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AS FOTOGRAFIAS COLORIDAS
VISUALIZAÇÃO DE DADOS
                  ECONÔMICOS




Cercas, portões, estrada de acesso a casa, fios, lâmpadas externas,
situação das paredes, janelas, portas. Situação do quintal,
canteiros, horta. Equipamentos agrícolas e veículos existentes.
Roupas na corda.
Inventário Visual

• Nível Econômico.
• Nível Social.
• Estilo de Vida.
• Estética de decoração.
• Atividade Familiar.
• Ordem da moradia.
• Organização do trabalho.
Inventário Familiar

• Móveis Familiares.
• Aproveitamento do
  espaço habitacional.
• Tecnologia existente.
• Ordem interna
• Cultura Familiar.
• Religiosidade
• Lazer infantil e adulto
VISUALIZAÇÃO DE DADOS SOCIAIS




É importante o registro das questões de gênero, da divisão do
trabalho, da ocupação do espaço geográfico e territorial do
ilhéu, bem como do comportamento dos relacionamentos da
comunidade entre si.
VISUALIZAÇÃO DE DADOS RELIGIOSOS




Os dados religiosos deverão ser capturados nas manifestações
de fé, de crenças no sagrado, no sobrenatural e nas
manifestações nos eventos de caráter religioso e nos signos e
símbolos utilizados pelos nativos da ilha.
Cruzeiro.
Cruz colocada no campo, e
 vista pelos ilhéus da Ilha dos
 Marinheiros como um local
  onde se fazem pedidos, se
agradece milagres recebidos e
  até onde as procissões vão
    levando em andores, os
 Santos Padroeiros, entoando
       cantos e orações.
LENDAS E MITOS




• Existem barreiras culturais enormes entre você e os
  habitantes da ilha. Mantenha uma atitude de respeito,
  sendo educado, cortês e interessado no outro.
• Escute mais do que fale.
• Respeite os valores culturais e religiosos dos Ilhéus
Carocha:
 “ Olha nois táva num lugar lá no retiro. sem
 nada.Era eu e o Bita. Não tinha casa, não tinha
 gente, não tinha nada. Noís muito namorador ia nos
 lugar das vila dos outro pescador do”norte”[1].
 Depois nóis voltava a cavalo. Eu e o Bita tava
 voltando até onde o meu pai tava esperando. Ele
 tinha acendido um liquinho, para nóis o achar. Tinha
 muita cerração e tava escuro que nem preto.
Nóis tava a cavalo e no meio do nada, começamo a
ouvi risada de mueí. Riam na nossa frente. Riam
atrais de nóis. Riam encima de nóis. Isso foi um vinte
minuto ouvindo as risada. Olha era as Bruxa! Elas
andam atrás de home solteiro. Nois tinha so 28 ano e
era soltero. Mas era as Bruxa! Hoje não se fala mais
nisso. Nóis os veio sabemu dela, mas a gurizada não.”
 [1] Norte. Como os pescadores da ilha se referem aos pescadores nativos da
 cidade de São José do Norte.
“Bola de Fogo – Assusta moradores da Ilha.
                                                                              No dia 23 de agosto à noite, 4 mulheres iam
                                                                              passando distraidamente pela Marambaia.
                                                                              Quando avistaram uma enorme bola de fogo,
                                                                              fazendo com que elas gritassem. Os
                                                                              moradores da Marambaia disseram que era o
                                                                              “Boi Tatá”19. Há pessoas que dizem que
                                                                              isso é um pássaro que quando voa abre as
                                                                              asas e aparece em sua cauda uma luz em
                                                                              forma de uma bola e outras dizem que
                                                                              quando alguém carneia um animal, a
                                                                              gordura sobe para as nuvens e com o calor
                                                                              do ar forma-se uma bola de fogo.
                                                                              Reportagem Flávia, Fabiane Marques e
                                                                              Sibele” (ILHÉU, 1995. 04).


Boi Tatá – Fogo-fátuo. Vem do guarani mboi, cobra, e tatá, fogo, cobra de fogo, é mais uma crendice do que uma lenda. (NUNES & NUNES. 1982. 67). “Sprito
perdido” (Fogo-fátuo) é considerado, como um espírito perdido que aparece “nus lugar invisive aquela tocha di fogo”- a cabeça do “spritu mau”é de fogo. Os
compadres que se casam, quando morrem, seus espíritos se batem e lançam fogo no ar. (MARQUES.1973. 63).
VISUALIZAÇÃO DE DADOS CULTURAIS




Associada ao conceito de civilização, todas as manifestações
sociais de uma comunidade, tais como costumes, arte,
moral, e as expressas nas pinturas das casas, nos jardins, na
forma de vestir, nos hábitos e nas aptidões desenvolvidas,
representam os dados culturais a serem registrados.
A caminhada do Projeto
  Fotográfico da Ilha
Os resultados já foram apresentados em diversos Congressos,
no Chile (Valparaíso); Uruguai (Montevideo); Itália (Roma);
Brasil ( Pelotas, Rio Grande, Brasília, Rio de Janeiro, Porto
Alegre, Londrina e Florianopólis).
EQUIPE DO PROJETO




             LYL RECUERO
EQUIPE DO PROJETO




          PAULO AZAMBUJA
EQUIPE DO PROJETO
IDAS À ILHA DOS MARINHEIROS COM A
         EQUIPE DO PROJETO
ACAMPAMENTOS
Referencial bibliográfico
ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson, Fotoetnografia, Um estudo de Antropologia Visual sobre cotidiano,lixo e
trabalho. Livraria Palmarinca/Tomo Editorial Porto Alegre. 1997.
_____________, Fotoetnografia,Da Biblioteca Jardim. Livraria Palmarinca/Tomo Editorial . UFRGS Editora.
2004.
______________. (Org.) Ensaios Sobre o Fotográfico. Unidade Editorial. Porto Alegre. 1998.
ALVES, André. Os Argonautas do Mangue. Editora Unicamp. Campinas.2004
BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Editora Nova Fronteira. 5ª Edição. Rio de Janeiro.1984.
BOURDIEU, Pierre. Um Arte Médio. Ensayo sobre los usos sociales de la fotografia. Editorial Gustavo Gilli.
Barcelona. 2003
COLLIER JR, John. Antropologia Visual : A Fotografia como Método de Pesquisa. Editora da Universidade de
São Paulo. São Paulo. 1973.
FABRIS, Annateresa (Org.) Fotografia usos e funções no século XIX. Edusp. São Paulo. 1991.
FLUSSER, Vilém. Ensaio sobre a fotografia. Para uma filosofia da técnica. Editora Relógio D´Água. Portugal.
1998
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de janeiro, LTC, 1999.
_______. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis, Ed.Vozes, 1999b.
GUIMARÃES, César. Imagens da Memória. Entre o Legível e o Visível. Editora UFMG.Belo Horizonte.1997.
KOSSOY, Boris. Fotografia e história. Editora Ática. São Paulo. 1989.
______________.Realidades e ficções na trama fotográfica. Ateliê Editorial. São Paulo.1999.
LÉVI-STRAUSS. Antropologia Estrutural. Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro . 1967.
______________. Antropologia Estrutural dois. Biblioteca Tempo Universitário. Rio de Janeiro. 1993.
MACHADO, Arlindo. A Ilusão Especular. Introdução à Fotografia. Funarte. Brasiliense. São Paulo.1984.
MALINOWSKI, Bronislaw. Les Argonautes du Pacifique Occidental. Éditions Gallimard. PARIS. 1989.
______________. Argonautas do Pacífico Ocidental. Um Relato do Empreendimento e da Aventura dos Nativos nos
Arquipélagos da Nova Guiné Ocidental. Coleção Os Pensadores. Editora Abril S.A. São Paulo, 1978.
MAUSS, Marcel. Ensaio Sobre a Dádiva. Edições 70.Lisboa. 2001.
______________. Manual de Etnogafía. Editora Fondo de Cultura Econômica. Buenos Aires.2006.
MCLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. Ed. Cultrix, São Paulo, 1964.
NARANJO, Juan. (Ed). Fotografia, antropologia y colonialismo (1845-2006). Editora Gustavo Gilli. Barcelona. Madri.
2006.
RECUERO, Carlos Leonardo.A Fotografia Como Instrumento de Educação Social. Dissertação de Mestrado. UCPEL.
2001.
____________________. O Uso da Imagem fotográfica em trabalhos etnográficos. Signo Latinoamérica, Montevídeo.
Uruguai v. 01, p. 01-03, 2006.
RIBEIRO, José da Silva. Antropologia Visual, práticas antigas e novas perspectivas de investigação. Revista de
Antropologia. São Paulo. USP. 2005.
SAMAIN, Etienne.(org.). O Fotográfico. Editora Ucitec. São Paulo.1998.
 ________________ “Ver”e “dizer” na Tradição Etnográfica: Bronislaw Malinowski e a Fotografia. Horizontes
antropológicos. Porto Alegre, ano 1, n.2, p 23-60. jul-st.1995.
SILVEIRA, Fabrício. O olhar etnográfico de Walter Benjamim. Salvador: Anais do XXV
Congresso Anual em Ciência da Comunicação, 2002.
SONTAG, Susan. Ensaios sobre a fotografia .Editora Arbor. Rio de Janeiro .1981.
STAM, R. Teorias Del Cine. Paidós editora, Barcelona. 2001
VAN LIER, Henri. Philosophie de La Photographie. Lê Cahier de La Photographie Hors. Paris. 1983.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO




         Carlos Leonardo Recuero


         Site do projeto: projetoilhadosmarinheiros.wordpress.com
                         Site pessoal: carlosrecuero.wordpress.com
                                              crecuerok@gmail.com
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  • 18. VISUALIZAÇÃO DE DADOS SOCIAIS É importante o registro das questões de gênero, da divisão do trabalho, da ocupação do espaço geográfico e territorial do ilhéu, bem como do comportamento dos relacionamentos da comunidade entre si.
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  • 34. VISUALIZAÇÃO DE DADOS RELIGIOSOS Os dados religiosos deverão ser capturados nas manifestações de fé, de crenças no sagrado, no sobrenatural e nas manifestações nos eventos de caráter religioso e nos signos e símbolos utilizados pelos nativos da ilha.
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  • 42. Cruzeiro. Cruz colocada no campo, e vista pelos ilhéus da Ilha dos Marinheiros como um local onde se fazem pedidos, se agradece milagres recebidos e até onde as procissões vão levando em andores, os Santos Padroeiros, entoando cantos e orações.
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  • 46. LENDAS E MITOS • Existem barreiras culturais enormes entre você e os habitantes da ilha. Mantenha uma atitude de respeito, sendo educado, cortês e interessado no outro. • Escute mais do que fale. • Respeite os valores culturais e religiosos dos Ilhéus
  • 47. Carocha: “ Olha nois táva num lugar lá no retiro. sem nada.Era eu e o Bita. Não tinha casa, não tinha gente, não tinha nada. Noís muito namorador ia nos lugar das vila dos outro pescador do”norte”[1]. Depois nóis voltava a cavalo. Eu e o Bita tava voltando até onde o meu pai tava esperando. Ele tinha acendido um liquinho, para nóis o achar. Tinha muita cerração e tava escuro que nem preto.
  • 48. Nóis tava a cavalo e no meio do nada, começamo a ouvi risada de mueí. Riam na nossa frente. Riam atrais de nóis. Riam encima de nóis. Isso foi um vinte minuto ouvindo as risada. Olha era as Bruxa! Elas andam atrás de home solteiro. Nois tinha so 28 ano e era soltero. Mas era as Bruxa! Hoje não se fala mais nisso. Nóis os veio sabemu dela, mas a gurizada não.” [1] Norte. Como os pescadores da ilha se referem aos pescadores nativos da cidade de São José do Norte.
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  • 51. “Bola de Fogo – Assusta moradores da Ilha. No dia 23 de agosto à noite, 4 mulheres iam passando distraidamente pela Marambaia. Quando avistaram uma enorme bola de fogo, fazendo com que elas gritassem. Os moradores da Marambaia disseram que era o “Boi Tatá”19. Há pessoas que dizem que isso é um pássaro que quando voa abre as asas e aparece em sua cauda uma luz em forma de uma bola e outras dizem que quando alguém carneia um animal, a gordura sobe para as nuvens e com o calor do ar forma-se uma bola de fogo. Reportagem Flávia, Fabiane Marques e Sibele” (ILHÉU, 1995. 04). Boi Tatá – Fogo-fátuo. Vem do guarani mboi, cobra, e tatá, fogo, cobra de fogo, é mais uma crendice do que uma lenda. (NUNES & NUNES. 1982. 67). “Sprito perdido” (Fogo-fátuo) é considerado, como um espírito perdido que aparece “nus lugar invisive aquela tocha di fogo”- a cabeça do “spritu mau”é de fogo. Os compadres que se casam, quando morrem, seus espíritos se batem e lançam fogo no ar. (MARQUES.1973. 63).
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  • 53. VISUALIZAÇÃO DE DADOS CULTURAIS Associada ao conceito de civilização, todas as manifestações sociais de uma comunidade, tais como costumes, arte, moral, e as expressas nas pinturas das casas, nos jardins, na forma de vestir, nos hábitos e nas aptidões desenvolvidas, representam os dados culturais a serem registrados.
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  • 69. A caminhada do Projeto Fotográfico da Ilha
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  • 71. Os resultados já foram apresentados em diversos Congressos, no Chile (Valparaíso); Uruguai (Montevideo); Itália (Roma); Brasil ( Pelotas, Rio Grande, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Londrina e Florianopólis).
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  • 78. EQUIPE DO PROJETO LYL RECUERO
  • 79. EQUIPE DO PROJETO PAULO AZAMBUJA
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  • 82. IDAS À ILHA DOS MARINHEIROS COM A EQUIPE DO PROJETO
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  • 91. Referencial bibliográfico ACHUTTI, Luiz Eduardo Robinson, Fotoetnografia, Um estudo de Antropologia Visual sobre cotidiano,lixo e trabalho. Livraria Palmarinca/Tomo Editorial Porto Alegre. 1997. _____________, Fotoetnografia,Da Biblioteca Jardim. Livraria Palmarinca/Tomo Editorial . UFRGS Editora. 2004. ______________. (Org.) Ensaios Sobre o Fotográfico. Unidade Editorial. Porto Alegre. 1998. ALVES, André. Os Argonautas do Mangue. Editora Unicamp. Campinas.2004 BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Editora Nova Fronteira. 5ª Edição. Rio de Janeiro.1984. BOURDIEU, Pierre. Um Arte Médio. Ensayo sobre los usos sociales de la fotografia. Editorial Gustavo Gilli. Barcelona. 2003 COLLIER JR, John. Antropologia Visual : A Fotografia como Método de Pesquisa. Editora da Universidade de São Paulo. São Paulo. 1973. FABRIS, Annateresa (Org.) Fotografia usos e funções no século XIX. Edusp. São Paulo. 1991. FLUSSER, Vilém. Ensaio sobre a fotografia. Para uma filosofia da técnica. Editora Relógio D´Água. Portugal. 1998 GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de janeiro, LTC, 1999. _______. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis, Ed.Vozes, 1999b. GUIMARÃES, César. Imagens da Memória. Entre o Legível e o Visível. Editora UFMG.Belo Horizonte.1997. KOSSOY, Boris. Fotografia e história. Editora Ática. São Paulo. 1989. ______________.Realidades e ficções na trama fotográfica. Ateliê Editorial. São Paulo.1999. LÉVI-STRAUSS. Antropologia Estrutural. Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro . 1967. ______________. Antropologia Estrutural dois. Biblioteca Tempo Universitário. Rio de Janeiro. 1993. MACHADO, Arlindo. A Ilusão Especular. Introdução à Fotografia. Funarte. Brasiliense. São Paulo.1984.
  • 92. MALINOWSKI, Bronislaw. Les Argonautes du Pacifique Occidental. Éditions Gallimard. PARIS. 1989. ______________. Argonautas do Pacífico Ocidental. Um Relato do Empreendimento e da Aventura dos Nativos nos Arquipélagos da Nova Guiné Ocidental. Coleção Os Pensadores. Editora Abril S.A. São Paulo, 1978. MAUSS, Marcel. Ensaio Sobre a Dádiva. Edições 70.Lisboa. 2001. ______________. Manual de Etnogafía. Editora Fondo de Cultura Econômica. Buenos Aires.2006. MCLUHAN, Marshall. Os Meios de Comunicação como Extensões do Homem. Ed. Cultrix, São Paulo, 1964. NARANJO, Juan. (Ed). Fotografia, antropologia y colonialismo (1845-2006). Editora Gustavo Gilli. Barcelona. Madri. 2006. RECUERO, Carlos Leonardo.A Fotografia Como Instrumento de Educação Social. Dissertação de Mestrado. UCPEL. 2001. ____________________. O Uso da Imagem fotográfica em trabalhos etnográficos. Signo Latinoamérica, Montevídeo. Uruguai v. 01, p. 01-03, 2006. RIBEIRO, José da Silva. Antropologia Visual, práticas antigas e novas perspectivas de investigação. Revista de Antropologia. São Paulo. USP. 2005. SAMAIN, Etienne.(org.). O Fotográfico. Editora Ucitec. São Paulo.1998. ________________ “Ver”e “dizer” na Tradição Etnográfica: Bronislaw Malinowski e a Fotografia. Horizontes antropológicos. Porto Alegre, ano 1, n.2, p 23-60. jul-st.1995. SILVEIRA, Fabrício. O olhar etnográfico de Walter Benjamim. Salvador: Anais do XXV Congresso Anual em Ciência da Comunicação, 2002. SONTAG, Susan. Ensaios sobre a fotografia .Editora Arbor. Rio de Janeiro .1981. STAM, R. Teorias Del Cine. Paidós editora, Barcelona. 2001 VAN LIER, Henri. Philosophie de La Photographie. Lê Cahier de La Photographie Hors. Paris. 1983.
  • 93. OBRIGADO PELA ATENÇÃO Carlos Leonardo Recuero Site do projeto: projetoilhadosmarinheiros.wordpress.com Site pessoal: carlosrecuero.wordpress.com crecuerok@gmail.com @crecuero