O documento discute os deveres de preservar a própria vida e a vida dos outros de acordo com o 5o Mandamento. Ele explica que devemos cuidar da nossa saúde e evitar comportamentos imprudentes que possam levar à morte. Também devemos evitar qualquer ação que coloque em perigo a saúde ou a vida de outras pessoas, como ódio, duelos, sedução ou escândalo.
2. • Deveres para com a nossa própria vida
• A saúde e a vida do corpo são dum grande valor para a vida da alma e para a
salvação eterna, pois a vida terrena é o tempo de semear, para se colher na vida
eterna.
• Com efeito o corpo é a morada criada por Deus para a alma imortal; do estado do
corpo depende muitas vezes o da alma.
• Nós não passamos de inquilinos desta habitação onde Deus colocou a nossa alma, e
por consequência não temos direito de a deteriorar nem de a destruir, não podemos
servir-nos dela senão como dum bem alheio (S. Bern.).
3. • Além disso, o nosso corpo é o instrumento da alma, que nos foi confiado por Deus
para acumularmos merecimentos para a vida eterna
• Portanto temos obrigação de cuidar da conservação da nossa saúde e da nossa vida,
pela limpeza, temperança, ordem, trabalho e pelo emprego dos remédios
necessários em caso de doença.
• A saúde é mais preciosa do que imensas riquezas (Ecli. · 216 XXX, 16) porque,
quanto melhor conservarmos a nossa saúde e a nossa vida, mais poderemos
acumular esses tesouros que nem a ferrugem nem o caruncho devoram, e que os
ladrões não podem desenterrar nem roubar (S. Mat. VI, 20).
4. • A saúde é mais preciosa do que imensas riquezas (Ecli. 216 XXX, 16)
porque, quanto melhor conservarmos a nossa saúde e a nossa vida, mais
poderemos acumular esses tesouros que nem a ferrugem nem o caruncho
devoram, e que os ladrões não podem desenterrar nem roubar (S. Mat. VI,
20).
5. • Nunca estejais sem trabalhar; o trabalho não serve só para ganhar o pão
quotidiano, conserva também a saúde, favorecendo o funcionamento regular
do organismo, aguçando o apetite, etc.
• O sangue corrompe-se pela ociosidade como a água pela imobilidade.
• Nunca estejais sem trabalhar; o trabalho não serve só para ganhar o pão
quotidiano, conserva também a saúde, favorecendo o funcionamento regu·
lar do organismo, aguçando o apetite, etc. O sangue cor• rompe-se pela
ociosidade como a água pela imobilidade.
6. • No entanto o cuidado com` a nossa saúde e com a nossa vida não deve
chegar a fazer-nos esquecer a salvação.
• Devemos evitar tudo que possa prejudicar-nos a saúde ou tirar-nos a vida.
• Logo, pecamos quando nos expomos presunçosamente a um perigo de
morte, prejudicando a nossa saúde ou matando-nos.
• Os que dão espetáculos perigosos ou que são imprudentes, expõem-se
´criminosamente ao perigo de morte.
7.
8. • Causa-se dano, criminosamente, à própria saúde, com o excesso dos prazeres, com
certos abusos no vestir, com o uso imoderado de certos alimentos ou bebidas anti-
higiénicas.
• “A intemperança fez morrer muitos homens” (Ecli. XXXVII, 34).
• As modas condenáveis de vestir.
• O suicídio é geralmente cometido por homens sem fé, mergulhados na miséria ou
no pecado, que desesperam do socorro e da misericórdia de Deus; muitas vezes
também, por pessoas irresponsáveis e por conseguinte inocentes.
9. • Judas desesperado, por causa da enormidade do seu crime, enforcou-se (S. Mat.
XXVII, 4).
• Todavia a causa principal e mais frequente deste crime é a falta de religião, a carência
de fé na vida futura, num Deus que auxilia o desgraçado e perdoa ao pecador
arrependido.
• O aumento do número dos suicídios é proporcional à diminuição das convicções
religiosas; é um facto de experiência. - Já os antigos consideravam este crime como
desonroso: cortava-se ao suicida a mão com que se matara e enterravam-na em
separado (S. Isid.).
10. • É licito, é até muito meritório, sacrificar a saúde, ou a vida, quando isto é
necessário para obter a vida eterna ou quando com isso se pode salvar a vida
da alma ou do corpo dos nossos semelhantes.
11. Deveres para com a vida do próximo
• Somos obrigados a evitar tudo o que pode, ria arruinar a saúde ou a vida do
próximo.
• Peca se portanto, quando se odeia o próximo, quando se causa dano à sua
saúde, quando se desafia para duelo ou se lhe aceita um desafio, quando se
lhe dá a morte injusta e intencionalmente.
• Odiar o próximo é por assim dizer ter vontade de o matar; por isso o ódio.
muitas vezes im1 pele para o homicídio.
12. • Causa-se dano à saúde do próximo com discussões e rixas, falsificando os
géneros alimentícios, com brincadeiras perigosas acompanhadas de culpável
imprevidência ou imprudência temerária.
• O duelo não é mais do que um homicídio. O fulminado pela Igreja com a
pena de excomunhão e recusa de sepultura eclesiástica (Cân. 1240, § 1, 4.º, e
2351).
• Comete-se um pecado mais grave que o homicídio, quando se arruína a vida
da alma do próximo, quer pela sedução quer pelo escândalo.
13. • A sedução é a tentativa de levar alguém ao pecado.
• O escândalo consiste em palavras, atos ou omissões que impressionam o
próximo e podem fazê-lo cair em pecado.
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