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Calorimetria
Prof. Giovani
Aula 07
CALORIMETRIA
Calorimetria é a parte da física que estuda
os fenômenos relacionados as trocas de
energia térmica. Essa energia em trânsito é
chamada de calor e ocorre devido a
diferença de temperatura entre os corpos.
CALOR
Energia Térmica em trânsito devido a diferença de temperatura entre corpos. Costuma-se dizer que calor é
ENERGIA TÉRMICA EM MOVIMENTO.
Portanto, o calor corresponde à energia térmica que é transferida de um corpo para
outro.
Joseph Black (1728 – 1799)
Físico, Químico e Médico escocês, evidenciou-se no seu trabalho
sobre Termodinâmica, sendo o primeiro a distinguir Calor de
Temperatura. Introduziu a noção de Calor Específico e de Calor
Latente. É considerado, juntamente com Cavendish e Lavoisier, um
dos pioneiros da Química Moderna.
Imagem: James Heath (engraver) after Henry Raeburn /
Domínio Público
Capacidade térmica
A grandeza física que relaciona a quantidade de
calor Q com a variação de ∆𝜃 temperatura é
denominada capacidade térmica C, dada por:
Equivale ao quociente entre a quantidade de
calor recebido ou cedido pelo corpo e a
correspondente variação de temperatura.
𝑪 =
𝑸
∆𝑻
Exemplo:
46ºC
26ºC
Neste caso, temos: 𝑪 =
𝟒𝟎 𝒄𝒂𝒍
𝟐𝟎 𝒐𝑪
Logo: 𝐂 = 𝟐 𝐜𝐚𝐥/𝐨𝐂
Esse resultado nos indica que, para variar a
temperatura desse corpo em 1 ºC, precisaremos
fornecer a ele 2 cal.
Calor específico (c)
Como a capacidade térmica é uma característica de um corpo, para caracterizar termicamente uma substância
e poder compará-la com outras, devemos determinar a sua capacidade térmica específica, ou seja, a
capacidade térmica quando se considera uma unidade de massa da substância
𝑐 =
𝐶
𝑚
⇒ 𝐶 =
𝑄
∆𝑇
𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑐 =
𝑄
𝑚 ∙ ∆𝑇
http://d1gnq2svmchsi4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2012/02/cryoscope.jpg
Exemplo:
Esse resultado nos indica que, para variar a temperatura de 1 g do material
que compõe esse corpo em 1 º C, precisaremos fornecer a ele 0,5 cal.
Nesse caso, temos: 𝒄 =
𝟎, 𝟓 𝒄𝒂𝒍
𝟏𝒈 ∙ 𝟏 𝒐𝑪
Logo: c = 0,5 cal/(g. oC)
27ºC
26ºC
Calor sensível
Q m c 
  
Equação Fundamental da Calorimetria
𝑐 =
𝑄
𝑚 ∙ ∆𝑇
Vamos considerar que um corpo troque calor com outro sem que haja mudança de fase. Nessas condições, o
corpo esquenta quando recebe calor e esfria quando cede calor.
Por meio de termômetros, identificamos perda ou ganho de calor (energia) medindo a variação de temperatura.
A quantidade de calor trocada pelos corpos é denominada calor sensível. Tais conclusões aplicam-se a sólidos,
líquidos e gases sob volume constante.
Calorímetro
O Calorímetro é um aparelho utilizado em laboratório com o objetivo de si
realizar experiências envolvendo trocas de calor entre corpos ou substâncias.
Calor específico
O calor específico é uma característica do material (substância) que constitui o corpo.
Q
m c

 

Calor latente
A quantidade de calor latente que um corpo ou um fluido recebe ou cede,
nas
transições entre fases, depende de dois fatores:
• massa m da substância;
• uma constante de proporcionalidade L característica da substância,
denominada calor latente de mudança de fase; essa grandeza indica
quanto calor é necessário para que cada unidade de massa da substância
sofra a mudança de fase considerada; por exemplo, no caso da água,
temos:
Importante lembrar que a temperatura
permanece inalterada durante todo o
processo de mudança de fase.
𝐿𝑓𝑢𝑠ã𝑜 = 80𝑐𝑎𝑙/𝑔
𝐿𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = 540𝑐𝑎𝑙/𝑔
A expressão matemática do calor latente é o produto:
𝑄𝐿 = 𝑄 ∙ 𝐿
Calor latente
Estados físicos da matéria
Exemplo
Qual é a quantidade de calor necessária para fundir 100 g de gelo, inicialmente a -10 ºC? O calor
específico do gelo é igual a 0,5 cal/g.°C e o calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g
OBRIGADO!
PIETROCOLA, M. POGIBIN, A. ANDRADE, R. ROMERO, T. Física em Contextos. Vol 2. São Paulo: Ed do Brasil,
2016.
BONJORMO, J. R.; RAMOS, C. M.; PRADO; E. P.; BONJORNO, V.; BONJORNO, M. A.; CASEMIRO,
R.; BONJORNO, R. F. S. A. Física: Termologia, Ondulatória e Óptica , 2º ano. São Paulo: FTD, 2016.
BARRETO F, Benigno. SILVA, Claudio. Física aula por aula: Termologia, Ondulatória e Óptica, 2°/ Benigno
Barreto Filho, Claudio Xavier da Silva. - 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016.
MARTINI, Glorinha. SPINELLI, Walter. REIS, Hugo C. SANT’ANNA, Blaidi. Conexões com a Física. Vol 2. 3ª
Edição. São Paulo: Moderna, 2016.
REFERÊNCIAS

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  • 2. CALORIMETRIA Calorimetria é a parte da física que estuda os fenômenos relacionados as trocas de energia térmica. Essa energia em trânsito é chamada de calor e ocorre devido a diferença de temperatura entre os corpos.
  • 3. CALOR Energia Térmica em trânsito devido a diferença de temperatura entre corpos. Costuma-se dizer que calor é ENERGIA TÉRMICA EM MOVIMENTO. Portanto, o calor corresponde à energia térmica que é transferida de um corpo para outro.
  • 4. Joseph Black (1728 – 1799) Físico, Químico e Médico escocês, evidenciou-se no seu trabalho sobre Termodinâmica, sendo o primeiro a distinguir Calor de Temperatura. Introduziu a noção de Calor Específico e de Calor Latente. É considerado, juntamente com Cavendish e Lavoisier, um dos pioneiros da Química Moderna. Imagem: James Heath (engraver) after Henry Raeburn / Domínio Público
  • 5. Capacidade térmica A grandeza física que relaciona a quantidade de calor Q com a variação de ∆𝜃 temperatura é denominada capacidade térmica C, dada por: Equivale ao quociente entre a quantidade de calor recebido ou cedido pelo corpo e a correspondente variação de temperatura. 𝑪 = 𝑸 ∆𝑻 Exemplo: 46ºC 26ºC Neste caso, temos: 𝑪 = 𝟒𝟎 𝒄𝒂𝒍 𝟐𝟎 𝒐𝑪 Logo: 𝐂 = 𝟐 𝐜𝐚𝐥/𝐨𝐂 Esse resultado nos indica que, para variar a temperatura desse corpo em 1 ºC, precisaremos fornecer a ele 2 cal.
  • 6. Calor específico (c) Como a capacidade térmica é uma característica de um corpo, para caracterizar termicamente uma substância e poder compará-la com outras, devemos determinar a sua capacidade térmica específica, ou seja, a capacidade térmica quando se considera uma unidade de massa da substância 𝑐 = 𝐶 𝑚 ⇒ 𝐶 = 𝑄 ∆𝑇 𝐿𝑜𝑔𝑜 𝑐 = 𝑄 𝑚 ∙ ∆𝑇 http://d1gnq2svmchsi4.cloudfront.net/wp-content/uploads/2012/02/cryoscope.jpg Exemplo: Esse resultado nos indica que, para variar a temperatura de 1 g do material que compõe esse corpo em 1 º C, precisaremos fornecer a ele 0,5 cal. Nesse caso, temos: 𝒄 = 𝟎, 𝟓 𝒄𝒂𝒍 𝟏𝒈 ∙ 𝟏 𝒐𝑪 Logo: c = 0,5 cal/(g. oC) 27ºC 26ºC
  • 7. Calor sensível Q m c     Equação Fundamental da Calorimetria 𝑐 = 𝑄 𝑚 ∙ ∆𝑇 Vamos considerar que um corpo troque calor com outro sem que haja mudança de fase. Nessas condições, o corpo esquenta quando recebe calor e esfria quando cede calor. Por meio de termômetros, identificamos perda ou ganho de calor (energia) medindo a variação de temperatura. A quantidade de calor trocada pelos corpos é denominada calor sensível. Tais conclusões aplicam-se a sólidos, líquidos e gases sob volume constante.
  • 8. Calorímetro O Calorímetro é um aparelho utilizado em laboratório com o objetivo de si realizar experiências envolvendo trocas de calor entre corpos ou substâncias.
  • 9. Calor específico O calor específico é uma característica do material (substância) que constitui o corpo. Q m c    
  • 10. Calor latente A quantidade de calor latente que um corpo ou um fluido recebe ou cede, nas transições entre fases, depende de dois fatores: • massa m da substância; • uma constante de proporcionalidade L característica da substância, denominada calor latente de mudança de fase; essa grandeza indica quanto calor é necessário para que cada unidade de massa da substância sofra a mudança de fase considerada; por exemplo, no caso da água, temos: Importante lembrar que a temperatura permanece inalterada durante todo o processo de mudança de fase. 𝐿𝑓𝑢𝑠ã𝑜 = 80𝑐𝑎𝑙/𝑔 𝐿𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟𝑖𝑧𝑎çã𝑜 = 540𝑐𝑎𝑙/𝑔 A expressão matemática do calor latente é o produto: 𝑄𝐿 = 𝑄 ∙ 𝐿
  • 13. Exemplo Qual é a quantidade de calor necessária para fundir 100 g de gelo, inicialmente a -10 ºC? O calor específico do gelo é igual a 0,5 cal/g.°C e o calor latente de fusão do gelo é de 80 cal/g
  • 15. PIETROCOLA, M. POGIBIN, A. ANDRADE, R. ROMERO, T. Física em Contextos. Vol 2. São Paulo: Ed do Brasil, 2016. BONJORMO, J. R.; RAMOS, C. M.; PRADO; E. P.; BONJORNO, V.; BONJORNO, M. A.; CASEMIRO, R.; BONJORNO, R. F. S. A. Física: Termologia, Ondulatória e Óptica , 2º ano. São Paulo: FTD, 2016. BARRETO F, Benigno. SILVA, Claudio. Física aula por aula: Termologia, Ondulatória e Óptica, 2°/ Benigno Barreto Filho, Claudio Xavier da Silva. - 3ª Ed. São Paulo: FTD, 2016. MARTINI, Glorinha. SPINELLI, Walter. REIS, Hugo C. SANT’ANNA, Blaidi. Conexões com a Física. Vol 2. 3ª Edição. São Paulo: Moderna, 2016. REFERÊNCIAS