Este documento discute a representação da violência urbana na mídia e sua influência na saúde emocional das pessoas. Apresenta uma reportagem especial em TV sobre como a violência afeta a rotina dos moradores do Rio de Janeiro e pode levar a transtornos mentais. Também analisa como a mídia e as redes sociais representam a violência e como isso influencia o comportamento das pessoas.
PERFIL M DO LUBANGO e da Administraçao_041137.pptx
A representação da violência urbana e sua influência na vida emocional das pessoas
1. FACULDADES INTEGRADAS HÉLIO ALONSO
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO
Clarice da Silva Ribeiro Filomeno
A REPRESENTAÇÃO DA VIOLÊNCIA URBANA NA MÍDIA E SUA
INFLUÊNCIA NA VIDA EMOCIONAL DAS PESSOAS
REPORTAGEM ESPECIAL EM TV
Rio de Janeiro
2018
2. Clarice da Silva Ribeiro Filomeno
A REPRESENTAÇÃO DA VIOLÊNCIA URBANA NA MÍDIA E SUA
INFLUÊNCIA NA VIDA EMOCIONAL DAS PESSOAS
Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Comunicação
Social das Faculdades Integradas Hélio Alonso, como requisito
parcial para a obtenção do título de Bacharel em Jornalismo, sob
a orientação do Prof. M. e Luciano Zarur
Rio de Janeiro
2018
3. Clarice da Silva Ribeiro Filomeno
A REPRESENTAÇÃO DA VIOLÊNCIA URBANA NA MÍDIA E SUA
INFLUÊNCIA NA VIDA EMOCIONAL DAS PESSOAS
Relatório apresentado ao Curso de Graduação em Comunicação
Social das Faculdades Integras Hélio Alonso, como requisito
parcial para obtenção do título de Bacharel em Jornalismo,
submetido à aprovação da seguinte Banca Examinadora
________________________________
Prof. M.e. Luciano Zarur
________________________________
Membro da Banca
________________________________
Membro da Banca
________________________________
Data da Defesa
Rio de Janeiro
2018
4. AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por sua infinita bondade, sempre me dando forças para concluir
meus objetivos. Aos meus pais e meu irmão por todo o apoio e sustento durante o período
da graduação e ao meu namorado, por todos os abraços e palavras de conforto que
acalmaram meu coração.
Sou grata ao meu orientador Luciano Zarur, pela ajuda na elaboração deste projeto
e por acreditar em mim desde o início de seu desenvolvimento. Agradeço a minha colega
de turma, minha duplinha, Thais Lima, pelo incentivo, por não deixar eu desistir. À
estagiária de audiovisual da FACHA, Beatriz Helena, pelo auxílio essencial na
finalização da reportagem especial em TV e a FACHA, pela oportunidade de crescimento
acadêmico e pessoal.
Gratidão à companhia B2W, pela compreensão e incentivo em concluir esta fase
importante da minha vida. E, aos entrevistados, pela boa vontade e disponibilidade para
a contribuição deste trabalho.
5. No pares nunca de soñar
No tengas miedo a volar
Vive tu vida
(MARIA, Dulce 2006)
6. RESUMO
Este projeto visa a discutir um problema de saúde que atinge a sociedade e pode estar
representado na TV e nas publicações compartilhadas nas redes sociais digitais sobre
violência. A reportagem especial em TV apresentará relatos de moradores que, muitas
vezes, mudam sua rotina com medo de passar por uma situação de risco, mostrará pessoas
que sofreram violência e acabaram por adoecer mentalmente e a análise de especialistas
sobre o tema.
Palavras-chave: Violência urbana. Transtornos mentais. Saúde. Notícia.
7. ABSTRACT
This project aims to discuss the health problem that affects society and may be
represented at TV and at publications shared at social media about violence. The special
reporting on TV will show the narratives of citizens that many times change their routines
afraid of living risky situations, also will present people that suffered some violence and
got mentally ill because of it and gives the opinion of especialists about the subject.
Keywords: Urban violence. Mental disorder. Health. News.
8. SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6
2 JORNALISMO COMO INFORMAÇÃO X INFORMAÇÃO DEMASIADA...... 7
2.1 Teoria do agendamento: o efeito da mídia na sociedade....................................................... 8
2.2 Jornalismo comunitário........................................................................................................... 9
3 CULTURA DO MEDO E O COMPORTAMENTO DO HOMEM MODERNO11
3.1 O impacto da violência representada nas redes sociais ....................................................... 12
3.2 Transtornos mentais associados à violência urbana............................................................. 13
4 PROCESSO DE PRODUÇÃO................................................................................. 16
4.1 As entrevistas........................................................................................................................ 18
4.2 Script ..................................................................................................................................... 21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 23
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 24
9. 6
INTRODUÇÃO
Os moradores do Rio de Janeiro vivem em constante sensação de insegurança. De
acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha (2017), 72% dos cariocas entrevistados
mudariam da cidade por causa da violência. E por conta da crise que afeta a segurança
pública, 90% dos moradores se sentem retraídos ao caminhar pelas ruas durante a noite.
Esses números comprovam a desaprovação da população em relação ao caos instaurado
na cidade “maravilhosa”.
Entretanto, pouco se percebem os transtornos mentais causados pela violência.
Para muitos, é um assunto menos importante, que não merece atenção. Mas, na verdade,
é um assunto sério e não menos significativo que a saúde física. Profissionais da área de
Psicologia informam que, para tratar de doenças como transtorno de ansiedade, depressão
e síndrome do pânico, é preciso um acompanhamento multidisciplinar e utilização de
medicamentos.
É preciso entender o que leva a uma pessoa sofrer o transtorno e mostrar que é
possível tratá-lo. Qualquer indivíduo pode ser afetado, de estudante até profissionais da
área de segurança. Este projeto dá voz a quem está cansado de enfrentar a batalha do
medo dia após dia.
A influência da mídia na sociedade, e a ascensão de veículos alternativos nas redes
sociais digitais, é o destaque de toda a pesquisa. E a reportagem, construída para este
projeto, quer mostrar o quanto as pessoas sofrem ao assistir a uma notícia sobre violência
na TV. Qual ação o indivíduo executa em sua rotina para fugir de tanta violência que a
mídia expõe? A intenção é conscientizar profissionais da área de comunicação a não-
espetacularização da violência e ao cidadão para que cuide de sua saúde, principalmente
mental.
10. 7
2 JORNALISMO COMO INFORMAÇÃO X INFORMAÇÃO DEMASIADA
O Jornalismo é uma atividade profissional que consiste em coletar e transmitir
notícias e outros tipos de material informativo por meio dos veículos de comunicação
(MICHAELIS, 2015). O art. 4° do Código de Ética dos Jornalistas brasileiros diz que “O
compromisso fundamental do jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela
qual deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação”. E por
que a verdade precisa ser soberana?
Felipe Pena (2005) acredita que a natureza do jornalismo está no medo. Pois, o
homem sabendo do que acontece pelo mundo “acredita que pode administrar a vida de
forma mais estável e coerente, sentindo-se mais seguro para enfrentar o cotidiano
aterrorizante do meio ambiente”. O Jornalismo tem como objetivo informar à população
a verdade sobre os fatos, mas também se aproveita para entreter a audiência.
Cada acontecimento em torno de um indivíduo é superdimensionado,
transformado em capítulo e consumido como um filme. Mas a
valorização dos acontecimentos individuais é diretamente proporcional
à capacidade desse indivíduo em roubar a cena, ou seja, em tornar-se
uma celebridade. Aliás, as celebridades tornaram-se o polo de
identificação do consumidor-ator-espectador do espetáculo
contemporâneo. (PENA, 2005)
A mídia nos bombardeia com imagens, nas reportagens utiliza-se de sons
instigantes que amedrontam a sociedade. Choros, declarações bombásticas e histeria
também impulsionam o medo. Mas o fato é que esse tipo de notícia dá audiência, no
entanto contaminam o imaginário. Ivan Fortunato, em seu ensaio “Civilização em crise:
grotesco e histeria devoram o jornalismo”, salienta que o que é noticiado nos jornais é
compreendido como reflexo de toda dinâmica social. Assim, compreende-se que os fatos
induzem a sociedade a agir conforme o que assiste. Fortunato (2010) cita Muniz Sodré e
Raquel Paiva (2002) que identificam a atual presença do grotesco na vida cotidiana e,
consequentemente na mídia.
A manifestação do grotesco se dá pela escatologia, isto é, nas
referências aos dejetos humanos (vômitos, fezes, gases), secreções,
órgão sexuais, coito, e a sua consequente exibição pública; e/ou pela
teratologia, a exposição de aberrações, monstruosidades, deformações,
animalidade e escândalos. O grotesco, afirmam os autores, ‘funciona
por catástrofe [...]. Trata-se da mutação brusca, da quebra insólita de
uma forma canônica, de uma deformação inesperada’ (SODRÉ;
PAIVA, 2002, p. 19-25). [...] Assim, quanto maior o escândalo, mais
vale a pena exibi-lo. (FORTUNATO, 2010, p. 4-5)
11. 8
A narrativa jornalística também é um fator de influência, pois usa de estruturas
narrativas próximas ao melodrama. Na Revista Pauta Geral- Estudos em Jornalismo
(2014), os autores frisam que reportagens têm como principal marca o excesso, assim
como o suspense e uma visão de mundo maniqueísta, dividida entre o bem e o mal, o
certo e o errado.
Como todas as narrativas, as produções jornalísticas e, de um modo
geral, as narrativas midiáticas, podem ser vistas como verdadeiros
produtos culturais, pois retêm ecos da realidade onde foram construídas.
Diante disso, Resende (2006) comenta que as notícias e, de forma
alargada, a reportagem e outras narrativas jornalísticas, carregam
resquícios da estrutura do próprio tecido social. (OLIVEIRA; SILVA;
PELINSON, 2014)
Sendo assim, como tudo tem seu lado bom e ruim, com a mídia não seria diferente.
Veremos exemplo desse efeito da mídia na sociedade no tópico a seguir.
2.1 Teoria do agendamento: o efeito da mídia na sociedade
Em janeiro de 2018, o Tribunal Regional Federal da 4° Região, em Porto Alegre,
condenou o ex-presidente Lula, em segunda instância, a 12 anos e um mês de prisão, por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá, São Paulo. No
dia 05 de abril, o juiz Sérgio Moro decretou a prisão de Lula, após o Supremo Tribunal
Federal rejeitar um habeas corpus, pedido pela defesa do ex-presidente.
A mídia fez uma cobertura completa, desde o início da investigação, no caso do
tríplex, até o momento que o ex-presidente Lula foi preso. Esse assunto tem sido bastante
comentado entre os brasileiros, nas redes sociais e em rodas de conversa. Muito têm se
discutido sobre a condenação, e pela observação dos fatos, transmitidos pela mídia, o
telespectador constrói a sua opinião. Esse é o grande efeito que a mídia tem na sociedade,
bem como defende a ideia da teoria do agendamento.
Os consumidores de notícias tendem a considerar mais importantes os
assuntos que são veiculados na imprensa, sugerindo que os meios de
comunicação agendam nossas conversas. Ou seja, a mídia nos diz sobre
o que falar e pauta nossos relacionamentos. (PENA, 2005)
Mauro Wolf (2003), em seu livro Teorias da Comunicação, fala sobre o novo
modelo da comunicação centrado no processo de significação: “a influência da mídia é
12. 9
admitida na medida em que ajuda a estruturar a imagem da realidade social, a longo prazo,
a organizar novos elementos dessa mesma imagem, a formar opiniões e crenças novas”.
No Rio de Janeiro, o assunto violência tem maior durabilidade nos noticiários
diários. Por isso, o tema é prioritariamente abordado pelos cidadãos, que divide opiniões
sobre os mecanismos de defesas anunciados pelo o Estado.
Notícias sobre policiais mortos, pessoas sofrendo assaltos, mulheres sendo
agredidas e crianças sendo baleadas, são alguns dos assuntos expostos diariamente. Os
cariocas têm a sensação de estarem vivendo em uma guerra constante, e isso influencia
no modo de viver e conviver. “A ação da mídia no conjunto de conhecimentos sobre a
realidade social forma a cultura e age sobre ela” (PENA, 2005).
Mas, não são só as grandes emissoras que informam sobre os acidentes na cidade.
Sendo assim, não são as únicas a formarem opiniões dos cidadãos. Outros canais de
comunicação ganharam força, e é sobre eles que iremos abordar no próximo capítulo.
2.2 Jornalismo comunitário
Felipe Pena (2005) acredita que o jornalismo comunitário “é uma das formas mais
factíveis de democratizar o acesso à informação” e acrescenta que o conteúdo informado
“atende às demandas da cidadania e serve como instrumento de mobilização social”.
Grandes emissoras também podem mobilizar pessoas, mas nenhuma tem como missão
informar e justificar a condição de vida de uma determinada comunidade. “O
compromisso não é apenas factual, mas também social” (PENA, 2005)
Em consequência ao caos instalado em vários pontos da cidade do Rio de Janeiro,
quatro amigos se uniram e lançaram o serviço “Onde Tem Tiroteio” (OTT) com o
objetivo de ajudar o cidadão “a sair das rotas dos arrastões, das falsas blitzes e das balas
perdidas”, é o que apresenta no perfil do aplicativo, desenvolvido para dispositivos
móveis. Criado em janeiro de 2016, hoje o OTT está presente em todas as redes sociais e
conseguiram atingir 4,7 mil pessoas com seus informes em tempo real.
Os dados coletados e divulgados pela plataforma são impressionantes: 5.155
tiroteios e 438 arrastões registrados em 2017. Os amigos recebem notificações nas redes
e contam com 2 mil voluntários para checar a veracidade das informações. Em uma
entrevista cedida para o site UOL (2018), Dennis Coli, co criador e administrador do
serviço, disse que essa forma de apuração dos fatos conferiu credibilidade, deu
visibilidade e fez o serviço crescer.
13. 10
Na pesquisa realizada para este trabalho, pelo menos 20 pessoas citaram o serviço
como meio para obter informação sobre as notícias da cidade. Entretanto, outros perfis
das redes sociais foram lembrados, como: Rio de Nojeira e Baixada Viva Notícias, além
de outros específicos de cada bairro. “Parece que é disso que trata o jornalismo
comunitário: disposição. Disposição de levar informação de real importância para
comunidades que precisam dela”. (PENA, 2005).
14. 11
3 CULTURA DO MEDO E O COMPORTAMENTO DO HOMEM MODERNO
Cultura consiste no conjunto de conhecimentos, costumes, crenças, padrões de
comportamento, adquiridos e transmitidos socialmente, que caracterizam um grupo
social. A palavra medo, com relação a psicologia, significa estado psíquico provocado
pela consciência do perigo, real ou apenas imaginário, ou por ameaça (MICHAELIS,
2015)
O sociólogo Barry Glassner, em Cultura do Medo (2003), aborda como a
sociedade norte-americana engole rumores como se fossem fatos. Acreditam na
manipulação de dados e acabam por elaborar uma cultura do medo. Glassner (2003) apoia
sua obra na violência que abrange os Estados Unidos. Todavia, os Estados Unidos e o
Brasil têm muito em comum quanto à violência, segundo Paulo Sérgio Pinheiro (2003),
ambos têm as mais altas taxas de homicídios, uma das formas mais cruéis de violência.
Pode-se afirmar que parte do medo e influência na sociedade provém da mídia,
principalmente a televisão e sua cobertura sobre o crime. Na pesquisa realizada para este
trabalho, 89,9% dos entrevistados deixaram de ir a algum lugar por ler ou ver uma notícia
negativa sobre a região. Glassner (2003) confirma esse comportamento ao citar uma
pesquisa de George Gerbner, jornalista e teórico da Comunicação, que explica o
posicionamento das pessoas diante das notícias assistidas na TV:
Veja uma quantidade de brutalidade na TV e começará a acreditar que
está vivendo em um mundo cruel e sombrio, em que você se sente
vulnerável e inseguro. Em pesquisas realizadas, durante três décadas
Gerbner verificou que as pessoas que assistem muita TV apresentam
maior tendência do que as outras de acreditar que o bairro onde vivem
é inseguro, a supor que os índices de criminalidade estão aumentando e
a superestimar a probabilidade de se tornar vítimas da violência.
(GLASSNER, 2003 p.99)
Durante o XXXIV Congresso Brasileiro de Psiquiatria (2016), que ocorreu em
São Paulo, o psiquiatra marroquino Driss Moussaoui falou sobre a relação entre violência
e doença mental e as preocupações sobre o efeito que essa junção faz. Não é necessário
uma pessoa passar por uma situação de violência para apresentar os sintomas de
transtornos ligados à ansiedade e à depressão, basta ser um espectador. Moussaoui alerta
sobre o terrorismo transmitido pela TV: “Vivemos em uma vila global, ou seja, tudo que
acontece na outra ponta do mundo acontece na minha casa, na minha sala. Ou assisti, ou
ouvi”. Ainda sobre a representação nos telejornais, o psiquiatra declara os diferentes
impactos provocados por esse estímulo:
15. 12
Primeiro, instiga sentimentos de medo e insegurança nas pessoas. O
segundo impacto é nas crianças, que podem não perceber que a mesma
cena está sendo repetida e se tornam extremamente perturbadas e
ansiosas. O terceiro aspecto negativo é em relação às pessoas que
tenham tido algum tipo de transtorno pós-traumático. (MOUSSAOUI
apud MATTOS, 2016).
Uma das questões a ser respondida no decorrer da análise de Glassner (2003) é
“como chegamos a estar tão iludidos quanto à verdadeira natureza e extensão desses
problemas?”. Pinheiro (2003) conduz ao entendimento do comportamento da mídia
diante desse impasse, sendo possível notar a diferença entre as reportagens da mídia
eletrônica e as da escrita, assim como sua importância na construção da sociedade
moderna:
Os repórteres de televisão preocupam-se com as cenas do aqui e agora;
os jornalistas da imprensa escrita tendem a “metaforizar” os temas de
suas reportagens e conectá-los a fenômenos de que estão distantes, seja
por não entendê-los, seja por não saber lidar a contento com eles.
(PINHEIRO, 2003 p.15)
Para exemplificar, Pinheiro (2003) cita que as ruas das cidades americanas são
mais seguras do que qualquer cenário de guerra no mundo, mas algumas reportagens as
comparam. Ainda afirma que “situações de fato e extremamente dramáticas para a vida
das pessoas recebem muito menos exposição na mídia que a criminalidade”.
Entretanto, no Brasil, especificamente no estado do Rio, fatos “esquecidos” pelas
grandes emissoras estão sendo propagados nas redes sociais digitais, nas denominadas:
produção independente.
3.1 O impacto da violência representada nas redes sociais
Uma pesquisa realizada pelo We Are Social, denominada Digital in 2017, aponta
que há 2,7 bilhões de usuários ativos nas redes sociais no mundo todo. No Brasil, a
pesquisa revela que 58% da população do país, ou seja, mais da metade acessa as redes
sociais ao menos uma vez ao mês. Esses dados tornaram o Brasil, o segundo país que
mais passa tempo nas redes sociais.
O Facebook é a rede mais popular do mundo e, consequentemente, do Brasil, com
um total de 120 milhões de usuários. É a rede social mais versátil, ideal para gerar
negócios, conhecer pessoas, informar-se, debater, entre outras coisas. Outra rede social
importante no meio informativo é o Twitter, em que, geralmente, os usuários comentam
16. 13
e debatem o que estão assistindo na TV, postam comentários sobre noticiários, reality
shows e outros programas. Com isso, pode-se afirmar que o conteúdo das redes sociais
impacta diretamente nas nossas vidas.
Na pesquisa realizada para este trabalho, 87,9% dos entrevistados utilizam as
redes sociais para obter informação, em seguida aparece a TV com 67,6% e 50,7%
também optam pelo jornal online. Além desses meios, mais de 76% acompanham perfis
nas redes sociais com notícias da cidade e/ou bairro, citado no capítulo sobre Jornalismo
Comunitário.
Essas produções independentes são bem vistas pelos usuários, entretanto as
notícias divulgadas aparentam serem, muitas vezes, duvidosas, por que são os próprios
usuários que alimentam as páginas, enviando fotos e textos sobre um ocorrido. As notícias
sobre violência são superiores a qualquer outra e viralizam rapidamente, causando medo
em toda a população. Por ser na própria cidade e/ou bairro, as pessoas se sente forçada a
reagir inconscientemente para se proteger do perigo que foi avistado em páginas nas redes
sociais ou na TV.
Na pesquisa citada anteriormente, pessoas relataram, anonimamente, reações em
possível situação de perigo. O mais comentado foi a sensação de que vai ser assaltado no
ônibus e descer no ponto mais próximo, mesmo que seja longe do seu destino, outra ação
foi esconder-se em lojas ou casas para fugir de um possível assalto. Tudo isso, é
consequente dos padrões de notícias de violência representado na mídia. E o medo da
violência é um dos motivos que nos leva a adquirir transtornos.
3.2 Transtornos mentais associados à violência urbana
Vivemos em um país com maior taxa de transtorno de ansiedade no mundo e o
quinto em casos de depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS-2017).
Médicos e especialistas apresentam hipóteses para explicar o porquê dessa posição do
Brasil no Ranking. Uma das causas preocupantes são os índices de violência nas cidades
grandes, que vem sendo noticiado a todo instante.
Dados de um relatório do Instituto de Segurança Pública (ISP-2018), ligado ao
Governo do Rio de Janeiro, revela níveis alarmantes em relação à violência no estado.
Em 2017 foram registrados 230.450 roubos, alta de 91,5% em comparação há sete anos.
Com o medo instaurado, nosso corpo torna-se apto a se defender ou fugir durante
uma ação, o que não nos impossibilita viver uma situação. A ansiedade antecipa essa
prontidão, atingindo nosso estado mental e corporal, podendo se tornar uma doença.
17. 14
A revista Superinteressante (2017), sobre “Ansiedade”, introduz um breve
contexto deste transtorno e nos leva a entender o enredo em que a humanidade se
desenvolveu que é a narrativa da ansiedade. Pois somos expostos a estímulos que levam
a isso. Maurício Horta (2017) afirma que o medo e a ansiedade caminham lado a lado:
“Enquanto o medo é uma disposição corporal momentânea, a ansiedade é um estado
mental e corporal mais espalhado pelo tempo. Ela é causada por uma ameaça diluída”. E
ainda declara:
A ansiedade é a reação a uma perda futura. Com ela, nós permanecemos
preocupados, mas não sabemos por quê. Não identificamos qual o
gatilho, pois ele realmente não existe. Ele poderá vir a acontecer. Ou
não. E isso basta para que nós nos preparemos. Para que fiquemos
ansiosos [...] Qualquer incerteza ou imprevisibilidade é gatilho de
ansiedade. E, como a vida é cheia de incertezas, não é de admirar que
tantas pessoas vivam ansiosas. (HORTA, 2017 p.9)
Há seis principais distúrbios de ansiedade, sendo um deles o Transtorno
Obsessivo-Compulsivo (TOC). De acordo com Fernando Corrêa (2017) “a mente de
quem tem toque é marcada por repetições: pensamentos desconfortáveis de que não se
consegue fugir, combatidos com comportamentos compulsivos para atenuar o
sofrimento”. A pessoa com esse transtorno sente dificuldade em buscar por ajuda por
vergonha e constrangimento. “O ato de pensar em algo é perigoso, aumenta a
probabilidade de acontecer o que mais se teme”. (CORRÊA, 2017)
Por mais que ansiedade e depressão sejam doenças diferentes, elas têm sintomas
parecidos. Não é provado que uma é consequência da outra, mas dados da Anxiety and
Depression Association of America (ADAA) mostram que boa parte dos pacientes com
depressão tem um histórico de transtorno de ansiedade anterior. Clarissa Barreto (2017)
assegura que pessoas diagnosticadas com depressão relatam falta de energia,
pensamentos negativos, problemas com o sono. Portanto, se alguém adquirir o transtorno,
pode ter graves consequências como não tomar banho e nem mesmo ter forças para
levantar da cama. “Como no caso da ansiedade, a terapia cognitivo-comportamental é um
dos mais eficazes, especialmente se combinada com medicamentos antidepressivos”.
(BARRETO, 2017).
O mais difícil de superar são os motivos que levaram a ansiedade e depressão. Por
isso, escolhemos entrevistar uma personagem que sofreu, e ainda se trata, por
18. 15
consequência da violência na cidade, que será conhecida, brevemente, no próximo
capítulo, e com mais detalhe, no projeto final.
19. 16
4 PROCESSO DE PRODUÇÃO
Iniciou-se pela visível falta de conscientização aos cidadãos sobre casos de
transtornos, que podem ser graves e precisam ser tratados. E, principalmente, curiosidade
sobre como a violência urbana influencia no surgimento desses transtornos. No começo
do trabalho, pensava-se escrever um artigo, entretanto, pesquisando sobre o assunto só se
viam textos e nenhuma reportagem em vídeo. Sendo assim, surgiu a ideia de elaborar o
Trabalho de Conclusão de Curso no formato de reportagem especial em TV.
Primeiro, foi desenvolvido um formulário do GOOGLE com perguntas
relacionadas ao tema, intitulado: “Pesquisa sobre o impacto da violência no RIO
representada nas redes sociais”. O formulário foi divulgado no dia 21 de março de 2018,
através das redes sociais digitais e seu término deu-se no dia 9 de abril de 2018. Com
ajuda de familiares, amigos e grupos no facebook, foram registradas 207 respostas. A
pesquisa foi muito importante para enriquecer e trazer veracidade ao trabalho. Abaixo,
segue alguns resultados que foram essenciais para a construção do relatório e da
reportagem especial em TV:
Fonte: o Autor(2018).
Fonte: o Autor(2018).
20. 17
Fonte: o Autor(2018).
Fonte: o Autor(2018).
A escolha dos personagens para a entrevista foi fácil e deram certo para
complementação deste projeto. Uma das dificuldades foi encontrar uma pessoa com
transtorno causado pela violência e quisesse falar sobre isso. Graças ao formulário,
localizamos a estudante Beatriz, que prontamente atendeu nosso pedido. Encontramos
dificuldades, também, ao gravar o “povo fala”, pois poucas pessoas estavam dispostas a
dar entrevistas, porém foram bem aproveitados os takes que conseguimos.
A passagem foi captada pela equipe de audiovisual da FACHA (Faculdades
Integradas Hélio Alonso), bem como algumas imagens de apoio, salvo a da Policial
Militar reformada. Todas as outras imagens que aparecem na reportagem especial,
21. 18
inclusive as entrevistas, foram feitas pela própria aluna, autora do projeto, Clarice
Ribeiro, assim como a edição, com auxílio de Beatriz Helena e Rayane Ribeiro,
estagiárias de audiovisual da FACHA Méier.
4.1 As entrevistas
Para a gravação foram utilizados equipamentos próprios (câmera, tripé) e o áudio,
gravado pelo celular, foi prejudicado pelo barulho no ambiente em que estávamos.
A primeira entrevistada foi a Policial Militar Reformada e ex-inspetora de
Segurança Penitenciária, Mônica Marques. Ela foi afastada do trabalho por invalidez
permanente, que de acordo com o site oficial do INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social), é um benefício devido ao trabalhador permanentemente incapaz de exercer
qualquer atividade laborativa. No caso dela, foi requerido um auxílio doença. Ela sofria
de ansiedade e depressão, consequentes do ambiente de trabalho.
As perguntas destinadas a Mônica foram:
Você foi diagnosticada com algum transtorno mental? Qual?
Como descobriu o transtorno?
O transtorno foi por consequência de violência vivenciada no ambiente de trabalho. Pode
contar como foi?
Como lidou com o transtorno?
Você tem medo da violência que abrange o Rio?
Você concorda que as notícias de violência transmitida pela TV ou representada nas redes
sociais assustam ainda mais os moradores da cidade?
22. 19
A segunda entrevista foi realizada em uma das salas de aula da FACHA Méier
com a estudante de cinema, Beatriz Bonifácio. Ela adquiriu transtorno de ansiedade, em
2013, após passar por um assalto a mão armada, em que bandidos renderam ela e a mãe
no carro. Ela paralisou, e teve dificuldades em sair do veículo, até que foi ameaçada com
arma apontada na cabeça e percebeu que se tratava de um assalto. Ela não imaginava que
isso aconteceria um dia. Depois do incidente, Beatriz teve depressão e, mesmo após cinco
anos, ainda faz terapia, método que a ajudou lidar com esse trauma.
Sobre as perguntas para a estudante:
Você foi diagnosticada com ansiedade em 2013. Pode contar como descobriu?
Como lidou com o transtorno?
Você se assusta com as notícias sobre violência no Rio? Sente medo ao andar pela cidade?
O que fez/faz para superar o medo?
Você deixou de fazer algo que desejava por medo da violência?
Como você era antes do transtorno e como se sente hoje em dia?
A terceira entrevista foi com o Professor Doutor Nelson Romeiro. Atualmente
professor da FACHA, atua há 35 anos na área de ensino. Especializou-se em psicologia
e psicanálise. A conversa foi interrompida algumas vezes por problemas na câmera e, por
isso, certas respostas não foram gravadas. Por isso, procurei reforçar esse tema, também,
com outra figura do psicólogo.
23. 20
Perguntas feitas para o Professor Doutor Nelson Romeiro:
Quais os transtornos que podem ser adquiridos por conta da violência?
Qual o tratamento adequado para as pessoas com esse transtorno?
Já lidou com pessoas com medo da violência?
Você concorda que as notícias agravam esses transtornos?
Por que notícias sobre violência e/ou criminalidade chamam tanto a atenção do público
geral? Seria catarse?
A última entrevista foi com a psicóloga Danielle de Castro. O áudio da gravação
também foi um pouco afetado devido ao local da filmagem.
As perguntas para a psicóloga foram:
O que é ansiedade?
Qual o tratamento adequado para as pessoas transtornos, tais como: ansiedade, depressão,
síndrome do pânico, etc.?
24. 21
Você concorda que as notícias agravam esses transtornos?
4.2 Script
TÍTULO:
A representação da violência urbana na mídia e sua influência na vida das
pessoas
AUTOR:
Clarice da Silva Ribeiro Filomeno
OFF 1 – APRESENTAÇÃO DO TEMA
00’09” até 00’19”
POVO FALA – PRAÇA MAUÁ, RIO
00’20” até 00’30”
POVO FALA – SAÚDE, RIO
00’31” até 00’41”
PASSAGEM – CLARICE RIBEIRO – SAÚDE, RIO
00’42” até 00’57”
POVO FALA – SAÚDE, RIO
00’58” até 01’16”
OFF 2 – INTRODUÇÃO A ESTUDANTE COM TRANSTORNO MENTAL
01’17” até 01’38”
SONORA – BEATRIZ BONIFÁCIO – ESTUDANTE
01’39” até 02’18”
SONORA – DANIELLE DE CASTRO – PSICOLÓGA
02’19” até 02’46”
SONORA – BEATRIZ BONIFÁCIO – ESTUDANTE
02’47” até 03’07”
SONORA – NELSON ROMEIRO – PROFESSOR DOUTOR EM COMUNICAÇÃO
03’08” até 03’53”
OFF 3 – INTRODUÇÃO A POLICIAL MILITAR REFORMADA
03’54” até 04’11”
SONORA – MÔNICA MARQUES – POLICIAL MILITAR
04’12” até 04’28”
SONORA – DANIELLE DE CASTRO – PSICÓLOGA – TRATAMENTOS
NECESSÁRIOS PARA TRASNTORNOS MENTAIS
04’29” até 04’55”
25. 22
SONORA – MÔNICA MARQUES – POLICIAL REFORMADA – INCONFORMADA
COM A SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA NO PAÍS
04’56” até 05’08”
SONORA – DANIELLE DE CASTRO – PSICÓLOGA – COMO SE COMPORTAR
DIANTE DAS NOTÍCIAS
05’09” até 05’35”
SONORA – BEATRIZ BONIFÁCIO – ESTUDANTE – CONSCIENTIZANDO SOBRE
ANSIEDADE
05’36” até 06’01”
26. 23
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta da reportagem especial em TV foi de apresentar dados e relatos reais
que comprovem a consequência negativa de reportagens e notícias sobre violência na
saúde mental. Foi constatado que muitas pessoas mudam sua rotina por conta da
violência, e se veem “presas”, por medo de passar por alguma situação de risco. Esse
medo agrava os distúrbios mentais e têm prejudicado hábitos e o prazer de viver na
cidade.
Para a construção do projeto foram realizadas pesquisas em sites de estatísticas,
em livros e artigos referentes a violência e ao medo, conjunto com a comunicação. Foi
criado um formulário pelo GOOGLE, que obteve mais de duzentas respostas, para
contribuição no relatório e deu-se um resultado proveitoso. As entrevistas se completam
e dão autenticidade a reportagem especial em TV.
O trabalho também é um alerta aos profissionais de comunicação, que terão ainda
mais conhecimento sobre o assunto, referente a saúde mental, e a consciência do tamanho
de sua influência na vida das pessoas.
Transtornos mentais são a segunda causa dos atendimentos de urgência, de acordo
com a Associação Brasileira de Psiquiatria (2011). Esses casos não são discutidos com
muita frequência pela sociedade, por isso a vontade de colocar em pauta e fazer esse papel
de conscientizar o máximo de pessoas.
27. 24
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