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COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ
ENERGÉTICA BRASILEIRA
20/11/2013
COGERAÇÃO: HISTORIA, ESTADO DE ARTE E
PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
Sumario
1. Introdução
2. Histórico
3. A cogeração no Brasil
4. Estado de Arte
5. Estudo de Caso
6. Conclusões
Cogeração: produção simultânea de duas ou mais formas de
energia a partir da mesma fonte de energia primária
1. INTRODUÇÃO
Vantagens da cogeração
1. INTRODUÇÃO
Pode-se verificar que as vantagens do usuário não são
coincidentes com os do sistema
para usuario para sistema
Redução da despesa de energia
Aumenta a confiabilidade e
estabilidade do sistema
Geração de receita com venda de
excedente de energia elétrica
Reduz a necessidade de
investimentos em redes de
transmissão
Aumento de confiabilidade no
aprovisionamento de energia
Contribui positivamente a oferecer
energia nos horários de ponta
Maior concorrência no setor
elétrico criando oportunidades
para comercialização de energia
Vantagens ambientais associados
ao aumento de eficiência do
sistema
• Cerca de 1725, a maquina de
Newcomen era usada em muitas
minas para sugar a água para fora
das galerias.
2. HISTORICO
O principal defeito
deste aparelho era o
arrefecimento
contínuo do cilindro
que provoca um
consumo enorme de
carvão.
fonte: http://www.vittorininet.it
•1763 James Watt, apos recebrer uma
maquina a vapor de Newcomen para ser
consertada, teve a grande intuiçao de
adicionar uma camara de condençaçao
separada.
•A versão final da nova máquina
de Watt, em uso em 1788,
consumiu menos de 1/3 do que
de Newcomen, o cilindro foi
fechado e mantido quente por
uma camisa de vapor.
O condensador é o principal
ponto onde a cogeração é
agregada, no momento em que
há a necessidade da rejeição
de energia térmica do ciclo, que
pode então ser encaminhada
para utilização posterior.
fonte: http://www.vittorininet.it
2. HISTORICO
•1880 foram construídas as primeiras plantas de
geração elétrica. Nesta época a baixa tensão de
geração limitava a cobertura de ação da rede de
distribuição a uma pequena distância em torno do ponto
de produção, isto facilitou a difusão da cogeraçao.
•1920-30 Europa: desenvolvimento de tipo residencial.
EUA: desenvolvimento de tipo industrial, 58% da
energia produzida era cogerada. Também no Brasil teve
um desenvolvimento de tipo industrial.
•1940 começaram a ser construídas centrais termo e
hidroeléctricas com infraestruturas de apoio dignas de
confiança e os custos da eletricidade baixaram.
indústrias começaram a comprar essa eletricidade
deixando de a produzir.
2. HISTORICO
•1970 a cogeração produzia chegava apenas
3% da eletricidade gerada nos EUA.
•1980 O setor sucro-alcooleiro brasileiro
começou a produzir eletricidade dá queima de
bagaço e em meados dos anos '90 a cogeração
tornou o setor auto-suficiente.
•Hoje a cogeração è bem considerada e
incentivada em muitos Estados incluído o Brasil
por ter um papel estratégico pelo Estado alem
da economia gerada pelo usuário.
2. HISTORICO
3. A COGERAÇÃO NO BRASIL
7,5% DA ENERGIA ELÉTRICA PRODUZIDA VEM DA COGERAÇÃO
biomassa de
cana
64%
gás natural
13%
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23%
Combustíveis pela cogeração no Brasil
Fonte: PPE 2013
A legislação brasileira aplica incentivos de tipo regulatório, creditício e tributário
4. ESTADO DE ARTE
Wel
Qf
Win
Qu
Índices de desempenho
Índices de desempenho
4. ESTADO DE ARTE
Comparação entre equipamentos em comercio
Ciclo
Faixa de
potência el.
[MW]
ηel REC Caraterísticas Limitações
Rankine 0,5-300 0,14-0,30
0,30-
0,78
utiliza uma gama ampla de
combustíveis
-variação de carga
lenta
-alto custo de
investimento
Brayton 2,5-50 0,25-0,40 0,7-1,0
-menor custo de capital que o ciclo
a vapor
-privilegia a produção de calor com
alta temperatura
requer combustíveis
adequados às
turbinas a gás.
Otto 0,01-5 0,35-0,40 0,7-1,4
-rápida variação de carga
-o dissipador de calor permite que
o motor funcione mesmo quando o
usuário térmico não absorver a
carga de calor ou absorve
apenas em parte
-composto por um
grande numero de
peças
-gera vibração e
ruído.
Stirling 0,001-0,01 0,35-0,50 1,4-1,7
-ampla gama de combustíveis
-silencioso, pois a transferência de
energia é feita de modo contínuo
-sem explosão interna
-partida lenta
-alto custo de
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Brayton
regenera
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0,03-0,15 0,25-0,30 0,3-0,5
-respeito ao motor, menos vibração
e ruído, pelo facto de que não é
necessário um dissipador
-a interface com o utilizador é
muito simples e semelhante a uma
caldeira a gás
-alto custo de
investimento e
manutenção
4. ESTADO DE ARTE
Numero quartos: 400
Viabilidade da cogeração num hotel
Ubicação: São Paulo
5. ESTUDO DE CASO
Potencia elètrica media absorvida: 430 kWe
Potencia tèrmica media abosrvida: 155 kWt
Concessionaria -
Funcionamento nas
horas fora ponta
Gerador diesel -
Funcionamento nas
horas de ponta
Seg.-sexta 17.00-
20.00
Caldeira a gas
metano -
Funcionamento
continuo
Esquema funcional atual
5. ESTUDO DE CASO
Energia elétrica
Energia termica
0
100
200
300
400
500
600
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
5. ESTUDO DE CASO
Potencias envolvidas: demanda diaria kW
Cogerador Ciclo Otto a gàs 250 kWe
5. ESTUDO DE CASO
Recupero termico maximo
REC= 0,79
ηcog= 84,6%
Recupero termico minimo
REC= 25,4
ηcog= 34,2%
ηcog
Simulação rendimento cogerador em
funcionamento continuo
horas
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
5. ESTUDO DE CASO
horas0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
custo atual kWh elétrico custo atual kWh termico custo kWh cogeração
R$/kWh
5. ESTUDO DE CASO
Simulação rendimento cogerador em
funcionamento contínuo
Atendendimento parcial da demanda elétrica e
termica com cogeração nas horas de mairor
demanda termica.
O cogerador é adicionado ao actual esquema,
irá contribuir para atender a demanda termica e
elétrica.
Cogeração funcionante 12/24h:
5.00 – 10.00 e 17.00 – 24.00
5. ESTUDO DE CASO
Solução proposta
Concessionaria -
Funcionamento nas
horas fora de ponta
Gerador diesel -
Funcionamento nas
horas de ponta
Cogerador -
Horas de
funcionamento:
05.00 - 10.00
17.00 – 24.00
Caldeira a gas
metano -
Horas de
funcionamento:
24h a integração da
cogeração
5. ESTUDO DE CASO
Solução proposta – esq.
funcional
Demanda elétrica diaria e cogeração elétrica
0
200
400
600
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
cogeraçao elétrica demanda elétrica
kW
Solução proposta
5. ESTUDO DE CASO
Demanda termica diaria e cogeração termica
0
100
200
300
400
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
cogeraçao termica demanda termica
Solução proposta
kW
5. ESTUDO DE CASO
Satisfação demanda de energia elétrica
antes depois
Avaliação da solução
Gerador
diesel 9%
Concessio
naria 91%
Concessi
onaria
73%
Grupo
diesel 5%
Cogeração
22%
ESTUDO DE CASO
Satisfação demanda de energia tèrmica
antes depois
Caldeira
100%
Caldeira
15%
Cogeração
85%
Avaliação da solução
ESTUDO DE CASO
CAPEX 800.000 R$
OPEX (50 R$/Mwhe) 40.000 R$/ano
Beneficio Econômico 225.000 R$/ano
Taxa anual de desconto 10%
Vida util 25 anos
Valor Presente Liquido 1.000.000 R$
Pay Back Time Simples 4 anos
Taxa interna de retorno 30%
5. ESTUDO DE CASO
Analise economica
6. CONCLUSÕES
•Potencial de desenvolvimento dessa tecnologia
associada com o combustível gás natural (só o 6% do
gás natural è utilizado na cogeração)
•No contexto brasileiro a cogeração alimentada por
combustiveis fosseis promove a eficiencia energética
quando não vai substituir a energia elétrica
•A integração desta tecnologia na matriz energética
brasileira precisa uma atenta analise de viabilidade
•O Smart Grid serà fundamental para tornar a
cogeração difundida em grande escala

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COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

  • 1. Giuseppe Alessandro Signoriello https://br.linkedin.com/in/signoale COGERAÇÃO: ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA 20/11/2013
  • 2. COGERAÇÃO: HISTORIA, ESTADO DE ARTE E PROSPECTIVAS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA Sumario 1. Introdução 2. Histórico 3. A cogeração no Brasil 4. Estado de Arte 5. Estudo de Caso 6. Conclusões
  • 3. Cogeração: produção simultânea de duas ou mais formas de energia a partir da mesma fonte de energia primária 1. INTRODUÇÃO
  • 4. Vantagens da cogeração 1. INTRODUÇÃO Pode-se verificar que as vantagens do usuário não são coincidentes com os do sistema para usuario para sistema Redução da despesa de energia Aumenta a confiabilidade e estabilidade do sistema Geração de receita com venda de excedente de energia elétrica Reduz a necessidade de investimentos em redes de transmissão Aumento de confiabilidade no aprovisionamento de energia Contribui positivamente a oferecer energia nos horários de ponta Maior concorrência no setor elétrico criando oportunidades para comercialização de energia Vantagens ambientais associados ao aumento de eficiência do sistema
  • 5. • Cerca de 1725, a maquina de Newcomen era usada em muitas minas para sugar a água para fora das galerias. 2. HISTORICO O principal defeito deste aparelho era o arrefecimento contínuo do cilindro que provoca um consumo enorme de carvão. fonte: http://www.vittorininet.it
  • 6. •1763 James Watt, apos recebrer uma maquina a vapor de Newcomen para ser consertada, teve a grande intuiçao de adicionar uma camara de condençaçao separada. •A versão final da nova máquina de Watt, em uso em 1788, consumiu menos de 1/3 do que de Newcomen, o cilindro foi fechado e mantido quente por uma camisa de vapor. O condensador é o principal ponto onde a cogeração é agregada, no momento em que há a necessidade da rejeição de energia térmica do ciclo, que pode então ser encaminhada para utilização posterior. fonte: http://www.vittorininet.it 2. HISTORICO
  • 7. •1880 foram construídas as primeiras plantas de geração elétrica. Nesta época a baixa tensão de geração limitava a cobertura de ação da rede de distribuição a uma pequena distância em torno do ponto de produção, isto facilitou a difusão da cogeraçao. •1920-30 Europa: desenvolvimento de tipo residencial. EUA: desenvolvimento de tipo industrial, 58% da energia produzida era cogerada. Também no Brasil teve um desenvolvimento de tipo industrial. •1940 começaram a ser construídas centrais termo e hidroeléctricas com infraestruturas de apoio dignas de confiança e os custos da eletricidade baixaram. indústrias começaram a comprar essa eletricidade deixando de a produzir. 2. HISTORICO
  • 8. •1970 a cogeração produzia chegava apenas 3% da eletricidade gerada nos EUA. •1980 O setor sucro-alcooleiro brasileiro começou a produzir eletricidade dá queima de bagaço e em meados dos anos '90 a cogeração tornou o setor auto-suficiente. •Hoje a cogeração è bem considerada e incentivada em muitos Estados incluído o Brasil por ter um papel estratégico pelo Estado alem da economia gerada pelo usuário. 2. HISTORICO
  • 9. 3. A COGERAÇÃO NO BRASIL 7,5% DA ENERGIA ELÉTRICA PRODUZIDA VEM DA COGERAÇÃO biomassa de cana 64% gás natural 13% outros combustíveis 23% Combustíveis pela cogeração no Brasil Fonte: PPE 2013 A legislação brasileira aplica incentivos de tipo regulatório, creditício e tributário
  • 10. 4. ESTADO DE ARTE Wel Qf Win Qu Índices de desempenho
  • 11. Índices de desempenho 4. ESTADO DE ARTE
  • 12. Comparação entre equipamentos em comercio Ciclo Faixa de potência el. [MW] ηel REC Caraterísticas Limitações Rankine 0,5-300 0,14-0,30 0,30- 0,78 utiliza uma gama ampla de combustíveis -variação de carga lenta -alto custo de investimento Brayton 2,5-50 0,25-0,40 0,7-1,0 -menor custo de capital que o ciclo a vapor -privilegia a produção de calor com alta temperatura requer combustíveis adequados às turbinas a gás. Otto 0,01-5 0,35-0,40 0,7-1,4 -rápida variação de carga -o dissipador de calor permite que o motor funcione mesmo quando o usuário térmico não absorver a carga de calor ou absorve apenas em parte -composto por um grande numero de peças -gera vibração e ruído. Stirling 0,001-0,01 0,35-0,50 1,4-1,7 -ampla gama de combustíveis -silencioso, pois a transferência de energia é feita de modo contínuo -sem explosão interna -partida lenta -alto custo de investimento Brayton regenera do 0,03-0,15 0,25-0,30 0,3-0,5 -respeito ao motor, menos vibração e ruído, pelo facto de que não é necessário um dissipador -a interface com o utilizador é muito simples e semelhante a uma caldeira a gás -alto custo de investimento e manutenção 4. ESTADO DE ARTE
  • 13. Numero quartos: 400 Viabilidade da cogeração num hotel Ubicação: São Paulo 5. ESTUDO DE CASO Potencia elètrica media absorvida: 430 kWe Potencia tèrmica media abosrvida: 155 kWt
  • 14. Concessionaria - Funcionamento nas horas fora ponta Gerador diesel - Funcionamento nas horas de ponta Seg.-sexta 17.00- 20.00 Caldeira a gas metano - Funcionamento continuo Esquema funcional atual 5. ESTUDO DE CASO
  • 15. Energia elétrica Energia termica 0 100 200 300 400 500 600 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 5. ESTUDO DE CASO Potencias envolvidas: demanda diaria kW
  • 16. Cogerador Ciclo Otto a gàs 250 kWe 5. ESTUDO DE CASO Recupero termico maximo REC= 0,79 ηcog= 84,6% Recupero termico minimo REC= 25,4 ηcog= 34,2%
  • 17. ηcog Simulação rendimento cogerador em funcionamento continuo horas 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 5. ESTUDO DE CASO
  • 18. horas0.00 0.10 0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 custo atual kWh elétrico custo atual kWh termico custo kWh cogeração R$/kWh 5. ESTUDO DE CASO Simulação rendimento cogerador em funcionamento contínuo
  • 19. Atendendimento parcial da demanda elétrica e termica com cogeração nas horas de mairor demanda termica. O cogerador é adicionado ao actual esquema, irá contribuir para atender a demanda termica e elétrica. Cogeração funcionante 12/24h: 5.00 – 10.00 e 17.00 – 24.00 5. ESTUDO DE CASO Solução proposta
  • 20. Concessionaria - Funcionamento nas horas fora de ponta Gerador diesel - Funcionamento nas horas de ponta Cogerador - Horas de funcionamento: 05.00 - 10.00 17.00 – 24.00 Caldeira a gas metano - Horas de funcionamento: 24h a integração da cogeração 5. ESTUDO DE CASO Solução proposta – esq. funcional
  • 21. Demanda elétrica diaria e cogeração elétrica 0 200 400 600 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 cogeraçao elétrica demanda elétrica kW Solução proposta 5. ESTUDO DE CASO
  • 22. Demanda termica diaria e cogeração termica 0 100 200 300 400 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 cogeraçao termica demanda termica Solução proposta kW 5. ESTUDO DE CASO
  • 23. Satisfação demanda de energia elétrica antes depois Avaliação da solução Gerador diesel 9% Concessio naria 91% Concessi onaria 73% Grupo diesel 5% Cogeração 22% ESTUDO DE CASO
  • 24. Satisfação demanda de energia tèrmica antes depois Caldeira 100% Caldeira 15% Cogeração 85% Avaliação da solução ESTUDO DE CASO
  • 25. CAPEX 800.000 R$ OPEX (50 R$/Mwhe) 40.000 R$/ano Beneficio Econômico 225.000 R$/ano Taxa anual de desconto 10% Vida util 25 anos Valor Presente Liquido 1.000.000 R$ Pay Back Time Simples 4 anos Taxa interna de retorno 30% 5. ESTUDO DE CASO Analise economica
  • 26. 6. CONCLUSÕES •Potencial de desenvolvimento dessa tecnologia associada com o combustível gás natural (só o 6% do gás natural è utilizado na cogeração) •No contexto brasileiro a cogeração alimentada por combustiveis fosseis promove a eficiencia energética quando não vai substituir a energia elétrica •A integração desta tecnologia na matriz energética brasileira precisa uma atenta analise de viabilidade •O Smart Grid serà fundamental para tornar a cogeração difundida em grande escala