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Perguntas
A Revista Traços é mais que uma revista.
É uma iniciativa de cunho social, dedicada a
promover manifestações culturais e reinserção
social de pessoas em situação de rua.
Por essa razão, está visceralmente ligada à luta
pelos direitos humanos e não poderia ficar
indiferente a um momento em que a sociedade
manifestou a sua indignação aos atos de violência
e barbárie contra as mulheres, que tomaram conta
dos noticiários nos meses de abril, maio e junho.
Juntamente com toda a atenção que o tema
despertou nas redes sociais, começaram também
discussões que questionavam se as vítimas tinham
ou não parcela de culpa pelos estupros.
Era preciso mostrar que quem sofre uma violência -
qualquer tipo de violência - nunca pode ser culpado.
E que o tratamento que estavam dando às vítimas era no
mínimo desumano. Estava na hora de fazer a sociedade
questionar o seu papel perante a “cultura do estupro”.
Quando a sociedade subverte os papéis
e trata vítimas como réus, cabe à sociedade
subverter novamente esses papeis.
A sociedade tem sua parcela de culpa nessa
história. Era preciso tirar as pessoas da zona de
conforto de “Juízes da Internet”. Aqueles que se
abstém quando é preciso, mas que estão sempre
prontos a opinar depois que uma violência acontece.
Mudar o foco. Foi isso que a Revista Traços fez.
Subverteu os papéis colocando toda a carga de
um interrogatório sobre os ombros daqueles que
julgam, e que muitas vezes se omitem quando
podem ajudar.
Com um filme de baixo orçamento e uma mensagem
forte, que mostrava que mais importante que julgar
era denunciar, tivemos a mensagem visualizada por
mais de 30 mil pessoas. De quebra, ainda divulgamos
o Disque 100, uma importante ferramenta para evitar
a violência sexual. A iniciativa foi noticiada e replicada
por diversas publicações e instituições que atuam na
luta pelos direitos humanos.
Apresentação perguntas
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Apresentação perguntas

  • 2.
  • 3. A Revista Traços é mais que uma revista. É uma iniciativa de cunho social, dedicada a promover manifestações culturais e reinserção social de pessoas em situação de rua. Por essa razão, está visceralmente ligada à luta pelos direitos humanos e não poderia ficar indiferente a um momento em que a sociedade manifestou a sua indignação aos atos de violência e barbárie contra as mulheres, que tomaram conta dos noticiários nos meses de abril, maio e junho.
  • 4.
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  • 6. Juntamente com toda a atenção que o tema despertou nas redes sociais, começaram também discussões que questionavam se as vítimas tinham ou não parcela de culpa pelos estupros. Era preciso mostrar que quem sofre uma violência - qualquer tipo de violência - nunca pode ser culpado. E que o tratamento que estavam dando às vítimas era no mínimo desumano. Estava na hora de fazer a sociedade questionar o seu papel perante a “cultura do estupro”.
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  • 8.
  • 9. Quando a sociedade subverte os papéis e trata vítimas como réus, cabe à sociedade subverter novamente esses papeis. A sociedade tem sua parcela de culpa nessa história. Era preciso tirar as pessoas da zona de conforto de “Juízes da Internet”. Aqueles que se abstém quando é preciso, mas que estão sempre prontos a opinar depois que uma violência acontece.
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  • 12. Mudar o foco. Foi isso que a Revista Traços fez. Subverteu os papéis colocando toda a carga de um interrogatório sobre os ombros daqueles que julgam, e que muitas vezes se omitem quando podem ajudar. Com um filme de baixo orçamento e uma mensagem forte, que mostrava que mais importante que julgar era denunciar, tivemos a mensagem visualizada por mais de 30 mil pessoas. De quebra, ainda divulgamos o Disque 100, uma importante ferramenta para evitar a violência sexual. A iniciativa foi noticiada e replicada por diversas publicações e instituições que atuam na luta pelos direitos humanos.