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Tratamento Térmico
Profa. Dra. Daniela Becker
Diagrama de equilíbrio Fe-C
Fe3C, Fe e grafita (carbono na forma lamelar)
 Ligas de aços - 0 a
2,11 % de C
 Ligas de Ferros
Fundidos - acima de
2,11% a 6,7% de C
 Ferro alfa - dissolve
até 0,02% C
 Ferro gama -
dissolve ate 2,11 %
C
Diagrama de equilíbrio Fe-C

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
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
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
Ponto S : eutetóide - Aço
Ponto C: eutético - ferro
fundido
Aço hipoeutetóide 0,008 -
0,77 C
Aço hipereutetóide 0,77 -
2,11
Fe Fundido hipoeutético
2,11-4,3
Fe Fundido hipereutético >
4,3
Ferrita: ferro
comercialmente puro (C <
0,008%), pouco resistente,
mole e dúctil - ferro alfa
Fe3C carboneto de ferro -
6,7% C (cementita)
C
S
Diagrama de equilíbrio Fe-C
Fe3C, Fe e grafita (carbono na forma lamelar)
 Austenita: solução sólida
de C no F gama . Boa
resistência e apreciável
tenacidade, não
magnético
 Cementita: Carbono na
forma Fe3C (carboneto de
ferro, 6,7% de C). Muito
duro, porém frágil. Finas
laminas.
 Ferrita: Ferro
praticamente puro. Baixa
dureza e resistência a
tração, elevada dutilidade
e resistente ao impacto
(Ferro alfa).
Diagrama de equilíbrio Fe-C
 Perlita: 88% ferrita (ferro
alfa) + 12% cementita
(Fe3C). Forma lamelar.
Propriedades
intermediárias
 Depende da liga e do
tempo de resfriamento
 Exemplo de resfriamento
lento de um aço a
0,35%(hipoeutetoide) e
1,4% de C
(hipereutetóde).
 Exemplo de um ferro
fundido a 2,7% de C
(hipoeutetoide)
Diagrama de equilíbrio Fe-C
 Em resumo, a austenita (Ferro gama) pode se
transformar em:
 ferrita + perlita (ferrita +cementita)
 somente perlita
 perlita + cementita
 Ledeburita (glóbulos de perlita c/ fundo de cementita)
 Isto ocorre se houver tempo suficiente para permitir o
equilíbrio
 Devido a isto os metais tem suas propriedades
modificadas
Resfriamento fora do equilíbrio
Ocorrências de fases ou transformações em
temperaturas diferentes daquela prevista no
diagrama
Existência a temperatura ambiente de fases
que não aparecem no diagrama
Transformações de fase
 COM DIFUSÃO
 Sem variação no número e composição de fases
 Ex: solidificação metal puro e transformação alotrópica
 Com variação no número e composição de fases
 Ex: Transformação eutética, eutetóide...
 SEM DIFUSÃO
 Ocorre com formação de fase metaestável
 Ex: transformação martensítica
A maioria das transformações de fase no estado sólido não ocorre
instantaneamente, ou seja, são dependentes do tempo
Tratamentos Térmicos
 Velocidades de aquecimento e principalmente
resfriamento provoca alterações nas transformações
alotrópicas (ferro gama -ferro alfa)
 Altera propriedades mecânicas dos metais.
 Tratamentos térmicos é o processo que eleva-se a
temperatura até a sua transformação e controla-se a
velocidade de seu resfriamento para obter
características desejadas.
 O diagrama chamada Curva TTT (tempo -
temperatura - transformação) possibilita o controle
das transformações.
Diagramas TTT
início
final
Curvas TTT
Utilizados para o estudo dos tratamento
térmicos
Ex 1: Curva TTT para aço eutetóide
Temperatura de
austenitização
Martensita
γ
α+Fe3C
↓
Perlita
-Como a martensita não envolve difusão, a sua formação ocorre instantaneamente
(independente do tempo, por isso na curva TTT a mesma corresponde a uma reta).
Microestrutura
Bainita
Perlita grossa Perlita fina
Martensita
Ex 2: curvas TTT para aço eutetóide com
as durezas especificadas das microestruturas
•Perlita grossa ~86-97HRB
•Perlita fina ~20-30HRC
•Bainita superior ~40-45 HRC
•Bainita inferior~50-60 HRC
•Martensita 63-67 HRC
Ex 3: Curvas de resfriamento a
temperatura constante
Ex 4: Algumas curvas de resfriamento contínuo
A (FORNO)= Perlita grossa
B (AR)= Perlita + fina (+ dura
que a anterior)
C(AR SOPRADO)= Perlita +
fina que a anterior
D (ÓLEO)= Perlita +
martensita
E (ÁGUA)= Martensita
No resfriamento contínuo, as curvas TTT deslocam-se um pouco
para a direita e para baixo
Microestruturas resultantes do
resfriamento rápido
 MARTENSITA
 A martensita se forma quando o
resfriamento for rápido o suficiente
de forma a evitar a difusão do
carbono, ficando o mesmo retido em
solução.
 Como a martensita não envolve
difusão, a sua formação ocorre
instantaneamente (independente do
tempo).
Conseqüências:
 Geração de tensões residuais.
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(sempre intergranulares).
AUSTENITA
TRANSFORMAÇÃO
ALOTRÓPICA COM
AUMENTO DE VOLUME,
que leva à concentração de tensões
MARTENSITA
Microestruturas resultantes do
resfriamento rápido
 MARTENSITA
 Éuma solução sólida supersaturada de
carbono (não se forma por difusão)
 Microestrutura em forma de agulhas
 Édura e frágil (dureza: 63-67 Rc)
 Tem estrutura tetragonal cúbica (é uma fase
metaestável, por isso não aparece no
diagrama)
 REVENIDO
 Reaquecimento por tempos maiores
 MARTENSITA REVENIDA
 Éobtida pelo reaquecimento da martensita
(fase alfa + cementita)
 Os carbonetos precipitam
 Forma de agulhas escuras
 A dureza cai
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Transformações
AUSTENITA
Resf. lento
Perlita
(∝ + Fe3C) + a
fase
próeutetóide
Resf. moderado
Bainita
(∝ + Fe3C)
Resf. Rápido
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Martensita
(fase tetragonal)
reaquecimento
Martensita
Ferrita ou cementita Revenida
(∝ + Fe3C)
Tratamentos Térmicos
 Tratamento Térmico é um ciclo de aquecimento e
resfriamento realizado nos metais com o objetivo de
alterar as suas propriedades físicas e mecânicas, sem
mudar a forma do produto.
 O tratamento térmico é normalmente associado com o
aumento da resistência do material , mas também
pode ser usado para melhorar a usinabilidade, a
conformabilidade e restaurar a ductilidade depois de
uma operação a frio.
 Logo, o tratamento térmico é uma operação que pode
auxiliar outros processos de manufatura e/ou melhorar
o desempenho de produtos, aumentando sua
resistência ou alterando outras características
desejáveis.
Tratamentos Térmicos
 Os aços são tratados para uma das finalidades abaixo:
 Amolecimento - (softening)
O amolecimento é feito para redução da dureza, remoção de tensões residuais ,
melhoria da tenacidade, restauração da ductilidade, redução do tamanho do grão
ou alteração das propriedades eletromagnéticas do aço.
As principais formas de amolecimento do aço são: recozimento de
recristalização, recozimento pleno, recozimento de esferoidização e
normalização.
 Endurecimento - (hardening)
O endurecimento dos aços é feito para aumentar a resistência mecânica, a
resistência ao desgaste e a resistência à fadiga. O endurecimento é fortemente
dependente do teor de carbono do aço. A presença de elementos de liga
possibilita o endurecimento de peças de grandes dimensões, o que não seria
possível quando do uso de aços comuns ao carbono.
Os tratamentos de endurecimento são: têmpera, austêmpera, e martêmpera.
Para aumentar a resistência ao desgaste é suficiente a realização de um
endurecimento superficial (que também leva ao aumento da resistência a fadiga).
Pode-se assim proceder a uma têmpera superficial ou a um tratamento termo-
químico, que consiste na alteração da composição química da superfície pela
difusão de elementos como carbono, nitrogênio e boro.
Têmpera
 Resfriamento rápido objetivando o aumento da
dureza (martensita), da resistência ao desgaste, da
resistência a tração e diminuição da ductilidade
Têmpera
 Como mencionado antes, a martensita é muito frágil. Se um material
tivesse estrutura 100% martensítica, seria frágil como o vidro. Então os
passos a serem seguidos no tratamento térmico, para obtenção de
propriedades mecânicas adequadas num aço são:
 obter um material inteiramente martensítico por resfriamento rápido
 reduzir a fragilidade por aquecimento até uma temperatura onde a
transformação de equilíbrio para as fases a e Fe3C seja possível
 reaquecer por um curto espaço de tempo a temperatura moderada, para
obtenção de um produto de alta resistência e baixa ductilidade
 ou reaquecer por um longo espaço de tempo a temperatura moderada para
obtenção de um produto de maior ductilidade
Revenimento
 Revenimento é um
processo feito após o
endurecimento por
têmpera.
 Peças que sofreram
têmpera tendem a ser muito
quebradiças. A fragilidade é
causada pela presença da
martensita.
 A fragilidade pode ser
removida pelo revenimento.
Revenimento
 O resultado do revenimento é uma combinação desejável de
dureza, ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade
estrutural. As propriedades resultantes do revenimento dependem
do aço e da temperatura do revenimento.
 A martensita é uma estrutura metaestável. Quando aquecida,
tende a estabilidade, ou seja, a transformar-se nas fases ferrita e
cementita.
A martensita é uma estrutura tetragonal de corpo centrado (a
ferrita é cúbica de corpo centrado) supersaturada de carbono (a
ferrita contém carbono em até seu limite de solubilidade no ferro).
Apresenta a morfologia de finas agulhas.
 O aquecimento leva a difusão do carbono (em excesso na
estrutura) e sua conseqüente precipitação em forma de carboneto
de ferro. A saída do excesso de carbono possibilita que a
estrutura tetragonal torne-se cúbica, ou seja, torne-se ferrítica.
Revenimento

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

O aumento da temperatura leva assim ao crescimento das agulhas de
ferrita e a coalescência dos precipitados.
Logo tem-se que o aumento da temperatura de revenimento leva à
redução da dureza e ao aumento da ductilidade. A temperatura de
revenimento deve ser aquela na qual são obtidas as propriedades
desejadas.
O aquecimento para revenimento é mais eficiente quando as partes são
imersas em óleo, para revenimentos até 3500 C. A partir desta
temperatura o óleo contendo as partes é aquecido até a temperatura
apropriada. O aquecimento em banho permite que a temperatura seja
constante em toda a peça, proporcinando um revenimento uniforme.
Para temperaturas acima de 3500 C é mais indicado usar um banho de
sais de nitratos. Os banhos salinos podem ser aquecidos até 6250 C.
Independentemente do tipo de banho, o aquecimento gradual é
fundamental para evitar fissuras no aço.
Depois de alcançada a temperatura desejada, as partes são mantidas
nesta temperatura por aproximadamente duas horas. São então
removidas do banho e resfriadas em ar sem convecção.
Recozimento
 Objetiva remover tensões
(devidas aos processos de
fundição e conformação
mecânica a quente ou a
frio), diminuir a dureza,
melhorar a ductilidade e
ajustar o tamanho de
grãos.
 As peças são aquecidas, e
mantidas nesta
temperatura por uma hora
ou mais. A seguir são
resfriadas por ar.
Recozimento
Para entender os passos do processo quatro
conceitos devem ser conhecidos :
 trabalho a frio,
recuperação,
recristalização e
crescimento de grão
Recozimento
 Trabalho a frio
 Significa deformar um metal a temperaturas relativamente
baixas.
 Exemplos são a laminação a frio de barras e chapas e a
trefilação.
 A microestrutura trabalhada a frio mostra grãos altamente
distorcidos, que são instáveis. Através do aquecimento
pode-se promover a mobilidade dos átomos e tornar o
material mais 'mole' com a formação da nova
microestrutura.
Recozimento
Recuperação
Éo estágio mais sutil do recozimento.
Não ocorre alteração significativa da
microestrutura.
Entretanto a mobilidade atômica permite a
redução de defeitos pontuais e a movimentação
das discordâncias para posições de menor
energia.
O resultado é uma discreta redução da dureza e
um aumento considerável da condutividade
elétrica.
Recozimento
Recristalização
A temperatura onde a mobilidade permite
alteração significativa das propriedades
mecânicas situa-se entre 1/3 e ½ da temperatura
de fusão Tf.
O metal exposto a estas temperaturas sofre uma
transformação microestrutural denominada
recristalização.
A redução de dureza no processo de
recristalização é substancial.
Recozimento
Crescimento de Grão
A microestrutura desenvolvida na recristalização
forma-se espontaneamente. Ela é estável, se
comparada com a estrutura original trabalhada a
frio.
Entretanto a microestrutura recristalizada contém
uma grande quantidade de contornos de grão.
A redução destas interfaces de alta energia pode
ampliar ainda mais a estabilidade.
Recozimento
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 Recuperação
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Normalização
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de temperatura dentro do
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temperatura até que toda a
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e resfriado em temperatura
ambiente sob convecção
natural.
Normalização
 A microestrutura resultante é formada por finos grãos de perlita
com ferrita e cementita dispostas em finas lamelas.
 Esta microestrutura é de baixa dureza.
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resfriamento.
 Este processo é substancialmente mais barato do que o
recozimento pleno, pois não existe o custo adicional de
resfriamento no forno.
 A diferença principal entre peças recozidas e normalizadas é que
as peças recozidas tem propriedades (ductilidade e usinabilidade)
uniformes através de todo o seu volume enquanto que as peças
normalizadas poderão ter propriedades não uniformes.

 Isto se dá porque no recozimento pleno, toda a peça fica exposta
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Tratamento Térmico Aços Diagrama Equilíbrio Fe-C

  • 2. Diagrama de equilíbrio Fe-C Fe3C, Fe e grafita (carbono na forma lamelar)  Ligas de aços - 0 a 2,11 % de C  Ligas de Ferros Fundidos - acima de 2,11% a 6,7% de C  Ferro alfa - dissolve até 0,02% C  Ferro gama - dissolve ate 2,11 % C
  • 3. Diagrama de equilíbrio Fe-C                 Ponto S : eutetóide - Aço Ponto C: eutético - ferro fundido Aço hipoeutetóide 0,008 - 0,77 C Aço hipereutetóide 0,77 - 2,11 Fe Fundido hipoeutético 2,11-4,3 Fe Fundido hipereutético > 4,3 Ferrita: ferro comercialmente puro (C < 0,008%), pouco resistente, mole e dúctil - ferro alfa Fe3C carboneto de ferro - 6,7% C (cementita) C S
  • 4. Diagrama de equilíbrio Fe-C Fe3C, Fe e grafita (carbono na forma lamelar)  Austenita: solução sólida de C no F gama . Boa resistência e apreciável tenacidade, não magnético  Cementita: Carbono na forma Fe3C (carboneto de ferro, 6,7% de C). Muito duro, porém frágil. Finas laminas.  Ferrita: Ferro praticamente puro. Baixa dureza e resistência a tração, elevada dutilidade e resistente ao impacto (Ferro alfa).
  • 5. Diagrama de equilíbrio Fe-C  Perlita: 88% ferrita (ferro alfa) + 12% cementita (Fe3C). Forma lamelar. Propriedades intermediárias  Depende da liga e do tempo de resfriamento  Exemplo de resfriamento lento de um aço a 0,35%(hipoeutetoide) e 1,4% de C (hipereutetóde).  Exemplo de um ferro fundido a 2,7% de C (hipoeutetoide)
  • 6. Diagrama de equilíbrio Fe-C  Em resumo, a austenita (Ferro gama) pode se transformar em:  ferrita + perlita (ferrita +cementita)  somente perlita  perlita + cementita  Ledeburita (glóbulos de perlita c/ fundo de cementita)  Isto ocorre se houver tempo suficiente para permitir o equilíbrio  Devido a isto os metais tem suas propriedades modificadas
  • 7. Resfriamento fora do equilíbrio Ocorrências de fases ou transformações em temperaturas diferentes daquela prevista no diagrama Existência a temperatura ambiente de fases que não aparecem no diagrama
  • 8. Transformações de fase  COM DIFUSÃO  Sem variação no número e composição de fases  Ex: solidificação metal puro e transformação alotrópica  Com variação no número e composição de fases  Ex: Transformação eutética, eutetóide...  SEM DIFUSÃO  Ocorre com formação de fase metaestável  Ex: transformação martensítica A maioria das transformações de fase no estado sólido não ocorre instantaneamente, ou seja, são dependentes do tempo
  • 9. Tratamentos Térmicos  Velocidades de aquecimento e principalmente resfriamento provoca alterações nas transformações alotrópicas (ferro gama -ferro alfa)  Altera propriedades mecânicas dos metais.  Tratamentos térmicos é o processo que eleva-se a temperatura até a sua transformação e controla-se a velocidade de seu resfriamento para obter características desejadas.  O diagrama chamada Curva TTT (tempo - temperatura - transformação) possibilita o controle das transformações.
  • 11. Curvas TTT Utilizados para o estudo dos tratamento térmicos
  • 12. Ex 1: Curva TTT para aço eutetóide Temperatura de austenitização Martensita γ α+Fe3C ↓ Perlita -Como a martensita não envolve difusão, a sua formação ocorre instantaneamente (independente do tempo, por isso na curva TTT a mesma corresponde a uma reta).
  • 14. Ex 2: curvas TTT para aço eutetóide com as durezas especificadas das microestruturas •Perlita grossa ~86-97HRB •Perlita fina ~20-30HRC •Bainita superior ~40-45 HRC •Bainita inferior~50-60 HRC •Martensita 63-67 HRC
  • 15. Ex 3: Curvas de resfriamento a temperatura constante
  • 16. Ex 4: Algumas curvas de resfriamento contínuo A (FORNO)= Perlita grossa B (AR)= Perlita + fina (+ dura que a anterior) C(AR SOPRADO)= Perlita + fina que a anterior D (ÓLEO)= Perlita + martensita E (ÁGUA)= Martensita No resfriamento contínuo, as curvas TTT deslocam-se um pouco para a direita e para baixo
  • 17. Microestruturas resultantes do resfriamento rápido  MARTENSITA  A martensita se forma quando o resfriamento for rápido o suficiente de forma a evitar a difusão do carbono, ficando o mesmo retido em solução.  Como a martensita não envolve difusão, a sua formação ocorre instantaneamente (independente do tempo). Conseqüências:  Geração de tensões residuais.  Risco de empenamentos.  Risco de trincas de têmpera (sempre intergranulares). AUSTENITA TRANSFORMAÇÃO ALOTRÓPICA COM AUMENTO DE VOLUME, que leva à concentração de tensões MARTENSITA
  • 18. Microestruturas resultantes do resfriamento rápido  MARTENSITA  Éuma solução sólida supersaturada de carbono (não se forma por difusão)  Microestrutura em forma de agulhas  Édura e frágil (dureza: 63-67 Rc)  Tem estrutura tetragonal cúbica (é uma fase metaestável, por isso não aparece no diagrama)  REVENIDO  Reaquecimento por tempos maiores  MARTENSITA REVENIDA  Éobtida pelo reaquecimento da martensita (fase alfa + cementita)  Os carbonetos precipitam  Forma de agulhas escuras  A dureza cai  Maior ductibilidade
  • 19. Transformações AUSTENITA Resf. lento Perlita (∝ + Fe3C) + a fase próeutetóide Resf. moderado Bainita (∝ + Fe3C) Resf. Rápido (Têmpera) Martensita (fase tetragonal) reaquecimento Martensita Ferrita ou cementita Revenida (∝ + Fe3C)
  • 20. Tratamentos Térmicos  Tratamento Térmico é um ciclo de aquecimento e resfriamento realizado nos metais com o objetivo de alterar as suas propriedades físicas e mecânicas, sem mudar a forma do produto.  O tratamento térmico é normalmente associado com o aumento da resistência do material , mas também pode ser usado para melhorar a usinabilidade, a conformabilidade e restaurar a ductilidade depois de uma operação a frio.  Logo, o tratamento térmico é uma operação que pode auxiliar outros processos de manufatura e/ou melhorar o desempenho de produtos, aumentando sua resistência ou alterando outras características desejáveis.
  • 21. Tratamentos Térmicos  Os aços são tratados para uma das finalidades abaixo:  Amolecimento - (softening) O amolecimento é feito para redução da dureza, remoção de tensões residuais , melhoria da tenacidade, restauração da ductilidade, redução do tamanho do grão ou alteração das propriedades eletromagnéticas do aço. As principais formas de amolecimento do aço são: recozimento de recristalização, recozimento pleno, recozimento de esferoidização e normalização.  Endurecimento - (hardening) O endurecimento dos aços é feito para aumentar a resistência mecânica, a resistência ao desgaste e a resistência à fadiga. O endurecimento é fortemente dependente do teor de carbono do aço. A presença de elementos de liga possibilita o endurecimento de peças de grandes dimensões, o que não seria possível quando do uso de aços comuns ao carbono. Os tratamentos de endurecimento são: têmpera, austêmpera, e martêmpera. Para aumentar a resistência ao desgaste é suficiente a realização de um endurecimento superficial (que também leva ao aumento da resistência a fadiga). Pode-se assim proceder a uma têmpera superficial ou a um tratamento termo- químico, que consiste na alteração da composição química da superfície pela difusão de elementos como carbono, nitrogênio e boro.
  • 22. Têmpera  Resfriamento rápido objetivando o aumento da dureza (martensita), da resistência ao desgaste, da resistência a tração e diminuição da ductilidade
  • 23. Têmpera  Como mencionado antes, a martensita é muito frágil. Se um material tivesse estrutura 100% martensítica, seria frágil como o vidro. Então os passos a serem seguidos no tratamento térmico, para obtenção de propriedades mecânicas adequadas num aço são:  obter um material inteiramente martensítico por resfriamento rápido  reduzir a fragilidade por aquecimento até uma temperatura onde a transformação de equilíbrio para as fases a e Fe3C seja possível  reaquecer por um curto espaço de tempo a temperatura moderada, para obtenção de um produto de alta resistência e baixa ductilidade  ou reaquecer por um longo espaço de tempo a temperatura moderada para obtenção de um produto de maior ductilidade
  • 24. Revenimento  Revenimento é um processo feito após o endurecimento por têmpera.  Peças que sofreram têmpera tendem a ser muito quebradiças. A fragilidade é causada pela presença da martensita.  A fragilidade pode ser removida pelo revenimento.
  • 25. Revenimento  O resultado do revenimento é uma combinação desejável de dureza, ductilidade, tenacidade, resistência e estabilidade estrutural. As propriedades resultantes do revenimento dependem do aço e da temperatura do revenimento.  A martensita é uma estrutura metaestável. Quando aquecida, tende a estabilidade, ou seja, a transformar-se nas fases ferrita e cementita. A martensita é uma estrutura tetragonal de corpo centrado (a ferrita é cúbica de corpo centrado) supersaturada de carbono (a ferrita contém carbono em até seu limite de solubilidade no ferro). Apresenta a morfologia de finas agulhas.  O aquecimento leva a difusão do carbono (em excesso na estrutura) e sua conseqüente precipitação em forma de carboneto de ferro. A saída do excesso de carbono possibilita que a estrutura tetragonal torne-se cúbica, ou seja, torne-se ferrítica.
  • 26. Revenimento             O aumento da temperatura leva assim ao crescimento das agulhas de ferrita e a coalescência dos precipitados. Logo tem-se que o aumento da temperatura de revenimento leva à redução da dureza e ao aumento da ductilidade. A temperatura de revenimento deve ser aquela na qual são obtidas as propriedades desejadas. O aquecimento para revenimento é mais eficiente quando as partes são imersas em óleo, para revenimentos até 3500 C. A partir desta temperatura o óleo contendo as partes é aquecido até a temperatura apropriada. O aquecimento em banho permite que a temperatura seja constante em toda a peça, proporcinando um revenimento uniforme. Para temperaturas acima de 3500 C é mais indicado usar um banho de sais de nitratos. Os banhos salinos podem ser aquecidos até 6250 C. Independentemente do tipo de banho, o aquecimento gradual é fundamental para evitar fissuras no aço. Depois de alcançada a temperatura desejada, as partes são mantidas nesta temperatura por aproximadamente duas horas. São então removidas do banho e resfriadas em ar sem convecção.
  • 27. Recozimento  Objetiva remover tensões (devidas aos processos de fundição e conformação mecânica a quente ou a frio), diminuir a dureza, melhorar a ductilidade e ajustar o tamanho de grãos.  As peças são aquecidas, e mantidas nesta temperatura por uma hora ou mais. A seguir são resfriadas por ar.
  • 28. Recozimento Para entender os passos do processo quatro conceitos devem ser conhecidos :  trabalho a frio, recuperação, recristalização e crescimento de grão
  • 29. Recozimento  Trabalho a frio  Significa deformar um metal a temperaturas relativamente baixas.  Exemplos são a laminação a frio de barras e chapas e a trefilação.  A microestrutura trabalhada a frio mostra grãos altamente distorcidos, que são instáveis. Através do aquecimento pode-se promover a mobilidade dos átomos e tornar o material mais 'mole' com a formação da nova microestrutura.
  • 30. Recozimento Recuperação Éo estágio mais sutil do recozimento. Não ocorre alteração significativa da microestrutura. Entretanto a mobilidade atômica permite a redução de defeitos pontuais e a movimentação das discordâncias para posições de menor energia. O resultado é uma discreta redução da dureza e um aumento considerável da condutividade elétrica.
  • 31. Recozimento Recristalização A temperatura onde a mobilidade permite alteração significativa das propriedades mecânicas situa-se entre 1/3 e ½ da temperatura de fusão Tf. O metal exposto a estas temperaturas sofre uma transformação microestrutural denominada recristalização. A redução de dureza no processo de recristalização é substancial.
  • 32. Recozimento Crescimento de Grão A microestrutura desenvolvida na recristalização forma-se espontaneamente. Ela é estável, se comparada com a estrutura original trabalhada a frio. Entretanto a microestrutura recristalizada contém uma grande quantidade de contornos de grão. A redução destas interfaces de alta energia pode ampliar ainda mais a estabilidade.
  • 33. Recozimento  Etapas:  Recuperação  Recristalização (alívio de tensões)  Aumento do tamanho do grã
  • 34. Normalização  éo processo de elevação de temperatura dentro do campo austenítico,  O material é deixado nesta temperatura até que toda a microestrutura esteja homogeneizada.  Após é removido do forno e resfriado em temperatura ambiente sob convecção natural.
  • 35. Normalização  A microestrutura resultante é formada por finos grãos de perlita com ferrita e cementita dispostas em finas lamelas.  Esta microestrutura é de baixa dureza.  O grau de ductilidade depende das condições do ambiente de resfriamento.  Este processo é substancialmente mais barato do que o recozimento pleno, pois não existe o custo adicional de resfriamento no forno.  A diferença principal entre peças recozidas e normalizadas é que as peças recozidas tem propriedades (ductilidade e usinabilidade) uniformes através de todo o seu volume enquanto que as peças normalizadas poderão ter propriedades não uniformes.   Isto se dá porque no recozimento pleno, toda a peça fica exposta ao ambiente controlado do forno durante o resfriamento. No caso de peças normalizadas, dependendo da geometria da peça, o resfriamento não será uniforme, resultando em propriedades não uniformes do material.