5. O grande campo de Deus
Olhar dos cristãos ao mundo de hoje se inspira
no olhar que Jesus teve à sociedade de sua época.
Este olhar hoje deve ser com a razão e com a fé.
6. O campo do mundo: realidade
e direitos humanos
Diante da multidão de pessoas na miséria, a Igreja se empenha pela
justiça, opta pelos pobres, quer ser luz que ilumina e sal que
transforma.
A Igreja deve ajudar na conquista dos direitos humanos; seu olhar
abrange os âmbitos da realidade (econômico, social, político,
cultural, religioso; busca o progresso integral de todos.
A evangelização no campo dos direitos humanos promove a
descoberta inviolável de cada pessoa humana.
7. O campo do
mundo: as
culturas
◦ A semente é lançada no chão das
culturas.
◦ A cultura moderna é fruto da ciência e
da técnica. Ela carece de outro tipo de
saber para a compreensão profunda do
ser humano (reflexão filosófica,
pensamento simbólico).
◦ Necessidade de revalorizar as culturas
autóctones.
◦ A inculturação é um dos desafios da
evangelização.
8. O campo do mundo
Dupla realidade
religiosa: indiferença
(ateísmo, secularismo)
versus retorno a um
sagrado fragmentado.
Situação moral
também abalada;
relativismo ético.
9. A Igreja no
campo do
mundo
Qual a atual situação de fé dos cristãos?
Quais os frutos positivos da renovação
catequética após o Concílio Vaticano
II?
Como as ideologias do secularismo, do
relativismo ético, das mídias, do mundo
excludente influenciam os cristãos de
hoje?
10. A Igreja no
campo do
mundo: vida
eclesial
◦ A vida interna da comunidade eclesial
foi fecundada pelas quatro
constituições: SC, LG, DV, GS.
◦ Carências e dificuldades no acolhimento
do Concílio.
◦ Há necessidade de promover e
aprofundar a eclesiologia de comunhão
(e sinodalidade).
11. A Igreja no
campo do
mundo: a
catequese
Aspectos positivos da catequese: engajamento
de muitos cristãos; caráter missionário;
preocupação com a formação integral;
catequese com adultos; rosto catecumenal.
Alguns problemas: catequistas que não
entenderam ainda o sentido da catequese como
escola da fé; falta maior inter-relação entre
Sagrada Escritura, Tradição e Magistério;
apresentação equilibrada no mistério de Cristo
(humanidade e divindade); lacunas doutrinais,
morais, da história da Igreja, da DSI; relação
catequese e liturgia; melhor conexão entre os
métodos pedagógicos e a pedagogia divina; a
linguagem; missão ad gentes.
12. A semeadura
do Evangelho
Ler os sinais dos tempos: análise à luz da fé,
atitude de compaixão, auxílio das ciências
humanas.
Desafios para a catequese: serviço à
evangelização com característica missionária;
dirigir-se aos destinatários a partir deles
próprios; ser uma escola a exemplo da
catequese patrística; anúncio dos mistérios
essenciais do cristianismo (experiência
trinitária como centro da fé); preocupação
com a formação do catequista.
14. A Revelação do desígnio providencial de
Deus
DV: Revelação é o ato mediante o qual Deus se
manifesta pessoalmente ao homem.
Deus quer comunicar a si mesmo para tornar a
pessoa humana participante de sua natureza divina
15. A Revelação:
fatos e
palavras
Para se revelar, Deus utiliza uma pedagogia
servindo-se de fatos e palavras, ou seja, as obras
realizadas na história da salvação e as palavras
que proclamam essas obras.
A evangelização hoje também se realiza por
obras e palavras: testemunho e anúncio, palavra
e sacramento, ensinamento e empenho.
A catequese transmite os fatos e as palavras da
Revelação, pois, ao mesmo tempo em que
recorda as maravilhas de Deus operadas no
passado, interpreta os sinais dos tempos e a vida
presente das pessoas.
16. Jesus Cristo: mediador e plenitude da
Revelação
Ele não somente é o maior dos profetas, mas é o filho
eterno de Deus, feito homem; é o evento último para o
qual convergem todos os eventos da história da salvação.
É dever da catequese mostrar quem é Jesus Cristo, sua
vida e seu mistério, pois ele é de fato o centro da ação
catequética
17. A transmissão da Revelação
A Revelação de Deus, culminada em Jesus Cristo, é destinada a toda a
humanidade, por meio da Igreja, que foi instituída por Cristo,
fundamentada nos apóstolos, animada pelo Espírito Santo, enviada a
pregar o Evangelho em todo o mundo.
Esta tradição apostólica perpetua-se na Igreja por meio da própria
Igreja, que transmite a Revelação na sua ação evangelizadora
18. A evangelização
De acordo com a Exortação Evangelii Nuntiandi, de Paulo VI, a Igreja existe
para evangelizar, levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade (EN 14
e 18). O mandato missionário de Jesus comporta vários aspectos: anúncio,
testemunho, ensinamento, sacramentos, amor ao próximo e o fazer discípulos.
Papa Francisco, na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, a ação evangelizadora
se dá em virtude do mandato missionário do Senhor, que nos envia a pregar o
Evangelho em todos os tempos e lugares, a fim de que a mensagem salvífica
seja estendida a toda a terra (EG 19)
19. O processo da
evangelização
Decreto Ad Gentes, 11 a 18, esclareceu que o processo
evangelizador consiste: no testemunho cristão, diálogo e
presença da caridade; no anúncio do Evangelho e
chamado à conversão; no catecumenato e iniciação cristã;
na formação da comunidade cristã por meio dos
sacramentos e dos ministérios.
Pelo Espírito Santo, a Igreja anuncia e difunde o
Evangelho ao mundo a fim de: transformar a ordem
temporal pela caridade; testemunhar novo modo de ser e
viver; proclamar o Evangelho para chamar à conversão;
iniciar na fé e na vida cristã pela catequese e os
sacramentos da iniciação; alimentar constantemente o
dom da comunhão nos fiéis, pela homilia, sacramentos,
exercício da caridade; suscitar continuamente a missão.
Etapas do processo evangelizador: ação missionária
(suscitar a conversão inicial), ação catequética (amadurecer
a fé) e ação pastoral (cuidar da fé amadurecida).
20. O ministério
da Palavra de
Deus na
evangelização
O ministério da Palavra é um
elemento fundamental da
evangelização.
Este ministério eclesial transmite a
Revelação, valendo-se das palavras
humanas acompanhado de um
testemunho coerente de vida, sob a
ação do Espírito Santo
21. Funções do ministério da Palavra
Convocação e chamado
à fé pelo primeiro
anúncio
Processo de iniciação,
por meio da catequese
Educação permanente
da fé (sistemática e
ocasional, individual e
comunitária, organizada
e espontânea
Função litúrgica no
âmbito de uma ação
sacra (homilia,
exortações, celebrações,
eucaristia)
Função teológica (fides
quaerens intellectum – fé
que procura entender)
22. A conversão
e a fé
A evangelização convida homens e mulheres à
conversão e à fé que se realiza por meio do
encontro pessoal com Jesus Cristo, no
processo do discipulado.
A fé comporta uma profunda transformação
da mente e do coração para uma nova maneira
de ser, de viver, de estar junto com os outros.
Fé e conversão brotam do coração, do mais
profundo da pessoa humana, fé é dom de
Deus
23. O processo
de conversão
permanente
O processo da conversão é permanente, pois a fé é um
dom destinado a crescer no coração dos fiéis, quem
acede à fé é como uma criança recém-nascida que
precisa crescer e amadurecer.
Nesse processo de conversão permanente destacam-se
diversos momentos importantes: interesse pelo
Evangelho (momento da inquietação para tornar-se
simpatizante); conversão (tempo de busca para decisão
da fé e adesão a Jesus Cristo); profissão de fé de forma
viva e explícita; caminho rumo à perfeição, em que o
batizado procura tornar seu o desejo de Cristo.
Vale ressaltar que o ministério da Palavra está a serviço
deste processo de conversão plena desde o primeiro
anúncio e a catequese até a educação permanente da fé.
24. Situações
sociorreligiosas
diante da
evangelização
Povos que não conhecem Jesus Cristo, para os quais a
Igreja realiza a missão ad gentes e a catequese em forma
de um catecumenato batismal
Comunidades cristãs com sólidas e adequadas estruturas
sociais, para as quais é preciso ter um cuidado pastoral
oferecendo catequese para todas as faixas etárias
Lugares em que os cristãos se afastaram da comunidade,
para os quais a Igreja deve propiciar uma nova
evangelização com ação missionária para os batizados
de todas as idades.
Vale observar que estas situações sociorreligiosas muitas
vezes convivem num mesmo território (cidade ou Igreja
particular), o que exige ao mesmo tempo atividade
missionária, cuidado pastoral e nova evangelização.