos do Carmo - Fado Moliceiro
Música: Carlos Paredes
Letra: José Carlos Ary dos Santos
Imagens Internet: Aveiro – Portugal
Guida Burt
(guidaburt@gmail.com)
19novembro2013