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FATORES EXTERNOS QUE
INFLUENCIAM NO CONTEÚDO DE
METABÓLITOS SECUNDÁRIOS e NA
QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA
VEGETAL
 Estímulos mecânicos
 Ataque de patógenos
 Altitude e longitude
 Luminosidade e radiação
A síntese de metabólitos secundários pode ser
influenciada por fatores mecânicos:
 ferimentos;
 chuva forte;
 granizo;
 vento;
 areia;
 invasão por patógenos;
 pastagem de herbívoros.
 Estímulos mecânicos, tais como ferimentos, ou ataque
de patógenos e herbívoros podem levar a uma resposta
bioquímica que reduz a aceitabilidade do órgão vegetal
ou de todo o organismo a ataques futuros.
 Pode ser uma resposta restrita ao órgão danificado ou
pode alterar a bioquímica vegetal como um todo.
O ataque de pragas pode estar
relacionado a fatores climáticos,
influenciando a produção de biomassa.
A interação planta-inseto envolve um sistema de ataque e defesa
“troca de sinais”:
 A planta se mobiliza para desativar o sistema de ataque do
agente invasor;
 O patógeno tenta desativar o sistema de defesa da planta.
RESULTADO: ativação da produção de metabólitos secundários
especializados, as fitoalexinas (phyton= planta, alexin= o que repele)
e os aleloquímicos (substâncias de comunicação entre os seres vivos).
 Estão ausentes nas plantas sadias e são
acumuladas temporariamente no local e nos
arredores da infecção.
 Podem ser sintetizadas em reposta a
ferimentos ou exposição a substâncias tóxicas.
A resistência adquirida e a poluição ambiental, devido à aplicação
repetida de inseticidas sintéticos persistentes, têm levado a um
aumento no interesse por novos produtos químicos para o controle
de pragas.
Novas substâncias são necessárias para o efetivo
controle de pragas, oferecendo maior segurança,
seletividade, biodegradabilidade, viabilidade
econômica e aplicabilidade em programas integrados
de controle de insetos e baixo impacto ambiental.
Altitude: altura de uma região em relação ao nível do mar. À
medida que aumenta a altitude, diminui a temperatura (1º a cada
200 metros), interferindo no desenvolvimento das plantas e na
produção de princípios ativos.
À medida que aumenta a
altitude:
 diminui a temperatura (1ºC
a cada 200 metros);
 maior susceptibilidade à
radiação UV.
Correlação positiva geralmente
existente entre o conteúdo total
de flavonóides e a altitude
(reconhecidos por propiciarem
proteção à radiação e seus
efeitos).
Esta figura representa a influência da altitude na
produção das variedades de vinho na Argentina.
Há espécies medicinais que necessitam
ser cultivadas em altitudes.
P. ex.: Cinchona (Quina), produtora do
alcalóide quinina.
As plantas de Cinchona succirubra
crescem bem a baixas altitudes, mas
praticamente não produzem esses
alcalóides.
Arnica montana produz altos teores de
flavonóides a 1.800 m de altitude,
sendo este o seu habitat ótimo.
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Aula 8 estímulos mecânicos, ataque de patógenos, altitude e luminosidade na produção de ms.

  • 1. FATORES EXTERNOS QUE INFLUENCIAM NO CONTEÚDO DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS e NA QUALIDADE DA MATÉRIA-PRIMA VEGETAL  Estímulos mecânicos  Ataque de patógenos  Altitude e longitude  Luminosidade e radiação
  • 2. A síntese de metabólitos secundários pode ser influenciada por fatores mecânicos:  ferimentos;  chuva forte;  granizo;  vento;  areia;  invasão por patógenos;  pastagem de herbívoros.
  • 3.
  • 4.  Estímulos mecânicos, tais como ferimentos, ou ataque de patógenos e herbívoros podem levar a uma resposta bioquímica que reduz a aceitabilidade do órgão vegetal ou de todo o organismo a ataques futuros.  Pode ser uma resposta restrita ao órgão danificado ou pode alterar a bioquímica vegetal como um todo. O ataque de pragas pode estar relacionado a fatores climáticos, influenciando a produção de biomassa.
  • 5. A interação planta-inseto envolve um sistema de ataque e defesa “troca de sinais”:  A planta se mobiliza para desativar o sistema de ataque do agente invasor;  O patógeno tenta desativar o sistema de defesa da planta. RESULTADO: ativação da produção de metabólitos secundários especializados, as fitoalexinas (phyton= planta, alexin= o que repele) e os aleloquímicos (substâncias de comunicação entre os seres vivos).  Estão ausentes nas plantas sadias e são acumuladas temporariamente no local e nos arredores da infecção.  Podem ser sintetizadas em reposta a ferimentos ou exposição a substâncias tóxicas.
  • 6.
  • 7. A resistência adquirida e a poluição ambiental, devido à aplicação repetida de inseticidas sintéticos persistentes, têm levado a um aumento no interesse por novos produtos químicos para o controle de pragas. Novas substâncias são necessárias para o efetivo controle de pragas, oferecendo maior segurança, seletividade, biodegradabilidade, viabilidade econômica e aplicabilidade em programas integrados de controle de insetos e baixo impacto ambiental.
  • 8.
  • 9.
  • 10. Altitude: altura de uma região em relação ao nível do mar. À medida que aumenta a altitude, diminui a temperatura (1º a cada 200 metros), interferindo no desenvolvimento das plantas e na produção de princípios ativos.
  • 11. À medida que aumenta a altitude:  diminui a temperatura (1ºC a cada 200 metros);  maior susceptibilidade à radiação UV. Correlação positiva geralmente existente entre o conteúdo total de flavonóides e a altitude (reconhecidos por propiciarem proteção à radiação e seus efeitos).
  • 12. Esta figura representa a influência da altitude na produção das variedades de vinho na Argentina.
  • 13. Há espécies medicinais que necessitam ser cultivadas em altitudes. P. ex.: Cinchona (Quina), produtora do alcalóide quinina. As plantas de Cinchona succirubra crescem bem a baixas altitudes, mas praticamente não produzem esses alcalóides. Arnica montana produz altos teores de flavonóides a 1.800 m de altitude, sendo este o seu habitat ótimo.