Este documento apresenta informações sobre a revista científica "Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia", incluindo o conselho editorial, diretoria da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, instruções para autores e normas para submissão e estruturação de artigos.
Este documento fornece informações sobre:
1) Uma revista científica de neurocirurgia brasileira chamada Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo seus editores e conselho editorial internacional.
2) Instruções detalhadas para autores sobre como submeter e estruturar artigos para publicação na revista.
3) Informações sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, incluindo sua diretoria.
Este documento apresenta:
1) As instruções para autores submeterem artigos à revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo estrutura e formatação requerida;
2) A composição do corpo editorial e conselho da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia para o período de 2014;
3) Informações sobre a diretoria e conselho deliberativo da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Este documento fornece informações sobre:
1) Uma revista científica brasileira de neurocirurgia, incluindo a composição do corpo editorial e instruções para autores.
2) Detalhes sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, como a diretoria atual e congressos futuros.
3) Normas e estrutura para submissão de artigos à revista, como requisitos para resumos, referências e figuras.
1. O documento apresenta informações sobre a revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo o volume, número, data de publicação e informações editoriais.
2. É descrito o sistema selante dural DuraSeal, incluindo seus benefícios como um adjunto no reparo dural e resultados de estudos clínicos demonstrando sua eficácia e segurança.
3. São fornecidas instruções para autores sobre como submeter artigos à revista.
Este documento apresenta informações sobre a revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo sua descrição, instruções para autores e detalhes sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Este documento descreve:
1) As instruções para autores que desejam submeter artigos para publicação na revista "Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia", incluindo estrutura e formato dos artigos.
2) Informações sobre a revista, como o conselho editorial, normas de publicação e instruções detalhadas para a preparação de manuscritos, figuras, tabelas e referências.
3) Detalhes sobre a Ventura Biomédica, incluindo produtos como cateteres de monitorização e sua excelente relação custo-
Este documento fornece instruções detalhadas sobre como preparar e submeter artigos para a Revista da UNISOCIESC, incluindo informações sobre formatação, estrutura, citações e referências. O documento também discute os tipos de artigos aceitos e fornece exemplos de como formatar elementos como equações, figuras e tabelas.
Este documento fornece um resumo das principais normas e regras de formatação ABNT para trabalhos acadêmicos, incluindo informações sobre estrutura, elementos, espaçamentos, margens, citações, figuras e referências. O documento destaca a importância de seguir as normas da instituição de ensino e de conferir a ausência de plágio no trabalho antes da entrega.
Este documento fornece informações sobre:
1) Uma revista científica de neurocirurgia brasileira chamada Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo seus editores e conselho editorial internacional.
2) Instruções detalhadas para autores sobre como submeter e estruturar artigos para publicação na revista.
3) Informações sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, incluindo sua diretoria.
Este documento apresenta:
1) As instruções para autores submeterem artigos à revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo estrutura e formatação requerida;
2) A composição do corpo editorial e conselho da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia para o período de 2014;
3) Informações sobre a diretoria e conselho deliberativo da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Este documento fornece informações sobre:
1) Uma revista científica brasileira de neurocirurgia, incluindo a composição do corpo editorial e instruções para autores.
2) Detalhes sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, como a diretoria atual e congressos futuros.
3) Normas e estrutura para submissão de artigos à revista, como requisitos para resumos, referências e figuras.
1. O documento apresenta informações sobre a revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo o volume, número, data de publicação e informações editoriais.
2. É descrito o sistema selante dural DuraSeal, incluindo seus benefícios como um adjunto no reparo dural e resultados de estudos clínicos demonstrando sua eficácia e segurança.
3. São fornecidas instruções para autores sobre como submeter artigos à revista.
Este documento apresenta informações sobre a revista Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, incluindo sua descrição, instruções para autores e detalhes sobre a Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.
Este documento descreve:
1) As instruções para autores que desejam submeter artigos para publicação na revista "Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia", incluindo estrutura e formato dos artigos.
2) Informações sobre a revista, como o conselho editorial, normas de publicação e instruções detalhadas para a preparação de manuscritos, figuras, tabelas e referências.
3) Detalhes sobre a Ventura Biomédica, incluindo produtos como cateteres de monitorização e sua excelente relação custo-
Este documento fornece instruções detalhadas sobre como preparar e submeter artigos para a Revista da UNISOCIESC, incluindo informações sobre formatação, estrutura, citações e referências. O documento também discute os tipos de artigos aceitos e fornece exemplos de como formatar elementos como equações, figuras e tabelas.
Este documento fornece um resumo das principais normas e regras de formatação ABNT para trabalhos acadêmicos, incluindo informações sobre estrutura, elementos, espaçamentos, margens, citações, figuras e referências. O documento destaca a importância de seguir as normas da instituição de ensino e de conferir a ausência de plágio no trabalho antes da entrega.
Este documento apresenta informações sobre a revista científica "Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia", incluindo sua descrição como órgão oficial da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e sociedades de neurocirurgia de língua portuguesa. Fornece detalhes sobre o conselho editorial, normas para autores e estrutura requerida para artigos submetidos à publicação na revista.
Este documento presenta información sobre la Revista Latinoamericana de Neurocirugía, incluyendo su comité editorial, la Federación Latinoamericana de Sociedades de Neurocirugía y sus presidentes, directores y comités. Además, contiene artículos originales, guías de manejo y otros contenidos relacionados con las neurociencias.
El documento describe el caso de un neurocirujano, el Dr. Greg Dunn, que obtuvo su doctorado en neurociencias de la Universidad de Pensilvania. Sus trabajos enlazan la ciencia con el arte al estudiar la microestructura neural. Brevemente discute el conflicto de interés en la ciencia y cómo a veces se considera legítimo priorizar ganancias personales sobre el bienestar común.
La economía de Estados Unidos creció un 2.6% en el tercer trimestre de 2022, superando las expectativas. A pesar de las subidas de tipos de interés por parte de la Reserva Federal, el mercado laboral sigue siendo sólido con un desempleo del 3.7% y los salarios aumentando un 4.7% interanual. No obstante, la inflación se mantiene elevada en el 8.2% interanual en septiembre, lastrado por los altos precios de la energía y los alimentos.
El documento discute el síndrome de burnout (agotamiento) entre los neurocirujanos. Una encuesta encontró que casi el 60% experimentó síntomas de burnout y sólo el 16% creía que su carrera mejoraría. Los factores más asociados con la satisfacción fueron el equilibrio entre el trabajo y la vida familiar, mientras que la incertidumbre sobre los cambios en el sistema de salud, la atención de emergencias demandantes y la ansiedad sobre el futuro económico se asociaron con mayor riesgo de burnout. El burnout puede tener
Este documento discute el escenario de la neurocirugía para el envejecimiento poblacional. Debido al aumento de la esperanza de vida, las enfermedades neurodegenerativas y degenerativas biomecánicas que afectan a las personas mayores se duplicarán para el 2050. Esto representa un reto para la salud pública. La neurocirugía debe desarrollar estrategias médicas y quirúrgicas para tratar estas condiciones en los adultos mayores. También se debe preparar a los nuevos neurocirujanos para
Www.hsp.epm.br dneuro neurociencias_neurociencias 06-2Gláucia Luna
Este documento é um número da Revista Neurociências da Universidade Federal de São Paulo. Contém artigos sobre morte encefálica, distúrbios do sono e epilepsia, astrocitomas difusos de baixo grau, tratamento fisioterápico de lesão medular, dor neuropática e um relato de caso de leucoencefalopatia multifocal progressiva.
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)Bruno Sampaio Garrido
O documento fornece orientações para a elaboração de artigos científicos, definindo artigos científicos e seus tipos, descrevendo suas características e objetivos, a estrutura adequada e dicas para submissão. Apresenta também informações sobre periódicos científicos e suas classificações.
Curso de Pós-Graduação em Adjunto de Medicina EstéticaElomar Barilli
O documento discute a classificação das ciências e a comunicação científica. Apresenta as principais bases de dados para pesquisa científica como LILACS, MEDLINE e SciELO. Também aborda os elementos essenciais de um artigo científico como estrutura, normas editoriais e processos de submissão e publicação.
Energia nuclear: desmistificação e desenvolvimento (Revista Advir no 31 págs ...Leonam Guimarães
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY] The document provides information about the Revista ADVIR journal published by the Association of Teachers at the State University of Rio de Janeiro (ASDUERJ). It lists the editorial board, technical staff, distribution details, and submission guidelines for authors. The journal aims to disseminate national and international scientific productions.
O documento resume as principais informações sobre a estrutura e formatação de um artigo científico, incluindo a apresentação do título, autor, resumo, palavras-chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. Ele explica os detalhes de cada seção, como o formato do resumo, citações e referências bibliográficas.
O documento resume as principais informações sobre a estrutura e formatação de um artigo científico, incluindo a apresentação do título, autor, resumo, palavras-chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. Ele explica os detalhes de cada seção, como o formato do resumo, citações e referências bibliográficas.
Criterios para escolha de periodicos internacionais para publicacaoElisabeth Dudziak
O documento discute critérios para avaliar periódicos científicos e publicar artigos, incluindo métricas como fator de impacto, índice H e bases de dados. Também fornece orientações sobre como escolher periódicos de qualidade, escrever artigos científicos e resumos.
O documento discute a estrutura e elementos de um artigo científico, incluindo títulos, resumos, discussões e listagem de autores. Explica que um artigo científico deve ter clareza, concisão e exatidão para atrair a atenção do leitor. Detalha também os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que compõem um artigo, como títulos, resumos e referências bibliográficas.
Este documento apresenta informações sobre a revista científica "Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia", incluindo sua descrição como órgão oficial da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia e sociedades de neurocirurgia de língua portuguesa. Fornece detalhes sobre o conselho editorial, normas para autores e estrutura requerida para artigos submetidos à publicação na revista.
Este documento presenta información sobre la Revista Latinoamericana de Neurocirugía, incluyendo su comité editorial, la Federación Latinoamericana de Sociedades de Neurocirugía y sus presidentes, directores y comités. Además, contiene artículos originales, guías de manejo y otros contenidos relacionados con las neurociencias.
El documento describe el caso de un neurocirujano, el Dr. Greg Dunn, que obtuvo su doctorado en neurociencias de la Universidad de Pensilvania. Sus trabajos enlazan la ciencia con el arte al estudiar la microestructura neural. Brevemente discute el conflicto de interés en la ciencia y cómo a veces se considera legítimo priorizar ganancias personales sobre el bienestar común.
La economía de Estados Unidos creció un 2.6% en el tercer trimestre de 2022, superando las expectativas. A pesar de las subidas de tipos de interés por parte de la Reserva Federal, el mercado laboral sigue siendo sólido con un desempleo del 3.7% y los salarios aumentando un 4.7% interanual. No obstante, la inflación se mantiene elevada en el 8.2% interanual en septiembre, lastrado por los altos precios de la energía y los alimentos.
El documento discute el síndrome de burnout (agotamiento) entre los neurocirujanos. Una encuesta encontró que casi el 60% experimentó síntomas de burnout y sólo el 16% creía que su carrera mejoraría. Los factores más asociados con la satisfacción fueron el equilibrio entre el trabajo y la vida familiar, mientras que la incertidumbre sobre los cambios en el sistema de salud, la atención de emergencias demandantes y la ansiedad sobre el futuro económico se asociaron con mayor riesgo de burnout. El burnout puede tener
Este documento discute el escenario de la neurocirugía para el envejecimiento poblacional. Debido al aumento de la esperanza de vida, las enfermedades neurodegenerativas y degenerativas biomecánicas que afectan a las personas mayores se duplicarán para el 2050. Esto representa un reto para la salud pública. La neurocirugía debe desarrollar estrategias médicas y quirúrgicas para tratar estas condiciones en los adultos mayores. También se debe preparar a los nuevos neurocirujanos para
Www.hsp.epm.br dneuro neurociencias_neurociencias 06-2Gláucia Luna
Este documento é um número da Revista Neurociências da Universidade Federal de São Paulo. Contém artigos sobre morte encefálica, distúrbios do sono e epilepsia, astrocitomas difusos de baixo grau, tratamento fisioterápico de lesão medular, dor neuropática e um relato de caso de leucoencefalopatia multifocal progressiva.
Apresentação artigos científicos para estagiários de psicologia (simplificado)Bruno Sampaio Garrido
O documento fornece orientações para a elaboração de artigos científicos, definindo artigos científicos e seus tipos, descrevendo suas características e objetivos, a estrutura adequada e dicas para submissão. Apresenta também informações sobre periódicos científicos e suas classificações.
Curso de Pós-Graduação em Adjunto de Medicina EstéticaElomar Barilli
O documento discute a classificação das ciências e a comunicação científica. Apresenta as principais bases de dados para pesquisa científica como LILACS, MEDLINE e SciELO. Também aborda os elementos essenciais de um artigo científico como estrutura, normas editoriais e processos de submissão e publicação.
Energia nuclear: desmistificação e desenvolvimento (Revista Advir no 31 págs ...Leonam Guimarães
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY] The document provides information about the Revista ADVIR journal published by the Association of Teachers at the State University of Rio de Janeiro (ASDUERJ). It lists the editorial board, technical staff, distribution details, and submission guidelines for authors. The journal aims to disseminate national and international scientific productions.
O documento resume as principais informações sobre a estrutura e formatação de um artigo científico, incluindo a apresentação do título, autor, resumo, palavras-chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. Ele explica os detalhes de cada seção, como o formato do resumo, citações e referências bibliográficas.
O documento resume as principais informações sobre a estrutura e formatação de um artigo científico, incluindo a apresentação do título, autor, resumo, palavras-chave, introdução, desenvolvimento, conclusão e referências. Ele explica os detalhes de cada seção, como o formato do resumo, citações e referências bibliográficas.
Criterios para escolha de periodicos internacionais para publicacaoElisabeth Dudziak
O documento discute critérios para avaliar periódicos científicos e publicar artigos, incluindo métricas como fator de impacto, índice H e bases de dados. Também fornece orientações sobre como escolher periódicos de qualidade, escrever artigos científicos e resumos.
O documento discute a estrutura e elementos de um artigo científico, incluindo títulos, resumos, discussões e listagem de autores. Explica que um artigo científico deve ter clareza, concisão e exatidão para atrair a atenção do leitor. Detalha também os elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que compõem um artigo, como títulos, resumos e referências bibliográficas.
As doenças neuromusculares evoluem com piora progressiva, causando limitação de tarefas simples. O método Ai Chi, realizado em piscina aquecida, é apresentado como alternativa hidroterapêutica para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Três pacientes com atrofia muscular espinhal tipo III que realizaram a terapia pelo método Ai Chi apresentaram evolução.
se trata de um autor muito importante, mas que não se pode ter acesso ao
texto por tratar-se de um livro esgotado ou raro, por exemplo, usa-se a
palavra apud, porém, esse é um recurso que deve ser tido como exceção.
Exemplo: A definição 1 LIMA VAZ HC. Escritos de filosofia. São Paulo:
Loyola, 2000. de pessoa para John Locke5 vem de encontro a uma quebra
de paradigmas das sociedades contemporâneas. Todo material que for
citado deverá constar na lista de referência ao final do texto. 3.
CONCLUSÃO (Espaço de 1,5 para separar o título do texto) A conclusão
deve ser elaborada com base nos resultados e nas discussões
apresentadas ao longo do artigo, contendo deduções lógicas, claras e
concisas. Deve ser um arremate do trabalho, devendo demonstrar o que foi
encontrado no decorrer do estudo. O último elemento do artigo é a lista de
referências, que deve aparecer na ordem de citação no texto. 4.
REFERÊNCIAS REGRAS GERAIS PARA A ELABORAÇÃO DAS
REFERÊNCIAS NO FORMATO VANCOUVER a) a entrada de uma referência
sempre deve ser feita pelo autor (pessoa ou entidade coletiva). Na ausência
deste, utiliza-se o título; b) devem constar no final do trabalho em forma de
lista e em ordem numérica conforme citada no texto; c) as referências
devem ser alinhadas à margem esquerda, em espaço simples e separado
entre si por espaço duplo; d) pontuação: dar um espaço após ponto; após
ponto e vírgula e após dois pontos; e) editora e data devem ser separadas
por ponto e vírgula (;); f) nos casos em que a referência ocupar mais de
uma linha, reiniciar na primeira posição; g) o sobrenome é em letras
minúsculas, exceto as iniciais, e não são usados pontos nas iniciais dos
nomes; em caso de mais de um autor, os nomes são separados por vírgula
(,). Referencia-se o autor pelo seu sobrenome, sendo que apenas a letra
inicial é em maiúscula, seguida do nome e sem o ponto. Por exemplo: para
Marcos José Lima usa-se Lima MJ 1. Artigos em periódicos 1.1. Artigos de
periódicos Autores do artigo. Título do artigo. Título da revista abreviado.
Data de publicação (ano mês dia); volume (número): página inicial-final do
artigo. Guedes DP, Paula IG, Stanganelli LCR. Prevalência de sobrepeso e
obesidade em crianças e adolescentes: estimativas relacionadas ao sexo, à idade e à classe socioeconômica. Rev Bra Educ Fís Esporte. 2006; 20(3):
151-63. De forma opcional, se o periódico contém paginação contínua em
todo o volume (como ocorre em muitos periódicos médicos), o mês e o
número da edição podem se omitidos. Guedes DP, Paula IG, Stanganelli
LCR. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes:
estimativas relacionadas ao sexo, à idade e à classe socioeconômica. Rev
Bra Educ Fís Esporte. 2006: 151-63 1.1.1. Artigo de revista em formato
eletrônico Autores. Título do artigo. Título do periódico abreviado
[suporte]. Data da publicação [data de acesso com a expressão “acesso
COMO ELABORAR UM ARTIGO CIENTÍFICO: modelo Autor do artigo*
RESUMO O texto do resumo deve ter no mínimo 150 e, no máximo, 250
palavras. A primeira frase deverá ser significativa, explicando o tema
principal do documento. Resuma de maneira precisa os tópicos principais
do artigo e as conclusões obtidas através do seu trabalho. A seguir, devese indicar a informação sobre a categoria do tratamento (estudo de caso,
memória, análise, etc.). Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira
pessoa do singular. O resumo terá espaçamento simples (1pt) e tamanho
de fonte 12. O resumo em língua estrangeira deverá aparecer no final, como
último item do artigo. O resumo deve ser seguido das palavras-chave que
caracterizem o artigo. Essas palavras serão usadas posteriormente para
permitir que o artigo seja encontrado no sistema, depois de cadastrado.
Por isso deve-se escolher palavras-chave abrangentes, mas que ao mesmo
tempo você usaria para procurar na web um artigo semelhante. A NBR 6028
é a norma que estabelece os requisitos para redação e apresentação de
resumos. Palavras-chaves: Resumo. Artigo científico. NBR 6028. 1.
INTRODUÇÃO (Espaço de 1,5 para separar o título do texto) A introdução é
um apanhado geral do conteúdo do artigo científico, sem muitos detalhes. Apenas poucos parágrafos são suficientes. Descreva brevemente a
importância da área de estudo. Especifique a relevância da publicação do
seu artigo, ou seja, explique como seu trabalho contribui para ampliar o
conhecimento em uma determinada área ou se ele apresenta novos
métodos para resolver um problema. Apresente a revisão da literatura
recente, específica sobre o tópico abordado ou forneça um histórico do
problema. *Autor do artigo, créditos. 2. ARTIGO CIENTÍFICO (Espaço de 1,5
para separar o título do texto) Os artigos não costumam ser muitos
extensos, variando de 5 a, no máximo, 30 páginas. Quem define o tamanho
máximo de um artigo e sua formatação básica é, geralmente, a revista na
qual ele será publicado ou o evento para o qual será enviado. Os artigos
deverão ser impressos em papel A4, com margens esquerda e superior de
3cm, margens direita e inferior de 2cm, fonte Arial ou Time New Roman,
tamanho 12pt para títulos e texto, 10pt para citações diretas e longas e
notas de rodapé. Artigos dispensam folha de rosto ou capa. A primeira
folha já contém todos os dados de identificação, como título, nome do
Instituição onde foi apresentada; ano. Data de acesso com a expressão
“acesso em” Endereço eletrônico com a expressão “Disponível em:”
Vanalli LGG. Produtividade e qualidade de 4 forrageiras em função de
doses de nitrogênio [dissertação] [Internet]. Presidente Prudente:
Universidade do Oeste Paulista; 2010. [acesso em 2010 nov 10]. Disponível
em: http://tede.unoeste.br/tede/tde_busca/arquivo.pp?codArquivo=207 5.
Material audiovisual Autor. Título [designação do tipo de material]. Local:
Produtora; data. HIV+/AIDS; os fatos e o futuro [cd-rom]. Brasília (DF):
Ministério da Saúde; 1995. 6. Documento jurídico Local (País, Estado ou
Cidade). Título (especificação de legislação, nº, data). Emenda. Indicação
da publicação oficial. Data de publicação (ano mês dia); Seção. Página
inicial-final. Portaria: Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.884, de 11 de
novembro de 1994. Elaboração de projetos físicos [para estabelecimentos
assistenciais de saúde]. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil.
1994 dez. 15; Seção 1.p 19523-49. Constituição: Brasil. Constituição, 1988.
Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal;
1988. Códigos: Brasil. Código civil, 2002. Código civil. 53.ed. São Paulo:
Saraiva; 2002. 6.1. Documentos jurídicos em formato eletrônico Local (País,
Estado ou Cidade). Nome da Corte ou Tribunal. Título (especificação de
legislação, nº, data (ano mês dia). Ementa [suporte]. Indicação da
publicação oficial. Data de publicação (ano mês dia) [data de acesso com
a expressão “acesso em”]. Endereço eletrônico com a expressão
“Disponível em:”. Decreto: Brasil. Decreto nº 3667, de 21 de novembro de
2000. Concede indulto, comuta penas e dá outras providências [Internet].
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. 2000 nov. 22 [acesso em
2001 jan 9]. Disponível em:
http://www.ibccrim.com.br/legislação/descnovembro. Lei: Brasil.
Presidência da República, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9605
de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao maio
ambiente, e dá outras providências [Internet]. Brasília, DF; 1998. [acesso
em 2010 nov. 9]. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9605.htm Medida provisória:
Brasil. Senado Federal. Medida provisória nº 497 de 2010. Promove
desoneração tributária de subvenções governamentais destinadas ao
fomento das atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de
inovação tecnológica nas empresas, institui o Regime Especial de
Tributação para construção, ampliação, reforma ou modernização de
estádios de futebol – RECOM, e dá outras providências [Internet]. [acesso
em 2010 nov.9]. Disponível em:
http://www.senado.gov.br/atividade/material/detalhes.asp?p_cod_mate=97
716 7. Mapa Autor. Título [suporte]. Local de Publicação: Casa Publicadora;
ano. Extensão do Item, características específicas. Escala. Brasil: mapa
físico [mapa]. Santo André: Geomapas; 1995. 1 mapa, color, 33cm
autor, instituição à qual se vincula. Use preferencialmente as cores branca,
preta ou tons de cinza em suas figuras, uma vez que muitos congressos e
jornais técnicos não publicam em cores. A escolha do título é fundamental
para a visibilidade e a recuperação do artigo. Logo abaixo do título, deve
ser indicado o nome do autor com seus respectivos créditos, os quais
incluem a sua titulação e o nome da instituição à qual pertence. É comum
também incluir o e-mail do autor. 2.1 Corpo do artigo O primeiro ponto a
ser abordado no corpo do artigo é a definição do problema. Explique a
terminologia e estabeleça claramente os objetivos e as hipóteses. O
próximo passo é informar sobre materiais e métodos. Bem como, os
procedimentos metodológicos empregados para levantamento de dados. A
seguir, apresenta-se a discussão: utilize argumentos convincentes e
adequados, prova matemática, exemplos, equações, análises estatísticas,
padrões/tendências observadas, opiniões e ideias, além da coleção de
números coletados e tabelados. Faça comparações com resultados
obtidos por outros pesquisadores, caso existam. Sugira aplicações para o
seu trabalho. Retome os objetivos de seu trabalho e discuta a significância
dos resultados obtidos. Gráficos e tabelas devem ter sempre fonte e
legendas (tamanho 10pt), dizendo exatamente o que representam,
aparecendo sempre junto ao texto a que se refere. Exemplo: Fonte:
(SCHWARTZMAN, 2002) Para não se confundir: quadros constam textos e
dados, sendo utilizados para dados qualitativos, fechando todas as
células. Enquanto tabelas possuem somente dados numéricos sendo sus
estrutura delimitada na parte superior e inferior por traços horizontais.
Exemplos: 2.2 Citações As citações podem ser: Indiretas: usada quando
são reproduzidas as ideias e informações do documento sem transcrição
das palavras do autor. Diretas: quando a redação é exatamente igual ao do
texto original, podendo ser curta ou longa. Curtas: Citações de até três linhas devem aparecer entre aspas junto ao texto. Longas: As citações com
mais de três linhas são consideradas longas, devendo aparecer sem aspas
em novo bloco com recuo de 4cm da margem, em fonte tamanho 10pt,
espaço simples entre linhas Pessoas é o ser humano capaz de viver uma
vida ética, tendo sempre como seus constitutivos essenciais a
subsistência e a manifestação. O existir como pessoa, fundamento de
todos os predicados que formam a singularidade do ser humano é o que o
distingue de todos os demais seres vivos, sendo a pessoas um todo, mas
paradoxalmente aberto, porquanto no ápice da sua constituição ontológica
ela de abre pela inteligência e pela liberdade, à universalidade do Ser e do
Bem. ³ 1 Citação de citação: Ao selecionar a bibliografia, prefira sempre a
utilização de textos originais, evitando a citação de citação. Porém, quando
em”]; volume (número): páginas inicial-final ou [número de páginas
aproximadas]. Endereço eletrônico com a expressão “Disponível em”.
Pavezi N, Flores D, Perez CB. Proposição de um conjunto de metadados
para descrição de arquivos fotográficos considerado a Nobrade e a
Seiades. Transinfo [Internet]. 2009 [acesso em 8 nov 2010]; 21(3): 197-205.
Disponível em:
http://revista.puccampinas.edu.br/transinfo/search.php?op=search&query
=met adados&limit=all 1.2. Mais de seis autores Inclua 6 autores, seguidos
de ‘et al” se o número exceder 6. Autores do artigo, et al. Título do artigo.
Título da revista abreviado. Data de publicação (ano mês dia); volume:
página inicial-final do artigo. Araújo TL, Lopes MVO, Cavalcante TF, Guedes
NG, Moreira RP, Chaves ES, et al. Análise de indicadores de risco para
hipertensão arterial em crianças e adolescentes. Rev Esc USP. 2008; 42:
120-6. 1.3. Instituição como Autor Instituição autora do artigo. Título do
artigo. Título da revista abreviado. Data de publicação (ano mês dia);
volume: página inicial-final do artigo. The Cardiac Society of Autralia and
New Zealand. Clinical exercise stress testing. Safety and performance
guidelines. Med J Aut. 1996; 164: 282-4. 1.4. Sem indicação de autoria
Título. Título do periódico abreviado. Data de publicação (ano mês dia);
volume: página inicial-final do artigo. Cancer in South Africa [editorial]. S
Afr Med J. 1994; 84: 15-28. 1.5. Edição com suplemento Autores. Título do
periódico abreviado. Data de publicação (ano mês dia); volume (Número do
suplemento): página inicial-final do artigo. Wagner W, Pedro ENR.
Concepção de saúde sob a ótica de mulheres cuidadoras leigas,
acompanhantes de crianças hospitalizadas. Rev Latino-Am. Enfermagem.
2009 jan./fev;17(supl 1): 88-93. 1.6. Parte de um número/fascículo Autores.
Título. Título do periódico abreviado. Data de publicação (ano mês dia);
volume (número parte): página inicial-final do artigo. Pelo FC, Paula EMAT.
Recriando Paulo Freire na educação da infância das classes populares.
Educ linguagem. 2010 jul-dez; 13(Pt 3): 259-76. 1.7. Fascículo sem volume
Autor. Título. Título do periódico abreviado. Data de publicação (ano mês
dia); (número): página inicial-final do artigo. Fontanella BJB, Ricas J, Turato
ER. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas: contribuições
teóricas. Cad Saúde Pública. 2008 jan; (1): 17-27. 1.8. Sem fascículo e sem
volume Autor. Título. Título do periódico abreviado. Data de publicação
Este documento fornece instruções detalhadas sobre como elaborar um artigo científico, incluindo seções como resumo, introdução, corpo, citações, conclusão e referências. Orienta o leitor sobre a estrutura, formatação, estilo de citações e outros aspectos essenciais para a redação de um artigo acadêmico.
Este documento fornece diretrizes para a elaboração e apresentação de artigos científicos de acordo com as normas da ABNT. Ele define os elementos constitutivos de um artigo original, como título, nome do autor, resumo, palavras-chave, introdução, material e método, resultados, discussão e conclusão. Além disso, fornece orientações sobre a formatação, citações, referências bibliográficas e inclusão de ilustrações.
1. O documento apresenta normas e instruções para submissão de manuscritos à revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação.
2. São descritas as seções da revista, formatação do manuscrito, citações, referências e exemplos de cada tipo de referência.
3. Também são fornecidas instruções sobre cadastro no sistema online, processo de submissão em 7 passos e dicas para autores.
O documento apresenta normas da ABNT para referências bibliográficas, definindo que a lista deve estar alinhada à esquerda, numerada e com a palavra "Referência" centralizada. Também define os tipos de referências como livros, teses, periódicos e eletrônicos.
Semelhante a Brazilian Neurosurgery - Vol 32, No 2 (20)
El documento presenta una revisión sobre el consenso de la Sociedad de Neuro-oncología de 2023 sobre el manejo de la epilepsia relacionada con tumores cerebrales. Se discuten las características clínicas y los mecanismos fisiopatológicos subyacentes, así como las opciones de tratamiento farmacológico y quirúrgico. Se enfatiza la importancia del control de las crisis convulsivas para mejorar la calidad de vida de los pacientes oncológicos. También se presentan perspectivas sobre el tratamiento endov
Este documento presenta un resumen de varios artículos científicos relacionados con temas de neurociencia. En el primer artículo, se explora el plexo braquial, sus lesiones y formas de evaluación. El segundo artículo evalúa la invasión de la pared medial del seno cavernoso por adenomas hipofisarios. El tercer artículo compara los resultados de la microcirugía frente a la microcirugía con embolización preoperatoria para el tratamiento de malformaciones arteriovenosas cerebrales. Finalmente, el cuart
Este documento presenta un resumen de un artículo científico reciente que describe una nueva capa de membrana en el espacio subaracnoideo del cerebro, denominada SLYM, que podría representar un sistema linfático local y jugar un papel importante en la respuesta inmune cerebral. El documento también incluye otros artículos sobre neurocirugía craneal y un caso clínico de radionecrosis cerebral tratada con éxito mediante esteroides y bevacizumab.
Este documento presenta una discusión sobre la propuesta de cambiar el término "Diabetes Insípida" por "Deficiencia de Arginina-Vasopresina" para evitar confusiones con la Diabetes Mellitus. También resume los desafíos de diagnosticar la espondilodiscitis, una infección de los cuerpos vertebrales que suele presentar síntomas inespecíficos. Finalmente, analiza las opciones de tratamiento médico y quirúrgico para esta afección, incluyendo la antibioticoterapia y la cirugía mínimamente
El documento describe el rol del equipo neurocrítico en el manejo de pacientes en condiciones de emergencias masivas. Originalmente conformado por neurocirujanos y neurointensivistas, el equipo se ha expandido para incluir oftalmólogos y otorrinolaringólogos. En situaciones de emergencia, su sistema operativo dinámico y capacidad de resolución in situ ha mejorado los resultados. Procedimientos comunes incluyen craniectomías, esquirlectomías y reconstrucciones craneales. El equipo neurocrítico ha de
Este documento discute la investigación sobre la ablación ultrasónica en neurocirugía. Explica que existen técnicas térmicas y no térmicas, y que las técnicas no invasivas guiadas por resonancia magnética tienen mayor evidencia de eficacia. Sin embargo, las técnicas mecánicas permiten crear lesiones más cercanas al cráneo. El documento también describe los avances tecnológicos recientes como transductores hemisféricos y la integración con resonancia magnética, y concluye resumi
El documento presenta 3 estudios sobre el uso de realidad aumentada mediante lentes Hololens para la planeación quirúrgica en neurocirugía. El primer estudio encontró que la localización del tumor fue más precisa con la práctica, mientras que los otros 2 estudios encontraron una precisión similar entre la realidad aumentada y la neuronavegación convencional, aunque con una curva de aprendizaje para la nueva tecnología. En general, los estudios sugieren que la realidad aumentada podría usarse como una alternativa a la neuronavegación, aunque se
Este documento presenta una revisión de la meningitis crónica. Se define como la inflamación de las meninges que dura al menos 4 semanas. Puede ser causada por infecciones o en pacientes inmunodeprimidos. Los síntomas comunes incluyen cefalea, letargo y alteraciones cognitivas. El diagnóstico se realiza mediante análisis del líquido cefalorraquídeo y resonancia magnética. Se recomienda evaluar cuidadosamente los riesgos y beneficios del tratamiento antimicrobiano antes de inic
El documento describe los posibles mecanismos neurológicos por los que las personas infectadas con COVID-19 pueden sufrir síntomas neurológicos. Estos incluyen daño celular como la infección de astrocitos, disfunción vascular que causa hipoperfusión cerebral, y anomalías en el sistema inmunológico donde los autoanticuerpos podrían dañar neuronas. Aunque se han propuesto varios mecanismos, aún se investiga para comprender plenamente cómo el virus causa daño cerebral y qué tratamientos podrían prevenir complicaciones
Este documento conmemora el 15 aniversario de la revista Neurocirugía Hoy. Contiene cartas de felicitación de varios neurocirujanos y editores que destacan la importante labor educativa de la revista al difundir información científica de calidad sobre neurociencias y neurocirugía en América del Norte, Central y del Sur durante los últimos 15 años. El editor en jefe Rodrigo Ramos agradece a todos los colaboradores por su apoyo constante para consolidar una publicación de divulgación científica con altos estándares de calidad
El documento presenta información sobre un volumen de la publicación Neurocirugía Hoy que incluye artículos sobre evidencia científica y toma de decisiones en neurocirugía, estudios cuantitativos basados en PET para el diagnóstico de epilepsia farmacorresistente, telemedicina en neurocirugía, evidencia actual de trombólisis en infarto cerebral isquémico, y regeneración endógena de la médula espinal mediante la inducción de oligodendrocitos a partir de células ependimarias. El documento también incl
Este documento presenta un resumen de tres oraciones de las recomendaciones clave de la Comisión Lancet sobre la pandemia de Covid-19 y de la ONU. 1) Se enfatizan las estrategias no farmacológicas como medidas universales de protección personal, distanciamiento e higiene. 2) Se recomienda el acceso universal y equitativo a las pruebas diagnósticas, tratamientos y vacunas. 3) Se destaca la necesidad de proteger a los grupos vulnerables y de apoyar la recuperación económica de man
El documento presenta un resumen de un estudio multicéntrico que evaluó 154 embolizaciones de la arteria meníngea media para el tratamiento de hematomas subdurales crónicos. El objetivo terapéutico fue reducir el volumen del hematoma en más de un 50% a los 90 días. El 97% de las embolizaciones tuvieron éxito, el 70% de los pacientes mostraron una reducción mayor al 50% del volumen del hematoma y el 31% mejoría clínica. La tasa de complicaciones fue de 6.5% y la mortalidad de 4
Este documento resume el impacto de la pandemia de COVID-19 en la neurocirugía desde varias perspectivas. Describe cambios en los sistemas de salud de Italia y Estados Unidos como la reducción de camas y personal para neurocirugía y la suspensión de cirugías electivas. También discute los retos en la atención pediátrica y la educación médica, incluyendo el cambio a la enseñanza en línea. Finalmente, analiza los efectos psicológicos en los neurocirujanos y la incertidumbre sobre
Este documento es un volumen de la publicación trimestral Neurocirugía Hoy que contiene varios artículos de investigación sobre temas de neurocirugía. Incluye artículos sobre la filogenia y ontogenia del lóbulo frontal, el bienestar en residentes de neurocirugía, la ética en alertas de salud, las limitaciones de la neuroimagen funcional para la elección de pacientes y planificación quirúrgica en cirugía de gliomas, evidencia de una red psicoemocional en el cerebro mediante resonancia magnética funcional, lesion
Este documento discute la significancia estadística en la investigación científica. Expertos matemáticos han propuesto una reevaluación del uso del valor p<0.05 y enfatizar más el análisis causal. Un estudio encontró que solo el 49% de artículos científicos interpretaron correctamente los resultados estadísticos, sugiriendo que factores como el diseño del estudio y la comprensión de los mecanismos son más importantes que el valor p. Los investigadores deben prestar más atención a explicar todos los valores dentro del intervalo
Este documento presenta un resumen de un estudio alemán sobre la eficacia de nuevos fármacos lanzados al mercado entre 2011-2017. El estudio encontró que solo el 25% de los 216 nuevos fármacos tuvieron un efecto considerable de beneficio comparado con tratamientos previos. Para la evaluación del beneficio, el 16% no pudieron ser cuantificados y el 58% no demostraron un beneficio adicional. Para neurología y psiquiatría, solo uno de 18 fármacos demostró mayor beneficio. Esto sugiere que
Este documento resume el estado actual y las perspectivas futuras de las inteligencias artificiales en medicina y neurocirugía. Recientemente, los sistemas de IA han demostrado ser útiles a nivel clínico al mejorar la interpretación de imágenes y datos, a nivel de los sistemas de salud al mejorar los flujos de trabajo, y a nivel de los pacientes al permitirles procesar sus propios datos de salud. En neurocirugía, las IA se usan cada vez más para predecir resultados, diagnosticar tumores y planificar tratamientos. Aunque
Este documento presenta información sobre varios temas de neurocirugía y neurociencias. Incluye resúmenes de artículos científicos sobre atención neuroquirúrgica pediátrica a nivel mundial, el uso de la neuroendoscopía para la extracción de craneofaringiomas, y predictores de persistencia y oclusión de aneurismas cerebrales después de la redirección de flujo. También presenta información sobre el uso de endoscopios telefónicos en neurocirugía de mínima invasión, una rara presentación
Concepção, gravidez, parto e pós-parto: perspectivas feministas e interseccionais
Livro integra a coleção Temas em Saúde Coletiva
A mais recente publicação do Instituto de SP traça a evolução da política de saúde voltada para as mulheres e pessoas que engravidam no Brasil ao longo dos últimos cinquenta anos.
A publicação se inicia com uma análise aprofundada de dois conceitos fundamentais: gênero e interseccionalidade. Ao abordar questões de saúde da mulher, considera-se o contexto social no qual a mulher está inserida, levando em conta sua classe, raça e gênero. Um dos pontos centrais deste livro é a transformação na assistência ao parto, influenciada significativamente pelos movimentos sociais, que desde a década de 1980 denunciam o uso irracional de tecnologia na assistência.
Essas iniciativas se integraram ao movimento emergente de avaliação tecnológica em saúde e medicina baseada em evidências, resultando em estudos substanciais que impulsionaram mudanças significativas, muitas das quais são discutidas nesta edição. Esta edição tem como objetivo fomentar o debate na área da saúde, contribuindo para a formação de profissionais para o SUS e auxiliando na formulação de políticas públicas por meio de uma discussão abrangente de conceitos e tendências do campo da Saúde Coletiva.
Esta edição amplia a compreensão das diversas facetas envolvidas na garantia de assistência durante o período reprodutivo, promovendo uma abordagem livre de preconceitos, discriminação e opressão, pautada principalmente nos direitos humanos.
Dois capítulos se destacam: ‘“A pulseirinha do papai”: heteronormatividade na assistência à saúde materna prestada a casais de mulheres em São Paulo’, e ‘Políticas Públicas de Gestação, Práticas e Experiências Discursivas de Gravidez Trans masculina’.
Parabéns às autoras e organizadoras!
Prof. Marcus Renato de Carvalho
www.agostodourado.com
3. ISSN 0103-5355
brazilian
neurosurgery
Arquivos Brasileiros
de NEUROCIRURGIA
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4. sociedade Brasileira de Neurocirurgia
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Diretor de Políticas
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Tesoureira
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Secretário Executivo
Diretor de Departamentos
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Secretário
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Atos Alves de Sousa
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Cid Célio J. Carvalhaes
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Evandro P. L. de Oliveira
Jânio Nogueira
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Jorge L. Kraemer
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Luis Renato G. de Oliveira Mello
Osmar Moraes
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Diretor de Representantes Regionais
Paulo Ronaldo Jubé Ribeiro
Diretor de Diretrizes
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5. Instruções para os autores
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de Neurocirurgia de Língua Portuguesa, destina-se a publicar
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não deverá ser estruturado; abaixo do resumo, indicar até
seis palavras-chave, com base no DeCS (Descritores em
Ciências da Saúde), publicado pela Bireme e disponível
em http://decs.bvs.br.
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de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela
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os nomes até seis autores, utilizando “et al.” após o sexto;
as referências relacionadas devem, obrigatoriamente, ter
os respectivos números de chamada indicados de forma
sobrescrita, em local apropriado do texto principal; no
texto, quando houver citação de nomes de autores, utilizar
“et al.” para mais de dois autores; dados não publicados
ou comunicações pessoais devem ser citados, como tal,
entre parênteses, no texto e não devem ser relacionados
nas referências; utilizar abreviatura adotada pelo Index
Medicus para os nomes das revistas; siga os exemplos de
formatação das referências (observar, em cada exemplo, a
pontuação, a sequência dos dados, o uso de maiúsculas e o
espaçamento):
Artigo de revista
Agner C, Misra M, Dujovny M, Kherli P, Alp MS, Ausman JI.
Experiência clínica com oximetria cerebral transcraniana. Arq
Bras Neurocir. 1997;16(1):77-85.
Capítulo de livro
Peerless SJ, Hernesniemi JA, Drake CG. Surgical management
of terminal basilar and posterior cerebral artery aneurysms. In:
Schmideck HH, Sweet WH, editors. Operative neurosurgical
techniques. 3rd ed. Philadelphia: WB Saunders; 1995. p. 1071-86.
Livro considerado como todo (quando não há colaboradores
de capítulos)
Melzack R. The puzzle of pain. New York: Basic Books Inc
Publishers; 1973.
6. Tese e dissertação
Pimenta CAM. Aspectos culturais, afetivos e terapêuticos
relacionados à dor no câncer. [tese]. São Paulo: Escola de
Enfermagem da Universidade de São Paulo; 1995.
Anais e outras publicações de congressos
Corrêa CF. Tratamento da dor oncológica. In: Corrêa CF,
Pimenta CAM, Shibata MK, editores. Arquivos do 7º Congresso
Brasileiro e Encontro Internacional sobre Dor; 2005 outubro 1922; São Paulo, Brasil. São Paulo: Segmento Farma. p. 110-20.
Artigo disponível em formato eletrônico
International Committee of Medial Journal Editors. Uniform
requirements for manuscripts submitted to biomedical journals.
Writing and editing for biomedical publication. Updated October
2007. Disponível em: http://www.icmje.org. Acessado em: 2008
(Jun 12).
6. Endereço para correspondência: colocar, após a última
referência, nome e endereço completos do autor que deverá
receber as correspondências enviadas pelos leitores.
7. Tabelas e quadros: devem estar numerados em algarismos
arábicos na sequência de aparecimento no texto; devem estar
editados em espaço duplo, utilizando folhas separadas para
cada tabela ou quadro; o título deve ser colocado centrado
e acima; notas explicativas e legendas das abreviaturas
utilizadas devem ser colocadas abaixo; apresentar apenas
tabelas e quadros essenciais; tabelas e quadros editados em
programas de computador deverão ser incluídos no disquete,
em arquivo independente do texto, indicando o nome e a
versão do programa utilizado; caso contrário, deverão ser
apresentados impressos em papel branco, utilizando tinta
preta e com qualidade gráfica adequada.
8. Figuras: elaboradas no formato TIF; a resolução mínima
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9. Legendas das figuras: numerar as figuras, em algarismos
arábicos, na sequência de aparecimento no texto; editar as
respectivas legendas, em espaço duplo, utilizando folha
separada; identificar, na legenda, a figura e os eventuais
símbolos (setas, letras etc.) assinalados; legendas de
fotomicrografias devem, obrigatoriamente, conter dados
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publicada deve ser acompanhada da autorização, por escrito,
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10. Outras informações: provas da edição serão enviadas aos
autores, em casos especiais ou quando solicitadas, e, nessas
circunstâncias, devem ser devolvidas, no máximo, em cinco
dias; exceto para unidades de medida, abreviaturas devem
ser evitadas; abreviatura utilizada pela primeira vez no texto
principal deve ser expressa entre parênteses e precedida
pela forma extensa que vai representar; evite utilizar nomes
comerciais de medicamentos; os artigos não poderão apresentar
dados ou ilustrações que possam identificar um doente; estudo
realizado em seres humanos deve obedecer aos padrões éticos,
ter o consentimento dos pacientes e a aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa da instituição onde foi realizado; os
autores serão os únicos responsáveis pelas opiniões e conceitos
contidos nos artigos publicados, bem como pela exatidão das
referências bibliográficas apresentadas; quando apropriados,
ao final do artigo publicado, serão acrescentados comentários
sobre a matéria. Esses comentários serão redigidos por alguém
indicado pela Junta Editorial.
7. Volume 32 | Número 2 | 2013
59
Vômitos em traumatismo cranioencefálico leve na infância
Vomiting in mild traumatic brain injury during childhood
Carlos Umberto Pereira, Alyne Andrade Lima
63
Pulsed radiofrequency on dorsal root ganglia for chronic pain
Radiofrequência pulsada no gânglio da raiz dorsal para tratamento de dor crônica
Luis Fernando Moura da Silva Junior, Daniel Benzecry de Almeida, Laura Moeller, Renato Endler Iachinski, Lucas Alves Aurich,
Ricardo Ramina
69
Hidrocefalia: relação entre o conhecimento do cuidador e sequelas motoras
Hydrocephalus: relation to the knowledge of familial caregiver’s and child neuropshycomotors sequels
Débora Moura da Paixão Oliveira, Carlos Umberto Pereira, Záira Moura da Paixão Freitas, Aidåa Carla Santana de Melo Costa
74
Alterações neuroendócrinas em pacientes com traumatismo cranioencefálico
Neuroendocrine disorders in traumatic brain injury patients
Leonardo de Moura Sousa Júnior, Iuri Santana Neville, Djalma Felipe da Silva Menendez, Malebranche Berardo Carneiro da Cunha
Neto, Rafael Loch Batista, Eberval Gadelha Figueiredo, Almir Ferreira de Andrade, Manoel Jacobsen Teixeira
80
Glutamate and post-traumatic cerebral excitoxicity as possible
therapeutic targets – A literature review
Glutamato e excitotoxicidade cerebral pós-traumática como
possíveis alvos terapêuticos – Revisão da literatura
José Luís Alves, Anabela Mota Pinto
86
A técnica de clip-wrap: uma revisão de literatura
The clip-wrap technique: a literature review
Daniella Brito Rodrigues, Eberval Gadelha Figueiredo, Maria Luana Carvalho Viegas, Saulo Araújo Teixeira, Manoel Jacobsen Teixeira
90
Gliomas de ínsula: considerações clínico-radiológicas, decisão anestésica e aspectos cirúrgicos
Insular gliomas: clinic-radiological considerations, anesthetic decision and surgical aspects
Carlo Emanuel Petitto, Eberval Gadelha Figeiredo, Clemar Correia da Silva, Hector Cabrera Navarro, Manoel Jacobsen Teixeira
98
Lipoma intracraniano – Revisão da literatura
Intracranial lipoma – Review of literature
Carlos Umberto Pereira, Antonio Carlos Azevedo Silveira, Alberto Silva Barreto, Allan Valadão de Oliveira Britto, Breno José Alencar
Pires Barbosa
105
Mielopatia por deficiência de cobre
Cupper deficiency myelopathy
José Maria Carri, Alejandro Agustín Carri
110
Endoscopic third ventriculostomy may have long term efficacy in low birth weight preterm newborns
Terceiro-ventriculostomia endoscópica pode ter eficácia em longo
prazo em pacientes pré-termos e de baixo peso
Matheus Fernandes de Oliveira, Koshiro Nishikuni, José Marcus Rotta
8. 114
Terson’s syndrome: neurosurgical considerations on the subject
of a rare case with ophthalmological sequelae
Síndrome de Terson: considerações neurocirúrgicas a propósito
de um raro caso com sequelas oftalmológicas
Bruno Lourenço Costa, Filipe Mira Ferreira, Augusto Barbosa, José Lozano Lopes, Armando Lopes
118
Dissecting aneurysm of the distal superior cerebellar artery –
Case report and assessment of endovascular treatment
Aneurisma dissecante da artéria cerebelar superior distal – Relato
de caso e avaliação do tratamento endovascular
Arquimedes Cavalcante Cardoso, Eduardo Leitão de Almeida Lima, Thiago Mendes Barbosa
122
Parkinsonismo induzido por trazodona durante o tratamento
de hérnia discal lombar: relato de caso
Trazodone induced parkinsonism during lumbar disc herniation treatment: case report
Marco de Agassiz Almeida Vasques
125
Supratentorial primary neuroectodermal tumor (PNET) inside
the third ventricle in adult: an rare case report
Tumor neuroectodérmico primário (PNET) supratentorial no terceiro
ventrículo em adulto: um raro relato de caso
Tiago de Paiva Cavalcante, Siegfried Pimenta Kuehnitzsch, George Santos dos Passos, José Eduardo Souza Dias Júnior,
Tobias Engel Ayer Botrel, Emerson Oliveira Barbosa
130 Errata
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Rua Abílio Soares, 233 – cj. 143 – 04005-006 – São Paulo – SP
Telefax: (11) 3051-6075
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Picolo Coimbra e Sandra Gasques Produtor gráfico: Fabio Rangel Cód. da publicação: 14889.6.13
11. Arq Bras Neurocir 32(2): 59-62, 2013
Vômitos em traumatismo
cranioencefálico leve na infância
Carlos Umberto Pereira1, Alyne Andrade Lima2
Universidade Federal de Sergipe (UFS), Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João
Alves Filho (HUSE), Aracaju, SE, Brasil.
RESUMO
Objetivo: O presente trabalho visa identificar o significado do vômito em crianças com traumatismo
cranioencefálico (TCE) leve. Métodos: O presente trabalho foi prospectivo e descritivo em 88 pacientes
com idade abaixo de 16 anos, atendidos no setor de urgência do HUSE (Aracaju-Sergipe). Foram
analisados idade, gênero, causas do trauma, quadro neurológico, exames complementares e conduta.
Resultados: Foram analisados 88 pacientes. O gênero M 74/F 14 casos. A média das idades foi de 5,5
anos. As causas do TCE foram: queda acidental (62 casos), seguida de acidente de trânsito (10 casos),
queda de bicicleta (9 casos), maus-tratos (2 casos) e desconhecido (5 casos). A média de episódios de
vômitos foi de dois. Outras queixas foram cefaleia e sonolência. Raios x simples de crânio realizados
em 84 casos demonstraram fratura linear em dois e afundamento craniano em um. TC realizada em
88 pacientes revelou hematoma extradural (1), hematoma subdural (1), hemorragia subaracnóidea (1)
e contusão temporal (1). Tratamento cirúrgico foi instituído em dois casos. Não houve relação entre
o número de episódios de vômitos e achados de imagem. Achados anormais do exame de raios x
simples associados com vômitos e sonolência foram preditores de lesão cerebral. Não houve óbito.
Conclusão: O conhecimento do significado de vômito em TCE leve na infância é imprescindível para
evitar a realização desnecessária de exames de imagem que acarretam riscos biológicos e custos
adicionais. Não encontramos relação entre vômitos e lesão cerebral em crianças com TCE leve. Ausência
de vômitos em crianças com TCE leve não exclui ausência de lesão cerebral.
PALAVRAS-CHAVE
Vômitos, traumatismos craniocerebrais, criança, prognóstico.
ABSTRACT
Vomiting in mild traumatic brain injury during childhood
Objective: This present study aims to show the real importance of vomiting post-traumatic in children
who had mild head trauma. Methods: A prospective and descriptive study off 88 patients from birth
to 16 years with minor head injury who were presented to as emergency service in the HUSE (AracajuSergipe). Characteristics studied were age, sex, mechanisms of injury, site of impact, neurological on
arrival, exams and treatment. Results: Eighty eight patients presented vomiting post traumatic as the
most important symptom and this was the study group. Gender male74/female 14 cases. The average
age was 5,5 years. Most injuries were caused by a fall (63 cases). The mechanism of injury was a fall
in 62, involvement in a road traffic accident in 10, bicycle crash in 9, abuse in 2 and unknown in 5. The
average of episodes of vomiting were two. Other complaints were headache and somnolence. A simple
skull x-ray performed in 84 cases demonstrated a linear fracture in two and compound fracture of skull
in one. CT performed in 88 patients revealed one extradural hematoma, one subdural hematoma, one
subarachnoid hemorrhage and one temporal contusion. Surgical treatment was instituted in two cases.
There was no finds compared between the number of episodes of vomiting and imaging findings.
Abnormal findings on simple x-ray associated with vomiting and somnolence were predictors of brain
damage. There was no death. Conclusion: The knowledge of the significance of vomiting in mild head
trauma in children is essential to avoid performing unnecessary imaging tests that carries biological risks
and additional costs. There was no compared between brain injury and vomiting in children with mild head
injuries. No vomiting in children with mild head trauma doesn’t exclude the absence of brain damage.
KEYWORDS
Vomiting, craniocerebral trauma, child, prognosis.
1 Professor doutor do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS), médico do Serviço de Neurocirurgia do Hospital
de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE), Aracaju, SE, Brasil.
2 Acadêmica de Medicina da UFS, Aracaju, SE, Brasil.
12. Arq Bras Neurocir 32(2): 59-62, 2013
Introdução
Pacientes e métodos
Entende-se por traumatismo cranioencefálico
(TCE) qualquer agressão de origem traumática que
provoque lesão anatômica ou comprometimento
funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou seus vasos. O TCE é responsável por 75% a
97% dos óbitos devidos a traumatismo em crianças,
tornando-se, assim, um desafio da saúde pública na
infância e adolescência.1 A incidência de casos nos
Estados Unidos é de 600.000 atendimentos por ano
em departamentos de emergência, 95.000 internações
e 7.000 óbitos.2
Em sua maioria, os casos de TCE em unidades de
emergência são leves, porém podem causar lesões graves.2 As principais causas de TCE leve na infância são
motivadas por quedas de própria altura, seguidas por
quedas de bicicleta e acidentes de trânsito.3-5 No TCE
leve, apenas um número reduzido de casos requer exames de imagens.6 Os principais critérios de indicação
para realização de tomografia computadorizada (TC)
são: escore na escala de coma de Glasgow (ECG) menor
ou igual a 12, perda de consciência e vômito.6 Vômito
pós-TCE (VPTCE) tem sido associado com fratura
craniana e hematoma intracraniano.7,8 Porém, ainda não
está claro se o vômito é um fator de risco independente
para lesões intracranianas.9
Alguns autores sugerem, em casos de vômitos e
cefaleia pós-TCE, a realização de TC e internação para
observação, por provável lesão cerebral.7,10 Nee et al.11
demonstraram que a presença de VPTCE aumenta em
quatro vezes o risco de fratura de crânio em pacientes
alertas, sem diferenças entre crianças e adultos. Outros
autores defendem que o vômito como sintoma isolado
não predispõe a riscos de lesão cerebral grave.4,5,12
Ainda se verificou que não havia diferenças quanto ao
prognóstico entre pacientes que apresentavam ou não
vômitos.12 Apesar de todas as controvérsias, é consenso
entre os autores que o número de episódios de vômito
não aumenta a predisposição à lesão intracraniana,
assim um simples episódio não seria mais importante
que vários.5,10,12
Os autores apresentam sua experiência com crianças, vítimas de traumatismo cranioencefálico leve, e
discutem sobre a presença de vômitos e sua associação
com o prognóstico do paciente. A presença de vômitos
em pacientes com TCE leve em alguns serviços é um
dos requisitos usados pelos médicos para indicação
de TC. O estudo sobre a influência desse sinal no
prognóstico e lesão nos pacientes é de fundamental
importância, pois seleciona os principais casos que
realmente necessitam do exame, reduzindo, assim,
o uso de radiação em crianças e também os custos
hospitalares.
O presente trabalho foi prospectivo e descritivo. Foram estudados 88 pacientes abaixo de 16 anos de idade,
vítimas de traumatismo cranioencefálico leve, atendidos
na Unidade de Emergência do Hospital de Urgências
de Sergipe (HUSE), apresentando vômitos e cefaleia.
Em nosso estudo, consideramos com TCE leve
crianças que se apresentavam com história de diminuição da consciência, amnésia ou desorientação e com
escore na ECG entre 14 e 15.
Elas foram analisadas quanto a idade, gênero, causas
do trauma, quadro clínico, exame neurológico, exames
complementares, conduta e tratamento.
60
Resultados
Foram estudados 88 pacientes, sendo 74 do sexo
masculino e 14 do sexo feminino. A média das idades foi
de 5,5 anos. As principais causas foram: queda acidental/
altura, com 62 casos, seguida de acidentes de trânsito
(10 casos), queda de bicicleta (9 casos), maus-tratos (2
casos) e desconhecido (5 casos). A média de episódios
de vômito foi dois, com variação de 1 a 7 episódios.
O exame de raios x simples de crânio foi realizado
em 84 casos, revelando fratura linear em dois casos e
afundamento craniano em outro caso. A TC foi realizada em todos os pacientes e revelou hematoma extradural
(1 caso), hematoma subdural (1 caso), hemorragia
subaracnóidea (1 caso), contusão cerebral (1 caso) e
afundamento craniano (1 caso). Dois pacientes foram
submetidos à intervenção cirúrgica. Não houve óbito.
Discussão
De acordo com o Mild Trauma Brain Injury Committee of the Head Injury Interdisciplinary Special Interest
Group of the American Congress of Rehabilitation Medicine, TCE leve é qualquer trauma ou disfunção cerebral
que leve a, no mínimo, um desses sintomas: perda de
consciência por 30 segundos ou menos, perda de memória imediatamente antes ou depois do acidente, que
não exceda 24 horas, e alteração do estado mental com
escore na ECG após 30 minutos de 13 a 15.13
O sexo masculino foi o mais acometido, com 84% e
16% do sexo feminino. As principais causas de TCE leve
na infância foram similares às demonstradas por outros
autores,14,15 assim como foram idênticos os sintomas de
TCE leve na infância: vômitos, sonolência e cefaleia.15
Vômitos em TCE leve na infância
Pereira CU, Lima AA
13. Arq Bras Neurocir 32(2): 59-62, 2013
VPTCE são mais comuns em crianças por causa
do comprometimento vestibular transitório e podem
iniciar-se imediatamente ou horas após o trauma, ocorrendo em episódios únicos ou múltiplos.16 O mecanismo
exato dos VPTCE é controverso, mas é provável que as
forças de impulso sejam mais importantes que o próprio
impacto.11 Assim, enquanto fraturas seriam causadas por
forças de contato, náuseas e vômitos seriam decorrentes
do movimento do trauma. Provavelmente, uma força
cinética grande para causar fratura de crânio também
seria responsável pela movimentação do crânio e consequente presença de vômito, porém o contrário não
ocorre.17 Portanto, a associação entre os dois sinais é
frequente, mas não exata, sendo maior em adultos.18
Em nosso trabalho não foi observada relação entre o
número de episódios de VPTCE e lesão intracraniana
na infância, fato esse observado na literatura médica.11,19
A literatura médica demonstra a associação entre
vômito, bradicardia, hipertensão arterial sistêmica e
alterações pupilares durante hipertensão intracraniana
ocasionada por TCE, sendo o vômito provavelmente
devido a um edema, distorção ou isquemia do tronco
cerebral.20 Vários autores têm relacionado VPTCE a
fatores familiares como história de cefaleia e enjoos.21,22
Se a cefaleia for do tipo enxaqueca, a probabilidade de
VPTCE está aumentada.5,23 Quando mais de um desses
fatores está presente, a probabilidade de vômito é de
100%.23
A literatura tem relacionado a presença de vômitos
com fratura craniana. É importante lembrar que a associação entre fraturas cranianas e lesões intracranianas
não é tão forte quanto em adultos.18 Estudos mostram
que a ocorrência de VPTCE é um fator independente
associado com maior incidência de fratura craniana em
pacientes alertas.11 No presente trabalho não houve evidências concretas de tal associação, observando-se que
o vômito não é um fator isolado de risco para pacientes
vítimas de TCE leve.
A TC em TCE leve na infância tem indicação quando existem critérios clínicos associados a vômito, e não
como sintoma isolado. Evita-se, dessa forma, que sejam
realizados exames desnecessários, que em muitos casos
necessitam de sedação, provocam danos biológicos
e aumentam os gastos hospitalares.24 Por outro lado,
um bom entendimento sobre o significado do VPTCE
também se faz necessário quanto à conduta adequada a
ser seguida em relação ao paciente vítima do TCE, para
que sejam evitadas lesões não diagnosticadas.
A literatura médica tem demonstrado a relação
entre vômito, idade e local do trauma na criança. Existe
maior suscetibilidade a VPTCE em crianças abaixo de 2
anos de idade, observando-se maior incidência quando
o trauma ocorre em região occipital.12 É importante
atentar para o possível envolvimento do transporte dos
pacientes até o hospital como possível causa adicional
Vômitos em TCE leve na infância
Pereira CU, Lima AA
dos VPTCE. Em nosso estudo, observou-se que crianças
menores de 2 anos de idade estão mais predispostas
a apresentar vômitos, assim como traumas na região
occipital.
A presença de náuseas e vômitos, além de cefaleia
intensa, diminuição transitória do nível de consciência, amnésia anterógrada e crises convulsivas, é uma
das indicações para a realização da TC.25 A escolha do
exame ideal para cada tipo de trauma é essencial para
o diagnóstico de possíveis lesões. O vômito tem sido
critério adotado por alguns estudos como o New Orleans
Criteria (NOC) e o Canadian CT Head Rule (CCHR)
para a realização de TC em TCE leve.6,19 O NOC apresenta o vômito, com dois ou mais episódios, como
fator de alto risco para realização de TC; já o CCHR
não especifica a quantidade de episódios de vômitos.19
Porém, a especificidade desse sintoma na predição de
lesão intracraniana é baixa, especialmente em crianças
abaixo de 3 anos de idade.26
Alguns autores relacionam a presença de VPTCE
como fator de risco de lesão intracraniana em pacientes
com nível de consciência preservado.27,28 Nosso trabalho
está de acordo com outros autores para os quais episódio de vômito isolado pós-TCE não é fator de risco
independente.4,12,21,22
A incidência de achados positivos em TC realizada
em pacientes com TCE leve é abaixo de 10%, e menos de
1% necessita de intervenção cirúrgica.29,30 Nosso estudo
ratifica a literatura, com apenas 1,25% dos 1.160 casos
de TCE leve necessitando de intervenção cirúrgica,
confirmando o fato de que o TCE leve, apesar de ser
o trauma mais comum, não é o mais perigoso. Porém,
mesmo em menor percentual, os casos com necessidade
de intervenção devem ser diagnosticados rapidamente,
para que haja tratamento ideal, pois o tempo entre o
diagnóstico e o tratamento é essencial para o prognóstico do paciente. A maioria das crianças com TCE leve,
escore na ECG de 15 e exame neurológico normal pode
ser liberada para o lar, mas com orientação para, em
caso de piora, retornar ao hospital.31
Conclusão
No presente estudo não houve relação entre vômitos
e lesão cerebral em crianças com TCE leve. Da mesma
forma, não foi verificada relação entre o número de
episódios de vômitos e os achados de imagem. A ausência de vômitos em crianças pós-TCE leve não exclui
a ausência de lesão cerebral. Os preditores de lesão
cerebral verificados em nosso trabalho foram achados
anormais de radiografia de crânio associados a vômitos
e sonolência.
61
14. Arq Bras Neurocir 32(2): 59-62, 2013
Conflito de interesses
Não houve conflito de interesses na realização deste
trabalho.
17.
18.
19.
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Endereço para correspondência
Carlos Umberto Pereira
Av. Augusto Maynard, 245/404, Bairro São José
49015-380 – Aracaju, SE, Brasil
E-mail: umberto@infonet.com.br
Vômitos em TCE leve na infância
Pereira CU, Lima AA
15. Arq Bras Neurocir 32(2): 63-8, 2013
Pulsed radiofrequency on dorsal
root ganglia for chronic pain
Luis Fernando Moura da Silva Junior1, Daniel Benzecry de Almeida2, Laura
Moeller3, Renato Endler Iachinski4, Lucas Alves Aurich5, Ricardo Ramina6
Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), Curitiba, PR, Brazil.
ABSTRACT
Objective: Evaluate clinical outcome of dorsal root ganglia (DRG) pulsed radiofrequency (PRF) treatment
in neuropathic pain of patients with radiculopathy regarding improvement of pain and degree of patients’
satisfaction. Method: Forty-five procedures in cervical and lumbossacral spine. Data collected by phone
call interviews (independent researcher). Evaluation done after one month and at minimum three months
follow-up. Analyzed data included objective and subjective improvement, and degree of satisfaction.
Results: Outcome much better in 31%, 36% better, 24% unchanged, 9% worse. At initial evaluation,
relief was rated: 24% excellent, 16% good, 27% moderate, 33% poor. At late evaluation, 27% excellent,
18% good, 7% moderate, 49% poor. Degree of satisfaction was high (82% of patients reported they
certainly or probably would repeat the procedure). Conclusion: PRF was effective and safe in selected
patients. Most patients were satisfied and would repeat/recommend the procedure.
KEYWORDS
Pain, pain intractable, ganglia spinal, radiculopathy.
RESUMO
Radiofrequência pulsada no gânglio da raiz dorsal para tratamento de dor crônica
Objetivo: Avaliar a evolução clínica do tratamento com radiofrequência pulsada (RFP) de gânglio da
raiz dorsal (GRD) na dor neuropática em pacientes com radiculopatia, considerando melhora da dor
e grau de satisfação dos pacientes. Método: Quarenta e cinco procedimentos na coluna cervical e
lombossacra. Os dados foram coletados por meio de entrevistas telefônicas (pesquisador independente).
Avaliação inicial feita após um mês e final no mínimo de três meses de acompanhamento. Dados
analisados incluíram melhora objetiva, subjetiva e o grau de satisfação. Resultados: Evolução “muito
melhor” em 31%, “melhor” em 36%, “inalterado” em 24%, “pior” em 9%. Na avaliação inicial: 24%
“excelente”, 16% “bom”, 27% “moderada”, 33% “pobre”. Na avaliação final, 27% “ xcelente”, 18%
e
“bom”, 7% “moderada”, 49% “pobre”. O grau de satisfação foi elevado (82% dos pacientes relataram
que certamente ou provavelmente repetiriam o procedimento). Conclusão: RFP foi eficaz e segura em
pacientes selecionados. A maioria dos pacientes ficou satisfeita e repetiu/recomendou o procedimento.
PALAVRAS-CHAVE
Dor, dor intratável, gânglios espinais, radiculopatia.
1
2
3
4
5
6
Neurosurgeon, Neurosurgical Department, Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), Curitiba, PR, Brazil.
Neurosurgeon, director of Pain Management Group, INC, Curitiba, PR, Brazil.
Rheumatologist, Pain Management Group, INC, Curitiba, PR, Brazil.
Neurologist, INC, Curitiba, PR, Brazil.
Neurosurgery resident, Neurosurgical Department, INC, Curitiba, PR, Brazil
Neurosurgeon, chairman of Neurosurgical Department, INC, Curitiba, PR, Brazil.
16. Arq Bras Neurocir 32(2): 63-8, 2013
Introduction
Chronic pain syndrome is a major health problem
affecting 2%-40% of the adult population significantly
decreasing the quality of life and causing economic
losses.1,2 Back pain is one of the most common medical
conditions, affecting 54%-80% of individuals during
their lifetime, whether nociceptive or neuropathic.3
Neuropathic pain is related to an injury or dysfunction
of the central or peripheral nervous system.4 In spinal
diseases the occurrence of anatomical or functional root
disturbances is common.
The number of surgical procedures to the spine is
increasing, however, they don’t seem to decrease the
incidence of chronic pain symptoms nor improve the
quality of life of those surgically treated, even after
multiple surgeries.5 Although many types of drugs have
been used for conservative treatment of chronic pain,
the majority of patients were unable to significantly
control their pain.
Minimally invasive procedures, such as radiofrequency (RF) and pulsed radiofrequency are a valuable
therapy and have been studied worldwide.6 While
conventional radiofrequency uses a high temperature
ablation, causing thermal damage to the neural structures, pulsed radiofrequency has been shown to cause
minimal neural injury and can be used in peripheral
nerves, roots and dorsal root ganglia, without major
damage. Most initial studies show a possible neuromodulatory effect following the application of pulsed
radiofrequency to the dorsal root ganglia (DRG).7 It has,
therefore, been an attractive option for the treatment of
refractory neuropathic pain, especially in patients with
associated root lesions.
The goal of this study was to review the clinical
results of pulsed radiofrequency treatment of DRG in
patients with neuropathic pain in one or multiple radicular levels. The authors analyzed the degree of pain
control and also evaluated the level of satisfaction with
this treatment.
Methods
Patients
The authors analyzed patients submitted to pulsed
radiofrequency of the DRG for the treatment of chronic
pain due to osteoarthrosis with radicular compression
or failed back syndrome with radicular pain. All patients
suffered from neuropathic pain that was refractory
despite conservative treatment. The level of the DRG
to be treated was determined based on clinical history,
64
physical examinations and imaging in most cases, particularly in patients with postoperative radiculopathy. In
those patients where a specific level could not be clearly
defined, a diagnostic block was performed.
Forty-five procedures were performed at the Department of Pain Management, at the Instituto de
Neurologia de Curitiba, from December 2006 to April
2010. From this group, 32 were women and 13 were
men with ages ranging from 32 to 82 (mean 56.4 years).
In 40 cases the target was a lumbosacral DRG and in 5
cases cervical.
Technique
The procedure was performed under fluoroscopic
guidance using the Sluijter technique8 to reach the
target. To achieve perfect needle positioning, paresthesias along the expected dermatome should be elicited
below a 0.5 V (50 Hz) stimulation threshold. Whenever
possible, low impedance (below 400 mA Ohms) was
maintained and, whenever needed, 1 ml of saline was
injected.
Pulsed radiofrequency was applied using the following parameters: 2 cycles per second, 20 ms each.
All procedures were performed using the RFG 1-B
Radiofrequency Generator Cosman model. From
December 2006 to January 2009, the time of exposure
to pulsed radiofrequency was 4 minutes. However,
after February 2009, the RF exposure time increased
to 10 minutes.
The procedure was performed under local anes
thesia plus sedation with low doses of midazolam and
fentanyl, enough to decrease the anxiety level, but enabling the patient to fully cooperate with the medical
team to achieve correct physiological localization. Du
ring the radiofrequency treatment, an anesthesiologist
monitored the patients’ vital signs. After the procedure,
the patients would remain in the hospital for one day, for
pain evaluation, even though no major side effects were
expected. In addition, acetaminophen was prescribed
along with an opioid on an as-needed basis.
The patients were instructed to avoid the use of antiinflammatory drugs or steroids for 15 days. If treatment
were required in more than one level, they were realized
in one procedure.
Outcome measures
The data were collected via two phone interviews
performed by an independent researcher. The initial
evaluation was performed after one month and a late
evaluation was performed after a minimum three
months. Pain status was provided by the patient using percentages from 0% to 100 (0% = no change,
Pulsed radiofrequency in DRG for chronic pain
Silva Junior LFM et al.
17. Initial
35%
Cervical
General
25%
15%
25%
25%
Late
20% 0%
40%
20%
40%
48%
Late
20%
40%
Moderate
20%
18%
27%
20%
Poor
40%
7%
33%
0%
27%
16%
60%
24%
80%
Good
100%
Excellent
Figure 2 – Patients’ degree of pain improvement (objective).
Lumbosacral
The subjective evaluation considered patients’ opi
nion on improvement of pain, as showed in Figure 1,
with best results in cervical group. The objective evaluation considered patients’ degree of pain improvement is
showed in Figure 2 and also was better in cervical group.
Finally, the satisfaction of patients, showed in Figu
re 3, was better in cervical group, but also positively
relevant in all groups.
There were no complications related to the procedure. No patient had pain worsening or paresthesias.
No significant hematoma or infection was observed.
8% 15%
52%
Initial
Cervical
Results
Late
Initial
General
and 100% = complete resolution of pain). At the initial and late evaluations, the pain control status were
classified on a scale of: 0% to 19% poor, 20% to 49%
moderate, 50% to 69% good, and 70% to 100% excellent. The late evaluation was realized at a mean time
of 20.37 months.
The subjective improvement in pain was additionally
classified by the patient in general terms such as: much
better, better, unchanged or worse.
Moreover, the patients were asked to rate their
degree of satisfaction with the treatment outcome. The
two questions were: “If you could go back in time, would
you like to repeat the procedure?” and “Would you
recommend the same procedure to a family member or
friend?” Answers were classified as: certainly would repeat/recommend; probably would repeat/recommend;
probably would not repeat/recommend; and certainly
would not repeat/recommend.
Lumbosacral
Arq Bras Neurocir 32(2): 63-8, 2013
20%
8%
Recommend
Repeat
64%
2% 22%
58%
Recommend 0% 20%
80%
Repeat 0% 20%
80%
Recommend
7%
Repeat
20%
2%
0%
22%
66%
60%
20%
40%
Certainly would not
60%
80%
Probably would not
Probably would
100%
Certainly would
Figure 3 – Subjective evaluation of the results.
Lumbosacral
25%
38%
28%
Discussion
Cervical
General
0%
20%
20%
60%
24%
20%
Worse
36%
40%
Unchanged
31%
60%
Better
80%
100%
Much better
Figure 1 – Patients’ opinion on improvement of pain (subjective).
Pulsed radiofrequency in DRG for chronic pain
Silva Junior LFM et al.
The use of RF in clinical practice started in the
1950’s, when Rosomoff et al.9 used this technique to
induce spinothalamic lesions during chordotomies.
At that time, many authors showed interest in its more
predictable thermocoagulation effect, especially in the
surgical treatment of trigeminal neuralgia and other
painful conditions. With the evolution of RF generators
and electrodes, this technique became widespread in the
neurosurgical armamentarium.
Pulsed RF became popular after the published series of Slappendel et al.,10 in 1997, which analyzed two
groups of patients with cervicobrachial pain. One group
65
18. Arq Bras Neurocir 32(2): 63-8, 2013
was treated using cervical spine RF at 67° C and the
other with a maximum of 40° C. The results were similar
in both groups. Although it could be interpreted as if RF
was similar to a placebo, the researchers found that both
groups obtained a clear benefit in pain improvement.
With these observations, it was suggested that many
major RF effects could be the result of something else
rather than thermal neural ablation.
In patients with neuropathic pain syndromes, and
especially when the target was the dorsal root, conventional RF could induce deafferentation.11 With the
advent of pulsed RF, major neural structures could be
targeted. Considering the importance of DRG as a major
region in pain modulation, some authors have studied
its role in interventional treatment.
With the advent of pulsed radiofrequency, the question focused on what could influence pain control in a
typical radiofrequency procedure besides the thermoablation.12 Early publications suggested that a beneficial
effect was also attributable to neural tissue exposure to
electrical stimuli and not only to thermal damage. Initial
studies in animals and further investigation in human
patients presumed a neurobiological phenomenon
changing the transmission on pain stimuli, defining
pulsed RF as neuromodulatory method.13
Higuchi et al.,14 in 2001, analyzed the results of
rats treated with conventional radiofrequency, pulsed
radiofrequency or sham applied at the DRG after hemilaminectomy. Immunohistochemical analysis showed
an increase of c-Fos immunoreactive neurons on the
dorsal root and the spinal cord, especially in superficial
laminae (I, II and V). This was found mostly ipsilaterally
to the stimulation site and, in a lesser extent, contralaterally, suggesting the occurrence of cellular changes not
related to the thermal action itself, but caused by a possible inhibitory activation of interneurons. Van Zundert
and Cahana,15 in 2005, also studied rats treated with
pulsed radiofrequency after laminectomy and found
similar results after seven days.
More recently, Podhajsky et al.16 observed some
anatomopathologic alterations on the nerve rootlet
and in the spinal cord in rats that underwent pulsed
or conventional RF on DRG. They showed that in
the pulsed RF group, there was no visible histologic
lesions under optical microscopy examination. Some
subclinical changes such as endoneural edema, fibroblasts activation and collagen deposition were observed,
which could be related to the activation of a modulatory
system.
Another explanation to the analgesic effect of pulsed
RF on neuropathic pain is the possible inhibition of
neuronal activity, as observed by Cahana et al.,17 in 2003.
These authors showed that in cultures of hipoccampal
cells, exposure to RF promoted neuronal inhibition at
synaptic transmission level.
66
Structural changes in neurons undergoing pulsed
radiofrequency seem to be minimal. In 2009, Protasoni
et al.18 studied early morphological changes following pulsed radiofrequency under optic and electron
microscopy of DRG in order to observe ablative or
neuromodulatory signs.
Erdine et al.19 researched the effects of pulsed radiofrequency on the axonal ultrastructure of the sciatic
nerve. Contrary to what was observed in the sham
group, the study showed morphologic and mithocondrial membrane changes, microfilaments and microtubules rupture and rearrangement, mainly in C-fibers
than in A-delta and A-beta fibers, within the specimens
of the pulsed radiofrequency group.
In the present series, the authors used percentage
values to evaluate pain intensity instead of analyzing
any decrease in visual or numeric scales. This was due
to the preference of most of the patients evaluated. Some
authors agree that there is a good relationship between
the percentage pain reduction and the evaluation using
numeric rating scale,20,21 while some papers suggest a
more consistent relationship between the percent change
in pain intensity and the clinically important changes.22
The first study with clinical use of pulsed radiofrequency was published by Sluijter et al.,23 in 1998. In their
prospective, but not controlled study, 60 patients were
evaluated after treatment with radiofrequency, 36 pulsed
and 24 continuous, with a temperature limit of 42°C. At
6 weeks evaluation, 86% of the patients from the pulsed
group and 12% from the continuous group showed
improvement of more than 50% using the GPE scale.
In another prospective, non-controlled study on
pulsed radiofrequency (with 28 patients) published
by Shabat et al.,24 no anesthetic test block was done,
where the correct root level was determined by clinical
examination and imaging exams. In addition to pulsed
radiofrequency sessions, patients also underwent other
treatments. Three months following the procedure, 82%
of patients had improved VAS (visual analogic scale) by
more than 30%, and 68% of them had achieved a similar
benefit after 1 year.
In our study, the cervical subgroup had improvements of more than 50% in 40% of cases in the early
evaluation, and 80% in the late evaluation. These results
after pulsed radiofrequency were significantly better in
cervical than in lumbosacral group.
A prospective, randomized, double-blinded study
of 23 patients with chronic cervicobrachialgia using
pulsed radiofrequency was published by Van Zundert
et al.25 In their sample, 11 patients underwent pulsed
radiofrequency and 12 were in the sham group. At
3-month-evaluation, 9 patients of the radiofrequency
group showed improvements of more than 50%, while
in the sham group, only 3 patients. These results were
statistically significant (p < 0,05).
Pulsed radiofrequency in DRG for chronic pain
Silva Junior LFM et al.
19. Arq Bras Neurocir 32(2): 63-8, 2013
Van Zundert et al.,26 published another paper on this
subject in 2003. It was a retrospective study in chronic
single level cervicobrachialgia, with 18 patients. Using
the GPE rating scale, 72% of patients experienced
improvements of more than 50% in 2 months, 56%
maintained this improvement at 3 to 11 months and 33%
for periods exceeding one year. The authors conclude,
therefore, that treatment with pulsed radiofrequency
in the cervical DRG provides satisfactory pain relief in
the long term, in most patients with radicular cervicobrachialgia.
Chao et al.27 published a study in 2008 of 154 patients with cervical radicular (49 cases) or lumbar (116
cases) pain derived from disc herniation or the failure
of previous treatment. In the initial evaluation at 1 week,
53.06% of the cervical group had pain relief exceeding
50%. At 3 months follow-up, 44.83% had improved.
In our study, at the lumbosacral spine, 40% of patients improved by more than 50% at initial evaluation
and 40% maintained this improvement in late evaluation. Teixeira et al.11 published a retrospective series of
13 patients with radicular pain due to disc herniation.
In all cases there was an indication for surgery but
the patients were treated with pulsed RF instead. The
decision on the root level to be treated was based only
on clinical examination and imaging. In this series, 9
patients had motor or sensory deficit related to the root
involved. In the evaluation after 1 year, 92% of these
patients showed improvement (up to 5 points) in the
Pain numerical scale, and surgery was no longer indicated. In all cases, a complete resolution of the initial
neurological deficits was observed.
In our study, the authors analyzed the degree of
satisfaction with the pulsed radiofrequency treatment,
as well as the results. Most patients were satisfied, 67%
had at least mild improvements, based on a subjective
response. It is worth noting that, regardless of the improvement rate, 82% stated that they would undergo
the procedure again as initially proposed. Furthermore,
87% of patients said that they would recommend the
procedure to a friend or a relative.
Further considerations should be made about our
study, which cannot be evaluated statistically. The first is
that we included the most refractory patients, including
some with more than two spine operations. In cervical
group patients are usually referenced to Pain Group
early in treatment than in lumbosacral. So they suffered
less time with the pain and underwent few procedures
when compared to lumbosacral. Although we could
not evaluate this group of patients separately (due to
the small number of cases), based on this data, their
outcome seemed to be worse.
The study included older patients with spinal stenosis that could not be treated surgically due to clinical
issues; most of them had multiple compressions, and
Pulsed radiofrequency in DRG for chronic pain
Silva Junior LFM et al.
the results of such cases were poor and not statistically
relevant.
In the interview, the authors found that some lumbar level patients were not satisfied with the procedure
because of residual low back pain, despite having had
a marked improvement in their painful neuropathic
symptoms and being advertised of the aim of treatment
previously to the procedure.
Additionally, it’s not clear that longer radiofrequency
exposure leads to better results. Further studies should
be undertaken to answer these questions.
Conclusion
In our study, pulsed radiofrequency was safe, no
complications were seen and achieved satisfactory improvement in neuropathic pain. Better results were found
in cervical neuropathic pain than in or lumbossacral
region. Most patients were satisfied after the treatment
and would repeat or recommend the procedure if indicated. Further studies with longer follow up are needed.
Disclosures
The authors have nothing to disclose.
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Correspondence address
Luis Fernando Moura da Silva Jr.
Rua Jeremias Maciel Perretto, 300, Ecoville
81210-310 – Curitiba, PR, Brazil
Phone: +55 41 3028-8580
E-mail: luisfernando@inc-neuro.com.br
Pulsed radiofrequency in DRG for chronic pain
Silva Junior LFM et al.
21. Arq Bras Neurocir 32(2): 69-73, 2013
Hidrocefalia: relação entre o
conhecimento do cuidador
e sequelas motoras
Débora Moura da Paixão Oliveira1, Carlos Umberto Pereira2,
Záira Moura da Paixão Freitas1, Aida Carla Santana de Melo Costa3
Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil.
RESUMO
Objetivo: Verificar se o conhecimento do cuidador está relacionado ou não à presença de sequelas
motoras na criança. Métodos: Estudo descritivo, exploratório, sob abordagem quantitativa, utilizando
a técnica da entrevista padronizada, com cuidadores atendidos no ambulatório de um hospital
universitário da cidade de Aracaju. Resultados: A amostra foi composta por 54 crianças e seus
cuidadores. A média da idade do cuidador foi de 27,3 ± 7 anos, com predomínio absoluto do gênero
feminino. O conhecimento foi significativamente maior em cuidadores de crianças com sequelas (P =
0,003). Conclusão: A escolaridade do cuidador foi significativa para maior conhecimento. Cuidadoras
de crianças com sequelas motoras apresentam maior conhecimento sobre aspectos importantes da
hidrocefalia.
PALAVRAS-CHAVE
Hidrocefalia, cuidadores, família, criança.
ABSTRACT
Hydrocephalus: relation to the knowledge of familial caregiver’s and child neuropshycomotors
sequels
Objective: To verify caregivers’ knowledge about hydrocephalus treatment and complications, as
well as verify the relation to the caregiver’s knowledge and the presence of child sequels. Methods:
Descriptive and quantitative study, using a standardized interview technique. The survey was performed
with caregivers at Aracaju University Hospital. Results: Fifty-four caregivers answered the interview.
The mean age was 27.3 ± 7 years, with absolute predominance of females. The education level of the
caregiver had a significant effect on the knowledge about complications, surgery and the shunt objectives.
The knowledge about complications and surgery was significantly bigger in caregivers of children with
sequels (P = 0.003). Conclusion: The education level of the caregiver had a positive correlation to on
increased knowledge. Caregivers of children with sequels were related to on increased knowledge
about important aspects on hydrocephalus.
KEYWORDS
Hydrocephalus, caregivers, family, child.
1 Enfermeira, mestre, doutoranda em Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Aracaju, SE, Brasil.
2 Neurocirurgião, professor adjunto doutor do Departamento de Medicina da UFS, Aracaju, SE, Brasil.
3 Fisioterapeuta, mestre, doutoranda em Ciências da Saúde na UFS, Aracaju, SE, Brasil.
22. Arq Bras Neurocir 32(2): 69-73, 2013
Introdução
A hidrocefalia é uma situação patológica de dilatação dos ventrículos cerebrais por acúmulo excessivo
de líquido cefalorraquidiano (LCR) em virtude do
desequilíbrio entre a produção e a absorção liquórica.1-3
O tratamento da hidrocefalia consiste em reduzir a
quantidade de líquido no cérebro por meio da drenagem
do LCR do ventrículo lateral para um compartimento
extracraniano, o peritônio ou átrio do coração, a fim
de diminuir a pressão intracraniana.4-6 No entanto,
alguns autores acreditam que o implante do sistema de
derivação ventrículo-peritoneal (DVP), em sua maioria,
leva a uma melhora dos sinais e sintomas causados pela
hidrocefalia, porém não cura a hidrocefalia e o dano ao
tecido cerebral permanece.5,7,8
A literatura menciona que o uso de drenagens
liquóricas valvuladas representou grande avanço, com
acentuada diminuição da mortalidade e morbidade,
contudo a DVP pode resultar em altas taxas de morbidade e mortalidade em consequência do mau funcionamento do sistema.9 O índice de infecção do sistema
de drenagem varia entre 2% e 15%, principalmente em
razão de problemas frequentes tais como complicações
funcionais, não funcionais ou infecciosas.1,7,8,10-14
O nível da gravidade das manifestações clínicas
apresentadas pela criança determinará a intensidade de
cuidados que deverão ser destinados a ela.15 A criança
com hidrocefalia demanda cuidados específicos, com
o objetivo de evitar complicações. Alguns cuidados
são específicos da equipe de saúde, outros, porém, são
realizados no domicílio pelo cuidador.16
Os cuidados realizados por essas famílias têm a
finalidade de preservar a vida de seus membros, promovendo o controle da doença e a prevenção das possíveis
sequelas.17,18 Dedicar-se ao cuidado demanda, muitas
vezes, a execução de tarefas complexas, sendo necessário que o cuidador principal esteja preparado para
esse fim.19 É de fundamental importância que a família
esteja orientada quanto a possíveis complicações para
poder cooperar e orientar as suas crianças a aceitarem
as possíveis limitações.16,20
O objetivo do estudo foi verificar se o conhecimento do cuidador está relacionado ou não à presença de
sequelas motoras na criança.
Metodologia
Trata-se de um estudo observacional, descritivo, sob
abordagem quantitativa, desenvolvido no Ambulatório
de Neurocirurgia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe em Aracaju, Brasil, no período
70
de novembro de 2007 a agosto de 2008. A amostra foi
não probabilística, do tipo acidental, composta por 54
crianças com hidrocefalia e seus cuidadores.
Para verificar sequela motora, utilizou-se a escala de
avaliação do tônus de Durigon, validada no Brasil; ela
analisa a reação muscular ao alongamento, variando de
1 a 19 graus, sendo grau 1 para hipotonia, grau 2 para
tônus normal e de 3 a 10 graus para aumento progressivo
da hipertonia. Esse sistema de avaliação e classificação,
adotado por Durigon et al.,21 foi baseado em fundamentos neurofisiológicos associados à observação clínica.
Todas as crianças foram avaliadas por exame físico
realizado por um neurocirurgião e um fisioterapeuta.
Definiu-se a presença de sequelas em crianças com
déficit motor, hipotonia ou hipertonia.
Com os cuidadores, utilizou-se a técnica de entrevista padronizada, abordando nível educacional dos
cuidadores e questões sobre conhecimentos do tratamento e complicações da hidrocefalia.
Considerou-se acerto para conhecimento sobre
o tratamento a resposta “cirurgia ou implantação de
válvula”. Considerou-se acerto para conhecimento
sobre complicações a resposta “infecção ou obstrução
da válvula”.
Neste estudo foi considerado como cuidador principal o cuidador exclusivamente familiar, não remunerado, responsável pelo cuidado domiciliar, que permanece
a maior parte do tempo com a criança.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da
Universidade Federal de Sergipe, com número de identificação 0126.0.107.000-07. Os cuidadores aceitaram
participar do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, garantindo os aspectos éticos
previstos na Portaria nº 196/96, do Conselho Nacional
de Saúde do Ministério da Saúde.
Para análise estatística, foram utilizados os testes
Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher.
Resultados
A idade das crianças variou de três 2 a 120 meses
(média de 33,1 ± 2,3 meses). Todas as crianças (54/54)
foram submetidas a tratamento cirúrgico (DVP). O
número de cirurgias variou entre uma e sete cirurgias
(média de 1,39 ± 1). As sequelas estiveram presentes
em 32 crianças (59,3%). Verificou-se que a presença de
sequelas esteve significativamente associada (P < 0,01)
ao número de cirurgias a que a criança foi submetida
(Tabela 1).
A idade do cuidador variou entre 18 a 52 anos
(média de 27, 3 ± 7 anos). O gênero dos cuidadores foi
predominantemente feminino (54/54).
Hidrocefalia: conhecimento e sequela motora
Oliveira DMP et al.
23. Arq Bras Neurocir 32(2): 69-73, 2013
120,0%
Tabela 1 – Proporção de presença de sequelas
neuropsicomotoras em relação ao número de cirurgias
Sequelas
Nº de cirurgias
P
2
(N = 10)
>3
(N = 7)
Sim
17
(45,9%)
8 (80,0%)
7
(100,0%)
32
(59,3%)
Não
20
(54,1%)
2 (20,0%)
0 (0%)
22
(40,7%)
100,0%
Total
54
Χ2 =
9,311
P < 0,01
80,0%
Porcentagem
1
(N = 37)
60,0%
40,0%
No que se refere ao grau de instrução, 13 (24,0%)
cursaram menos de quatro anos de estudo, 19 (35,0%),
entre quatro e oito anos e 18 (33,3%), mais de oito anos
de estudo.
A análise do conhecimento do cuidador sobre o
tratamento da hidrocefalia mostrou que 34 cuidadoras
(63,0%) sabem a finalidade da realização da cirurgia
e 29 (53,7%) conhecem as complicações cirúrgicas da
hidrocefalia. Verificou-se proporção significativa (P
= 0,05) de maior conhecimento sobre o tratamento e
complicações da hidrocefalia entre as cuidadoras com
mais de oito anos de estudo (Figura 1).
100,0%
90,0%
80,0%
20,0%
0,0%
Suficiente
Insuficiente
Conhecimentos
Ausências de sequelas
Sequelas
Figura 2 – Conhecimentos dos cuidadores sobre complicações da
hidrocefalia em relação à presença de sequelas motoras
na criança.
O conhecimento sobre o tratamento da hidrocefalia
também foi significativamente maior (P = 0,02) entre
24 (70,6%) cuidadoras de crianças que apresentaram
sequelas motoras e menor entre aquelas 8 (40,0%) cujas
crianças não apresentaram tal condição (Figura 3).
Porcentagem
70,0%
60,0%
120,0%
50,0%
40,0%
100,0%
30,0%
20,0%
0,0%
< 4 anos
estudo
4 a 8 anos
estudo
Conhecimento insuficiente
> 8 anos
estudo
Conhecimento suficiente
Figura 1 – Conhecimento das cuidadoras sobre complicações da
hidrocefalia em relação à escolaridade.
Verificou-se maior proporção de conhecimento
entre seis cuidadoras cujas crianças foram submetidas
a mais de três cirurgias (85,7%), no entanto não houve
diferença estatística entre maior conhecimento e número de cirurgias realizadas (P = 0,3).
No que se refere à presença de sequelas motoras
na criança, observou-se maior conhecimento sobre
complicações cirúrgicas entre cuidadoras de crianças
com sequelas motoras (P = 0,05). A proporção de complicações foi de 72,4% em crianças cujos cuidadores
tiveram conhecimentos suficientes sobre complicações
cirúrgicas e de 44,0% em crianças cujos cuidadores
apresentaram conhecimentos insuficientes (Figura 2).
Hidrocefalia: conhecimento e sequela motora
Oliveira DMP et al.
Porcentagem
80,0%
10,0%
60,0%
40,0%
20,0%
0,0%
Suficiente
Conhecimentos
Ausência de sequelas
Insuficiente
Sequelas
Figura 3 – Conhecimento dos cuidadores sobre complicações em
relação à presença de sequelas motoras na criança.
Discussão
Os sistemas de derivação ventricular ainda são os
procedimentos de escolha para controlar a hidrocefalia.
Estima-se que nos Estados Unidos sejam realizadas
anualmente cerca de 50.000 cirurgias de derivação
71
24. Arq Bras Neurocir 32(2): 69-73, 2013
ventrículo-peritoneal.14 Entretanto, o índice de infecção do sistema de drenagem tem influência negativa
no desenvolvimento intelectual e motor dos pacientes,
exercendo grande influência sobre a morbidade, mortalidade e qualidade de vida dos pacientes.4,11,22-24
Estudos demonstraram que ao longo da vida aproximadamente 30% a 40% das crianças operadas vão
requerer no mínimo uma revisão da derivação durante
o primeiro ano de vida, 15% a 20% necessitarão de várias
revisões e 85% necessitarão no mínimo de uma revisão
durante os primeiros 10 anos.1,10,25
Todas as crianças da amostra foram submetidas a
sistemas DVP. A média do número de cirurgias verificada neste estudo foi compatível com a registrada na
literatura. Estudos demonstram uma média de 1,47 a 2,5
procedimentos cirúrgicos por paciente.13,26
Os achados mostraram uma relação significativa
entre o número de cirurgias e a presença de sequelas. O
número de trocas do sistema devido a complicações é
determinante em relação aos distúrbios psicomotores.25
Uma investigação envolvendo 114 crianças portadoras
de hidrocefalia congênita e 44 com hidrocefalia associada à mielomeningocele também encontrou uma
correlação significativa entre o número de revisões de
DVP e a função motora.27 Alguns autores ressaltaram
que crianças submetidas a mais de duas cirurgias têm
grandes chances de desenvolver complicações.13,25
A proporção de sequelas encontrada na amostra
foi maior do que a registrada na literatura. Jucá et al.26
verificaram que 40% das crianças tinham algum grau de
retardo do desenvolvimento neuropsicomotor. O estudo
de Kliemann e Rosemberg14 observou distúrbios motores graves em 34,3% de sua amostra. Platenkamp et al.28
encontraram disfunção motora em 30% dos pacientes
portadores de hidrocefalia.
Na caracterização dos cuidadores em relação ao
gênero, observou-se a predominância do gênero feminino. Em todo o mundo, o cuidado leigo é prestado,
na maioria das situações, por pessoas com algum grau
de parentesco, geralmente do gênero feminino, com
proximidade física ou afetiva com o doente.18 É comum
afirmar que compete à mulher a tarefa de cuidar da
casa, dos filhos ou dos idosos, uma vez que cuidar exige
paciência e renúncia.
No que se refere ao grau de instrução, observou-se bom índice de alfabetização entre as entrevistadas,
porém a escolaridade média localiza-se em maior proporção entre cuidadoras que cursaram de quatro a oito
anos de estudo. Os resultados encontrados por outro
estudo também demonstram um padrão de escolaridade
mínima, semelhante a essa casuística.29
A análise do conhecimento dos cuidadores sobre o
tratamento e as complicações cirúrgicas da hidrocefalia mostrou que existe bom conhecimento sobre esses
aspectos. O conhecimento foi maior entre cuidadoras
72
que cursaram mais de oito anos de estudo. Outros
estudos observaram que o nível de escolaridade foi
significativamente associado com altos níveis de conhecimento.29,30 Cuidadores com maior conhecimento
sobre complicações da derivação poderiam reconhecer
mais facilmente a falha da derivação do que aqueles que
não tiveram conhecimento bastante.31
O conhecimento dessa amostra sobre as complicações da hidrocefalia demonstrou maior conhecimento
entre cuidadoras de crianças com sequelas motoras.
O estudo corrobora os achados de Yilmaz et al.,31 que
observaram que o conhecimento foi maior entre os
pais cujas crianças apresentaram alguma complicação.
Os autores observaram, ainda, que o conhecimento de
sinais e sintomas da hidrocefalia foi maior entre os pais
cujas crianças foram submetidas a revisões frequentes.
Quando se relacionou o conhecimento sobre a finalidade da cirurgia com o número de cirurgias a que
a criança foi submetida, apesar da maior proporção de
conhecimento entre as cuidadoras cujas crianças foram
submetidas a mais de três cirurgias, não houve diferença estatística entre maior conhecimento e número de
cirurgias realizadas.
Esses resultados diferem dos achados de Kirk et al.,15
que realizaram uma investigação com pais de crianças
portadoras de hidrocefalia utilizando pré-teste e um
pós-teste realizado duas a três semanas após a cirurgia.
O resultado revelou uma mudança estatística significativa nas contagens do pré e do pós-teste para os pais
cujas crianças tinham sido submetidas à cirurgia de
derivação, demonstrando maior conhecimento após a
realização da cirurgia.
Este estudo observou cuidadoras com pouca escolaridade, prestando cuidados a crianças com hidrocefalia,
entretanto, apesar da baixa escolaridade, se observou
maior conhecimento sobre complicações cirúrgicas e
tratamento da hidrocefalia entre cuidadoras de crianças
com sequelas motoras.
O estudo chama a atenção para a importância das
orientações fornecidas aos cuidadores. Outros estudos
podem ser realizados a fim de investigar se o conhecimento dos cuidadores está associado ou não a sequelas
e fontes de informação dos cuidadores.
Conclusão
A presença de sequelas motoras esteve significativamente associada ao número de cirurgias a que a criança
foi submetida.
A escolaridade do cuidador teve efeito significativo
para maior conhecimento sobre tratamento e complicações cirúrgicas da hidrocefalia.
Hidrocefalia: conhecimento e sequela motora
Oliveira DMP et al.
25. Arq Bras Neurocir 32(2): 69-73, 2013
Cuidadoras de crianças com sequelas motoras
apresentam maior conhecimento sobre o tratamento e
complicações cirúrgicas do que aquelas que não apresentaram tal condição.
17.
18.
19.
Conflito de interesses
20.
Os autores declaram não haver conflito de interesses
na realização deste trabalho.
21.
22.
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Endereço para correspondência
Débora Moura da Paixão Oliveira
Av. Augusto Maynard, 245, ap. 404, Bairro São José
49015-380 – Aracaju, SE, Brasil
Telefone: (79) 9987-3209
E-mail: debora_aju@yahoo.com.br
73
26. Arq Bras Neurocir 32(2): 74-9, 2013
Alterações neuroendócrinas
em pacientes com traumatismo
cranioencefálico
Leonardo de Moura Sousa Júnior1, Iuri Santana Neville1, Djalma Felipe da Silva
Menendez1, Malebranche Berardo Carneiro da Cunha Neto2, Rafael Loch Batista2,
Eberval Gadelha Figueiredo3, Almir Ferreira de Andrade4, Manoel Jacobsen Teixeira5
Departamento de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HC-FMUSP), São Paulo, Brasil.
RESUMO
O traumatismo cranioencefálico (TCE) corresponde a uma das principais causas de morte em adultos
jovens. Alguns pacientes com TCE podem ser vítimas de várias alterações hormonais decorrentes
do trauma. Algumas são facilmente reconhecíveis, como diabetes insipidus, enquanto outras podem
passar despercebidas inicialmente, como a deficiência do hormônio do crescimento (GH). As alterações
neuroendócrinas após a ocorrência de trauma podem cursar com deficiências da hipófise anterior,
da posterior ou de ambas, acometer apenas um eixo hormonal ou vários e, ainda, ser transitórias ou
permanentes. A grande maioria dos pacientes que apresentam disfunção neuroendócrina foi vítima
de traumas considerados moderados ou graves pela escala de Glasgow. No entanto, a maioria dos
estudos não evidenciou relação entre a gravidade da lesão e a ocorrência de alteração hipofisária pósTCE. As deficiências hipofisárias devem ser tratadas precocemente, uma vez que déficits hormonais
hipofisários dificultam a recuperação dos pacientes traumatizados, constituindo-se em fator de pior
prognóstico. Apesar da frequência com que ocorrem os TCE, existem poucos estudos a respeito das
complicações neuroendócrinas decorrentes.
PALAVRAS-CHAVE
Traumatismos craniocerebrais, hipófise, hipopituitarismo.
ABSTRACT
Neuroendocrine disorders in traumatic brain injury patients
Traumatic brain injury (TBI) is one of the main causes of death in young adults. Some cases of TBI
could lead to the development of easily recognizable diabetes insipidus. In other cases it can lead to
alterations in the endocrine axis that are more difficult to notice at the beginning and that can occur
together with other hormone deficiencies. The majority of patients with neuroendrocrine dysfunction
were TBI victims with a Glasgow Coma Scale scores of 3-13 (moderate and severe trauma). However,
previous studies did not show correlationships between the severity of injury and pan-hypopituitarism
after TBI. The pituitary disorders have to be treated as soon as possible because it makes the recovery
of TBI patients more difficult and lead to a worse prognosis. Despite the number of studies about TBI,
actually there are only a few studies concerning the secondary neuroendocrine complications.
KEYWORDS
Craniocerebral trauma, pituitary gland, hypopituitarism.
1 Médico-residente de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), São Paulo,
SP, Brasil.
2 Médico neuroendocrinologista do Departamento de Neurocirurgia do Instituto de Psiquiatria (IPq) da FMUSP, São Paulo, SP, Brasil.
3 Supervisor da Divisão de Neurocirurgia do HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil.
4 Diretor técnico do Pronto-Socorro de Neurocirurgia do HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil.
5 Professor titular do Departamento de Neurocirurgia do HC-FMUSP, São Paulo, SP, Brasil.
27. Arq Bras Neurocir 32(2): 74-9, 2013
Introdução
O traumatismo cranioencefálico (TCE) corresponde
a uma das principais causas de morte em adultos jovens.
É caracterizado por qualquer agressão que acarrete lesão
anatômica ou comprometimento funcional do crânio e/
ou estruturas internas.1-3 O TCE ocorre mais frequentemente em indivíduos entre 15 e 24 anos, em crianças
com menos de 5 anos; homens apresentam risco duas
vezes maior do que mulheres.
A glândula hipófise, por sua localização anatômica,
pode ser facilmente atingida em casos de TCE, especialmente nos casos mais graves. Essa glândula possui
aproximadamente 1 cm de diâmetro e pesa cerca de 1 g.
Situa-se na sela turca, na base do cérebro, e conecta-se
ao hipotálamo pelo pedículo ou haste hipofisária. Pode
ser dividida em adeno-hipófise, ou hipófise anterior,
e neuro-hipófise, ou hipófise posterior. A anterior
deriva-se de uma invaginação embrionária do epitélio
faríngeo, enquanto a posterior origina-se de uma protuberância do tecido neural hipotalâmico.4
• A hipófise anterior possui diferentes tipos de
células, que são especializadas em sintetizar
hormônios específicos:
• Somatrotofos hormônio do crescimento
humano (GH)
• Corticocotrofos adrenocorticotropina
(ACTH)
• Tireotrofos hormônio tireoestimulante
(TSH)
• Gonadotrofos hormônio luteinizante (LH)
e hormônio folículo-estimulante (FSH)
• Lactrotofos prolactina (PRL)
Cerca de 30% a 40% das células da hipófise anterior
são constituídas de somatrotofos, enquanto 20%, de
corticotrofos. Os outros tipos de células constituem,
cada um, cerca de 3% a 5% do total. A hipófise anterior
possui grande quantidade de sinusoides entre as células
glandulares. O sangue que penetra nesses sinusoides
passa inicialmente na parte inferior do hipotálamo e
mantém seu trajeto para a adeno-hipófise por meio
de pequenos vasos porta-hipotalâmico-hipofisários.
Por meio desse sistema, hormônios hipotalâmicos influenciam a secreção dos hormônios hipofisários, seja
estimulando ou inibindo sua liberação.
• Hormônio de liberação de tireotropina (TRH):
promove liberação do hormônio tireoestimulante.
• Hormônio de liberação de corticotropina
(CRH): promove liberação de corticotropina.
• Hormônio de liberação do hormônio do
crescimento (GHRH): promove liberação do
hormônio do crescimento.
• Hormônio de inibição do hormônio do
crescimento (GHIH), também denominado
Alterações neuroendócrinas em TCE
Sousa Júnior LM et al.
somatostatina: inibe a liberação do hormônio
do crescimento.
• Hormônio de liberação das gonadrotopinas
(GnRH): promove a liberação dos hormônios
gonadrotópicos – LH e FSH.
• Hormônio de inibição de prolactina (PIH):
inibe a secreção da prolactina.
A localização anatômica da glândula hipófise colabora para a sua predisposição ao trauma. Entre os
mecanismos de lesão hipofisária, podem ser citados:
compressão da glândula e/ou edema com compressão
dos núcleos hipotalâmicos, fratura craniana com lesão
concomitante das estruturas adjacentes, hemorragias,
aumento da pressão intracraniana, hipóxia ou lesões
diretas ao hipotálamo, haste hipofisária ou hipófise.
Assim sendo, dependendo da agressão, os vasos do
sistema porta-hipotalâmico-hipofisário podem ser
afetados, causando isquemia da adeno-hipófise. Também pode ser observada hiperprolactinemia, já que as
lesões traumáticas podem acometer a contrarregulação
desse hormônio, produzida pela secreção hipotalâmica
de dopamina.5
Apesar da frequência com que ocorrem os TCE,
existem poucos estudos a respeito das complicações
neuroendócrinas secundárias.
Assim sendo, procuramos revisar dados publicados
a respeito da ocorrência de alterações neuroendócrinas
em pacientes vítimas de TCE.
Metodologia
Este artigo constituiu-se de revisão de literatura
sobre distúrbios neuroendócrinos em pacientes com
TCE. Foram revisados estudos disponíveis sobre esse
tema publicados até janeiro de 2012.
Resultados
Foram revisadas 22 publicações relacionadas à
temática estudada, as quais identificaram a presença
de disfunção neuroendócrina em pacientes vítimas de
TCE. No entanto, verificamos grande variação entre os
trabalhos sobre a prevalência dessas alterações.
Alguns estudos encontraram prevalência de até
100% de alterações do eixo gonadal, enquanto outros
evidenciaram apenas 42% de alteração neuroendócrina.
Estudos de autópsia mostraram que até 86% dos
pacientes que morrem agudamente por TCE apresentam
75
28. Arq Bras Neurocir 32(2): 74-9, 2013
evidências de lesões hemorrágicas no hipotálamo, na
hipófise ou na haste hipofisária.
No entanto, a metodologia para se identificarem as
disfunções hormonais pós-TCE foram muito discrepantes entre os estudos, o que pode explicar, ao menos em
parte, as diferentes prevalências encontradas.
Discussão
O TCE corresponde a uma das principais causas
de morte em adultos jovens. Sabe-se, no entanto, que a
real incidência de traumatismos é subestimada, tanto
pela não assistência médica aos casos leves quanto pela
evolução desfavorável dos traumatismos severos antes
mesmo do socorro médico.
Pacientes com TCE podem ser estratificados em
níveis de gravidade segundo alguns critérios. TCE leve:
pacientes admitidos com nível de consciência de 13 a 15
pontos na ECG. A incidência do TCE leve gira em torno
de 300.000 casos novos por ano nos Estados Unidos,
sendo ainda considerado um número subestimado, e
tais pacientes permanecem internados de 52% a 72%.
TCE grave: pacientes admitidos com nível de cons
ciência de 3 a 9 pontos na ECG após 6 horas do TCE.1-3
Boa parte dos pacientes com TCE moderado/grave,
após medidas iniciais, pode ser vítima de fatores agravantes que inicialmente podem passar despercebidas
como relato de deficiências hormonais em variadas
combinações.
Tanto deficiências neuro-hipofisárias quanto
adeno-hipofisárias podem estar presentes, e o tempo
decorrente entre o TCE e suas repercussões clínicas
pode ser bem variado. Algumas deficiências hormonais permanecem anos sem serem reconhecidas. O
profissional de saúde deve estar atento a tal condição,
pois não raramente nem o paciente se recorda mais do
evento traumático prévio, e cuidadosa anamnese pode
recuperar essa importante informação.
O hipopituitarismo pode ser subclínico, sendo apenas diagnosticado após exames hormonais, ou apresentar sintomas como amenorreia, infertilidade, disfunções
eréteis, astenia, alterações psíquicas, intolerância ao frio
(devida ao hipotireoidismo central), hipotensão (devida
ao hipocortisolismo central) e galactorreia (devida à
hiperprolactinemia).6,7
O estado de coma dificulta o diagnóstico pós-traumático, e muitos médicos associam as deficiências
pós-traumáticas a síndromes pós-concussionais. No
entanto, deficiências dos hormônios adrenais, bem
como dos hormônios tireoidianos, contribuem para o
estado comatoso.
Em geral, as primeiras deficiências hormonais a surgirem nos casos de hipopituitarismo pós-TCE são as do
76
GH e das gonadotropinas, provavelmente decorrentes da
posição anatômica das células somatotrópicas e gonadotrópicas na hipófise e sua relação com a vascularização,
que pode ser facilmente afetada logo após o trauma.
Segundo Benvenga et al.,6 o eixo gonadotrófico é
o mais acometido pelo trauma: quase 100% dos casos
apresentaram deficiências de FSH e LH. Deficiências
de TSH e ACTH estavam presentes em quase 50% dos
casos. As deficiências de GH (refletidas na diminuição
de IGF-1) e PRL estavam presentes em aproximadamente 23% dos casos.
A criança possui maior propensão ao TCE comparada aos adultos, em razão de suas características
anatômicas: maior relação cabeça-corpo e menor
espessura do crânio, por exemplo.8 Também existem
poucos trabalhos a respeito de alterações neuroendócrinas em crianças vítimas de TCE. Niederland et al.9
publicaram um estudo com 26 crianças (17 meninos
e 9 meninas) vítimas de TCE, submetidas a testes de
estímulos hormonais para avaliação de suas funções
hipofisárias, por um período de três anos após o evento
traumático. O trabalho revelou que 23/26 pacientes não
apresentavam sequelas neurológicas, porém 60% das
crianças avaliadas apresentaram alguma deficiência
neuroendócrina.8-10
Tanriverdi et al.11 verificaram que nas dosagens imediatas pós-trauma, em 41,6% dos pacientes ocorreram
deficiência gonadotrófica (LH e FSH), em 20,4%, deficiência de GH, em 12% encontram-se níveis elevados
de prolactina, em 9,8%, deficiência de ACTH, em 5,8%,
deficiência de TSH, enquanto 51,9% apresentaram a
síndrome do T3 baixo (T4 livre normal e níveis baixos
de T3 livre). Descreveu-se uma correlação positiva entre
os níveis de testosterona livre e os valores da escala de
coma de Glasgow, enquanto os níveis de prolactina foram negativamente relacionados à mesma escala. Numa
avaliação 12 meses após o trauma cranioencefálico,
os mesmos autores relatam que 32,7% dos pacientes
apresentaram deficiência somatotrófica (níveis séricos
de hormônio de crescimento menores ou iguais a 10
mg/l), testados pela administração de GHRH (fator
liberador de hormônio de crescimento) e GHRP-6
(peptídeo liberador de hormônio de crescimento). A
deficiência corticotrófica foi encontrada em 25% dos
pacientes com níveis basais de cortisol abaixo de 7 mg/dl.
A deficiência gonadotrófica foi observada em 7,7% dos
pacientes e foi associada à moderada hiperprolactinemia. Sob estímulo de TRH (fator hipotalâmico liberador
de TSH), 5,8% dos pacientes não responderam ao teste,
sendo considerados deficientes em TSH. Após um ano
de evolução, os pacientes avaliados por Tanriverdi et
al.11 não apresentaram alterações significativas nos eixos
corticotrófico e somatotrófico comparados aos dados
obtidos pós-trauma, e o eixo gonadotrófico mostrou
recuperação.
Alterações neuroendócrinas em TCE
Sousa Júnior LM et al.