O documento discute vários tópicos relacionados à Semana Santa e reflexões sobre a sociedade moderna. A carta de George Carlin critica aspectos da vida contemporânea como a superficialidade das relações humanas e a primazia do materialismo. O texto de Osho fala sobre o medo da intimidade e a importância de se abrir para os outros. Por fim, há uma história sobre um homem que perde sua aliança de casamento.
Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
Carta de George Carlin sobre os paradoxos do tempo
1. AGRISSÊNIOR
NOTICIAS
Pasquim informativo e virtual.
Opiniões, humor e mensagens
EDITORES: Luiz Ferreira da Silva
(luizferreira1937@gmail.com) e
Jefferson Dias (jffercarlos@gmail.com)
Edição 616– ANO XIII Nº 33 – 18 de abril de 2017
POR UM MUNDO MELHOR!
Estamos numa época que emana reflexões
profundas, evocando o exemplo de Cristo, por
um lado, e a desestruturação universal, pelo
outro, via a fome de milhões de irmãos em
confronto com a violência, seja de cunho
perdulário, seja de agressões humanas, haja
vista o terrorismo que se expande
estupidamente por todo o mundo. Dessa
forma, os Editores resolveram inserir a
CARTA DE GEORGE CARLIN (contribuição
do Marcelo Câmara), na expectativa dos
leitores do Agrissênior Notícias, com os
sentimentos da Semana Santa, refletirem
sobre o seu papel na comunidade,
contrapondo-se ao atual status quo de
violência fraticida.
GEORGE CARLIN
Comediante e pensador norte-americano
faleceu em 2008 aos 71 anos, deixando entre
muitas outras, as manifestações que se
segue:
• O paradoxo do nosso tempo é que temos
edifícios mais altos e temperamentos mais
reduzidos.
• Estradas mais largas e pontos de vistas
mais estreitos.
• Gastamos mais, mas temos menos;
compramos mais, mas desfrutamos menos.
• Temos casas maiores e famílias menores;
mais conforto e menos tempo.
• Temos mais graduações acadêmicas, porém
menos sentimentos comuns, maior
conhecimento, mas menor capacidade de
julgamento.
• Mais peritos e mais problemas, melhor
medicina, mas menos bem-estar.
• Bebemos demasiados, fumamos
demasiados, desperdiçamos demasiados,
rimos muito pouco.
• Movemo-nos muito rápido, irritamo-nos
demasiado.
• Mantemo-nos muito tempo acordados,
amanhemo-nos cansados.
• Lemos muito pouco, vemos televisão demais
e oramos raramente.
• Multiplicamos o nosso patrimônio, mas
reduzimos os nossos valores.
• Falamos demasiados, amamos pouco e
odiamos muito frequentemente.
• Aprendemos a ganhar a vida, mas não a
vivê-la;
• Adicionamos anos às nossas vidas, não a
vida aos nossos anos.
• Conseguimos ir à lua e voltar, mas temos
dificuldades em cruzar a rua para conhecer
um novo vizinho.
• Conquistamos o espaço exterior, mas não o
interior.
• Temos feito grandes coisas, mas nem isso
melhor.
• Limpamos o ar, mas contaminamos a nossa
alma.
• Conquistamos o átomo, mas não nos
livramos dos nossos preconceitos.
• Escrevemos mais, mas aprendemos menos.
• Planejamos mais, mas desfrutamos menos.
2. • Aprendemos apressar-nos, mas não a
esperar.
• Produzimos computadores que podem
processar maior informação e difundi-la, mas
nos comunicamos cada vez menor e menos.
• Estamos no tempo das comidas rápidas e
digestões lentas, de homem de grande
estatura e de pequeno caráter, de enormes
ganhos econômicos e relações humanas
superficiais.
•Hoje em dia há dois ornamentos, porém mais
divórcios, casas mais luxuosas, mas lares
desfeitos.
• São tempos de viagens rápidos, fraldas
descartáveis, moral descartável, encontros de
uma noite, corpos obesos, e pílulas que fazem
tudo, desde alegrar e acalmar, até matar.
• São tempos em que há muito na montra e
pouco no armazém.
• Tempos em que a tecnologia pode fazer-te
chegar esta carta e em que te podes optar por
partilhar estas reflexões ou simplesmente
excluí-las.
• Lembra-te de passar algum tempo com os
teus entes queridos, porque eles não estarão
aqui para sempre.
• Lembra-te de ser amável com quem agora te
admira porque essa pessoa crescerá muito
rapidamente e se afastará de ti.
• Lembra-te de abraçar quem está perto de ti,
porque esse é o único tesouro que podemos
dar com o coração sem que te custe nem um
centavo.
• Lembra-te de dizer que “te amo” ao teu
companheiro e aos teus seres queridos, mas,
sobretudo, diga-o com sinceridade.
• Um beijo e um abraço podem curar uma
ferida quando são dados com toda a alma.
• Dedica tempo para amar e para conversar e
partilhe as tuas ideias mais apreciadas.
• E NUNCA ESQUEÇAS: A vida não se mede
pelo número de vezes que respiramos, mas
pelos extraordinários momentos que
passamos juntos.
POR QUE A TRADIÇÃO DOS RAMOS?
A Semana Santa começa com o Domingo de
Ramos, que lembra a entrada de Jesus em
Jerusalém, ocasião em que as pessoas
cobriam a estrada com folhas de palmeira,
para comemorar sua chegada.
Atualmente, as folhas de palmeiras são
usadas na decoração das Igrejas durante as
comemorações da Semana Santa, como um
sinal de “boas-vindas a Cristo”.
Trata-se de uma festa móvel cristã celebrada
no domingo antes da Páscoa. A festa
comemora a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém, um evento da vida de Jesus
mencionado nos quatro evangelhos canônicos
(Marcos 11:1, Mateus 21:1-11, Lucas 19 :28-
44 e João 12:12-19). Na liturgia romana, este
dia é denominado de "Domingo de Ramos e
da Paixão do Senhor”.
Em lugares onde é difícil consegui-las por
causa do clima, ramos de diversas árvores
são utilizados.
O MEDO DA INTIMIDADE
Osho
"Já reparou? É mais fácil ser verdadeiro com
os estranhos. As pessoas que viajam de
comboio começam a falar com estranhos e
contam coisas que nunca contaram aos
amigos, porque, com um estranho, não se
sentem envolvidas. Meia hora mais tarde,
chegam ao seu destino e saem; esquecem e
o estranho esquecerá tudo aquilo que lhe
contaram. Por isso nada do que lhe disseram
tem qualquer importância. Não se correm
riscos com um estranho.
3. Ao falar com estranhos, as pessoas são mais
verdadeiras e revelam o seu coração. Mas ao
falar com os amigos, com os familiares — pai,
mãe, mulher, marido, irmão, irmã — há uma
profunda inibição inconsciente.'Não digas
isso, ele pode ficar magoado. Não faças isso,
ela pode não gostar.
Não te comportes dessa maneira, o pai é
velho, pode ficar chocado.'
Então a pessoa continua a controlar-se. A
pouco e pouco, a verdade cai na cave do seu
ser e ela torna-se muito esperta e astuciosa
com o não verdadeiro.
Continua a fazer falsos sorrisos, que não
passam de pinturas nos lábios. Continua a
dizer coisas simpáticas, sem qualquer
significado. Começa a sentir-se aborrecida
com o namorado ou com os pais, mas
continua a dizer:
'Estou muito contente por te ver!' Enquanto
isso, todo o seu ser diz: 'Agora deixa-me em
paz!' Mas verbalmente continua a fingir. E os
outros também estão a fazer amesma coisa;
ninguém se apercebe de que estamos todos
no mesmo barco.(...)
Toda a gente tem medo da intimidade — ter
ou não ter consciência desse medo é outra
história. A intimidade significa expor-se
perante um estranho — e todos nós somos
estranhos; ninguém conhece ninguém. Somos
mesmo estranhos a nós próprios, porque não
sabemos quem somos.
A intimidade aproxima-o de um estranho. Tem
de deixar cair todas as suas defesas; só
assim a intimidade é possível. E o seu medo é
que se deixar cair todas as suas defesas,
todas as suas máscaras, quem sabe o que o
estranho lhe poderá fazer. Todos nós
andamos a esconder mil e uma coisas, não só
dos outros mas de nós próprios, porque
fomos criados por uma humanidade doente
com toda a espécie de repressões, inibições e
tabus. E o medo é que, com alguém que seja
um estranho — e não importa se se viveu
com a pessoa durante trinta ou quarenta
anos; a estranheza nunca desaparece —,
parece mais seguro manter uma ligeira
defesa, uma pequena distância, porque
alguém se poderá aproveitar das suas
fraquezas, da sua fragilidade, da sua
vulnerabilidade.
Toda a gente tem medo da intimidade. O
problema torna-se mais complicado porque
toda a gente quer intimidade. Toda a gente
quer intimidade porque, de outro modo, está
sozinho neste Universo — sem um amigo,
sem um amante, sem ninguém em quem
confiar, sem ninguém a quem abrir todas as
suas feridas. E as feridas não saram se não
forem abertas. (...)
Ninguém sabe nada sobre o futuro. O seu
céu, o seu inferno e o seu Deus muito
provavelmente não passam de hipóteses, não
comprovadas. A única coisa que está nas
suas mãos é a sua vida - faça dela a mais
interessante possível.
Pela intimidade, pelo amor, por se abrir a
muitas pessoas, você se torna mais
interessante. E se puder viver um amor
profundo, uma amizade verdadeira, uma
intimidade generosa, com muitas pessoas,
você terá vivido da melhor maneira possível, e
onde quer que esteja, se tiver aprendido essa
arte, viverá assim ali também, com felicidade.
Se for simples, carinhoso, receptivo,
compreensivo, íntimo, você terá criado um
paraíso ao seu redor. Se for fechado,
constantemente na defensiva, sempre
preocupado que alguém possa perceber os
seus pensamentos, os seus sonhos, as suas
perversões - você estará vivendo no inferno.
O inferno está dentro de você, assim como o
paraíso. Eles não são lugares geográficos,
são espaços espirituais.
Purifique-se. E a meditação não é nada além
de uma limpeza de todo o lixo que se
acumulou na sua mente.
Quando a mente estiver em silêncio e o coração
batendo, você estará pronto - sem nenhum
medo, mas com uma grande alegria - para ser
íntimo. E sem intimidade você está sozinho aqui,
entre estranhos. Com intimidade você está
cercado de amigos, de pessoas que o amam.
A intimidade é uma experiência importante.
Não se deve esquecer disso."
Osho em Intimidade - como confiar em si
mesmo e nos outros.
4. A ALIANÇA
Luís Fernando Veríssimo
Esta é uma história exemplar, só não está
muito claro qual é o exemplo. De qualquer
jeito, mantenha-a longe das crianças.
Também não tem nada a ver com a crise
brasileira, o apartheid a situação na América
Central ou no Oriente Médio ou a grande
aventura do homem sobre a Terra. Situa-se
no terreno mais baixo das pequenas aflições
da classe média. Enfim. Aconteceu com um
amigo meu. Fictício, claro.
Ele estava voltando para casa como fazia,
com fidelidade rotineira, todos os dias à
mesma hora. Um homem dos seus 40 anos,
naquela idade em que já sabe que nunca será
o dono de um cassino em Samarkand, com
diamantes nos dentes, mas ainda pode
esperar algumas surpresas da vida, como
ganhar na loto ou furar-lhe um pneu. Furou-
lhe um pneu. Com dificuldade ele encostou o
carro no meio-fio e preparou-se para a
batalha contra o macaco, não um dos grandes
macacos que o desafiavam no jângal dos
seus sonhos de infância, mas o macaco do
seu carro tamanho médio, que provavelmente
não funcionaria, resignação e reticências…
Conseguiu fazer o macaco funcionar, ergueu
o carro, trocou o pneu e já estava fechando o
porta-malas quando a sua aliança escorregou
pelo dedo sujo de óleo e caiu no chão. Ele
deu um passo para pegar a aliança do asfalto,
mas sem querer a chutou. A aliança bateu na
roda de um carro que passava e voou para
um bueiro. Onde desapareceu diante dos
seus olhos, nos quais ele custou a acreditar.
Limpou as mãos o melhor que pôde, entrou
no carro e seguiu para casa. Começou a
pensar no que diria para a mulher. Imaginou a
cena. Ele entrando em casa e respondendo
às perguntas da mulher antes de ela fazê-las.
— Você não sabe o que me aconteceu!
— O quê?
— Uma coisa incrível.
— O quê?
— Contando ninguém acredita.
— Conta!
— Você não nota nada de diferente em mim?
Não está faltando nada?
— Não.
— Olhe.
E ele mostraria o dedo da aliança, sem a
aliança.
— O que aconteceu?
E ele contaria. Tudo, exatamente como
acontecera. O macaco. O óleo. A aliança no
asfalto. O chute involuntário. E a aliança
voando para o bueiro e desaparecendo.
— Que coisa – diria a mulher, calmamente.
— Não é difícil de acreditar?
— Não. É perfeitamente possível.
— Pois é. Eu…
— SEU CRETINO!
— Meu bem…
— Está me achando com cara de boba? De
palhaça? Eu sei o que aconteceu com essa
aliança. Você tirou do dedo para namorar. É
ou não é? Para fazer um programa. Chega
em casa a esta hora e ainda tem a cara-de-
pau de inventar uma história em que só um
imbecil acreditaria.
— Mas, meu bem…
— Eu sei onde está essa aliança. Perdida no
tapete felpudo de algum motel. Dentro do ralo
de alguma banheira redonda. Seu sem-
vergonha!
E ela sairia de casa, com as crianças, sem
querer ouvir explicações. Ele chegou em casa
sem dizer nada. Por que o atraso? Muito
trânsito. Por que essa cara? Nada, nada. E,
finalmente:
— Que fim levou a sua aliança? E ele disse:
— Tirei para namorar. Para fazer um
programa. E perdi no motel. Pronto. Não
tenho desculpas. Se você quiser encerrar
nosso casamento agora, eu compreenderei.
Ela fez cara de choro. Depois correu para o
quarto e bateu com a porta. Dez minutos
depois reapareceu. Disse que aquilo
significava uma crise no casamento deles,
mas que eles, com bom-senso, a venceriam.
— O mais importante é que você não mentiu
pra mim.
E foi tratar do jantar.
5. FRASES DE JESUS
“E conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará.”
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que n'Ele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna.”
“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em
mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e
crê em mim nunca morrerá.”
“De que serve ao homem conquistar o mundo
inteiro se perder a alma?”
“Ame seus inimigos, faça o bem para aqueles
que te odeiam, abençoe aqueles que te
amaldiçoam, reze por aqueles que te
maltratam. Se alguém te bater no rosto,
ofereça a outra face.”
“Conselhos ruins podem acabar com um dia,
um ano ou uma vida inteira.”
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que
fazem.”
“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a
sua Justiça, e as demais coisas vos serão
acrescentadas.”
“A boca fala do que está cheio o coração.”
“Pois que aproveita ao homem se ganhar o
mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que
dará o homem em troca da sua vida?”
“Quem quiser ser líder deve ser primeiro
servo. Se você quiser liderar, deve servir.”
“O Senhor oculta algumas coisas aos sábios,
mas as revela aos pequeninos.”
“Ame o próximo, como a ti mesmo.”
“Não temas, eu venci o mundo!”
“Nunca faça para os outros o que você não
gostaria que fizessem para você.”
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.”
“Nem só de pão viverá o Homem, mas de
toda palavra de Deus!”
A POESIA DA SEMANA
Ressureição
Edson Gonçalves Ferreira
Não sou Madalena
Sei, porém, do esplendor Dele
A alvorada inesquecível
O cheiro de sândalo nos jardins
Tão espetacular a possibilidade...
Tenho certeza de que não morremos
Apenas dormimos com alma acordada
Nos braços Dele e Dela
Sobre um jardim incomensurável
No espaço além do compasso
Que o nosso corpo físico traça.
A PIADA DA SEMANA
O bêbado acaba de ter um filho e resolve
batizá-lo. Chegando na igreja o padre
pergunta:
- Em que posso ajudar?
- Senhor padre, quero que o senhor batize
meu filho.
- E qual vai ser o nome dele?
- Mingau - - responde o bêbado.
O padre fala:
- Mas por que esse nome nessa criança tão
linda?
E o bêbado responde:
- Olha quem fala... O nome do seu chefe é
Papa!
oOo
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