poesia

1. AH! OS RELÓGIOSAH! OS RELÓGIOS
Amigos, não consultem osAmigos, não consultem os
relógios quando um dia eu me forrelógios quando um dia eu me for
de vossas vidas em seus fúteisde vossas vidas em seus fúteis
problemas tão perdidasproblemas tão perdidas
que até parecem mais unsque até parecem mais uns
necrológios...necrológios...
Porque o tempo é uma invençãoPorque o tempo é uma invenção
da morte:da morte:
não o conhece a vidanão o conhece a vida
-a verdadeira –a verdadeira –
-em que basta um momento deem que basta um momento de
poesia para nos dar a eternidadepoesia para nos dar a eternidade
inteira.inteira.

2. Inteira, sim, porque essa vidaInteira, sim, porque essa vida
eterna somente por si mesma éeterna somente por si mesma é
dividida:dividida:
não cabe, a cada qual, umanão cabe, a cada qual, uma
porção.porção.
E os Anjos entreolham-seE os Anjos entreolham-se
espantados quando alguémespantados quando alguém
- ao voltar a si da vida -- ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horasacaso lhes indaga que horas
são...são...
Mario QuintanaMario Quintana
- A Cor do Invisível- A Cor do Invisível
Música :Música :
Lettermen - Softly As I Leave YouLettermen - Softly As I Leave You
Montagem :Montagem :
maricarusocunha@terra.com.brmaricarusocunha@terra.com.br
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