Bases da dinâmica entre relações humanas e neurociência, focando na compreensão sobre grupos, teste de personalidade, dinâmicas de grupo e Relacionamentos entre pessoas.
2. Prof. Ms.
André Codea
• Mestre em Ciência da Motricidade Humana
• Profissional de Educação Física da rede
municipal de ensino do rio de janeiro
• Professor de Anatomia Humana, Fisiologia
Humana e Neurofisiologia
codea@oi.com.br / facebook: André Codea
3. • O que são relações humanas
• O que é relação / conflitos
• Tipos de personalidades / Teste Riso-Hudson
Relações
Humanas
• O que é um grupo
• Características de um grupo
• Tipos de grupos
Comportamento
Social
• A dinâmica do grupo
• Paradigmas em dinâmica de grupo
• O aspecto educacional dos grupos
O homem como
ser social
Pontos de interesse – Aula 1
4. Conhecendo um ao outro
• Vamos nos conhecer?
• Em grupos de duas pessoas
• 5 minutos para cada um conhecer ao outro
• Anotar no papel as características pessoais relevantes
• Evitar “onde trabalha”, “onde nasceu” e focar nas
características de personalidade
• Apresentar o colega para o grupo
• Ficar em pé, atrás do colega, e falar como se você fosse a
pessoa (em primeira pessoa). Quem está sendo apresentado
não pode intervir
• Ao final, se houver alguma discordância em cada apresentação, o
apresentado pode fazer a correção.
6. Depende do
ponto de vista...
• Relações
humanas
como teoria
• Relações
humanas
como relações
interpessoais
O que são Relações Humanas?
7. “Nós somos criaturas sociais.
Não apenas gostamos da
companhia um do outro, mas
também buscamos uns aos
outros situação após
situação”.
(Robbins e Finley, 1997)
Relações interpessoais
8. • Estar em companhia, em um grupo, pressupõe
estar em relação.
• O que é “relação”?
• Do latim “relatio-onis” – semelhança, analogia.
• Qual é a possibilidade de fazer isso entre os
“diferentes”, considerando que não há pessoas iguais?
O que é “relação”?
9. Comunicação
intrapessoal x interpessoal
• No que se refere a uma relação, comunicação é
um fator-chave:
• Porém, em toda comunicação há “ruídos”
• Há “quereres” e intenções diferentes
Existem dois tipos básicos de comunicação:
a intrapessoal e a interpessoal
11. Comunicação interpessoal
• É a que se estabelece entre
pessoas ou grupos
• Pessoas interagem entre si
• Interesses e opiniões podem ser
comuns ou não
• Pode apresentar conflitos!
13. Conflitos
• Do latim conflictus – luta,
combate, colisão, discussão
• De opinião
• De interesses
• De quereres
• Um dos aspectos
fundamentais das relações
humanas é a gerência de
conflitos entre pessoas
16. A personalidade é um conjunto de atitudes e modos de
comportamento determinada desde o momento em que
se nasce.
Não obstante, com o tempo vão mudando segundo os
fatores ambientais que rodeiam o indivíduo, com a
consequente adaptação.
Personalidade - definição
17. • Um indicador de personalidade funciona como um mapa,
para saber que tipo de personalidade temos e assim
podemos desenvolver todo nosso potencial oculto em
nosso inconsciente, e assim podermos compreender a nós
mesmos.
• De acordo com a teoria do Eneagrama da Personalidade,
os pontos do eneagrama indicam certo número de formas
conectadas psicologicamente aos nove tipos de
personalidade humana (denominados de "Eneatipos").
• Eneagrama: Figura de nove pontas.
Sistema ou mapa da Personalidade que distinguem NOVE padrões de caráter ou estilos de personalidade básicos e suas
interrelacões.
Enegrama Riso-Hudson
18. Existem 36 questões neste teste. Para cada uma
delas, selecione a resposta que se aplica à você. Você
pode pular questões que não se aplicam
verdadeiramente a você, mas não evite questões
simplesmente porque elas são difíceis de responder.
01 Eu tenho um temperamento mais
A - romântico e imaginativo.
B - pragmático e pé-no-chão
02 Eu normalmente
A - Não evito confrontos.
B - Evito confrontos.
03 Normalmente eu sou
A - Diplomático charmoso, e ambicioso.
B - Direto,formal e idealista.
04 Eu tenho tendência a ser
A - Concentrado e intenso
B - Espontâneo e alegre.
05 Eu me considero
A - Hospitaleiro e me sinto feliz por fazer novos amigos
na minha vida.
B - Uma pessoa meio fechada e não me misturo
facilmente com os outros.
06 Normalmente
A - É fácil eu "perder a cabeça", extrapolar.
B - É difícil eu "perder a cabeça", extrapolar.
07 Eu acho que tenho vivido mais como
A - Um sobrevivente esperto.
B - Um idealista intelectual.
08 Eu
A - Normalmente mostro afeição às pessoas.
B - Prefiro manter as pessoas a uma certa distância.
09 Quando diante de uma nova experiência, eu
normalmente me pergunto se ela será
A - Útil para mim.
B - Agradável.
Teste Riso-Hudson
19. 10 Eu penso mais
A - Em mim mesmo.
B - Nos outros.
11 As pessoas confiam mais
A - No meu discernimento e conhecimento.
B - Na minha força e capacidade de decisão.
12 Ao longo do tempo eu tenho me sentido mais
vezes
A -Inseguro de mim
B - Seguro de mim.
13 Eu tenho sido mais
A - Orientado para os relacionamentos do que
orientado para objetivos
B - Orientado para objetivos do que orientado para os
relacionamentos.
14 Eu tenho
A - Certa dificuldade para falar o que eu penso com
facilidade.
B - Muita facilidade de dizer coisas que outros
gostariam de dizer.
15 É difícil para mim
A - Parar de considerar alternativas e fazer alguma
coisa definida.
B - Relaxar e ser mais flexível.
16 Eu
A - Muitas vezes sou hesitante e adio as coisas.
B - Geralmente sou firme e determinado.
17 Minha
A - Relutância em me envolver demais me traz
problemas com as pessoas.
B - Facilidade em ter pessoas dependendo de mim me
traz problemas com elas.
18 Normalmente, eu tenho
A - Sido capaz de colocar meus sentimentos de lado
para realizar o trabalho que me compete.
B - Necessidade de trabalhar meus sentimentos antes
que eu possa agir com eficiência.
Teste Riso-Hudson
20. 19 Geralmente eu tenho sido
A - Metódico e cauteloso.
B - Aventureiro e arriscado.
20 Eu tenho tendência a
A - Ser atencioso, generoso e apreciar a companhia
dos outros.
B - Uma pessoa séria reservada e que gosta de
temas polêmicos.
21 Eu eventualmente necessito de
A - Ser um "modelo de solidez".
B - Atuar com perfeição.
22 Eu normalmente estou interessado em
A - Fazer perguntas difíceis e de manter minha
independência.
B - Manter a minha estabilidade e paz de espírito.
23 Eu me considero
A - Teimoso é cético.
B - Sentimental e coração mole.
24 Algumas vezes me preocupo porque
A - Estou perdendo alguma coisa melhor.
B - Se eu abaixar a guarda alguém tirará vantagem
de mim
25 Meu hábito de
A - Não me envolver aborrece as pessoas.
B - Dizer às pessoas o que fazer, as aborrece.
26 Normalmente, quando os problemas
chegam até mim, eu tenho
A - Sido capaz de me desligar.
B - Sido capaz de extrair o melhor possível da
situação
27 Normalmente eu
A - Conto com os meus amigos e eles sabem que
podem contar comigo.
B - Não conto com ninguém, eu faço as coisas por
mim mesmo.
Teste Riso-Hudson
21. 28 Eu tenho tendência a ser
A - Desligado com o mundo ao redor e preocupado
com as minhas ideias.
B - Desiludido com o mundo ao redor e voltado para
mim mesmo.
29 Eu gosto
A - De desafiar pessoas, de tirá-las do sério.
B - Confortar e acalmar as pessoas.
30 Eu sou geralmente
A - Uma pessoa sociável e extrovertida.
B - Uma pessoa autodisciplinada e honesta.
31 Geralmente
A - Eu fico meio acanhado quando tenho que
demonstrar minhas habilidades.
B - Eu gosto que as pessoas saibam o que eu posso
fazer bem.
32
A - Perseguir os meus interesses pessoais têm sido
mais importante para mim do que ter conforto e
segurança
B - Ter conforto e segurança têm sido mais
importante para mim do que perseguir meus
interesses pessoais.
33 Numa discussão eu
A - Tenho tendência a contemporizar.
B - Raramente eu dou o braço a torcer.
34 De forma geral eu
A - Concedo com facilidade e deixo os outros me
levarem para não criar problemas.
B - Eu não concedo facilmente e sou muito exigente
com os outros e comigo mesmo.
35 Eu acho que sou mais admirado pelo meu
A - Espírito positivo e grande senso de humor.
B - Caráter generoso e minha disposição para ajudar.
36 Muito do meu sucesso é
A - Devido ao meu talento em causar boa impressão.
B - Conseguido independente da falta de interesse em
desenvolver habilidades interpessoais.
Teste Riso-Hudson
22. 01
A - 4
B - 6
02
A - 8
B - 9
03
A - 3
B - 1
04
A - 5
B - 7
05
A - 2
B - 4
06
A - 6
B - 9
Teste Riso-Hudson: gabarito
07
A - 8
B - 1
08
A - 2
B - 5
09
A - 3
B - 7
10
A - 4
B - 9
11
A - 5
B - 8
12
A - 6
B - 1
13
A - 2
B - 3
14
A - 4
B - 7
15
A - 5
B - 1
16
A - 6
B - 8
17
A - 9
B - 2
18
A - 3
B - 4
19
A - 6
B - 7
20
A - 2
B - 1
21
A - 8
B - 3
22
A - 5
B - 9
23
A - 6
B - 2
24
A - 7
B - 8
25
A - 4
B - 1
26
A - 9
B - 7
27
A - 6
B - 3
28
A - 5
B - 4
29
A - 8
B - 2
30
A - 7
B - 1
31
A - 9
B - 3
32
A - 5
B - 6
33
A - 4
B - 8
34
A - 9
B - 1
35
A - 7
B - 2
36
A - 3
B - 5
23. • São conscientes e éticos, com um forte senso
de certo e errado.
• São professores, paladinos e defensores da
mudança: sempre se esforçam para melhorar
as coisas, mas têm medo de cometer erros.
• Bem organizados, ordenados e meticulosos,
tentam manter altos padrões em tudo, mas
podem acabar sendo críticos e perfeccionistas.
• Normalmente têm problemas com
ressentimento e impaciência.
• No seu melhor: sábios, exigentes, realistas e
nobres. Podem ser moralmente heroicos.
Tipo 1 - Reformadores
24. • São empáticos, sinceros e calorosos. Eles são
amigáveis, generoso e abnegados, mas podem
também ser sentimentais, lisonjeiros e sabem
agradar as pessoas.
• São bem intencionados e gostam de estar perto
de outros, mas podem tender a fazer coisas para
os outros a fim de serem necessários.
• Normalmente têm problemas com
possessividade e reconhecer suas próprias
necessidades.
• No seu melhor: altruístas, eles têm amor
incondicional para os outros.
Tipo 2 - Auxiliadores
25. • São autoconfiantes, atraentes e encantadores.
Ambiciosos, competentes e enérgicos, podem
também ser autoconscientes e altamente
orientados para o progresso.
• São diplomáticos e equilibrados, mas também
podem ser muito preocupados com sua
imagem e com o que os outros pensam deles.
• Normalmente são viciados em trabalho e
altamente competitivos.
• No seu melhor: se aceitam como são,
autênticos, tudo o que eles parecem ser —
modelos que inspiram os outros.
Tipo 3 - Vencedores
26. • São auto-conscientes, sensíveis e reservados.
São emocionalmente honestos, criativos e
pessoais, mas também podem ser mal-
humorados.
• Afastam-se dos outros por sentirem-se
vulneráveis e errados, podendo também
sentirem-se desdenhosos e isentos de formas
comuns de vida.
• Normalmente têm problemas com melancolia,
autoindulgência e autopiedade.
• No seu melhor: inspirados e altamente criativos,
eles são capazes de se renovar e transformar
suas experiências.
Tipo 4 - Individualistas
27. • São alertas, curiosos e perspicazes. São capazes
de concentrarem-se no desenvolvimento de
habilidades e ideias complexas.
• Independentes, inovadores e inventivos, eles
podem também se tornar preocupados com
seus pensamentos e construções imaginárias.
• Tornam-se destacados, tensos e intensos.
Normalmente têm problemas com
excentricidade, niilismo e isolamento.
• No seu melhor: pioneiros visionários, muitas
vezes à frente de seu tempo e capazes de ver o
mundo de uma forma totalmente nova.
Tipo 5 - Investigativos
28. • São comprometidos, orientados para a segurança.
São trabalhadores, responsáveis e confiáveis.
• Excelentes "solucionadores de problemas", eles
prevêem os problemas e criam cooperação, mas
podem também ser defensivos, evasivos e ansiosos —
ficando estressados enquanto reclamam sobre isso.
• Podem ser cautelosos e indecisos, mas também
reativos, desafiadores e rebeldes. Normalmente têm
problemas com a insegurança e desconfiança.
• No seu melhor: internamente estáveis e
autossuficientes, defendem corajosamente a si e aos
outros.
Tipo 6 - Leais
29. • São extrovertidos, otimistas, versáteis e
espontâneos. Brincalhões, de alto astral e práticos.
• Podem também aplicar mal seus muitos talentos,
tornando-se lentos, dispersos e indisciplinados.
• Constantemente buscam experiências novas e
excitantes, mas podem ficar exaustos e distraídos
por ficar em constante movimento. Normalmente
têm problemas com impaciência e impulsividade.
• No seu melhor: concentram seus talentos em
objetivos que valem a pena, tornando-se
agradecidos, felizes e satisfeitos.
Tipo 7 - Entusiasmados
30. • São autoconfiantes, fortes e assertivos. Protetores,
engenhosos, falam decisiva e diretamente, mas
também podem ser egocêntricos e dominadores.
• Este tipo sente que deve controlar seu ambiente,
especialmente as pessoas, às vezes tornando-se
agressivo e intimidador.
• Normalmente têm problemas com seus
temperamentos e permitem-se ser vulneráveis.
• No seu melhor: autocontrole, usam sua força para
melhorar a vida dos outros, tornando-se
inspiradores, heroicos e magnânimos.
Tipo 8 - Desafiadores
31. • São conformistas, confiáveis e estáveis. Costumam
ser criativos, otimistas e solidários, mas também
podem se dispor a seguir com os outros para
manter a paz.
• Fazem de tudo para seguir sem problemas e sem
conflitos, mas podem também tender a ser
complacentes, minimizando problemas e
perturbações.
• Normalmente têm problemas com inércia e
teimosia.
• No seu melhor: indomáveis e abrangentes, eles
são capazes de unir as pessoas e sanar os conflitos.
Tipo 9 - Pacificadores
34. • Uma relação pode ocorrer, por
exemplo, entre:
• Uma pessoa e outra
• Entre membros de um grupo
• Entre grupos numa organização
Um grupo é um “conjunto de
indivíduos ligados no seu todo
numa unidade coerente”
(Brown, 2000; Dasgupta, Banaji & Abelson, 1999)
O que é um grupo
35. • INTERAÇÃO: grupos são sistemas que criam, organizam e
sustentam interação entre seus membros, entendendo-se
esta interação como as ações sociais dos indivíduos que
os compõem.
Características de um grupo
36. • INTERDEPENDÊNCIA: muitos grupos criam um estado de
dependência mútua entre seus membros, seja esta de
emoções, pensamentos ou ações, em que há influência de
um sobre o outro.
Características de um grupo
37. • ESTRUTURA: membros de um grupo são conectados um
ao outro de forma organizada e predizível, de forma que há
uma noção clara do que é permitido e condenado.
– Uma estrutura grupal diz respeito a um complexo de regras, normas
e relações entre seus membros.
• Regras - um conjunto coerente de comportamentos esperados por pessoas que
ocupam uma posição dentro do grupo;
• Normas - padrões implícitos consensuais que descrevem os comportamentos
permitidos ou não em um determinado contexto.
Características de um grupo
38. • METAS: membros de um grupo são unidos em seu
propósito de metas comuns.
– Um grupo torna mais fácil às pessoas atingir seus objetivos.
Características de um grupo
39. • COESÃO: um grupo não é simplesmente um aglomerado de
indivíduos independentes. Na verdade, um grupo é mais do
que a soma dos seus indivíduos, o que sugere que “o todo é
maior do que a soma das partes”. A coesão de um grupo é:
– a força dos laços que vinculam seus indivíduos componentes;
– os sentimentos de atração entre membros específicos de um grupo ou do
grupo em si;
– o grau no qual os membros de um grupo se esforçam para atingir metas.
Características de um grupo
40. Fontes: Dasgupta, N.; Banaji, M.R. & Abelson, R.
P. Group entitativity and group perception:
associations between physical features
and psychological judgment. In: Journal of
Personality and Social Psychologic, 1999,
vol. 77, n. 5, p. 992
Lewin, R. Group processes:
A “entitatividade”:
coesão psicológica
atribuída a grupos
sociais na presença
de pistas perceptivas
salientes.
Relação entre Entitatividade e Importância do Grupo para Si
Alguns tipos são tidos como de alta entitatividade e outros não (1 - não é um
grupo, 9 - com certeza é um grupo). A importância percebida de um dado grupo
é fortemente correlacionada com o quanto uma entidade era percebida por ele.
Tipo de Grupo Entitatividade Importância para si
Famílias 8.57 8.78
Amigos / Namorados 8.27 8.06
Grupos religiosos 8.20 7.34
Grupos musicais 7.33 5.48
Grupos esportivos 7.12 6.33
Grupos de trabalho 6.78 5.73
Grupos étnicos 6.67 7.67
Grupos de interesse comum 6.53 5.65
Grupos nacionais 5.83 5.33
Estudantes em uma turma 5.76 4.69
Grupos por idade 4.25 3.00
Região do país 4.00 3.25
Atributos físicos 3.50 2.50
Entitatividade de um grupo
41. Tipos de grupos (Cooley, 1909)
Congregações, grupos de
trabalho, uniões,
associações
profissionais.
Maiores, menos íntimos,
grupos de foco objetivo mais
típicos das sociedades mais
complexas
Grupos
secundários
Famílias, amigos
próximos, gangues,
esquadrões militares de
elite, grupos de relações
estreitas.
Grupos pequenos e de longa
duração, caracterizados pela
interação face-a-face e altos
níveis de coesão, solidariedade,
e identificação dos membros
Grupos
primários
Exemplos
Características
Tipo de Grupo
42. Tipos de grupos (Arrow et al, 2000)
Grupos de estudo, grupinhos
de amigos de trabalho,
patronos regulares em um bar
Surgem quando os indivíduos inter-
agindo gradualmente alinham suas
atividades em um sistema cooperativo
de interdependência.
Auto-
organizado
Filas de espera, multidões,
audiências, passantes, curi-
osos em uma cena de crime
Grupos emergentes e não planejados,
forças situacionais que fazem as pesso-
as a juntar-se, apenas temporariamente
Circunstancial
Grupos que se formam espontaneamente com indivíduos encontrando-
se várias vezes interagindo com o mesmo subconjunto de indivíduos
ao longo do tempo e configurações
Grupos
emergentes
Grupos de estudo, pequenas
empresas, clubes, associações
Planejado por um ou mais indivíduos
que ficam dentro do grupo
Fundado
Linhas de produção, unidades
militares, forças-tarefa, equipes,
equipes de esportes profissionais
Planejado por indivíduos ou por
autoridades externas ao grupo.
Inventado
Deliberadamente formado pelos próprios membros, ou por uma
autoridade externa, geralmente para um propósito específico ou fins
Grupo
Planejado
Exemplos
Características
Tipo de Grupo
43. Tipos de grupos (Arrow et al, 2000)
Mulheres, afrodescendentes,
médicos, cidadãos
brasileiros, cariocas
Agregações de indivíduos semelhantes um
ao outro em termos de gênero, etnia,
religião ou nacionalidade.
Categorias
sociais
Multidões,
audiências,
agrupamentos de
espectadores
Agregações que se formam
espontaneamente, por breves períodos e
tem fronteiras muito permeáveis
Associações
fracas
Equipes,
associações de bairro
Grupos de trabalhos em forma de empre-
go e grupos focados em metas em uma
variedade de situações de não-emprego
Grupos de
tarefas
Famílias,
casais românticos,
muito amigos,
gangues de rua
Pequenos grupos de duração moderada e
permeável, caracterizada por grandes
níveis de interação entre os membros, que
valorizam a associação no grupo
Grupos de
Intimidade
Exemplos
Características
Tipo de
Grupo
45. Dinâmica de grupo
• “Campo de investigação dedicado ao
avanço do conhecimento sobre a
natureza dos grupos, as leis de seu
desenvolvimento e suas inter-
relações com os indivíduos, outros
grupos e instituições maiores".
Cartwright e Zander, 1968, p. 7.
• “Dinâmica de grupo é uma tentativa
de submeter os muitos aspectos dos
grupos para análise científica através
da construção de teorias e dos
rigorosos testes destas teorias
através da pesquisa empírica”.
Forsyth, 2006, p. 17.
46. Paradigmas em dinâmica de grupo
• "Em determinadas circunstâncias e apenas sob
essas circunstâncias, uma aglomeração de pessoas
apresenta novas características muito diferentes dos
indivíduos que a compõe".
Le Bon, 1895, p. 23.
47. Paradigmas em dinâmica de grupo
"Durkheim (...) foi mais longe ao
sugerir que grandes grupos de
pessoas, às vezes, agem como
uma única mente. Ele acreditava
que tais grupos, ao invés de serem
meras coleções de indivíduos em
um padrão fixo de relacionamentos
com os outros, estavam ligados e
unificados por uma mente grupal,
ou consciência coletiva. Durkheim
acreditava que esta força às vezes
era tão forte que a vontade do
grupo poderia dominar a vontade
do indivíduo".
Forsyth, 2006, p. 18.
48. Paradigmas em dinâmica de grupo
"Allport refutou esta ideia, e
escreveu que “sistemas nervosos
são possuídos por indivíduos; Mas
não há nenhum sistema nervoso na
multidão”.
(...) acreditava que “as ações de
todos são nada mais do que a
soma das ações de cada um
tomadas separadamente”".
Forsyth, 2006, p. 19.
49. Paradigmas em dinâmica de grupo
Porém, Kurt Lewin contrapôs esta
ideia, ao assumir que “grupos eram
mais do que simples soma de suas
partes”. Este princípio é baseado
na concepção do interacionismo,
que estabelece que o
comportamento de uma pessoa em
grupo é determinado pela interação
entre a pessoa e seu ambiente.
Forsyth, 2006, p. 21.
50. Paradigmas em dinâmica de grupo
Tuckman, por sua vez, defendia o
desenvolvimento do grupo, com
base na concepção de que um
grupo é um sistema vivo. Desta
forma, ele cresce e muda conforme
passa o tempo.
Forsyth, 2006, p. 21.
51. Paradigmas em dinâmica de grupo
“Grupos também podem alterar
seus membros, levando-os a mudar
suas atitudes e valores de acordo
com o consenso geral do grupo”, o
que significa dizer que grupos
influenciam pessoas.
Newcomb, 1943.
“Grupos podem ser apenas
coleções de indivíduos, mas essas
coleções mudam a sociedade”.
Forsyth, 2006, p. 23.
53. A dinâmica de um grupo
“Desenvolver relações humanas com
base em dinâmica de grupo significa
criar um espaço psicossocial
alternativo, em que desconfianças,
temores e conflitos possam ser aceitos
e trabalhados, mediante experiências
reconstrutivas, em termos de tarefas e
processos que minimizem as ameaças
ao "ego" e desenvolvam formas de
interação compatíveis com uma
ampliação quantitativa e qualitativa de
cognições, afetos e condutas”.
Pilon, 1987, p. 348.