O documento discute a jornada da teologia da libertação da América Latina desde uma perspectiva européia. Aponta que cada teologia está intimamente ligada às condições culturais e sociais de seu contexto, e que as normas bíblicas devem entrar em diálogo com os desafios atuais. A teologia da libertação, especialmente na América Latina, capacitou exegetas e teólogos a lidar com os desafios das últimas cinco décadas em situações políticas e econômicas diversas.
Este documento discute a liberdade do indivíduo no Protestantismo analisando os movimentos anabatistas do século XVI e separatistas ingleses do século XVII. Os anabatistas defendiam firmemente a liberdade de consciência e expressão religiosa individual, aceitando a perseguição em vez de violência. Os separatistas ingleses também lutaram por esta liberdade e a incluíram em sua confissão de fé de 1689.
Intolerancia religiosa em salvador da bahiaIgor Bulhões
Este documento discute a intolerância religiosa entre as igrejas neopentecostais e as religiões de matriz africana em Salvador da Bahia. As igrejas neopentecostais, principalmente a Igreja Universal do Reino de Deus, acusam as religiões africanas como Candomblé de bruxaria e demonolatria, atualizando uma "cruzada contra o diabo". Isso leva a atos de discriminação contra os adeptos das religiões africanas.
1) O documento discute as diferentes ramificações do cristianismo e argumenta que a condenação do homossexualismo não é algo exclusivo de fundamentalistas.
2) É explicado que a ortodoxia católica, ortodoxa e protestante historicamente condenaram a homossexualidade, sem influência do fundamentalismo americano.
3) O autor defende uma fé cristã ortodoxa e histórica, não influenciada pelo fundamentalismo.
1. O documento discute a contribuição de José Míguez Bonino para a teologia da missão. Míguez Bonino acreditava que a missão da igreja era obedecer à fé e ao amor através de ações eficazes.
2. Na década de 1960, Míguez Bonino e outros teólogos latino-americanos sentiram que era necessário situar a teologia no contexto histórico e geográfico da América Latina, que estava passando por uma crise. Isso levou ao desenvolvimento da te
A empresa anunciou um novo produto que combina hardware e software para fornecer uma solução completa para clientes. O produto oferece recursos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para ajudar os usuários a automatizar tarefas complexas. Analistas esperam que o produto ajude a empresa a crescer em novos mercados e aumentar sua receita nos próximos anos.
Robson T. Fernandes - Porque eu defendo uma intervenção militar no BrasilPR. ROBSON FERNANDES
[1] O autor defende uma intervenção militar no Brasil para frear o avanço do marxismo cultural no país, citando exemplos históricos como Dietrich Bonhoeffer na Alemanha nazista e Richard Wurmbrand na Romênia comunista.
[2] Ele acredita que o PT implantou gradualmente ideais marxistas que degradaram o Brasil, justificando medidas drásticas em tempos de crise.
[3] Contudo, reconhece que uma intervenção militar é polêmica e pode ser criticada, especialmente devido a erros do pass
O documento discute diversos temas da teologia contemporânea, incluindo diferentes correntes teológicas como a bíblica, católica, protestante e natural. Também aborda pensadores como Schleiermacher, Strauss e Kierkegaard e suas visões, assim como a teologia de Karl Barth e críticas a ela.
Este documento discute a liberdade do indivíduo no Protestantismo analisando os movimentos anabatistas do século XVI e separatistas ingleses do século XVII. Os anabatistas defendiam firmemente a liberdade de consciência e expressão religiosa individual, aceitando a perseguição em vez de violência. Os separatistas ingleses também lutaram por esta liberdade e a incluíram em sua confissão de fé de 1689.
Intolerancia religiosa em salvador da bahiaIgor Bulhões
Este documento discute a intolerância religiosa entre as igrejas neopentecostais e as religiões de matriz africana em Salvador da Bahia. As igrejas neopentecostais, principalmente a Igreja Universal do Reino de Deus, acusam as religiões africanas como Candomblé de bruxaria e demonolatria, atualizando uma "cruzada contra o diabo". Isso leva a atos de discriminação contra os adeptos das religiões africanas.
1) O documento discute as diferentes ramificações do cristianismo e argumenta que a condenação do homossexualismo não é algo exclusivo de fundamentalistas.
2) É explicado que a ortodoxia católica, ortodoxa e protestante historicamente condenaram a homossexualidade, sem influência do fundamentalismo americano.
3) O autor defende uma fé cristã ortodoxa e histórica, não influenciada pelo fundamentalismo.
1. O documento discute a contribuição de José Míguez Bonino para a teologia da missão. Míguez Bonino acreditava que a missão da igreja era obedecer à fé e ao amor através de ações eficazes.
2. Na década de 1960, Míguez Bonino e outros teólogos latino-americanos sentiram que era necessário situar a teologia no contexto histórico e geográfico da América Latina, que estava passando por uma crise. Isso levou ao desenvolvimento da te
A empresa anunciou um novo produto que combina hardware e software para fornecer uma solução completa para clientes. O produto oferece recursos avançados de inteligência artificial e aprendizado de máquina para ajudar os usuários a automatizar tarefas complexas. Analistas esperam que o produto ajude a empresa a crescer em novos mercados e aumentar sua receita nos próximos anos.
Robson T. Fernandes - Porque eu defendo uma intervenção militar no BrasilPR. ROBSON FERNANDES
[1] O autor defende uma intervenção militar no Brasil para frear o avanço do marxismo cultural no país, citando exemplos históricos como Dietrich Bonhoeffer na Alemanha nazista e Richard Wurmbrand na Romênia comunista.
[2] Ele acredita que o PT implantou gradualmente ideais marxistas que degradaram o Brasil, justificando medidas drásticas em tempos de crise.
[3] Contudo, reconhece que uma intervenção militar é polêmica e pode ser criticada, especialmente devido a erros do pass
O documento discute diversos temas da teologia contemporânea, incluindo diferentes correntes teológicas como a bíblica, católica, protestante e natural. Também aborda pensadores como Schleiermacher, Strauss e Kierkegaard e suas visões, assim como a teologia de Karl Barth e críticas a ela.
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?Carlos Santos
Há quem, apoiado nas teses da globalização e do capitalismo neoliberal, tenha decretado a morte da TdL (teologia da libertação) e, com ela, a das CEBs (comunidades eclesiais de base) e da opção pelos pobres.
Aproveitando o debate suscitado pela Conferência de Aparecida em torno desses temas que desafiam o cristianismo na América Latina e no Caribe, o presente trabalho representa a tentativa de fundamentar biblicamente e reconstituir historicamente, a partir do Vaticano II (1962-1965), a tradição latino-americana e caribenha consagrada em Medellím (1968).
Este documento recomenda vários teólogos pentecostais importantes para aqueles que querem entender melhor o pentecostalismo de uma maneira séria, histórica e bíblica. Lista teólogos pentecostais norte-americanos, ingleses e brasileiros que contribuíram significativamente para a teologia pentecostal através de seus livros e ensinamentos.
O documento discute a Teologia da Libertação, começando com uma breve menção ao Concílio Vaticano II e sua abertura à escuta dos pobres. Em seguida, explica como a Teologia da Libertação surgiu na América Latina a partir da reflexão sobre a opressão dos pobres, vendo-os como um "lugar teológico" onde Deus se revela. Por fim, distingue duas tendências dentro da Teologia da Libertação em termos de como enxergar o povo como fonte de revelação ou compreensão da fé
O artigo discute o fundamentalismo e a sociedade pós-moderna. Ele descreve o surgimento do fundamentalismo como uma resposta às transformações históricas na tecnologia, economia, comunicação e religião, visando trazer a sociedade moderna de volta aos valores absolutos das Escrituras Sagradas. O fundamentalismo é caracterizado por sua visão conservadora do mundo e oposição à globalização e modernidade. O artigo também traça o desenvolvimento histórico do fundamentalismo e sua influência atual.
Nos porões da casa. Teologia da Libertação. O que é a Teologia da Libertação, sua originalidade e como e quando sugiu. Os distintos fatores que colaboraram para o seu surgimento.
1) A antropologia missionária surgiu para aplicar conhecimentos antropológicos às ações missionárias de forma a compreender melhor as culturas e evitar imposicionismos.
2) Um dos pioneiros foi Edwin Smith, que incentivou o uso da antropologia pelos missionários no início do século XX.
3) Embora haja controvérsias, a tendência é de instrumentalizar a antropologia para solucionar problemas sociais, unindo conhecimento e ação.
O documento discute o modelo conflitual para análise dos textos sagrados. Ele descreve como as sociedades antigas viam a religião como a única lente para entender o mundo, enquanto os gregos começaram a questionar princípios religiosos e analisar fenômenos de forma racional. O Renascimento trouxe o humanismo e questionamento crítico, influenciando a Reforma Protestante. O Iluminismo rejeitou verdades não comprovadas pela razão, aplicando crítica até à religião.
O artigo discute como o Cristianismo sempre concebeu a fé como tendo fundamentos históricos, desde sua origem. A Bíblia apresenta a história como tendo significado teológico e valor qualitativo, mostrando que Deus se revelou na história humana. Isso significa que o Cristianismo pode ter evidências históricas que ratificam sua veracidade.
O Movimento Neohegeliano (Renato Oliveria)Jerbialdo
O documento apresenta uma leitura de Bruno Bauer, Max Stirner e Ludwig Feuerbach, focando em suas ideias sobre o homem e a religião. Discute como esses pensadores neohegelianos viam o homem como um ser autônomo que deve ser libertado de qualquer entidade, como a religião, que possa oprimi-lo. Também analisa as visões específicas de cada um sobre o homem e a crítica à religião.
O documento discute os agentes da educação e como a pedagogia se relaciona com outras ciências. Ele descreve que a pedagogia depende de ciências como psicologia para entender o desenvolvimento humano e como educar de forma efetiva. Além disso, discute que a família, escola e estado todos desempenham papéis importantes na educação.
O documento discute os fundamentos da teologia moral católica, abordando tópicos como a ética cristã versus a moral, os riscos de uma moral legalista ou cultural, a moral do Novo Testamento e do Reino de Deus, as renovações propostas pelo Vaticano II e a necessidade de uma teologia moral contextualizada e centrada na pessoa.
Este documento discute a evolução da Teologia Moral ao longo da história, desde sua separação da dogmática e aproximação com o direito até sua renovação pelo Concílio Vaticano II. Também aborda os desafios de formar a consciência moral e lidar com a "ética popular" versus uma moral burguesa ou de elite.
A Teologia da Libertação (TdL) e a Teologia da Missão Integral (MI) são abordadas. A TdL surgiu na América Latina nos anos 1960-1970 como uma teologia que reflete criticamente sobre a prática de libertação dos oprimidos. Leonardo Boff explica a TdL como tendo três dimensões: libertação social, humana e transcendente. A MI enfatiza que a missão de Deus inclui tanto a evangelização quanto trabalhar para a justiça social de forma integral.
Arminianismo e metodismo josé goncalves salvadorDouglas Martins
Este documento é um resumo de um livro sobre o arminianismo e o metodismo. O capítulo 1 discute o contexto histórico dos Países Baixos no século 16. O capítulo 2 apresenta a vida e carreira de Tiago Armínio. O capítulo 3 descreve as doutrinas arminianas sobre Deus, predestinação e homem. O capítulo 4 aborda a disseminação do arminianismo na Europa. Os capítulos 5 e 6 discutem as origens do arminianismo wesleyano e as distinções d
O documento descreve a Doutrina Social da Igreja, incluindo seu conceito, origem e três visões economicistas do homem criticadas pela doutrina. A Doutrina Social da Igreja é o conjunto de declarações do magistério da Igreja sobre relações sociais e pretende dar soluções aos conflitos do capitalismo. Sua finalidade é interpretar as realidades sociais à luz do Evangelho.
A solidariedade da raça Dr Russel SheddFulvio Lima
Este documento resume um livro que argumenta que Paulo aplicou conceitos hebraicos de solidariedade grupal em suas doutrinas sobre antropologia, soteriologia e eclesiologia. O livro analisa as noções de solidariedade no Antigo Testamento e em fontes rabínicas para mostrar como Paulo via a humanidade e a Igreja à luz desse conceito hebraico de identidade coletiva.
Dialnet o deus-desarmadoateologiadacruzdejmoltmanneseuimpact-6342647 (1)Vilma Sousa
1) O artigo discute a teologia de Jürgen Moltmann e como ela lida com a questão do mal.
2) A autora faz um resumo histórico de como a questão do mal foi tratada na teologia e religião ocidentais.
3) Ela analisa três obras principais de Moltmann - Deus Crucificado, Trindade e Reino de Deus, e Caminho de Jesus Cristo - para entender como sua teologia configura diferentemente o pensamento teológico moderno, especialmente em relação ao problema do mal.
O documento discute como a prece e religiosidade afetam positivamente a saúde humana. Estudos mostram que a prece ativa várias áreas cerebrais relacionadas ao raciocínio e discernimento, levando a reações orgânicas benéficas. Neurocientistas como Andrew Newberg têm elucidado os mecanismos pelos quais a fé em um Ser Superior melhora o bem-estar físico e emocional, especialmente em pacientes terminais.
O documento discute perspectivas e desafios para a educação teológica nas próximas décadas no Brasil. O autor descreve como era a educação teológica 20 e 10 anos atrás e como é hoje. Ele acredita que, se o processo democrático e a liberdade das instituições permanecerem, daqui a 10 anos haverá maior diversidade religiosa nos cursos de teologia, com convivência harmoniosa entre diferentes grupos cristãos e não-cristãos.
O documento descreve a história da religião no Brasil em 4 partes. A primeira parte analisa a Igreja Católica no período colonial, quando tinha grande influência sobre a educação e a vida diária das pessoas. A segunda parte examina a Igreja no período imperial, quando continuou sendo a religião oficial do Estado brasileiro. A terceira parte discute o fim do regalismo e a separação entre Igreja e Estado após a proclamação da República. A quarta parte aborda os desenvolvimentos da Igreja Católica no
Teologia da Libertação: obra de Deus ou do diabo?Carlos Santos
Há quem, apoiado nas teses da globalização e do capitalismo neoliberal, tenha decretado a morte da TdL (teologia da libertação) e, com ela, a das CEBs (comunidades eclesiais de base) e da opção pelos pobres.
Aproveitando o debate suscitado pela Conferência de Aparecida em torno desses temas que desafiam o cristianismo na América Latina e no Caribe, o presente trabalho representa a tentativa de fundamentar biblicamente e reconstituir historicamente, a partir do Vaticano II (1962-1965), a tradição latino-americana e caribenha consagrada em Medellím (1968).
Este documento recomenda vários teólogos pentecostais importantes para aqueles que querem entender melhor o pentecostalismo de uma maneira séria, histórica e bíblica. Lista teólogos pentecostais norte-americanos, ingleses e brasileiros que contribuíram significativamente para a teologia pentecostal através de seus livros e ensinamentos.
O documento discute a Teologia da Libertação, começando com uma breve menção ao Concílio Vaticano II e sua abertura à escuta dos pobres. Em seguida, explica como a Teologia da Libertação surgiu na América Latina a partir da reflexão sobre a opressão dos pobres, vendo-os como um "lugar teológico" onde Deus se revela. Por fim, distingue duas tendências dentro da Teologia da Libertação em termos de como enxergar o povo como fonte de revelação ou compreensão da fé
O artigo discute o fundamentalismo e a sociedade pós-moderna. Ele descreve o surgimento do fundamentalismo como uma resposta às transformações históricas na tecnologia, economia, comunicação e religião, visando trazer a sociedade moderna de volta aos valores absolutos das Escrituras Sagradas. O fundamentalismo é caracterizado por sua visão conservadora do mundo e oposição à globalização e modernidade. O artigo também traça o desenvolvimento histórico do fundamentalismo e sua influência atual.
Nos porões da casa. Teologia da Libertação. O que é a Teologia da Libertação, sua originalidade e como e quando sugiu. Os distintos fatores que colaboraram para o seu surgimento.
1) A antropologia missionária surgiu para aplicar conhecimentos antropológicos às ações missionárias de forma a compreender melhor as culturas e evitar imposicionismos.
2) Um dos pioneiros foi Edwin Smith, que incentivou o uso da antropologia pelos missionários no início do século XX.
3) Embora haja controvérsias, a tendência é de instrumentalizar a antropologia para solucionar problemas sociais, unindo conhecimento e ação.
O documento discute o modelo conflitual para análise dos textos sagrados. Ele descreve como as sociedades antigas viam a religião como a única lente para entender o mundo, enquanto os gregos começaram a questionar princípios religiosos e analisar fenômenos de forma racional. O Renascimento trouxe o humanismo e questionamento crítico, influenciando a Reforma Protestante. O Iluminismo rejeitou verdades não comprovadas pela razão, aplicando crítica até à religião.
O artigo discute como o Cristianismo sempre concebeu a fé como tendo fundamentos históricos, desde sua origem. A Bíblia apresenta a história como tendo significado teológico e valor qualitativo, mostrando que Deus se revelou na história humana. Isso significa que o Cristianismo pode ter evidências históricas que ratificam sua veracidade.
O Movimento Neohegeliano (Renato Oliveria)Jerbialdo
O documento apresenta uma leitura de Bruno Bauer, Max Stirner e Ludwig Feuerbach, focando em suas ideias sobre o homem e a religião. Discute como esses pensadores neohegelianos viam o homem como um ser autônomo que deve ser libertado de qualquer entidade, como a religião, que possa oprimi-lo. Também analisa as visões específicas de cada um sobre o homem e a crítica à religião.
O documento discute os agentes da educação e como a pedagogia se relaciona com outras ciências. Ele descreve que a pedagogia depende de ciências como psicologia para entender o desenvolvimento humano e como educar de forma efetiva. Além disso, discute que a família, escola e estado todos desempenham papéis importantes na educação.
O documento discute os fundamentos da teologia moral católica, abordando tópicos como a ética cristã versus a moral, os riscos de uma moral legalista ou cultural, a moral do Novo Testamento e do Reino de Deus, as renovações propostas pelo Vaticano II e a necessidade de uma teologia moral contextualizada e centrada na pessoa.
Este documento discute a evolução da Teologia Moral ao longo da história, desde sua separação da dogmática e aproximação com o direito até sua renovação pelo Concílio Vaticano II. Também aborda os desafios de formar a consciência moral e lidar com a "ética popular" versus uma moral burguesa ou de elite.
A Teologia da Libertação (TdL) e a Teologia da Missão Integral (MI) são abordadas. A TdL surgiu na América Latina nos anos 1960-1970 como uma teologia que reflete criticamente sobre a prática de libertação dos oprimidos. Leonardo Boff explica a TdL como tendo três dimensões: libertação social, humana e transcendente. A MI enfatiza que a missão de Deus inclui tanto a evangelização quanto trabalhar para a justiça social de forma integral.
Arminianismo e metodismo josé goncalves salvadorDouglas Martins
Este documento é um resumo de um livro sobre o arminianismo e o metodismo. O capítulo 1 discute o contexto histórico dos Países Baixos no século 16. O capítulo 2 apresenta a vida e carreira de Tiago Armínio. O capítulo 3 descreve as doutrinas arminianas sobre Deus, predestinação e homem. O capítulo 4 aborda a disseminação do arminianismo na Europa. Os capítulos 5 e 6 discutem as origens do arminianismo wesleyano e as distinções d
O documento descreve a Doutrina Social da Igreja, incluindo seu conceito, origem e três visões economicistas do homem criticadas pela doutrina. A Doutrina Social da Igreja é o conjunto de declarações do magistério da Igreja sobre relações sociais e pretende dar soluções aos conflitos do capitalismo. Sua finalidade é interpretar as realidades sociais à luz do Evangelho.
A solidariedade da raça Dr Russel SheddFulvio Lima
Este documento resume um livro que argumenta que Paulo aplicou conceitos hebraicos de solidariedade grupal em suas doutrinas sobre antropologia, soteriologia e eclesiologia. O livro analisa as noções de solidariedade no Antigo Testamento e em fontes rabínicas para mostrar como Paulo via a humanidade e a Igreja à luz desse conceito hebraico de identidade coletiva.
Dialnet o deus-desarmadoateologiadacruzdejmoltmanneseuimpact-6342647 (1)Vilma Sousa
1) O artigo discute a teologia de Jürgen Moltmann e como ela lida com a questão do mal.
2) A autora faz um resumo histórico de como a questão do mal foi tratada na teologia e religião ocidentais.
3) Ela analisa três obras principais de Moltmann - Deus Crucificado, Trindade e Reino de Deus, e Caminho de Jesus Cristo - para entender como sua teologia configura diferentemente o pensamento teológico moderno, especialmente em relação ao problema do mal.
O documento discute como a prece e religiosidade afetam positivamente a saúde humana. Estudos mostram que a prece ativa várias áreas cerebrais relacionadas ao raciocínio e discernimento, levando a reações orgânicas benéficas. Neurocientistas como Andrew Newberg têm elucidado os mecanismos pelos quais a fé em um Ser Superior melhora o bem-estar físico e emocional, especialmente em pacientes terminais.
O documento discute perspectivas e desafios para a educação teológica nas próximas décadas no Brasil. O autor descreve como era a educação teológica 20 e 10 anos atrás e como é hoje. Ele acredita que, se o processo democrático e a liberdade das instituições permanecerem, daqui a 10 anos haverá maior diversidade religiosa nos cursos de teologia, com convivência harmoniosa entre diferentes grupos cristãos e não-cristãos.
O documento descreve a história da religião no Brasil em 4 partes. A primeira parte analisa a Igreja Católica no período colonial, quando tinha grande influência sobre a educação e a vida diária das pessoas. A segunda parte examina a Igreja no período imperial, quando continuou sendo a religião oficial do Estado brasileiro. A terceira parte discute o fim do regalismo e a separação entre Igreja e Estado após a proclamação da República. A quarta parte aborda os desenvolvimentos da Igreja Católica no
1. O documento discute a teologia da missão cristã no contexto da crise da modernidade e da necessidade de encarnar o evangelho.
2. A teologia da missão está situada na área da teologia prática e está ligada à reflexão sobre a missão cristã no mundo.
3. A missiologia ganhou importância acadêmica a partir do século 19, mas se desenvolveu principalmente nas igrejas do Terceiro Mundo no século 20.
Este documento discute a importância do estudo de doutrinas para a vida cristã e para a Igreja. Apresenta como a Renascença, o Racionalismo e o Iluminismo influenciaram a era moderna e como a pós-modernidade trouxe novos desafios. Enfatiza que embora a cultura mude, a Palavra de Deus permanece, e que o estudo de doutrinas deve ser feito com oração, humildade e razão para fortalecer a fé e a prática cristã.
1. O documento é uma revista comemorativa aos 495 anos da Reforma Protestante, contendo artigos sobre a Reforma e textos de reformadores como Calvino e John Knox.
2. Um artigo discute como a definição de "reformado" mudou ao longo do tempo, enfatizando que a Palavra de Deus, não as confissões, é o fundamento da fé reformada.
3. Outro artigo fala sobre a vida e obra de Filipe Melanchthon, importante discípulo de Lutero que ajudou a perpetuar o pensamento luterano
Pluralismo religioso - Teologia - Semestre 2º e 3º.pdfHELENO FAVACHO
O documento discute o tema do pluralismo religioso. Apresenta uma situação geradora de aprendizagem sobre o assunto e orientações para a produção de um texto analisando a temática a partir de discussões realizadas no semestre e da bibliografia das disciplinas cursadas, seguindo as normas da ABNT.
Libertação da teologia frente à secularização em Juan Luis SegundoAfonso Murad (FAJE)
Apresentação em seminário no Simpósio Internacional de Filosofia, Teologia e Ciências da Religião na FAJE e PUC Minas em torno do tema da Secularização
Aula inaugural de marcelo barros ciências da religião unicapGilbraz Aragão
1) O documento discute o papel das ciências da religião no mundo pluralista atual, caracterizado por grande diversidade religiosa.
2) Argumenta-se que as ciências da religião podem ajudar a explicar essa diversidade e mediar o diálogo entre teologias e o mundo exterior às religiões.
3) Defende-se que as ciências da religião devem ter um compromisso com a transformação do mundo, unindo o melhor da teologia e da política.
As influências da religião antiga grega (Mistérios de Elêusis, Dionisismo e O...Leandro Nazareth Souto
Este estudo tem como objetivo central apresentar as influências da religião antiga grega –Mistérios de Elêusis, Dionisismo e Orfismo – e de alguns elementos essenciais do Pitagorismo e de Platão na construção da doutrina escatológica tradicional católica. O trabalho foi dividido em quatro capítulos. O primeiro aborda uma breve contextualização sobre mito e religião na Grécia antiga. No segundo capítulo são tratados os conceitos fundamentais dos principais movimentos da religião antiga grega, isto é, os Mistérios de Elêusis, o Dionisismo e o Orfismo. No terceiro capítulo, abordam-se o Pitagorismo, Platão e os seus elementos essenciais, tais como: o corpo, a alma, o dualismo corpo-alma, a imortalidade da alma e suas provas, os destinos (lugar/estados) escatológicos da alma e a metempsicose (transmigração/reencarnação) da alma. No quarto capítulo, apresenta-se a doutrina escatológica tradicional católica fazendo sempre referência à influência do Helenismo sobre ela, seja na formação da consciência dos cristãos ou da própria doutrina católica; ao mesmo tempo, apontam-se alguns problemas atuais enfrentados pela Igreja a partir das críticas da Teologia da Libertação atual. Utilizam-se para tratar desse tema as obras dos teólogos: Renold J. Blank (1935), João Batista Libânio (1932-2014) e Leonardo Boff (1938), críticos do platonismo e do temporalismo da escatologia tradicional católica e fomentadores de novo modelo escatológico, o ressurreição imediata.
Palavras-chave: Mistérios de Elêusis. Dionisismo. Pitagorismo. Orfismo. Platão. Escatologia Cristã Católica.
O objetivo deste artigo é entender algumas implicações da relação ao longo da
história entre Filosofia e a fé. Propondo uma análise cuidadosa para que
entendamos os exageros e também o menosprezo da influência da Filosofia sobre a
fé e da fé sobre a Filosofia.
O documento discute a espiritualidade mundial ao longo da história, dividindo-a em três fases principais: 1) A fase das explicações sagradas, 2) A fase das explicações racionais que substituíram as religiosas, 3) A fase pós-moderna da ressacralização da sociedade. Ele também aborda os desafios da igreja na pós-modernidade.
Este documento apresenta conceitos fundamentais da missiologia, como cultura, etnologia e teologia transcultural. Também discute a natureza imutável da tarefa missionária de ser espiritual, bíblica, feita por fé e humana. Por fim, aborda a perspectiva de missões no ministério de Jesus, que rompeu barreiras geográficas e sociais.
As três frases resumem:
1) O documento discute o significado permanente do Metodismo, enfatizando sua ênfase em um cristianismo vital e equilibrado.
2) O Metodismo promove um cristianismo centrado na experiência da graça divina, não apenas em doutrinas ou na Bíblia.
3) João Wesley fundou o Metodismo para pregar um cristianismo apostólico que levasse as pessoas a uma comunhão viva com Deus.
1. As religiões no Brasil são muito diversas, com o catolicismo sendo a maior religião até recentemente, quando os evangélicos passaram a ser o segundo maior grupo. Outras religiões como espiritismo, umbanda e candomblé também estão presentes. A constituição brasileira garante liberdade religiosa para todas as fés.
Este documento fornece informações sobre:
1. Um livro sobre a Psicologia do Evangelho, incluindo seu índice e informações sobre autores e tradutores.
2. Uma breve introdução sobre a visão subjetiva do autor sobre a mensagem do Evangelho.
3. Uma descrição do próprio Jesus como um psicólogo da alma capaz de falar diretamente à psique humana.
Este documento fornece informações sobre um livro intitulado "Psicologia do Evangelho" que contém:
1) Uma introdução sobre a abordagem subjetiva e psicológica do autor ao invés de uma interpretação tradicional do Evangelho.
2) Uma seção sobre Jesus como um psicólogo da alma capaz de falar diretamente à psique humana.
3) Informações sobre o índice e os capítulos do livro que abordam temas como leis psíquicas, felicidade interior, cura
Seminario sobre pentecostalismo_e_teologia_publicaJosé Da Silva
Este documento apresenta as orientações gerais para um seminário sobre Pentecostalismo e Temas de Teologia Pública em uma universidade metodista. O seminário terá como objetivo analisar a presença pública do movimento pentecostal na sociedade brasileira e suas implicações teológicas. Os estudantes apresentarão seminários sobre diferentes temas relacionados ao pentecostalismo e realizarão leituras sobre o assunto.
1) O documento apresenta os objetivos e métodos de um curso sobre contextualização e missões oferecido na Faculdade Teológica Batista de São Paulo em 1996.
2) Os objetivos incluem ensinar estudantes a distinguir princípios bíblicos sobre contextualização, avaliar conceitos e costumes à luz da Bíblia, e evitar o sincretismo.
3) Os métodos de estudo incluem palestras, discussões, pesquisas e leituras, com avaliação baseada em provas, participação e projetos de leitura avali
O documento resume um livro sobre o conceito de religião escrito por Irenio Silveira Chaves. Discutiu conceitos filosóficos e teológicos de religião, incluindo a necessidade humana do sagrado e como as religiões influenciam a sociedade. Também abordou temas como divindade, heresias, fenomenologia religiosa e como a religião pode ser afetada por movimentos como o iluminismo.
Carla geanfrancisco resenha do livro o que é religião
107 487-1-pb
1. QUE LIBERTAÇÃO? O CAMINHO DA TEOLOGIA DESDE
A AMÉRICA LATINA DA PERSPECTIVA EUROPEIA1
Erhard S. Gerstenberger2
Resumo: São duas as lições principais a serem apreendidas por uma comparação crítica
do falar em Deus no mundo: por um lado, constata-se a dependência íntima de cada
teologia com as diferentes condições culturais e sociais. Por outro lado, fica bem evi-
dente que as normas vigentes no mundo de hoje entram em um diálogo profundo com a
mensagem bíblica de outrora.Ateologia da libertação, especialmente daAmérica Latina,
de uma maneira inédita e significativa, está capacitando exegetas e teólogos sistemáticos
para aceitar os desafios modernos das últimas cinco décadas em situações políticas e
econômicas bem diferentes.
Palavras-chave: Teologia da libertação. Leitura bíblica libertadora. Teologia da soli-
dariedade.
What Liberation? The Journey of the Latin American Theology
from a European perspective
Abstract: Two main lessons may be learned by comparing theological conceptuali-
zations prevalent in different cultures throughout the world: For one, each specific
theology is intimately tied up with existing mental and social conditions. Secondly,
theological assertions found in the biblical tradition have to enter into a profound
dialogue with the basic norms reigning in our own times and contexts. Liberation
theologies over the past fifty years have marvellously enabled biblical exegetes
and systematic theologians alike to meet the challenges of our age in changing and
conflicting political as well as economic situations.
Keywords: LiberationTheology. Liberating reading of the Bible; SolidarityTheology.
Pontos de partida
Falar do caminho da teologia sem dúvida implica a perspectiva própria do
autor porque ninguém jamais pôde descrever os desenvolvimentos do pensar teoló-
gico em si, ou seja, objetivamente e no sentido abrangente. Qualquer reflexão sobre
1
O artigo foi recebido em 28 de julho de 2010 e aprovado por parecerista ad hoc mediante parecer de
29 de agosto de 2010.
2
É graduado e doutorado em Teologia (Bonn). Realizou sua habilitação (Antigo Testamento) em Hei-
delberg, Alemanha. Estudou e lecionou na Yale Divinity School (EUA) por cinco anos. De 1975 até
1981, atuou como professor de Antigo Testamento na Escola Superior de Teologia, em São Leopoldo/
RS. NaAlemanha, trabalhou nas universidades de Giessen e Marburg. O penúltimo livro da sua autoria,
“Teologias no Antigo Testamento” (2001), foi traduzido e publicado pela Editora Sinodal/CEBI/EST,
São Leopoldo, em 2007. Seu ultimo trabalho, “Israel in der Perserzeit” (Stuttgart: Kohlhammer, 2005)
está sendo preparado para a publicação no Brasil pelas Edições Loyola. gersterh@staff.uni-marburg.de
2. 334
Erhard S. Gerstenberger
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
o estado do mundo, da humanidade e de Deus necessariamente está intimamente
ligada com as circunstâncias biográficas daquela pessoa que reflete. No meu caso:
pertenço a uma espécie um pouco rara de teólogos, que não só se criou na classe
baixa, secularizada dos trabalhadores industriais daAlemanha, mas também recebeu
a sua formação profissional em grande parte fora do país de Lutero, a saber, nos
Estados Unidos e no Brasil.3
A minha biografia é bem colorida, parece às vezes até
confusa ou perturbada e, consequentemente, muitos observadores têm a impressão
de que as minhas afirmações teológicas devem refletir o meu caminho meândrico
dos últimos, digamos, setenta anos.
Seja como for, aprendi muito através da caminhada pelos continentes. Por isso
parto de certas pressuposições cada vez que me empenho em enxergar um pouco do
fazer teológico e da sua importância para mim e para a época vigente. Entre outras
convicções fortes, esta talvez seja a mais dominante: Creio que a teologia cristã
não tem pátria exclusiva, nem a Palestina antiga, nem a Alemanha, nem os Estados
Unidos. O Evangelho da libertação tem que e pode se inculturar em qualquer nação
e língua do mundo, com resultados teológicos bem diferentes. Olhando, estudando,
ensinando em vários países e culturas (até na reserva indígena da tribo Navajo em
Arizona/New Mexico: que experiência super-rica!). Felizmente perdi a minha crença
nativa de que o padrão teológico do protestantismo certo (ou: certíssimo, único)
seria o das igrejas confessantes, antinazistas da Alemanha. Os meus professores
da época pós-guerra, mais ou menos, propagaram essa linha de pensamento, com
grande seriedade e plausibilidade. Mas peço desculpas! Eles erraram, como entendi
depois de um ou dois anos no estrangeiro. Outras culturas têm que ter a sua própria
maneira de experimentar a sua realidade e identidade e desenvolver uma prática da
fé cristã da qual pode crescer uma doutrina cristã autóctone e adequada. Certo, o
evangelho visa a toda a humanidade, e a história atual, mais do que nunca, está no
caminho da globalização. Os dois fatos exigem uma reflexão global sobre todas as
inculturações específicas da mensagem salvífica. Mas tais desafios globalizantes não
podem erradicar a pregação no vernáculo de cada uma das pessoas existentes em
tantas culturas diferentes. A outra verdade tradicional também permanece impor-
tante: o Evangelho inculturado provém de uma raiz comum a todas as plantações da
fé e por isso tem que manter o seu diálogo com os testemunhos dos antepassados.
Quer dizer: As formas da fé herdadas têm uma importância grande: elas orientam
tradicionalmente o nosso comportamento e a nossa confissão. No decorrer dos
tempos, nas mudanças das culturas, elas servem como parceiras no diálogo, que é
muito necessário. Nunca devem prevenir, porém, a abertura para os desafios futuros
e os encontros vitais com outras religiões.
3
Cf. GERSTENBERGER, Erhard S. apud GRÄTZ, Sebastian; SCHIPPER, Bernd U. (Eds.). Alttesta-
mentliche Wissenschaft in Selbstdarstellungen. Göttingen: Vandenhoeck, 2007. p. 140-152. (UTB
2920). Mais informações na minha website <http://www.staff.uni-marburg.de/~gersterh/>.
3. 335
Que libertação?
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
Voltando aos continentes e suas teologias específicas, a América Latina
tornou-se a maior influência teológica na minha vida. Chegamos a São Leopoldo
para a então chamada “Faculdade deTeologia da IECLB” em junho de 1975, no meio
da ditadura militar, da censura rígida da imprensa, de aprisionamentos arbitrários e
torturas nas dependências do DOPS. Sabíamos que também a nossa faculdade era
supervisionada, bem como o seminário Cristo Rei e a Unisinos, ambos operados
pelos jesuítas. Naquela época, uma boa parte de estudantes e docentes da FacTeol
estava inserida no movimento da “teologia da libertação” oriundo das comunidades
eclesiais de base, sendo refletido e articulado em muitos seminários e faculdades
católicas e alguns poucos (por causa da situação minoritária) protestantes.Amiséria
da grande maioria das populações da América Latina era gritante, a repressão dos
governos militares aumentou os sofrimentos. Nessa situação (depois do Concílio
Vaticano II e da Conferência Geral dos Bispos da América Latina de Medellín), as
igrejas cristãs realizaram, à luz do evangelho bíblico, que era uma obrigação divina
e humana atender ao clamor dos necessitados e marginalizados. Nesses dez anos
antes do ressurgimento da democracia no Brasil (1985), houve uma moção popular
impressionante apoiada pela “prática e teologia da libertação” para superar a ditadura
e melhorar as condições de vida. Foi essa a situação que encontramos chegando ao
Rio de Janeiro em março de 1975 para estudar a língua brasileira e nos “aculturar”
à vida eclesial, econômica e política. Como já disse antes: aí começava a fase mais
produtiva da minha existência teológica. O que experimentei nesses anos até a nossa
volta à Alemanha (1981) e depois em vários períodos de novamente trabalhar na
FacTeol de São Leopoldo bem como na Faculdade Metodista de São Bernardo do
Campo? Como posso descrever, a partir do meu envolvimento, o caminho dessa
teologia fascinante e autêntica no decorrer das décadas seguintes levando-nos ao
novo milênio? Certamente há de se considerar também os grandes transtornos
histórico-políticos dos anos 1990 e as vitórias e derrotas do sistema capitalista do
mercado global irrestritas, desenfreadas. Quero apenas tocar em alguns pontos
espiritualmente importantes no quadro enorme da época.
Reconhecer a realidade
A teologia cristã tradicional da Europa tem pouco a ver com a realidade
do mundo. Ela sempre se entendia como ciência dedutiva, quer dizer, derivada do
tesouro escrito das revelações bíblicas e, em alguma medida, também da tradição
confessional própria (não somente os católicos romanos contam com essa herança
espiritual!).Aideia básica é a seguinte: Deus nos comunicou, através de Moisés, dos
profetas, dos apóstolos e, sobretudo, de Jesus mesmo tudo o que é necessário para
esta vida terrestre e para a chegada ao paraíso depois. Não se precisa de nenhuma
outra informação, orientação ou conhecimento. A teologia ou o evangelho cristão
trabalham com dados existentes. A verdade fica encaixada no passado. Qualquer
preocupação com outras áreas de conhecimento contemporâneo fica supérflua. A
4. 336
Erhard S. Gerstenberger
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
ênfase que se deu ao estudo da “realidade brasileira” atual, já no nosso curso do
CENFI no Rio e depois no ensino teológico da FacTeol, me surpreendeu e agra-
dou. Muita gente pensava e falava assim: Sem conhecer a (feia) realidade social,
econômica e política do país, o discurso teológico não pode nem começar. Deduzir
verdades das Escrituras ou fazer um concentrado nutritivo das suas doutrinas é em
vão. Qual a razão para tal opinião e quais as suas implicações?
Parece que a orientação exclusiva das igrejas para o passado e para si mesma
foi desmascarada no Brasil como insuficiente, pior ainda, como álibi para defender
apenas posições de poder e privilégio por parte das hierarquias existentes. O tempo
presente tinha que ser consultado urgentemente para determinar o curso da fé. Que
realidade da conjuntura vigente pesava mais fortemente? Quais os fatos “relevantes”
para o fazer teológico?4
Aresposta era clara para muitos cristãos daAmérica Latina,
ganhando força até em outros continentes. Os sofrimentos dos marginalizados, a
desumanização dos miseráveis eram fatores relevantíssimos para a teologia. Na
superfície tratava-se de dados estatísticos tirados dos censos oficiais:5
Tantos por
cento da população vivem abaixo da renda que garante uma vida humana mínima;
a mortalidade infantil é alta em comparação com outras nações; a acumulação
tremenda de posses nas mãos de uma minoria elitista. Mas a realidade decisiva no
pensar e atuar teologicamente eram as pessoas miseráveis mesmas. Isso em si já
significa que a realidade não só foi considerada um material neutro, a ser moldado
pelo missionário cristão, mas que era um sujeito com rosto e vontade próprios. A
teologia da libertação descobriu a realidade falante e com autoridade espiritual
equivalente aos possuidores tradicionais de poder dentro da igreja organizada. Os
pobres ganharam uma voz teológica.
No fundo, era esse o desafio mais sério para as autoridades eclesiais,
especialmente o Vaticano, bem como os teólogos da libertação. As autoridades
estabelecidas das igrejas temeram a concorrência espiritual e tentavam erradicar o
pensamento liberal e moderno, inclusive denunciando-o de “comunista” e “subje-
tivista” protestante.6
O outro lado, o movimento minoritário, mas com voz e bem
presente nas discussões públicas, tentava elaborar uma doutrina alternativa, voltada
ao presente. Surgiu a necessidade de reconhecer uma outra autoridade teológica,
fora da hierarquia eclesial, a saber, os pobres. Eles, com efeito, não eram mais con-
siderados “objetos”, a ser evangelizados pela igreja tradicional, mas se tornaram,
4
Muitos teólogos levantaram essa pergunta, por exemplo Gustavo Gutierrez, Hugo Assmann, Jon
Sobrino, Pablo Richard.
5
Lembro-me bem do forte impacto do estudo publicado pela Comissão de Justiça e Paz da Arquidio-
cese de São Paulo sob os auspícios de Dom Paulo Evaristo Arns (e com colaboração de Fernando
Henrique Cardoso!), em São Paulo, 1975. Cf. COMISSÃO de Justiça e Paz da Arquidiocese de São
Paulo. Crescimento e pobreza. São Paulo: Loyola, 1976.
6
Cf. as instruções da congregação da fé referente à teologia da libertação de 1984 e 1986 e muitas atu-
ações das hierarquias cristãs (católicas bem como protestantes) contra qualquer aberração modernista
até hoje.
5. 337
Que libertação?
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
sim, “sujeitos” com vontade, experiências e fé próprias, a serem reconhecidas pelo
“povo de Deus”.7
Falava-se não somente em opção teológica pelos pobres, mas
daqueles grupos marginalizados que se apresentavam como comunidade nova,
portadores do sofrimento de Cristo, sábios dos mistérios de Deus, igreja nascente,
reino de Deus brotando em nosso tempo. Claro, os oponentes desse movimento
tinham toda a razão na sua angústia de perder a autoridade eclesial. Tratava-se, na
verdade, de um novo elemento de “revelação divina”, como os protestantes iriam
dizer. Clodovis Boff, antigamente um grande mestre da “teologia da libertação”,
recentemente fez uma reviravolta total. Declarou essa teologia nociva à igreja
católica romana matriz por ter confiado tanto na autoridade dos pobres. A parte
analítica desse julgamento é certa.
Exegese bíblica
Experimentei, na minha primeira etapa de ensino no Brasil, um transtorno
das concepções hermenêuticas, metodológicas e exegéticas. Antes, na Alemanha,
tinha trabalhado mais ou menos conforme as regras rígidas da escola “barthiana” e
alegadamente “luterana”: A Escritura interpreta-se a si mesma. E a verdade assim
encontrada tinha que ser transferida para a nossa época, sem cortes nem acréscimos.
Agora vi a nova avaliação do presente, o valor orientador da realidade de hoje e o
novo papel dos leigos no fazer teológico. (Parcialmente, a partir de experiências
feitas nos Estados Unidos, já tinha praticado uma cooperação com os membros
paroquiais no meu tempo de pastor de comunidade, 1965-1975). Essa mudança de
perspectiva naturalmente teve consequências profundas para o trabalho do exegeta
bíblico.
Em primeiro lugar, a questão hermenêutica, já debatida em termos filosófi-
cos desde a antiguidade grega, sob as condições da vida moderna, assumiu traços
especiais e relativizantes. O pensador de hoje descobre muito mais intensivamente
a subjetividade do conhecimento, até os cientistas puros enfrentavam, de algum
modo, o fato de que o observador mesmo sempre trabalha sob influência de suas
próprias perguntas e seus atuais parâmetros mentais e culturais de organizar o co-
nhecimento.8
O teólogo Rudolf Bultmann, da Universidade de Marburg, já tinha
falado dos “preconceitos” do exegeta que se aproxima de um texto bíblico, mas
ele ainda acreditava em uma simples correção do preconceito atual pelo texto, não
admitindo alterações significantes da mensagem bíblica. O “texto” ainda permanecia
7
Cf. BLEYER, Bernhard. Subjektwerdung des Armen. Zu einem theologisch-ethischen Argument
im Zentrum lateinamerikanischer Befreiungstheologie. Regensburg: Friedrich Pustet, 2009. (ratio
fidei 38).
8
Na Alemanha foi o fisicista Werner Heisenberg que alertou a comunidade acadêmica para a “rela-
tividade do saber”, cf. HEISENBERG, Werner. Das Naturbild der heutigen Physik. Hamburg:
Rowohlt, 1955.
6. 338
Erhard S. Gerstenberger
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
a autoridade absoluta. Hans-Georg Gadamer, com a sua hermenêutica filosófica
bem reconhecida9
, em sua maneira bem própria, tentava uma aproximação ao ser
por meio do discurso linguístico. Em suma, já havia uma consciência ampla das
dificuldades de se achar “entendimento” em nosso mundo fragmentado antes da
nova teologia da libertação.
NaAmérica Latina dos anos de 1960 e 1970, a hermenêutica bíblica articulou-
se em termos bastante práticos. Representantes da primeira fila eram dois exegetas
católicos: por um lado, J. Severino Croato10
; por outro, Frei Carlos Mesters.Ambos
me deram muitos estímulos para pensar e reorganizar a minha própria visão dos
procedimentos hermenêuticos, ambos, de algum modo, deram ênfase particular
à problemática social da atualidade, da qual eles partem para consultar o texto,
e voltam para cá enriquecidos de boas novas. A terminologia dos dois exegetas é
diferente, o esquema gráfico que usam varia, mas essencialmente o caminho e o seu
significado são os mesmos. Quer dizer: o que nós percebemos pela avaliação prévia
da realidade de hoje, dos fatos maiores da nossa época, da inumanidade vigente nos
sistemas econômicos opressores e suicidas, tudo isso resulta em uma hermenêutica
bíblica que perscruta a situação vigente, esse é o ponto de partida. Ela quer verificar
a realidade, estabelecer os parâmetros decisivos acusando especialmente a falta
de justiça social, as violações da dignidade humana, os crimes contra a natureza.
Além do quadro externo ao expectador, verifica-se igualmente a posição individual
e coletiva do exegeta mesmo e de seu grupo. Os teólogos da libertação sabem do
condicionamento de cada interpretador. O exegeta sempre é filho ou membro da
sua classe social, educação, participação cultural. Diz Carlos Mesters: Cada pessoa
possui seus próprios óculos, mirando e interpretando a redondeza natural, política,
econômica etc. Temos que reconhecer essa mesma constelação toda para avaliar
autocriticamente os resultados do nosso ver e julgar.Assim, o escrutínio da realidade
como primeiro passo da exegese já exige um empenho multifacetado.
A metodologia adequada para tal hermenêutica crítica pode bem utilizar os
três passos de ver – julgar – agir, ou seja, ela inclui, desde o início, o alvo prático
da exegese bíblica. O próprio Carlos Mesters elaborou um esquema a partir da
vida diária, com suas promessas e misérias, para dialogar com o texto bíblico e
voltar para a vida plena para transformá-la na imagem do reino de Deus.11
O CEBI,
organização para promover leitura e exegese da Bíblia em todas os níveis da po-
9
Cf. a sua obra clássica: GADAMER, Hans-Georg. Wahrheit und Methode. Grundzüge einer phi-
losophischen Hermeneutik. Tübingen: Mohr, 1960.
10
Cf. seus estudos: CROATO, J. Severino. Liberación y libertad. Pautas hermenéuticas. BuenosAires:
Mundo Nuevo, 1973. (Tradução brasileira: Êxodo. Uma hermenêutica da liberdade. São Paulo: Pau-
linas, 1983); ______. Hermenéutica Bíblica. Buenos Aires: La Aurora, 1984. (Tradução brasileira:
Hermenêutica bíblica. São Leopoldo: Sinodal; São Paulo: Paulinas, 1986.)
11
Cf. o seu curso publicado como: MESTERS, Carlos. Círculos Bíblicos. Petrópolis: Vozes, 1978.
7. 339
Que libertação?
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
pulação12
, foi inspirado em grande parte por Frei Carlos. Adotou o método dele,
educando milhares de multiplicadores, que servem nos grupos de leitura bíblica em
muitas comunidades. A nossa prática de ensinar a exegese em pré-seminários da
FacTeol costumava começar com reflexões analíticas sobre a própria perspectiva
de nós mesmos na conjuntura atual, com uma investigação cuidadosa da situação
social refletida no texto, em vez de considerar a mensagem antiga como um bloco
primordial da verdade divina.
Os instrumentos e meios da exegese, portanto, incluem não somente as
técnicas e os conteúdos da filologia e das ciências históricas, mas, em primeiro
lugar, toda a escala dos conhecimentos sociológicos, antropológicos, psicológicos
(incluindo as áreas da política, economia, arte, religião, poimênica etc.) voltados ao
entendimento da realidade humana. Se o primeiro passo realmente é o de analisar
essa realidade, o segundo tem que ser a percepção dos conteúdos da mensagem.
Necessariamente, o evangelho do Reino – ou: da justiça, dignidade, paz e preser-
vação do mundo – é uma composição espiritual de valores e esperanças de hoje
e das experiências bíblicas (que em si também representam variações enormes).13
Apenas essa mistura de motivos, argumentos, reflexões pode dar orientação para
a vida atual. Ela capacita pessoas e comunidades, igualmente, para tomarem conta
das responsabilidades e dos desafios presentes.
Descobrimento da visão bíblica
A nova validação da realidade espiritual e material evidentemente tem
consequências também para o conceito e a compreensão da Escritura Sagrada. Já
indiquei antes que a ideia tradicional de uma fonte literária eterna e exclusiva de
divinas revelações na verdade é ultrapassada. Eu pessoalmente, como estudante,
tinha absorvido a teologia hermenêutica e a “teologia da morte de Deus”. Mas esses
pensamentos modernos elaboravam métodos de reformar a mensagem bíblica lá
na antiguidade mesma para depois transportar os resultados da reconstrução teo-
lógica através dos séculos para a nossa época. (Claro: Também nesse programa de
“transferência” de sentido usam-se, inadvertidamente, parâmetros modernos. Mas os
mestres da encenação não admitem tal interferência).Ateologia da libertação, a meu
ver, concedeu à Bíblia um lugar muito importante, respeitado. Mas igualmente ela
dá atenção e valor aos tempos atuais, às pessoas miseráveis e às normas aceitáveis
da atualidade. A minha linha de pensar, então, se desenvolvia da seguinte maneira:
da perspectiva libertadora, a Bíblia é, em primeiro lugar, a palavra universal que se
encarnou na antiguidade falando “o vernáculo” (Pedro Casaldáliga) desse tempo e
cultura. Cada época subsequente constrói suas normas e seus conceitos específicos
12
Cf. SCHÜRGER, Wolfgang. Theologie auf dem Weg der Befreiung. Das ökumenische Zentrum
für Bibelstudien (CEBI) in Brasilien. Erlangen: Verlag für Mission, 1995.
13
Cf. GERSTENBERGER, 2007.
8. 340
Erhard S. Gerstenberger
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
de entender e moldar a realidade. Em paralelo, os cristãos reiteradamente têm visões
e práticas de fé em interação com os conceitos vigentes das respectivas culturas.
O que caracteriza pensamentos cristãos é, com efeito, a conexão frutífera, mas não
exclusiva, com as comunidades antigas que produziram essas Escrituras funda-
mentais do movimento da fé em um Deus justo e salvífico para toda a humanidade.
A posição da Bíblia, portanto, é marcante. Ela absorve e constitui uma
faixa larga, nascente no Oriente Médio Antigo, de fé em termos de interpretar e
experimentar o mundo, viver a espiritualidade e moldar a sociedade. Existem seme-
lhanças e também grandes diferenças em relação às religiões do Oriente Remoto,
ou seja, a Ásia Central e Leste. A Bíblia recolheu, durante um milênio, tradições
espirituais pertencentes ao leste do Levante, porém enraizadas nas culturas mais
antigas da Mesopotâmia, Egito e Ásia Menor. As Escrituras Hebraicas, a partir
de longas transmissões orais, finalmente surgiram na época dos persas, depois do
exílio babilônico.14
Elas se tornaram a coluna principal da nova comunidade judaica
emergente, a Torá, os Profetas, os Escritos (hebr: Tanak). O cristianismo adotou o
cânon hebraico como Sagrada Escritura e, apenas nos séculos subsequentes, au-
mentou o seu volume com documentos da própria fé, tornando mais larga ainda a
faixa da tradição espiritual. A Europa emergente utilizava a Bíblia para cristianizar
os pagãos na própria terra bem como nos continentes do além-mar e, assim, instalar
o poder globalizante nominalmente sob o governo de Jesus Cristo. Na realidade,
a Escritura foi frequentemente abusada para legitimar colonialismos sem fim de
nações chauvinistas “cristãs”.
Uma investigação profunda pode revelar que as transformações históricas
da Bíblia e de sua utilização sempre pressupõem o caráter dinâmico da tradição
bíblica por um lado e influências alheias da época vigente por outro.15
Nunca se
pode dizer que todas as intenções e alvos daqueles que citavam versos bíblicos
eram puramente deduzidos dos antigos textos. Sempre havia adicionamentos
novos consideráveis, muitas vezes contrariando o sentido original da tradição ou
selecionando traços individuais em detrimento a outros.Aleitura bíblica libertadora
acontece como interação cultural e religiosa, nunca há uma transmissão pura, não-
adulterada. O que eu aprendi no debate crítico do papel da Bíblia foi que a exegese
de hoje precisa de orientações certas para entender a vontade justa e salvífica de
Deus. A orientação oportuna para a conjuntura de hoje pode ser encontrada apenas
por cuidadoso estudo da situação de hoje em diálogo com os testemunhas de então.
A descoberta de que a realidade social e o pobre deveriam ser medidas adequadas
para nós naquele momento me convence até hoje. À luz dessa dupla perspectiva
determina-se o lugar da Bíblia na minha teologia.
14
Cf. GERSTENBERGER, 2005.
15
Cf. SAWYER (Ed.), 2007.
9. 341
Que libertação?
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
Impacto ecumênico
Nos anos 70 e 80 do século passado, a teologia da libertação provinda da
América Latina tornou-se muito admirada e copiada globalmente, não obstante
outras teologias modernas que surgiram em outros continentes. Eu falo especial-
mente da minha experiência naAlemanha, para onde voltei em 1981 e onde lecionei
Antigo Testamento nas universidades de Giessen e Marburg.Ademanda de estudar
as teorias e práticas do movimento teológico novo era grande, particularmente entre
os estudantes. Seminários sobre a “teologia libertadora” ou “leitura libertadora da
Bíblia” estavam sempre superlotados.Algumas editoras alemãs começavam a tradu-
zir livros de Leonardo Boff, Carlos Mesters, Gustavo Gutierrez etc. O intercâmbio
estudantil na teologia floresceu, umas centenas de jovens aprendizes foram para
a América Latina para um ano de estudo e prática comunitária. Justamente essa
ligação íntima com a vida da igreja e da sociedade em geral fascinava estudantes
daAlemanha. Em contrapartida, e igualmente com valiosa assistência da Federação
Mundial Luterana e de outras entidades de suporte, um bom número de estudantes
brasileiros veio para a Alemanha. (De vez em quando ouço relatos nostálgicos de
ambos os grupos.) Eles, provavelmente, foram atraídos mais pela fama tradicional
da teologia teórica do país de Lutero. Muitos deles procuravam um doutorado, ideia
também promovida pela EKD (Evangelische Kirche in Deutschland – Igreja Evan-
gélica na Alemanha), que tentava fornecer a “melhor educação teológica possível”
para os futuros professores das instituições eclesiais autóctones. Havia empenhos de
implantar os métodos e a prática da leitura bíblica libertadora naAlemanha mesmo
e recriar, por assim dizer, as “comunidades de base”. Nessa linha vejo a presença
maciça de teólogos latinos nos “Dias da Igreja” (Kirchentage), a fundação de um
Centro Bíblico Europeu, o trabalho de várias “Ökumenische Werkstätten” (oficinas
ecumênicas) e de certa forma também o intercâmbio estudantil.
Não há como esquecer a conjuntura política e econômica mundial que era
o pano de fundo para todo o movimento libertador da época. As décadas de 1960
até 1980 eram caracterizadas pelo antagonismo (“guerra fria”) entre “oeste” e
“leste”, ou seja, entre os sistemas capitalista e socialista, bem como pela forte e às
vezes sangrenta luta das colônias “europeias” para ganhar e manter a autonomia
nacional. Movimentos seculares de libertação dos jugos impostos nos séculos 18
e 19 por poderes hegemônicos oriundos da Europa, com efeito, perseguiam rumos
e alvos semelhantes às visões da teologia da libertação. De fato, houve um certo
acordo ideológico, às vezes uma colaboração ou identificação, entre as duas facções
libertadoras. O fim das confrontações abertas no campo ideológico bem como na
esfera colonial a partir dos anos 1990 tinha que influenciar bastante também o pen-
samento teológico. A outra coisa comemorável nesse contexto está no fato de que
as lutas contra qualquer domínio externo ou interno produziam, aqui e ali, reações
cristãs em favor dos oprimidos ou desprivilegiados. Quer dizer: aquela consciência
bíblica que se identifica com os humildes e necessitados surgiu independentemente
10. 342
Erhard S. Gerstenberger
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
daAmérica Latina em vários outros lugares e situações. Por exemplo, na Coreia do
Sul desenvolveu-se a teologia “Minjung”, voltada para os explorados da economia
capitalista.16
Na África do Sul, teólogos falavam do “kairós”, da boa oportunida-
de de acabar com o racismo oficial imposto ao povo.17
Outras condições de vida
encontram-se na Índia, o subcontinente enorme. Há tempos, cristãos dedicam-se à
casta dos intocáveis, o estrato mais baixo da sociedade.18
No Japão acontecia uma
moderada crítica por teólogos cristãos à estrutura hierárquica e “ocidentalizada” e às
doutrinas europeias. Articulava-se, por exemplo, teologia do sofrimento de Deus19
a partir, entre outros fatos, do ataque às cidades de Hiroshima e Nagasaki com
bombas atômicas. Até na Alemanha há traços indeléveis de uma leitura libertadora
da Bíblia através dos tempos20
. O último exemplo é o movimento dentro da outrora
DDR “Wir sind das Volk” (Nós somos o povo), ou “Schwerter zu Pflugscharen”
(espadas em relhas de arados). Cada uma dessas manifestações tem o seu perfil
próprio, porque os contextos históricos e culturais são diferentes e, em grande
parte, independentes uns dos outros. Mesmo assim, pode-se enxergar um padrão
semelhante de se identificar, contra as regras gerais das sociedades afetadas, com
as classes mais baixas e contra o domínio das elites ricas e poderosas.
Apartir desses apontamentos, perguntamos: Como é possível que a teologia
da libertação daAmérica Latina, representando uma variante de movimentos liber-
tadores (pelo menos a meu ver), alcançou um grau de reconhecimento e adaptação
fora da esfera própria de validade? Deve ter mais do que uma justificação para esse
fenômeno. Entre outros fatores, parece-me ter sido influenciado, nesse sentido, por
uma afinidade europeia (incluindo uma boa porção de má consciência diante da
história colonial) com a problemática da exploração de indígenas e o sentimento
agudo de estarmos presos, por exemplo na Alemanha, em um sistema opressor
econômico responsável pelo genocídio e opressão vigentes. Outros itens responsá-
veis incluem a plausibilidade da argumentação bíblica, a tradição católico-romana
liberal, quase protestante, alguns laços étnicos de figuras ligadas à Alemanha ou
Bélgica, Holanda (cf. CardealArns; os bispos Lorscheider; HugoAssmann; Milton
Schwantes; Carlos Mesters etc.).
16
Cf. AHN, Byung-Mu. Minjung-Bewegung und Minjung-Theologie. Zeitschrift für Mission, v. 15,
p. 18-27, 1989.
17
Exemplos são o bispo anglicano Tutu e o movimento de reconciliação na África do Sul. Cf. Challenge
to the Church. The Kairos Document, Braamfontein, 1985.
18
Cf. FORRESTER, Duncan B. Caste and Christianity. London, 1979; MELANCHTHON, Monica
Jyotsna. Liberation Hermeneutics and India’s Dalits. In: BOTTA; ANDIÑACH (Eds.), 2009, p. 199-
211.
19
Cf. KITAMORI, Kazoh. Die Theologie des Schmerzes Gottes. Göttingen: Vandenhoeck, 1972.
20
Cf. GERSTENBERGER, Erhard S. A Bíblia – fermento da sociedade humana. Reflexões de uma
perspectiva européia. In: DREHER, Carlos A. et al. (Eds.). Profecia e Esperança. Um tributo a
Milton Schwantes. São Leopoldo: Oikos, 2006. p. 68-80; GERSTENBERGER, Erhard S. Liberation
Hermeneutics in Old Europe, Especially Germany. In: BOTTA; ANDIÑACH (Eds.), 2009, p. 61-84.
11. 343
Que libertação?
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
Mudanças nos anos 1990
A história mundial mudou profundamente uma década antes do segundo
milênio acabar. Nós éramos testemunhas desse transtorno. Eu estava de volta na
Alemanha, lecionando no mundo acadêmico e tentando manter minha carteira brasi-
leira de imigrante. Isso significava voltar para o Brasil pelo menos a cada dois anos.
Fiz justamente isso, e fui professor visitante na FacTeol de São Leopoldo/RS ou na
Faculdade Metodista de Rudge Ramos em São Bernardo do Campo, SP. Quis ficar
em contato com a situação no Brasil.Aestadia mais comemorável, por acaso, era o
semestre de inverno de 1985, quando substituí o Milton Schwantes na FacTeol. O
Tancredo Neves estava para tomar posse no Planalto e morreu poucos dias antes da
cerimônia. O prolongado drama de sua morte ainda reverbera na minha memória.
Como a teologia da libertação se deu com as mudanças ocorridas: a queda
do sistema soviético, do socialismo centralista e hegemônico? A vitória total do
mercado livre e do domínio estrangeiro sobre a economia nacional? A instalação de
um governo democrático no Brasil e em outros países da América Latina? O com-
bate finalmente sucedido da inflação horrenda? Os parâmetros da vida e do pensar
mudaram. Tinha desaparecido a confrontação direta com as forças opressoras, os
poderes ditatoriais. Reinava – pelo menos no papel e conforme a constituição –, a
vontade do povo.Aretórica da luta de classes, a simplista identificação dos culpados
pela estrutura social opressiva e pela injusta distribuição de posses e da renda não
eram mais adequadas. Agora todo mundo tinha responsabilidade pelo bem-estar
comum. A teologia tinha que pregar participação em vez de resistência, responsa-
bilidade em vez de denúncia, prudência financeira em vez da rejeição do sistema
econômico. Aceitando a nova democracia, os cristãos tinham que se converter de
profetas em colaboradores críticos dos mecanismos políticos e econômicos adotados
pela maioria do povo.
Não era fácil mudar os padrões e alcançar os novos alvos. Lembro-me bem
dos debates acirrados dos anos 1990, quando se constatava até um deterioramento
das condições de vida para as classes mais baixas. A concentração dos bens nas
camadas mais altas da sociedade aumentou.A miséria da multidão dos pobres con-
sequentemente também cresceu. Eles recebiam cada vez menos do bolo produzido
pelas economias nacionais. Ironicamente, um ministro das Finanças do governo
militar tinha, uma vez, prometido que no novo milênio a distribuição de renda
iria beneficiar todos os cidadãos do Brasil.21
Como ele se enganou! Teólogos da
libertação analisaram a nova ordem e concluíram que a ideologia do mercado livre
perdeu qualquer sentimento humano, porque não mais necessitava manter a apa-
rência de ser misericordiosa diante de um inimigo e concorrente socialista. Agora,
diziam, a ganância pura, o capitalismo selvagem poderia se realizar sem os mínimos
21
SIMONSEN, Mário Enrique. Brasil 2001. Rio de Janeiro: APEC, 1972.
12. 344
Erhard S. Gerstenberger
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
escrúpulos. Constatava-se que os mais ardentes defensores do “mercado livre” não
mais queriam pensar em gente marginalizada e ainda útil como baratíssima mão
de obra, pelo contrário, a população lá em baixo (uma maioria!) foi considerada
totalmente inútil, excluída de todos os ciclos de vida comum. Mas qual a reação
da teologia nessa situação? Como pôde funcionar uma “libertação” dos esquecidos
nessa situação precária sob condições democráticas?
Na verdade, o problema torna-se mais grave ainda quando a ordem capitalista
da democracia vigente começa a melhorar um pouco, só um pouquinho, o dia a dia
das pessoas famintas, como aconteceu na última década no Brasil. Programas do
governo visando eliminar a fome, promover a escolaridade dos jovens, aumentar o
salário mínimo etc. deram alguns resultados. Chega isso para se contentar no mo-
mento, elogiar o progresso social e colaborar com os governantes esperando mais
passos pequenos em direção à renovação do mundo? Se for o caso, alguns adeptos
da teologia libertadora não suspeitariam de uma traição dos alvos fundamentais da
esperança cristã?
Que libertação? Análise e atuação
É claro que com as mudanças políticas dos anos 1990 mudaram também
as precondições da teologia cristã e da exegese bíblica. E com o passar do tempo
e novas transformações e perturbações em importantes áreas da vida (cf. a crise
financeira recente, guerras, alianças, preservação do ambiente etc.), as situações
teologicamente relevantes vão colocar mais desafios para novas adaptações do
discurso e do atuar das comunidades cristãs. Qual é, nesta altura, o rumo de uma
teologia libertadora?
Uma pergunta básica bem razoável é: Podemos ainda conceber uma tal
teologia que lidera os miseráveis dos cativeiros econômicos e políticos se o nosso
sistema social está conscientemente organizado nos moldes capitalistas, ou seja, do
mercado livre? Essa ordem econômica parece intimamente ligada com a estrutura
política, consequentemente não pode ser contestada (até países socialdemocratas
aderem às regras de uma economia livre). Não seria muito mais adequado nomear
a teologia consciente dos problemas sociais de teologia “da educação”, ou “da
aprendizagem social”, ou “da solidariedade”, ou “da irmandade” etc.? De fato, um
livro muito importante parece sugerir uma reclassificação dos termos centrais.22
Liberar alguém pressupõe o cativeiro desse indivíduo ou grupo social. Há, por
acaso, pessoas inocentes presas em uma sociedade livre?
Teólogos tradicionais iriam apontar prontamente os sistemas espirituais de
cativeiro. Conforme numerosas passagens bíblicas, os seres humanos sofrem, em
22
ASSMANN, Hugo e SUNG, Jung Mo. Competência e sensibilidade solidária. Educar para a
esperança. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
13. 345
Que libertação?
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
primeiro lugar, as algemas do pecado, morte, egoísmo etc. Para eles, a libertação
genuína, portanto, é um ato espiritual efetuado por Deus mesmo. Nesse ponto, a
teologia da libertação tem-se afastado do discurso conservador e voltado para os
problemas reais da vida moderna, redefinindo os conceitos de pecado, culpa, sal-
vação. Mas os teólogos tradicionais certamente têm o mérito de alertar para uma
conceituação variável, distinguindo o aprisionamento verdadeiro do estar mental ou
espiritualmente sob custódia alheia. E se nós olharmos mais de perto, ficará óbvio
que existem tais cativeiros em todos os tipos de sociedade. A designação “livre”
em relação à completa organização social realmente é uma ilusão; ela só se pode
referir à ideia básica e às dimensões jurídicas de uma determinada sociedade, não
afeta inúmeras relações de compulsão, extorsão e dependência dentro dos melhores
sistemas sociais que escapam à supervisão das leis e do poder executivo. Em outras
palavras: uma sociedade democrática infelizmente ainda não é o reino de Deus.
Se aceitarmos essa descrição da situação atual no nosso planeta, a “teologia
da libertação” e a “leitura libertadora da Bíblia” manterão seu direito de existir,
não importando o nome que conferirmos ao movimento. Devido às mudanças dos
sistemas nacionais e globais, a finalidade do pensamento libertador fica a mesma:
uma transformação das organizações sociais em direção a um mundo mais justo e
pacífico, quer dizer, a eliminação de fome, guerra, opressão, destruição da natureza,
discriminação e de tudo que viola ou diminui as chances de uma vida digna a cada
ser humano. A visão deste mundo não é apenas uma utopia. Contém elementos
bem reais e realizáveis. Infelizmente, o estado atual, apesar de alguns momentos e
algumas regiões de melhora, é de deterioramento. A previsão da ONU de reduzir a
fome no mundo nos próximos anos não está se realizando. As nações mais pobres
permanecem atrasadas. Desemprego e falta de escolas bem como de serviços efe-
tivos de saúde atingem sempre maiores segmentos da população.As guerras civis e
internacionais de fato são incontroláveis. Nos últimos anos, fortaleceu-se também a
consciência comum de que a humanidade está cada vez menos capaz de se organizar
razoavelmente para assegurar a própria sobrevivência. Os problemas mundiais são
extremamente complicados, os interesses particulares são tão diversificados, que
as melhores conferências internacionais falham em encontrar soluções adequadas.
Agora, essa é a chance de uma nova teologia da libertação, ou seja, de uma
teologia da solidariedade. Como ela pode agir na conjuntura atual?
= Há dois pontos de partida: Por um lado, a humanidade está acordando do
sono da indiferença, respectivamente do otimismo ingênuo. Nota-se pelo planeta
todo que as coisas não vão bem, de jeito nenhum. Existe, isto sim, em algumas
regiões, uma euforia de progresso. Mas os muitos perigos ameaçando a existência
da vida toda se tornam cada vez mais óbvios. Vítimas de catástrofes naturais ou
humanas, refugiados, desempregados, doentes, discriminados, perseguidos clamam
por solidariedade. As necessidades deles devem ser avaliadas. Por outro lado, o
testemunho bíblico e da cristandade toda tem que ser consultado. Como eles en-
xergaram e praticaram o diálogo com a tradição herdada dos antepassados para
desenvolver uma agenda de ação visando ao salvífico reino divino?
14. 346
Erhard S. Gerstenberger
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
=Exclui-se, na época da democracia, o uso de coerção violenta para alcançar
os alvos de melhorar o mundo. (Felizmente, hoje, o cristianismo não mais ocupa,
quase em nenhum lugar, uma posição hegemônica!). Restam as medidas permitidas
pela constituição nacional e os direitos internacionais.Agreve e a resistência passiva,
em regra, são instrumentos legítimos. O normal é, em sociedades pluralistas, usar
meios de propaganda e persuasão. Na herança espiritual cristã, é sobretudo a vida
exemplar que persuade. Viver a verdade é o antigo moto bíblico.
= No nível intelectual, teológico, certamente a argumentação aberta sobre
a grave situação do mundo e as possíveis soluções é imprescindível. A Bíblia e a
tradição cristã, desde o início, oferecem bastantes impulsos muito oportunos para a
nossa reflexão. Com os estímulos do passado, estamos melhor equipados para nos
aproximar imparcialmente dos assuntos sociais, políticos e econômicos. Analistas
que olham só o estado presente perdem a visão histórica profunda. Tal análise
incisiva, porém, é essencial; deve desmascarar os interesses particulares da elite
(inclusive aqueles que nós mesmos estamos cultivando!) e respeitar as reivindica-
ções (muitas vezes sufocadas e ignoradas) dos pobres.23
Melhor ainda, se as classes
baixas podem se articular por si mesmas, a teologia da libertação, através de uma
convivência com elas, pode ajudar na sua organização.
= Sem dúvida, as igrejas cristãs ainda retêm, em muitos lugares, autoridade
e capacidade de ensinar a juventude. “Educar para a esperança” reza o subtítulo
da obra de Assmann e Sung. Sim, a aprendizagem da solidariedade talvez se torne
a tarefa básica para a sobrevivência da humanidade.24
Que outra oportunidade
existiria de erradicar as falhas humanas na construção da sociedade? Não confiar
apenas em si mesmo, mas também “acreditar nos irmãos” (Pedro Casaldáliga). Este
alvo de uma teologia libertadora: sair do próprio egoísmo e chauvinismo, também
deveria constar na agenda da psicoterapia e da poimênica cristã, porque tem muitas
vítimas de uma sociedade propagando o valor supremo e exclusivo do indivíduo.
E essa teoria pode ser uma armadilha destrutiva da nossa época, contrariando a
solidariedade bíblica.
Referências bibliográficas
AHN, Byung-Mu. Minjung-Bewegung und Minjung-Theologie. Zeitschrift für
Mission, v. 15, p. 18-27, 1989.
23
Análises cristãs certamente têm uma qualidade ética especial na medida em que ouvem a mensagem
bíblica. Cf. SUNG, Jung Mo. Teologia e economia. Repensando a teologia da libertação. Petrópolis:
Vozes, 1994; e ______. Sementes de esperança. A fé em um mundo em crise. Petrópolis: Vozes,
2005.
24
A obra clássica sobre essa temática ainda é muito valiosa: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido.
2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
15. 347
Que libertação?
Estudos Teológicos São Leopoldo v. 50 n. 2 p. 333-347 jul./dez. 2010
ASSMANN, Hugo e SUNG, Jung Mo. Competência e sensibilidade solidária.
Educar para a esperança. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
BLEYER, Bernhard. Subjektwerdung desArmen. Zu einem theologisch-ethischen
Argument im Zentrum lateinamerikanischer Befreiungstheologie. Regensburg:
Friedrich Pustet, 2009. (ratio fidei 38).
BOTTA,Alejandro F. eANDIÑACH, Pablo R. (Eds.). The Bible and the Hermeneu-
tics of Liberation.Atlanta: Society of Biblical Literature 2009. (Semeia Studies 59).
COMISSÃO de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Crescimento e po-
breza. São Paulo: Loyola, 1976.
CROATTO, J. Severino. Hermenéutica Bíblica. Buenos Aires: La Aurora, 1984.
(Tradução brasileira: Hermenêutica bíblica. São Leopoldo: Sinodal; São Paulo:
Paulinas, 1986.)
______. Liberación y libertad. Pautas hermenéuticas. Buenos Aires: Mundo
Nuevo, 1973. (Tradução brasileira: Êxodo. Uma hermenêutica da liberdade. São
Paulo: Paulinas, 1983);
DREHER, Carlos A. et al. (Eds.). Profecia e Esperança. Um tributo a Milton
Schwantes. São Leopoldo: Oikos, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
GADAMER, Hans-Georg. Wahrheit und Methode. Grundzüge einer philosophis-
chen Hermeneutik. Tübingen: Mohr, 1960.
GERSTENBERGER, Erhard S. Teologias no Antigo Testamento. Pluralidade e
sincretismo da fé em Deus noAntigo Testamento. Trad. de Nelson Kilpp. São Leo-
poldo: CEBI; Sinodal, 2007. (Ed. original alemã: Theologien imAlten Testament.
Stuttgart: Kohlhammer, 2001.)
______. Israel in der Perserzeit. Stuttgart: Kohlhammer, 2005. (Biblische Enzy-
klopädie 8).
GRÄTZ, Sebastian; SCHIPPER, Bernd U. (Eds.). Alttestamentliche Wissenschaft
in Selbstdarstellungen. Göttingen: Vandenhoeck, 2007. p. 140-152. (UTB 2920).
HEISENBERG, Werner. Das Naturbild der heutigen Physik. Hamburg: Rowohlt,
1955.
KITAMORI, Kazoh. Die Theologie des Schmerzes Gottes. Göttingen: Vanden-
hoeck, 1972.
MESTERS, Carlos. Círculos Bíblicos. Petrópolis: Vozes, 1978.
SAWYER, John F.A. (Ed). The Blackwell Companion to The Bible and Culture.
Oxford: Blackwell, 2007.
SCHÜRGER,Wolfgang. Theologie auf demWeg derBefreiung. Das ökumenische
Zentrum für Bibelstudien (CEBI) in Brasilien. Erlangen: Verlag für Mission, 1995.
SIMONSEN, Mário Enrique. Brasil 2001. Rio de Janeiro: APEC, 1972.
SUNG, Jung Mo. Teologia e economia. Repensando a teologia da libertação.
Petrópolis: Vozes, 1994.
______. Sementes de esperança. A fé em um mundo em crise. Petrópolis: Vozes,
2005.