SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco
Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais
Pastor Presidente: Aílton José Alves
Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543
LIÇÃO 06 – AABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO – 4º TRIM. DE 2017
(Jo 3.16-18; 1 Tm 2.5,6)
INTRODUÇÃO
Nesta lição conceituaremos o termo expiação à luz das Escrituras, sendo este uma das palavras mais importantes
referentes a salvação; destacaremos algumas razões pelas quais a obra substitutiva de Cristo foi necessária; bem como
faremos alusão a conceitos equivocados sobre o alcance da salvação; e por fim, veremos evidências bíblicas a respeito da
expiação universal ou ilimitada.
I – A EXPIAÇÃO À LUZ DAS ESCRITURAS
Um dos termos mais importantes atrelados à Doutrina da Salvação, é o termo expiação. De acordo com Andrade
(2006, p. 181) expiação quer dizer: “Cancelamento pleno do pecado com base na justiça de Cristo, propiciando ao
pecador arrependido a restauração de sua comunhão com Deus”. Como afirma o apóstolo João: “Mas, se andarmos na
luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de
todo o pecado” (1 Jo 1.7). Vejamos ainda alguns conceitos a respeito da expiação:
1.1 Conceito no Antigo Testamento. O verbo “expiar” refere-se ao sacrifício para purificação e perdão dos pecados, cuja
ideia é de cobrir com sangue: “porquanto é o sangue que fará expiação pela alma” (Lv 17.11) (SOARES, 2017, p. 61).
Uma derivação do termo em hebraico é “kipper”, que quer dizer: (a) cobrir, isto é, perdoar o pecado (2Cr 30.18; Sl 65.4;
78.38; 79.9; Ez 16.63; Jr 18.23) e, (b) obter perdão (Êx 32.30; Lv 4.26; 5.26; Nm 6.11; Ez 45.20; Dn 9.24). De forma
prática podemos afirmar que fazer expiação traz a ideia de unir duas partes que haviam sido inimigas, em um
relacionamento de paz e amizade (VAILATTI, 2016, p. 17).
1.2 Conceito no Novo Testamento. O conceito de expiação no NT, está relacionado basicamente a dois termos:
“hilaskomai”, que significa: “propiciar, expiar, conciliar” (GEISLER, 2010, p. 205), utilizado duas vezes (Lc 18.13; Hb
2.17), e, “hilasmos”, que ocorre semelhantemente duas vezes como propiciação (1Jo 2.2; 4.10), onde é descrito a ação
graciosa de Deus por meio da qual Ele remove a culpa do pecador (VAILATTI, 2016, p. 17 – acréscimo nosso).
II – A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO / SALVAÇÃO
2.1 Universalidade do pecado. Há inequívocas declarações nas Escrituras que indicam a pecaminosidade universal do
homem (Sl 14.3; 143.2; Ec 7.20; Rm 3.1-12, 19, 20, 23; Gl 3.22; Tg 3.2; 1Jo 1.8, 10). Várias passagens ensinam que o
pecado é uma “herança” do homem desde a hora da sua concepção e seu nascimento, e, portanto, está presente na natureza
humana (Gn 6.5). A Bíblia é muito explícita relativamente à extensão (universalidade) do pecado (Sl 51.5; Jó 14.4; Jo 3.6;
Rm 5.12). Em Efésios 2.3 diz o apóstolo Paulo que os efésios eram: “por natureza” filhos da ira, como também os
demais”. Nesta passagem a expressão “por natureza” indica uma coisa inata e original, em distinção daquilo que é
adquirido (Is 53.6). Então, o pecado é uma coisa da própria natureza humana, da qual participam todos os homens e que os
fazem culpados diante de Deus (Is 59.16; Rm 5.12-14), por isso, que todos os homens se acham sob condenação e
necessitam da redenção (BERKHOF, 2000, p. 235).
2.2 O caráter de Deus. O Deus que é Santo no sentido absoluto (Is 6.3), não poderia agir com indiferença a respeito do
pecado. Para Ele o pecado e o mal, são intoleráveis: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal […]” (Hc 1.13),
por Sua justiça exigiria um substituto perfeito para expiar a culpa em nosso lugar (Is 53.5,6). Várias passagens falam da ira
divina contra o pecado (Rm 1.18; 2.5,8; 5.9; 9.22; 12.19; Ef 2.3; 5.6; Cl 3.6; 1Ts 1.10; 2.16; 5.9), indicando que a
santidade de Deus torna necessária a punição do pecado, implicando assim, na necessidade de que a ira sobre o pecado,
seja aplacada através de um sacrifício perfeito e substitutivo (2Co 5.21).
2.3 A incapacidade do homem. Devido à pecaminosidade humana (Rm 3.10-12), jamais seria possível o homem atingir o
padrão exigido por Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia
[…]” (Is 64.6), para a expiação do pecado (Rm 3.19). Como afirma Rodman (2011, p. 307):“O homem é um pecador em
escravidão. Ele é de fato escravo do pecado, sujeito a seus ditames e incapaz de se libertar do seu domínio”; por essa
razão, Cristo Jesus, veio em forma humana com o propósito de fazer a reconciliação entre Deus e os homens: “Porque há
um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de
redenção […]” (1Tm 2.5,6; ver 2Co 5.19).
III – FALSOS CONCEITOS SOBRE O ALCANCE DA SALVAÇÃO
3.1 Restrito a um grupo seleto de pessoas. Os que advogam esse tipo de conceito, afirmam de maneira equivocada que a
morte de Jesus é expiatória a um número limitado de pessoas, as quais seriam chamadas de: “os eleitos”; nesse caso Ele
não teria amado a todos com o mesmo amor, antes teria possibilitado a salvação apenas a alguns e não a todas as pessoas,
sendo portanto uma “expiação limitada”. Tal afirmação não tem nenhuma sustentação bíblica, ainda que as Escrituras
afirmem ser verdade que Cristo tenha morrido pelas suas ovelhas (Jo 10.15), amigos (Jo 15.13), e igreja (Ef 5.25), em
nenhum momento se é dito que Ele morreu “somente ou apenas” por estes, da mesma forma que não se pode inferir que
Cristo morreu apenas por Paulo (Gl 2.20), por sinal, nesses textos não aparecem em nenhum caso o termo grego “monos”,
que quer dizer: “somente, apenas” (VAILATTI, 2016, pp. 63,64), somando-se a isso a Bíblia diz em outros lugares que
Jesus morreu pelos ímpios (Rm 5.6), pelos pecadores (Rm 5.8), pelos pecados do mundo inteiro (1Jo 2.1-2).
3.2 Universalismo. Derivado da palavra “apokatastasis”, isto é, “restauração” (At 3.21); é a ideia de que ao final, todas
as pessoas serão salvas […] um conceito considerado herético e condenado no Concílio de Constantinopla no ano 553 d.C.
(GEISLER, 2010, p. 301). Os que defendem esse pensamento apelam para o Amor de Deus, que é tão perfeitamente bom e
perfeitamente soberano que não é possível que Ele sofra a derrota de permitir que uma de Suas criaturas acabe sendo
punida eternamente (WILMINGTON, 2015, p. 603). Algo que deve ser considerado é: “que Cristo provou a morte por
cada homem (Hb 2.9), não significa automaticamente que todos são libertos da morte eterna, a pena para o pecado, em
nenhum lugar a Bíblia diz isso. Os pecadores são convidados e instados a virem a Cristo e crerem Nele. Essa é a
responsabilidade do pecador, algo que ele ‘deve fazer’ para ser salvo” (At 16.30) (HUNT, 2015, p. 429 – acréscimo
nosso); portanto, o conceito universalista não tem fundamentação nas Escrituras, pois: (a) se opõe a justiça de Deus, que
conforme sua natureza deve punir aos que vivem em pecado e em rebelião contra Ele,(Rm 5.9; 9.22), (b) contradiz a
condicionalidade da salvação, onde se deve crer para ser salvo (At 2.38; 16.31; Ef 2.8); e, (c) é contrário ao ensino bíblico
acerca do Inferno que é um lugar de punição eterna para Satanás e seus anjos, e a todos que morrerem na impiedade (Mt
25.41; Ap 20.10; 2Pd 2.4; Mt 10.28; 23.33; Ap 22.15).
IV – AABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
4.1 Pronunciada no Antigo Testamento. Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a
todos os homens indiscriminadamente o que deixou claro por meio da promessa feita a Abraão: “[…] e em ti serão
benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3; Gl 3.8). Na inclusão de estrangeiros na celebração da Páscoa ou na
adoração a Deus de uma maneira geral, por meio de uma condição, a circuncisão (Êx 12.48; Nm 15.14; 2Cr 6.32). A
provisão do AT pelo pecado e salvação foi para todo o Israel, e não para um eleito especial entre eles. A desobediência e a
incredulidade foram as únicas barreiras que separaram cada israelita da graça de Deus (2Cr 29.24; Ed 8.35; Ml 4.4)
(HUNT, 2015, p. 425). Destacamos ainda Deus dando garantia e extensão de salvação a todas as pessoas: “Olhai para
mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Is 45.22), como também na
descrição do alcance da ação messiânica: “Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares
a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da
terra” (Is 49.6; ver Is 53.6).
4.2 Reafirmada no Novo Testamento. A vinda do Messias mostrou claramente que, Deus não faz acepção de pessoas (At
10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; 1Pd 1.17). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6), não é
limitado a um grupo seleto de pessoas, pois as Escrituras afirmam que Jesus se deu como resgate por todos (1Tm 2.6); e,
que provou a morte por todos: “[…] Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da
morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2.9) (ver Jo 7.37; 1Tm 4.10; 2Pd 3.9; 1Jo 1.9 –
2.2; 4.14). Diante disso podemos afirmar que: (a) a necessidade de salvação é universal: Cristo Jesus veio ao mundo para
salvar os pecadores (1Tm 1.15), ou seja, por todas as pessoas, visto que todos são pecadores (Rm 3.23; 5.12); (b) a
salvação é universal: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo
aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Rm 1.16); (c) a expiação é universal (ilimitada): “[…] Eis o
Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29); (d) a graça é universal: “Porque a graça de Deus se há
manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11); (e) o amor é universal: “Porque Deus amou o mundo
[…]” (Jo 3.16); e, (f) o evangelho é universal: “[…] Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc
16.15); “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19).
CONCLUSÃO
Apesar da Queda da raça humana, Deus, por Sua maravilhosa graça decidiu soberanamente salvar o homem caído
em pecado, por meio de Jesus Cristo. Esta salvação alcança a todos os homens indistintamente como prova do grande
Amor de Deus (Jo 3.16).
REFERÊNCIAS
 ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
 BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã.
 GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.
 HUNT, Dave. Que Amor é este? A falsa representação de Deus no
Calvinismo. REFLEXÃO.
 RODMAN, J. Williams. Teologia Sistemática: Uma perspectiva
pentecostal. VIDA.
 SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias
de Deus. CPAD.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
 WILLMINGTON, Harold L. Guia de Willmington para a Bíblia. Vol.
01. ACADÊMICO
 VAILATTI, Carlos, Augusto. Expiação Ilimitada. REFLEXÃO.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lição 7 - A salvação pela graça
Lição 7 - A salvação pela graçaLição 7 - A salvação pela graça
Lição 7 - A salvação pela graçaErberson Pinheiro
 
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova AliançaLição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova AliançaÉder Tomé
 
Escola Sabatina IASD Lição 3 Sacrifício
Escola Sabatina IASD Lição 3 SacrifícioEscola Sabatina IASD Lição 3 Sacrifício
Escola Sabatina IASD Lição 3 SacrifícioEdislanhe Lima
 
LBA LIÇÃO 1 - Uma promessa de salvação
LBA LIÇÃO 1 -  Uma promessa de salvaçãoLBA LIÇÃO 1 -  Uma promessa de salvação
LBA LIÇÃO 1 - Uma promessa de salvaçãoNatalino das Neves Neves
 
Lição 11 - A segunda vinda de Cristo
Lição 11 - A segunda vinda de CristoLição 11 - A segunda vinda de Cristo
Lição 11 - A segunda vinda de CristoÉder Tomé
 
A Abrangência Universal da Salvação.
A Abrangência Universal da Salvação.A Abrangência Universal da Salvação.
A Abrangência Universal da Salvação.Márcio Martins
 
Lição 6 - A abrangência universal da salvação
Lição 6 - A abrangência universal da salvaçãoLição 6 - A abrangência universal da salvação
Lição 6 - A abrangência universal da salvaçãoErberson Pinheiro
 
Unidade 7 - A Natureza da Tentacão e do Pecado
Unidade 7 - A Natureza da Tentacão e do PecadoUnidade 7 - A Natureza da Tentacão e do Pecado
Unidade 7 - A Natureza da Tentacão e do PecadoRamón Zazatt
 
Unidade 15 - O fim das Nações
Unidade 15 -  O fim das NaçõesUnidade 15 -  O fim das Nações
Unidade 15 - O fim das NaçõesRamón Zazatt
 
Unidade 9 - O Principio do Evangelho
Unidade 9 -  O Principio do EvangelhoUnidade 9 -  O Principio do Evangelho
Unidade 9 - O Principio do EvangelhoRamón Zazatt
 
Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.
Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.
Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.Dókimos Aprovado
 
Lição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutífero
Lição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutíferoLição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutífero
Lição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutíferoErberson Pinheiro
 
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...Marina de Morais
 
Salvação e Livre Arbítrio
Salvação e Livre ArbítrioSalvação e Livre Arbítrio
Salvação e Livre ArbítrioMárcio Martins
 
Lição 6 - Eu Sou Jesus
Lição 6 - Eu Sou JesusLição 6 - Eu Sou Jesus
Lição 6 - Eu Sou JesusÉder Tomé
 
Leituras: Domingo de Pentecostes - Ano B
Leituras: Domingo de Pentecostes - Ano BLeituras: Domingo de Pentecostes - Ano B
Leituras: Domingo de Pentecostes - Ano BJosé Lima
 

Mais procurados (20)

Lição 7 - A salvação pela graça
Lição 7 - A salvação pela graçaLição 7 - A salvação pela graça
Lição 7 - A salvação pela graça
 
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova AliançaLição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
Lição 10 - Dádiva, Privilégios e Responsabilidades na Nova Aliança
 
Lição 11 final
Lição 11   finalLição 11   final
Lição 11 final
 
Escola Sabatina IASD Lição 3 Sacrifício
Escola Sabatina IASD Lição 3 SacrifícioEscola Sabatina IASD Lição 3 Sacrifício
Escola Sabatina IASD Lição 3 Sacrifício
 
LBA LIÇÃO 1 - Uma promessa de salvação
LBA LIÇÃO 1 -  Uma promessa de salvaçãoLBA LIÇÃO 1 -  Uma promessa de salvação
LBA LIÇÃO 1 - Uma promessa de salvação
 
Lição 11 - A segunda vinda de Cristo
Lição 11 - A segunda vinda de CristoLição 11 - A segunda vinda de Cristo
Lição 11 - A segunda vinda de Cristo
 
Lição 10 hebreus
Lição 10   hebreusLição 10   hebreus
Lição 10 hebreus
 
A Abrangência Universal da Salvação.
A Abrangência Universal da Salvação.A Abrangência Universal da Salvação.
A Abrangência Universal da Salvação.
 
Lição 6 - A abrangência universal da salvação
Lição 6 - A abrangência universal da salvaçãoLição 6 - A abrangência universal da salvação
Lição 6 - A abrangência universal da salvação
 
Unidade 7 - A Natureza da Tentacão e do Pecado
Unidade 7 - A Natureza da Tentacão e do PecadoUnidade 7 - A Natureza da Tentacão e do Pecado
Unidade 7 - A Natureza da Tentacão e do Pecado
 
Unidade 15 - O fim das Nações
Unidade 15 -  O fim das NaçõesUnidade 15 -  O fim das Nações
Unidade 15 - O fim das Nações
 
Lição 11 hebreus
Lição 11   hebreusLição 11   hebreus
Lição 11 hebreus
 
Unidade 9 - O Principio do Evangelho
Unidade 9 -  O Principio do EvangelhoUnidade 9 -  O Principio do Evangelho
Unidade 9 - O Principio do Evangelho
 
Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.
Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.
Jesus nos cinco sacrifícios do a.t.
 
Lição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutífero
Lição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutíferoLição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutífero
Lição 4 - Conhecendo o arrependimento bíblico e frutífero
 
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo - Lição em power po...
 
Salvação e Livre Arbítrio
Salvação e Livre ArbítrioSalvação e Livre Arbítrio
Salvação e Livre Arbítrio
 
Lição 9 hebreus
Lição 9   hebreusLição 9   hebreus
Lição 9 hebreus
 
Lição 6 - Eu Sou Jesus
Lição 6 - Eu Sou JesusLição 6 - Eu Sou Jesus
Lição 6 - Eu Sou Jesus
 
Leituras: Domingo de Pentecostes - Ano B
Leituras: Domingo de Pentecostes - Ano BLeituras: Domingo de Pentecostes - Ano B
Leituras: Domingo de Pentecostes - Ano B
 

Semelhante a 20b3e9f193

Lição 01 - Uma promessa de Salvação
Lição 01 - Uma promessa de SalvaçãoLição 01 - Uma promessa de Salvação
Lição 01 - Uma promessa de SalvaçãoÉder Tomé
 
SLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdf
SLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdfSLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdf
SLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdfcarlos junior carlos
 
Aula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
Aula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃOAula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
Aula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃOHilda Helena Heringer
 
Lição 6 - A Abrangência Universal da Salvação
Lição 6 - A Abrangência Universal da SalvaçãoLição 6 - A Abrangência Universal da Salvação
Lição 6 - A Abrangência Universal da SalvaçãoÉder Tomé
 
Apostila de Evangelismo das igrejas.docx
Apostila de Evangelismo das igrejas.docxApostila de Evangelismo das igrejas.docx
Apostila de Evangelismo das igrejas.docxFernandaGomes457249
 
Lição 06 A abrangência universal da salvação
Lição 06   A abrangência universal da salvaçãoLição 06   A abrangência universal da salvação
Lição 06 A abrangência universal da salvaçãoJoão Paulo Silva Mendes
 
Coisas boas que deixam as pessoas fora do céu
Coisas boas que deixam as pessoas fora do céuCoisas boas que deixam as pessoas fora do céu
Coisas boas que deixam as pessoas fora do céuJesivaldo Rodrigues
 
Comentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e C
Comentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e CComentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e C
Comentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e CJosé Lima
 
TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016
 TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016  TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016
TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016 Elias Farias
 
Soteriologia ibaderj Prof. Dangelo Nascimento
Soteriologia ibaderj Prof. Dangelo NascimentoSoteriologia ibaderj Prof. Dangelo Nascimento
Soteriologia ibaderj Prof. Dangelo NascimentoDangelo Nascimento
 
Lição 1 - Uma promessa de salvação
Lição 1 - Uma promessa de salvaçãoLição 1 - Uma promessa de salvação
Lição 1 - Uma promessa de salvaçãoErberson Pinheiro
 
Doutrinas Bíblicas - Soteriologia
Doutrinas Bíblicas - SoteriologiaDoutrinas Bíblicas - Soteriologia
Doutrinas Bíblicas - SoteriologiaRoberto Trindade
 
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano C
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano CComentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano C
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano CJosé Lima
 
LBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deus
LBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deusLBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deus
LBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deusNatalino das Neves Neves
 

Semelhante a 20b3e9f193 (20)

A Abrangência Universal da Salvação.
A Abrangência Universal da Salvação.A Abrangência Universal da Salvação.
A Abrangência Universal da Salvação.
 
Apostila evangelismo
Apostila evangelismoApostila evangelismo
Apostila evangelismo
 
Lição 01 - Uma promessa de Salvação
Lição 01 - Uma promessa de SalvaçãoLição 01 - Uma promessa de Salvação
Lição 01 - Uma promessa de Salvação
 
SLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdf
SLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdfSLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdf
SLIDES - EBD - Lição 2 para dados religiosos e da criação.pdf
 
Lição 1 - Uma Promessa de Salvação
Lição 1 - Uma Promessa de SalvaçãoLição 1 - Uma Promessa de Salvação
Lição 1 - Uma Promessa de Salvação
 
Aula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
Aula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃOAula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
Aula 6- A ABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO
 
A obra da salvacao aula final
A obra da salvacao aula finalA obra da salvacao aula final
A obra da salvacao aula final
 
Lição 6 - A Abrangência Universal da Salvação
Lição 6 - A Abrangência Universal da SalvaçãoLição 6 - A Abrangência Universal da Salvação
Lição 6 - A Abrangência Universal da Salvação
 
Apostila de Evangelismo das igrejas.docx
Apostila de Evangelismo das igrejas.docxApostila de Evangelismo das igrejas.docx
Apostila de Evangelismo das igrejas.docx
 
Lição 06 A abrangência universal da salvação
Lição 06   A abrangência universal da salvaçãoLição 06   A abrangência universal da salvação
Lição 06 A abrangência universal da salvação
 
Coisas boas que deixam as pessoas fora do céu
Coisas boas que deixam as pessoas fora do céuCoisas boas que deixam as pessoas fora do céu
Coisas boas que deixam as pessoas fora do céu
 
Comentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e C
Comentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e CComentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e C
Comentário: Sexta-feira da Paixão de nosso Senhor - Ano A, B e C
 
TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016
 TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016  TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016
TODAS AS LIÇÕES DO SEGUNDO TRIMESTRE DE 2016
 
Soteriologia ibaderj Prof. Dangelo Nascimento
Soteriologia ibaderj Prof. Dangelo NascimentoSoteriologia ibaderj Prof. Dangelo Nascimento
Soteriologia ibaderj Prof. Dangelo Nascimento
 
Lição 1 - Uma promessa de salvação
Lição 1 - Uma promessa de salvaçãoLição 1 - Uma promessa de salvação
Lição 1 - Uma promessa de salvação
 
Doutrinas Bíblicas - Soteriologia
Doutrinas Bíblicas - SoteriologiaDoutrinas Bíblicas - Soteriologia
Doutrinas Bíblicas - Soteriologia
 
A Doutrina da Salvação
A Doutrina da SalvaçãoA Doutrina da Salvação
A Doutrina da Salvação
 
dom ao perdão.pptx
dom ao perdão.pptxdom ao perdão.pptx
dom ao perdão.pptx
 
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano C
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano CComentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano C
Comentário: 3° Domingo da Quaresma - Ano C
 
LBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deus
LBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deusLBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deus
LBA 2017 3 TRI Lição 6 - A pecaminosidade humana e a sua restauração a deus
 

Mais de Vanderlei Dos Santos

Lição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-peleja
Lição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-pelejaLição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-peleja
Lição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-pelejaVanderlei Dos Santos
 
Lições bíblicas 1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM ´JA VIU UMA DESSAS?
Lições bíblicas   1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM  ´JA VIU UMA DESSAS?Lições bíblicas   1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM  ´JA VIU UMA DESSAS?
Lições bíblicas 1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM ´JA VIU UMA DESSAS?Vanderlei Dos Santos
 
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985Vanderlei Dos Santos
 
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985Vanderlei Dos Santos
 
Os sete vales onde deus restaura o crente
Os sete vales onde deus restaura o crenteOs sete vales onde deus restaura o crente
Os sete vales onde deus restaura o crenteVanderlei Dos Santos
 
Tema, as sete benção do tabernaculo.
Tema, as sete benção do tabernaculo.Tema, as sete benção do tabernaculo.
Tema, as sete benção do tabernaculo.Vanderlei Dos Santos
 
Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.
Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.
Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.Vanderlei Dos Santos
 
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.Vanderlei Dos Santos
 
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.Vanderlei Dos Santos
 
O movimento da nova era. plano -2 da lição.
O movimento da nova era.  plano -2 da lição.O movimento da nova era.  plano -2 da lição.
O movimento da nova era. plano -2 da lição.Vanderlei Dos Santos
 

Mais de Vanderlei Dos Santos (19)

PROCESSOS GRUPAIS - CENA 1.docx
PROCESSOS GRUPAIS - CENA 1.docxPROCESSOS GRUPAIS - CENA 1.docx
PROCESSOS GRUPAIS - CENA 1.docx
 
Lição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-peleja
Lição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-pelejaLição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-peleja
Lição 10 mansidão-torna-o-crente apto para evitar-peleja
 
Lições bíblicas 1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM ´JA VIU UMA DESSAS?
Lições bíblicas   1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM  ´JA VIU UMA DESSAS?Lições bíblicas   1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM  ´JA VIU UMA DESSAS?
Lições bíblicas 1942 - 1º trimestre (1) ALGUEM ´JA VIU UMA DESSAS?
 
Tema; como ser abençoado.
Tema; como ser abençoado.Tema; como ser abençoado.
Tema; como ser abençoado.
 
Cego batimeu
Cego batimeuCego batimeu
Cego batimeu
 
Tempo de restauração
Tempo de restauraçãoTempo de restauração
Tempo de restauração
 
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
 
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
Youblisher.com 756174-li es-b_blicas_1_trimestre_de_1985
 
Os sete vales onde deus restaura o crente
Os sete vales onde deus restaura o crenteOs sete vales onde deus restaura o crente
Os sete vales onde deus restaura o crente
 
Aula 03
Aula 03Aula 03
Aula 03
 
Aprendendo a semear
Aprendendo a semearAprendendo a semear
Aprendendo a semear
 
Tema, as sete benção do tabernaculo.
Tema, as sete benção do tabernaculo.Tema, as sete benção do tabernaculo.
Tema, as sete benção do tabernaculo.
 
Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.
Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.
Lição 11; o gulgamento e a soberania pertencem a deus.
 
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
 
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
Seicho noe-lê,a seita oriental popular no brazil.
 
Islamismo segunda religião
Islamismo segunda religiãoIslamismo segunda religião
Islamismo segunda religião
 
Mormonismo -plano 2 da lição.
Mormonismo  -plano 2 da lição.Mormonismo  -plano 2 da lição.
Mormonismo -plano 2 da lição.
 
O movimento da nova era. plano -2 da lição.
O movimento da nova era.  plano -2 da lição.O movimento da nova era.  plano -2 da lição.
O movimento da nova era. plano -2 da lição.
 
Untitled Presentation
Untitled PresentationUntitled Presentation
Untitled Presentation
 

20b3e9f193

  • 1. Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Pernambuco Superintendência das Escolas Bíblicas Dominicais Pastor Presidente: Aílton José Alves Av. Cruz Cabugá, 29 – Santo Amaro – Recife-PE / CEP. 50.040.000 Fone: 3084.1524 / 3084.1543 LIÇÃO 06 – AABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO – 4º TRIM. DE 2017 (Jo 3.16-18; 1 Tm 2.5,6) INTRODUÇÃO Nesta lição conceituaremos o termo expiação à luz das Escrituras, sendo este uma das palavras mais importantes referentes a salvação; destacaremos algumas razões pelas quais a obra substitutiva de Cristo foi necessária; bem como faremos alusão a conceitos equivocados sobre o alcance da salvação; e por fim, veremos evidências bíblicas a respeito da expiação universal ou ilimitada. I – A EXPIAÇÃO À LUZ DAS ESCRITURAS Um dos termos mais importantes atrelados à Doutrina da Salvação, é o termo expiação. De acordo com Andrade (2006, p. 181) expiação quer dizer: “Cancelamento pleno do pecado com base na justiça de Cristo, propiciando ao pecador arrependido a restauração de sua comunhão com Deus”. Como afirma o apóstolo João: “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 Jo 1.7). Vejamos ainda alguns conceitos a respeito da expiação: 1.1 Conceito no Antigo Testamento. O verbo “expiar” refere-se ao sacrifício para purificação e perdão dos pecados, cuja ideia é de cobrir com sangue: “porquanto é o sangue que fará expiação pela alma” (Lv 17.11) (SOARES, 2017, p. 61). Uma derivação do termo em hebraico é “kipper”, que quer dizer: (a) cobrir, isto é, perdoar o pecado (2Cr 30.18; Sl 65.4; 78.38; 79.9; Ez 16.63; Jr 18.23) e, (b) obter perdão (Êx 32.30; Lv 4.26; 5.26; Nm 6.11; Ez 45.20; Dn 9.24). De forma prática podemos afirmar que fazer expiação traz a ideia de unir duas partes que haviam sido inimigas, em um relacionamento de paz e amizade (VAILATTI, 2016, p. 17). 1.2 Conceito no Novo Testamento. O conceito de expiação no NT, está relacionado basicamente a dois termos: “hilaskomai”, que significa: “propiciar, expiar, conciliar” (GEISLER, 2010, p. 205), utilizado duas vezes (Lc 18.13; Hb 2.17), e, “hilasmos”, que ocorre semelhantemente duas vezes como propiciação (1Jo 2.2; 4.10), onde é descrito a ação graciosa de Deus por meio da qual Ele remove a culpa do pecador (VAILATTI, 2016, p. 17 – acréscimo nosso). II – A NECESSIDADE DA EXPIAÇÃO / SALVAÇÃO 2.1 Universalidade do pecado. Há inequívocas declarações nas Escrituras que indicam a pecaminosidade universal do homem (Sl 14.3; 143.2; Ec 7.20; Rm 3.1-12, 19, 20, 23; Gl 3.22; Tg 3.2; 1Jo 1.8, 10). Várias passagens ensinam que o pecado é uma “herança” do homem desde a hora da sua concepção e seu nascimento, e, portanto, está presente na natureza humana (Gn 6.5). A Bíblia é muito explícita relativamente à extensão (universalidade) do pecado (Sl 51.5; Jó 14.4; Jo 3.6; Rm 5.12). Em Efésios 2.3 diz o apóstolo Paulo que os efésios eram: “por natureza” filhos da ira, como também os demais”. Nesta passagem a expressão “por natureza” indica uma coisa inata e original, em distinção daquilo que é adquirido (Is 53.6). Então, o pecado é uma coisa da própria natureza humana, da qual participam todos os homens e que os fazem culpados diante de Deus (Is 59.16; Rm 5.12-14), por isso, que todos os homens se acham sob condenação e necessitam da redenção (BERKHOF, 2000, p. 235). 2.2 O caráter de Deus. O Deus que é Santo no sentido absoluto (Is 6.3), não poderia agir com indiferença a respeito do pecado. Para Ele o pecado e o mal, são intoleráveis: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal […]” (Hc 1.13), por Sua justiça exigiria um substituto perfeito para expiar a culpa em nosso lugar (Is 53.5,6). Várias passagens falam da ira divina contra o pecado (Rm 1.18; 2.5,8; 5.9; 9.22; 12.19; Ef 2.3; 5.6; Cl 3.6; 1Ts 1.10; 2.16; 5.9), indicando que a santidade de Deus torna necessária a punição do pecado, implicando assim, na necessidade de que a ira sobre o pecado, seja aplacada através de um sacrifício perfeito e substitutivo (2Co 5.21). 2.3 A incapacidade do homem. Devido à pecaminosidade humana (Rm 3.10-12), jamais seria possível o homem atingir o padrão exigido por Deus: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia […]” (Is 64.6), para a expiação do pecado (Rm 3.19). Como afirma Rodman (2011, p. 307):“O homem é um pecador em escravidão. Ele é de fato escravo do pecado, sujeito a seus ditames e incapaz de se libertar do seu domínio”; por essa razão, Cristo Jesus, veio em forma humana com o propósito de fazer a reconciliação entre Deus e os homens: “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. O qual se deu a si mesmo em preço de redenção […]” (1Tm 2.5,6; ver 2Co 5.19).
  • 2. III – FALSOS CONCEITOS SOBRE O ALCANCE DA SALVAÇÃO 3.1 Restrito a um grupo seleto de pessoas. Os que advogam esse tipo de conceito, afirmam de maneira equivocada que a morte de Jesus é expiatória a um número limitado de pessoas, as quais seriam chamadas de: “os eleitos”; nesse caso Ele não teria amado a todos com o mesmo amor, antes teria possibilitado a salvação apenas a alguns e não a todas as pessoas, sendo portanto uma “expiação limitada”. Tal afirmação não tem nenhuma sustentação bíblica, ainda que as Escrituras afirmem ser verdade que Cristo tenha morrido pelas suas ovelhas (Jo 10.15), amigos (Jo 15.13), e igreja (Ef 5.25), em nenhum momento se é dito que Ele morreu “somente ou apenas” por estes, da mesma forma que não se pode inferir que Cristo morreu apenas por Paulo (Gl 2.20), por sinal, nesses textos não aparecem em nenhum caso o termo grego “monos”, que quer dizer: “somente, apenas” (VAILATTI, 2016, pp. 63,64), somando-se a isso a Bíblia diz em outros lugares que Jesus morreu pelos ímpios (Rm 5.6), pelos pecadores (Rm 5.8), pelos pecados do mundo inteiro (1Jo 2.1-2). 3.2 Universalismo. Derivado da palavra “apokatastasis”, isto é, “restauração” (At 3.21); é a ideia de que ao final, todas as pessoas serão salvas […] um conceito considerado herético e condenado no Concílio de Constantinopla no ano 553 d.C. (GEISLER, 2010, p. 301). Os que defendem esse pensamento apelam para o Amor de Deus, que é tão perfeitamente bom e perfeitamente soberano que não é possível que Ele sofra a derrota de permitir que uma de Suas criaturas acabe sendo punida eternamente (WILMINGTON, 2015, p. 603). Algo que deve ser considerado é: “que Cristo provou a morte por cada homem (Hb 2.9), não significa automaticamente que todos são libertos da morte eterna, a pena para o pecado, em nenhum lugar a Bíblia diz isso. Os pecadores são convidados e instados a virem a Cristo e crerem Nele. Essa é a responsabilidade do pecador, algo que ele ‘deve fazer’ para ser salvo” (At 16.30) (HUNT, 2015, p. 429 – acréscimo nosso); portanto, o conceito universalista não tem fundamentação nas Escrituras, pois: (a) se opõe a justiça de Deus, que conforme sua natureza deve punir aos que vivem em pecado e em rebelião contra Ele,(Rm 5.9; 9.22), (b) contradiz a condicionalidade da salvação, onde se deve crer para ser salvo (At 2.38; 16.31; Ef 2.8); e, (c) é contrário ao ensino bíblico acerca do Inferno que é um lugar de punição eterna para Satanás e seus anjos, e a todos que morrerem na impiedade (Mt 25.41; Ap 20.10; 2Pd 2.4; Mt 10.28; 23.33; Ap 22.15). IV – AABRANGÊNCIA UNIVERSAL DA SALVAÇÃO 4.1 Pronunciada no Antigo Testamento. Desde o início, a proposta divina sempre foi estender a bênção da salvação a todos os homens indiscriminadamente o que deixou claro por meio da promessa feita a Abraão: “[…] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3; Gl 3.8). Na inclusão de estrangeiros na celebração da Páscoa ou na adoração a Deus de uma maneira geral, por meio de uma condição, a circuncisão (Êx 12.48; Nm 15.14; 2Cr 6.32). A provisão do AT pelo pecado e salvação foi para todo o Israel, e não para um eleito especial entre eles. A desobediência e a incredulidade foram as únicas barreiras que separaram cada israelita da graça de Deus (2Cr 29.24; Ed 8.35; Ml 4.4) (HUNT, 2015, p. 425). Destacamos ainda Deus dando garantia e extensão de salvação a todas as pessoas: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Is 45.22), como também na descrição do alcance da ação messiânica: “Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra” (Is 49.6; ver Is 53.6). 4.2 Reafirmada no Novo Testamento. A vinda do Messias mostrou claramente que, Deus não faz acepção de pessoas (At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9; 1Pd 1.17). Sua graça alcança os judeus e os gentios (Rm 3.29; 9.24,30; Gl 3.14; Ef 3.6), não é limitado a um grupo seleto de pessoas, pois as Escrituras afirmam que Jesus se deu como resgate por todos (1Tm 2.6); e, que provou a morte por todos: “[…] Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos” (Hb 2.9) (ver Jo 7.37; 1Tm 4.10; 2Pd 3.9; 1Jo 1.9 – 2.2; 4.14). Diante disso podemos afirmar que: (a) a necessidade de salvação é universal: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores (1Tm 1.15), ou seja, por todas as pessoas, visto que todos são pecadores (Rm 3.23; 5.12); (b) a salvação é universal: “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego” (Rm 1.16); (c) a expiação é universal (ilimitada): “[…] Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29); (d) a graça é universal: “Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11); (e) o amor é universal: “Porque Deus amou o mundo […]” (Jo 3.16); e, (f) o evangelho é universal: “[…] Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16.15); “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19). CONCLUSÃO Apesar da Queda da raça humana, Deus, por Sua maravilhosa graça decidiu soberanamente salvar o homem caído em pecado, por meio de Jesus Cristo. Esta salvação alcança a todos os homens indistintamente como prova do grande Amor de Deus (Jo 3.16). REFERÊNCIAS  ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.  BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Editora Cultura Cristã.  GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.  HUNT, Dave. Que Amor é este? A falsa representação de Deus no Calvinismo. REFLEXÃO.  RODMAN, J. Williams. Teologia Sistemática: Uma perspectiva pentecostal. VIDA.  SILVA, Esequias Soares da (Org.). Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD.  STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD  WILLMINGTON, Harold L. Guia de Willmington para a Bíblia. Vol. 01. ACADÊMICO  VAILATTI, Carlos, Augusto. Expiação Ilimitada. REFLEXÃO.